INPI-DEINP/DF PROT. 000307-04
ISSN 0004-2730
ENDOCRINOLOGIA
& METABOLOGIA
Agosto 2009
Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia
53
Suplemento 5
Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia
Arquivos Brasileiros de
Endocrinologia
& Metabologia
Brazilian Archives of Endocrinology and Metabolism
Órgão oficial de divulgação
científica da SBEM – Sociedade
Brasileira de Endocrinologia e
Metabologia (Departamento da
Associação Médica Brasileira), SBD
– Sociedade Brasileira de Diabetes,
ABESO – Associação Brasileira para o
Estudo da Obesidade e Síndrome
Metabólica e SOBEMOM –
Sociedade Brasileira de Estudos do
Metabolismo Ósseo e Mineral
2009-2010
EDITOR CHEFE
Comissão Editorial Nacional
Márcia Nery (SP)
Edna T. Kimura (SP)
Adriana Costa e Forti (CE)
Márcio Faleiros Vendramini (SP)
COEDITORES
Alexander Augusto S. Jorge (SP)
Margaret Boguszewski (PR)
Amélio F. Godoy Matos (RJ)
Margaret de Castro (SP)
Evandro S. Portes (SP)
Ana Claudia Latronico (SP)
Maria Honorina Cordeiro Lopes (MA)
Magnus R. Dias da Silva (SP)
Ana Luiza Silva Maia (RS)
Maria Marta Sarquis Soares (MG)
André Fernandes Reis (SP)
Mário José A. Saad (SP)
Editor associado
internacional
Antonio Carlos Lerario (SP)
Mário Vaisman (RJ)
Antônio Roberto Chacra (SP)
Marise Lazaretti Castro (SP)
Antonio C. Bianco (EUA)
Ayrton Custódio Moreira (SP)
Mauro A. Czepielewski (RS)
EDITORES ASSOCIADOS
Berenice B. Mendonça (SP)
Mônica Gabbay (SP)
Bruno Geloneze Neto (SP)
Presidentes dos
departamentos da SBEM
Osmar Monte (SP)
Carlos Alberto Longui (SP)
Pedro Weslley S. do Rosário (MG)
Adrenal e Hipertensão
Carmen C. Pazos de Moura (RJ)
Regina Célia S. Moisés (SP)
Milena F. Caldato (PA)
Célia Regina Nogueira (SP)
Renan Magalhães Montenegro Jr. (CE)
Diabetes Melito
César L. Boguszewski (PR)
Ricardo M. R. Meirelles (RJ)
Sandra R. G. Ferreira (SP)
Licio A. Velloso (SP)
Saulo Cavalcanti da Silva (MG)
Dislipidemia e Aterosclerose
Maria Teresa Zanella (SP)
Endocrinologia Básica
FUNDADOR
Waldemar Berardinelli (RJ)
Vânia M. Corrêa da Costa (RJ)
EndoCRINOLOGIA Feminina e
Andrologia
EDITORES e CHEFES
DE REDAÇÃO*
Poli Mara Spritzer (RS)
1951-1955
Waldemar Berardinelli (RJ)
Thales Martins (RJ)
Ângela M. Spinola de Castro (SP)
1957-1972
Clementino Fraga Filho (RJ)
1964-1966*
Luiz Carlos Lobo (RJ)
1966-1968*
Pedro Collett-Solberg (RJ)
1969-1972*
João Gabriel H. Cordeiro (RJ)
Endocrinologia Pediátrica
Metabolismo Ósseo e Mineral
Victória Z. Cochenski Borba (PR)
Neuroendocrinologia
Eder Carlos R. Quintão (SP)
Fábio Fernando Lima Silva (RJ)
Francisco de Assis Rocha Neves (DF)
Geraldo Medeiros Neto (SP)
Gil Guerra Jr. (SP)
Gisah M. do Amaral (PR)
Hans Graf (PR)
Rui M. de Barros Maciel (SP)
Ruth Clapauch (RJ)
Sandra Mara Ferreira Villares (SP)
Sérgio Atala Dib (SP)
Sonir Roberto R. Antonini (SP)
Tânia A. S. Bachega (SP)
Thaís Della Manna (SP)
Ubiratan Fabres Machado (SP)
Helena Schimid (RS)
Henrique de Lacerda Suplicy (PR)
Comissão Editorial Internacional
Charis Eng (EUA)
Jorge Luiz Gross (RS)
Décio Eizirik (Bélgica)
Marcio C. Mancini (SP)
José Gilberto Henriques Vieira (SP)
Efisio Puxeddu (Itália)
Tireóide
Júlio Abucham (SP)
Fernando Cassorla (Chile)
Laércio Joel Franco (SP)
Franco Mantero (Itália)
Laura S. Ward (SP)
Fredric E. Wondisford (EUA)
Lucio Vilar (PE)
Gilberto Velho (França)
Obesidade
Edna T. Kimura (SP)
1978-1982
Armando de Aguiar Pupo (SP)
1983-1990
Antônio Roberto Chacra (SP)
SBD
1995-2006
Claudio Elias Kater (SP)
Denise Pires de Carvalho (RJ)
Ieda T. N. Verreschi (SP)
Mônica Roberto Gadelha (RJ)
Representantes
das Sociedades Colaboradoras
1991-1994
Rui M. de Barros Maciel (SP)
Claudio E. Kater (SP)
Marilia de Brito Gomes (RJ)
Luís Eduardo P. Calliari (SP)
James A. Fagin (EUA)
Luiz Armando de Marco (MG)
John P. Bilezikian (EUA)
João Eduardo Nunes Salles (SP)
Luiz Augusto Casulari R. da Motta (DF)
Norisato Mitsutake (Japão)
SOBEMOM
Luiz Henrique Canani (RS)
Patrice Rodien (França)
Francisco Bandeira (PE)
Marcello Delano Bronstein (SP)
Peter Kopp (EUA)
ABESO
Arquivos Brasileiros de
Endocrinologia
& Metabologia
Assistente editorial e financeira: Roselaine Monteiro
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Diretor-geral: Idelcio D. Patricio Diretor executivo: Jorge Rangel Gerente comercial: Rodrigo Mourão Diretor de criação: Eduardo Magno Assistente
comercial: Andrea Figueiro Coordenadora editorial: Sandra Regina Santana Diretora de arte: Renata Variso Revisora: Glair Picolo Diagramação:
Flávio Santana Produtor gráfico: Fabio Rangel Cód. da publicação: 8637.08.09
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Assessoria Comercial: Reginaldo Ramos
Tiragem desta edição: 4.000 exemplares
Preço da Assinatura: R$ 450,00/ano – Fascículo Avulso: R$ 55,00
Indexada por Biological Abstracts, Index Medicus, Latindex, Lilacs, MedLine, SciELO, Scopus, ISI-Web of Science
ARQUIVOS BRASILEIROS DE ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA.
Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. – São Paulo, SP: Sociedade
Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, v. 5,1955Nove edições/ano
Continuação de: Arquivos Brasileiros de Endocrinologia (v. 1-4), 1951-1955)
Título em inglês: Brazilian Archives of Endocrinology and Metabolism
ISSN 0004-2730 (versões impressas)
ISSN 1677-9487 (versões on-line)
1. Endocrinologia – Periódicos 2. Metabolismo-Periódicos I. Sociedade Brasileira de
Endocrinologia e Metabologia II. Associação Médica Brasileira.
CDU 612.43 Endocrinologia
CDU 612.015.3 Metabolismo
Apoio:
SBEM – SOCIEDADE BRASILEIRA DE
ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA
Diretoria Nacional da SBEM (2009-2011)
Presidente:
Vice-Presidente: Secretário Executivo: Secretário Adjunto: Tesoureiro Geral: Tesoureiro Adjunto: Ricardo M. R. Meirelles
Airton Golbert
Josivan Gomes de Lima
Eduardo Pimentel Dias
Ronaldo Rocha Sidney Neves
Adriana Costa e Forti
Rua Humaitá, 85, cj. 501
22261-000 – Rio de Janeiro, RJ
Fone/Fax: (21) 2579-0312/2266-0170
www.sbem.org.br
Secretária executiva: Julia Maria C. L. Gonçalves
[email protected]
Departamentos Científicos da SBEM – 2009/2011
Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia
Adrenal e Hipertensão
Diabetes Mellitus
Presidente
Milena Caldato
Presidente
Saulo Cavalcanti da Silva
Vice-Presidente
Sonir R. Antonini
Vice-Presidente
Luiz Alberto Andreotti Turatti
Antônio Carlos Pires
Diretores
Ana Claudia Latronico
Secretário
Claudio Kater
TesoureiroIvan Ferraz
Lucila L. K. Elias
Diretores
Adriana Costa e Forti
Margaret de Castro
Rodrigo Lamounier
Rua dos Tamoios, 1.474, ap. 101, Batista Campos
66025-125 – Belém, PA
Fone: (91) 3223-5359/Fax: (91) 3223-8560
[email protected]
Balduino Tschiedel
Suplentes
Sérgio Alala
Hermelinda Pedrosa
Rua Tomé de Souza, 830, 10o andar, cj. 1005, Savassi
30140-131 – Belo Horizonte, MG
Fone: (31) 3261-2927
www.diabetes.org.br
[email protected]
Dislipidemia e Aterosclerose
Presidente
Maria Teresa Zanella
Vice-Presidente
Bruno Geloneze Neto
Secretário
Fernando Flexa Ribeiro Filho
Tesoureira
Sandra Roberta Gouvea Ferreira
Diretores
Fernando Giufrida
Helena Schimidt
Luciana Bahia
Marcelo Costa Batista
Gláucia Carneiro
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
Rua Leandro Dupret, 365, Vila Clementino
04025-011 – São Paulo, SP
Fone: (11) 5904-0400/Fax: (11) 5904-0401
[email protected]
Endocrinologia Básica
Presidente
Vânia Maria Corrêa da Costa
Vice-Presidente
Magnus R. Dias da Silva
Secretário
Celso Rodrigues Franci
Diretores
Maria Tereza Nunes
Doris Rosenthal
Catarina Segreti Porto
Suplentes
Ubiratan Fabres Machado
Tânia Maria Ortiga Carvalho
Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Rua Carlos Chagas Filho, 373, Cidade Universitária,
Ilha do Fundão, CCS, Bloco G, sala G1060
21941-902 – Rio de Janeiro, RJ
Fone: (21) 2562-6552 / Fax: (21) 2280-8193
[email protected]
Departamentos Científicos da SBEM – 2009/2011
Endocrinologia Feminina e Andrologia
Endocrinologia Pediátrica
Presidente
Poli Mara Spritzer
Presidente
Ângela Maria Spinola e Castro
Vice-Presidente
Ruth Clapauch
Vice-Presidente
Paulo César Alves da Silva
Diretores
Alexandre Hohl
Diretores
Aline Mota da Rocha
Amanda Valéria Luna de Athayde
Carlos Alberto Longui
Carmen Regina Leal de Assumpção
Julienne Ângela Ramires de Carvalho
Dolores Perovano Pardini
Maria Alice Neves Bordallo
Marília Martins Guimarães
Suplentes
Claudia Braga Abadesso Cardoso
Maria Tereza Matias Baptista
Serviço de Endocrinologia, Hospital de Clínicas
de Porto Alegre, UFRGS,
Rua Ramiro Barcelos, 2350, 4o andar
90035-003 – Porto Alegre, RS
Fone: (51) 2101-8127/Fax: (51) 2101-8777
www.feminina.org.br • www.andrologia.org.br
[email protected]
Rua Pedro de Toledo, 980, cj. 52, Vila Clementino
04039-002 – São Paulo, SP
Fone: (11) 5579-9409/8259-8277
[email protected]/[email protected]
Metabolismo Ósseo e Mineral
Departamento de Neuroendocrinologia
Presidente
Victória Zeghbi Cochenski Borba
Presidente
Mônica Roberto Gadelha
Vice-Presidente
Marise Lazaretti Castro
Vice-Presidente
Manuel Faria
Diretores
João Lindolfo C. Borges
Diretores
Antônio Ribeiro
Luiz Gregório
César L. Boguszewski
Cynthia Brandão
Luciana Naves
Luis Russo, Luiz Griz
Luiz Antônio de Araújo
Marcello Bronstein
Suplentes
Leonardo Vieira Neto
Raquel Jallad
Rua Cândido Xavier, 575, Água Verde
80240-280 – Curitiba, PR
Fone: (41) 3024-1415 ramal 217/Fax: (41) 3342-8889
www.sobemom.org.br
[email protected]
Rua Visconde de Pirajá, 351, sala 1113, Ipanema
22410-003 – Rio de Janeiro, RJ
Fone/Fax: (21) 2267-2555
[email protected]
Tireoide
Obesidade
Presidente
Marcio C. Mancini
Presidente
Edna T. Kimura
Vice-Presidente
Bruno Geloneze Neto
Vice-Presidente
Laura S. Ward
Primeiro Secretário
João Eduardo Nunes Salles
Secretária
Carmen Cabanelas Pazos de Moura
Segundo Secretário
Josivan Gomes de Lima
Diretores
Ana Luiza Silva Maia
Tesoureiro
Mario Kehdi Carra
Célia Regina Nogueira
Representantes da SBEM
Alfredo Halpern
Gisah Amaral de Carvalho
Henrique de Lacerda Suplicy
Mário Vaisman
Suplentes
Pedro Weslley S. do Rosário
Rosa Paula Melo Biscolla
Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade
Rua Tabapuã, 888, cj. 81/83, Itaim Bibi
04533-033 – São Paulo, SP
Fone: (11) 3079-2298/Fax: (11) 3079-1732
[email protected]
Rua Botucatu, 572, cj. 81, Vila Clementino
04023-061 – São Paulo, SP
Fone/Fax: (11) 5575-0311
www.tireoide.org.br
[email protected]
Comissões Permanentes da SBEM – 2009/2011
Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia
Comunicação Social
Presidente
Ruy Lyra
[email protected]
Editor ABEM
Edna T. Kimura
Membros
Ricardo M. R. Meirelles, Marisa Helena Cesar Coral,
Balduino Tschiedel, Severino Farias
Acompanhamento do Planejamento
Estratégico
Presidente
Ricardo M. R. Meirelles
[email protected]
Membros
Ruy Lyra, Valéria Guimarães,
Marisa Helena Cesar Coral,
Amélio F. Godoy Matos
Ética e Defesa Profissional
Corregedor
Teiichi Oikawa
Projeto Diretrizes
[email protected]
Coordenador
Claudio Kater
Vice-CorregedorNey Cavalcanti
[email protected]
1º vogal
Amaro Gusmão
Adrenal e Hipertensão
Milena Caldato
2º vogal
Victor Gervásio e Silva
Dislipidemia e Aterosclerose
Maria Teresa Zanella
3º vogalIvana Maria Netto Victória
Diabetes Mellitus
Saulo Cavalcanti da Silva
4º vogalItairan de Silva Terres
Endocrinologia Básica
Vânia Maria Corrêa da Costa
5º vogal
Maite Chimeno
Endocrinologia Feminina e Andrologia Poli Mara Spritzer
Suplentes
Diana Viegas, Joaquim José de Melo,
Auxiliadora Brito de Lima, Josivan Gomes da Silva,
Paulo Roberto Prata Mendonça
Endocrinologia Pediátrica
Ângela Maria Spinola e Castro
Metabolismo Ósseo e Mineral
Victória Zeghbi Cochenski Borba
História da Endocrinologia
Neuroendocrinologia
Mônica Roberto Gadelha
Obesidade
Márcio C. Mancini
Tireóide
Edna T. Kimura
Presidente
Luiz César Povoa
[email protected]
Científica
Membros
Rui M. de Barros Maciel, Thomaz Cruz
Presidente
Airton Golbert
[email protected]
Comitê de Campanhas em Endocrinologia
Membros Presidentes Regionais, Presidentes
dos Departamentos Científicos
Indicados pelas Diretorias
Francisco Bandeira,
Adriana Costa e Forti,
Laura S. Ward, Luiz Griz,
Ana Claudia Latronico
Presidente
Helena Schimid
[email protected]
Membros
Luiz Antônio Araújo, Vívian Ellinger
Título de Especialista em Endocrinologia
e Metabologia
Valorização de Novas Lideranças
Presidente
Rodrigo O. Moreira
Presidente
Francisco Bandeira
[email protected]
[email protected]
Vice-Presidente
Mônica Oliveira
Representantes dos Departamentos
Alexandre Hohl
Ana Rosa Quidute
André G. Daher Vianna
Andréa Glezer
Carolina G. S. Leões
Daniel Lins
Érico H. Carvalho
Vice-PresidenteOsmar Monte
Membros
Adelaide Rodrigues, Rui M. de Barros Maciel,
Lucio Vilar, Marisa Helena Cesar Coral,
Carlos Alberto Longui
Suplentes
Maria Heloisa Canalli, Márcia Campos da Silva
Comitê Internacional
Presidente
Amélio F. Godoy Matos
Érika Paniago
[email protected]
Fabíola Y. Miasaki
Membros César Boguszewski, Cláudio Kater,
Thomaz Cruz, Valéria Guimarães
Luciana Bahia
Vânia M. C. Costa
Suplentes
João Lindolfo Borges, Marcelo Bronstein
Educação Médica Continuada
Eleitoral
Presidente Laura S. Ward
Presidente
Pedro Weslley S. do Rosário
[email protected]
[email protected]
Membros
Mauro Czepielewski, Victor Gervásio e Silva,
Milena F. Caldato
Membros
Luiz Susin, Ruth Clapauch,
João Modesto,
Dalisbor Marcelo Weber Silva
Paritária – CAAEP
Membros
Ângela Maria Spínola de Castro
[email protected]
Paulo César Alves da Silva,
Maria Alice Neves Bordallo, Rômulo Sandrini,
Luiz Eduardo Calliare, Marilza Leal Nascimento
Estatutos, Regimentos e Normas
Presidente Marisa Helena Cesar Coral
[email protected]
Membros
Luiz Carlos Espíndola, Osmar Monte,
Luiz Cesar Povoa, João Modesto
Representante da Diretoria Nacional
Ricardo M. R. Meirelles
Sociedades e Associações Brasileiras
na Área de Endocrinologia e Metabologia
SBD – Sociedade Brasileira de Diabetes
Diretoria Nacional da SBD (2008/2009)
Presidente
Marília de Brito Gomes
Vice-Presidentes
Balduino Tschiedel
Mario José Abdalla Saad
Nelson Rassi
Reine Marie Chaves Fonseca
Saulo Cavalcanti da Silva
Secretário Geral
Sérgio Atala Dib
2o Secretário
Rosane Kupfer
Tesoureiro
Antonio Carlos Lerario
2o Tesoureiro
Domingos Augusto Malerbi
Rua Afonso Brás, 579, cj. 72/74
04511-011– São Paulo, SP
Fone/Fax: (11) 3842-4931
[email protected]
www.diabetes.org.br
Secretária Executiva: Kariane Krinas Davison
Gerente Administrativa: Anna Maria Ferreira
ABESO – Associação Brasileira para o Estudo
da Obesidade e Síndrome Metabólica
Diretoria Nacional da ABESO (2008-2009)
Presidente
Vice-Presidente
1o Secretário Geral
2o Secretário Geral
Tesoureiro
Marcio C. Mancini
Bruno Geloneze Neto
João Eduardo Nunes Salles
Josivan Gomes de Lima
Mario Kehdi Carra
Rua Tabapuã, 888, cj. 81/83, Itaim Bibi
04533-033 – São Paulo, SP
Fone: (11) 3079-2298/Fax: (11) 3079-1732
[email protected]
www.abeso.org.br
SOBEMOM – Sociedade Brasileira de Estudos
do Metabolismo Ósseo e Mineral
Diretoria Nacional da SOBEMOM (2009-2011)
Presidente
Vice-Presidente
Secretária Executiva
Secretário Executivo Adjunto
2o Secretário Executivo Adjunto Tesoureiro Geral
Tesoureiro Geral Adjunto
Diretor Científico
Victória Zeghbi Cochenski Borba
Dalisbor Marcelo Weber Silva
Carolina Aguiar Moreira Kulak
Jaime Kulak Junior
Sérgio Setsuo Maeda
Gleyne Biaggini
Roberto Antonio Carneiro
Almir Urbanetz
Rua Cândido Xavier, 575, Água Verde
80240-280 – Curitiba, PR
Fone: (41) 3024-1415 ramal 217/Fax: (41) 3342-8889
www.sobemom.org.br
[email protected]
Secretária Operacional: Dione Pires da Silva
13 a 15 de agosto de 2009
Pestana Bahia Hotel
Relação dos Presidentes da ABESO....................................... S479
Relação dos Simpósios e Congressos da ABESO................... S479
Diretoria da ABESO............................................................... S479
Comissão Executiva................................................................ S479
Comissão Social...................................................................... S480
Comissão Científica................................................................ S480
Professores Homenageados.................................................... S480
Convidados Estrangeiros......................................................... S480
Convidados Nacionais............................................................. S480
Patrocinadores/Agradecimentos............................................. S483
Expositores.............................................................................. S483
Informações Gerais................................................................. S484
Programação Social................................................................ S487
Grade da Programação Científica........................................... S489
Programação Científica........................................................... S493
Resumo das Palestras.............................................................. S505
Índice de Temas Livres Orais.................................................. S509
Índice de Temas Livres Pôsteres............................................. S527
Índice Remissivo dos Autores................................................. S683
Sumário
Mensagem............................................................................... S477
A Bahia se sente muito honrada em sediar o XIII Congresso Brasileiro de
Obesidade e Síndrome Metabólica (XIII CBOSM) de 13 a 15 de agosto de 2009,
no Pestana Bahia Hotel.
Este evento bianual, promovido pela Associação Brasileira para Estudo da
Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO), destina-se a médicos, nutricionistas,
cirurgiões bariátricos e demais profissionais de saúde com o objetivo de atualização,
troca de experiência e confraternização.
As comissões executiva, científica e social prepararam com carinho uma
programação que certamente agradará os congressistas do ponto de vista científico.
O programa social será descontraído de modo a promover a participação de todos.
Mensagem
Caros Senhores,
Noventa e sete convidados nacionais com experiência em obesidade, diabetes,
metabolismo, nutrição e cirurgia bariátrica de diversos centros do país enriquecerão
o programa científico. Contamos com a participação do convidados internacional: o
professor James Hill (Universidade do Colorado).
Agradecemos o apoio do Ministério da Saúde, do Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da indústria farmacêutica que
facilitaram a realização deste evento.
Bem-vindos a você e sua família! Enquanto o Congresso transcorrer, seus
convidados poderão desfrutar Salvador e adjacências. A Bahia oferece muitas opções
de lazer: praias lindas, clima agradável, artesanato peculiar, boa comida, música
envolvente e muitos encantos.
Muito grata pela sua presença e um excelente Congresso!
Leila Maria Batista Araújo
Presidente do XIII CBOSM
S477
Relação dos Presidentes da ABESO
1986-1988
1988-1990
1990-1992
1992-1997 1997-1999 Geraldo Medeiros-Neto
Alfredo Halpern
Amélio Fernando de Godoy Mattos
Renato Di Dio
Alfredo Halpern
1999-2001 2001-2003 2003-2005 2005-2007 2007-2009 Walmir Coutinho
Márcio Correa Mancini
Giuseppe Repetto
Henrique Suplicy
Márcio Correa Mancini
Relação dos Simpósios e Congressos da ABESO
1987
1988
1989
1991
1993
1995
1997
1999
2001
2003 2005
2007
I Simpósio Internacional de Obesidade − São Paulo/SP – Geraldo Medeiros-Neto
II Simpósio Internacional de Obesidade – Curitiba/PR − Edgard Michewicz
III Simpósio Internacional de Obesidade − Rio de Janeiro/RJ − Amélio Godoy Matos
IV Simpósio Internacional de Obesidade – Salvador/BA − Thomaz Cruz
V Simpósio Internacional de Obesidade − Rio de Janeiro/RJ − Amélio Godoy Matos
VI Simpósio Internacional da ABESO – Recife/PE − Fernando Almeida
VII SISO – Porto Alegre/RS – Giuseppe Repetto
VIII SISO – Goiânia/GO − Nelson Rassi
IX SISO − Foz do Iguaçu/PR − Henrique Suplicy
X Congresso de Obesidade – Campinas/SP − Marcos Tambascia
XI Congresso Brasileiro de Obesidade − Rio de Janeiro/RJ − Walmir Coutinho
XII Congresso Brasileiro de Obesidade e Síndrome Metabólica – São Paulo/SP − Márcio Correa Mancini
Diretoria da ABESO
Presidente:
Márcio Correa Mancini
Vice-Presidente: Bruno Geloneze Neto
1 Secretário-Geral: João Salles
2o Secretário-Geral: Josivan Lima
o
Tesoureiro:
Mário Carra
Comissão Executiva
Presidente: Membros:
Leila Maria Batista Araújo
Adriana Mattos Viana
Ana Mayra Andrade de Oliveira
Berta Gandelman Wainstein
Diana Viegas Martins
Fábio Rogério Trujilho
Lísia Marcílio Rabelo
Maria Margarida dos Santos Britto
Osmário Jorge de Mattos Salles
Reine Marie Chaves Fonseca
Severino de Almeida Farias
Tereza Arruti Rey
Thaisa Guedes Trujilho
Thomaz Rodrigues Porto da Cruz
S479
Comissão Social
Presidente: Membros:
Ana Maria Alves
Damaris Cunha Lopes
Maria de Lourdes Lima de Souza e Silva
Maria Teresa Nunes-Gouveia
Rita Chaves
Sérgio de Queiroz Braga
Comissão Científica
Presidente: Alfredo Halpern
Professores Homenageados
Prof. Walmir F. Coutinho (RJ)
Prof. Thomaz Rodrigues Porto da Cruz (BA)
Convidado Estrangeiro
Prof. James O. Hill, Ph.D.
Professor de Pediatria e Medicina da Universidade do Colorado, EUA
Diretor do Centro de Nutrição Humana, entidade apoiada pelo Instituto Nacional de Saúde
Diretor da Unidade de Pesquisa de Nutrição Clínica do Colorado (CNRU), EUA
Convidados Nacionais
Nome
Adriana Mattos Viana (BA)
Adriano Segal (SP)
Alexander Benchimol (RJ)
Alfredo Halpern (SP)
Álvaro Avezum Júnior (SP)
Amélio Godoy-Matos (RJ)
Ana Lúcia Oliveira e Leiro (BA)
Ana Maria P. Lottenberg (SP)
Ana Marice Teixeira Ladeia (BA)
Ana Mayra Andrade de Oliveira (BA)
Ana Myrna Jaguaribe de Lima (PE)
Andréia Gomes Naves (SP)
Armênio Costa Guimarães (BA)
Arthur Belarmino Garrido Júnior (SP)
Áureo Ludovico de Paula (GO)
Bernardo Léo Wajchenberg (SP)
Bruno Geloneze Neto (SP)
Carla Hilário da Cunha Daltro (BA)
Cesar Luiz Boguszewski (PR) S480
Potencial Conflito de Interesse
Não
Não
Abbott, Abbott Nutrition, Novo Nordisk, Libbs, MSD, Torrent
Não informou
Não informou
GlaxoSmithKline e Novartis do Brasil
Não
Não informou
Não
Não
Não informou
Não informou
Não
Covidien
Não informou
Não informou
Não informou
Sanofi-Aventis e Novartis
Não
Cintia Cercato (SP)
Cláudia Pinto Marques S. de Oliveira (SP)
Cristiane Martins Moulin de Moraes (GO)
Daniel Lins (PE)
Diana Viégas Martins (BA)
Domingos Lázaro Souza Rios (BA)
Edilene Maria Queiroz Araújo (BA)
Eloina Nunes de Oliveira (BA)
Erivaldo Santos Alves (BA)
Esdras Cabus Moreira (BA)
Esther Machado (BA)
Euller Ázzaro (BA)
Fábio Rogério Trujilho (BA)
Francisco Alfredo Bandeira e Farias (PE)
Francisco José Gondim Pitanga (BA)
Geraldo A. de Medeiros-Neto (SP)
Gilson Soares Feitosa (BA)
Giuseppe Repetto (RS)
Gustavo Caldas (PE)
Henrique de Lacerda Suplicy (PR)
Isabel Carmen Fonseca Freitas (BA)
Ivan dos Santos Abrão (SP)
João Eduardo N. Salles (SP)
João Modesto (PB)
José Siqueira Filho (BA)
Josefina Bressan (MG)
Josefina Dourado Matielli (SP)
Josivan Gomes de Lima (RN)
Laerte Ferreira Damasceno (ES)
Licio Augusto Velloso (SP)
Lílian Ramos Sampaio (BA)
Lísia Marcílio Rabelo (BA)
Luiz Vicente Berti (SP)
Manoel Galvão Neto (SP)
Márcia Cristina A. Magalhães Oliveira (BA)
Márcia Nery (SP)
Márcio Correa Mancini (SP)
Marcos Antonio Tambascia (SP)
Marcos Leão (BA)
Maria Betânia Pereira Toralles (BA)
Maria de Lourdes Lima (BA)
Maria Edna de Melo (SP)
Maria Elizabeth Rossi da Silva (SP)
Não informou
Não
Não
Não informou
Novartis, Abbott Nutrition e Sanofi-Aventis
Não
Não informou
Não
Não informou
Não
Não informou
Não informou
Não
Paget Foundation (USA); Novartis; MDS; Eli Lilly; AstraZeneca;
Sanofi-Aventis; GlaxoSmithKline e Servier
Não informou
Aché Laboratórios Farmacêuticos
AstraZeneca, Aventis; BMS; Boehringer-Ingelheim, JanssenCilag; Merck Sharp & Dohme; Novartis; Sanofi-Synthelabo;
Servier e Schering-Plough
Não
Novartis; Sanofi-Aventis, Roche
Não informou
Não informou
Não informou
Não informou
Não
Não informou
Não
Não informou
Não
Novartis; Sanofi-Aventis; Bayer-Schering, Pfizer, Abbott, Merck
Não informou
Não informou
Não informou
Não
Ethicom Endosurgery; GI Dynamics; Alacer – Biomedics;
Olympus; Storz Travel Expenses
Não informou
Não informou
Abbott; Aché; Bayer; Coca-Cola Company; Danone; EMS; Germed; Glenmark; Medley; Merck Sharp & Dohme; Nestlé, Roche, Sanofi-Aventis, Torrent e Unilever
Não informou
Não informou
Não
Não informou
Não informou
Não informou
S481
Maria Margarida dos Santos Britto (BA)
Maria Teresa Zanella (SP)
Mário José A. Saad (SP)
Mario Kehdi Carra (SP)
Marta França Santos (BA)
Miguel Brandão (BA)
Mônica Beyruti (SP)
Nelson Rassi (GO)
Nilson Roberto Ribeiro Oliveira Júnior (BA)
Oddone Braghiolli (BA)
Osmário Jorge de M. Salles (BA)
Perseu Seixas de Carvalho (ES)
Raymundo Paraná (BA)
Reine Marie Chaves Fonseca (BA)
Renan Magalhães Montenegro (CE)
Ricardo Martins da Rocha Meirelles (RJ)
Ricardo Moreno Lima (DF)
Rosa Ferreira dos Santos (SP)
Rosana Bento Radominski (PR)
Rosely Sichieri (RJ)
Sandra Mara F. Villares (SP)
Sandra Roberta Gouveia Ferreira Vivolo (SP)
Saulo Calvalcanti da Silva (MG)
Simão Augusto Lottenberg (SP)
Tereza Arruti Rey (BA)
Thomas Prates Ong (SP)
Thomaz Rodrigues Porto da Cruz (BA)
Victor Keihan Rodrigues Matsudo (SP)
Vivian Carole Moema Ellinger (RJ)
Vyvianne Azoubel Roizenblatt (SP)
Walmir F. Coutinho (RJ)
Zuleika Salles Cozzi Halpern (SP)
Não informou
Não informou
Não informou
Não informou
Não informou
Não informou
Não informou
Não
Não
Não informou
Não
Não informou
Não informou
Não informou
Não informou
Não informou
Não informou
Não
Não
Não informou
Não
Não informou
GlaxoSmithKline; Novartis Biociências; Merck Sharp & Dohme
e Sanofi Aventis
Não informou
Não informou
Não
Não informou
Não
Novo Nordisk; Novartis; Merck Sharp & Dohme; Pfizer; GSK;
Sanofi-Aventis
Não
Não informou
Não informou
“Resolução da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) − RDC nº96/08, de
17 de dezembro de 2008
§2º Os palestrantes de qualquer sessão científica que estabeleçam relações com laboratórios farmacêuticos ou tenham
qualquer outro interesse financeiro ou comercial devem informar potencial conflito de interesses aos organizadores dos
congressos, com a devida indicação na programação oficial do evento e no início de sua palestra, bem como nos anais,
quando estes existirem.”
S482
Patrocinadores/Agradecimentos
Abbott Laboratórios do Brasil Ltda.
Aché Laboratórios Farmacêuticos S/A
AstraZeneca do Brasil Ltda.
Coca-Cola − Recofarma Indústria do Amazonas Ltda.
EMS S/A
Germed Farmacêutica Ltda.
Glenmark Farmacêutica Ltda.
Labaclen – Laboratório de Análises Clínicas e Endocrinológicas Ltda.
Merck Sharp & Dohme Farmacêutica Ltda.
Novo Nordisk Farmacêutica do Brasil Ltda.
Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A.
Expositores
Abbott Laboratórios do Brasil Ltda.
Aché Laboratórios Farmacêuticos S/A
Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica – ABESO
Cardiomed – Comércio de Equipamentos Médicos Ltda.
Ger-Ar Comércio de Produtos Médicos Ltda.
Germed Farmacêutica Ltda.
Ottoboni Comércio e Importação Ltda.
Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A.
Novo Nordisk Farmacêutica do Brasil Ltda.
Torrent do Brasil Ltda.
S483
Informações Gerais
LOCAL DO EVENTO
Pestana Bahia Hotel
Rua Fonte do Boi, 216 – Rio Vermelho – 41.940-360 – Salvador – BA
Tel.: (71) 2103-8000
SECRETARIA EXECUTIVA/ORGANIZAÇÃO
A secretaria está a cargo da Interlink Consultoria & Eventos Ltd. e funcionará durante o evento no Foyer
do Auditório Fernando Pessoa do Pestana Bahia Hotel.
Pré e pós-evento: Rua Teixeira Leal, 107-A, Graça – 40150-050 – Salvador – Bahia
Telefax: (71) 3011-9797
E-mail: [email protected]
Homepage: www.interlinkeventos.com.br
CREDENCIAMENTO E ENTREGA DE MATERIAL
A secretaria executiva funcionará a partir do dia 13/8, das 09:00 às 18:00 horas, no Foyer do Auditório
Fernando Pessoa do Pestana Bahia Hotel. Nos dias 14 e 15/8 funcionará das 07:30 às 18:00 horas.
AGÊNCIA DE TURISMO OFICIAL
A Interlink Turismo − Agência Oficial colocará durante o evento um posto de atendimento no Foyer do
Auditório Fernando Pessoa, para informações e reservas de hospedagem e bilhete aéreo, opcionais
turísticos etc.
MONTADORA OFICIAL
L. Fontes Empreendimentos Ltda.
Tel.: (71) 2104-3250 Fax: (71) 2104-3270
E-mail: [email protected]
CRACHÁS DE IDENTIFICAÇÃO
O uso do crachá de identificação será indispensável e obrigatório para acesso ao Pestana Bahia Hotel
(atividades científicas, exposição comercial e eventos sociais). Os seguranças e recepcionistas estão
orientados a cobrar o uso do crachá.
Todos os participantes, palestrantes, congressistas, acompanhantes e expositores devem retirar seu crachá na secretaria do evento.
Para facilitar a identificação dos participantes, serão fornecidos crachás diferenciados:
Código de cores
Congressista Prescritor − Azul-claro
Congressista Não Prescritor − Azul-escuro
Comissão − Amarelo
Acompanhante − Vermelho
Apoio − Laranja
Expositor − Preto
Atenção
• Informamos que essa diferenciação de cores é norma estabelecida pela Anvisa.
• Não perca nem esqueça seu crachá no hotel ou em qualquer outro local.
• Em caso de perda, para fornecimento de 2ª via será cobrada uma taxa adicional de 50% do valor da
inscrição.
• Os crachás de acompanhantes e expositores não darão acesso às atividades científicas.
TAXAS DE INSCRIÇÃO DÃO DIREITO A:
Congressista
• Crachá de identificação, pasta e material do
congresso
• Acesso à programação científica
• Acesso à programação social
Dia 14/08 – Festa de encerramento
− Show com a Banda Negra Cor
• Acesso à exposição comercial e de serviços
Acompanhante
• Crachá de identificação
• Acesso à programação social
Dia 14/08 – Festa de encerramento
− Show com a Banda Negra Cor
• Acesso à exposição comercial
• City tour de acompanhantes
SALA VIP
A sala VIP situada no 1º piso (S1) do Pestana Bahia Hotel estará à disposição dos convidados estrangeiros,
autoridades e palestrantes do Congresso.
S484
CERTIFICADOS
Congressistas: Serão entregues a partir das 10:00 horas do dia 15/8 de acordo com o Art. 4., § 9º do CFM
nº 1.772/2005: “Os certificados dos eventos somente poderão ser entregues aos participantes ao final dos
trabalhos, ficando a comprovação de participação sob a responsabilidade das instituições promotoras,
com possibilidade de auditoria in loco determinada pela CNA”.
Participação nas atividades científicas: Serão entregues nas salas de ocorrência das atividades.
Pôster: Será entregue no final da apresentação ao autor/apresentador.
Importante
• Informamos que só será emitido 01 (um) certificado por trabalho incluindo o título e os autores como
consta no resumo aprovado (não haverá alteração, inclusão ou retirada de nomes).
• Não será emitida 2ª via de certificado.
• Os certificados que não forem retirados na secretaria do congresso não serão enviados posteriormente por correio.
PONTUAÇÃO DA CNA
(Evento aprovado pela CNA para Certificação de Atualização Profissional).
Especialidade: Endocrinologia
= 10.0
Especialidade: Clínica Médica
= 5.0
Especialidade: Cirurgia do Aparelho Digestivo = 10.0
Importante
Para recebimento dos pontos da CNA, faz-se necessário informar o número do seu CPF. Caso não o tenha feito no ato da sua inscrição, favor procurar a secretaria do evento para atualizar seu cadastro.
MIDIA DESK
O serviço de audiovisual funcionará no Foyer do Auditório Fernando Pessoa. Os conferencistas, palestrantes e apresentadores de trabalhos que utilizarão equipamentos audiovisuais deverão procurar com 4 horas de antecedência o midia desk para entrega do material e solicitação do equipamento necessário.
Em razão da exiguidade do tempo das sessões, não será permitida a utilização de laptop do apresentador, a fim de otimizar o tempo de apresentação.
CYBER POINT
Estará disponível ao congressista serviço de internet instalado no Salão Jorge Amado (área de exposição
e pôsteres).
TRADUÇÃO SIMULTÂNEA
Haverá tradução simultânea (inglês/português/inglês) no auditório Fernando Pessoa 3, nas sessões em
que houver palestrante estrangeiro. Para retirar os fones de ouvido, será solicitado ao congressista documento de identidade.
EXPOSIÇÃO COMERCIAL
Está situada no Salão Jorge Amado do Pestana Bahia Hotel − 2º piso (S2).
Horário de funcionamento: Dia 13/8 das 14:00 às 18:00 horas, dia 14/8 das 08:00 às 18:00 horas e dia 15/8
das 08:00 às 16:00 horas.
Para acesso todos deverão estar devidamente credenciados conforme instruções contidas no regulamento geral da exposição.
COMERCIALIZAÇÃO DE FITAS − TV MED
Todas as atividades científicas autorizadas pelos palestrantes do congresso serão gravadas e a comercialização será feita durante e após o evento pela TV MED.
SERVIÇO DE FOTOGRAFIA
O congresso credenciou profissionais que estarão à disposição dos congressistas e expositores.
PRÊMIO JOVEM INVESTIGADOR
• Prêmio para o melhor trabalho de Ciência Básica.
• Prêmio para o melhor trabalho Clínico.
Os prêmios serão entregues no dia 15/8, às 18:00 horas, durante a sessão de encerramento do congresso.
NOTAS
Solicitamos que, durante as sessões do congresso, os telefones celulares e/ou bipes estejam programados para a função silêncio/vibracall ou desligados.
IMPORTANTE
Face ao número de atividades, torna-se necessária a obediência rigorosa do tempo destinado a cada
palestrante.
Para garantir o cumprimento do horário, o sistema de projeção e sonorização está eletronicamente
programado para desligamento automático ao fim do tempo determinado a cada palestrante.
S485
13 a 15 de agosto de 2009
Pestana Bahia Hotel
PROGRAMAÇÃO SOCIAL
Dia 14 de agosto − Sexta-feira
Festa de encerramento com a Banda Negra Cor
IMPORTANTE
• Programação exclusiva para participantes e acompanhantes inscritos no congresso.
• Crianças com menos de 12 anos não poderão ter acesso às atividades sociais e as acima
de 12 anos deverão efetivar sua inscrição como acompanhantes.
• Cada congressista só poderá inscrever até dois acompanhantes.
S487
13 a 15 de agosto de 2009
Pestana Bahia Hotel
Grade da Programação Científica
S489
13 DE AGOSTO DE 2009 – QUINTA-FEIRA
Hora
Sala 1
Fernando Pessoa 3
(600)
Simpósio 1
Tecido adiposo
Adipócito como estrutura
endócrino
Bernardo Léo Wajchenberg (SP)
Abdominoplastia: boa ou má
para resistência à insulina
Vyvianne Azoubel Roizenblatt
(SP)
Gordura mal distribuída:
das lipodistrofias à síndrome
metabólica
João Eduardo N. Salles (SP)
TL1
Simpósio 2
Composição corporal e
metabolismo
IMC ou circunferência
abdominal?
Sandra Roberta Gouveia
Ferreira Vivolo (SP)
Como avaliar?
Bruno Geloneze Neto ( SP)
Prevenção farmacológica do
DM2
Vivian Carole Moema Ellinger
(RJ)
O que é obesidade
Maria Margarida dos Santos
Britto (BA)
Avaliação da gordura visceral
Eloina Nunes de Oliveira (BA)
Bioimpedância x medida de
pregas cutâneas
Lilian Ramos Sampaio (BA)
Fluxograma do tratamento do
diabético obeso
Osmário Jorge de M. Salles (BA)
TL2
TL3
Mecanismos moleculares
Mário José A. Saad (SP)
TL5
Simpósio 6
Tratamento farmacológico da
obesidade I
Simpósio 7
O fígado do obeso
Tratamento do idoso
Cintia Cercato (SP)
NASH e síndrome metabólica
Thomaz Rodrigues Porto da
Cruz (BA)
Ganho de peso em psicótico.
O que fazer?
Saulo Calvalcanti da Silva
(MG)
NASH antes e após cirurgia
bariátrica
Cláudia Pinto Marques Souza
de Oliveira (SP)
Tratamento dos distúrbios
alimentares
Adriano Segal (SP)
Como tratar NASH
Raymundo Paraná (BA)
TL6
S490
Simpósio 4
Obesidade e nutrição
Obesidade infantil e
adolescente
Isabel Carmen Fonseca Freitas
(BA)
Tratamento nutricional da
obesidade
Edilene Maria Queiroz Araújo
(BA)
TL4
Visita à Exposição
Simpósio 5
Resistência à insulina I
17h30/18h30
Simpósio com Pacientes
Obesidade em Crianças e
Adolescente
Zuleika Halpern (SP)
Simpósio 3
Tratamento da diabesidade
Incretinas na obesidade
Reine Marie Chaves Fonseca
(BA)
15h30/16h00
16h00/17h30
Simpósio para Pacientes
Cirurgia Bariátrica
Alfredo Halpern (SP)
Sala 4
Fernando Pessoa 1
(200)
Almoço Livre
12h00/14h00
14h00/15h30
Sala 3
Fernando Pessoa 2
(200)
Simpósio para Pacientes
Cirurgia para Diabéticos
Arthur Garrido Júnior (SP)
10h30/12h00
Grade da Programação Científica
Sala 2
Zélia Gattai
(200)
TL7
Simpósio 8
Obesidade e síndrome
metabólica
O que define síndrome
metabólica?
Maria de Lourdes Lima (BA)
Como tratar SM na visão do
nutricionista?
Esther Machado (BA)
Como tratar a SM na visão do
endocrinologista
Rosa Ferreira dos Santos (SP)
TL8
Fernando Pessoa 3 (600)
Abertura oficial e
Conferência 1 – Desafios e perspectivas na prevenção e tratamento da obesidade – Walmir F. Coutinho (RJ)
14 DE AGOSTO DE 2009 – SEXTA-FEIRA
Sala 1
Fernando Pessoa 3
(600)
Simpósio 9
Diabesidade
Simpósio 10
Cirurgia bariátrica
Simpósio 11
Pulmão do obeso
Atividade física na prevenção
do DM2
Maria Elizabeth Rossi da Silva
(SP)
Cirurgia bariátrica. Estado atual
Arthur Belarmino Garrido
Júnior (SP)
Valor do CPAP para diminuir a
resistência à insulina e o estresse
oxidativo
Ana Myrna Jaguaribe de Lima
(PE)
Papel da alimentação na
prevenção do DM2
Josefina Bressan (MG)
Sistema nutricional no contexto
da DM2 e múltiplos fatores
de risco
Alexandre Benchimol (RJ)
Cirurgia plástica pós-cirurgia
bariátrica
Ivan dos Santos Abrão (SP)
Cirurgia bariátrica no jovem e
no idoso
Marcos Leão (BA)
TL10
TL9
Eixo adrenocorticotrófico na
apneia do sono
Maria Teresa Zanella (SP)
Apneia do sono como fator de
esteatose hepática
Carla Hilário da Cunha Daltro
(BA)
Simpósio 12
Evolução e novos manejos da
dietoterapia no tratamento
da obesidade
Nutrigenômica
Thomas Prastes Ong (SP)
Inflamação na gênese e na
inflamação da obesidade
Andréia Gomes Naves (SP)
Terapia nutricional na
obesidade mórbida
Marta França Santos (BA)
TL12
Visita à Exposição
Simpósio 13
Tratamento farmacológico da
obesidade II
Sibutramina. Resultados do
estudo SCOUT
Walmir F. Coutinho (RJ)
Orlistat. Além da perda de peso
Adriana Mattos Viana (BA)
O sistema endocanabinoide:
passado, presente ou futuro
Álvaro Avezum (SP)
Simpósio 14
Coração do obeso
Insuficiência cardíaca no obeso
Gilson Soares Feitosa (BA)
Hipertensão arterial no obeso
Armênio Costa Guimarães (BA)
Dislipidemia do obeso
metabólico
Francisco Alfredo Bandeira e
Farias (PE)
TL14
TL13
Simpósio Satélite
Germed
12h30/13h30
Simpósio 15
Hiperandrogenismo na
mulher obesa
SOP. Disfunção e alterações
hormonais
Gustavo Caldas (PE)
Hiperandrogenismo. Causa ou
consequência?
Michelle Patrocínio Rocha (SP)
Simpósio 16
Cirurgia bariátrica e nutrição
O que é e quais os tipos de
cirurgia bariátrica
Oddone Braghiolli Neto (BA)
Como tratar os pacientes antes
de indicar CB e quando indicar
Tereza Arruti Rey (BA)
Tratamento da mulher com
lipodistrofia ginoide?
Nelson Rassi (GO)
Acompanhamento nutricional
no pós-cirúrgico
Márcia Cristina A. Magalhães
Oliveira (BA)
TL15
TL16
Simpósio Satélite
Coca-Cola
Simpósio Satélite
ABBOTT
Visita à Exposição/Pôsteres (001 a 151)
14h00/15h30
Simpósio Satélite
Glenmark
Reunião da ABESO
Fernando Pessoa 3
Conferência 3 − O que há de verdade em dietas para emagrecer − James Hill (EUA)
15h30/16h30
Simpósio 17
Estilo de vida e obesidade
Há uma dieta ideal?
Ana Maria P. Lottenberg (SP)
16h30/18h00
Sala 4
Fernando Pessoa 1
(200)
TL11
10h30/11h00
11h00/12h30
Sala 3
Fernando Pessoa 2
(200)
Fernando Pessoa 3
Conferência 2 − Passado, presente e futuro da síndrome metabólica – Amélio Godoy-Matos (RJ)
08h00/09h00
09h00/10h30
Sala 2
Zélia Gattai
(200)
Estratégias na manutenção do
peso perdido
James Hill (EUA)
Mudanças comportamentais
em obesos
Mônica Beyruti (SP)
TL17
Simpósio 18
Síndrome metabólica em
crianças e adolescentes
Como definir síndrome
metabólica em criança
Sandra Villares (SP)
Adiponectina em crianças
Ana Mayra Andrade de
Oliveira (BA)
Dislipidemia em crianças e
adolescentes
Simão Augusto Lottenberg (SP)
TL 18
Simpósio 19
Resistência à insulina II
Resistência à insulina no
hipotálamo
Licio Augusto Velloso (SP)
Papel dos ácidos graxos livres
na resistência à insulina
Marcos Antonio Tambascia (SP)
Drogas que diminuem a
resistência à insulina
Márcia Nery (SP)
TL19
Simpósio 20
Consequências clínicas no
pós-operatório da cirurgia
bariátrica
Melhora das comorbidades póscirurgia bariátrica
Erivaldo Santos Alves (BA)
O obeso mórbido operado que
não perde peso. Reoperar?
Euller Ázzaro (BA)
Aspectos psiquiátricos do obeso
mórbido
Esdras Cabus (BA)
TL20
S491
Grade da Programação Científica
Hora
15 DE AGOSTO DE 2009 – SÁBADO
Hora
Sala 1
Fernando Pessoa 3
(600)
Grade da Programação Científica
Simpósio 21
Alternativas no tratamento
do obeso
Práticas condenáveis
Henrique de Lacerda Suplicy
(PR)
08h30/10h00
Ervas, chás, fibras? Uso auxiliar
no tratamento da obesidade
João Modesto Filho (PB)
Uso de shake na abordagem do
obeso grave
Fábio Rogério Trujilho (BA)
Sala 2
Zélia Gattai
(200)
Simpósio 22
Obesidade infantil
Epidemia da obesidade em
crianças e adolescentes
Rosely Sichieri (RJ)
Papel da atividade física em
crianças
Rosana Bento Radominski (PR)
Tratamento farmacológico
Zuleika Salles Cozzi Halpern (SP)
TL 22
TL21
Sala 3
Fernando Pessoa 2
(200)
Simpósio 23
Atividade física no
tratamento do obeso
Quanto é necessário
Francisco José Gondim Pitanga
(BA)
O importante é mexer-se
Victor Keihan Rodrigues
Matsudo (SP)
Genética influi na resposta
terapêutica ao exercício
Ricardo Moreno Lima (DF)
TL23
Sala 4
Fernando Pessoa 1
(200)
Simpósio 24
Necessidade de cooperação
mais intensa em cirurgia
bariátrica
O superobeso
Nilson Roberto Ribeiro Oliveira
Júnior (BA)
Importância do
acompanhamento pela equipe
multidisciplinar
Laerte Ferreira Damasceno (ES)
Profilaxia e tratamento dos
fenômenos tromboembólicos
José Siqueira Filho (BA)
TL24
10h00/11h00
Fernando Pessoa 3
Conferência 4 − Pulmão: mais uma vítima da obesidade? − Márcio Correa Mancini (SP)
11h00/12h30
Visita à Exposição/Pôsteres (152 a 301)
Simpósio Satélite
12h30/13h30
Simpósio 25
Alterações hormonais do
obeso
Hipotiroidismo
Geraldo A. de Medeiros Neto
(SP)
14h00/15h30
Obesidade e gônadas
Ricardo M. da R. Meirelles (RJ)
Eixo HGH e IGF no obeso
Cesar Luiz Boguszewski (PR)
TL25
Simpósio Satélite
Simpósio Satélite
Simpósio Satélite
Simpósio 26
Genética da obesidade
Simpósio 27
Outras doenças
Simpósio 28
Obesidade grave
Obesidade monogênica
Maria Edna de Melo (SP)
Alterações imunológicas no
obeso
Cristiane Martins Moulin de
Moraes (GO)
O papel do endocrinologista no
tratamento do obeso grave
Perseu Seixas de Carvalho (ES)
Síndromes genéticas associadas
à obesidade
Maria Betânia Pereira Toralles
(BA)
Neoplasia e obesidade
Miguel Brandão (BA)
Genética da obesidade. Onde
estamos?
Domingos Lázaro Souza Rios (BA)
Insuficiência renal do obeso
Renan Magalhães Montenegro
(CE)
TL26
TL27
Custos da obesidade grave e
seu atendimento cirúrgico no
Brasil
Luiz Vicente Berti (SP)
Derivação duodeno-jejunal
endoscópica para síndrome
metabólica
Manoel Galvão Neto (SP)
TL28
Fernando Pessoa 3
Conferência 5 − Aspectos práticos da terapia farmacológica da obesidade − Alfredo Halpern (SP)
15h30/16h30
16h30/18h00
Simpósio 29
Situações especiais póscirurgia bariátrica
Simpósio 30
Doença cardiovascular em
mulheres obesas
Gestação
Josefina Dourado Matielli (SP)
Como aumentar o HDLcolesterol?
Lísia Marcílio Rabelo (BA)
Hipoglicemia
Giuseppe Repetto (RS)
Aspectos nutricionais tardios
após cirurgia bariátrica
Ana Lúcia Oliveira e Leiro
(BA)
TL29
Por que a prevenção da doença
cardiovascular é menor nas
mulheres
Ana Marice Teixeira Ladeia
(BA)
Importância da dislipemia pósprandial
Josivan Gomes Leite (RN)
Simpósio 31
Obesidade e ética
Critérios para indicação de
cirurgia bariátrica
Mario Kehdi Carra (SP)
Obesos metabolicamente
saudáveis
Daniel da Costa Lins (PE)
Aspectos éticos na abordagem
do obeso
Diana Viégas Martins (BA)
TL31
TL30
18h00/19h00
S492
Fernando Pessoa 3
Sessão de Encerramento/Premiações/Conferência 6 − Cirurgia para diabetes − Áureo Ludovico de Paula (GO)
13 a 15 de agosto de 2009
Pestana Bahia Hotel
Programação Científica
S493
13 DE AGOSTO DE 2009 – QUINTA-FEIRA
10h30/12h00
13 DE AGOSTO DE 2009 – QUINTA-FEIRA
SIMPÓSIO COM PACIENTES
12h00/14h00
ALMOÇO LIVRE
14h00/15h30
Aud. Fernando Pessoa 3 Simpósio 1 − Tecido adiposo
Adipócito como estrutura endócrino
Bernardo Léo Wajchenberg (SP)
Abdominoplastia: boa ou má para resistência à insulina
Vyvianne Azoubel Roizenblatt (SP)
Gordura mal distribuída: das lipodistrofias à síndrome metabólica
João Eduardo N. Salles (SP)
TL1: OMENTECTOMY COMBINED TO BARIATRIC SURGERY: EVIDENCE OF
LATE ADDITIVE METABOLIC IMPROVEMENTS ON INSULIN SENSITIVITY AND
INFLAMATION IN GRADE-III OBESE WOMEN (PROSPECTIVE, RANDOMI­ZED
TRIAL). Geloneze B, Lima MMO, Astiarraga BD, Geloneze SR, Alegre SM, Pareja JC
Aud. Zélia Gattai
Simpósio 2 − Composição corporal e metabolismo
IMC ou circunferência abdominal?
Sandra Roberta Gouveia Ferreira Vivolo (SP)
Avaliação da gordura visceral
Eloina Nunes de Oliveira (BA)
Bioimpedância x medida de pregas cutâneas
Lilian Ramos Sampaio (BA)
TL2: MÉTODOS PREDITORES DE GORDURA VISCERAL EM ADULTOS E IDOSOS: COMPARAÇÃO ENTRE ANTROPOMETRIA E TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA. Roriz AKC, Sampaio LR, Mello AL, Oliveira CC, Guimarães JF, Santos FC
Aud. Fernando Pessoa 2 Simpósio 3 − Tratamento da diabesidade
Prevenção farmacológica do DM2
Vivian Carole Moema Ellinger (RJ)
Incretinas na obesidade
Reine Marie Chaves Fonseca (BA)
Fluxograma do tratamento do diabético obeso
Osmário Jorge de M. Salles (BA)
TL3: GLICEMIA E PRESSÃO ARTERIAL: INFLUÊNCIAS DE UM PROGRAMA DE
INTERVENÇÃO NUTRICIONAL E EXERCÍCIO FÍSICO BASEADO NA ESTRATÉGIA GLOBAL DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Assis Amo, Santana
Mlp, Costa Prf, Pinto Ej, Oliveira Lm, Silva Mcm, Santos Ns
S494
Simpósio 4 − Obesidade e nutrição
O que é obesidade
Maria Margarida dos Santos Britto (BA)
Obesidade infantil e adolescente
Isabel Carmen Fonseca Freitas (BA)
Tratamento nutricional da obesidade
Edilene Maria Queiroz Araújo (BA)
TL4: CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA NA PREDIÇÃO DE EXCESSO DE GORDURA CORPORAL EM CRIANÇAS DE UBÁ-MG. Crizel MM, Oliveira JS, Ferreira S,
Tinoco ALA
15h30/16h00
VISITA À EXPOSIÇÃO
16h00/17h30
Aud. Fernando Pessoa 3 Simpósio 5 − Resistência à insulina I
Como avaliar?
Bruno Geloneze Neto (SP)
Mecanismos moleculares
Mário José A. Saad (SP)
TL5: PERIPHERAL INSULIN SENSITIVITY (EUGLYCEMIC-HYPERINSULINEMIC CLAMP) MAY NOT ENHANCE EARLY AFTER BARIATRIC SURGERY DESPITE HOMA2-IR IMPROVEMENT. Geloneze B, Chaim E, Geloneze SR, Alegre SM,
Pareja JC, Lima MMO, Astiarraga BD
Aud. Zélia Gattai
Simpósio 6 − Tratamento farmacológico da obesidade I
Tratamento do idoso
Cintia Cercato (SP)
Ganho de peso em psicótico. O que fazer?
Saulo Calvalcanti da Silva (MG)
Tratamento dos distúrbios alimentares
Adriano Segal (SP)
TL6: TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DA OBESIDADE EM UMA POPULAÇÃO DE IDOSOS. Horie N, Cercato C, Mancini MC, Halpern A
Aud. Fernando Pessoa 2 Simpósio 7 − O fígado do obeso
NASH e síndrome metabólica
Thomaz Rodrigues Porto da Cruz (BA)
NASH antes e após cirurgia bariátrica
Cláudia Pinto Marques Souza de Oliveira (SP)
Como tratar NASH
Raymundo Paraná (BA)
TL7: PERFIL METABÓLICO EM PACIENTES OBESOS MÓRBIDOS PORTADORES DE ESTEATOSE HEPÁTICA. Oliveira ML, Arruda SLM, Carneiro CP, Huang W,
Melendez-Araújo MS
S495
13 DE AGOSTO DE 2009 – QUINTA-FEIRA
Aud. Fernando Pessoa 1 13 DE AGOSTO DE 2009 – QUINTA-FEIRA
Aud. Fernando Pessoa 1 Simpósio 8 − Obesidade e síndrome metabólica
O que define síndrome metabólica?
Maria de Lourdes Lima (BA)
Como tratar SM na visão do nutricionista?
Esther Machado (BA)
Como tratar a SM na visão do endocrinologista
Rosa Ferreira dos Santos (SP)
TL8: SÍNDROME METABÓLICA: DOENÇA METABÓLICA OU INFLAMATÓRIA?
Góes P, Lima ML, Ferraz F, Olivieri L, Cruz T, Ladeia AM
17h30/18h30
Aud. Fernando Pessoa 3 ABERTURA OFICIAL E Conferência 1 – Desafios e perspectivas na
prevenção e tratamento da obesidade
Walmir F. Coutinho (RJ)
S496
14 DE AGOSTO DE 2009 – SEXTA-FEIRA
08h00/09h00
Amélio Godoy-Matos (RJ)
Presidente: Bruno Geloneze Neto (SP)
09h00/10h30
Aud. Fernando Pessoa 3 Simpósio 9 − Diabesidade
Atividade física na prevenção do DM2
Maria Elizabeth Rossi da Silva (SP)
Papel da alimentação na prevenção do DM2
Josefina Bressan (MG)
Sistema nutricional no contexto da DM2 e múltiplos fatores de risco
Alexander Koglin Benchimol (RJ)
TL9: OS BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO FÍSICO EM INDIVÍDUOS COM OBESIDADE MÓRBIDA. Meinhardt N, Marcon ER, Voguel V, Brillmann M, Souto K
Aud. Zélia Gattai
Simpósio 10 − Cirurgia bariátrica
Cirurgia bariátrica. Estado atual
Arthur Belarmino Garrido Júnior (SP)
Cirurgia plástica pós-cirurgia bariátrica
Ivan dos Santos Abrão (SP)
Cirurgia bariátrica no jovem e no idoso
Marcos Leão (BA)
TL10: EFFECT OF ROUX-EN-Y GASTRIC BYPASS SURGERY PLUS OMENTECTO­
MY OF TYPE 2 DIABETES MELLITUS AND METABOLIC PROFILES. Silva EA,
Zanella MT, Arasaki CH, Umeda LM
Aud. Fernando Pessoa 2 Simpósio 11 − Pulmão do obeso
Valor do CPAP para diminuir a resistência à insulina e o estresse oxidativo
Ana Myrna Jaguaribe de Lima (PE)
Eixo adrenocorticotrófico na apneia do sono
Maria Teresa Zanella (SP)
Apneia do sono como fator de esteatose hepática
Carla Hilário da Cunha Daltro (BA)
TL11: CORRELAÇÃO ENTRE FUNÇÃO PULMONAR E DISTRIBUIÇÃO DE GORDURA CORPORAL EM PACIENTES OBESOS EM PREPARO PARA GASTROPLASTIA REDUTORA EM Y-DE-ROUX. Huang W, Oliveira ML, Melendez-Araújo MS, Arruda
SLM, Carneiro CP
S497
14 DE AGOSTO DE 2009 – SEXTA-FEIRA
Aud. Fernando Pessoa 3 Conferência 2 − Passado, presente e futuro da síndrome metabólica
14 DE AGOSTO DE 2009 – SEXTA-FEIRA
Aud. Fernando Pessoa 1 Simpósio 12 − Evolução e novos manejos da dietoterapia no tratamento da
obesidade
Nutrigenômica
Thomas Prastes Ong (SP)
Inflamação na gênese e na inflamação da obesidade
Andréia Gomes Naves (SP)
Terapia nutricional na obesidade mórbida
Marta França Santos (BA)
TL12: EFEITO DA SUPLEMENTAÇÃO DIETÉTICA COM FIBRA SOLÚVEL (GO­MAGUAR) NA ALBUMINÚRIA, CONTROLE GLICÊMICO E ÁCIDOS GRAXOS SÉRICOS EM PACIENTES COM DIABETES MELITO TIPO 2 E SÍNDROME METABÓLICA. Antonio JP, Azevedo MJ, Dall’Alba V, Gross JL, Steemburgo T, Royer CP, Silva FM
10h30/11h00
VISITA À EXPOSIÇÃO
11h00/12h30
Aud. Fernando Pessoa 3 Simpósio 13 − Tratamento farmacológico da obesidade II
Sibutramina. Resultados do estudo SCOUT
Walmir F. Coutinho (RJ)
Orlistat. Além da perda de peso
Adriana Mattos Viana (BA)
O sistema endocanabinoide: passado, presente ou futuro
Álvaro Avezum (SP)
TL13: ADIPONECTINA, GRELINA E PYY3-36 ALTERADOS COMO MARCADORES
DE COMPULSÃO ALIMENTAR EM MULHERES OBESAS. Neves FA, Moura AS, Sichieri R,
Pereira MJS, Brandão PP, Souza EPG
Aud. Zélia Gattai
Simpósio 14 − Coração do obeso
Insuficiência cardíaca no obeso
Gilson Soares Feitosa (BA)
Hipertensão arterial no obeso
Armênio Costa Guimarães (BA)
Dislipidemia do obeso metabólico
Francisco Alfredo Bandeira e Farias (PE)
TL14: ASSOCIAÇÃO DE SÍNDROME METABÓLICA COM ALBUMINA MODIFICADA
PELA ISQUEMIA (IMA) E BIOMARCADORES ENVOLVIDOS NO PROCESSO ATEROS­
CLE­RÓTICO. Bodanese LC, Rocha MIUM, Wiehe M, Magedanz E, Piccoli JEC, Schwanke CHA,
Moresco RN, Duarte M, Cruz IBM, Gottlieb MGV
S498
Simpósio 15 − Hiperandrogenismo na mulher obesa
SOP. Disfunção e alterações hormonais
Gustavo Caldas (PE)
Hiperandrogenismo. Causa ou consequência?
Michelle Patrocínio Rocha (SP)
Tratamento da mulher com lipodistrofia ginoide?
Nelson Rassi (GO)
TL15: REDUÇÃO DE GANHO DE PESO ATRAVÉS DE EDUCAÇÃO EM MUDANÇAS
DE ESTILO DE VIDA PROMOVE MELHORES DESFECHOS MATERNO-FETAIS EM
GESTANTES OBESAS. Queiroz AM, Viana AM, Feitosa ACR, Schleu M, Marques SR
Aud. Fernando Pessoa 1 Simpósio 16 − Cirurgia bariátrica e nutrição
O que é e quais os tipos de cirurgia bariátrica
Oddone Braghiolli Neto (BA)
Como tratar os pacientes antes de indicar CB e quando indicar
Tereza Arruti Rey (BA)
Acompanhamento nutricional no pós-cirúrgico
Márcia Cristina Almeida Magalhães Oliveira (BA)
TL16: MUDANÇAS NO ESTADO NUTRICIONAL APÓS UM PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FÍSICA E EDUCAÇÃO NUTRICIONAL EM MULHERES OBESAS. Toledo JOT, Melo
CM, Ribeiro SML, Louzada ER, Cohen D
12h30/13h30
SIMPÓSIOS SATÉLITES
Aud. Fernando Pessoa 3 Germed
Aud. Zélia Gattai
Coca-Cola
Aud. Fernando Pessoa 2 Abbott
Aud. Fernando Pessoa 1 Glenmark
14h00/15h30
VISITA À EXPOSIÇÃO/PÔSTERES (P1-P151)
14h00/15h30
Aud. Fernando Pessoa 1 REUNIÃO DA ABESO
15h30/16h30
Aud. Fernando Pessoa 3 Conferência 3 − O que há de verdade em dietas para emagrecer
James O. Hill (EUA)
S499
14 DE AGOSTO DE 2009 – SEXTA-FEIRA
Aud. Fernando Pessoa 2 14 DE AGOSTO DE 2009 – SEXTA-FEIRA
16h30/18h00
SIMPÓSIOS
Aud. Fernando Pessoa 3 Simpósio 17 − Estilo de vida e obesidade
Há uma dieta ideal?
Ana Maria Pita Lottenberg (SP)
Estratégias na manutenção do peso perdido
James O. Hill (EUA)
Mudanças comportamentais em obesos
Mônica Beyruti (SP)
TL17: EFFECT OF MULTIDISCIPLINARY THERAPY ON METABOLIC PROFILE
AND PRO-INFLAMMATORY CYTOKINES IN OBESE ADOLESCENTS WITH NAFLD.
Ernandes R, Corrêa FA, Tufik S, Caranti DA, Lederman H, Mello MT, Tock L, Carnier J, Piano A,
Martinz AC, Sanches PL, Foschini D, Nascimento CO, Dâmaso A, Oyama LM
Aud. Zélia Gattai
Simpósio 18 − Síndrome metabólica em crianças e adolescentes
Como definir síndrome metabólica em criança
Sandra Mara Villares (SP)
Adiponectina em crianças
Ana Mayra Andrade de Oliveira (BA)
Dislipidemia em crianças e adolescentes
Simão Augusto Lottenberg (SP)
TL18: O NÍVEL DE LEPTINA INFLUENCIA FATORES DE RISCO CARDIOMETABÓLICOS INDEPENDENTEMENTE DA ADIPOSIDADE EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES?
Mancini MC, Halpern A, HL HLR, Fujiwara CTH, Melo ME
Aud. Fernando Pessoa 2 Simpósio 19 − Resistência à insulina II
Resistência à insulina no hipotálamo
Licio Augusto Velloso (SP)
Papel dos ácidos graxos livres na resistência à insulina
Marcos Antonio Tambascia (SP)
Drogas que diminuem a resistência à insulina
Márcia Nery (SP)
TL19: EFEITO DA DERMOLIPECTOMIA NA SENSIBILiDADE À INSULINA, EM MU­
LHERES OBESAS, EM FASE DE ESTABILIDADE DE PESO, APÓS CIRURGIA BARIÁTRICA. Cercato C, Mancini MC, Roizenblatt VA, Halpern A, Melo ME
Aud. Fernando Pessoa 1 Simpósio 20 − Consequências clínicas no pós-operatório da cirurgia bariátrica
Melhora das comorbidades pós-cirurgia bariátrica
Erivaldo Santos Alves (BA)
O obeso mórbido operado que não perde peso. Reoperar?
Euller Ázzaro (BA)
Aspectos psiquiátricos do obeso mórbido
Esdras Cabus Moreira (BA)
TL20: ANÁLISE PONDERAL, COMORBIDEZES E QUALIDADE DE VIDA: AVALIAÇÃO
TARDIA EM PACIENTES SUBMETIDOS à DERIVAÇÃO GÁSTRICA EM Y-DE-ROUX.
Araujo GF, Lago DCF, Bordalo LA, Araujo FLSM
S500
15 DE AGOSTO DE 2009 – SÁBADO
08h30/10h00
Práticas condenáveis
Henrique de Lacerda Suplicy (PR)
Ervas, chás, fibras? Uso auxiliar no tratamento da obesidade
João Modesto Filho (PB)
Uso de shake na abordagem do obeso grave
Fábio Rogério Trujilho (BA)
TL 21: IMPACTO DA CARBOXITERAPIA EM PACIENTES COM SOBREPESO E OBE­­
SI­DA­­DE – EXPERIÊNCIA CLÍNICA E LABORATORIAL DO AMBULATÓRIO DE
OBESIDADE DA PMERJ – LIF. Calvano CSG
Aud. Zélia Gattai
Simpósio 22 − Obesidade infantil
Epidemia da obesidade em crianças e adolescentes
Rosely Sichieri (RJ)
Papel da atividade física em crianças
Rosana Bento Radominski (PR)
Tratamento farmacológico
Zuleika Salles Cozzi Halpern (SP)
TL22: RAZÃO CINTURA/ESTATURA E SUA ASSOCIAÇÃO COM O PERCENTUAL
DE GORDURA CORPORAL, GORDURA VISCERAL E SUBCUTÂNEA E PARÂMETROS
BIOQUÍMICOS DE ADOLESCENTES OBESOS. Cintra IP, Mello MT, Lederman H, Passos
MAZ, Vitalle MS, Dâmaso AR, Fisberg M, Santos LC
Aud. Fernando Pessoa 2 Simpósio 23 − Atividade física no tratamento do obeso
Quanto é necessário
Francisco José Gondim Pitanga (BA)
O importante é mexer-se
Victor Keihan Rodrigues Matsudo (SP)
Genética influi na resposta terapêutica ao exercício
Ricardo Moreno Lima (DF)
TL23: ATIVIDADE FÍSICA HABITUAL EM ESCOLARES DE DIFERENTES ESTADOS
NUTRICIONAIS. Netto-Oliveira ER, Rechenchoski L, Oliveira AAB, Peron PA
Aud. Fernando Pessoa 1 Simpósio 24 − Necessidade de cooperação mais intensa em cirurgia bariátrica
O superobeso
Nilson Roberto Ribeiro Oliveira Júnior (BA)
Importância do acompanhamento pela equipe multidisciplinar
Laerte Ferreira Damasceno (ES)
Profilaxia e tratamento dos fenômenos tromboembólicos
José Siqueira Filho (BA)
TL24: ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR DE PACIENTES OBESOS MÓRBIDOS
SUBMETIDOS A TRATAMENTO COM BANDA GÁSTRICA AJUSTÁVEL. Mancini MC,
Halpern A, Pajecki D, Melo ME, Garrido Jr. AB, Zilberstein B
S501
15 DE AGOSTO DE 2009 – SÁBADO
Aud. Fernando Pessoa 3 Simpósio 21 − Alternativas no tratamento do obeso
10h00/11h00
Aud. Fernando Pessoa 3 Conferência 4 − Pulmão: mais uma vítima da obesidade?
Márcio Correa Mancini (SP)
15 DE AGOSTO DE 2009 – SÁBADO
11h00/12h30
VISITA À EXPOSIÇÃO/PÔSTERES (P152-301)
12h30/13h30
SIMPÓSIOS SATÉLITES
14h00/15h30
Aud. Fernando Pessoa 3 Simpósio 25 − Alterações hormonais do obeso
Hipotiroidismo
Geraldo A. de Medeiros-Neto (SP)
Obesidade e gônadas
Ricardo Martins da Rocha Meirelles (RJ)
Eixo HGH e IGF no obeso
Cesar Luiz Boguszewski (PR)
TL 25: EFFECT OF LONG-TERM WEIGHT LOSS IN GHRELIN-NEUROPEPTIDE Y
SYSTEM OF OBESE ADOLESCENTS. Prado WL, Foschini D, Ernandes R, Lederman H, Oyama
LM, Mello MT, Tock L, Tufik S, Dâmaso A, Martinz AC, Carnier J, Piano AD, Sanches PL, Caranti
DA, Nascimento CO
Aud. Zélia Gattai
Simpósio 26 − Genética da obesidade
Obesidade monogênica
Maria Edna de Melo (SP)
Síndromes genéticas associadas à obesidade
Maria Betânia Pereira Toralles (BA)
Genética da obesidade. Onde estamos?
Domingos Lázaro Souza Rios (BA)
TL26: O POLIMORFISMO DO GENE DO RECEPTOR DA LEPTINA rs1137101 PREDIZ
UM PERFIL LIPÍDICO ATEROGÊNICO EM CRIANÇAS OBESAS MÓRBIDAS. Pinto EM,
Halpern A, Favoretto-Dias N, Melo ME, Reinhardt HL, Mancini MC, Villares SMF
Aud. Fernando Pessoa 2 Simpósio 27 − Outras doenças
Alterações imunológicas no obeso
Cristiane Martins Moulin de Moraes (GO)
Neoplasia e obesidade
Miguel Brandão (BA)
Insuficiência renal do obeso
Renan Magalhães Montenegro (CE)
TL27: ASSOCIATION BETWEEN INTERLEUKIN-1 BETA POLYMORPHISM (+3953)
AND OBESITY. Gottlieb MGV, Piccoli JEC, Rocha MIUM, Manica-Cattani MF, Cruz IBM, Ribeiro
EA, Silveira AF, Algarve TD, Schwanke CHA, Ribeiro EE, Bittencourt L
S502
Simpósio 28 − Obesidade grave
O papel do endocrinologista no tratamento do obeso grave
Perseu Seixas de Carvalho (ES)
Custos da obesidade grave e seu atendimento cirúrgico no Brasil
Luiz Vicente Berti (SP)
Derivação duodeno-jejunal endoscópica para síndrome metabólica
Manoel Galvão Neto (SP)
TL28: HÁBITOS DE VIDA, COMPORTAMENTO ALIMENTAR E PERFIL PSICOLÓGICO
EM UM GRUPO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM OBESIDADE. Margotto M,
Menezes CA, Souza FS, Ramos CA
15h30/16h30
Aud. Fernando Pessoa 3 Conferência 5 − Aspectos práticos da terapia farmacológica da obesidade
Alfredo Halpern (SP)
16h30/18h00
Aud. Fernando Pessoa 3 Simpósio 29 − Situações especiais pós-cirurgia bariátrica
Gestação
Josefina Dourado Matielli (SP)
Hipoglicemia
Giuseppe Repetto (RS)
Aspectos nutricionais tardios após cirurgia bariátrica
Ana Lúcia Oliveira e Leiro (BA)
TL29: EVOLUÇÃO METABÓLICA NUTRICIONAL DE PACIENTES SUBMETIDOS
à GASTROPLASTIA VERTICAL COM BANDAGEM EM Y-DE-ROUX. Dichi JB, Brito SJ,
Vargas VM, Costa LD
Aud. Zélia Gattai
Simpósio 30 − Doença cardiovascular em mulheres obesas
Como aumentar o HDL-colesterol?
Lísia Marcílio Rabelo (BA)
Por que a prevenção da doença cardiovascular é menor nas mulheres
Ana Marice Teixeira Ladeia (BA)
Importância da dislipemia pós-prandial
Josivan Gomes de Lima (RN)
TL30: MUDANÇAS NO PERFIL LIPÍDICO DE MULHERES ADULTAS PARTICIPANTES
DE UM PROGRAMA DE INTERVENÇÃO NUTRICIONAL E EXERCÍCIO FÍSICO. Costa
Prf, Silva Mcm, Pinto Ej, Santana Mlp, Oliveira Lm, Assis Amo, Santos Ns
S503
15 DE AGOSTO DE 2009 – SÁBADO
Aud. Fernando Pessoa 1 15 DE AGOSTO DE 2009 – SÁBADO
Aud. Fernando Pessoa 2 Simpósio 31 − Obesidade e ética
Critérios para indicação de cirurgia bariátrica
Mario Kehdi Carra (SP)
Obesos metabolicamente saudáveis
Daniel da Costa Lins (PE)
Aspectos éticos na abordagem do obeso
Diana Viégas Martins (BA)
TL31: REDUÇÃO DE PESO CORPORAL EM RESPOSTA A UM PROGRAMA DE
EXERCíCIOS FíSICOS E EDUCAÇÃO NUTRICIONAL EM MULHERES OBESAS:
RELAÇÕES COM MUDANÇAS NO GASTO ENERGÉTICO E LEPTINA. Urasaki R,
Marchini JS, Cohen D, Toledo JOT, Ribeiro SML, Melo CM
18h00/19h00
Aud. Fernando Pessoa 3 SESSÃO DE ENCERRAMENTO/PREMIAÇÕES/CONFERÊNCIA
Conferência 6 − Cirurgia para diabetes
Áureo Ludovico de Paula (GO)
S504
13 a 15 de agosto de 2009
Pestana Bahia Hotel
Resumo das Palestras
S505
Conferência 3
WHAT IS THE TRUTH ABOUT WEIGHT LOSS DIETS?
James O. Hill
Resumo das Palestras
Center for Human Nutrition University of Colorado Denver Denver, Colorado, USA.
Rates of obesity are increasing globally and there is an urgent need to develop interventions for prevention and
treatment of obesity. Obesity can be treated with hypocaloric diets, but there is great debate about the optimum
composition of hypocaloric diets. Popular diets, such as the Atkins diet (low carbohydrate), Ornish diet (low fat),
and the Zone diet have not been well studied until recently. The purpose of this presentation will be to first review
the evidence for the effectiveness of weight loss diets differing in macronutrient composition. Next I will discuss
“head to head” comparisons where randomized trials have compared short and long-term weight loss with different types of diets. I will additionally discuss the impact of these diets on risk factors for chronic disease. Finally I
will discuss the difference between weight loss and weight loss maintenance and the different diets impact weight
loss maintenance. All hypocaloric diets produce weight loss but there are data that low carbohydrate diets can
produce greater weight loss than low fat diets in the short term under some circumstances. However the longterm impact of different diets appears to differ from the short term effects. New research suggests that when the
intensity of the behavior intervention is high, little if any difference is seen between hypocaloric diets of different
macronutrient composition.
Conferência 4
PULMÃO: MAIS UMA VÍTIMA DA OBESIDADE?
Marcio C. Mancini
Grupo de Obesidade e Síndrome Metabólica da Disciplina de Endocrinologia e Metabologia do Hospital das Clínicas
da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP); presidente da Associação Brasileira para o
Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO).
A obesidade promove uma variedade de efeitos sobre a função respiratória. Em primeiro lugar, ocorre uma redução
da complacência do sistema respiratório em decorrência de efeitos mecânicos com infiltração de gordura em músculos, diafragma e parede torácica, à menor excursão do diafragma, e à diminuição da força dos músculos respiratórios. Além do efeito na complacência, ocorre também um estreitamento da via aérea, causado pelos depósitos de
gordura subcutâneos, pelo aumento da língua, além de efeitos mecânicos com infiltração de gordura em músculos
dilatadores da faringe. Finalmente, há também uma alteração de troca gasosa, causada pelas atelectasias das áreas
dependentes do pulmão, com propensão à dessaturação (que é pior em pacientes com obesidade grave, com obesidade central e em posição supina).
A redução da complacência da parede e da força dos músculos respiratórios causada pela obesidade leva a um
desequilíbrio entre o requerimento muscular e a capacidade de gerar tensão muscular, com consequente percepção
do esforço respiratório aumentado (dispneia). A dispneia do obeso pode, por vezes, mascarar doenças cardíacas ou
pulmonares ocultas.
Na prova de função pulmonar, a obesidade está associada a uma redução do volume de reserva expiratório,
com consequente diminuição da capacidade residual funcional, da capacidade vital e da capacidade pulmonar total
(quantidade de ar após inspiração máxima). O volume residual (o que sobra de ar no pulmão após expiração máxima), o volume tidal e o volume de reserva inspiratório costumam ser normais. Na obesidade mórbida, pode ocorrer
uma redução da capacidade vital forçada e do volume inspiratório forçado no primeiro segundo (VEF1). A relação
entre esses dois parâmetros, índice de Tiffeneau, um marcador de padrão obstrutivo, pode permanecer normal.
S506
Bibliografia
AACE, The Obesity Society, ASM&BS. Medical Guidelines for Clinical Practice for the
Perioperative Nutritional, Metabolic and Nonsurgical Support of the Bariatric Surgery Patient. Obesity 2009;17[Suppl.1].
Deane S, Thompson A. Obesity and the pulmonologist. Arch Dis Child. 2006;91:188-91.
Davis G, Patel JA, Gagne DJ. Pulmonary considerations in obesitu and the bariatric surgical patient. Med Clin N Am. 2007;91:433-42.
S507
Resumo das Palestras
As doenças mais comuns associadas à obesidade são: síndrome da apneia obstrutiva do sono, síndrome da
hipoventilação da obesidade, asma, DPOC, tromboembolismo pulmonar, hipertensão pulmonar e síndrome compartimental abdominal.
Entre elas, merece destaque a síndrome da apneia obstrutiva do sono. O reconhecimento no pré-operatório é
fundamental, sendo indicado o uso de CPAP no perioperatório. É de crucial importância a familiarização prévia
do paciente com o aparelho. A reversão do bloqueio neuromuscular deve ser cuidadosa, sendo preferível o uso de
analgesia não sedativa, postura lateral em vez de supina e cabeceira elevada.
Além das doenças propriamente ditas, o manejo perioperatório do paciente obeso com alteração respiratória
merece atenção especial em razão da necessidade de transporte seguro, cuidados no reposicionamento e na mobilização, dificuldades na aquisição de imagens e na manutenção da via aérea e ventilação, particularmente em ambientes como unidades de recuperação anestésica ou unidades de cuidados intensivos. A intubação orotraqueal do
obeso precisa ser rápida, sendo indicado usar relaxantes neuromusculares de ação curta e pré-oxigenação (pois os
obesos dessaturam mais rapidamente e toleram mal a apneia relacionada à intubação), ter disponibilidade de equipamentos para intubação difícil (guia) e até mesmo de assistência por fibra óptica. Os obesos podem ter extensão
limitada da região cervical e pescoço mais curto, com visualização limitada das estruturas da laringe, sendo mais
comum o escore de Mallampati III/IV. A extubação também pode ser difícil e é pior em pacientes com SAOS, nos
quais sempre se deve usar CPAP e a ventilação não invasiva deve estar disponível sempre no momento da extubação.
Como obesidade e SAOS predispõem a refluxo gastroesofágico, há também risco aumentado de aspiração pulmonar em obesos. A própria traqueostomia, em decorrência dos limites anatômicos imprecisos, da maior distância
pele-traqueia que dificulta o posicionamento do tubo, é dificultada em obesos. No ajuste do aparelho de ventilação,
o volume tidal aplicado deve ser de 6 mL/kg, baseado no peso ideal e não no peso medido. Deve-se evitar distensão
excessiva (lesão induzida pelo aparelho de ventilação). Há diferenças ainda na aplicação de pressão expiratória final
positiva (PEEP). Como a complacência é reduzida e a pressão pleural é aumentada, o PEEP deve ser maior em
obesos, podendo chegar a > 30 cm H2O para manter oxigenação adequada.
Recentemente, a Associação Americana de Endocrinologistas Clínicos, a Obesity Society e a Sociedade Americana de Cirurgia Bariátrica e Metabólica publicaram as Diretrizes Médicas para a Prática Clínica e Suporte Perioperatório Nutricional, Metabólico e Não Cirúrgico do Paciente submetido à Cirurgia Bariátrica, recomendando que
todos os pacientes considerados para cirurgia bariátrica tenham uma radiografia de tórax no pré-operatório (Grau D),
que pacientes com doença pulmonar intrínseca ou padrões de sono alterados tenham uma avaliação pulmonar formal,
com gasometria arterial e polissonografia quando os resultados implicarem alteração do manejo do paciente (Grau D),
que pacientes parem de fumar pelo menos 8 semanas antes da cirurgia bariátrica e planejem permanecer sem fumar
ou participar de programa de cessação de fumo no PO (Grau C; BEL 3), que o cuidado pós-operatório precoce
(< 5 dias) inclua manejo pulmonar adequado com uma limpeza pulmonar agressiva, incentivo à expirometria,
suplementação de oxigênio para evitar hipoxemia e instituição precoce de CPAP quando indicado (Grau D), recomendando ainda profilaxia contra trombose venosa profunda (TVP) para todos os pacientes (Grau B; BEL 2)
mantida até que o paciente deambule (Grau D), incluindo ainda aparelhos de compressão sequencial (Grau C;
BEL 3), bem como administração SC de heparina ou heparina de baixo peso molecular por 3 dias antes e depois
da cirurgia bariátrica (Grau B; BEL 2), e colocação de filtro de veia cava inferior em pacientes com alto risco de
mortalidade após embolia de pulmão ou TVP prévia (Grau C; BEL 3), com pressão de artéria pulmonar > 40
mmHg (Grau D), ou com estado de hipercoagulabilidade conhecido (Grau C; BEL 3).
Conferência 5
ASPECTOS PRÁTICOS DA TERAPIA DA OBESIDADE
Alfredo Halpern
Resumo das Palestras
Universidade de São Paulo (USP).
A obesidade no mais das vezes é doença crônica que exige tratamento crônico, tal como hipertensão arterial, hipercolesterolemia, diabetes melito etc.
Os últimos anos trouxeram solidez para uma tese que alguns poucos estudiosos do assunto vêm defendendo há
muito tempo: a utilização de medicamentos contra a obesidade é mandatória em um grande número de casos e,
mais ainda, deve ser feita por toda a vida.
Contamos infelizmente com um arsenal terapêutico muito limitado para o tratamento de pacientes com excesso
de peso.
A rigor, de acordo com recomendações em bula e aprovados para o tratamento da obesidade, temos a sibutramina, o orlistate e os medicamentos anorexígenos (ou catecolaminérgicos, pelo seu mecanismo de ação via noradrenalina e dopamina) anfepramona, femproporex e mazindol.
Utilizamos também, em determinados casos, medicamentos ainda não aprovados especificamente para o tratamento da obesidade, como a exenatide, a bupropiona, o topiramato, a fluoxetina e a sertralina.
A escolha de um ou outro medicamento (ou eventualmente a associação de medicamentos) para determinado
paciente leva em conta diversas características, tais como grau de obesidade, comorbidezes associadas, experiências
prévias e hábito alimentar, entre outros.
Mesmo com o refinamento no estudo das características dos pacientes para uma melhor seleção de remédios
antiobesidade, constatamos que as respostas são variáveis no que concerne à eficiência e à tolerabilidade a esses
medicamentos.
A observação clínica evidencia que há ótimos e bons respondedores para qualquer tipo de medicamento antiobesidade, assim como há pessoas que são malrespondedoras. O mesmo ocorre em relação aos efeitos colaterais.
Minha opinião é que essas diferentes respostas terapêuticas dependem de fenômenos biológicos ligados ao genótipo do indivíduo e acredito que em futuro não muito distante a farmacogenômica será utilizada como guia para
a escolha do medicamento adequado para cada paciente.
Essa aplicação da farmacogenômica e a introdução de novos medicamentos, com outros mecanismos de ação,
representam, para mim, as grandes perspectivas para a abordagem farmacológica do paciente obeso.
S508
13 a 15 de agosto de 2009
Pestana Bahia Hotel
Índice de TEMAS LIVRES ORAIS
S509
TL1.
OMENTECTOMY COMBINED TO BARIATRIC SURGERY: EVIDENCE OF LATE ADDITIVE METABOLIC
IMPROVEMENTS ON INSULIN SENSITIVITY AND INFLAMATION IN GRADE-III OBESE WOMEN
(PROSPECTIVE, RANDOMIZED TRIAL).......................................................................................................................S514
Geloneze B, Astiarraga BD, Geloneze SR, Alegre SM, Pareja JC, Lima MMO
TL2.
MÉTODOS PREDITORES DE GORDURA VISCERAL EM ADULTOS E IDOSOS: COMPARAÇÃO ENTRE
ANTROPOMETRIA E TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA......................................................................................S514
Roriz AKC, Oliveira CC, Mello AL, Santos FC, Guimarães JF, Sampaio LR
TL3.
GLICEMIA E PRESSÃO ARTERIAL: INFLUÊNCIAS DE UM PROGRAMA DE INTERVENÇÃO NUTRICIONAL
E EXERCÍCIO FÍSICO BASEADO NA ESTRATÉGIA GLOBAL DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE................S515
Costa PRF, Assis AMO, Silva MCM, Santana MLP, Santos NS, Oliveira LM, Pinto EJ
TL4.
CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA NA PREDIÇÃO DE EXCESSO DE GORDURA CORPORAL EM CRIANÇAS
DE UBÁ, MG...............................................................................................................................................................S515
Tinoco ALA, Crizel MM, Oliveira JS, Ferreira S
TL5.
PERIPHERAL INSULIN SENSITIVITY (EUGLYCEMIC-HYPERINSULINEMIC CLAMP) MAY NOT ENHANCE EARLY AFTER
BARIATRIC SURGERY DESPITE HOMA2-IR IMPROVEMENT.......................................................................................S515
Geloneze SR, Lima MMO, Pareja JC, Alegre SM, Astiarraga BD, Chaim E, Geloneze B
TL6.
Tratamento farmacológico da obesidade em uma população de idosos........................................S516
Halpern A, Mancini MC, Cercato C, Horie N
TL7.
PERFIL METABÓLICO EM PACIENTES OBESOS MÓRBIDOS PORTADORES DE ESTEATOSE HEPÁTICA......................S516
Melendez-Araújo MS, Arruda SLM, Huang W, Carneiro CP, Oliveira ML
TL8.
SÍNDROME METABÓLICA: DOENÇA METABÓLICA OU INFLAMATÓRIA?...............................................................S517
Olivieri L, Ferraz F, Cruz T, Ladeia AM, Lima ML, Góes P
TL9.
OS BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO FÍSICO EM INDIVÍDUOS COM OBESIDADE MÓRBIDA........................................S517
Voguel V, Marcon ER, Souto K, Meinhardt N, Brillmann M
TL10.
EFFECT OF ROUX-EN-Y GASTRIC BYPASS SURGERY PLUS OMENTECTOMY OF TYPE 2 DIABETES MELLITUS
AND METABOLIC PROFILES.......................................................................................................................................S518
Zanella MT, Arasaki CH, Silva EA, Umeda LM
TL11.
CORRELAÇÃO ENTRE FUNÇÃO PULMONAR E DISTRIBUIÇÃO DE GORDURA CORPORAL EM PACIENTES
OBESOS EM PREPARO PARA GASTROPLASTIA REDUTORA EM Y-DE-ROUX............................................................S518
Carneiro CP, Melendez-Araújo MS, Huang W, Oliveira ML, Arruda SLM
TL12.
EFEITO DA SUPLEMENTAÇÃO DIETÉTICA COM FIBRA SOLÚVEL (GOMA-GUAR) NA ALBUMINÚRIA,
CONTROLE GLICÊMICO E ÁCIDOS GRAXOS SÉRICOS EM PACIENTES COM DIABETES MELITO TIPO 2
E SÍNDROME METABÓLICA.......................................................................................................................................S518
Gross JL, Steemburgo T, Royer CP, Azevedo MJ, Silva FM, Antonio JP, Dall’Alba V
TL13.
ADIPONECTINA, GRELINA E PYY3-36 ALTERADOS COMO MARCADORES DE COMPULSÃO ALIMENTAR EM
MULHERES OBESAS....................................................................................................................................................S519
Moura AS, Sichieri R, Neves FA, Pereira MJS, Souza EPG, Brandão PP
TL14.
ASSOCIAÇÃO DE SÍNDROME METABÓLICA COM ALBUMINA MODIFICADA PELA ISQUEMIA (IMA)
E BIOMARCADORES ENVOLVIDOS NO PROCESSO ATEROSCLERÓTICO...............................................................S519
Bodanese LC, Rocha MIUM, Magedanz E, Piccoli JEC, Wiehe M, Schwanke CHA, Moresco
RN, Duarte M, Cruz IBM, Gottlieb MGV
S510
TL15.
REDUÇÃO DE GANHO DE PESO ATRAVÉS DE EDUCAÇÃO EM MUDANÇAS DE ESTILO DE VIDA PROMOVE
MELHORES DESFECHOS MATERNO-FETAIS EM GESTANTES OBESAS.......................................................................S520
Queiroz AM, Marques SR, Viana AM, Schleu M, Feitosa ACR
TL16.
MUDANÇAS NO ESTADO NUTRICIONAL APÓS UM PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FÍSICA E EDUCAÇÃO
NUTRICIONAL EM MULHERES OBESAS......................................................................................................................S520
Cohen D, Toledo JOT, Melo CM, Louzada ER, Ribeiro SML
TL17.
EFFECT OF MULTIDISCIPLINARY THERAPY ON METABOLIC PROFILE AND PRO-INFLAMMATORY CYTOKINES IN
OBESE ADOLESCENTS WITH NAFLD..........................................................................................................................S520
Tock L, Ernandes R, Lederman H, Nascimento CO, Caranti DA, Corrêa FA, Dâmaso A,
Oyama LM, Tufik S, Mello MT, Piano A, Carnier J, Martinz AC, Sanches PL, Foschini D
TL18.
O NÍVEL DE LEPTINA INFLUENCIA FATORES DE RISCO CARDIOMETABÓLICOS INDEPENDENTEMENTE DA
ADIPOSIDADE EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES?...................................................................................................S521
Melo ME, Fujiwara CTH, HL HLR, Halpern A, Mancini MC
TL19.
EFEITO DA DERMOLIPECTOMIA NA SENSIBILIDADE À INSULINA, EM MULHERES OBESAS, EM FASE DE
ESTABILIDADE DE PESO, APÓS CIRURGIA BARIÁTRICA...........................................................................................S521
Mancini MC, Roizenblatt VA, Melo ME, Cercato C, Halpern A
TL20.
ANÁLISE PONDERAL, COMORBIDEZES E QUALIDADE DE VIDA: AVALIAÇÃO TARDIA EM
PACIENTES SUBMETIDOS À DERIVAÇÃO GÁSTRICA EM Y-DE-ROUX.....................................................................S522
Araujo GF, Araujo FLSM, Lago DCF, Bordalo LA
TL21.
IMPACTO DA CARBOXITERAPIA EM PACIENTES COM SOBREPESO E OBESIDADE − EXPERIÊNCIA
CLÍNICA E LABORATORIAL DO AMBULATÓRIO DE OBESIDADE DA PMERJ-LIF......................................................S522
Calvano CSG
TL22.
RAZÃO CINTURA/ESTATURA E SUA ASSOCIAÇÃO COM O PERCENTUAL DE GORDURA CORPORAL,
GORDURA VISCERAL E SUBCUTÂNEA E PARÂMETROS BIOQUÍMICOS DE ADOLESCENTES OBESOS....................S522
Dâmaso AR, Lederman H, Mello MT, Vitalle MS, Fisberg M, Santos LC, Passos MAZ, Cintra IP
TL23.
ATIVIDADE FÍSICA HABITUAL EM ESCOLARES DE DIFERENTES ESTADOS NUTRICIONAIS.......................................S523
Rechenchoski L, Netto-Oliveira ER, Oliveira AAB, Peron PA
TL24.
ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR DE PACIENTES OBESOS MÓRBIDOS SUBMETIDOS A TRATAMENTO
COM BANDA GÁSTRICA AJUSTÁVEL.......................................................................................................................S523
Cecconello I, Garrido Jr AB, Zilberstein B, Halpern A, Melo ME, Mancini MC, Pajecki D
TL25.
EFFECT OF LONG-TERM WEIGHT LOSS IN GHRELIN-NEUROPEPTIDE Y SYSTEM OF OBESE ADOLESCENTS............S524
Dâmaso A, Oyama LM, Tufik S, Mello MT, Ernandes R, Lederman H, Nascimento CO,
Caranti DA, Prado WL, Foschini D, Sanches PL, Martinz AC, Carnier J, Piano AD, Tock L
TL26.
O POLIMORFISMO DO GENE DO RECEPTOR DA LEPTINA rs1137101 PREDIZ UM PERFIL LIPÍDICO
ATEROGÊNICO EM CRIANÇAS OBESAS MÓRBIDAS...............................................................................................S524
Pinto EM, Villares SMF, Mancini MC, Reinhardt HL, Melo ME, Favoretto-Dias N, Halpern A
TL27.
ASSOCIATION BETWEEN INTERLEUKIN-1 BETA POLYMORPHISM (+3953) AND OBESITY........................................S525
Ribeiro EE, Bittencourt L, Manica-Cattani MF, Cruz IBM, Algarve TD, Silveira AF,
Schwanke CHA, Gottlieb MGV, Piccoli JEC, Rocha MIUM, Ribeiro EA
TL28.
HÁBITOS DE VIDA, COMPORTAMENTO ALIMENTAR E PERFIL PSICOLÓGICO EM UM GRUPO
DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM OBESIDADE...............................................................................................S525
Margotto M, Menezes CA, Ramos CA, Souza FS
S511
TL29.
EVOLUÇÃO METABÓLICA NUTRICIONAL DE PACIENTES SUBMETIDOS À GASTROPLASTIA VERTICAL
COM BANDAGEM EM Y-DE-ROUX...........................................................................................................................S525
Dichi JB, Vargas VM, Brito SJ, Costa LD
TL30.
MUDANÇAS NO PERFIL LIPÍDICO DE MULHERES ADULTAS PARTICIPANTES DE UM PROGRAMA
DE INTERVENÇÃO NUTRICIONAL E EXERCÍCIO FÍSICO..........................................................................................S526
Silva MCM, Costa PRF, Santos NS, Oliveira LM, Pinto EJ, Santana MLP, Assis AMO
TL31.
REDUÇÃO DE PESO CORPORAL EM RESPOSTA A UM PROGRAMA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS E EDUCAÇÃO
NUTRICIONAL EM MULHERES OBESAS: RELAÇÕES COM MUDANÇAS NO GASTO ENERGÉTICO E LEPTINA.......S526
Cohen D, Ribeiro SML, Toledo JOT, Urasaki R, Marchini JS, Melo CM
S512
13 a 15 de agosto de 2009
Pestana Bahia Hotel
TEMAS LIVRES ORAIS
S513
TL1
OMENTECTOMY COMBINED TO BARIATRIC SURGERY: EVIDENCE OF LATE ADDITIVE METABOLIC IMPROVEMENTS ON INSULIN
SENSITIVITY AND INFLAMATION IN GRADE-III OBESE WOMEN (PROSPECTIVE, RANDOMIZED TRIAL)
Geloneze B, Astiarraga BD, Geloneze SR, Alegre SM, Pareja JC, Lima MMO
TEMAS LIVRES ORAIS
Limed/Gastrocentro/Unicamp; Unidade Metabólica/FCM/Unicamp; Sponsor: Fapesp.
Visceral obesity correlates directly to insulin resistance (IR) and cardiovascular risk. The surgical ressection of intra-abdominal fat and its
effects to insulin sensitivity (IS) is a model to determine whether this is a cause-effect relationship. Objectives: Verify additive effects of
omentectomy over Roux-en-Y Gastric Bypass (RYGBP) on IS in grade-III obesity. Methodology: Prospectively, 20 women (menacme),
with metabolic syndrome (MS), were randomized to either RYGBP alone (GB, n = 10) or combined with total omentectomy (GBO, n =
10). Study times: preoperative (t0), after 1 (t1), 6 (t2) and 12-18 months (t3). IS: euglycemic-hiperinsulinemic clamp (M-value of the 3rd
h), adjusted to free-fat mass (Mffm); insulin tolerance test (KITT); HOMA2-IR. Insulin production (IP): intravenous glucose tolerance
test (IVGTT); HOMA2-%B. Biochemistry: Adiponectin, IL-6, ultra-sensitive C-reactive protein (us-CRP). Results: Age was 35.29 + 6.74
yr. and BMI, 45.51 + 3.74 kg/m2. Glucose tolerance was normal (NGT), impaired (IGT) and T2DM (A1c < 7% off drugs) in 6, 7 and 7
subjetcs, respectively. The ressected greater omentum averaged 491,1g (range 340-710 g), 1% of total fat. The clamp indexes did not change at t1, despite of reversal to normal of the MS features, lower fasting insulinemia (231.15 + 152.82 vs. 11.4 + 6.26 pmol/L, p = 0.000)
and HOMA2-IR (4.36 + 2.38 vs. 1.74 + 0.82, p = 0.000) and weight loss (114.82 + 14.50 vs. 102.29 + 14.47 kg, p = 0.000), analyzing
the subjects as a whole. Only at t2 and t3 Mffm improved, with no additive effect of omentectomy (t0: 25.00 + 6.47 vs. 25.00 + 7.62
umol·kgffm-1·min-1, ns; t1: 20.74 + 9.09 vs. 21.34 + 2.52, ns; t2: 46.58 + 13.18 vs. 38.56 + 9.41, ns; t3: 56.42 + 9.83 vs. 54.57 + 17.94,
ns). The same was true for HOMA2-IR. GBO group had larger weight loss (related to fat mass) at each study, even though weight and BMI
were not significantly different over time (t1: -14.47 + 3.30 vs. -10.36 + 2.99%, p = 0.010; t2: -52.63 + 9.81 vs. -40.67 + 13.42%, p = 0.004;
t3: -76.21 + 16.55 vs. -56.53 + 15.59%, p = 0.023). Seven subjects in each group obtained KITT: at t0, GBO and GB were not different
(-1.40 + 0.57 vs. -1.15 + 0.32, p = 0.225). At t3, GBO were more insulin-sensitive than control (-2.06 + 0.62 vs. –1.04 + 3.2, p = 0.006),
though the decrease had partial significance (-0.80 + 0.75 vs. –0.08 + 0.43, p = 0.051); noteworthly, BMI at that time was lower in GBO
(24.44 + 2.91 vs. 29.10 + 4.26 kg/m2, p = 0.029). At t3, GBO had and larger decrease of us-CRP (-95.58 + 2.21% vs. –77.64 + 27.84%, p
= 0.001) and lower absolute value (t0: 1.57 + 0.69 vs. 1.16 + 0.63, ns; t3: 0.05 + 0.02 vs. 0.29 + 0.47, p = 0.002). Omentectomy did not
interfere on the courses of adiponectin (increase), IL-6 (drop) or IP (IVGTT, HOMA-%B) (not shown). Conclusion. The early metabolic
improvement after bariatric surgery is not acompanied by enhancement of clamp IS indexes and omentectomy does not affect this outcome.
Despite of the clamp results, little positive evidence from KITT makes reasonable that omentectomy may have subtle effects in the studied
population. The drop of us-CRP also suggests a benefitial anti-inflamatory action. Different populations, such as with higher proportion of
visceral to total fat, should be studied.
TL2
MÉTODOS PREDITORES DE GORDURA VISCERAL EM ADULTOS E IDOSOS: COMPARAÇÃO ENTRE ANTROPOMETRIA E TOMOGRAFIA
COMPUTADORIZADA
Roriz AKC, Oliveira CC, Mello AL, Santos FC, Guimarães JF, Sampaio LR
Escola de Nutrição, UFBA.
Introdução: A quantificação da gordura corporal total e especialmente visceral se faz necessária uma vez que esta tem sido associada a
alterações metabólicas e consequente desenvolvimento de morbidades, especialmente as cardiovasculares (Seidell & Bakker, 1990; Barroso et al., 2002; Arner, 2003). Em razão do alto custo e da exposição à radiação dos métodos considerados “padrão-ouro”, a exemplo da
tomografia computadorizada (TC) para quantificação dessa gordura, métodos alternativos como a antropometria vêm sendo estudados
para estimar esse tecido. Objetivo: Identificar os melhores indicadores antropométricos de maior sensibilidade e especificidade que possibilitem a avaliação de risco e prevenção de doenças cardiovasculares a partir da estimativa da gordura visceral (GV). Material e métodos:
Foram avaliados 197 indivíduos, estratificados por sexo, faixa etária e massa corporal total, no Hospital Universitário Professor Edgard
Santos, Salvador, BA, onde foram realizadas as medidas antropométricas: peso, altura, circunferência da cintura (CC), diâmetro abdominal
sagital (DAS). A TC foi rea­lizada para quantificação da área de tecido adiposo visceral (ATAV), com a medida feita ao nível das vértebras
L4-L5 e o ponto de corte > 130 cm² como excesso da ATAV. Foram avaliadas a razão cintura-estatura (RCE) e os índices DAS/Altura.
Por meio do programa estatístico SPSS, realizaram-se análise descritiva e correlação de Pearson entre as variáveis. Foi construída a curva
ROC para identificar o melhor ponto de corte dos indicadores antropométricos de melhor sensibilidade e especificidade capaz de identificar a área de gordura visceral pela TC. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Escola de Nutrição da UFBA. Resultados:
A média da CC foi mais elevada nos idosos quando comparada aos adultos do mesmo sexo. Para o DAS, verificou-se que a média foi
maior entre os homens idosos (21,29 cm), enquanto a menor média foi observada entre as mulheres adultas (19,4 cm). Coeficiente de
correlação altamente significante foi encontrado entre os indicadores antropométricos: DAS, CC, RCE e o DAS/Altura e a ATAV em
homens adultos e idosos e para as mulheres adultas. Observou-se que a RCE e o DAS/Altura foram os que melhor se correlacionaram
com a ATAV em ambos os sexos e grupos etários. Os pontos de corte do DAS de melhor sensibilidade e especificidade são iguais entre os
indivíduos do sexo masculino (adultos: 20,2 cm/Idosos: 20,2 cm) e diferentes entre as mulheres (adultas: 21,05cm/Idosas: 19,9 cm).
As áreas abaixo da curva ROC ultrapassaram 0,80 com valores de p < 0,000. Em relação à CC, observou-se os pontos de corte de 90,2
cm e de 92,2 cm para os homens (adultos e idosos, respectivamente), enquanto, para as mulheres, os valores encontrados foram de 92,3
cm (adultas) e 88,2 cm (idosas) identificaram uma ATAV ≥ 130 cm2. Conclusões: O DAS foi o melhor indicador para predizer a GV
considerada de risco para eventos cardiovasculares em idosos, especialmente quando utilizado como índice DAS/Alt. Para os adultos, o
melhor indicador foi a RCE.
S514
TL3
GLICEMIA E PRESSÃO ARTERIAL: INFLUÊNCIAS DE UM PROGRAMA DE INTERVENÇÃO NUTRICIONAL E EXERCÍCIO FÍSICO
BASEADO NA ESTRATÉGIA GLOBAL DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE
Costa PRF, Assis AMO, Silva MCM, Santana MLP, Santos NS, Oliveira LM, Pinto EJ
Introdução: O panorama epidemiológico atual indica que, entre as doenças doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), o diabetes melito
(DM) e a hipertensão arterial (HAS) vêm apresentando ocorrência crescente em todo o mundo. A alimentação inadequada associada ao sedentarismo integra os fatores de risco mais importantes para essas morbidades. Objetivo: Identificar as mudanças promovidas pelo programa
de intervenção baseado na Estratégia Global da Organização Mundial da Saúde sobre os níveis da glicemia e da pressão arterial das participantes. Metodologia: Trata-se de um estudo de intervenção, quasi-experimental, do tipo antes e depois, com duração de 12 meses, o qual
participaram voluntariamente 69 mulheres, submetidas à intervenção nutricional e ao exercício físico supervisionado três vezes na semana, de
acordo com a recomendação da Estratégia Global da OMS. As participantes foram avaliadas ao início, aos 6 e aos 12 meses do seguimento.
Para a análise estatística, foi utilizada a Equação de Estimação Generalizada (GEE), própria para dados repetidos. Resultados: Identificaram-se
hiperglicemia em 40% das participantes e valores elevados de pressão arterial em 33,3% delas. Os modelos de GEE mostraram que mulheres
com níveis mais baixos de atividade física e elevado consumo de alimentos de risco para DCNT tiveram aumento de 11,66 mg/dl (p = 0,0031)
na média da glicemia, quando comparadas àquelas que realizavam maiores níveis de atividade física e tinham baixo consumo de alimentos de
risco. Para a pressão diastólica, a GEE mostrou que mulheres com menores níveis de atividade física e baixo consumo de alimentos de risco
tiveram aumento de 5,25 mmHg na média da PA diastólica (p = 0,048), quando comparadas àquelas com maiores níveis de atividade física e
baixo consumo de alimentos de risco. A PA sistólica não mostrou associação com a intervenção. Conclusão: A intervenção associou-se positivamente à redução da gravidade das morbidades avaliadas.
TL4
CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA NA PREDIÇÃO DE EXCESSO DE GORDURA CORPORAL EM CRIANÇAS DE UBÁ, MG
Tinoco ALA, Crizel MM, Oliveira JS, Ferreira S
UFV-MG.
Introdução: A obesidade vem sendo considerada a disfunção crônica pediátrica mais prevalente em todo o mundo. Diversos estudos têm sugerido que o excesso de gordura corporal em crianças e adolescentes está relacionado a complicações metabólicas como obesidade abdominal,
dislipidemias, hiperinsulinemia e hipertensão, que, em conjunto, caracterizam a síndrome metabólica. Medidas antropométricas simples, de
fácil obtenção e de baixo custo como a circunferência da cintura, vêm sendo amplamente utilizadas em estudos populacionais, por sua alta
correlação com a gordura visceral, predizendo risco para doenças cardiovasculares. Essa medida isolada tem mostrado melhor associação com
alterações metabólicas do que a razão cintura-quadril (RCQ). Objetivo: Avaliar a distribuição da gordura corporal por meio da circunferência
da cintura em escolares de 7 a 10 anos de idade no município de Ubá, MG. Metodologia: Foram realizadas medidas de peso e altura para
o cálculo do índice de massa corporal (IMC) e posterior análise do estado nutricional segundo as curvas propostas pelo CDC (2000). A circunferência da cintura (CC) foi aferida, por um examinador treinado, na menor curvatura para estimar a gordura abdominal. Considerou-se
excesso de adiposidade valores de CC maior que 61 cm, segundo Higgins et al. (2001) e/ou acima do percentil 90. Obtiveram-se autorização das escolas e assinatura dos pais ou responsáveis pelas crianças para a participação no estudo por meio do termo de consentimento livre
e esclarecido. Resultados: A amostra foi composta por 299 escolares, sendo 169 (56,5%) do sexo feminino. Constatou-se que 43,4% das
crianças eram eutróficas, 33,8% apresentaram sobrepeso e 23,7%, obesidade. Verificou-se que 179 (59,9%) crianças estavam com excesso de
adiposidade, sendo 109 meninas. Quanto à CC, identificaram-se crianças com sobrepeso com valores médios de 65,8 ± 4,4 cm e obesas de
74,8 ± 6,0 cm, acima daqueles preconizados por Higgins et al. (2001). Destaca-se, ainda, a forte correlação encontrada do IMC com a CC
(r = 0,94). Nas figuras 1 e 2, é apresentada a distribuição em percentis da circunferência da cintura de ambos os sexos, de acordo com o estado
nutricional em que se observam valores considerados elevados a partir do percentil 90, em ambos os sexos. Conclusão: Os resultados encontrados neste estudo evidenciaram que tanto o sobrepeso quanto a obesidade atingiram altas proporções na população escolar estudada. Apesar
de ainda não estarem definidos quais pontos de corte para CC devem ser adotados para predizer fatores de risco cardiovascular na população
infantil, os dados do presente estudo revelam que crianças obesas apresentam valores médios de 74,8 ± 6,0, ou seja, valores acima daqueles
preconizados por Higgins et al. (2001), o que demonstra a gravidade do problema e a necessidade de ações de prevenção e controle. Apoio
financeiro: Fapemig.
TL5
PERIPHERAL INSULIN SENSITIVITY (EUGLYCEMIC-HYPERINSULINEMIC CLAMP) MAY NOT ENHANCE EARLY AFTER BARIATRIC
SURGERY DESPITE HOMA2-IR IMPROVEMENT
Geloneze SR, Lima MMO, Pareja JC, Alegre SM, Astiarraga BD, Chaim É, Geloneze B
Limed/Gastrocentro/Unicamp; Unidade Metabólica/FCM/Unicamp; Sponsor: Fapesp.
Severe obesity is accompanied by insulin resistance (IR). Impaired glucose metabolism ammeliorates shortly after bariatric surgery. Objectives: Verify whether insulin sensitivity (IS) and production (IP) in grade-III obese subjects is enhanced by Roux-en-Y Gastric Bypass (RYGBP)
early postoperatively. Methodology: Prospectively, 20 women (menacme) with metabolic syndrome (MS) were tested for IS and IP, before
(t0) and 4 weeks after surgery (t1). IS: euglycemic-hiperinsulinemic clamp (M-value in the steady state [SS2] of the 3rd h), adjusted to free-fat
mass (Mffm); Insulin Sensitivity Index (ISi2 = Mffm·SS2 glycemia-1·SS2 insulinemia-1·1000); HOMA2-IR. IP: acute insulin response (AIR)
– incremental insulin area under the curve in the first 10 min of an intravenous glucose tolerance test (IVGTT). Basal analyses: adiponectin,
S515
TEMAS LIVRES ORAIS
UFBA.
TEMAS LIVRES ORAIS
IL-6. Results: Age was 35.29 + 6.74 yr. and BMI, 45.51 + 3.74 kg/m2. Glucose tolerance was normal (NGT), impaired (IGT) and T2DM
(A1c < 7% off drugs) in 6, 7 and 7 subjetcs, respectively. The clamp indexes did not improve postoperatively (Mffm: 25.82 + 6.32 to 22.02 +
6.05 umol · kg ffm-1 · min-1, ns; ISi2: 6.08 + 2.75 to 7.022 + 2.89 kg ffm-1 · min-1 · pmol-1, ns), despite of reversal to normal of the MS,
lower fasting insulin (231.15 + 152.82 vs. 11.4 + 6.26 pmol/L, p = 0.000) and little, though significant, weight loss (114.82 + 14.50 vs.
102.29 + 14.47 kg, p = 0.000). Only 5 subjects improved > 10% (+13 to +64%) and 10 worsened > 10% (-14 to –64%), regardless of previous
glucose tolerance and weight loss. The results are discordant to the improvement of HOMA2-IR (4.36 + 2.38 to 1.74 + 0.82, p = 0.000).
Actually pre and postoperative HOMA2-IR and clamp correlated (for ISi2, R = -0.74, p = 0.000; R = –0.64, p = 0.004), but their delta did
not. AIR tended to increase postoperatively (3,883.90 + 3,887.25 [t0] vs. 4,787.00 + 2,641.29 [t1], p = 0,18). IP at t0 discriminated glucose
tolerance subgroups, but at t1 no significant difference was observed (from p = 0.02 [t0] to p = 0.328). NGT showed slight tendency to lower
AIR (7,437.78 + 4,361.11 to 5,649.11 + 2,468.69, p = 0.500). So did IGT (7,437,77 + 4,361.11 to 5,649.11 + 2,468.69, p = 0.500). In
contrast, among DM, AIR increased significantly (694.37 + 1836.08 to 4,885.50 + 3112.02, p = 0.028). There was slight increase of adiponectin (4,79 + 3.49 vs. 6.4 + 3.89 ug/mL, p = 0.036). IL-6 did not change significantly (3.21 + 2.20 vs. 4.41 + 5.84 pg/ml). None related
to changes of IR indexes. Significant improvements appeared in clamp and adiponectin (increase) and IL-6 (decrease) at 6 and 12 months
(not shown), as expected from prior studies. Conclusion. Metabolic improvement shortly after RYGBP is not dependent on peripheral insulin
sensivity, as measured by clamp, but related to hepatic glucose metabolism and beta-cell function, probably due to caloric restriction, change
in patterns of nutrients absorption and interference on entero-hormonal signs. This is the first report of early postoperative clamp study on
RYGBP and it conflicts to data from other bariatric surgery, bilio-pancreatic diversion, in which clamp showed improvement even 1 week after
operation. This indicates important differences between techniques.
TL6
Tratamento farmacológico da obesidade em uma população de idosos
Halpern A, Mancini MC, Cercato C, Horie N
Grupo de Obesidade e Síndrome Metabólica, HC-FMUSP.
Introdução: Obesidade em indivíduos idosos está associada ao aumento de morbidades e redução na qualidade de vida. O tratamento
medicamentoso da obesidade neste grupo de pacientes é controverso. Ensaios clínicos controlados utilizando medicamentos antiobesidade
frequentemente excluem indivíduos com idade mais avançada e, portanto, os dados disponíveis sobre farmacoterapia da obesidade nesta
população são insuficientes para determinar sua eficácia e segurança. O objetivo deste estudo foi descrever a experiência com tratamento
farmacológico da obesidade em pacientes obesos acima de 60 anos de idade em um serviço de atenção terciária. Material e métodos: Estudo retrospectivo de 51 pacientes acima de 60 anos com pelo menos seis meses de seguimento e que estavam em uso de medicamentos
com potencial de induzir perda de peso (sibutramina, orlistate, fluoxetina, sertralina, topiramato, fenproporex, mazindol ou dietilpropiona).
A presença de comorbidades bem como peso, altura, IMC, circunferência abdominal e pressão arterial foram revisados. Dados laboratoriais
(glicemia de jejum, hemoglobina glicosilada, colesterol total e frações e triglicérides) também foram registrados a cada seis meses por 24
meses. Descontinuação por eventos adversos foi também documentada. Resultados: Os pacientes apresentavam uma média de idade de 65,2
± 4,5 anos, 95,3 ± 12,5 kg, IMC 38,5 ± 4,3 kg/m² e 112.7 ± 9.1 cm de circunferência abdominal. A média de seguimento dos pacientes
foi de 39,3 ± 26,4 meses. Após os primeiros seis meses, a média de perda de peso foi de 5,8 ± 3,7 kg (p = 0,000). Entre o 6º e 12º mês, a
perda de peso foi de 1,5 ± 3,6 kg (p = 0,010). Entre 18º e 24º mês, não houve variação significativa de peso. Uma perda de peso ≥ 5% foi
atingida por 64,7%, 62,2%, 62,9%, 62,5% aos 6º, 12º, 18º e 24º mês, enquanto uma perda de peso ≥ 10% foi atingida por 17,7%, 33,3%,
34,3%, 34,4% aos 6º, 12º, 18º e 24º mês, respectivamente. Melhora metabólica foi observada. As medicações foram bem toleradas e efeitos
adversos leves e transitórios foram relatados. Apenas 1 paciente apresentou um evento adverso sério (flutter atrial) após 441 dias de uso de
femproporex. Conclusão: Em nossa experiência o tratamento farmacológico da obesidade foi efetivo e bem tolerado pelos pacientes com
idade superior a 60 anos.
TL7
PERFIL METABÓLICO EM PACIENTES OBESOS MÓRBIDOS PORTADORES DE ESTEATOSE HEPÁTICA
Melendez-Araújo MS, Arruda SLM, Huang W, Carneiro CP, Oliveira ML
Clínica Dr. Sérgio Arruda − Cirurgia Geral e Bariátrica.
Introdução: A prevalência de doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) em pacientes obesos varia entre 50% e 75%. A DHGNA
em seu grau mais leve, a esteatose hepática, tem como principais fatores de risco a obesidade e a resistência à insulina, o que contribui para
o desenvolvimento de síndrome metabólica. Métodos: 435 pacientes candidatos à gastroplastia redutora foram avaliados antropometricamente (peso, altura para cálculo do índice de massa corporal [IMC] e circunferência da cintura) e bioquimicamente (colesterol total, triglicerídios, TGO, TGP séricos e índice HOMA-IR). Após analisar todos os laudos de ultrassonografia abdominal, os pacientes foram divididos
em dois grupos: grupo E1 (indivíduos com esteatose hepática) e grupo E2 (indivíduos sem esteatose). Em ambos os grupos, verificou-se a
correlação da presença de esteatose com o IMC, tempo cirúrgico e tamanho da incisão. Os testes estatísticos utilizados foram o de Fisher e
o de Mann-Whitney. Resultados: Dos 435 pacientes obesos, 362 eram mulheres (83,2%). A média de idade foi 37,1 ± 10,4 anos e o IMC
médio, de 42,0 ± 4,7 Kg/m2. Duzentos e setenta e nove pacientes (64,1%) apresentavam esteatose hepática à ecografia (grupo E1), sendo
222 (79,5%) do sexo feminino e 57 (78,0%; p = 0,0096). Não houve diferença estatisticamente significativa entre as médias de IMC dos
grupos estudados (p = 0,43). A média de idade no E1 foi de 38,7 anos (17-67) e no E2 foi de 34,2 anos (17-64) (p < 0,0001). A colesterolemia média de E1 foi de 202,2 ± 62,14 mg/dl (110-922) e de 192,0 ± 44,4 mg/dl (109-528) em E2 [p = 0,069]. A trigliceridemia
média no E1 foi de 178,0 ± 121,4 (48-1136) mg/dl e no E2 132,9 ± 67,7 (44-568) mg/dl (p < 0.0001). Cento e sessenta e nove pacientes
S516
apresentavam trigliceridemia ≥ 150 mg/dl, sendo que no grupo E1 foram 125 (44,8%) e no E2, 44 (28,2%) (p = 0,001). O valor médio de
TGO foi de 27,2 ± 13,7 (8-102) U/l em E1 e de 21,4 ± 6,8 (10-46) U/l em E2 (p < 0,0001. A TGP no grupo E1 36,7 ± 24,5 (9-153)
U/l e no E2 26,3 ± 14,8 (7-89) U/l (p < 0,0001). Todos os pacientes apresentavam circunferência abdominal acima do valor de referência
do NCEP-ATP III. A síndrome metabólica estava presente em 256 (58,8%) pacientes. Desses, 188 (67,3%) eram do grupo E1 e 68 (43,5%),
do grupo E2 (p < 0,0001). A média de circunferência abdominal no grupo E1 foi de 111,7 ± 11,9 cm (93-170) e em E2 107,2 ± 9,3 cm
(74,5-135) (p = 0,0045). O tempo cirúrgico médio em E1 foi de 3,0 horas e em E2 foi de 2,9 horas (p = 0,97). O tamanho médio da incisão
foi de 10,7 ± 1,8 cm (7-17,5) em E1 e de 10,0 ± 1,6 cm (6-16) em E2 (p = 0,0001). O índice HOMA-IR médio foi de 5,3 ± 4,7 (0,4253,3) no grupo E1 e de 4,16 ± 3,1 (0,09-17,3) no grupo E2 (p = 0,0002). Conclusões: O sexo masculino apresentou maior porcentagem
de acometidos pela esteatose hepática [p = 0,0096]. A idade, a trigliceridemia, os valores de TGO, TGP, circunferência abdominal, o índice
HOMA-IR e o tamanho da incisão são maiores nos obesos estudados com esteatose hepática. Além disso, a porcentagem de acometidos
pela síndrome metabólica foi maior no grupo E1 do que em E2 (67,3% vs. 43,5%). Não houve diferença quanto ao IMC médio e ao tempo
cirúrgico nos dois grupos.
SÍNDROME METABÓLICA: DOENÇA METABÓLICA OU INFLAMATÓRIA?
Olivieri L, Ferraz F, Cruz T, Ladeia AM, Lima ML, Góes P
EBMSP.
Introdução: A secreção aumentada de adipocinas em pacientes com síndrome metabólica (SM) estimula a produção hepática de proteínas de
fase aguda como fibrinogênio e proteína C reativa (PCR), determinando quadro inflamatório de base, o que gera maior risco cardiovascular
a esses pacientes. Objetivo: Avaliar a frequência de níveis elevados de PCR de alta sensibilidade (PCRas) em mulheres com SM sem diabetes
e sua correlação com dados antropométricos e marcadores biológicos. Metodologia: Estudo transversal, com 65 mulheres com SM definida
pelos critérios da International Diabetes Federation, sem diabetes mellito, idade 45 ± 11 anos, 76,5% obesas, com determinação de PCRas,
glicemia, insulina, HOMA-IR, perfil lipídico, enzimas hepáticas, ácido úrico e realização de ultrassonografia de abdômen superior para pesquisa de esteatose hepática. Em função de a variável PCRas não apresentar distribuição normal, seus dados são apresentados em mediana e
intervalo interquartil, sendo utilizados testes não paramétricos na análise dos dados. Resultados: 75,9% das pacientes eram obesas, 32,3%
com obesidade classe 1, 21,5% classe 2 e 23,1% classe 3. Trinta e seis (54,5%) das pacientes apresentaram PCR ≥ 3,0 mg/L, ponto de corte
previamente definido como marcador de risco cardiovascular aumentado. A mediana da PCR foi de 3,6 mg/L, com intervalo interquartil de
[3,4 – 8,8]. Houve correlação positiva da PCRas com o peso (r = 0,391, p = 0,002), com o IMC (r = 0,478, p = 0,001) e com a circunferência
abdominal (r = 0,397, p = 0,001). Teste de Kruskal-Wallis entre os quartis de PCRas mostrou diferença no IMC (p = 0,001; pos-hoc: quartis 1
e 4, p = 0,001; quartis 2 e 4, p = 0,04) e circunferência abdominal (quartis 1 e 4, p = 0,01). Não foram observadas associações de PCR com
glicemia, HOMA-IR, pressão arterial, perfil lipídico, ácido úrico ou enzimas hepáticas. As medianas da PCR foram progressivamente maiores
de acordo com o aumento do peso: sobrepeso (1,5 mg/L), obesidade grau 1 (3,6 mg/L), obesidade grau 2 (4,0 mg/L), obesidade grau 3
(8,9 mg/L). Pacientes com esteatose hepática à ultrassonografia apresentaram mediana de PCR mais alta do que aqueles sem esteatose: 4,8
[2,2-12,2 mg/L] vs. 2,0 [1,1 – 4,9] mg/L (p = 0,015). Conclusões: PCRas encontra-se significativamente associada ao excesso de peso e
à distribuição central de gordura em mulheres com síndrome metabólica e naquelas com esteatose hepática, indicando a presença de estado
pró-inflamatório em portadores da síndrome.
TL9
OS BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO FÍSICO EM INDIVÍDUOS COM OBESIDADE MÓRBIDA
Voguel V, Marcon ER, Souto K, Meinhardt N, Brillmann M
Instituto de Cardiologia do RS e Hospital Nossa Senhora da Conceição.
Introdução: A obesidade vem crescendo ano a ano em número de indivíduos obesos e na severidade da doença. A prática de exercício físico
é um importante fator preventivo e redutor dos efeitos da obesidade e promove um efeito protetor contra o desenvolvimento de doenças
cardiovasculares (DCV). Objetivo: Avaliar o impacto de um programa de exercícios físicos sobre variáveis metabólicas, físicas e funcionais de
indivíduos com obesidade mórbida. Material e método: Foram acompanhados por seis meses 30 indivíduos, com obesidade mórbida, précirurgia bariátrica, que participaram de um programa de caminhada. O estudo foi experimental não controlado do tipo antes e depois com
amostragem por conveniência (por adesão). Foram analisados o nível de pressão arterial, a capacidade funcional, o índice de massa corporal e
as variáveis bioquímicas (colesterol total, HDL, LDL, glicose em jejum e triglicérides). Resultados: Os indivíduos apresentaram idade média
de 42,5 anos (DP12,7), sendo 24 pacientes do sexo feminino (80%) e 23 com HAS (76,7%). Em relação à distância caminhada no TC6,
houve melhora significativa entre o início do estudo e seis meses após o programa. A média dos valores encontrados foi 491,5 m (87,3) e 553
m (78,5), respectivamente, p < 0,001. Os indivíduos também apresentaram melhora em relação ao IMC cuja média inicial era de 48,6 kg/m2
(7,9), passando para 46,5 kg/m2 (7,6), p < 0,001. Tanto a FC de repouso quanto a FC pós-exercício sofreram alteração com o programa de
caminhada. A média da FC de repouso passou de 104,2 bpm (17,5) para 89,6 bpm (14,7), p < 0,001 e a média da FC pós-exercício passou de
161,6 bpm (34,5) para 131 (22,4), p = 0,005. Em relação ao CT, LDL, TG, glicose em jejum também ocorreu melhora significativa. O HDL
teve melhora, porém não de forma significativa. As médias iniciais e finais foram: CT: 209 (38,7) e 187,8 (30,6), P0,001; LDL: 128,4 (36,6)
e 104,9 (30,9) com p < 0,001; glicose em jejum: 129,9 (11,1) e 114,1 (9,2) com p = 0,012; TG: 182,81 (73,1) e 158,81 (67,4) com p =
0,007; HDL: 47,1 (11,2) e 48,1 (12) com p = 0,241. A PAS passou de 145,19 (18,2) e a PAD de 93,3 (10,3) para 80,3 (8,5), apresentando
também melhora significativa com p < 0,001. Conclusão: Os resultados sugerem que um programa de exercícios físicos pode interferir de
forma positiva na melhora das variáveis metabólicas, físicas e funcionais avaliadas de indivíduos com obesidade mórbida.
S517
TEMAS LIVRES ORAIS
TL8
TL10
EFFECT OF ROUX-EN-Y GASTRIC BYPASS SURGERY PLUS OMENTECTOMY OF TYPE 2 DIABETES MELLITUS AND METABOLIC PROFILES
Zanella MT, Arasaki CH, Silva EA, Umeda LM
TEMAS LIVRES ORAIS
Unifesp.
Background: Type 2 diabetes (T2DM) is a disease with dramatic complications; previous studies have demonstrated that surgical treatment of
obesity leads improvement in the comorbidity status of patients with T2DM. Objective: The aim of the study is to evaluate pre and postoperative
metabolic parameters and clinical outcomes in patients with T2DM undergoing Roux-en-Y Gastric Bypass Plus Omentectomy (RYGBO). Methods: Ten patients with T2DM undergoing RYGBO were assessed for blood pressure, anthropometric parameters and lipid profile from October
2007 to December 2008. A meal test was performed and glucose, insulin and glycated Haemoglobin (HbA1c) were measured. Hepatic insulin
resistance index was assessed by the homeostasis model assessement Program (HOMA-IR). Patients were re-evaluated after 7 and 30 days of RYGBO and all measurements were repeated. Results: Of the 10 patients with type 2 diabetes undergoing RYGBP, 70% were females and 30% males,
with a mean preoperative age of 48 years (range 32-58 years). After 7 and 30 days of surgery, body mass index (BMI), fasting plasma glucose levels
and plasma glucose levels after 120 min of a meal test decreased from 39 to 37.38 and 35.34 kg/m2 (p = 0.001), 228 to 151 and 122 mg/dl (p
= 0.009) and 265 to 194 and 126 mg/dl (p = 0.008), respectively. There was an improvement in insulin sensitivity in 7 days and the first phase of
insulin secretion was recovered only in 30 days. HbA1c levels improved from 8.9 to 7.9 and 6.7 (p = 0.026) after 7 and 30 days of surgery independent of BMI changes. Finally, there was a significant reduction in the use of antihypertensive agents (80%) in all patients with arterial hypertension.
In conclusion, patients with T2DM can achieve control of T2DM with RYGBPO, even before significant decrease in body weight
TL11
CORRELAÇÃO ENTRE FUNÇÃO PULMONAR E DISTRIBUIÇÃO DE GORDURA CORPORAL EM PACIENTES OBESOS EM PREPARO PARA
GASTROPLASTIA REDUTORA EM Y-DE-ROUX
Carneiro CP, Melendez-Araújo MS, Huang W, Oliveira ML, Arruda SLM
Clínica Dr. Sérgio Arruda − Cirurgia Geral e Bariátrica.
Introdução: Sabe-se que a deposição de gordura do tipo androide pode influenciar negativamente na função ventilatória, dificultando o
movimento diafragmático, especialmente em indivíduos obesos mórbidos. Objetivos: Avaliar a correlação entre a circunferência da cintura e
a distribuição de gordura corporal, por meio da razão cintura-quadril, com a função pulmonar em pacientes obesos candidatos à cirurgia bariá­
trica. Materiais e métodos: Foram selecionados 114 pacientes, sendo 93 (81,5%) mulheres e 21 (18,5%) homens. Todos os pacientes tiveram
seus laudos de espirometria pré-operatória analisados e foram submetidos à aferições de peso e altura para cálculo do índice de massa corporal
(IMC); circunferências da cintura (CC) e do quadril, para avaliar a distribuição da gordura corporal por meio da razão cintura-quadril (RCQ).
Os pacientes foram, então, separados em dois grupos quanto à distribuição de gordura: o grupo androide (GA) com 55 pacientes (48,2%),
considerando a RCQ > 0,85 e no sexo masculino RCQ > 0,90; e o grupo ginecoide (GG), com 59 pacientes (51,8%), considerando-se RCQ ≤
0,85 no sexo feminino e RCQ ≤ 0,90 no sexo masculino. Em ambos os grupos, avaliou-se a correlação da RCQ e da CC com a capacidade vital
forçada (CVF%) e o índice Tissenau (VEF1/CVF) por meio do teste de correlação de Pearson. Os grupos também foram comparados, pelo
teste T não pareado, entre si em relação aos mesmos dados espirométricos anteriores. Resultados: As médias de IMC e CC no GA foram de
42,5 ± 4,9 kg/m2 e 117,1 ± 12,1 cm, respectivamente e no GG, de 42,1 ± 5,3 kg/m2 e 105,5 ± 7,9 cm. As médias de CVF% foram de 93,8 ±
17,5 e 94,6 ± 14,1 no GA e GG, respectivamente, e 6 pacientes apresentaram esse índice < 0,75 (10,9%) no GA e 2 pacientes (3,4%) no GG (p
= 0,15). Em ambos os grupos, não houve correlação entre a RCQ e VEF1/CVF. Foi encontrada uma correlação negativa entre CC e VEF1/
CVF no GA (r = -0,31; p = 0,02). No GG, não foram encontradas correlações entre CC e CVF% e CC e VEF1/CVF. Nos dois grupos, não
foram encontradas diferenças estatisticamente significantes nas médias de CVF% e VEF1/CVF. Conclusões: No grupo avaliado, quanto mais
andrógena a distribuição de gordura, menor o índice Tissenau. No GA, foi encontrada maior prevalência de CVF% < 0,75, o que pode refletir
em maior acúmulo de gordura intra-abdominal, contribuindo para a redução no volume corrente e na expansibilidade pulmonar.
TL12
EFEITO DA SUPLEMENTAÇÃO DIETÉTICA COM FIBRA SOLÚVEL (GOMA-GUAR) NA ALBUMINÚRIA, CONTROLE GLICÊMICO E
ÁCIDOS GRAXOS SÉRICOS EM PACIENTES COM DIABETES MELITO TIPO 2 E SÍNDROME METABÓLICA
Gross JL, Steemburgo T, Royer CP, Azevedo MJ, Silva FM, Antonio JP, Dall’Alba V
Serviço de Endocrinologia do HCPA, UFRGS.
Introdução: A síndrome metabólica (SM) está associada à elevada morbimortalidade cardiovascular. Em estudo transversal prévio demonstrou-se efeito protetor das fibras da dieta habitual para a presença da SM em pacientes com diabetes melito tipo 2 (DM2). Objetivo: Avaliar
o efeito da suplementação dietética com fibra solúvel goma-guar (GG) na dieta habitual sobre fatores associados à SM. Metodologia: Ensaio
clínico randomizado em que foram selecionados pacientes com DM2 e SM (critérios do International Diabetes Federation). No período de
run-in, as recomendações dietéticas e medicações foram ajustadas para atingir o melhor controle metabólico e de pressão arterial. Antidiabéticos foram padronizados para metformina e/ou insulina NPH. Agentes hipolipemiantes foram suspensos seis semanas antes da randomização.
Os pacientes foram submetidos a avaliações clínica, laboratorial e nutricional (registros alimentares de três dias com pesagem) no início do
estudo, em quatro e seis semanas. O grupo intervenção (GG) recebeu goma-guar (5 g, duas vezes ao dia) e o grupo controle (GC) seguiu sua
dieta habitual. Os dados foram expressos em média (DP) ou mediana (P25-P75). Resultados: Um total de 44 pacientes com idade de 62 ±
9 anos, com 14.2 ± 9.6 anos de DM, 17 do sexo masculino e 35 da raça branca, foram estudados. No grupo GG (n = 23) houve diminuição
da excreção urinária de albumina (EUA) nos tempos 0, 4 e 6 semanas: [6.8 (3.0-17.5); 4.5 (3.0-10.5); 6.2 (3.0-9.5) mg/24h; p = 0.043;
ajustado para variações de pressão arterial média, de HbA1c, peso, valor energético total e ingestão proteica], HbA1c (6.88 ± 0.99; 6.64 ±
0.94; 6.57 ± 0.84%; p = 0.021) e circunferência da cintura (103.5 ± 9.5; 102.1 ± 10; 102.3 ± 9.7 cm; p = 0.041, ajustado para variação do
peso). No grupo GC (n = 21) houve redução do IMC (29.3 ± 3.6; 28.9 ± 3.6; 28.9 ± 3.6 kg/m²; p = 0.016). Uma redução nos ácidos graxos
S518
séricos trans [7.08 (4.6-13.68); 6,7 (4,8-9,8); 5.71 (3.00-10.95) mg/dL; p = 0.032; ajustado para peso, ácidos graxos trans da dieta e fibras]
ocorreu somente no grupo GG. Glicemia de jejum, HDL-colesterol, triglicerídios, LDL-colesterol, endotelina-1, fibrinogênio, proteína Creativa e pressão arterial não se alteraram nos grupos GG e GC. Conclusão: A adição de fibra solúvel na dieta habitual de pacientes com DM2
com SM é capaz de reduzir a EUA, melhorar o controle glicêmico e reduzir ácidos graxos séricos trans.
TL13
ADIPONECTINA, GRELINA E PYY3-36 ALTERADOS COMO MARCADORES DE COMPULSÃO ALIMENTAR EM MULHERES OBESAS
Moura AS, Sichieri R, Neves FA, Pereira MJS, Souza EPG, Brandão PP
Introdução: A compulsão alimentar periódica (CAP) está associada a diversas doenças, entre elas a obesidade. Objetivos: Com o intuito de
pesquisar as diferenças fisiológicas entre obesas com e sem CAP, avaliou-se a dinâmica da concentração sérica dos hormônios que regulam
esse processo de fome e saciedade e a existência de voracidade alimentar durante as refeições. Material e métodos: O estudo experimental foi
composto de três grupos: eutrófico (GE), obeso (GO) e obesas com CAP (CAP). Foram dosados os hormônios: insulina, peptídeo YY 3-36,
grelina, orexina e adiponectina séricos nos tempos: 1 hora antes, 15, 45, 60 e 90 minutos após a ingestão da refeição fornecida. As refeições
ingeridas foram controladas em 55% carboidratos, 15% proteínas e 30% lipídios. Escalas visuais de fome (Haber) e saciedade (Holt) foram
aplicadas durante as refeições do dia no mesmo horário de coleta de sangue. Os dados foram analisados com os valores médios por grupo em
software SAS e expressos como média ± desvio-padrão, n = 25. Resultados: Em relação ao tempo de duração da refeição (minutos) do desjejum: O grupo CAP ingeriu o desjejum mais rápido que o grupo eutrófico (p < 0,01) e que o grupo GO (p < 0,05) e, comparando o grupo
obeso e eutrófico, a diferença estatística persiste (p > 0,01). No almoço: não houve diferença estatística entre grupos (p > 0,05). Em relação
aos hormônios que controlam a fome e a saciedade: A concentração sérica de insulina do grupo GO (140,4 ± 80,3) é maior (p = 0,01) que o
de CAP (99,4 ± 43,2) e que o grupo eutrófico (67,1 ± 27,4). A concentração de grelina do grupo CAP (740,8 ± 215,6), diferente do esperado por ser um hormônio ligado à fome, foi menor (p = 0,002) que o grupo GO (945,2 ± 421,6) e que o grupo eutrófico (976,6 ± 281,0).
A concentração de orexina do grupo CAP (2,4 ± 0,35) foi igual (p > 0,05) que o grupo GO (2,3 ± 0,45) e que o grupo eutrófico (2,3 ± 0,37).
A concentração de PYY 3-36 do grupo CAP (78,5 ± 32) foi menor (p = 0,02) que o encontrado no grupo GO (115,5 ± 33,2) e no grupo
eutrófico (97,3 ± 41,9). Quanto à adiponectina, hormônio inversamente ligado à adiposidade, o grupo CAP (29,8 ± 12,7) apresentou menor
concentração (p = 0,01) que GO (36,1 ± 20,0) e GE (46,7 ± 15,6). Na comparação da sensação de fome antes da refeição: o grupo CAP referiu sentir mais fome que o grupo eutrófico (p = 0,01) e que o grupo obeso (p < 0,0001). Como esperado, o grupo obeso referiu sentir mais
fome que o grupo eutrófico (p < 0,0001). Após a refeição: O grupo CAP continuou a sentir fome após a ingestão da refeição fornecida quando
comparado com o grupo eutrófico (p < 0,05), porém não foi encontrada diferença em relação ao grupo obeso (p > 0,05) e também não foi encontrada diferença entre o grupo obeso e eutrófico (p > 0,05). Conclusões: Os resultados apresentados mostram que, mesmo após a ingestão
da dieta, a adiponectina, a grelina e o PYY 3-36 do grupo CAP foram menores inclusive do que o grupo obeso. A voracidade alimentar ocorreu
em ambos os grupos CAP e obeso, portanto, independente do processo compulsivo. Essas diferenças hormonais do grupo CAP podem estar
ligadas às alterações dos hormônios que controlam a fome e a saciedade na compulsão alimentar estimulando a sensação de fome.
TL14
ASSOCIAÇÃO DE SÍNDROME METABÓLICA COM ALBUMINA MODIFICADA PELA ISQUEMIA (IMA) E BIOMARCADORES
ENVOLVIDOS NO PROCESSO ATEROSCLERÓTICO
Bodanese LC, Rocha MIUM, Magedanz E, Piccoli JEC, Wiehe M, Schwanke CHA, Moresco RN, Duarte M, Cruz IBM, Gottlieb MGV
PUC-RS.
Introdução: Síndrome metabólica (SM) é definida como um conjunto de anormalidades ateroscleróticas, inflamatórias e trombóticas, do
qual a resistência à insulina parece ser o ponto central do distúrbio. Seus portadores apresentam predisposição aumentada à morbimortalidade
por doenças cardiovasculares (DCV) e diabetes melito tipo 2 (DM2). Diversos biomarcadores ligados à gene e à evolução da SM têm sido
investigados, como é o caso da proteína C reativa (PCR) e da lipoproteína de baixa densidade oxidada (LDL-ox). Recentes estudos sugerem
que a albumina modificada pela isquemia (IMA) é um biomarcador de DCV e que seus níveis elevados representam uma possível indicação
de disfunção microvascular em pacientes com SM. Objetivo: Analisar a associação de SM com IMA e biomarcadores envolvidos no processo
aterosclerótico. Material e métodos: Trata-se de um estudo transversal, do tipo caso controle, em que foram incluídos 32 indivíduos saudáveis (grupo controle – C) e 74 indivíduos com SM (grupo caso – SM). Os indivíduos com SM foram recrutados no ambulatório de risco
cardiometabólico do Serviço de Cardiologia do Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e os saudáveis
foram recrutados na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM − alunos, funcionários e professores). O critério diagnóstico de SM utilizado
foi o NCEP-ATPIII revisado. Glicose, colesterol total (CT), HDL e triglicerídios foram determinados por método enzimático colorimétrico
(Ortho-clinical Diagnostics); LDL foi determinado pela equação de Friedwald; PCR ultrassensível (PCR-US), autoanticorpo anti-LDLoxidado (antiLDL-ox) e LDL-oxidado (LDL-ox) foram determinados por ensaio imunoenzimático (ELISA); IMA foi mensurada por ensaio
colorimétrico com cobalto. Resultados: A amostra incluiu 34 homens e 74 mulheres. A média de idade do grupo C foi 55,2 ± 8,8 anos e do
grupo SM, 57,6 ± 8,3 anos (p = 0,142). O grupo SM apresentou maior IMC (32,6 ± 6,1 kg/m2 – p = 0,0001), pressão arterial sistólica (147 ±
26,8 mmHg – p = 0,001), pressão arterial diastólica (85,9 ± 15,9 mmHg – p = 0,01), glicose (133,7 ± 68,7 mg/dL – p = 0,001), CT (204 ±
58,1 mg/dL – p = 0,001), LDL (114,4 ± 49,5 mg/dL – 0,001), triglicerídios (214,9 ± /34,8 mg/dL – 0,001) em comparação com o grupo
C. Níveis de IMA, PCR-US, LDL-ox e antiLDL-ox foram significativamente mais elevados (0,618 ± 0,1355 – p = 0,0001; 1,72 ± 10,964 – p
= 0,0001; 0,662 ± 0,461 – p = 0,001; 27,822 ± 17,010 – p = 0,001) respectivamente, em relação ao grupo C. A análise multivariada mostrou
associação entre níveis elevados de IMA e SM e esta foi independente de sexo, idade DM2 e hipercolesterolemia (p = 0,0405). Conclusão:
No presente estudo, observou-se associação de IMA e de biomarcadores de risco cardiometabólico com SM. Estudos adicionais envolvendo
disfunção endotelial em pacientes com SM podem contribuir para que a IMA torne-se um marcador precoce do processo aterosclerótico, com
vistas à diminuição da morbimortalidade cardiovascular.
S519
TEMAS LIVRES ORAIS
UERJ.
TL15
REDUÇÃO DE GANHO DE PESO ATRAVÉS DE EDUCAÇÃO EM MUDANÇAS DE ESTILO DE VIDA PROMOVE MELHORES DESFECHOS
MATERNO-FETAIS EM GESTANTES OBESAS
Queiroz AM, Marques SR, Viana AM, Schleu M, Feitosa ACR
TEMAS LIVRES ORAIS
Maternidade Referência Prof. José Maria de Magalhães Netto.
Introdução: A obesidade é um fator de risco independente para complicações materno-fetais. Limitação do ganho de peso pode reduzir comorbidades tanto na mãe quanto no feto. Objetivo: Avaliar a influência de acompanhamento multidisciplinar e educação sobre o ganho de
peso e desfechos neonatais em gestantes obesas. Métodos: Selecionaram-se as gestantes portadoras de obesidade e sobrepeso entre as referenciadas ao ambulatório especializado em endocrinopatias na gestação entre abril de 2007 e abril de 2009 (n = 279). As gestantes foram periodicamente avaliadas por endocrinologista (quinzenalmente), nutricionista e obstetra (mensalmente) até o parto. Na primeira consulta, a gestante
recebia informações sobre ganho ponderal ideal e objetivos do tratamento. Orientações orais e por escrito sobre hábitos saudáveis, atividade
física, modelo de cardápio, combinações alimentares e uso de adoçantes artificiais foram dadas. Nas consultas subsequentes, as gestantes eram
pesadas e as metas, reavaliadas. O objetivo de ganho ponderal total ideal foi de < 6,8 kg nas gestantes com IMC > 29 kg/m2 (recomendação do
Comitê de Nutrição na gestação do Instituto de Medicina). O crescimento fetal foi avaliado pela altura do fundo uterino e por ultrassonografia.
Resultados: IMC > 25 kg/m2 estava presente em 74% das gestantes (162/219 – dados incompletos em 60), das quais 42,9% eram obesas.
A idade materna média foi 32,6 ± 6,2 anos e o IMC PG médio foi 31,8 ± 5,4 kg/m2. O principal motivo de encaminhamento foi o diabetes na
gestação. Na primeira consulta endócrina, a idade gestacional (IG) média era 26,8 ± 7,6 semanas e o ganho ponderal médio até essa data era de
7,4 kg (-14,9 a 43,6 kg) e após a consulta, de 2,2 kg (-5,5 a 15,6 kg). Já chegaram ao 3º trimestre 61,7% das gestantes. Tabela: Evolução da
gestação quanto ao IMC pré-gestacional (n = 214, excluídas cinco gemelares) no anexo. Conclusões: Acompanhamento endocrinonutricional
e mudança no estilo de vida resultaram em menor ganho ponderal em gestantes com sobrepeso e obesidade, mesmo considerando o último
trimestre, em que o ganho ponderal é maior. A taxa de macrossomia variou conforme o IMC, e a alta taxa de cesária foi encontrada nesta população. Recomendou-se encaminhamento precoce de gestantes obesas para equipe multidisciplinar objetivando redução de ganho ponderal e
morbidades na mãe e no neonato, especialmente as obesas grau 1, em razão de possível negligência com o tratamento no início da gestação.
TL16
MUDANÇAS NO ESTADO NUTRICIONAL APÓS UM PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FÍSICA E EDUCAÇÃO NUTRICIONAL EM MULHERES OBESAS
Cohen D, Toledo JOT, Melo CM, Louzada ER, Ribeiro SML
USP.
Introdução: São raros os estudos relacionando o treinamento físico e o estado nutricional em indivíduos obesos. A maioria dos estudos tem
focado suas análises na massa corporal total, na massa gorda, na massa livre de gordura, sem uma investigação mais profunda sobre indicadores
bioquímicos do estado nutricional ou ainda o estado de hidratação celular. Objetivos: Investigar mudanças no estado nutricional após um programa de treinamento físico e educação nutricional em um grupo de mulheres obesas. Métodos: Fizeram parte do estudo 24 mulheres obesas,
sedentárias, entre 30 e 50 anos. As mulheres participaram de um programa que envolvia treinamento físico (três vezes por semana, durante uma
hora, sendo 30 minutos de exercícios aeróbios e 30 minutos de exercícios resistidos) e educação nutricional (encontros semanais abrangendo
conceitos e atitudes relacionados à alimentação). Análises realizadas antes e após o programa: índice de massa corporal (IMC), circunferência
do abdômen e do quadril (CA e CQ); água corporal total, intra e extracelular (por bioimpedância elétrica); composição corporal (DEXA-dual
energy X-ray absorptiometry); teste de potência aeróbia; três dias de registro alimentar, hemograma; pré-albumina, albumina e IGF-I (insulinlike growth factor) plasmáticos. Resultados: As alterações no IMC variaram de -7.0 a + 4.0 kg/m2. Por isso, analisou-se o grupo como um todo
e as mulheres foram distribuídas em dois grupos: R (responsivas; reduziram os valores de IMC) e NR (não responsivas; mantiveram ou mesmo
elevaram o IMC). Para o grupo todo, houve redução na circunferência da cintura e na contagem de monócitos, o que pode ser associado a uma
redução no estado inflamatório; − a maioria das variáveis bioquímicas relacionadas ao estado nutricional em proteínas apresentou-se abaixo da
normalidade em pelo menos 20% das mulheres; − foram observadas modificações nas células vermelhas do sangue que foram atribuídas a adaptações ao treinamento; − a ingestão de proteínas pela dieta das mulheres mostrou-se próxima ao limite inferior das recomendações; − observouse, desde o início do programa, um desbalanço entre água extra e intracelular, o que tipicamente ocorre em obesos; esses valores não foram
melhorados com o treinamento físico. NR apresentou maior ingestão lipídica, antes e após o programa. Conclusões: O programa proporcionou
melhora em vários marcadores de doenças crônicas relacionadas à obesidade, mas não colaborou na melhora da desproporção entre água intra e
extracelulares, nem dos marcadores do estado nutricional proteínico. O fato de as mulheres reduzirem ou não sua massa corporal não parece ter
sido fator determinante para os principais achados desse estudo. É possível hipotetizar que uma ingestão proteínica aumentada colaboraria na
melhora do estado nutricional. Faz-se ainda necessário investigar formas de restabelecer o equilíbrio entre água extra e intracelular nesses indivíduos. Sugere-se que indivíduos obesos que sejam submetidos a programas de atividade física e de acompanhamento alimentar sejam avaliados
individualmente e de modo contínuo, de forma a permitir que sejam extraídos os máximos benefícios desses tipos de estratégia.
TL17
EFFECT OF MULTIDISCIPLINARY THERAPY ON METABOLIC PROFILE AND PRO-INFLAMMATORY CYTOKINES IN OBESE ADOLESCENTS
WITH NAFLD
Tock L, Ernandes R, Lederman H, Nascimento CO, Caranti DA, Corrêa FA, Dâmaso A, Oyama LM, Tufik S, Mello MT, Piano A, Carnier J,
Martinz AC, Sanches PL, Foschini D
Unifesp.
Introduction: Non-alcoholic fatty liver disease is an emerging clinical problem among patients of all ages, includes a broad spectrum of liver
tissue alterations. Studies suggest that visceral adipose tissue and several adipocytokines have been implicated in the pathogenesis of NAFLD.
Objective: To assess the effect of multidisciplinary therapy on metabolic profile and pro-inflammatory cytokines in obese adolescents with
NAFLD. Methods: 52 adolescents aged 15-19 y, with BMI > P95, consisting of 36 patients without and 16 with NAFLD, diagnosed by
S520
ultrasonography were submitted to long-term multidisciplinary intervention (1 year) (nutrition, psychology, exercise and clinical support).
Blood samples were collected to analyze glycemia, hepatic transaminases, lipid profile, leptin and TNF-alpha. The cytokines was measured by
ELISA (Enzyme-linked Immunosorbent Assay) and insulin resistance by HOMA-IR. Results: At baseline conditions, the NAFLD patients
showed significant major values of body mass, visceral fat, insulin, VLDL, ALT and GGT. After one year of intervention, both group presented a significant reduction in the BMI, % fat, body fat mass, visceral fat, insulin, HOMA-IR, TG and Leptin. The hepatic transaminases, ALT
and GGT reduced significantly only in NAFLD patients. It was observed strongly positive correlation between visceral fat and TNF-alpha
(r = 0.99), ALT and GGT only in NAFLD patients. Conclusion: Important clinical parameters present more altered in obese patients with
NAFLD, mainly the visceral adipose tissue, and the long-term multidisciplinary obesity intervention was effective to reduce them, improving
the metabolic profile and inflammatory state, emphasis the potential therapeutic implications.
TL18
O NÍVEL DE LEPTINA INFLUENCIA FATORES DE RISCO CARDIOMETABÓLICOS INDEPENDENTEMENTE DA ADIPOSIDADE EM
CRIANÇAS E ADOLESCENTES?
Liga Obesidade Infantil, Laboratório de Carboidratos e Radioimunoensaio (LIM-18), HC-FMUSP.
Introdução: O aumento do índice de massa corporal (IMC) e da circunferência abdominal (CA) está relacionado a fatores de risco cardiometabólicos (RCM). Os estudos que avaliaram se a leptina influencia de forma independente os fatores RCM são controversos. Alguns estudos
afirmam que a leptina não é um fator que, independentemente da adiposidade, influencia os fatores RCM, enquanto outros enfatizam que a
leptina prediz uma piora desses fatores independentemente da obesidade. É bem conhecido que a leptina é sintetizada no tecido adiposo branco
e correlaciona-se com sua magnitude. Além disso, uma vez que o IMC não é uma medida precisa da massa de gordura, é possível que, mesmo
após ajustar as associações entre leptina e fatores RCM em relação ao escore Z de IMC (Z-IMC), algum fator de confusão residual possa persistir. Objetivo: Avaliar a relação entre o nível de leptina e o nível de leptina ajustado para MG e perfil antropométrico, de composição corporal e
de RCM numa coorte de crianças e adolescentes. Métodos: Setenta e cinco indivíduos (42 meninas e 33 meninos) com idade de 12,2 +/- 2,6
anos (6,8-17,5) tiveram medidos os dados antropométricos (Z-IMC, circunferência abdominal [CA] medida na crista ilíaca (CI) e também no
ponto médio (PM) entre a última costela e a CI), composição corporal (porcentagem de massa gorda [FM] e de massa livre de gordura [MLG]
por bioimpedância) e perfil de RCM (nível de insulina e de glicose em jejum, resposta de glicose e de insulina no tempo 120 minutos a um teste
oral de tolerância à glicose [OGTT], HOMA-IR, pressão arterial [PA] e perfil lipídico). A correlação de Pearson foi utilizada para determinar
associações entre variáveis contínuas. Resultados: O nível de leptina foi positivamente relacionado ao HOMA-IR (r = 0,409; p = 0,005), ao
nível de insulina (r = 0,439; p = 0,002); à medida da CA-PM (r = 0,358; p = 0,017); e da CA-CI (r = 0,323; p = 0,03); à resposta de glicose no
tempo 120 (r = 0,689; p < 0,001) e à resposta de insulina no tempo 120 (r = 0,599; p < 0,001). A leptina foi negativamente relacionada com a
porcentagem de MLG (r = -0,324; p = 0,036). Uma tendência de correlação foi documentada entre o nível de leptina e a porcentagem de MG
(r = 0,294; p = 0,058), mas não em relação ao percentil de PA sistólica e diastólica, à glicose de jejum, triglicérides, colesterol e frações, e ZIMC. Todas as correlações foram perdidas quando o nível de leptina foi ajustado para MG. Conclusão: Enfim, embora alguns estudos afirmem
que a leptina é um fator independente que influencia de modo adverso os fatores de RCM, nosso estudo sugere que a leptina ajustada para a
MG não tem um papel regulatório nos fatores RCM em crianças e adolescentes obesos. Apoio: Fapesp 2008/06382-4.
TL19
EFEITO DA DERMOLIPECTOMIA NA SENSIBILIDADE À INSULINA, EM MULHERES OBESAS, EM FASE DE ESTABILIDADE DE PESO, APÓS
CIRURGIA BARIÁTRICA
Mancini MC, Roizenblatt VA, Melo ME, Cercato C, Halpern A
Grupo de Obesidade e Síndrome Metabólica, Disciplina de Endocrinologia, HC-FMUSP.
Introdução: A obesidade induz resistência à insulina que é um dos passos para o diabetes tipo 2 e as doenças cardiovasculares. Neste panorama,
o papel do tecido adiposo visceral é inquestionável, mas o mesmo não é verdade para o tecido adiposo subcutâneo, especialmente da região
abdominal. Isso confirma a importância da análise da composição e distribuição do tecido adiposo no corpo para definir risco metabólico. Se
o papel do tecido adiposo subcutâneo é objeto de controvérsias, mas ainda é o efeito da retirada deste, por meio da dermolipectomia na sensibilidade à insulina, aferida pelo clamp. Objetivos: O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da dermolipectomia abdominal na sensibilidade
à insulina e nas adipocitocinas (adiponectina e leptina). Material e métodos: Avaliaram-se 17 pacientes do sexo feminino, com idades entre
22 e 51 anos, obesas ou com sobrepeso. Todas eram ex-obesas mórbidas que haviam sido submetidas à gastrectomia parcial em Y de Roux, há
no mínimo um ano antes da entrada no protocolo, com perda de pelo menos 30% do peso inicial, com peso estável (mas, ainda com grande
quantidade de tecido subcutâneo abdominal). Destas, 12 concluíram o estudo, com realização do clamp euglicêmico hiperinsulinêmico, no
início e três meses após a cirurgia plástica. No momento basal de cada teste foram coletadas amostras para dosagens bioquímicas, hormonais e
para as adipocitocinas. A captação de glicose (valor M) foi calculada em mg de glicose por kg de peso corpóreo total por minuto, considerando
os últimos trinta minutos do teste. O HOMA-IR também foi calculado. Antes de realizar o primeiro clamp, as pacientes realizaram o exame de
DEXA (densitometria de corpo inteiro), todas no aparelho Hologic, o que permitiu a correlação da sensibilidade à insulina com a massa magra
no pré. Resultados: Considerando para análise estatística as 12 pacientes, houve variação significativa de peso de 84 kg na fase pré para 81,8
kg na fase pós (p = 0,015) e também de IMC (31,1 x 30,3 kg/m2, com p = 0,017). Não houve variação de massa magra (46,4 x 44,7 kg, com
p = 0,119) nem de captação de glicose (p = 0,742). Não houve tampouco do HOMA-IR (p = 0,722) como era de esperar, já que não houve
variação de captação. Notou-se que na fase pré a sensibilidade à insulina correlacionou-se diretamente com a massa magra (r = 0,80; p = 0,002)
e inversamente com a idade (r = -,071; p = 0,10). Não houve diferença das adipocitocinas: leptina (p = 0,739) e adiponectina (p = 0,940) em
comparação antes e depois da dermolipectomia. Conclusões: Concluiu-se que a sensibilidade à insulina, aferida pelo clamp, não se altera com
a dermolipectomia abdominal, em mulheres ex-obesas mórbidas, embora ainda com sobrepeso ou obesidade e “metabolicamente normais”.
A sensibilidade à insulina aumenta com a massa magra e diminui com a idade, após a dermolipectomia, nesta população estudada.
S521
TEMAS LIVRES ORAIS
Fujiwara CTH, HL HLR, Halpern A, Mancini MC, Melo ME
TL20
ANÁLISE PONDERAL, COMORBIDEZES E QUALIDADE DE VIDA: AVALIAÇÃO TARDIA EM PACIENTES SUBMETIDOS À DERIVAÇÃO
GÁSTRICA EM Y-DE-ROUX
Araujo GF, Araujo FLSM, Lago DCF, Bordalo LA
TEMAS LIVRES ORAIS
UFV.
Objetivo: Avaliar a perda percentual do excesso de peso, as comorbidezes, a qualidade de vida e a presença do reganho de peso após três
anos de cirurgia bariátrica seguindo o método do BAROS- Bariatric Analysis and Reporting Outcome System. Metodologia: Estudo descritivo, transversal com componente retrospectivo, realizado pela observação de dados obtidos por meio de consulta ambulatorial, seguindo os
questionários e as tabelas do BAROS. Os pacientes selecionados, n = 45, submeteram-se à cirurgia bariátrica no período de outubro de 2001
a abril de 2005. Resultados: Houve predomínio do sexo feminino (91,11%), com média de idade de 42,80 ± 10,01 anos, IMC médio préoperatório de 46,50 ± 6,05 kg/m2 e atual de 30,35 ± 4,80 kg/m2. O tempo médio de pós- operatório foi de 54,60 ± 11,0 meses. Trinta e seis
(80%) pacientes apresentavam pelo menos uma comorbidez antes da cirurgia, dos quais vinte e nove (80,55%) tiveram todas as comorbidezes
resolvidas, cinco (13,80%) tiveram pelo menos uma comorbidez maior resolvida e outras melhoradas e apenas um paciente não obteve melhora da comorbidez. A perda média do excesso de peso foi de 70,14% e o reganho de peso foi de 5,04 ± 5,71 kg, sendo o maior reganho de
27 kg. O escore final do BAROS foi excelente para onze (24,44%), muito bom para vinte (44,44%) e bom para doze (26,67%) dos pacientes
avaliados. Conclusão: O tratamento da obesidade por meio da derivação gastrojejunal em Y-de-Roux anelada mostrou-se bastante eficiente,
fato evidenciado pela perda mantida do excesso de peso após três anos de cirurgia, pela melhora das comorbidezes e pela melhora na qualidade
de vida segundo os critérios do BAROS. Além disso, o presente estudo aponta para a necessidade de acompanhamento clínico e nutricional a
longo prazo dos pacientes gastrectomizados, a fim de evitar o reganho de peso e garantir a manutenção da qualidade de vida.
TL21
IMPACTO DA CARBOXITERAPIA EM PACIENTES COM SOBREPESO E OBESIDADE − EXPERIÊNCIA CLÍNICA E LABORATORIAL DO
AMBULATÓRIO DE OBESIDADE DA PMERJ-LIF
Calvano CSG
Polícia Militar do Rio de Janeiro − Unidade Básica de Saúde LIF.
Objetivo: Avaliar a utilização da carboxiterapia por via subcutânea utilizando o aparelho Carbtek, que possibilita a aplicação de CO2 medicinal, com fluxo e volume total administrados sob controle, permitindo: individualizar a terapêutica utilizada, observar sua eficácia no tratamento da gordura localizada e avaliar qual o impacto sobre os níveis laboratoriais dos pacientes tratados, especificamente relacionados à síndrome
metabólica. Metodologia: Foram selecionados 40 pacientes – independentemente de sexo, da idade ou do fototipo cutâneo, portadores de
sobrepeso ou obesidade de diversos graus, de biotipo androide, com predominância da gordura localizada em nível da cintura abdominal − em
triagem no ambulatório do LIF (Laboratório Industrial Farmacêutico da Polícia Militar do Rio de Janeiro), todos sob tratamento médico no
ambulatório de clínica médica. Esses pacientes foram divididos em dois grupos de tratamento: Grupo I: Dieta + Atividade Física + Medicamentos e Grupo II: Dieta + Atividade Física + Medicamentos+ Carboxiterapia. Foram realizadas duas sessões semanais de acordo com a área
tratada (total de 10 sessões a 20 sessões). Cada paciente foi pesado, medido, avaliado com bioimpedanciometria e fotografado antes, após a 5ª
sessão e após uma semana do término de 10 sessões e 18 sessões de tratamento e, de acordo com a evolução de cada caso, as mensurações poderiam ser repetidas. Foram realizadas: medidas da circunferência abdominal e relação cintura-quadril, bioimpedanciometria, IMC, dosagem
no sangue de: hemograma, glicemia e insulina de jejum, glicemia e insulina 2 horas após 75 g dextrosol; PCR-US, homocisteína, fibrinogênio;
TSH-US, lipidograma, hepatograma, cortisol matinal; testosterona; SHBG; estradiol, LH, FSH, prolactina, S-DHEA, HBA1C, ferritina. Os
pacientes foram orientados a seguir um programa alimentar com redução calórica, rica em fibras, adaptada à dieta em zona hormonal e dieta
do mediterrâneo e utilizaram medicamentos de acordo com a avaliação médica. Foram estimulados e orientados à prática regular de exercícios
físicos durante todo o período do estudo clínico e, em caso de aumento de peso durante o tratamento, seriam desligados do protocolo. Observou-se maior redução do peso corporal (> em 50%) e das medidas da região abdominal (> em 30% a 40%) no grupo ao qual foi adicionada
a carboxiterapia como coadjuvante ao tratamento clínico. Houve melhora dos exames laboratoriais especialmente no grupo em que houve a
maior perda de peso e medidas, grupo da carboxiterapia. Além disso, observou-se nítida melhora da flacidez cutânea da região abdominal e
flancos, o que permitiu visualizar uma melhora do contorno corporal e da derme tratada com o gás carbônico medicinal. Observou-se resgate
da autoestima e maior aderência a mudanças do estilo de vida, como novos hábitos alimentares e prática de atividade física regular, especialmente no grupo que realizou a carboxiterapia. Dessa forma, os resultados preliminares obtidos nos estimularam a prosseguir com o estudo
clínico implementado, fazendo parte atualmente do nosso ambulatório de obesidade do LIF-PMERJ.
TL22
RAZÃO CINTURA/ESTATURA E SUA ASSOCIAÇÃO COM O PERCENTUAL DE GORDURA CORPORAL, GORDURA VISCERAL E
SUBCUTÂNEA E PARÂMETROS BIOQUÍMICOS DE ADOLESCENTES OBESOS
Dâmaso AR, Lederman H, Mello MT, Vitalle MS, Fisberg M, Santos LC, Passos MAZ, Cintra IP
Unifesp e UFMG.
Introdução: A razão cintura/estatura (RCEst) tem sido considerada melhor discriminador dos fatores de risco cardiovasculares do que outros
parâmetros antropométricos (IMC, circunferência abdominal, relação cintura/quadril). No entanto, são escassos no Brasil estudos com esse
índice. Objetivos: Verificar a RCEst de adolescentes obesos e sua associação com parâmetros metabólicos e de composição corporal. Material
e métodos: Estudo transversal com adolescentes obesos pós-púberes, sendo adotados como critérios de inclusão o índice de massa corporal
(IMC) superior ao percentil 95 das curvas de IMC/idade do CDC (2000) e estadiamentos puberais finais segundo avaliação clínica. Foram
realizadas medidas de peso, estatura e circunferência da cintura com auxílio de balança Filizola®, antropômetro fixo de parede e fita inelástica
S522
TL23
ATIVIDADE FÍSICA HABITUAL EM ESCOLARES DE DIFERENTES ESTADOS NUTRICIONAIS
Rechenchoski L, Netto-Oliveira ER, Oliveira AAB, Peron PA
UEM.
Introdução: O sedentarismo entre crianças e adolescentes vem se tornando cada vez mais frequente. As facilidades tecnológicas, devidas à
abundância de aparelhos eletrônicos que proporcionam comodidade e bem-estar às pessoas, e a falta de espaço associada à insegurança diária das
grandes e médias cidades ocasionaram impacto negativo na atividade física habitual de crianças e adolescentes que passaram a se “esconder” cada
vez mais defronte a computadores, televisores e aparelhos de videogames. Dessa forma, o fenômeno hipocinético tem preocupado estudiosos
que têm procurado compreender e buscar alternativas que minimizem o problema. Objetivo: Avaliar a atividade física habitual em crianças de
diferentes estados nutricionais com idade entre 7 e 10 anos na cidade de Maringá, PR. Metodologia: A coleta de dados foi realizada entre junho
e novembro de 2007 em 24 escolas públicas e privadas do município de Maringá, PR. Envolveu informações de gênero, idade, massa corporal e
estatura. O estado nutricional foi classificado com base no IMC usando os pontos de corte propostos por Cole et al. (2007), os dados referentes
à atividade física diária foram coletados com auxílio do registro de atividade física de Bouchard (1983) e foram classificados conforme proposto
pelas DRIs (NAS, 2005). Os dados foram analisados por ANOVA e o post hoc de Tukey, com significância adotada de 5% (p < 0,05). Utilizou-se
o pacote estatístico Statistical Package for the Social Science (SPSS), versão 13.0. Resultados: Participaram do estudo 127 crianças, 57,7% do
sexo feminino, com média de idade de 8,8 ± 0,85 anos; de índice de massa corporal de 18,1 ± 3,75 kg/m2 e de dispêndio energético diário de
1353,4 ± 368,8 kcal. Das crianças, 4,7% se encontravam com baixo peso, 67,7% com peso normal, 14,2% com sobrepeso e 13,4% com obesidade. Quanto ao nível de atividade física, 89,9% das crianças foram consideradas sedentárias, 8,7%, pouco ativas, 6,3%, ativas e 3,1%, muito ativas.
A proporção de meninas sedentárias foi maior que a encontrada entre os meninos (86,1% e 76,4%, respectivamente) e a proporção de meninos
ativos e/ou muito ativos foi superior (10,9%) quando comparada com as meninas (8,3%), embora não tenha sido demonstrada associação significativa entre gênero e atividade física diária (p = 0,313). Essa informação foi confirmada pelo dispêndio energético diário superior (p = 0,01)
entre os meninos (1448,1 ± 376,6 kcal vs. 1281,1 ± 348,1 kcal, entre as meninas). Crianças com sobrepeso e obesidade apresentaram maior
gasto energético (p = 0,00), sendo que entre as obesas 58,8% foram consideradas ativas ou muito ativas, entre as com sobrepeso 11,1% foram
consideradas ativas, enquanto entre as eutróficas nenhuma foi considerada ativa ou muito ativa. Conclusões: A maioria das crianças, de ambos
os sexos, foi considerada sedentária. O maior nível de atividade física verificado entre as crianças com sobrepeso e obesidade pode ter ocorrido
pelo fato de gastarem mais energia pela maior força necessária para a locomoção e prática de suas atividades. Os dados indicam que a prática da
atividade física diária tem sido insuficiente e deve ser estimulada entre as crianças, independentemente do estado nutricional.
TL24
ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR DE PACIENTES OBESOS MÓRBIDOS SUBMETIDOS A TRATAMENTO COM BANDA GÁSTRICA
AJUSTÁVEL
Cecconello I, Garrido Jr AB, Zilberstein B, Halpern A, Melo ME, Mancini MC, Pajecki D
Divisão Cirúrgica do Departamento de Gastroenterologia, Grupo de Obesidade, HC-FMUSP.
Introdução: A banda gástrica ajustável (BGA) é um dispositivo implantável por cirurgia videolaparoscópica, indicado para pacientes com obesidade grau II associada a comorbidezes ou para pacientes com obesidade grau III. O dispositivo de silicone permite ajustes com injeções de
soro fisiológico, promovendo restrição gástrica. Objetivo: O objetivo deste estudo é avaliar o resultado do tratamento cirúrgico de pacientes
obesos mórbidos pelo método da BGA, acompanhados em ambulatório multidisciplinar. Material e métodos: Foram estudados 20 pacientes
com IMC de 36,6 a 72 kg/m² (média +/-desvio-padrão: 47,5 +/- 6,1), com idade de 36 a 60 anos, submetidos à colocação de BGA entre
maio de 2005 e janeiro de 2006. As comorbidezes encontradas no pré-operatório foram hipertensão arterial (9/20), diabetes tipo 2 (4/20),
síndrome da apneia obstrutiva do sono grave (1/20), hipertrigliceridemia (4/20) e problemas ortopédicos graves (3/20). No seguimento
pós-operatório, os pacientes foram atendidos em ambulatório multidisciplinar (composto por equipe com cirurgião, endocrinologista, psiquiatra e nutricionista), com visitas mensais para ajustes da banda e orientação nutricional nos primeiros seis meses e a cada dois ou três meses,
S523
TEMAS LIVRES ORAIS
Seca®, respectivamente. Avaliou-se a composição corporal por meio da pletismografia (BOD POD®) e os componentes das gorduras visceral e
subcutânea com ultrassonografia. Além disso, parâmetros bioquímicos também foram obtidos (perfil lipídico, glicemia de jejum, HOMA-IR e
insulina). A análise estatística contemplou descrição dos dados (frequências, médias ± desvios-padrão) e aplicação dos testes qui-quadrado ou
exato de Fisher, One-Way Anova e Tukey-HSD. Resultados: Participaram do estudo 73 adolescentes, 67,1% meninas, com média de idade
de 16,89 ± 1,42 anos. Foi identificada similaridade estatística na média de RCEst entre os sexos (0,674 ± 0,075 entre os meninos vs. 0,669 ±
0,064 entre meninas; p = 0,786). Houve divisão da RCEst em tercis visando à comparação com as variáveis de interesse e observou-se média
no 1º tercil 0,59 ± 0,03; 2º tercil 0,66 ± 0,01 e 3º tercil 0,74 ± 0,04. Observaram-se no maior tercil de RCEst valores aumentados de peso
corporal (113,97 ± 18,64 vs. 103,53 ± 12,87 no 2º tercil vs. 92,42 ± 13,05 kg no 1º tercil; p < 0,001); índice de gravidade da obesidade
(138,07 ± 12,95 vs. 126,98 ± 10,84 vs. 112,60 ± 8,41%; p < 0,001); % de gordura corporal (46,73 ± 5,02 vs. 44,36 ± 5,46 vs. 40,71 ± 5,38; p =
0,003); gordura visceral (4,38 ± 1,85 vs. 3,83 ± 1,35 vs. 2,84 ± 1,05 cm; p = 0,003); gordura subcutânea (3,49 ± 0,79 vs. 3,2 ± 0,87 vs. 2,84 ±
0,78 cm; p = 0,039); HOMA-IR (5,36 ± 2,53 vs. 3,60 ± 1,28 vs. 3,26 ± 1,52; p = 0,006); e insulina (21,59 ± 11,62 vs. 16,01 ± 5,78 vs. 14,43
± 6,2 μlU/mL; p = 0,037). Em contraste, não houve diferença das médias de colesterol total (162,33 ± 24,07 vs. 162,84 ± 30,48 vs. 161,88
± 28,49 mg/dL), HDL (45,13 ± 10,36 vs. 45,48 ± 7,02 vs. 45,88 ± 8,42 mg/dL), LDL (94,58 ± 18,62 vs. 95,13 ± 29,04 vs. 96,46 ± 26,46
mg/dL), VLDL (22,82 ± 11,48 vs. 21,13 ± 8,97 vs. 20,61 ± 6,47 mg/dL), TG (113,65 ± 55,7 vs. 106,21 ± 43,39 vs. 102,07 ± 36,0 mg/dL)
e glicemia (88,82 ± 6,21 vs. 89,80 ± 8,44 vs. 90,54 ± 6,63 mg/dL) entre os tercis de RCEst (p > 0,05). Conclusões: A RCEst apresentou-se
como possível ferramenta de apoio à avaliação de riscos de desordens metabólicas e maior gordura corporal nos adolescentes obesos, tendo em
vista a associação desse índice com valores elevados de parâmetros antropométricos, de composição corporal e alguns marcadores bioquímicos.
A praticidade do índice o torna útil na avaliação dos pacientes e pode contribuir para ações de intervenção.
conforme a necessidade depois dos primeiros seis meses. Resultados: O tempo cirúrgico variou de 40 a 180 minutos. O tempo de internação
variou de 1 a 10 dias (média de 36 h). Duas pacientes necessitaram reintervenção cirúrgica por complicações tardias: uma devido à rotação
do portal e outra por deslizamento superior da banda. O tempo de seguimento variou de 28 a 36 meses. A perda de peso média foi de 29,3
+/- 8,8 kg, ou 24,4% + 6,1% do peso inicial e 49,2% +/- 11,3% do excesso de peso. O IMC médio inicial foi de 47,5 e diminuiu para 34,9
kg/m². Houve melhora global das comorbidezes, mais acentuada nos pacientes com maior perda de peso. Conclusão: Consideraram-se os
resultados obtidos satisfatórios para a maioria dos pacientes, nos quesitos perda de peso e melhora das comorbidezes e semelhantes aos relatados na literatura, pelos principais centros de referência.
TL25
EFFECT OF LONG-TERM WEIGHT LOSS IN GHRELIN-NEUROPEPTIDE Y SYSTEM OF OBESE ADOLESCENTS
Dâmaso A, Oyama LM, Tufik S, Mello MT, Ernandes R, Lederman H, Nascimento CO, Caranti DA, Prado WL, Foschini D, Sanches PL, Martinz AC,
Carnier J, Piano A, Tock L
TEMAS LIVRES ORAIS
Unifesp.
Introduction: Deregulation of the neuroendocrine system occurs as a consequence of obesity resulting impairment during weight loss therapy. Energy homeostasis depends on the balance existing between adipose tissue and some neuroendocrine system. Objective: To assess the
effect of long-term weight loss in ghrelin-neuropeptide Y system of obese adolescents. Methods: Twelve obese adolescents aged 15-19 y, with
BMI > P95, were submitted to long-term multidisciplinary intervention (nutrition, psychology, exercise and clinical support). Blood samples
were collected to analyze NPY and Ghrelin concentrations by ELISA.
Table 1. NPY and Ghrelin concentrations in obese adolescents according to weight loss quartiles at baseline, after 6 months and 1 year of multidisciplinary intervention
Weight loss
NPY (ng/mL)
Baseline
6 months
Ghrelin (ng/mL)
1 year
Baseline
6 months
1 year
5.24 (2.40-23.47)€£
1 (< 2.5 kg)
0.70 (0.27-8.53)
1.16 (0.52-10.36)
0.71(0.56-468)
4.8 (1.61-42.66)
4.86 (1.21-13.3)
2nd (≥ 2.5 kg < 8 kg)
1.71 (0.49-4.2)
6.68 (0.93-17.08) †
1.96 (0.05-9.33)£
8.53 (1.25-15.56)
4.50 (2.28-8.0)
4.78 (2.77-8.49)
3rd (≥ 8 kg < 14 kg)
2.26 (0.71-9.24)
1.87 (0.81-20.54)
0.65 (0.24-4.28)
8.49 (3.68-32.67)
7.33 (1.13-11.61)
7.49 (2.01-32.67)
4th (≥ 14 kg)
0.94 (0.3-5.69)
2.38 (0.28-13.09)
0.74 (0.39-1.17)
4.55 (1.34-13.3)
2.84 (1.73-9.92)
8.01 (2.69-20.07)
st
€ difference between basal and 1 year; £ difference between 6 months and 1 year; † difference between 1st and 2th quartiles at the same time.
Conclusion: Our results demonstrate that the 2nd quartile of weight loss specifically during the middle point of therapy was critical to control the neuroendocrine energy balance, however long-term therapy with a massive weight loss was effective to improve the neuroendocrine
ghrelin-neuropeptide Y system.
TL26
O POLIMORFISMO DO GENE DO RECEPTOR DA LEPTINA rs1137101 PREDIZ UM PERFIL LIPÍDICO ATEROGÊNICO EM CRIANÇAS
OBESAS MÓRBIDAS
Pinto EM, Villares SMF, Mancini MC, Reinhardt HL, Melo ME, Favoretto-Dias N, Halpern A
Liga Obesidade Infantil, Laboratório de Carboidratos e RIE LIM18, Grupo de Obesidade, HC-FMUSP.
Introdução: A leptina é um sinalizador importante de regulação do peso corporal, exercendo seus efeitos em muitos tecidos, incluindo o
hipotálamo, por meio da ligação ao seu receptor, um membro da família de receptores de citoquinas gp130. O gene do receptor de leptina
(LEPR) localiza-se na região 1p31.3, possuindo alguns polimorfismos já descritos, incluindo o rs1137101 (Gln no lugar de Arg no códon
223). Estudos que compararam homozigotos Arg 223 em relação a homozigotos Gln 223 mostraram nos primeiros pressão arterial (PA)
mais baixa em obesos, tolerância diminuída à glicose em mulheres obesas, assim como aumento de peso em uma população adulta brasileira.
Objetivos: Investigar a associação entre as variações rs1137101 no LEPR com o índice de massa corporal (IMC), PA, nível de leptina e de
lipídeos em uma coorte de crianças com obesidade mórbida. Material e métodos: Foram selecionadas dezessete crianças obesas (5M, 12F)
com 10,1 +/- 2,7 anos de idade (variação 2,5-15,1) com Z-escore de IMC > 2,5 (3,0 +/- 0,6; variação 2,7-5,5). Realizou-se um ensaio de
genotipagem SNP para LEPR rs1137101 e associações com Z-escore de IMC, nível de leptina e de lipídeos e PA foram analisadas. Os dados
foram submetidos a análises estatísticas utilizando os testes chi-square e ANOVA no sentido de estabelecer associações entre variáveis categoriais e contínuas, respectivamente. Resultados: Os níveis médios de triglicérides foram 100,1 +/- 42,6 mg/dl; de colesterol-HDL (HDL-c)
39,0 +/- 8,3 mg/dl; de leptina 95 +/- 85.8 ng/ml, e os percentis de PA sistólica e diastólica, respectivamente, 75 +/- 25,9 e 77 +/- 9,6. As
crianças portadoras de Arg223 em homozigose (n = 4) tiveram maior nível de triglicérides (p = 0,039) e maior relação triglicérides/colesterolHDL (Tg/HDL-c) (p = 0,004) em relação às crianças portadoras de Gln223 em homozigose (n = 4) ou heterozigose (n = 9), enquanto não
houve diferença significativa entre os grupos no que concerne ao Z-escore de IMC e ao nível sérico de leptina, colesterol total, colesterolLDL e PA (p > 0,05). Conclusão: Em uma coorte de crianças brasileiras com obesidade mórbida, o polimorfismo rs1137101 no LEPR está
associado a nível mais elevado de triglicérides e de relação Tg/HDL-c (que indica um perfil lipídico aterogênico quando > 3,75 em adultos).
Nossos resultados sugerem que variações da sequência de DNA no gene do receptor de leptina exercem um papel importante nas anormalidades lipídicas relacionadas à obesidade. Apoio Fapesp: 2008/00368-0.
S524
TL27
ASSOCIATION BETWEEN INTERLEUKIN-1 BETA POLYMORPHISM (+3953) AND OBESITY
Ribeiro EE, Bittencourt L, Manica-Cattani MF, Cruz IBM, Algarve TD, Silveira AF, Schwanke CHA, Gottlieb MGV, Piccoli JEC, Rocha MIUM,
Ribeiro EA
UFSM.
TL28
HÁBITOS DE VIDA, COMPORTAMENTO ALIMENTAR E PERFIL PSICOLÓGICO EM UM GRUPO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM
OBESIDADE
Margotto M, Menezes CA, Ramos CA, Souza FS
UESC.
Introdução: A obesidade infanto-juvenil é uma patologia crescente em todo o mundo. Nesse período acontece em três fases no primeiro ano de
vida, entre 5 e 6 anos e na puberdade. Motivo de preocupação médica, o principal objetivo do tratamento consiste em evitar complicações em nível
cardíaco-vascular, osteometabólico e implicações sociopsicológicas. Por meio de aplicação de questionário, estudou-se o hábito de vida desse grupo
populacional, com o intuito de conhecermos melhor a realidade da vida das crianças e dos adolescentes. Objetivo: Demonstrar a realidade dos hábitos de vida, o comportamento socioalimentar e o perfil psicológico em um grupo de indivíduos com obesidade que participam de um programa de
tratamento em Aracaju, SE. Materiais e métodos: 50 indivíduos, sendo 25 (50%) do SM e 25 (50%) do SF com média de idade cronológica (10,83
anos 1,8), idade óssea (11, 1,4 anos) e idade estatural (10,50 anos), IMC (25,5 kg/m2) e média de CA nos meninos de 91 cm e nas meninas de
85 cm, apresentando obesidade acima do percentil 95%, elo gráfico de Growth Charts CDC acompanhados no Serviço de Obesidade em Aracaju.
Durante consulta médica, os pacientes respondiam ao questionário após termo de assinatura do termo de livre e esclarecido dos pais. Resultados:
Questões relacionadas à vida diária: 90% residem em casa própria com infraestrutura e renda média salarial de 3,5 salários mínimos; 98% estudam em
escola pública e nenhum tem cantina saudável; 98% utilizam transportes públicos; 60% são sedentários. Questões relacionadas a hábitos sedentários:
horas TV: 75% (0-4 horas); 25% (mais de 4). Jogos eletrônicos: 75% (0-4 horas); 25% (mais de 4). Computador: 74% (0-4 horas); 26% (mais de 4).
Questões de comportamento alimentar: consumo de refrigerante (100%); condimentos (100%); frituras (100%); massas (76%); frutas (23%); verduras
e legumes (12%); leite e derivados (10%). Questões relacionadas a comportamento alimentar: hiperfágico (90% meninos); beliscador (90% meninas);
hiperfágico noturno (10% meninas); compulsão alimentar (76% meninas). Questões perfil psicológico: tristeza pela obesidade (75%); depressão e
ansiedade (45%); fragmentação da autoimagem corporal (45%); insatisfação da funcionalidade do organismo (35%); satisfação com relação à família
(100%) e à escola (70%); preconceitos: na escola (100%); rua (100%), compras (34%); grupos sociais (24%), família (10%). Conclusões: A obesidade
é um fenômeno crescente. Mesmo em classes menos privilegiadas, os indivíduos praticam pouca atividade física devido ao excesso de horas em computador, TV e jogos eletrônicos. Distúrbios de comportamento psicológicos são decorrentes das sobrecargas de preconceitos por eles sofridos.
TL29
EVOLUÇÃO METABÓLICA NUTRICIONAL DE PACIENTES SUBMETIDOS À GASTROPLASTIA VERTICAL COM BANDAGEM EM Y-DE-ROUX
Dichi JB, Vargas VM, Brito SJ, Costa LD
Ambulatório do HC-UEL.
Introdução: A cirurgia bariátrica em Y-de-Roux tem sido o tratamento mais recomendado para pacientes com obesidade grave, especialmente
em razão do efeito da redução das comorbidades no longo prazo. Objetivos: Avaliar a evolução metabólica e nutricional e a atividade inflamatória em pacientes obesos graves, submetidos à cirurgia bariátrica. Metodologia: Realizou-se um estudo longitudinal descritivo com 56
pacientes com obesidade grave do Ambulatório do Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Londrina submetidos a gastroplastia vertical com bandagem em Y-de-Roux. Os pacientes foram avaliados mediante parâmetros clínicos e nutricionais no momento pré-cirúrgico, aos
6 e 12 meses após a cirurgia. Resultados: Os 56 pacientes tinham idade média de 40 ± 9,9 anos, sendo 50 do gênero feminino e 6 do gênero
masculino. Verificou-se diminuição significativa na perda de peso após 1 ano de cirurgia de 138 ± 28,8 kg para 90 ± 19,5 kg (p < 0,05); nos
níveis de glicose de 116 ± 47,3 mg/dL para 84 ± 9,8 mg/ dL (p < 0,05); nos níveis de triacilglicerol de 137 ± 61,4 mg/dL para 84 ± 38,6
mg/dL (p < 0,05), e também nos níveis de colesterol total de 189 ± 41,6 mg/dL para 166 ± 36,4 mg/ dL (p < 0,0001) e LDL-colesterol de
119 ± 36,1 mg/dL para 104 ± 30,7 mg/ dL (p < 0,05). Houve diminuição significativa na hemoglobina de 13 ± 1,3 g/ dL para 12 ± 1,4 g/
dL (p < 0,05), redução de 30 nos níveis de ferritina e manutenção do nível de ferro em 1 ano. Os níveis de proteína C-reativa foram reduzidos
de 11, 33 ± 10,82 mg/dL para 3,62 ± 4,49 mg/dL (p < 0,05). Houve aumento do nível de albumina de 3,63 ± 0,33 g/dL para 3,75 ± 0,30
g/dL (p < 0,05), e dos níveis de transferrina de 261 ± 85,2 µg/dL para 285 ± 85,1 µg/ dL (p = 0,05). Conclusão: Perda de peso após cirurgia bariátrica em Y-de-Roux contribuiu para diminuição dos fatores de riscos cardiovasculares associados ou não à síndrome metabólica, bem
como diminuição da atividade inflamatória. Somente foi verificado efeito prejudicial na redução do nível de hemoglobina, mas sem anemia por
deficiência de ferro. A avaliação clínico-nutricional pós-cirurgia é necessária para proporcionar hábitos alimentares saudáveis e prevenir tanto
a deficiência de micronutrientes quanto a recuperação de peso.
S525
TEMAS LIVRES ORAIS
Introduction: It now appears that obesity is associated with a low-grade inflammation of white adipose tissue resulting from chronic activation of
the innate immune system such as interleukin 1 beta (IL-1). Previous investigations described a positive +3953 (Cβ association between IL-1 > T)
gene polymorphism and obesity. However, it is necessary to analyze if these results occur in other populations and are influenced by sex and age.
Objective: To analyze the possible association +3953 (Cβ between IL-1 > T) gene polymorphism and obesity. Methodology: We performed here
a case-control study using 880 caucasian subjects from Brazilian Aging Research Program (non-obese = 283, overweight = 334, obese = 263). We
analyzed +3953C/T polymorphism. Results: We observed higher T allele (CT and TT) βIL-1 frequency in non-obese than overweight and obese
groups. The odds ratio showed 1.340 (95% CI: 1.119-1.605) times more chance of the obese group being CC carriers compared to non-obese
group independent of sex and age. Conclusion: This study corroborates the idea that IL-1 system is linked to the development of obesity.
TL30
MUDANÇAS NO PERFIL LIPÍDICO DE MULHERES ADULTAS PARTICIPANTES DE UM PROGRAMA DE INTERVENÇÃO NUTRICIONAL E
EXERCÍCIO FÍSICO
Silva MCM, Costa PRF, Santos NS, Oliveira LM, Pinto EJ, Santana MLP, Assis AMO
TEMAS LIVRES ORAIS
UFBA.
Introdução: A dislipidemia tem sido indicada como um dos mais importantes fatores de risco para a doença cardiovascular (DCV), uma das
DCNT de maior prevalência em todo o mundo. A alimentação inadequada associada ao sedentarismo tem sido responsabilizada pela alta ocorrência das dislipidemias. Objetivo: Avaliar a influência de um programa de intervenção baseado na Estratégia Global da Organização Mundial
da Saúde sobre a mudança no perfil lipídico das participantes. Metodologia: Trata-se de um estudo de intervenção quasi-experimental do
tipo antes e depois, baseada na intervenção nutricional e atividade física, com duração de 12 meses, envolvendo 69 mulheres de 20 a 59 anos,
submetidas a exames bioquímicos e avaliação nutricional no início, aos 6 e aos 12 meses do seguimento. A Equação de Estimação Generalizada
(GEE) foi a técnica estatística usada para avaliar as associações planejadas. Resultados: A prevalência da hipercolesterolemia foi de 71% entre
as participantes; níveis séricos indesejáveis de LDL-colesterol, HDL-colesterol e triglicérides foram observados, respectivamente em 31,9%,
36,2% e 31,9% delas. Pela análise de GEE, a cada unidade de aumento no escore médio de consumo diário dos alimentos do grupo das gorduras e frituras, houve aumento de 56,33 mg/dl (p < 0,01) e de 24,70 mg/dl (p < 0,01) nos níveis séricos de colesterol total e LDL-colesterol,
respectivamente. Observou-se ainda que o menor nível de atividade física elevou em 15,68 mg/dl (p = 0,0145) a média de triglicérides séricos,
quando comparado com os níveis mais altos. O HDL-colesterol não se associou à intervenção. Conclusão: A intervenção mostrou-se associada à redução da gravidade da dislipidemia nas participantes.
TL31
REDUÇÃO DE PESO CORPORAL EM RESPOSTA A UM PROGRAMA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS E EDUCAÇÃO NUTRICIONAL EM
MULHERES OBESAS: RELAÇÕES COM MUDANÇAS NO GASTO ENERGÉTICO E LEPTINA
Cohen D, Ribeiro SML, Toledo JOT, Urasaki R, Marchini JS, Melo CM
USP.
Introdução: A prática de exercícios físicos e o controle da alimentação são estratégias bastante recomendadas para o manejo da obesidade.
Entretanto, com relação a essas práticas, existem aspectos bastante controversos na literatura, como as respostas relativas ao gasto energético
corporal. Objetivos: Identificar variações na redução de peso corporal após um programa de treinamento físico e educação nutricional em
mulheres obesas, relacionando essas variações ao gasto energético corporal (GE) e avaliar as relações entre mudanças do GE e concentrações
plasmáticas de leptina. Casuística e métodos: 24 mulheres sedentárias, entre 30 e 50 anos de idade, participaram de um programa de quatro
meses de treinamento físico (três dias semanais, com uma hora de duração, envolvendo 30 minutos de exercício aeróbio e 30 minutos de exercício resistido) e educação nutricional (encontros semanais voltados para a aquisição de conhecimentos e mudanças de atitudes relacionados à
alimentação). Análises realizadas antes e após a conclusão do programa: três diários alimentares, massa corporal (MC), índice de massa corporal
(IMC); composição corporal (por DEXA), circunferências do abdômen, do quadril e a relação entre essas duas medidas (CA, CQ e RCQ); gasto energético de repouso (GER); VO2 (consumo de oxigênio) e QR (quociente respiratório) a partir de um teste de potência aeróbia; leptina
plasmática. Principais resultados: As alterações na MC variaram de -6,0 a +4,0 kg -7,0 a +4,0 Kg/m2. Por isso, foi considerado conveniente
analisar, além do grupo como um todo, também as mulheres, distribuindo-as em dois grupos: R (responsivas, as mulheres que reduziram os
valores de MC) e NR (não responsivas, as mulheres que mantiveram ou mesmo elevaram os valores de MC). O grupo R reduziu significativamente as variáveis antropométricas relacionadas à massa corporal e à gordura corporal. O grupo NR elevou significativamente o peso corporal
e a gordura corporal total, mas reduziu a CA e a RCQ. Somente o grupo NR reduziu significativamente o GER. Na realização do teste de
potência aeróbia, comparando a variação entre antes e após o programa, NR reduziu os valores de VO2 de uma maneira mais expressiva que
o grupo R, especialmente nas menores cargas de trabalho. Surpreendentemente, foi observada uma alteração na ingestão de macronutrientes
pelo NR, resultando em maior consumo de lipídeos. As análises de regressão linear sugeriram um papel da leptina em explicar as variações no
consumo de oxigênio e o gasto energético. Conclusões: Os sujeitos do presente estudo demonstraram uma grande variabilidade individual nas
mudanças de peso corporal em resposta ao programa. Foi possível observar algumas respostas compensatórias em relação ao gasto energético,
tanto no repouso como em resposta à atividade física de baixa intensidade. Observou-se uma relação entre leptina e essas modificações.
S526
13 a 15 de agosto de 2009
Pestana Bahia Hotel
ÍNDICE DE TEMAS LIVRES Pôsteres
S527
ÍNDICE DE TEMAS LIVRES Pôsteres
P01.
ASSOCIATION BETWEEN ALA16VAL SUPEROXIDE DISMUTASE GENE POLYMORPHISM AND
HYPERCHOLESTEROLEMIA.........................................................................................................................................S550
Rocha MIUM, Loro V, Duarte T, Moresco RN, Gottlieb MGV, Duarte MF, Cruz IBM,
Manica-Cattani MF, Schetinger MR
P02.
HIPERALIMENTAÇÃO NA LACTAÇÃO INDUZ AUMENTO NA MASSA DE TECIDO ADIPOSO VISCERAL EM
CAMUNDONGOS ADULTOS......................................................................................................................................S550
Miranda GL, Soares VM, Souza EPG, Moura AS
P03.
O PAPEL DA PTP1B NEURONAL NO PROCESSO INFLAMATÓRIO SUBCLÍNICO INDUZIDO PELO TNF-a.................S550
Abreu LLF, Velloso LA, Saad MJA, Carvalheira JB, Picardi PK, Caricilli AM
P04.
HIPERTROFIA CARDÍACA COMO CONSEQUÊNCIA DA HIPERNUTRIÇÃO NA LACTAÇÃO..................................S551
Moura AS, Moreira ASB, Vieira AKG, Miranda GL, Souza EPG
P05.
MODULAÇÃO DA PROTEÍNA TRANSPORTADORA DE GLICOSE GLUT4 PELO RECEPTOR CANABIONOIDE
CB1 EM ADIPÓCITOS 3T3-L1.....................................................................................................................................S551
Furuya DT, Machado UF, Freitas HS, Oliveira MAN, Poletto AC
P06.
TRATAMENTO COM O ÁCIDO GRAXO MONOINSATURADO OLEICO REDUZ A EXPRESSÃO DA PROTEÍNA
TRANSPORTADORA DE GLICOSE GLUT4 EM CÉLULAS MUSCULARES.....................................................................S551
Furuya DT, Machado UF, Marques MFSF, Anhê GF, Poletto AC
P07.
DIETA ISENTA DE GLÚTEN REDUZ O GANHO DE ADIPOSIDADE VISCERAL EM CAMUNDONGOS C57BL/6..........S552
Matoso RO, Leite JIA, Ferreira AVM, Pereira SS, Teixeira LG, Pires FL
P08.
ALTERAÇÕES NA FORÇA MUSCULAR E CAPACIDADE FUNCIONAL EM OBESOS MÓRBIDOS
QUE ADERIRAM A UM PROGRAMA DE ATIVIDADE FÍSICA.....................................................................................S552
Soares RC, Souza Júnior SP, Santos KS, Toscano JJO, Tenório LVJ, Geraldes AAR
P09.
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA DO PACIENTE OBESO CANDIDATO À CIRURGIA BARIÁTRICA:
COMPREENSÃO E INTERVENÇÃO............................................................................................................................S552
Landeiro FM
P10.
PERFIL CLÍNICO-LABORATORIAL DE PACIENTES COM DOENÇA HEPÁTICA GORDUROSA NÃO ALCOÓLICA
(DHGNA) SUBMETIDOS À CIRURGIA BARIÁTRICA PARA TRATAMENTO DE OBESIDADE MÓRBIDA......................S553
Leite VHR, Ferrari TCA, Couto CA, Lima MLRP
P11.
DISPOSIÇÃO PARA PAGAR COMO MEDIDA DE PREFERÊNCIA PARA CIRURGIA BARIÁTRICA EM OBESOS GRAVES
DE UM SERVIÇO PÚBLICO DE SAÚDE.......................................................................................................................S553
Ferraz MB, Ferreira SRG, Zanella MT, Khawali C
P12.
NEUROPATIA DO NERVO FIBULAR COMO COMPLICAÇÃO DE CIRURGIA BARIÁTRICA – RELATO DE CASO......S554
Andrade TS, Szego T, Libanori HT, Peres M, Rosenbaum P
P13.
PREVALÊNCIA DE ALTERAÇÕES PSICOLÓGICAS EM PACIENTES CANDIDATOS À CIRURGIA BARIÁTRICA.........S554
Medeiros T, Lana JM, Pavin AE, Miyake C, Escobar EC, Favorito Neto G, Silva SR, Silva SR,
Paulista RC, Trabachin ML, Hafiz LA
P14.
AVALIAÇÃO DO RISCO CORONARIANO APÓS CIRURGIA BARIÁTRICA, CALCULADO PELO ESCORE DE
FRAMINGHAM...........................................................................................................................................................S554
Lage AZ, Araujo DB, Pavin AE, Medeiros T, Silva SR, Paulista RC, Trabachin ML, Oliveira MSB,
Hafiz LA, Favorito Neto G, Miyake C
P15.
USO DE BALÃO INTRAGÁSTRICO PARA REDUÇÃO DE PESO E MELHORA CLÍNICA EM PACIENTE COM
HIPERTENSÃO PULMONAR GRAVE – RELATO DE CASO...........................................................................................S555
Halpern A, Cercato C, Mancini MC, Terra-Filho M, Melo ME, Reinhardt HL, Angelucci AP
S528
IMPACTO DA CIRURGIA BARIÁTRICA NO TRATAMENTO DA OBESIDADE NO MUNICÍPIO DE MURIAÉ, MG........S556
Monteiro RCB, Almeida FHS, Rezende FAC
P17.
HIPERPARATIREOIDISMO GRAVE APÓS CIRURGIA BARIÁTRICA – RELATO DE CASO............................................S557
Melo ME, Halpern H, Reinhardt H, Bedone RV, Mancini MC
P18.
ALTERAÇÕES DA TESSITURA VOCAL DE CANTORES TENORES LÍRICOS SUBMETIDOS À DERIVAÇÃO
GÁSTRICA – RELATO DE DOIS CASOS......................................................................................................................S558
Figueiredo AB, Mancini MC, Halpern A, Melo ME, Cercato C, Moraes CM, Palmanhani M
P19.
PREVALÊNCIA ELEVADA DE PAGOFAGIA APÓS DERIVAÇÃO GÁSTRICA..............................................................S558
Mancini MC, Halpern A, Melo ME, Cercato C, Duarte J, Pajecki D, Kogler VL
P20.
PERDA DE PESO COM BALÃO INTRAGÁSTRICO COMO TRATAMENTO COMPLEMENTAR DA SÍNDROME
DE SHRINKING LUNG, UMA MANIFESTAÇÃO PULMONAR DE LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO..........................S558
Dias Junior SA, Mancini MC, Halpern A, Oliveira EL, Heinhardt HL, Cercato C, Melo ME,
Palmanhani MR
P21.
COMPLICAÇÕES PÓS-CIRURGIA BARIÁTRICA EM UMA PACIENTE COM DOENÇA DE CUSHING –
RELATO DE CASO......................................................................................................................................................S559
Mancini MC, Fragoso MCBV, Alves BB, Mendonça BB, Domenice S, Lerario AM, Melo ME,
Vieira DSA
P22.
PERDA DE PESO APÓS CIRURGIA BARIÁTRICA EM PACIENTES COM E SEM TRANSTORNOS ALIMENTARES
NO PRÉ-OPERATÓRIO...............................................................................................................................................S559
Miyake C, Lage AZ, Favorito Neto G, Hafiz LA, Carvalho LF, Trabachin ML, Aldin MN, Paulista
RC, Silva SR, Silva SR, Medeiros T, Pavin AE
P23.
PERFIL DE PACIENTES OBESOS CANDIDATOS À CIRURGIA BARIÁTRICA DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
DE RECIFE, PE.............................................................................................................................................................S560
Lima LC, Queiroz WQ, Freitas FF, Miranda SR, Sousa BS, Assis PP, Silva SA
P24.
TRANSTORNOS DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR EM MULHERES OBESAS CANDIDATAS A BYPASS
GÁSTRICO EM Y DE ROUX........................................................................................................................................S560
Calixto-Lima L, Queiroz WQ, Freitas FF, Miranda SR, Sousa BS, Silva SA, Assis PP
P25.
PERFIL ANTROPOMÉTRICO E CLÍNICO DOS PACIENTES QUE REALIZARAM A CIRURGIA BARIÁTRICA NO HOSPITAL
SANTA HELENA, EM SÃO BERNARDO DO CAMPO..................................................................................................S560
Azevedo FR, Fujo F, Carra MK, Cruz PA, Gouveia MAP, Chamma JM, Moraes FK, Lima MMMP
P26.
IMPACTO DA PERDA DE PESO PÓS-CIRURGIA BARIÁTRICA SOBRE O ARCO PLANTAR........................................S561
Souza SAF, Pedroni Junior M, Fonseca ICB, Valezi AC, Fabris SM
P27.
EFEITO DO EXCESSO DE PESO NA POSTURA DE INDIVÍDUOS OBESOS GRAVES....................................................S561
Souza SAF, Fonseca ICB, Valezi AC, Fabris SM
P28.
FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA: UMA MEDIDA EM OBESOS SEVEROS.............................................................S561
Fabris SM, Moraes MPI, Moraes M, Alves CHR, Galvan CCR, Valezi AC, Souza SAF
P29.
COMPULSÃO ALIMENTAR E PERCENTUAL DE PERDA DE EXCESSO DE PESO EM PORTADORES DE OBESIDADE
GRAVE SUBMETIDOS À CIRURGIA BARIÁTRICA NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA................................S562
Carvalho KMB, Thoma I, Paula AS, Silva MMLC, Chang TCW, Gonzaga MFM, Motta LACR,
Porto LGG, Porto ALA, Naves LA, Oliveira MLS
P30.
ESTUDO DO PADRÃO ALIMENTAR TARDIO EM PACIENTES SUBMETIDOS À DERIVAÇÃO GÁSTRICA COM
BANDAGEM EM Y-DE-ROUX.....................................................................................................................................S562
Valezi AC, Costa LD, Brito SJ
S529
ÍNDICE DE TEMAS LIVRES Pôsteres
P16.
ÍNDICE DE TEMAS LIVRES Pôsteres
P31.
BENEFÍCIOS DA PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA NA VIDA DE DUAS MULHERES QUE SE SUBMETERAM
À CIRURGIA BARIÁTRICA –­ ESTUDO DE CASO........................................................................................................S563
Soares A, Gomes MA, Duarte MFS
P32.
APLICAÇÃO DO ÍNDICE DE ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL ADAPTADO À POPULAÇÃO BRASILEIRA EM
OBESOS MÓRBIDOS EM PREPARO PARA CIRURGIA DE OBESIDADE......................................................................S563
Arruda SLM, Carvalho KMB, Melendez-Araújo MS
P33.
A REDUÇÃO DA CAVIDADE GÁSTRICA POR CIRURGIA BARIÁTRICA (CAPELLA) NÃO AFETA A
ABSORÇÃO DE L-TIROXINA......................................................................................................................................S564
Galrão AL, Medeiros-Neto G, Zanini AC, Santo MA, Rubio I
P34.
OBESIDADE E INCONTINÊNCIA URINÁRIA...............................................................................................................S564
Fabris SM, Moraes MPI, Moraes M, Alves CHR, Valezi AC, Souza SAF, Faker, GC
P35.
PERDA DE PESO E PERFIL METABÓLICO DE PACIENTES HIPOTIROIDEOS APÓS DOIS ANOS DE CIRURGIA
DE OBESIDADE...........................................................................................................................................................S564
Oliveira ML, Carneiro CP, Huang W, Melendez-Araújo MS, Arruda SLM
P36.
EFEITO DE UM PROGRAMA DE EXERCÍCIO FÍSICO SOBRE A CAPACIDADE AERÓBICA E FUNCIONAL DE
INDIVÍDUOS COM OBESIDADE SEVERA...................................................................................................................S565
Souza SAF, Moraes M, Moraes MPI, Alves CHR, Galvan CCR, Fabris SM
P37.
CARACTERÍSTICAS SOCIODEMOGRÁFICAS, PERFIL CORPORAL E PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA DE OBESOS
MÓRBIDOS CATARINENSES SUBMETIDOS À CIRURGIA BARIÁTRICA......................................................................S565
Duarte MFS, Gomes MA, Soares A
P38.
PERDA DE PESO APÓS BYPASS GÁSTRICO EM Y-DE-ROUX COM ANEL DE SILICONE:
SEGUIMENTO DE OITO ANOS...................................................................................................................................S565
Souza SAF, Valezi AC, Mali Junior J
P39.
INTERDISCIPLINARIDADE OU MULTIDISCIPLINARIDADE: QUAL A MELHOR ABORDAGEM NO TRABALHO DE
CIRURGIA BARIÁTRICA?...........................................................................................................................................S566
Nascimento VCM
P40.
“MAS EU ME MORDO DE CIÚME!” – ESTUDO REALIZADO COM OS CÔNJUGES DE PACIENTES SUBMETIDOS
À CIRURGIA BARIÁTRICA..........................................................................................................................................S566
Costa LD, Vargas VM
P41.
ACOMPANHAMENTO PSICOLÓGICO NA CIRURGIA BARIÁTRICA: RETROSPECTIVA DE DEZ ANOS....................S567
Vargas VM, Costa LD
P42.
CIRURGIA DE FOBI-CAPELLA: EFEITOS SOBRE A PERDA PONDERAL E COMORBIDADES......................................S567
Ferreira HS, Barbosa EMWG
P43.
RISCO CARDIOVASCULAR EM OBESOS MÓRBIDOS SUBMETIDOS À CIRURGIA BARIÁTRICA..............................S567
Barbosa EMWG, Ferreira HS, Silva MAM
P44.
ATUAÇÃO TRANSDISCIPLINAR NA OBESIDADE: NUTRIÇÃO, PSICOLOGIA E HOMEOPATIA................................S568
Cunha J, Freitas G
P45.
ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL SUBJETIVA GLOBAL E TRIAGEM NUTRICIONAL
EM PACIENTES CARDÍACOS.....................................................................................................................................S568
Plata RG, Soares AMN, Borba LG
P46.
DIFERENTES GRAUS DE OBESIDADE E SUAS COMPLICAÇÕES EM ADOLESCENTES...............................................S568
Lavrador MSF, Taddei JAAC, Colugnati FAB, Escrivão MAMS, Abbes PT
S530
CARACTERIZAÇÃO DE UMA AMOSTRA DE PACIENTES ATENDIDOS NO SERVIÇO DE REFERÊNCIA
ESTADUAL DE OBESIDADE DE MATO GROSSO.........................................................................................................S569
Stocco EJP, Faria APS, Abech DMD, Ávila ALC, Pizarro CB, Moura AD, Rodrigues LD, Graças
SG, Santiago W, Palma MTM, Bortoli DM, Pinheiro MM, Melo LM, Souza JS, Monteiro EGG
P48.
CARACTERIZAÇÃO DE PACIENTES OBESOS ATENDIDOS EM UM AMBULATÓRIO NA CIDADE DO NATAL, RN....S569
Teles IP, Leite C, Oliveira VLT, Maciel BLL, Melo E, Soares APP, Santos CL, Menezes M,
Nascimento LC, Bezerra JD
P49.
ESTUDO DA UTILIZAÇÃO DE ESTATINAS EM PACIENTES DISLIPIDÊMICOS...............................................................S570
Falcão RA, Queiroz MSR, Medeiros ACD, Falcão FA, Simões MOS, Silva PCD
P50.
GASTROESOPHAGEAL REFLUX DISEASE IS INVERSELY RELATED WITH GLYCEMIC CONTROL IN MORBIDLY
OBESE PATIENTS.........................................................................................................................................................S570
Maraes Jr I, Madalosso CAS, Gurski RR, Ruas LO, Navarini D, Fornari F
P51.
INFLUÊNCIA DE UMA DIETA DISSOCIADA EM PROTEÍNA SOBRE O PERFIL ANTROPOMÉTRICO,
BIOQUÍMICO E METABOLISMO ENERGÉTICO..........................................................................................................S570
Vidigal FC, Bressan J, Paixão MP, Morais VB, Nogueira SL, Barbosa L, Espeschit ACR,
Abranches MV, Oliveira FCE
P52.
DIFERENÇAS NO SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO E NA ELETROMIOGRAFIA DE SUPERFÍCIE DOS
MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO DE OBESOS E NORMAIS PARA PESO.....................................................................S571
Mancini MC, Figueiredo AB, Halpern A, Cercato C
P53.
LIPOMATOSE SIMÉTRICA MÚLTIPLA – RELATO DE CASO..........................................................................................S571
Lima ML, Chaves R, Salles O, Martins M, Gusmão I, Alves AM, Viana AM, Andrade J, Alencar
E, Schelu MF, Siebra MX
P54.
PROPOSTA DE UM PROTOCOLO DE CONSULTA DE ENFERMAGEM DIRECIONADA À OBESIDADE
INFANTO-JUVENIL.....................................................................................................................................................S572
Bezerra RM, Amorim KN
P55.
INTERVENÇÃO MULTIPROFISSIONAL NO CONTROLE DO DIABETES MELITO TIPO 2 DE INDIVÍDUOS COM
SOBREPESO................................................................................................................................................................S572
Magalhães P, Menegasso LR, Leal ÂMO, Speretta GFF, Sene-Fiorese M, Duarte FO, Duarte
ACGO, Lino ADS, Mansanari SB
P56.
CONTROLE GLICÊMICO COM INTERVENÇÃO MULTIPROFISSIONAL EM PORTADOR DE DIABETES MELITO
TIPO 2 – ESTUDO DE CASO.......................................................................................................................................S573
Lino ADS, Mansanari SB, Magalhães P, Menegasso LR, Leal AMO, Speretta GFF, Sene-Fiorese
M, Duarte FO, Duarte ACGO
P57.
NÍVEL SÉRICO DE ÁCIDO ÚRICO COMO FATOR DE RISCO CARDIOMETABÓLICO EM CRIANÇAS E
ADOLESCENTES OBESOS...........................................................................................................................................S573
Melo ME, Mancini MC, Halpern A, Arthur T, Reinhardt HL, Fujiwara CTH
P58.
SEVERITY OF OBSTRUCTIVE SLEEP APNEA IS RELATED WITH METABOLIC SYNDROME............................................S574
Maués MR, Zanella MT, Tufik S, Ribeiro Filho FF, Togeiro S, Barbieri D, Carneiro G
P59.
OBSTRUCTIVE SLEEP APNEA IS A DETERMINANT CONDITION OF INSULIN RESISTANCE........................................S574
Carneiro G, Zanella MT, Tufik S, Ribeiro Filho FF, Togeiro S, Barbieri D, Maués MR
P60.
A CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL PREDIZ UM PERFIL METABÓLICO DESFAVORÁVEL EM MULHERES OBESAS
NA PRÉ-MENOPAUSA?..............................................................................................................................................S574
Mancini MC, Cercato C, Halpern A, Villares SMF, Melo ME
P61.
HÁ BENEFÍCIOS DE INTERVENÇÃO MULTIPROFISSIONAL SOBRE PERFIL DE RISCO CARDIOMETABÓLICO
EM INDIVÍDUOS PRÉ-DIABÉTICOS?..........................................................................................................................S575
Pires MM, Folchetti LD, Ferreira SRG, Cezaretto A, Siqueira-Catania A, Barros CR
S531
ÍNDICE DE TEMAS LIVRES Pôsteres
P47.
ÍNDICE DE TEMAS LIVRES Pôsteres
P62.
COMPARAÇÃO DO EQUILÍBRIO CORPORAL DE MULHERES OBESAS E NÃO OBESAS A PARTIR DA
MEIA-IDADE...............................................................................................................................................................S575
Benze BG, Duarte ACGO, Francisco CO, Okada VT, Ricci NA, Rebelatto JR
P63.
ÍNDICE DE GRAVIDADE DA OBESIDADE E SUA RELAÇÃO COM A COMPOSIÇÃO CORPORAL E PARÂMETROS
METABÓLICOS DE ADOLESCENTES...........................................................................................................................S576
Lederman H, Mello MT, Dâmaso AR, Fisberg M, Passos MAZ, Santos LC, Cintra IP
P64.
OBESIDADE ENTRE ADOLESCENTES: ALTERAÇÕES NA COMPOSIÇÃO CORPORAL E PERFIL METABÓLICO........S576
Cintra IP, Santos LC, Mello MT, Lederman H, Vitalle MS, Fisberg M, Dâmaso AR, Passos MAZ
P65.
Programa intensivo de mudanças no estilo de vida interfere na qualidade de vida de
indivíduos de risco para diabetes melito tipo 2?.........................................................................................S577
Catania AS, Ferreira SRG, Salvador EP, Barros CR, Portela CLM, Cezaretto A
P66.
ARE CIRCULATING INFLAMMATORY MARKERS RELATED TO INSULIN RESISTANCE AND GLUCOSE
INTOLERANCE IN THE METABOLIC SYNDROME?......................................................................................................S577
Barros CR, Ferreira SRG, Martini LA, Schuch NJ, Cezaretto A, Catania AS
P67.
DETERIORATION OF GLUCOSE TOLERANCE AND INSULIN SENSITIVITY IS ACCOMPANIED BY GRADUAL
ELEVATION OF HEPATIC AMINOTRANSFERASES.......................................................................................................S578
Catania AS, Martini LA, Garcia VC, Barros CR, Cezaretto A, Ferreira SRG, Carvalho T
P68.
AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA ESTRATIFICADA POR ÍNDICE DE MASSA CORPORAL.........S579
Costa TR, Cavalcanti Neto FF, Faria OP, Cardoso FPF, Carvalho HAD, Queiroz JCF, Gontijo PL, Lima TP
P69.
AVALIAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR DE ACORDO COM A TABELA DE FRAMINGHAM EM PACIENTES
PORTADORES DE DIABETES MELITO DO TIPO 2........................................................................................................S579
Varela MG, Rezende KF, Melo NH, Santos AM, Seabra JD, Lopes TM, Nunes DP
P70.
DESEMPENHO NO TESTE DE CAMINHADA DE SEIS MINUTOS ENTRE OBESOS E EUTRÓFICOS...............................S580
Carvalho HA, Lima TP, Costa TR, Gontijo PL, Cavalcanti Neto FFC, Cardoso FPF, Reis EP
P71.
CORRELAÇÃO DO IMC COM O TESTE DE CAMINHADA DE SEIS MINUTOS...........................................................S580
Reis EP, Cavalcanti Neto FF, Cardoso FPF, Carvalho HA, Lima TP, Costa TR, Gontijo PL
P72.
AVALIAÇÃO DA PROTEÍNA C REATIVA (PCR), HOMOCISTEÍNA, LÍPIDES, ENZIMAS HEPÁTICAS E HOMA-IR
EM UM GRUPO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM FENÓTIPO DE OBESIDADE..............................................S580
Margotto M, Ramos CA, Souza FS, Menezes CA, Barreto MT
P73.
OBESIDADE COMO DETERMINANTE DA PRESENÇA DE ATEROSCLEROSE SUBCLÍNICA, INDEPENDENTE
DA PRESENÇA DE FATORES DE RISCO TRADICIONAIS............................................................................................S580
Vasques ACJ, Schiavo D, Souza JRM, Geloneze B, Tambascia MA, Geloneze S, Trindade V
P74.
SITUAÇÕES FAMILIARES NA OBESIDADE INFANTIL DO FILHO ÚNICO....................................................................S581
Rabinovich EP, Santos LRC
P75.
CORRELAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA DE OBESOS COM A RELAÇÃO CINTURA/QUADRIL.......S581
Costa TR, Cavalcanti Neto FF, Faria OP, Queiroz JCF, Carvalho HA, Cardoso FPF, Gontijo PL, Lima TP
P76.
VENTILAÇÃO VOLUNTÁRIA MÁXIMA DE OBESOS E EUTRÓFICOS.........................................................................S582
Gontijo PL, Cavalcanti Neto FF, Reis OA, Reis EP, Carvalho HA, Cardoso FPF, Costa TR, Lima TP
P77.
CORRELAÇÃO DA MASSA MAGRA COM O TESTE DE CAMINHADA DE SEIS MINUTOS EM OBESOS
E EUTRÓFICOS...........................................................................................................................................................S582
Costa TR, Cavalcanti Neto FF, Faria OP, Cardoso FPF, Reis EP, Lima TP, Carvalho HA, Gontijo PL
S532
PREVALÊNCIA DE OBESIDADE E COMORBIDADES EM MULHERES COM GRAVIDEZ DE ALTO RISCO...................S582
Feitosa ACR, Marques SR, Viana AM, Schleu M, Queiroz AM
P79.
PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA EM IDOSOS RESIDENTES EM PORTO ALEGRE – RS E
SUA ASSOCIAÇÃO COM CAPACIDADE FUNCIONAL............................................................................................S583
Closs VE, Silva Filho IG, Rocha LMBCRM, Bastos CC, Senger AE, Viegas K, Pereira AMVB,
Schwanke CHA
P80.
ASSOCIAÇÃO ENTRE OBESIDADE E NEOPLASIA.....................................................................................................S583
Pinho A, Campello MC, Mathias C, Araujo L, Vieira LA, Daltro C
P81.
OBESIDADE E FATORES DE RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM IDOSOS NÃO
INSTITUCIONALIZADOS.............................................................................................................................................S584
Soar C, Marucci MFN
P82.
EXAME MÉDICO PERIÓDICO E RISCO CARDIOVASCULAR EM TRABALHADORES DE UMA GRANDE
EMPRESA DO RIO DE JANEIRO.................................................................................................................................S584
Gomez CM, Bruno ACR
P83.
PADRÕES ALIMENTARES DE ADOLESCENTES OBESOS E SUAS DIFERENTES REPERCUSSÕES METABÓLICAS..........S585
Palma D, Dishchekenian VRM, Escrivão MAMS, Taddei JAAC, Araújo EAC, Ancona-Lopez F
P84.
ANÁLISE DOS INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS DE RISCO CORONARIANO COMO DISCRIMINADORES
DE GORDURA VISCERAL ABDOMINAL EM MULHERES.............................................................................................S585
Santo JSNT, Santos CPC
P85.
ATIVIDADE FÍSICA E SUA ASSOCIAÇÃO COM A PRESENÇA DE EXCESSO DE PESO EM ACADÊMICOS DO CURSO
DE EDUCAÇÃO FÍSICA.............................................................................................................................................S586
Pontes LM, Barboza CF
P86.
ALTERAÇÕES NO SOMATÓRIO DE DOBRAS CUTÂNEAS E NO PERÍMETRO DA CINTURA EM UM PROGRAMA
DE PROMOÇÃO DA ATIVIDADE FÍSICA...................................................................................................................S586
Oliveira ACC, Toscano JJO
P87.
FATORES ASSOCIADOS AO EXCESSO DE PESO EM UM GRUPO DE ESCOLARES DO ENSINO FUNDAMENTAL
DE FEIRA DE SANTANA, BAHIA.................................................................................................................................S586
Jesus GM, Campos JA
P88.
INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE GORDURA CORPORAL EM CRIANÇAS.................S587
Brito LF, Tinôco ALA, Araújo LF, Melo AC, Anna MSLS
P89.
A MATURAÇÃO SEXUAL PRECOCE INFLUENCIA O EXCESSO DE PESO DE ADOLESCENTES?...............................S587
Frainer DES, Assis AMO, Santos NS, Santana MLP, Silva MCM, Oliveira LPM, Barreto ML
P90.
FITTING SMOOTHED CENTILE CURVES OF THE SKINFOLD THICKNESS TO ASSESS FATNESS OF 7-10-Y-OLD
SCHOOLCHILDREN: A STUDY WITH LMS METHOD....................................................................................................S588
Frainer DES, Vasconcelos FAG, Grosseman S
P91.
OBESIDADE INFANTIL: A ESCOLA E A FAMÍLIA PRECISAM ESTAR ALERTAS............................................................S588
Vieira CA
P92.
CORRELAÇÃO ENTRE PESO DE ADOLESCENTES OBESOS E PAIS ACOMPANHADOS AMBULATORIALMENTE......S588
Castro DLC, Kanashiro LC, Perlamagna LI, Franco RR, Setian N, Damiani D, Fuks FB
P93.
PANORAMA DO ESTADO ANTROPOMÉTRICO DE ESCOLARES BRASILEIROS.........................................................S589
Vasconcelos IAL, Bordalo LA, Texeira TFS, Oliveira OMV, Reis CEG
S533
ÍNDICE DE TEMAS LIVRES Pôsteres
P78.
ÍNDICE DE TEMAS LIVRES Pôsteres
P94.
SOBREPESO/OBESIDADE DE UM GRUPO DE ESCOLARES DO ENSINO FUNDAMENTAL E O NÍVEL HABITUAL
DE ATIVIDADE FÍSICA DE SEUS PAIS..........................................................................................................................S589
Campos JA, Jesus GM, Passos JS
P95.
INATIVIDADE FÍSICA HABITUAL: PREVALÊNCIA E ASSOCIAÇÃO COM MARCADORES PARA DETERMINAÇÃO
DA SÍNDROME METABÓLICA EM ADULTOS..............................................................................................................S590
Pereira JS, Gomes MBA, Poeta LS, Pinto GP, Gomes MA
P96.
FREQUÊNCIA DE SOBREPESO E OBESIDADE EM IDOSOS PORTADORES DE DIABETES MELITO TIPO 2
ATENDIDOS EM UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE DA FAMÍLIA..................................................................................S590
Simões MOS, Falcão FA, Falcão RA, Portela AS, Medeiros ACD, Silva PCD
P97.
OBESIDADE E SEVERIDADE DA OSTEOARTRITE DE JOELHO.....................................................................................S591
Silva LO, Cheik NC, Chacur EP, Kaminice FD, Silva PL, Luz GCP
P98.
PREVALÊNCIA DE OBESIDADE NA POPULAÇÃO IDOSA DO DISTRITO FEDERAL....................................................S591
Ito MK, Carvalho KMB, Dutra ES, Figueiredo AC
P99.
EXCESSO DE PESO FAMILIAR E ESTADO NUTRICIONAL DE UM GRUPO DE ESCOLARES DO ENSINO
FUNDAMENTAL DE FEIRA DE SANTANA, BAHIA.......................................................................................................S591
Campos JA, Jesus GM, Jesus CR
P100.
AVALIAÇÃO DE INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS E HÁBITOS DE VIDA EM IDOSOS COM HIPERTENSÃO
ARTERIAL SISTÊMICA.................................................................................................................................................S592
Portela AS, Suassuna LV, Costa MAA, Silva PCD, Medeiros ACD, Simões MOS, Montenegro Neto AN
P101.
PERFIL NUTRICIONAL E SOCIOECONÔMICO DE MULHERES RESIDENTES EM ASSENTAMENTOS SUBNORMAIS
DE MACEIÓ: ESTUDO DE BASE POPULACIONAL......................................................................................................S592
Britto RPA, Alves JFR, Florêncio TMMT
P102.
COEXISTÊNCIA ENTRE DESNUTRIÇÃO INFANTIL E EXCESSO DE PESO MATERNO EM FAVELAS DE MACEIÓ........S593
Britto RPA, Alves JFR, Florêncio TMMT
P103.
PERFIL ANTROPOMÉTRICO DE ALISTADOS DO MUNICÍPIO DE DESCALVADO – SP................................................S593
Galdino CR, Fiorese MS
P104.
ESTADO NUTRICIONAL DE PRÉ-ESCOLARES DA CIDADE DE SÃO CARLOS, SP, BRASIL:
ESTUDO LONGITUDINAL............................................................................................................................................S593
Duarte FO, Duarte ACGO, Aquino Junior AE, Dâmaso A, Fiorese MS, Maria ASLS
P105.
PREVALÊNCIA DE SOBREPESO, OBESIDADE E ÍNDICE DE FLEXIBILIDADE EM ESCOLARES DA REDE
PÚBLICA DE SÃO CARLOS, SÃO PAULO...................................................................................................................S594
Fiorese MS, Duarte ACGO, Aquilo Junior EA, Dâmaso A, Duarte FO, Maria ASLS
P106.
ESTADO NUTRICIONAL DE ADOLESCENTES DE ESCOLAS PÚBLICAS E PARTICULARES DE VIÇOSA – MG.............S595
Quintão DF, Priore SE, Sant´Ana LFR, Franceschini SCC, Rezende CHS, Crizel MM
P107.
ANTROPOMETRIA NUTRICIONAL DE ESCOLARES DO MUNICÍPIO DE LONDRINA – PR.........................................S595
Silva V, Almeida PBL
P108.
PREVALÊNCIA DE OBESIDADE EM UNIVERSITÁRIOS DO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA......................................S596
Silva V, Almeida PBL
P109.
COMPARAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL ENTRE MENINAS E MENINOS FISICAMENTE ATIVOS................S596
Silva V, Brasil JS, Almeida PBL
S534
RAZÃO TRIGLICÉRIDES/HDL-COLESTEROL COMO MARCADOR DE RISCO CARDIOMETABÓLICO EM
CRIANÇAS E ADOLESCENTES OBESOS....................................................................................................................S596
Oliveira AC, Ladeia AM, Oliveira A, Veneza LM, Alves YV, Dantas MRN, Oliveira AM, Oliveira N,
Almeida MS, Oliveira AM
P111.
ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E DISTRIBUIÇÃO DA GORDURA CORPORAL EM IDOSOS ASSISTIDOS POR UMA
UNIDADE DO PSF NO MUNICÍPIO DE VIÇOSA, MG................................................................................................S597
Queiroz LR, Rezende FAC, Correia CA, Silva RC
P112.
CONSUMO ADEQUADO DE FRUTAS E HORTALIÇAS E SUA RELAÇÃO COM ESTADO NUTRICIONAL E
PARÂMETROS BIOQUÍMICOS NA POPULAÇÃO ADULTA DO DISTRITO FEDERAL (DF)............................................S597
Carvalho KMB, Ito MK, Dutra ES, Tinoco SGG
P113.
PREVALÊNCIA DO DIABETES MELITO DO TIPO 2 EM IDOSOS INSERIDOS NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA
FAMÍLIA DE MANAUS – AM.......................................................................................................................................S598
Ribeiro EM, Cruz IBM, Manica-Cattani MF, Viegas K, Veras RP, Piccoli JEC, Ribeiro EE
P114.
SÍNDROME METABÓLICA EM CRIANÇAS COM EXCESSO DE PESO.......................................................................S598
Oliveira AAB, Rechenchoski L, Netto-Oliveira ER
P115.
INGESTÃO DE CÁLCIO E OBESIDADE EM CRIANÇAS.............................................................................................S598
Bredariol CA, Macedo PMS, Oliveira A, Oliveira AAB, Netto-Oliveira ER
P116.
PERFIL ANTROPOMÉTRICO DE MULHERES COM CÂNCER DE MAMA EM REMISSÃO COMPLETA: UM ESTUDO
MULTICÊNTRICO NO RIO GRANDE DO SUL..............................................................................................................S599
Stein AT, Fiaminghi DC, Zelmanowick AM, Rubin BA
P117.
SÍNDROME METABÓLICA E CONSUMO ALIMENTAR EM ADOLESCENTES: ESTUDO CAMELIA...............................S599
Fonseca SC, Yokoo EM, Rosa MLG, Tavares LF
P118.
COMPONENTES DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTADO NUTRICIONAL DE ADOLESCENTES:
ESTUDO CAMELIA......................................................................................................................................................S600
Fonseca SC, Yokoo EM, Rosa MLG, Tavares LF
P119.
FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR EM ADOLESCENTES COM E SEM SÍNDROME METABÓLICA:
ESTUDO CAMELIA......................................................................................................................................................S600
Fonseca SC, Yokoo EM, Rosa MLG, Tavares LF
P120.
OBESIDADE INFANTIL: PREVALÊNCIA DE EXCESSO DE PESO EM UMA AMOSTRA DE CRIANÇAS
MATRICULADAS EM UMA ESCOLA MUNICIPAL SITUADA EM ALVORADA, RIO GRANDE DO SUL........................S600
Kengeriski M, Weber B, Lubianca L, Cibeira GH
P121.
RELAÇÃO ENTRE VARIÁVEIS SOCIOECONÔMICAS E CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL:
UM ESTUDO TRANSVERSAL COM MULHERES GAÚCHAS.........................................................................................S601
Weber B, Caleffi M, Lubianca L, Skonieski G, Muller C, Hackenhaar L, Manfroi G, Cibeira GH
P122.
INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS DE OBESIDADE COMO PREDITORES DE HIPERTENSÃO ARTERIAL
EM MULHERES ATENDIDAS PELA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA..........................................................................S601
Gomes MA, Beck CC, Pinto GP, Pereira JS, Duarte MFS
P123.
ATIVIDADE GARAGEM: OBSERVANDO A PREVALÊNCIA DE SOBREPESO/OBESIDADE E HIPERTENSÃO
ARTERIAL EM UMA COMUNIDADE ATENDIDA POR USF NO MUNICÍPIO DE PETRÓPOLIS, RJ................................S601
Bertoldo LAA, Freitas RO, Ribeiro MMI, Olichon BG, Misquita ML
P124.
ASSOCIAÇÃO ENTRE EXCESSO DE PESO E OMISSÃO DE REFEIÇÕES EM ADOLESCENTES DE CUIABÁ – MT......S602
Vilela AAF, Silva RMVG, Ferreira MG, Faria CS, Moreira NF, Muraro AP, Rodrigues PRM
S535
ÍNDICE DE TEMAS LIVRES Pôsteres
P110.
ÍNDICE DE TEMAS LIVRES Pôsteres
P125.
ASSOCIAÇÃO ENTRE O CONSUMO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS E A LOCALIZAÇÃO DE GORDURA
EM ADULTOS DE CUIABÁ – MT..................................................................................................................................S602
Rodrigues PRM, Moreira NF, Ferreira MG, Silva RMVG, Faria CS, Muraro AP, Vilela AAF
P126.
FATORES ASSOCIADOS AO EXCESSO DE PESO NA POPULAÇÃO ADULTA DE CUIABÁ – MT................................S602
Vilela AAF, Ferreira MG, Silva RMVG, Faria CS, Muraro AP, Moreira NF, Rodrigues PRM
P127.
EXCESSO DE PESO E FATORES ASSOCIADOS EM ADOLESCENTES DO MUNICÍPIO DE CUIABÁ – MT...................S603
Rodrigues PRM, Silva RMVG, Ferreira MG, Faria CS, Moreira NF, Muraro AP, Vilela AAF
P128.
CONSUMO DE DOCES, REFRIGERANTES E BEBIDAS COM ADIÇÃO DE AÇÚCAR EM ADOLESCENTES
DE CUIABÁ – MT........................................................................................................................................................S603
Rodrigues PRM, Silva RMVG, Ferreira MG, Faria CS, Moreira NF, Vilela AAF, Muraro AP
P129.
CONSUMO DE MACRONUTRIENTES E ETANOL NA POPULAÇÃO ADULTA COM EXCESSO DE PESO
DE CUIABÁ – MT........................................................................................................................................................S604
Rodrigues PRM, Ferreira MG, Silva RMVG, Faria CS, Muraro AP, Moreira NF, Vilela AAF
P130.
HÁBITOS E PRÁTICAS ALIMENTARES EM ADOLESCENTES COM E SEM EXCESSO DE PESO DE CUIABÁ – MT.......S604
Rodrigues PRM, Silva RMVG, Ferreira MG, Faria CS, Moreira NF, Vilela AAF, Muraro AP
P131.
FATORES DE RISCO NUTRICIONAIS ASSOCIADOS À HIPERTENSÃO ARTERIAL EM CRIANÇAS E
ADOLESCENTES EM NOVA ERA – MG......................................................................................................................S604
Alves ME, Freitas SN, Bastos AQA, Moreira AC
P132.
FATORES DE RISCO ASSOCIADOS À SÍNDROME METABÓLICA EM ADOLESCENTES DO INTERIOR DE MINAS
GERAIS.......................................................................................................................................................................S605
Bastos AQA, Freitas SN, Alves ME, Moreira AC
P133.
ALEITAMENTO MATERNO COMO ESTRATÉGIA DE PROMOÇÃO DA SAÚDE E PREVENÇÃO DA
OBESIDADE EM UM SERVIÇO PÚBLICO DE SAÚDE DE MINAS GERAIS...................................................................S605
Moreira AC, Freitas SN
P134.
ESTADO NUTRICIONAL, PERFIL LIPÍDICO E PRESSÃO ARTERIAL DE ADOLESCENTES DE VIÇOSA – MG................S606
Tinôco ALA, Sant´Ana LFR, Franceschini SCC, Rezende CHS, Silva SA, Quintão DF, Crizel MM,
Priore SE
P135.
PERFIL LIPÍDICO DE ADOLESCENTES EM RELAÇÃO À HISTÓRIA FAMILIAR PARA DISLIPIDEMIAS E DOENÇA
ARTERIAL CORONARIANA DE VIÇOSA – MG..........................................................................................................S606
Crizel MM, Priore SE, Sant´Ana LFR, Franceschini SCC, Silva SA, Quintão DF
P136.
MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS COMO MARCADORAS DE ADIPOSIDADE EM ESCOLARES DO MUNICÍPIO
DE UBÁ ­– MG.............................................................................................................................................................S607
Oliveira JS, Tinôco ALA, Ferreira S, Crizel MM
P137.
COMPARAÇÃO DE DIFERENTES CRITÉRIOS E PONTOS DE CORTE PARA CLASSIFICAÇÃO DO
ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC) DE ESCOLARES............................................................................................S608
Crizel MM, Tinôco ALA, Ferreira S, Paula Júnior JD, Oliveira JS
P138.
COMPARAÇÃO DE MÉTODOS ESTIMATIVOS DE GORDURA CORPORAL EM INDIVÍDUOS ADULTOS...................S609
Oliveira JS, Rosado LEFPL
P139.
EXCESSO DE PESO E ASSOCIAÇÃO ENTRE GORDURA ABDOMINAL E PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA
ENTRE ADOLESCENTES..............................................................................................................................................S609
Pontes LM, Lira PIC, Amorim RJM
S536
INDICADORES DE OBESIDADE E FATORES ASSOCIADOS EM INSCRITOS NOS PROGRAMAS DE EXTENSÃO
DO UNIPÊ...................................................................................................................................................................S610
Pontes LM, Silva CEM
P141.
RISCO CARDIOVASCULAR EM DOCENTES DE UM CURSO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA CIDADE DE JOÃO
PESSOA......................................................................................................................................................................S610
Morais CS, Barbosa SG, Mendonça KMO, Costa SR, Oliveira AJG, Pontes LM
P142.
PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS) E DIABETES MELITO (DM) E FATORES ASSOCIADOS
NA POPULAÇÃO ATENDIDA NA ÁREA 10 DO AMBULATÓRIO BÁSICO DO CENTRO DE SAÚDE VILA DOS
COMERCIÁRIOS (CSVC), PORTO ALEGRE, RS.........................................................................................................S611
Bairros F, Nardi A, Frankenberg AV, Bartelle AR, Merker A, Franzosi O, Rasia T, Soldateli B
P143.
SENSO DE POSIÇÃO ARTICULAR DE MEMBROS INFERIORES EM MULHERES OBESAS............................................S611
Azevedo TGS, Luz GCP, Cunha RR, Cheik NC, Biagini ÂP, Silva LO, Menezes S, Silva DKP,
Teymeny AA, Silva EOAR
P144.
CARACTERIZAÇÃO DE AMOSTRA DE FUNCIONÁRIOS COM SÍNDROME METABÓLICA EM
UNIVERSIDADE PÚBLICA...........................................................................................................................................S611
Farfan JA, Velloso LA, Rocha LM
P145.
PREVALÊNCIA DE FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR EM ADOLESCENTES ATENDIDOS PELO INSTITUTO
FELIPE KUMAMOTO EM SANTA RITA (PB).................................................................................................................S612
Kumamoto FÍD, Pontes LM, Pinheiro SS
P146.
PREVALÊNCIA E ASSOCIAÇÃO ENTRE OBESIDADE ABDOMINAL E HIPERTENSÃO ARTERIAL EM ADOLESCENTES
ATENDIDOS PELO INSTITUTO FELIPE KUMAMOTO EM SANTA RITA (PB)..................................................................S612
Kumamoto FÍD, Pontes LM, Pinheiro SS
P147.
CONSUMO ALIMENTAR E EXCESSO DE PESO EM ADOLESCENTES – UM ESTUDO PILOTO.....................................S612
Arrais RF, Pedrosa LFC, Silva IF, Silva SAG, Cunha ATO, Morais CMM, Pinheiro LGB, Lyra CO,
Lima SCVC
P148.
SOBREPESO E OBESIDADE E FATORES NUTRICIONAIS E ATIVIDADE FÍSICA EM ADULTOS EM TRATAMENTO
NO CENTRO PARAIBANO DE ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL....................................................................................S613
Pontes LM, Santos IMS, Batista GR, Silva Filho SJ, Ferreira UMG, Sena JEA
P149.
EXPOSIÇÃO AOS FATORES DE RISCO PARA SÍNDROME PLURIMETABÓLICA: ANÁLISE ANTROPOMÉTRICA
E DO NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA EM PACIENTES OBESOS E NÃO OBESOS..........................................................S613
Ferreira UMG, Sena JEA, Pontes LM, Bezerra RWF, Santos IMS, Batista GR, Silva Filho SJ
P150.
PREVALÊNCIA DE DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS E FATORES ASSOCIADOS EM IDOSOS: UMA
ANÁLISE DESCRITIVA.................................................................................................................................................S613
Sena JEA, Pontes LM, Santos IMS, Batista GR, Silva Filho SJ, Ferreira UMG
P151.
NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E COMPORTAMENTOS SEDENTÁRIOS EM ADOLESCENTES ATENDIDOS
PELO INSTITUTO FELIPE KUMAMOTO EM SANTA RITA (PB).......................................................................................S614
Kumamoto FÍD, Pontes LM, Pinheiro SS
P152.
NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E COMPORTAMENTOS SEDENTÁRIOS EM ACADÊMICOS DO CURSO
DE EDUCAÇÃO FÍSICA.............................................................................................................................................S614
Barboza CF, Pontes LM
P153.
PREVALÊNCIA DE OBESIDADE ABDOMINAL EM ESCOLARES: ESTUDO ANTROPOMÉTRICO EM UMA
ESCOLA PÚBLICA MUNICIPAL EM SANTA RITA – PB.................................................................................................S614
Mendes AMMP, Pontes LM
S537
ÍNDICE DE TEMAS LIVRES Pôsteres
P140.
ÍNDICE DE TEMAS LIVRES Pôsteres
P154.
CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA E PARÂMETROS DE SÍNDROME METABÓLICA ENTRE MENINAS
ADOLESCENTES DE ESCOLAS PÚBLICAS DO DISTRITO FEDERAL.............................................................................S615
Carvalho KMB, Pinto KAC, Silva AMS
P155.
ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM PORTADORES DE SÍNDROME
METABÓLICA.............................................................................................................................................................S615
Santos RL, Vieira JPL, Nobre MSC, Guimarães GP, Carvalho Filho AQR, Monteiro MMO,
Vicente CHTB, Pequeno AS, Queiroz MSR, Silva MVA
P156.
IDENTIFICAÇÃO DOS RESULTADOS NEGATIVOS ASSOCIADOS AOS MEDICAMENTOS EM PORTADORES DA
SÍNDROME METABÓLICA..........................................................................................................................................S616
Silva CCM, Silva RA, Galvão FP, Macedo HRM, Vieira JPL, Justino GO, Pequeno AS, Andrade
TVF, Almeida JM, Queiroz MSR, Silva MVA
P157.
PERFIL DA SÍNDROME MEtaBÓLICA AVALIADO POR MEIO DOS CRITÉRIOS DO NCEP-ATP III E DA IDF..............S616
Silva MVA, Queiroz MSR, Cunha MAL, Silva CCM, Silva RA, Galvão FP, Macedo HRM,
Vieira JPL, Justino GO, Pequeno AS, Andrade TVF, Almeida JM
P158.
FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR EM PACIENTES COM DIABETES MELITO TIPO 2 ASSISTIDOS PELO
PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA NO MUNICÍPIO DE ARACAJU – SERGIPE.....................................................S617
Rezende KF, Fonseca RC, Melo NH, Ferreira ML, Barreto CMN, Lima AP, Souza AF, Moreira
MDAB, Brito AO
P159.
INFLUÊNCIA DE FATORES DE RISCO PARA EXCESSO DE PESO EM ADOLESCENTES...............................................S617
Crizel MM, Priore SE, Teodoro CR, Quintão DF, Silva DA
P160.
EVENTO SENTINELA MEDIDO POR MARCADORES BIOQUÍMICOS NO DESENVOLVIMENTO DA SÍNDROME
METABÓLICA EM ESCOLARES DO MUNICÍPIO DE UBÁ – MG.................................................................................S618
Crizel MM, Tinôco ALA, Ferreira S, Oliveira JS
P161.
EXCESSO DE PESO E ASMA: COORTE SCAALA SALVADOR – BA...........................................................................S618
Trindade DB, Barreto ML, Assis AMO, Prado MS, Matos SMA, Carvalho SP
P162.
FATORES ASSOCIADOS AO BAIXO RISCO CARDIOMETABÓLICO EM MULHERES OBESAS...................................S619
Lessa I, Araújo LMB, Brito LL, Costa MC
P163.
COMPARAÇÃO ENTRE DOBRAS CUTÂNEAS E IMC DE PRÉ-ESCOLARES DA CIDADE DE SÃO CARLOS,
SP, BRASIL: ESTUDO LONGITUDINAL.........................................................................................................................S619
Sene-Fiorese M, Aquino Junior AE, Duarte ACGO, Maria ASLS, Duarte FO
P164.
AGREGAÇÃO FAMILIAR DE OBESIDADE E INFLUÊNCIA DOS HÁBITOS DE VIDA EM POPULAÇÃO ADSCRITA
AO PROGRAMA DE FAMÍLIA DE NITERÓI (PMF). ESTUDO CAMELIA......................................................................S619
Jesus RTS, Cardoso GP, Pinto FN, Rosa MLG, Yokoo EM, Kang HC
P165.
ESTADO NUTRICIONAL E CONSUMO CALÓRICO E DE MACRONUTRIENTES EM CRIANÇAS................................S620
Oliveira Filho A, Oliveira AABC, Macedo PMS, Netto-Oliveira ER
P166.
AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DO SOBREPESO E DA OBESIDADE EM PORTADORES DE DIABETES MELITO
ASSISTIDOS NA ATENÇÃO BÁSICA DO SUS EM ARACAJU.....................................................................................S620
Mitidieri Neto B, Rezende KF, Melo CAA, Moreno RM, Oliveira MCN, Lima KMBA, Melo NH,
Oliveira MM
P167.
PERFIL NUTRICIONAL DOS FUNCIONÁRIOS DE UMA ENTIDADE FILANTRÓPICA NO MUNICÍPIO DE
VIÇOSA – MG............................................................................................................................................................S621
Ponce PR, Gomide CI, Alfenas RCG, Vidigal FC
S538
PREDIÇÃO DE ANORMALIDADES CARACTERÍSTICAS DA SÍNDROME METABÓLICA POR MEIO DO
PERÍMETRO DA CINTURA AFERIDO EM DIFERENTES LOCAIS ANATÔMICOS EM IDOSAS......................................S621
Ribeiro RCL, Franceschini SCC, Rosado LEFPL, Paula HAA
P169.
HÁBITO ALIMENTAR E ATIVIDADE FÍSICA ENTRE ESCOLARES DO MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE E SUA
RELAÇÃO COM O EXCESSO DE PESO.....................................................................................................................S622
Medeiros CCM, Cardoso AS, Gonzaga NC, Pereira RAR, Nunes MMA, Guedes JF, Oliveira
IWM, Alves GTA, Muller Neto BF
P170.
OBESIDADE E SOBREPESO DE ACORDO COM A CURVA DA OMS ENTRE ESCOLARES DO MUNICÍPIO DE
CAMPINA GRANDE – PARAÍBA................................................................................................................................S623
Muller Neto BF, Gonzaga NC, Cardoso AS, Pereira RAR, Nunes MMA, Guedes JF, Oliveira
IWM, Alves GTA, Medeiros CCM
P171.
PREVALÊNCIA DE DISLIPIDEMIA ENTRE CRIANÇAS E ADOLESCENTES OBESOS E COM SOBREPESO
ATENDIDOS NO CENTRO DE OBESIDADE INFANTIL, CAMPINA GRANDE – PB.......................................................S623
Gonzaga NC, Albuquerque FCL, Mariz LS, Leal AAF, Werner RPB, Ramos AT, Medeiros CCM,
Cardoso AS
P172.
PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES ATENDIDOS NO CENTRO DE
OBESIDADE INFANTIL NO MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE – PB.......................................................................S624
Gonzaga NC, Cunha MAL, Melo TR, Santiago JS, Ramos AT, Medeiros CCM, Cardoso AS
P173.
FATORES DE RISCO PARA DIABETES MELITO TIPO 2 ENTRE OS SERVIDORES DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DA
PARAÍBA.....................................................................................................................................................................S625
Medeiros CCM, Cardoso AS, Gonzaga NC, Xavier IS, Cardoso MA, Ramos AT, Bessa GG
P174.
PREVALENCE OF ABDOMINAL OBESITY BY DIFFERENT MEASURES..........................................................................S625
Silva V, Rodriguez D, Guizeline M, Pontes Jr. FL
P175.
COMPARAÇÃO ENTRE O IMC REFERIDO E MEDIDO: UM ALERTA METODOLÓGICO............................................S626
Souza VH, Mendonça BCA
P176.
RELAÇÃO ENTRE ANSIEDADE FÍSICA SOCIAL, ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA E DADOS
SOCIODEMOGRÁFICOS...........................................................................................................................................S626
Jatobá APG, Souza VH
P177.
EQUILÍBRIO DA MASSA CORPORAL E EQUILÍBRIO NA COMPOSIÇÃO CORPORAL..............................................S627
Silva V, Almeida PBL
P178.
INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS DE RISCO CARDIOVASCULAR EM ESTUDANTES DE EDUCAÇÃO
FÍSICA DA UEFS.........................................................................................................................................................S627
Jesus GM, Conceição MS, Conceição DS
P179.
PREVALÊNCIA DE EXCESSO DE PESO EM UMA COMUNIDADE INSULAR...............................................................S628
Brito MS, Santos JMMM, Oliveira EN, Brandão LMS
P180.
SÍNDROME METABÓLICA APÓS TRANSPLANTE DE FÍGADO...................................................................................S628
Ducca WJ, Felício HCC, Oliveira FRG, Franco NC, Silva RCMA, Silva RFD, Arroyo Jr P
P181.
INDICADORES DE SÍNDROME METABÓLICA EM PRATICANTES DE GINÁSTICA DE ACADEMIA NA
CIDADE DE GOVERNADOR VALADARES – MG........................................................................................................S629
Viana KM, Souza RA, Segheto W
P182.
PREVALÊNCIA DE SOBREPESO E OBESIDADE DE ESCOLARES DA CIDADE DE PORTO ALEGRE – RS.....................S629
Costa RF, Meyer F, Nogueira RC
S539
ÍNDICE DE TEMAS LIVRES Pôsteres
P168.
P183.
PREVALÊNCIA DE DESNUTRIÇÃO E OBESIDADE EM ESCOLARES INGRESSANTES NUMA ESCOLA
MUNICIPAL DE VITÓRIA DA CONQUISTA – BAHIA..................................................................................................S630
Novais FS, Almeida OS, Saito VST, Silva VM, Moura NPS, Antonio FMD
P184.
FATORES ANTROPOMÉTRICOS ASSOCIADOS AO CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL – PROJETO “AVALIAÇÃO DA
EFETIVIDADE DO PROGRAMA DE ATENÇÃO AO HIPERTENSO”.............................................................................S630
ÍNDICE DE TEMAS LIVRES Pôsteres
Andrade CS, Ribeiro L, Ferreira PA, Conceição JN
P185.
PREVALÊNCIA DE SOBREPESO E OBESIDADE ENTRE TRABALHADORES DE ENFERMAGEM DE UM HOSPITAL DE
MÉDIO PORTE NO INTERIOR DO RIO GRANDE DO SUL...........................................................................................S631
Harb ABC, Lenz A, Genezzini JL
P186.
PANORAMA DA OBESIDADE EM MULHERES HIPERTENSAS ATENDIDAS PELO PROGRAMA SAÚDE DA
FAMÍLIA NO INTERIOR DA BAHIA.............................................................................................................................S631
Ribeiro L, Andrade CS, Ferreira PA, Conceição JN
P187.
COMPARAÇÃO ENTRE A OCORRÊNCIA DE SOBREPESO E OBESIDADE EM UMA ESCOLA DA REDE PÚBLICA
MUNICIPAL, ESTADUAL E DA REDE PARTICULAR......................................................................................................S632
Cocate PG, Cruz LA, Ferreira FG, Ciconha RT, Segheto W
P188.
OCORRÊNCIA DE SOBREPESO E OBESIDADE EM MENINAS RESIDENTES NA ZONA RURAL E NA ZONA
URBANA DE UMA CIDADE DO INTERIOR DE MINAS GERAIS..................................................................................S632
Paula JAT, Cocate PG, Cruz LA, Ferreira FG, Segheto W
P189.
PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA E DE SEUS COMPONENTES EM IDOSOS DE PORTO ALEGRE – RS....S633
Pereira AMVB, Schwanke CHA, Silva Filho IG, Bastos CC, Senger AE, Viegas K, Closs VE
P190.
PREVALÊNCIA DE EXCESSO DE PESO EM ADULTOS NA CIDADE DE ARACAJU: UM ESTUDO POPULACIONAL...S633
Oliveira ACC, Mendonça BCA
P191.
PERFIL LIPÍDICO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES DE PERNAMBUCO....................................................................S633
Alves JGB, França E, Alho CS, Dornelles CL, Mendes MES, Closs VE
P192.
HIPERTRIGLICERIDEMIA É MAIS FREQUENTE EM MULHERES OBESAS BRANCAS QUE EM MULATAS
OU NEGRAS...............................................................................................................................................................S634
Araújo L, Brito KS, Brito MMS, Gonzaga MZ, Cunha A, Meire D, Meira LP
P193.
Effects of short and long-term multidisciplinary therapy on carotid artery intima-media
thickness and cardiovascular disease risk factors in obese adolescents.......................................S634
Sanches PL, Ernandes R, Tufik S, Tock L, Corrêa FA, Dâmaso A, Mello MT, Naccarato G,
Foschini D, Martinz AC, Piano A, Carnier J, Elias N
P194.
ATIVIDADE FÍSICA E HÁBITOS ALIMENTARES NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA OBESIDADE NA INFÂNCIA
E NA ADOLESCÊNCIA...............................................................................................................................................S634
Paoli DS, Taddei JAAC, Escrivão MAMS, Lavrador MSF, Abbes PT
P195.
HÁBITOS E FREQUÊNCIA ALIMENTAR DE ADOLESCENTES DE UMA ESCOLA PÚBLICA DA PERIFERIA DE
FORTALEZA.................................................................................................................................................................S635
Souza EA, Coqueiro RP, Girão AIB, Menezes FOD, Rêgo JMC
P196.
A REDUÇÃO DO PESO CORPORAL PROMOVE MELHORA DO CONTROLE AUTONÔMICO CARDÍACO: EFEITOS DE
UMA INTERVENÇÃO MULTIDISCIPLINAR..................................................................................................................S635
Motta DB, Wichi RB, Angelis K, Irigoyen MC, Mostarda C, Ornelas E, Maldonado D, Dias LC,
Miranda JMQ
S540
ÍNDICE GLICÊMICO, OBESIDADE E CÂNCER COLORRETAL....................................................................................S636
Bordalo LA, Texeira TFS, Reis CEG, Alfenas RCG.
P198.
GRUPO FAMÍLIA EM ATIVIDADE FÍSICA – Estudo Piloto......................................................................................S636
Durante CR, Abdo AH, Costa MPS, Santos CRP, Menegaz-Almeida AA, Kaufman A
P199.
EFEITOS DA OBESIDADE E DOS EXERCÍCIOS CONTÍNUOS VERSUS INTERMITENTE NO GASTO
ENERGÉTICO DE ADOLESCENTES.............................................................................................................................S637
Vichi RB, Ribeiro SML, Urasaki R
P200.
CHOCOLATE É O ALIMENTO MAIS ASSOCIADO AO GANHO DE PESO PARA FREQUENTADORES DE SPA
MARAGOGI/AL – 2005-2008....................................................................................................................................S637
Silva Neta ML, Alves JFR, Florêncio TMMT
P201.
COMPARAÇÃO DOS EFEITOS DA MUDANÇA DE HÁBITOS ALIMENTARES, ATIVIDADE FÍSICA E RESTRIÇÃO
ALIMENTAR NO CONTROLE DA OBESIDADE DE RATOS OBESOS EXÓGENOS.......................................................S637
Duarte FO, Dâmaso A, Rossi EA, Duarte ACGO, Maria ASLS, Fiorese MS
P202.
BRONCOESPASMO INDUZIDO PELO EXERCÍCIO AVALIADO PELA ESPIROMETRIA E PEAK FLOW METER EM
CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM EXCESSO DE PESO NÃO ASMÁTICOS...........................................................S638
Nogueira AMC, Cheik NC, Luz GCP, Silva MB, Silva LO, Silva PL
P203.
SUBDIAGNÓSTICO DO BRONCOESPASMO INDUZIDO PELO EXERCÍCIO EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM
EXCESSO DE PESO NÃO ASMÁTICOS......................................................................................................................S638
Cheik NC, Luz GCP, Silva MB, Nogueira AMC, Silva PL, Silva LO.
P204.
Efeitos metabólicos e calorimétricos do hormônio de crescimento em ratos jovens
obesos......................................................................................................................................................................S639
Novelli ELB, Galhardi CM, Berbert C, Rocha K, Souza GA, Ebaid GMX, Seiva FRF
P205.
EFEITOS DA TERAPIA INTERDISCIPLINAR DE CURTO E LONGO PRAZO EM ADOLESCENTES OBESOS COM
SINTOMAS DE TRANSTORNOS ALIMENTARES...........................................................................................................S639
Nascimento CMO, Tock L, Caranti DA, Corrêa FA, Foschini D, Lima Sanches P, Martinz AC,
Carnier J, Piano A, Dâmaso AR, Tufik S, Mello MT, Lederman H, Ernandes RH, Oyama LM
P206.
Effects of multidisciplinary long-term therapy in the different levels of depression in obese
Brazilian Adolescents.........................................................................................................................................S640
Tock L, Dâmaso A, Oyama LM, Nascimento CMO, Melo MT, Foschini D, Caranti DA, Martiz
AC, Sanches PL, Piano A, Carnier J, Corrêa FA
P207.
COMPARAÇÃO DOS EFEITOS DO TREINAMENTO AERÓBIO E DO TREINAMENTO COMBINADO SOBRE A TAXA
METABÓLICA DE REPOUSO EM ADOLESCENTES OBESOS.......................................................................................S640
Dâmaso AR, Mello MT, Carnier J, Piano A, Martinz AC, Sanches PL, Foschini D, Silva PL, Inoue
DS, Tufik S
P208.
CONSUMO ALIMENTAR E SÍNDROME METABÓLICA................................................................................................S640
Sachs A, Komatsu TR, Tarasautchi D, Asakura L
P209.
INTERVENÇÃO NUTRICIONAL E ALTERAÇÃO DE PESO EM PACIENTES COM SÍNDROME METABÓLICA..............S641
Lopes AG, Tarasautchi D, Asakura L
P210.
IDENTIFICAÇÃO DOS FATORES DE RISCO PARA SÍNDROME METABÓLICA............................................................S641
Coelho LC, Broinizi PRB, Teixeira AMNC, Silva CVD, Asakura L
P211.
AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE CAPACIDADE MOTORA E MASSA CORPORAL DE ESCOLARES OBESOS E
EUTRÓFICOS DE 7 A 10 ANOS..................................................................................................................................S642
Duarte FO, Rosante MC, Gomes PM, Lino ADS, Duarte ACGO, Sene-Fiorese M, Rocha R
S541
ÍNDICE DE TEMAS LIVRES Pôsteres
P197.
ÍNDICE DE TEMAS LIVRES Pôsteres
P212.
PADRONIZAÇÃO DO GASTO ENERGÉTICO DE REPOUSO DE UMA POPULAÇÃO BRASILEIRA FEMININA
E COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS DE CALORIMETRIA COM A ESTIMATIVA POR FÓRMULA DE
HARRIS-BENEDICT......................................................................................................................................................S642
Halpern A, Cercato C, Dalcanale L, Melo ME, Mancini MC, Rodrigues AE.
P213.
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA E DE POTÊNCIA AERÓBICA DE ADOLESCENTES OBESOS.................................S643
Leme RB, Kanashiro LC, Damiani D, Perlamagna LI, Franco RR, Macedo LS, Lima MS
P214.
CONTRIBUIÇÕES DO TREINAMENTO RESISTIDO SOBRE A COMPOSIÇÃO CORPORAL DE OBESAS
PÓS-CIRURGIA BARIÁTRICA.....................................................................................................................................S644
D’Ávila MJM, Napoli E, Pestana ISC, Sá CKC
P215.
RELAÇÃO E ENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS OBESAS EM AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA EM ESCOLA
MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL DE SÃO CARLOS/SP....................................................................................S644
Barreto SMG, Duarte ACGO, Duarte FO, Sene-Fiorese M, Maria ASLS, Aquino Junior AE
P216.
EFEITO DA SUPLEMENTAÇÃO COM ÁCIDO LINOLEICO CONJUGADO (CLA) E DO TREINAMENTO EM
NATAÇÃO SOBRE A COMPOSIÇÃO CORPORAL E PARÂMETROS BIOQUÍMICOS DE RATOS WISTARS EM
CRESCIMENTO...........................................................................................................................................................S645
Sene-Fiorese M, Duarte ACGO, Duarte FO, Dourado GKZS, Aquino Junior AE
P217.
COMPARAÇÃO DO PERCENTUAL DE GORDURA E IMC DE MULHERES ATIVAS DE DIFERENTES
FAIXAS ETÁRIAS.........................................................................................................................................................S646
Nanni EP, Rosante MC, Peneireiro GM, Fiorese MS
P218.
EFEITOS DA HIPERNUTRIÇÃO DURANTE A LACTAÇÃO NA SECREÇÃO DE INSULINA – O PAPEL DO
GLUT2 E AKT...............................................................................................................................................................S646
Thole AA, Lessa JG, Cunha ACSR, Soares VM, Moura AS, Souza EPG, Pereira MS
P219.
A OBESIDADE PROMOVE REDUÇÃO NA MODULAÇÃO AUTONÔMICA SIMPÁTICA CARDÍACA QUE É ATENUADA
PELO TREINAMENTO FÍSICO......................................................................................................................................S647
Cozza IC, Souza HCD, Manfio AP, Dutra SGV, Maida KD, Sacco THR
P220.
NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E A QUALIDADE DE VIDA DE MULHERES IDOSAS OBESAS SUBMETIDAS À PRÁTICA DE
JOGOS PRÉ-DESPORTIVOS.......................................................................................................................................S647
Bolognesi MM, Lopes FC, Santana ABN, Minari ALA, Costa GS, Guerra RLF, Bittar IGL
P221.
NÍVEL DE ADESÃO E ADAPTAÇÕES ANTROPOMÉTRICAS DE MULHERES OBESAS IDOSAS SUBMETIDAS A UM
PROGRAMA INTERDISCIPLINAR ASSOCIADO OU NÃO A JOGOS PRÉ-DESPORTIVOS.........................................S648
Minari ALA, Costa GS, Casetto SJ, Martins PA, Bolognesi MM, Bittar IGL, Lopes FC, Santana
ABN, Guerra RLF
P222.
PROGRAMA DE INTERVENÇÃO MULTIDISCIPLINAR NO COMBATE À OBESIDADE E NÍVEIS PRESSÓRICOS
ALTERADOS EM ADOLESCENTES OBESOS................................................................................................................S648
Fernandes CAM, Benedetto CD, Prati SRA, Prati ARC
P223.
PERFIL LIPÍDICO E GLICEMIA SANGUÍNEA EM ADOLESCENTES OBESOS SUBMETIDOS À ORIENTAÇÃO ALIMENTAR,
EXERCÍCIO FÍSICO E INGESTÃO DE LINHAÇA.........................................................................................................S649
Prati SRA, Prati ARC, Ferdinandi MSN, Benedetto CD, Fernandes CAM.
P224.
EMAGRECIMENTO EM ADOLESCENTES OBESOS – CONTROLE DE EXERCÍCIOS FÍSICOS E ORIENTAÇÃO
ALIMENTAR E PERCEPÇÃO ATRAVÉS DE MÚLTIPLOS INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS....................................S649
Prati ARC, Prati SRA.
P225.
INFLUÊNCIA DA OBESIDADE E SOBREPESO EM ATIVIDADES FÍSICAS FUNCIONAIS COM DIABÉTICOS TIPO 2...S649
Reis CEG, Silva ASM, Louly FM, Jambo MT, Santana FS, Fontoura G, Rodrigues GBA, Dullius J
S542
CAPACIDADE FUNCIONAL RELACIONADA AO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E AO TEMPO DE DIAGNÓSTICO
DE DIABETES TIPO 2...................................................................................................................................................S650
Louly FM, Dullius J, Santana FS, Rodrigues GBA, Jambo MT
P227.
AÇÃO DO CHÁ DE FOLHAS DE ANNONA MURICATA (GRAVIOLA) E DE SEU COMPONENTE β-SITOSTEROL
SOBRE A RESPOSTA GLICÊMICA, METABOLISMO BASAL, LIPIDEMIA E METABOLISMO CARDÍACO EM
ANIMAIS SUBMETIDOS À DIETA RICA EM SACAROSE E COLESTEROL....................................................................S650
Rocha KKHR, Novelli ELB, Galhardi CM, Seiva FRF, Ebaid GMX, Berbet C, Souza GA
P228.
OBESIDADE INFANTIL: BENEFÍCIO DA ATIVIDADE FÍSICA........................................................................................S651
Viana MLC, Oliveira DE, Bottcher LB
P229.
ÁCIDOS GRAXOS POLI-INSATURADOS ÔMEGA-3 PREVINEM ALTERAÇÕES DO METABOLISMO LIPÍDICO EM
TECIDO ADIPOSO DE RATOS ALIMENTADOS COM DIETA RICA EM SACAROSE....................................................S651
Santos AL, Riboldi BP, Bijoldo J, Sordi F, Hansen F, Leszczinski DN, Riegler DK, Assis AM, Martins
TL, Londero LG, Silveira SL, Perry MLS, Silva RSM
P230.
LEPTINA, GRELINA E NEUROPEPTÍDEOS CENTRAIS EM ADOLESCENTES OBESOS: EFEITOS DA INTERVENÇÃO
MULTIDISCIPLINAR A LONGO PRAZO......................................................................................................................S652
Mello MT, Caranti DA, Carnier J, Nascimento CMO, Stella SG, Piano A, Oyama LM, Lofrano
MC, Prado WL, Dâmaso AR, Tufik S, Tock L
P231.
PROGRAMA ALECRIM: METODOLOGIA PARA A PREVENÇÃO E O TRATAMENTO DO EXCESSO DE PESO
INFANTIL EM UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP –
RESULTADOS PRELIMINARES......................................................................................................................................S652
Bismarck-Nasr EM, Martins VLGS
P232.
AVALIAÇÃO DE UMA ESTRATÉGIA PARA REDUZIR O ABANDONO DURANTE OS TRATAMENTOS PARA
PERDA DE PESO.........................................................................................................................................................S652
Caleffi M, Lubianca L, Weber B, Penter GK, Ettrich B, Cibeira GH
P233.
EFEITO DA DIETA SOBRE PESO E PERFIL BIOQUÍMICO DE PACIENTES COM SOBREPESO/OBESIDADE ATENDIDOS
NO AMBULATÓRIO GERAL DE NUTRIÇÃO...............................................................................................................S653
Lima LC, Sousa BS, Assis PP, Miranda SR, Freitas FF, Queiroz WQ, Silva SA
P234.
Correlação entre Transtorno de Ansiedade e História de Aumento de Peso em Pacientes
que Buscam Tratamento em SPA Médico.........................................................................................................S653
Gimenez M, Araújo AC, Gazzi LAP, Gonçalves JMM, Bulisani MGP, Ayusso MF, Reis NI, Santos S,
Santos DFP, Santos FCP, Moura LT, Alegre KC
P235.
Alterações Eletrocardiográficas em Pacientes Assintomáticos com Obesidade ou
Sobrepeso................................................................................................................................................................S653
Moura LT, Gazzi LAP, Santos FCP, Polotto PPLS, Monsanto RC, D’Avila RB, Pereira TR, Fontana
TS, Alegre KC, Santos DFP, Santos S
P236.
Perda de peso em dietas de baixa caloria: correlação entre perfil lipídico, prática de atividades
físicas e percentuais de gordura em pacientes que buscam tratamento em SPA médico................S654
Moura LT, Santos FCP, Santos DFP, Santos S, Martirani AM, Fagan AG, Carbone A,
Magalhães BM, Condolo BL, Gazzi LAP, Alegre K
P237.
CARACTERIZAÇÃO NUTRICIONAL DE INDIVÍDUOS HIPERTENSOS ATENDIDOS EM AMBULATÓRIO DE UM HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO, BELO HORIZONTE/MG...................................................................................................................S654
Melgaço GO, Oliveira DR, Soares VF, Silqueira SMF, Santos LC, Ramos CS
P238.
A NUTRIÇÃO E O PACIENTE OBESO COM COMORBIDADES, UMA EXPERIÊNCIA DE SUCESSO TERAPÊUTICO:
RELATO DE CASO......................................................................................................................................................S654
Cruz APS, Souza ML, Santana AAC, Fontes GAV
S543
ÍNDICE DE TEMAS LIVRES Pôsteres
P226.
ÍNDICE DE TEMAS LIVRES Pôsteres
P239.
IMPACTO DA INTERVENÇÃO NUTRICIONAL NA SÍNDROME METABÓLICA...........................................................S655
Rossas SML, Sousa AR, Gurgel DC, Rocha FEG
P240.
TRANSTORNOS ALIMENTARES EM ADOLESCENTES OBESOS: EFEITOS DA INTERVENÇÃO MULTIDISCIPLINAR.....S655
Mello MT, Tufik S, Dâmaso AR, Lofrano MC, Prado WLD, Piano A, Antunes HKM, Tock L,
Caranti DA, Carnier J
P241.
PROGRAMAÇÃO METABÓLICA: ESTUDO DE PARÂMETROS INDICADORES DE RESISTÊNCIA À INSULINA
EM RATOS..................................................................................................................................................................S656
Silveira SL, Battú C, Assis AM, (orientador) MLDSP, Silva RSM, Rieger D, Pellegrino R, Martins TL,
Londero L, Hoefel AL, Hansen F, Sordi F
P242.
POPULAÇÃO HIPERTENSA ENTENDE A INFORMAÇÃO NUTRICIONAL NO QUE DIZ RESPEITO À PORÇÃO DE
SÓDIO NOS ALIMENTOS INDUSTRIALIZADOS?........................................................................................................S656
Fernandez AT, Andrade MC
P243.
HÁ NOVOS INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS DE OBESIDADE E RELAÇÃO COM RISCO
CORONARIANO?......................................................................................................................................................S656
Bó CMD, Carvalho JAM, Conceição RD, Lia V, Yamada B, Raele R, Santos Filho RD
P244.
A DISLIPIDEMIA COMO FATOR DE RISCO CARDIOVASCULAR NA POPULAÇÃO ADULTA BRASILEIRA ...............S657
Santos TNN, Santos TRN
P245.
THE FINNISH DIABETES RISK SCORE (FINDRISC) – AVALIAÇÃO E ANÁLISE PRELIMINAR DO RISCO DE
DESENVOLVIMENTO DO DIABETES MELITO TIPO 2 EM DEZ ANOS, EM UMA POPULAÇAO SUBMETIDA A UMA
REVISÃO CONTINUADA DE SAÚDE – CHECKUP......................................................................................................S657
LIA V, Santos Filho RD, Carvalho JAM, Conceição RD, Raele R
P246.
A OBESIDADE E A ATIVIDADE FÍSICA SOB A ÓTICA DE PESSOAS OBESAS NO MUNICÍPIO DE JEQUIÉ – BA.......S657
Squarcini CFR, Pereira PS
P247.
INFLUÊNCIA DO TRATAMENTO INTERDISCIPLINAR SOBRE A PREVALÊNCIA DE ASMA INDUZIDA PELO
EXERCÍCIO EM ADOLESCENTES OBESOS ASMÁTICOS............................................................................................S658
Sanchez PL, Dâmaso AR, Mello MT, Tufik S, Cheik NC, Silva PL
P248.
BRONCOESPASMO INDUZIDO PELO EXERCÍCIO EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NÃO ASMÁTICOS COM
SOBREPESO E OBESIDADE.........................................................................................................................................S659
Luz GCP, Cheik NC, Mayer AF, Caixeta AM, Silva MB, Silva LO, Silva PL
P249.
CARACTERÍSTICAS DE ADOLESCENTES COM EXCESSO DE PESO RECÉM-INGRESSADOS....................................S659
Souza EA, Ribeiro EAG, Lemos LFC, Barbosa Filho VC, Coqueiro RP
P250.
HÁBITOS DE ATIVIDADE FÍSICA DE ADOLESCENTES E PAIS EM UMA ESCOLA PÚBLICA DA CIDADE DE
FORTALEZA.................................................................................................................................................................S659
Souza EA, Girão AL, Magno CC, Coqueiro RP, Menezes FOD
P251.
DIETA DA CAFETERIA NÃO ALTERA O COMPORTAMENTO SEXUAL DE RATAS.......................................................S660
Zacharias P, Sanvitto GL, Rosa FFS, Lubackzeuski C, Sagae SC
P252.
TESTE DE TOLERÂNCIA À GLICOSE EM RATAS SUBMETIDAS À DIETA DA CAFETERIA.............................................S660
Rosa FFS, Sanvitto GL, Lubackzeuski C, Zacharias P, Bonfleur ML, Vanzela E, Sagae SC
P253.
INSTALAÇÃO DA PUBERDADE PRECOCE E ALTERAÇÃO NA REGULARIDADE DE FASES DO CICLO ESTRAL DE
RATAS SUBMETIDAS À DIETA DA CAFETERIA............................................................................................................S661
Lubackzeuski C, Zacharias P, Sagae SC, Sanvitto GL, Rosa FFS
S544
O FATOR DE ATIVAÇÃO PLAQUETÁRIA É IMPORTANTE PARA O CONTROLE DA ADIPOSIDADE E DO PROCESSO
INFLAMATÓRIO NO TECIDO ADIPOSO EPIDIDIMAL DE CAMUNDONGOS............................................................S661
Lima RL, Shang FL, Oliveira MC, Sato PT, Souza AVF, Texeira MM, Menezes Z, Souza DG
P256.
ATENDIMENTO EM GRUPO DOS AMBULATÓRIOS DO CENTRO DE REFERÊNCIA PARA A PREVENÇÃO
E CONTROLE DE DOENÇAS ASSOCIADAS À NUTRIÇÃO (CRNUTRI): AVALIAÇÃO DA COMPREENSÃO
E DA FIXAÇÃO DE CONTEÚDOS..............................................................................................................................S662
Tanaka ACD, Vieira VL, Fernandes ACC, Moriguchi CH, Oliveira FGP, Andrad SC
P257.
COMPARAÇÃO ENTRE OS EFEITOS DA INGESTÃO DE DIETA HIPERLIPÍDICA DURANTE TRÊS E OITO SEMANAS
SOBRE O PERCENTUAL DE GORDURA E LEPTINEMIA DE RATOS..............................................................................S662
Sene-Fiorese M, Dâmaso A, Rossi EA, Duarte ACGO, Maria ASLS, Duarte FO
P258.
INGESTÃO DE DIETA HIPERLIPÍDICA, EM CURTO PRAZO, LEVA AO ACÚMULO DE GORDURA NO TECIDO
ADIPOSO E FÍGADO..................................................................................................................................................S663
Fiorese MS, Dâmaso A, Rossi EA, Duarte ACGO, Maria ASLS, Duarte FO
P259.
RESTRIÇÃO ALIMENTAR MODERADA E SEVERA ALTERA CONCENTRAÇÃO DE LEPTINA E MODIFICA PERFIL
LIPÍDICO DE RATOS OBESOS EXÓGENOS................................................................................................................S664
Fiorese MS, Dâmaso A, Rossi EA, Duarte ACGO, Maria ASLS, Duarte FO
P260.
DIETA HIPERLIPÍDICA PROMOVE MUDANÇA NA CAPTAÇÃO DE LIPÍDEOS DA DIETA PELO TECIDO ADIPOSO
VISCERAL DE RATOS WISTAR ADULTOS.....................................................................................................................S664
Fiorese MS, Dâmaso A, Rossi EA, Duarte ACGO, Maria ASLS, Duarte FO
P261.
QUALIDADE DE VIDA E ESTADO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS..............................................................................S665
Vefago FF, Duarte MFS, Gomes MA, Poeta LS
P262.
RELAÇÃO TEMPORAL ENTRE A OCORRÊNCIA DA OBESIDADE E A INTOLERÂNCIA À GLICOSE EM
CAMUNDONGOS ALIMENTADOS COM DIETA HIPERCALÓRICA...........................................................................S665
Menezes Z, Ferreira AVM, Souza DG, Lima RL, Shang FLT, Bernardes PTT, Oliveira MC
P263.
PAPEL DO RECEPTOR B2 DA BRADICININA NO METABOLISMO DE GLICOSE E LIPÍDIOS
EM CAMUNDONGOS................................................................................................................................................S666
Texeira MM, Menezes Z, Shang FLT, Ferreira AVM, Souza DG, Lima RL, Bernardes PTT, Oliveira MC
P265.
EFEITO TEMPORAL DA SOBRECARGA DE FRUTOSE EM PARÂMETROS METABÓLICOS E CARDIOVASCULARES:
UM MODELO EXPERIMENTAL DE SÍNDROME METABÓLICA.....................................................................................S666
Angelis K, Gonçalves PMD, Pinto CSM, Bernardes N, Machi JF, Jonas EC, Wichi RB, Irigoyen MC
P266.
O LUGAR DO ALIMENTO E DO OBESO NA FAMÍLIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA EM AMBULATÓRIO DE
OBESIDADE INFANTO-JUVENIL.................................................................................................................................S667
Santos ATRA, Orge AB, Sousa EF
P267.
PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA EM PACIENTES ATENDIDOS NO AMBULATÓRIO GERAL
DE NUTRIÇÃO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ – RECIFE/PE..........................................................S667
Silva SA, Queiroz WQ, Freitas FF, Miranda SR, Sousa BS, Assis PP, Lima LC
P268.
PREVALÊNCIA DE SOBREPESO E OBESIDADE EM PACIENTES ADMITIDOS EM CLÍNICA ONCOLÓGICA DE UM
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE PERNAMBUCO..........................................................................................................S668
Andrade EM, Assis PP, Queiroz WQ, Freitas FF, Miranda SR, Silva SA, Lima LC, Sousa BS
P269.
IMPACTO DAS PROPAGANDAS DE ALIMENTOS ANUNCIADAS PELA TELEVISÃO NAS ESCOLHAS ALIMENTARES DE
CRIANÇAS.................................................................................................................................................................S668
Almeida SS, Nascimento PCBD
S545
ÍNDICE DE TEMAS LIVRES Pôsteres
P254.
ÍNDICE DE TEMAS LIVRES Pôsteres
P270.
PRESENÇA DE ESTRESSE OXIDATIVO HEPÁTICO EM CAMUNDONGOS COM OBESIDADE INDUZIDA POR DIETA
HIPERLIPÍDICA...........................................................................................................................................................S668
Pires FL, Leite JIA, Pereira SS, Ferreira AVM, Aguilar EC, Teixeira LG
P271.
EFEITO DE UMA DIETA HIPERPALATÁVEL SOBRE A CAPTAÇÃO DE GLUTAMATO NO CÓRTEX PARIETAL E
HIPOCAMPO DE RATOS............................................................................................................................................S669
Riboldi BP, Souza CG, Ganzella M, Souza DG, Hansel G, Viola GG, Moreira JD, Knorr L, Assis
AM, Souza D, Portela LV, Perry MLS
P272.
EFEITOS DA INCUBAÇÃO COM DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DO NUTRACÊUTICO SULFORAFANO
EM CÓRTEX DE RATOS..............................................................................................................................................S669
Rieger DK, Battú C, Assis AM, Longoni A, Perry MLS, Souza CG, Riboldi BP
P273.
PERCEPÇÃO DO PACIENTE OBESO SOBRE SUA DOENÇA, TRATAMENTO E REGIME ALIMENTAR:
UM ESTUDO EM UM AMBULATÓRIO DE REFERÊNCIA EM SALVADOR......................................................................S670
França SG, Santos VM
P274.
TREINAMENTO FÍSICO INDUZ MELHORA METABÓLICA, CARDIOVASCULAR E AUTONÔMICA EM
UM MODELO EXPERIMENTAL DE SÍNDROME METABÓLICA.....................................................................................S670
Angelis K, Irigoyen MC, Sanches IC, Bernardes N, Brito JO
P275.
INFLUÊNCIA DO HORMÔNIO TIREOIDIANO E DA RESTRIÇÃO ALIMENTAR SOBRE DANO DE DNA EM
ANIMAIS OBESOS SUBMETIDOS À DIETA RICA EM ÁCIDOS GRAXOS INSATURADOS (AGI)................................S671
Sibio MT, Nogueira CR, Salvadori DMF, Cicogna AC, Nascimento AF, Oliveira M, Clara SA,
Marino J, Olímpio RMC, Corrêa CR, Luvizotto RAM
P276.
HIPERNUTRIÇÃO NA LACTAÇÃO –­ PROGRAMA A LONGO PRAZO – OBESIDADE ASSOCIADA A NEOGÊNESE E
APOPTOSE NO PÂNCREAS........................................................................................................................................S671
Thole AA, Moura AS, Carvalho L, Souza EPG, Machado ACS, Martins MR, Cunha ACSR
P277.
RATS FED A HIGH-FAT DIET DELINEATE COMPONENTS OF OBESITY AND DISPLAY IMPAIRED PROSTATE
MORPHOPHYSIOLOGY.............................................................................................................................................S672
Taboga SR, Góes RM, Ribeiro DL
P278.
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DAS MERENDEIRAS E DEMAIS FUNCIONÁRIOS VINCULADOS À ALIMENTAÇÃO
ESCOLAR DA REDE MUNICIPAL DE ALVORADA, RIO GRANDE DO SUL..................................................................S672
Dellaméa ARB, Izolani DK, Lucho CLC
P279.
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE ALUNOS MATRICULADOS EM ESCOLA MUNICIPAL DE ALVORADA,
RIO GRANDE DO SUL................................................................................................................................................S673
Dellaméa ARB, Izolani DK, Lucho CLC
P280.
DIETA HIPERLIPÍDICA DURANTE GESTAÇÃO E LACTAÇÃO ALTERA O PERFIL LIPÍDICO DOS
DESCENDENTES NA VIDA ADULTA EM RATOS..........................................................................................................S673
Santos Junior LS, Barreto-Medeiros JM, Couto RD, Santos L, Cordeiro GS, Pereira BGA,
Silva DF, Perez GS, Oliveira TWS
P281.
EFEITO DA DIETA DE CAFETERIA DURANTE O PERÍODO PERINATAL: AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE GLICEMIA,
PROTEÍNAS, UREIA, CREATININA E ÁCIDO ÚRICO DOS DESCENDENTES NA VIDA ADULTA EM RATOS................S674
Oliveira TWS, Barreto-Medeiros JM, Couto RD, Santos Junior LS, Santos L, Cordeiro GS, Silva
DF, Pereira BGA, Perez GS
P282.
CONSUMO DE REFRIGERANTE DA MARCA “COCA-COLA” VERSUS CONHECIMENTOS ASSOCIADOS ENTRE
ALUNOS DO CURSO DE NUTRIÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO..............................................S674
Maciel EM, Rodrigues DGC, Lima AA
S546
AVALIAÇÃO DA SINALIZAÇÃO DA INSULINA NA PROLE DE CAMUNDONGOS COM OBESIDADE INDUZIDA POR
DIETA HIPERLIPÍDICA DURANTE A GESTAÇÃO E A LACTAÇÃO..............................................................................S674
Nakutis FS, Torsoni MA, Torsoni AS, Leal PB, Candido JF, Melo A, Santos GA, Silva AP, Ashino
NG
P284.
MUDANÇA DE PRÁTICAS ALIMENTARES EM TRABALHADORES COM EXCESSO DE PESO, SUBMETIDOS A UM
PROGRAMA DE PROMOÇÃO DE ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL DE DOIS MESES DE DURAÇÃO..............................S675
Ito MK, Carvalho KMB, Gontijo MC
P285.
A INFLUÊNCIA DO EFEITO TEMPORAL DA SOBRECARGA DE FRUTOSE EM PARÂMETROS METABÓLICOS:
RESPOSTAS AGUDAS AO TESTE DE ESFORÇO EM RATOS WISTAR...........................................................................S675
Pinto CSM, Wichi RB, Angelis K, Irigoyen MC, Machi JF, Gonçalves PMD
P286.
EFEITO DA RESTRIÇÃO ALIMENTAR E DA ADMINISTRAÇÃO DE TRIIODOTIRONINA (T3) SOBRE
A MORFOMETRIA CARDÍACA EM RATOS OBESOS..................................................................................................S676
Nascimento AF, Nogueira CR, Marino J, Cicogna AC, Olimpio RM, Oliveira M, Sibio MT,
Nascimento RAML
P287.
EFEITO DA OBESIDADE EM PARÂMETROS ECOCARDIOGRÁFICOS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES................S676
Almeida MS, Pinto AS, Veneza LM, Alves YV, Dantas MR, Silva AM, Oliveira N, Oliveira AC,
Oliveira AM
P288.
PREVALÊNCIA DE OBESIDADE E SOBREPESO EM ESCOLARES DE 6 A 18 ANOS DE UMA ESCOLA
PRIVADA DA CIDADE DE SÃO PAULO......................................................................................................................S676
Ornelas EM, Wichi RB, Oshita LC, Haddad CF, Silva AC, Miranda JMQ
P289.
VALIDAÇÃO DO QUESTIONÁRIO IMPACTO DO PESO NA QUALIDADE DE VIDA DE CRIANÇAS (IWQOL)
NO BRASIL.................................................................................................................................................................S677
Silva LO, Cheik NC, Silva PL, Nogueira AMOC
P290.
A RELAÇÃO ENTRE OBESIDADE E DOENÇA PERIODONTAL....................................................................................S677
Almeida MOS, Naves RC, Ribeiro ÉDP, Dias RB
P291.
EFEITOS DO CPAP SOBRE O PERFIL LIPÍDICO E RESISTÊNCIA À INSULINA EM OBESOS PORTADORES
DE APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO..........................................................................................................................S677
Franco CMR, Halpern A, Santos MSB, Bezerra AA, Castro CMMB, Lima AMJ
P292.
ÁCIDOS GRAXOS POLINSATURADOS MELHORAM PERFIL LIPÍDICO DE RATOS DIABÉTICOS SUBMETIDOS
A UMA DIETA HIPERLIPÍDICA AQUECIDA.................................................................................................................S678
Menegotto G, Perry MLS, Moreira JCF, Rotta L, Santos AL, Battú C, Rieger DK, Assis AM
P293.
REGISTRO DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR EM RATOS WISTAR........................................................................S678
Rodrigues-Cunha ACS, Moura AS, Garcia E, Siqueira RF, Queiroz P, Brandão PP, Nunes NC,
Pereira MJS
P294.
EFEITOS DA DIETA HIPERPALATÁVEL E DA DIETA HIPERPALATÁVEL AQUECIDA SOBRE PARÂMETROS INDICADORES
DE RESISTÊNCIA À INSULINA PERIFÉRICA E NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL EM RATOS....................................S679
Battú C, Perry MLS, Bijoldo J, Sordi F, Silveira SL, Hansen F, Hoefel AL, Denardine C, Santos AL,
Assis AM, Menegotto G, Rieger DK
P295.
EFEITOS DO AZEITE DE OLIVA E SEUS FENÓIS SOBRE O ESTRESSE OXIDATIVO NO MÚSCULO CARDÍACO DE RATOS
ALIMENTADOS COM DIETA-PADRÃO.......................................................................................................................S679
Ebaid GMX, Novelli ELB, Galhardi CM, Rocha KKHR, Souza GA, Seiva FRF, Berbet C
S547
ÍNDICE DE TEMAS LIVRES Pôsteres
P283.
ÍNDICE DE TEMAS LIVRES Pôsteres
P296.
ESTADO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS DE UMA ESCOLA RURAL DO MUNICÍPIO DE PARANAVAÍ –­ PR................S680
Dias JPF, Santiago E, Prati SRA, Marchi MDZ
P297.
PROGRAMAÇÃO METABÓLICA EM RATOS WISTAR INDUZIDA POR SUPERALIMENTAÇÃO NA LACTAÇÃO,
AVALIADA PELA EXPRESSÃO DE POMC, IRs1, IRs2, mTOR E NPY NO NÚCLEO ARQUEADO HIPOTALÂMICO....S680
Rodrigues-Cunha ACS, Moura AS, Garcia E, Siqueira RF, Nunes NC, Queiroz P, Brandão PP,
Pereira MJS
P298.
ASSOCIAÇÃO ENTRE O ÍNDICE GLICÊMICO DAS REFEIÇÕES E DA DIETA USUAL COM A PRESENÇA DE
SÍNDROME METABÓLICA EM PACIENTES COM DIABETES MELITO TIPO 2..............................................................S681
Dall’Alba V, Azevedo MJ, Mello VD, Steemburgo T, Antônio JP, Tonding SF, Silva FM
P299.
RELAÇÃO ENTRE OBESIDADE E ALTERAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES
COM ANTECEDENTES FAMILIARES HIPERTENSOS....................................................................................................S681
Vieira M, Meira C, Conceição LN, Menezes CA, Conceição JN
P300.
O PAPEL DO RECEPTOR B1 DA BRADICININA NO METABOLISMO DA GLICOSE E DE LIPÍDIOS EM
CAMUNDONGOS......................................................................................................................................................S682
Shang FLT, Menezes Z, Souza DG, Ferreira AVM, Oliveira MC, Texeira MM, Bernardes PTT, Lima RL
P301.
LIVER AND PANCREAS FAT ACCUMULATION IN C57BL/6 MICE FED HIGH FAT DIET..............................................S682
Fernandes-Santos C, Aguila MB, Mandarim-de-Lacerda CA, Ogg-Diamantino R, Faria TS,
Fraulob-Aquino JC
S548
13 a 15 de agosto de 2009
Pestana Bahia Hotel
TEMAS LIVRES Pôsteres
S549
P01
ASSOCIATION BETWEEN ALA16VAL SUPEROXIDE DISMUTASE GENE POLYMORPHISM AND HYPERCHOLESTEROLEMIA
Rocha MIUM, Loro V, Duarte T, Moresco RN, Gottlieb MGV, Duarte MF, Cruz IBM, Manica-Cattani MF, Schetinger MR
TEMAS LIVRES Pôsteres
UFSM.
Introduction: Hypercholesterolemia-induced endothelial dysfunction due to excessive production of reactive oxygen species is a major
trigger of atherogenesis. Objective: Since the dismutation of superoxide is catalyzed by superoxide dismutase enzymes, we tested the association between hypercholesterolemia and Ala16Val manganese-dependent superoxide dismutase gene (MnSOD) polymorphism. Additionally,
interaction between the polymorphism and hypercholesterolemia in levels of plasma lipid and inflammatory biomarkers using hypercholesterolemic subjects who were recently diagnosed and not yet treated were tested. Methdology: A case-control was performed including 915
subjects. Results: We found a positive association between Ala16Val MnSOD genotypes and hypercholesterolemia since lower A frequency
was observed in the hypercholesterolemic group (p = 0.001). The total cholesterol, LDL-chol, hs-CRP, OxLDL and OxLDL autoantibodies levels were not influenced by MnSOD polymorphism, just by hypercholesterolemia. However, hypercholesterolemic AV/VV genotype
carriers showed significantly lower HDL cholesterol values compared to other groups. Conclusion: A possible biological explanation for VV
and hypercholesterolemia association could be a chronic state of superoxide imbalance present in VV carriers, which could affect differential
metabolic pathways triggering a lipid imbalance
P02
HIPERALIMENTAÇÃO NA LACTAÇÃO INDUZ AUMENTO NA MASSA DE TECIDO ADIPOSO VISCERAL EM CAMUNDONGOS ADULTOS
Miranda GL, Soares VM, Souza EPG, Moura AS
UERJ.
A associação entre as alterações dos mecanismos celulares que ocorrem nos adipócitos e as alterações da ação insulínica (resistência) determinam
graves repercussões fisiológicas e patológicas na obesidade. A hipernutrição no início da vida representa um fator de risco para o desenvolvimento
da obesidade, podendo causar alterações celulares na via da sinalização da insulina no tecido adiposo. Objetivo: Avaliar a sinalização da insulina,
por meio da análise do conteúdo e ativação de proteínas no tecido adiposo branco (gorduras retroperitoneal e epididimária) de animais adultos
hipernutridos durante a lactação. Materiais e métodos: Foram utilizados camundongos Swiss hiperalimentados por meio do modelo de redução da ninhada. Para induzir a hiperalimentação as ninhadas foram reduzidas a três filhotes machos por lactante no terceiro dia de vida pós-natal.
As ninhadas controles foram ajustadas em nove filhotes por lactante. Os grupos controle (C) e hiperalimentado (H) foram estudados aos 180
dias de vida. Foram avaliados parâmetros antropométricos como: massa corporal e massa do tecido adiposo visceral (epididimária e retroperitoneal). A massa corporal foi aferida mensalmente. A glicemia de jejum foi avaliada utilizando glicômetro e fitas teste. Os fragmentos do tecido
adiposo foram processados e incluídos em Paraplast plus para a obtenção de lâminas histológicas, que foram coradas em Hematoxilina e Eosina
para determinação da área e diâmetro dos adipócitos, utilizando Microscópio Olympus BX40, e analisados com software Image-Pro Plus versão
4.5.1. As análises do conteúdo de proteínas envolvidas na cascata de sinalização da insulina (AKT, pAKT, m-TOR, pm-TOR, AMPK e pAMPK)
foram feitas por meio de Western Blotting. Análise estatística foi realizada por intermédio de One Way ANOVA, teste-T Student e os valores
expressos como média e desvio-padrão. Resultados: Os ratos do grupo H desenvolveram sobrepeso comparado com o grupo C aos 180 dias,
visto que estes animais apresentaram maior massa corporal nessa idade (C: 45,2 ± 3,3; H: 67,98 ± 4,07, g, N = 10). Não foi observada diferença
estatística na glicemia de jejum entre os grupos (C: 153,11 ± 24,84; H: 153,7 ± 26,4, mg/dL). Observou-se também aumento significativo
do peso do tecido adiposo visceral (30%) comparado com os animais controle. Os adipócitos do grupo H apresentaram maior área (C: 3095,7
± 484; H: 6292,9 ± 902, µm2) e diâmetro (C: 75,7 ± 1,85; H: 104,7 ± 4,0, µm) comparado com o grupo C. Não foram observadas diferença
no conteúdo e ativação de m-Tor, Akt e AMPK em níveis basais no tecido adiposo visceral entre os grupos estudados, até o presente momento.
Conclusão: A hiperalimentação durante o período de lactação induz sobrepeso, aumento da massa de gordura visceral e aumento no tamanho
dos adipócitos em camundongos adultos, o que pode favorecer o estabelecimento da resistência à insulina. Entretanto, outras proteínas upstream
da cascata de sinalização de insulina devem ser avaliadas para elucidar essa hipótese. Apoio financeiro: CNPq, Capes, Faperj.
P03
O PAPEL DA PTP1B NEURONAL NO PROCESSO INFLAMATÓRIO SUBCLÍNICO INDUZIDO PELO TNF-a
Abreu LLF, Velloso LA, Saad MJA, Carvalheira JB, Picardi PK, Caricilli AM
Unicamp.
A obesidade está associada ao aumento da expressão e atividade da PTP-1B, resistência à insulina e leptina e a um processo inflamatório subclínico, caracterizado pelo aumento de citocinas pró-inflamatórias, entre as quais o TNF-α tem potencial papel como regulador da massa de
tecido adiposo. Tem sido atribuída à PTP-1B uma importante função como fator de resistência à insulina e de regulação da massa corporal.
Entretanto, não está estabelecida a relação entre o processo inflamatório subclínico e a atividade da PTP-1B. Nesse sentido, a caracterização
molecular da ação do TNF-α na expressão e atividade da PTP-1B pode permitir avanços consideráveis na compreensão dos mecanismos
fisiopatológicos envolvidos na gênese da obesidade. Procurando essa integração, o objetivo do estudo foi avaliar: 1) o efeito do tratamento
intraperitoneal (ip) com TNF-α na expressão e atividade da PTP-1B, e na sinalização de insulina em hipotálamo de ratos; 2) o efeito do tratamento intracerebroventricular (icv) com TNF-α na expressão e atividade da PTP-1B, bem como na sensibilidade e sinalização da insulina
e leptina em hipotálamo de ratos pré-tratados (icv) com oligonucleotídeo antisense para PTP1B. Ratos foram tratados ip, utilizando várias
concentrações de TNF-α (5, 15 e 50 ng), e após 1 hora o hipotálamo foi extraído para avaliação da expressão e atividade da PTP1B e sinalização da insulina. Para a avaliação do efeito central do TNF-α, os ratos foram canulados e tratados com ASO-PTP1B por quatro dias. Ao
final do quarto dia, os animais foram tratados icv com insulina, leptina TNF-α, salina ou com combinações de TNF-α com insulina ou leptina.
S550
O consumo alimentar foi medido após 12 horas. A atividade fosfatase foi medida por meio da desfosforilação do peptídeo pp60c-src C-terminal e a sinalização molecular foi avaliada por intermédio de técnicas de imunoprecipitação e immunoblotting. Os resultados mostram que a
ação periférica de TNF-α aumenta a expressão e atividade da PTP1B, com redução da sinalização da insulina em hipotálamo. O efeito central
do TNF-α também aumenta a expressão e atividade da PTP1B, com reduções na sinalização da insulina e leptina, promovendo a diminuição
da ativação do IR, IRS-1, AKT e Jak-2, e da sensibilidade à insulina e leptina, com a diminuição da redução da ingestão alimentar promovida
por esses hormônios. A redução hipotalâmica da PTP1B tem um papel importante na melhora da resistência à insulina e leptina induzida pelo
TNF-α por meio da ativação do IR, IRS-1, AKT e Jak-2, com melhora da ação desses hormônios, levando ao aumento da redução na ingestão
alimentar. Notou-se que, em parte, a resistência à insulina e leptina depende da capacidade do TNF-α em estimular a expressão e atividade da
PTP1B, podendo, portanto, estar incluída no grupo de genes responsivos à inflamação e ser um alvo terapêutico.
P04
HIPERTROFIA CARDÍACA COMO CONSEQUÊNCIA DA HIPERNUTRIÇÃO NA LACTAÇÃO
UERJ.
Objetivo: Alterações nutricionais em períodos críticos da vida induzem a impressão e programação metabólica que, na fase adulta, podem
promover doenças cardiovasculares e obesidade. Mas está incerto durante qual período da vida essa associação é estabelecida. Neste estudo,
examinou-se o impacto da hipernutrição durante a lactação na morfologia e estereologia cardíaca de filhotes. Metodologia: Estudaram-se filhotes de ratos Wistar controles e hiperalimentados, por meio do modelo de redução de ninhada, aos 10 e 21 dias de vida. Realizadas medidas
biométricas: peso corporal e percentual de gordura corporal; bioquímicas: colesterol e triglicerídeo; morfométricas: peso do coração (Pcor),
espessura do ventrículo esquerdo (eVE) e diâmetro da luz do VE (dlVE); estereológicas: área do miocárdio (A [cmi]) e vascularização intramiocárdica do VE. O teste estatístico utilizado foi o Two-Way ANOVA com nível de significância de p < 0.05. Resultados: A hiperalimentação
durante a lactação foi capaz de induzir aumento significativo do peso corporal (36% aos 10 dias e 50% aos 21 dias), do percentual de gordura, da
gordura visceral, do triglicerídeo e do colesterol. Além disso, observou-se aumento do Pcor, da razão Pcor/comprimento da tíbia e aumento da
A [cmi] evidenciando a hipertrofia cardíaca. A hipertrofia ventricular esquerda foi caracterizada pelo aumento de 41% na eVE e 28% de redução
do dlVE. Verificou-se, ainda, que esses corações apresentavam importante redução de 30% da vascularização intramiocárdica. Conclusão: Nossos resultados mostraram que a hiperalimentação no início da vida induziu a obesidade e alterações bioquímicas e, de forma precoce, hipertrofia
ventricular esquerda, com redução importante da vascularização intramiocárdica, podendo resultar em prejuízo na vitalidade miocárdica.
P05
MODULAÇÃO DA PROTEÍNA TRANSPORTADORA DE GLICOSE GLUT4 PELO RECEPTOR CANABIONOIDE CB1 EM ADIPÓCITOS 3T3-L1
Furuya DT, Machado UF, Freitas HS, Oliveira MAN, Poletto AC
Instituto de Ciências Biomédicas, USP.
Introdução: Na obesidade, o sistema endocanabinoide parece estar hiperativado, resultando em aumento dos níveis de endocanabinoides
tanto na circulação quanto no tecido adiposo visceral. O receptor canabinoide CB1, além de ser expresso no cérebro, é encontrado em tecido
adiposo e músculo esquelético. Raros estudos in vitro sugerem que a ativação de CB1 resulte em aumento da captação de glicose em adipócitos. No entanto, nada se sabe a respeito do efeito dessa ativação sobre a expressão da proteína transportadora de glicose GLUT4. Objetivos:
Avaliar a expressão do gene GLUT4 em cultura de adipócitos tratados com agonista seletivo do receptor CB1 (ACEA, aracdonoil-2-cloroetilamida) e/ou antagonista seletivo de receptor CB1 (AM251). Materiais e métodos: Adipócitos da linhagem 3T3-L1 foram incubados
com 0,1, 1 ou 10 micromolar de ACEA na presença ou não de 1 micromolar de AM251. Após 24 e 48 horas de tratamento, as células foram
coletadas em ensaios distintos a fim de avaliar a expressão gênica de GLUT4 por RT-PCR semiquantitativo. O gene 36B4 foi utilizado como
controle interno. Resultados: Entre todas as concentrações testadas, somente o tratamento com a concentração de 1 micromolar de ACEA
por 24 horas foi capaz de aumentar a expressão do gene GLUT4 (38%, p < 0,05). Esse efeito foi inibido por AM251, confirmando a importância do receptor CB1 na modulação do gene GLUT4. Conclusão: A ativação crônica do receptor CB1 aumenta a expressão do gene GLUT4
em adipócitos, sugerindo que esse mecanismo contribua, em parte, para o aumento da captação de glicose relatada em adipócitos, pela ativação
do receptor CB1. Apoio financeiro: Fapesp 08/09194-4.
P06
TRATAMENTO COM O ÁCIDO GRAXO MONOINSATURADO OLEICO REDUZ A EXPRESSÃO DA PROTEÍNA TRANSPORTADORA DE
GLICOSE GLUT4 EM CÉLULAS MUSCULARES
Furuya DT, Machado UF, Marques MFSF, Anhê GF, Poletto AC
Instituto de Ciências Biomédicas, USP.
Introdução: A obesidade é um estado inflamatório com resistência à insulina e aumento dos níveis circulantes de ácidos graxos. Além de importante substrato energético para o metabolismo celular, os ácidos graxos são biomoléculas essenciais que atuam na composição estrutural
da membrana plasmática e no fornecimento de sinalizadores intracelulares que podem regular a atividade de proteínas envolvidas no controle
da expressão de genes, como o da proteína transportadora de glicose GLUT4. Alguns estudos sugerem que o gene do GLUT4 seja regulado
negativamente por NFkB. Objetivos: Avaliar em células musculares o efeito do ácido graxo monoinsaturado oleico na regulação da expressão
do GLUT4 e a possível participação da proteína B no controle desse mecanismo. Material e métodos: Células musculares κNF pertencentes à
linhagem L6 foram incubadas com o ácido graxo oleico (C 18: 1, n 9) M (micromolar), em meio Dulbecco-MEMµ, nas concentrações de 25,
S551
TEMAS LIVRES Pôsteres
Moura AS, Moreira ASB, Vieira AKG, Miranda GL, Souza EPG
50, 200 e 400, suplementado com 1% de BSA. Após 16 horas de tratamento, foram coletadas, em experimentos distintos, amostras para avaliar:
1) a expressão do mRNA do GLUT4 por Real-Time PCR; 2) a expressão da proteína GLUT4 por Western blotting e 3) a B por ensaio de
mobilidade eletroforética.κatividade de ligação da proteína NF. Resultados: Até o momento foram verificados uma diminuição na expressão do
mRNA e B em amostras deκda proteína GLUT4 e um aumento na atividade de ligação do NF células musculares incubadas com o ácido graxo
oleico apenas nas concentrações M (Pµ de 50, 200 e 400 < 0,05). Conclusão: O tratamento crônico com diferentes concentrações do ácido graxo monoinsaturado oleico induz, em células musculares L6, uma redução na expressão do GLUT4 e um aumento na atividade de ligação do B,
sugerindo, dessa forma, a possível participação desse fator na regulação daκNF expressão do GLUT4. Apoio financeiro: Fapesp 07/56091-3.
P07
DIETA ISENTA DE GLÚTEN REDUZ O GANHO DE ADIPOSIDADE VISCERAL EM CAMUNDONGOS C57BL/6
Matoso RO, Leite JIA, Ferreira AVM, Pereira SS, Teixeira LG, Pires FL
TEMAS LIVRES Pôsteres
UFMG.
Com o aumento na prevalência da obesidade e da síndrome metabólica, tornou-se fundamental o estudo dos fatores que contribuem para o
seu desenvolvimento, entre esses o de origem dietética. Diante disso, alguns estudos têm associado a ingestão do glúten (proteína presente
principalmente no trigo) ao desenvolvimento da obesidade. Tais estudos sugerem que a gliadina (prolamina do glúten do trigo) seria capaz de
se ligar à leptina, à insulina ou aos seus receptores, inativando-os ou alterando a atividade deles. Com isso, a gliadina interferiria nos mecanismos
reguladores da ingestão alimentar, lipogênese e homeostase glicêmica, desencadeando obesidade e síndrome metabólica. Porém, a literatura é
escassa e especulativa em estudos controlados de ingestão de glúten e obesidade. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos de uma
dieta isenta de glúten na adiposidade visceral e componentes relacionados à síndrome metabólica. Para tanto, 31 camundongos C57BL/6,
machos, foram alimentados por 8 semanas com dieta hipercalórica e divididos em: grupo Controle (contendo glúten; n = 15) e grupo Experimental (isenta de glúten; n = 16). Os dados estão expressos com média ± desvio-padrão. Ao final do experimento, não houve diferença na ingestão alimentar, perfil lipídico e glicêmico, ganho de peso total e Índice de Lee (relação peso/comprimento nasoanal) entre os grupos. Porém,
o grupo isento de glúten apresentou adiposidade visceral significativamente menor em relação ao controle (p < 0,05); o grupo Experimental
apresentou uma adiposidade visceral de 4,7 ± 1,8 g/100 gPC e o grupo Controle, de 6,9 ± 3,6 g/100 gPC. Os dados de consumo alimentar
sugerem que o mecanismo de redução de adiposidade em animais alimentados com dieta isenta de glúten não está relacionado à regulação da
ingestão alimentar. Alterações no processo absortivo devem ser investigadas para averiguar se esse pode ser um dos mecanismos responsáveis
pela redução da adiposidade em animais alimentados com dieta sem glúten. Por outro lado, os dados sugerem que essa proteína interfere nas
vias de depósito de lipídios no tecido adiposo. Em conclusão, nossos resultados são indicativos de um efeito do glúten independentemente de
seu valor nutricional. Esses dados abrem as portas para um estudo mais detalhado sobre a influência do glúten na homeostase orgânica.
P08
ALTERAÇÕES NA FORÇA MUSCULAR E CAPACIDADE FUNCIONAL EM OBESOS MÓRBIDOS QUE ADERIRAM A UM PROGRAMA DE
ATIVIDADE FÍSICA
Soares RC, Souza Júnior SP, Santos KS, Toscano JJO, Tenório LVJ, Geraldes AAR
Ufal.
O gasto calórico, e consequentemente a perda de peso, é uma meta importante dos programas de exercícios para indivíduos com obesidade
mórbida; no entanto, os programas de atividades físicas necessitam mudar seu enfoque, da perda de peso para a melhora de outros parâmetros de saúde. O objetivo principal desse estudo foi verificar alterações na força muscular e na capacidade funcional em obesos mórbidos que
aderiram a um programa de atividades físicas. A amostra desse estudo foi composta por oito obesos mórbidos, adultos, do sexo feminino,
com média de IMC de 51,8 ± 11,5, que fazem parte do programa de cirurgia bariátrica do Hospital Universitário da UFAL. Os instrumentos
empregados para avaliar a força muscular foram o dinamômetro manual, para membros superiores, e, para membros inferiores, foi utilizada
uma cadeira sem braços juntamente com cronômetro para aplicação do teste de sentar e levantar em 30’’; quanto à capacidade funcional, foi
aplicado o teste de levantar do solo em decúbito dorsal, utilizando um colchonete e um cronômetro. Os indivíduos foram avaliados quando entraram no programa e quatro meses após. O programa de atividades físicas incluiu atividades na água e na sala de ginástica da UFAL.
A análise dos dados foi feita empregando o teste não paramétrico de Wilcoxon com nível de significância de 0,05%. Foi encontrada diferença
significativa nos resultados dos três testes realizados. Os efeitos agudos e crônicos dos exercícios, nos parâmetros de saúde de modo geral em
indivíduos obesos mórbidos, devem receber maior atenção, tanto quanto os dedicados à população com sobrepeso e obesa.
P09
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA DO PACIENTE OBESO CANDIDATO À CIRURGIA BARIÁTRICA: COMPREENSÃO E INTERVENÇÃO
Landeiro FM
Hospital Espanhol.
O processo de avaliação psicológica é um processo que visa conhecer o paciente e apreender os aspectos principais da sua personalidade, para,
a partir daí, construir uma hipótese diagnóstica e uma intervenção. Para atingir esses objetivos, o psicólogo utiliza técnicas específicas. No caso
dos pacientes candidatos à cirurgia bariátrica, a avaliação psicológica é extremamente importante, visto que a cirurgia promove mudanças muito
significativas num curto espaço de tempo, sobretudo no que diz respeito à imagem corporal. O objetivo deste trabalho é compreender a dinâmica
psíquica do paciente obeso e de que forma esse paciente percebe sua imagem corporal. Este trabalho visa também identificar se esse paciente tem
indicação diagnóstica de transtorno alimentar e/ou compulsão alimentar periódica. Este estudo foi realizado em um núcleo de cirurgia bariátrica
em Salvador (Bahia). Participaram do estudo 150 pacientes candidatos à cirurgia e todos foram submetidos a, pelo menos uma entrevista clínica
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P10
PERFIL CLÍNICO-LABORATORIAL DE PACIENTES COM DOENÇA HEPÁTICA GORDUROSA NÃO ALCOÓLICA (DHGNA) SUBMETIDOS
À CIRURGIA BARIÁTRICA PARA TRATAMENTO DE OBESIDADE MÓRBIDA
Leite VHR, Ferrari TCA, Couto CA, Lima MLRP
Instituto Alfa de Gastroenterologia do HC-UFMG.
Introdução: A obesidade traz sérios riscos à saúde e é o maior fator de risco modificável para comorbidades, incluindo-se a doença hepática
gordurosa não alcoólica (DHGNA). Objetivo: Avaliar o perfil clínico-laboratorial dos pacientes com DHGNA, submetidos à cirurgia bariátrica
para tratamento de obesidade mórbida. Material e métodos: A amostra foi constituída de 112 pacientes submetidos à cirurgia bariátrica (técnica de Capella), no período de 2000 a 2003, no Hospital das Clínicas da UFMG. Os pacientes tinham IMC > 40 kg/m2 ou > 35 kg/m2 com
comorbidade. A biópsia hepática foi realizada no peroperatório e os dados clínicos foram coletados segundo protocolo. O material de biópsia foi
processado conforme rotina do Serviço de Anatomia Patológica do Hospital das Clínicas da UFMG, empregando-se, protocolo para a análise
histológica. Investigou-se a ocorrência de associação entre as variáveis clínicas e o tipo de DHGNA. A análise estatística foi realizada utilizandose o software SPSS. O nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: Da amostra, 74,1% (n = 83) dos (10,1) anos e o IMC médio ± pacientes eram mulheres. A média da idade foi de 39,6 (7,5) Kg/m². As comorbidades identificadas foram: hipertensão arterial ± de 48,8 (67,9%)
(n = 76); doenças articulares, 55,4% (n = 62); dislipidemias, 40,2% (n = 45); e diabetes melito tipo 2, 27,7% (n = 31). Observou-se esteatose
em 111 (99,1%) casos, sendo macrovacuolar em 85 (75,9%); balonização hepatocelular nas zonas 2 e 3 do ácino hepático em 64 (57,7%); inflamação lobular de neutrófilos e linfócitos em 66 (58,9%); e fibrose perisinusoidal/perivenular em 24 (21,6%). Houve associação entre diabetes
melito tipo 2 e presença de fibrose perisinusoidal/perivenular (p = 0,018). Conclusão: Obesidade grave foi mais prevalente no sexo feminino;
a esteatose foi a alteração histológica mais frequente; e a ocorrência de fibrose foi associada à presença de diabetes melito tipo 2.
P11
DISPOSIÇÃO PARA PAGAR COMO MEDIDA DE PREFERÊNCIA PARA CIRURGIA BARIÁTRICA EM OBESOS GRAVES DE UM SERVIÇO
PÚBLICO DE SAÚDE
Ferraz MB, Ferreira SRG, Zanella MT, Khawali C
Unifesp.
Introdução: Na área da saúde a ferramenta “disposição para pagar” (DPP) auxilia indivíduos a expressarem sua preferência por determinado
estado de saúde. Esta técnica leva os pacientes a refletirem sobre o máximo que estariam dispostos a pagar para obter melhora no seu estado
de saúde. Em razão das proporções epidêmicas, comprometimento da saúde e da qualidade de vida e diversidade de modalidades terapêuticas
(clínicas ou cirúrgicas), a obesidade presta-se para um estudo de preferências por valoração de contingência. Objetivo: Avaliar a ferramenta
DPP como instrumento de mensuração das preferências de pacientes com obesidade grau III e analisar fatores que interferem em sua resposta.
Material e métodos: Após a apresentação de quadro de decisão, no qual os resultados do tratamento clínico e do cirúrgico para obesidade grave foram apresentados, com probabilidades de desfechos baseadas na literatura, amostra de 41 pacientes, de ambos os sexos, da rede pública de
saúde, que escolheram como método de tratamento a cirurgia bariátrica foi convidada a responder um questionário de DPP, utilizando-se duas
técnicas: dicotômica e leilão. Os valores utilizados na técnica dicotômica foram R$ 1.000,00; R$ 2.000,00; R$ 3.000,00; R$ 4.000,00 e R$
5.000,00. Dados sociodemográficos foram colhidos, assim como os dados de comorbidades. Avaliação econômica e de qualidade de vida foi
obtida por meio dos questionários CCEB, SF-36 e Moorehead-Ardelt Quality of Life II (M-A-QoLQII). Correlação de Spearman e regressão
logística foram aplicadas para se determinar os fatores que influenciam o aceite. Resultados: A idade média dos pacientes foi 0,4 anos, sendo
58,5% do sexo feminino, e 52,6% tinham pelo menos 8 anos ± de 43,7 de estudo. A porcentagem de aceite do valor inicial foi de 56,7% e o
valor máximo de DPP pela cirurgia bariátrica foi de R$ 10.000,00. Nenhum fator sociodemográfico, econômico ou domínio de questionários
de qualidade de vida influenciou a porcentagem de aceite, ou associou-se com o valor máximo de DPP. Apenas a presença de apneia do sono
(p < 0,03) influenciou positivamente e de maneira independente no aceite do valor inicial, indicado no dicotômico. Conclusões: Dados preliminares indicam que a DPP máxima foi semelhante ao valor pago pela tabela de referência da medicina de grupo (CBHPM) brasileira, que
atende 41 milhões de pessoas e 2,5 vezes ao valor pago pelo SUS. Há necessidade de estudos maiores empregando a ferramenta DPP como
forma de avaliação econômica e da preferência por um determinado estado de saúde para confirmar o presente achado. Apneia, provavelmente
pela gravidade e comprometimento de qualidade de vida, é uma das complicações da obesidade que mais impulsionam o paciente gravemente
obeso a buscar resolução de sua doença.
S553
TEMAS LIVRES Pôsteres
e responderam a três questionários: o Eating Attitud Test (EAT), o Body Shape Questionnaire (BSQ) e a Escala de Compulsão Alimentar Periódica (ECAP). Esses mesmos pacientes foram submetidos à técnica projetiva da Casa-Árvore-Pessoa (HTP). Dentre os pacientes pesquisados,
76,3% são do sexo feminino e 23,6% do sexo masculino. A maioria tem idade variando entre 21 e 30 anos (41,9%). Com relação ao IMC, a
maioria dos pacientes (40,9%) tem obesidade grau II (IMC entre 35 e 40) e 36,6% dos pacientes apresentam obesidade grau III (IMC acima
de 40). Quanto à indicação diagnóstica de transtorno alimentar, 22,6% apresentam indicação, 19,4% apresentam uma leve distorção da imagem
corporal, 21,5% apresentam distorção moderada e a maioria (41,9%) apresenta grave distorção da imagem corporal. Com relação à indicação de
compulsão alimentar, 25,8% apresentam compulsão moderada e 15% apresentam compulsão alimentar periódica grave. No que diz respeito ao
instrumento projetivo (HTP), os pacientes apresentaram traços de imaturidade, impulsividade, insegurança, agressividade, necessidade de gratificação imediata, ansiedade, satisfação na fantasia, retraimento, preocupações sexuais e sentimentos de rejeição. Fica claro que os pacientes obesos
pesquisados têm dificuldade de lidar com sentimentos de rejeição, sendo que, para evitá-los, se detêm às necessidades dos outros em detrimento
de suas próprias. Apresentam grande dificuldade em colocar limites e usam a comida como elemento substitutivo. A relação com o ambiente é
insatisfatória, prevalecendo a sensação de suscetibilidade e dependência, por isso o alimento se torna um poderoso aliado, porque fornece gratificação imediata. A partir do instrumento projetivo, fica claro que esses pacientes apresentam dificuldades com a sexualidade, o que pode estar
relacionado à distorção acentuada da imagem corporal presente na maioria dos pacientes. Ao longo do processo de avaliação ficou claro o nível de
sofrimento desses pacientes em relação à obesidade; existem inúmeras sequelas físicas e psíquicas que impedem uma qualidade de vida melhor.
P12
NEUROPATIA DO NERVO FIBULAR COMO COMPLICAÇÃO DE CIRURGIA BARIÁTRICA – RELATO DE CASO
Andrade TS, Szego T, Libanori HT, Peres M, Rosenbaum P
TEMAS LIVRES Pôsteres
Centro de Cirurgia da Obesidade, Hiae.
Introdução: A neuropatia do nervo fibular comum é uma alteração que ocorre por causa da perda do coxim gorduroso retrotibial e consequente compressão do nervo fibular na altura da cabeça da fíbula. As neuropatias compressivas podem ocorrer em virtude de efeitos mecânicos
que ocorrem após perda de peso. Material e métodos: Relato de caso, estudo retrospectivo por meio de pesquisa em prontuário. Paciente
MPS, 37 anos, com diagnóstico nutricional de obesidade grau III (IMC = 43,1 kg/m2), submetido à gastroplastia (derivação gástrica em YRoux). Resultados: Paciente evoluiu com perda de peso de 49,9 kg após sete meses do pós-operatório (P = 86,3 kg). Porém, apesar da utilização de polivitaminícos, o paciente apresentou queda de cabelo, parestesia, dificuldade em levantar o pé direito e dificuldade de deambulação;
associadas à deficiência de vitamina B12, segundo exames laboratoriais: Hb = 13,6 (vn = 13,5-17,5 g/dL); Ht = 41,2 (vn = 39-50%); cálcio
iônico = 1,17 (vn = 1,14-1,31 mmol/L); vitamina B12 = 197 (vn = 239-931 pg/mL) e ácido fólico = 3,1 (vn = > 2,7 ng/mL). Iniciou-se
reposição de vitamina B12 IM a cada três dias, e foi orientado para suplementação nutricional, sem melhora clínica do quadro após três semanas. Foi realizada eletroneuromiografia que demonstrou mononeuropatia do nervo fibular comum direito, sensitivo-motora, com moderada
degeneração de fibras nervosas e presença de potenciais de reinervação recente. O paciente foi orientado a manter reposição vitamínica e iniciar
fisioterapia; com reversão do quadro após três meses, mantendo reposição vitamínica e exercícios específicos. Conclusão: A periodicidade
do acompanhamento e a rapidez da intervenção por parte da equipe multiprofissional têm se mostrado uma ferramenta eficaz no combate
das complicações clinicas após a cirurgia bariátrica, sendo fundamentais para o controle de morbidades decorrentes da redução do estômago
efetiva perda de peso e ganho de qualidade de vida.
P13
PREVALÊNCIA DE ALTERAÇÕES PSICOLÓGICAS EM PACIENTES CANDIDATOS À CIRURGIA BARIÁTRICA
Medeiros T, Lana JM, Pavin AE, Miyake C, Escobar EC, Favorito Neto G, Silva SR, Silva SR, Paulista RC, Trabachin ML, Hafiz LA
Total Care Amil SP – Hospital Ipiranga.
Introdução: A obesidade grau III, caracterizada por índice de massa corpórea (IMC) de 40 kg/m² ou mais, está associada a um aumento da
morbimortalidade, principalmente cardiovascular, e ocorrência de diabetes tipo 2. Também está associada a um risco aumentado de complicações psicossociais como depressão, transtornos alimentares e prejuízo da qualidade de vida. O estado emocional dos candidatos à cirurgia bariátrica apresenta uma grande variação. Dados da literatura mostram que cerca de 50% dos candidatos relatam algum grau de alteração do humor ou ansiedade. Objetivo: Avaliar as alterações psicológicas nos pacientes candidatos à cirurgia bariátrica em uma clínica multiprofissional.
Metodologia: Os pacientes candidatos à cirurgia bariátrica participam de grupo preparatório com equipe multiprofissional, são acompanhados
em consulta com endocrinologista e são submetidos a testes psicológicos e entrevistas. Os testes são autoaplicados e supervisionados por psicóloga na segunda reunião em grupo. Para depressão e ansiedade usaram-se os Inventários de Beck (BDI e BAI), para compulsão alimentar,
a Escala de Compulsão Alimentar Periódica (ECAP), para bulimia, o Teste de Investigação Bulímica de Edimburgo (BITE) e para a imagem
corporal, o Questionário de Imagem Corporal (BSQ), todos validados para o português. Resultados: Foram avaliados 144 pacientes, média
de idade de 41 anos, 109 mulheres e 35 homens. A média de peso foi 118,7 ± 21,5 kg, com IMC médio de 43,5 ± 5,8 kg/m². No Inventário
de Beck para depressão, 61% dos pacientes apresentavam algum grau de depressão (3,4% grave, 13,2% moderada) e para ansiedade, 69,3%
apresentavam algum estado de ansiedade (2,8% grave, 11,8% moderada). Em relação aos transtornos alimentares, 7 pacientes (4,8%) tinham
compulsão periódica grave e 32 (22,2%), compulsão moderada. Bulimia foi encontrada em 38,2 % dos pacientes, além de 40,2% do total de
pacientes que se encontravam na faixa de provável ocorrência de bulimia. A aplicação do BSQ revelou que 64,6% dos pacientes apresentavam
distorção da imagem corporal, sendo 26,4% grave e 18,7% moderada. Em todos os testes uma média de 14,2 pacientes não respondeu aos
questionários. Conclusão: A avaliação do estado psicológico dos pacientes candidatos à cirurgia bariátrica é importante dada a frequente
ocorrência de depressão e transtornos alimentares, que necessitam de intervenção comportamental ou farmacológica pré-operatória para o
sucesso da perda de peso após a cirurgia. O tratamento psiquiátrico não deve ser retardado na expectativa de que a perda de peso resolverá de
maneira significante os problemas emocionais apresentados pelo paciente.
P14
AVALIAÇÃO DO RISCO CORONARIANO APÓS CIRURGIA BARIÁTRICA, CALCULADO PELO ESCORE DE FRAMINGHAM
Lage AZ, Araujo DB, Pavin AE, Medeiros T, Silva SR, Paulista RC, Trabachin ML, Oliveira MSB, Hafiz LA, Favorito Neto G, Miyake C
Total Care Amil SP – Hospital Ipiranga.
Introdução: A cirurgia bariátrica é uma opção terapêutica para obesos mórbidos, com diminuição da morbimortalidade e dos fatores de
risco cardiovasculares, incluindo diabetes tipo 2. O cálculo do escore de Framingham (ERF) para a predição do risco de eventos cardiovasculares em dez anos é um instrumento útil, pois associa vários fatores de risco em um mesmo paciente. Estratifica o risco em quatro
categorias: muito baixo (< 10%); baixo (10 a 14%); moderado (15 a 20%); alto risco (> 20%). Com a significante perda de peso após a
cirurgia bariátrica, espera-se que haja melhora de todos os fatores de risco e do escore de Framingham. Objetivo: Descrever a diminuição
do ERF em pacientes submetidos à gastroplastia com bypass intestinal em Y de Roux (gastroplastia à Capella). Métodos: Analisaram-se
84 pacientes submetidos à gastroplastia e com acompanhamento pós-operatório de 12 meses, atendidos em uma clínica multiprofissional.
S554
P15
USO DE BALÃO INTRAGÁSTRICO PARA REDUÇÃO DE PESO E MELHORA CLÍNICA EM PACIENTE COM HIPERTENSÃO PULMONAR
GRAVE – RELATO DE CASO
Halpern A, Cercato C, Mancini MC, Terra-Filho M, Melo ME, Reinhardt HL, Angelucci AP
HC-FMUSP.
Introdução: Alguns pacientes com obesidade mórbida apresentam-se clinicamente tão graves que procedimentos cirúrgicos em geral oferecem um risco inaceitável (inclusive a própria cirurgia bariátrica), havendo necessidade de redução ponderal para melhora significativa de
sua condição cardiorrespiratória. Relatou-se um caso de uma paciente com obesidade grau III e hipertensão pulmonar (HP) grave na qual
o uso do balão intragástrico (BIG) associado ao tratamento clínico resultou em importante redução de peso e melhora clínica, possibilitando a realização da cirurgia de tromboendoarterectomia. Relato de caso: Paciente feminina, 55 anos, com obesidade grau III, hipertensa,
com HP grave secundária a tromboembolismo pulmonar (TEP) crônico, com queixa de dispneia em repouso, em uso de oxigenioterapia
domiciliar. A cirurgia de tromboendoarterectomia inicialmente foi contraindicada por causa do excesso de peso e da gravidade do caso, que
conferia, conforme a experiência do nosso serviço, uma mortalidade associada ao procedimento de 100%. No exame físico inicial, estava
com peso de 140 kg, IMC de 54,7 kg/m2, normotensa. Os exames complementares iniciais (ver Tabela) apresentavam: gasometria arterial
em ar ambiente com paO2 de 35,2 mmHg, saturação de O2 de 64,5%; ecocardiograma com aumento importante de câmaras direitas e discreto de átrio esquerdo, importante regurgitação tricúspide, pressão estimada na artéria pulmonar (PSAP) de 118 mmHg; prova de função
pulmonar com CVF 1,76 L (59% do predito), VEF1 1,3 L (53% do predito) e VEF1/CVF 0,74. Além de dieta hipocalórica (1.000 kcal/
dia), fluoxetina 40 mg/dia e orlistate 360 mg/dia, foi proposta a colocação de BIG, com anuência da paciente, que permaneceu durante
sete meses.
Evolução gasimétrica e ecocardiográfica durante a perda ponderal
Peso
Gasometria arterial (ar ambiente)
Ecocardiograma
127,5 kg
106,6 kg
pO2 (mmHg)
35,2
58,2
91 kg
58,6
Sat O2
64,5%
90,2%
91,9%
FE
PSAP (mmHg)
75%
118
61%
109
56%
86
FE: fração de ejeção; PSAP: pressão sistólica estimada da artéria pulmonar.
Resultados: Ao fim de 18 meses, a paciente apresentava peso de 91 kg (IMC: 35,5 kg/m2), com perda de 49 kg (35% do peso) e apresentava
importante melhora clínica. Nos exames complementares, a gasometria arterial em ar ambiente mostrava um paO2 de 58,6 mmHg, saturação
de O2 de 91,9%; ecocardiograma com redução da PSAP para 86 mmHg. À manometria de câmaras direitas com cateter de Swan-Ganz, o
tronco da artéria pulmonar tinha pressão de 79 mmHg x 25 mmHg (após óxido nítrico). Após a melhora clínica associada à perda de peso, a
paciente pôde ser submetida à tromboendoarterectomia, sem intercorrências. Apresenta-se eupneica em ar ambiente e aguarda realização de
novos exames complementares. Discussão: A redução significativa do peso observada nessa paciente levou à importante melhora clínica e dos
parâmetros cardiorrespiratórios, possibilitando a realização de um procedimento cirúrgico de altíssimo risco. Recentemente foi relatado outro
caso de paciente com patologia pulmonar grave (shrinking lung), no qual a perda de peso com tratamento clínico e BIG levou à grande melhora da função pulmonar. O BIG pode ser uma boa alternativa inicial à cirurgia bariátrica em pacientes selecionados com obesidade mórbida
associada a condições clínicas graves e alto risco cirúrgico que necessitam perder peso.
S555
TEMAS LIVRES Pôsteres
Os pacientes participaram de grupo preparatório e acompanhamento por endocrinologista no pré e pós-operatório. Foram realizadas dosagens bioquímicas de lípides e glicemia, realizado o cálculo do índice de massa corpórea (IMC) e observada a ocorrência de tabagismo e
hipertensão arterial para o cálculo do risco cardiovascular pelo ERF antes e após 12 meses da cirurgia. Foi usada a mesma idade no cálculo
pré e pós-operatório, para evitar desvios. As análises estatísticas foram realizadas pelo teste de Mann Whitney com descrição da mediana e
range. Resultados: Avaliaram-se 17 homens e 67 mulheres, com média de idade de 42,2 ± 11,8 anos. Diabetes melito ocorreu em 9,5%
dos homens e 13% das mulheres no pré-operatório e em 2,4% dos homens e 4,7% das mulheres 12 meses após a cirurgia. Tabagismo estava
presente no pré-operatório em 1 homem (1,2%) e 4 mulheres (4,7%). Após 12 meses da cirurgia, somente 1 homem (1,2%) ainda fumava.
As medianas do peso geral e do IMC pré-operatório foram 115,85 kg (87-180) e 42,26 kg/m² (34,9-66,9), com redução significante 12
meses após a cirurgia para 76,5 kg (49-134) e 29,26 kg/m² (45,9-21,1; p < 0,001). Homens e mulheres apresentaram uma diminuição
significante no colesterol total (183,5 mg/dL vs. 157 mg/dL – p < 0,001), mas não significante aumento no HDL colesterol (46 mg/
dL vs. 47 mg/dL – p = 0,446). Ocorreu uma redução significante no ERF após a perda de peso: mediana escore pré-operatório de 5,5%
(1-36%) vs. 12 meses pós-operatório de 2,5% (1-20%) p < 0,001. A distribuição dos pacientes nas faixas de risco no pré-operatório (alto =
2; moderado = 11; baixo = 13 e muito baixo = 58) foi alterada significativamente para o mais baixo risco após 12 meses da cirurgia (alto =
0; moderado = 1; baixo = 2 e muito baixo = 81). Quando separados por gênero, os dados continuaram a mostrar uma redução significante
após 12 meses da cirurgia. Conclusão: Houve uma diminuição significante do escore de risco cardiovascular em dez anos após a perda
de peso, com mudança da maioria dos pacientes para a faixa de mais baixo risco e nenhum permaneceu com risco alto. A perda de peso
proporcionada pela cirurgia bariátrica, com melhora nos padrões de dislipidemia e diabetes, é um importante determinante da diminuição
do risco cardiovascular em pacientes obesos.
P16
IMPACTO DA CIRURGIA BARIÁTRICA NO TRATAMENTO DA OBESIDADE NO MUNICÍPIO DE MURIAÉ, MG
Monteiro RCB1, Almeida FHS1, Rezende FAC2
Diante das diversas comorbidades encontradas em obesos mórbidos e das dificuldades de se obter perdas de peso significativas com tratamentos tradicionais, a cirurgia bariátrica tornou-se uma das opções de tratamento para esses indivíduos. Este estudo verificou o impacto da
cirurgia bariátrica no tratamento da obesidade no município de Muriaé, MG. Trata-se de um estudo retrospectivo e transversal. A seleção da
amostra foi feita em maio/2007, a partir do cadastro dos pacientes (n = 66) submetidos à cirurgia de Fobi-Capella em um hospital de Muriaé,
MG. Critérios de inclusão no estudo foram residir no município no momento da entrevista e assinar o termo de consentimento. Coletaramse o peso pré-cirurgia e a altura a partir do cadastro hospitalar e o peso pós-cirurgia por meio do autorrelato no momento da entrevista.
Avaliou-se o estado nutricional pelo IMC segundo os pontos de corte da OMS (1998). A partir da data de realização da cirurgia registrada
no cadastro e da data da entrevista, calculou-se o tempo transcorrido após a cirurgia. Investigaram-se também os motivos que levaram os
participantes a realizarem a cirurgia e se houve acompanhamento nutricional no pré e pós-operatório. Analisaram-se os dados no SPSS versão
10.0. Adotou-se como nível de significância estatística valor de p < 0,05. Dos 62 pacientes residentes no município, 25 aceitaram participar
do estudo e possuíam idade entre 17 e 58 anos quando realizaram a cirurgia. No pré-operatório 24% eram obesos grau II (IMC: 35-39,9 kg/
m²) e 76% eram obesos grau III (IMC ≥ 40 kg/m²). Comparando-se o peso no pré-operatório e na entrevista realizada no pós-operatório,
verificou-se redução significativa (Tabela 1), sendo que 72% dos pacientes alcançaram valores de IMC < 30 kg/m² (Figura 1). Os participantes submeteram-se ao tratamento cirúrgico em virtude de: insucesso das dietas (18,2%), doenças associadas à obesidade (39,4%), peso
excessivo (30,3%) e comprometimento da qualidade de vida (12,1%). Do total de participantes, 52% dos pacientes tiveram acompanhamento
nutricional no pré-operatório e mantiveram o acompanhamento no pós-operatório até o momento da entrevista. Do restante, 20% realizaram
acompanhamento pós-operatório por 1 ano; 16%, nos 6 primeiros meses; 4%, durante 5 meses e os 8% restantes disseram ter abandonado o
acompanhamento. Do total de pacientes, 8% conseguiram atendimento nutricional pelo SUS, 20%, pelo plano de saúde e 72%, por consulta
particular. Conclui-se que a perda ponderal foi muito satisfatória e que o acompanhamento nutricional ainda se constitui em uma dificuldade
no tratamento cirúrgico do obeso.
Tabela 1. Dados antropométricos pré e pós-cirurgia bariátrica dos participantes
Média ± DP
Mediana
Mínimo-Máximo
Peso pré-operatório (kg)
Variáveis
119,04 ± 13,45
118,00
98-146,9
Peso pós-operatório (kg)
77,52 ± 13,78a
74,10
54-112
Perda de peso (kg)
41,52 ± 11,82
43,00
12-59,7
Perda de peso (%)
34,86 ± 9,14
35,60
9,68-46,53
Altura (m)
1,66 ± 0,07
1,70
1,53-1,84
IMC pré-operatório (kg/m²)
43,36 ± 4,42
42,30
36-55,25
IMC pós-operatório (kg/m²)
28,33 ± 5,39b
27,50
20,57-42,15
Tempo (meses)
17,28 ± 10,34
19,00
1,0-30,0
a p < 0,001 (teste de Mann Whitney); b p < 0,001 (teste t de Student).
50%
Obesidade Grau III
44%
Porcentagem dos pacientes
TEMAS LIVRES Pôsteres
¹Faculdade de Minas; ²UFMT.
40%
Obesidade Grau II
28%
30%
Obesidade Grau I
20%
16%
8%
10%
4%
Sobrepeso
Eutrofia
0%
Figura 1. Distribuição dos participantes segundo o IMC no pós-operatório.
S556
P17
HIPERPARATIREOIDISMO GRAVE APÓS CIRURGIA BARIÁTRICA – RELATO DE CASO
Melo ME, Halpern H, Reinhardt H, Bedone RV, Mancini MC
Introdução: A derivação gastrojejunal em Y de Roux (DGYR), técnica mais utilizada atualmente para tratamento cirúrgico da obesidade,
leva à diminuição da biodisponibilidade de cálcio e vitamina D. A queda dos níveis séricos de cálcio e vitamina D levam ao aumento do paratormônio (PTH) e ao consequente aumento da reabsorção óssea, alterações capazes de gerar osteopenia e/ou osteoporose nesses pacientes.
Além disso, a suplementação de cálcio e vitamina D realizada com os polivitamínicos mais comuns é, na maioria dos casos, insuficiente para
evitar o hiperparatireoidismo secundário, sendo necessária reposição adicional. Pacientes submetidos a esse tipo de procedimento devem ter o
metabolismo ósseo avaliado rotineiramente por meio da dosagem sérica de PTH e 25-OH-vitamina D, além de densitometria óssea (DMO).
Objetivo: Descrição do caso de uma paciente que apresentou nível muito elevado de PTH após DGYR e que normalizou após reposição com
vitamina D por via oral (v.o.). Material e métodos: M.G.C.S., feminina, 54 anos, com peso pré-operatório aproximado de 210 kg e índice de
massa corporal de 80,0 kg/m², submetida a DGYR pela técnica de Capella há mais de seis anos. Apresentava como comorbidades pré-operatórias hipertensão arterial sistêmica e osteoartrose grave nos joelhos. A paciente estava acamada há mais de um ano por complicações da artrose e
da obesidade. Resultados: No pós-operatório houve visível perda de peso, não quantificada por impossibilidade técnica. Na Tabela 1, encontra-se
a evolução dos valores dos exames relacionados ao metabolismo do cálcio. A dosagem de PTH e vitamina D não foi realizada antes da cirurgia. As funções hepática e renal permaneceram em valores normais durante todo o seguimento. No seguimento pós-operatório foi orientada
suplementação vitamínica com 400 UI de colecalciferol (vitamina D3) e 250 mg de carbonato de cálcio. Três anos depois, o PTH dosado
estava bastante elevado, com valor de 436 pg/mL (VR: 11-62 pg/mL). Apesar de não se dispor do PTH da paciente no pré-operatório, fez-se
um levantamento de 30 pacientes com idade entre 21 e 69 anos que tinham seu PTH dosado antes da cirurgia (Gráfico 1), observando que
a mediana foi de 47,5 pg/mL (19 – 124 pg/mL). Desse modo, o valor de PTH de 436 pg/mL foi significativamente maior que as medidas
de controles no pré-operatório. Foi iniciada reposição adicional com 2.000 UI de colecalciferol e carbonato de cálcio 1.000 mg ao dia v.o.,
além de orientação quanto à dieta rica em cálcio. Seis meses depois do início desse tratamento, o PTH dosado foi de 25 pg/mL. Um ano
depois, a paciente apresentou nova elevação do PTH, provavelmente pela suspensão do tratamento relatada pela paciente durante dois meses.
Retomando o uso correto da suplementação adicional, o PTH voltou a diminuir (Gráfico 2). Conclusão: O hiperparatireoidismo secundário
após DGYR pode ser grave, e a reposição não só de cálcio, mas também de vitamina D, é de suma importância para evitar a progressão para
osteoporose. Pacientes submetidos a tal procedimento sempre devem ter seu metabolismo ósseo avaliado com cuidado.
Evolução do PTH após suplementação adicional com vitamina D
140
500
120
400
PTH (pg/mL)
PTH (pg/mL)
Valores de PTH de 30 controles mormais no pré-operatório
100
80
60
300
200
100
40
0
20
36
42
45
54
56
Tempo pós-operatório (meses)
0
Gráfico 1.
Gráfico 2.
Tabela 1.
Exame (valor de referência)
36 meses
Pós-op
42 meses
Pós-op
45 meses
Pós-op
54 meses
Pós-op
56 meses
Pós-op
Cálcio total (8,6-10,2 mg/dL)
9,0
9,2
9,2
8,6
8,7
Cálcio iônico (4,6-5,3 mg/dL)
5,0
–
5,0
4,9
5,1
Fósforo (2,7-4,5 mg/dL)
3,9
4,0
4,2
3,6
4,5
PTH intacto (11-62 pg/mL)
436
25
32
186
79
25-OH vitamina D (9,0-37,6 ng/mL)
–
34,0
19
16,4
22,9
Fosfatase alcalina (35-104 U/L)
100
122
–
116
–
Albumina (3,5-5,5 g/dL)
3,9
–
–
3,5
–
S557
TEMAS LIVRES Pôsteres
HC-FMUSP.
P18
ALTERAÇÕES DA TESSITURA VOCAL DE CANTORES TENORES LÍRICOS SUBMETIDOS À DERIVAÇÃO GÁSTRICA – RELATO DE DOIS CASOS
Figueiredo AB, Mancini MC, Halpern A, Melo ME, Cercato C, Moraes CM, Palmanhani M
TEMAS LIVRES Pôsteres
Grupo de Obesidade e Síndrome Metabólica, HC-FMUSP.
Introdução: O som produzido pelas cordas vocais passa pelas regiões supraglótica, hipofaringe, orofaringe e nasofaringe, sofrendo alterações
durante esse trajeto. Alterações do peso corporal podem, potencialmente, originar mudanças de ressonância ou variações no registro, brilho, tessitura e/ou qualidade da voz. Vários estudos demonstram que os músculos envolvidos na inspiração contribuem para a regulação da
pressão subglótica durante a fonação, exercendo um papel importante no controle da frequência e da sonoridade de cantores líricos clássicos.
Indivíduos obesos apresentam, com frequência, um acúmulo anormal de gordura na região da faringe, que acarreta um estreitamento do
seu lúmen e, em consequência, uma amplificação da emissão sonora das frequências mais agudas – a principal característica da voz dos tenores. Após uma substancial perda de peso, mudanças anatômicas no trato vocal e na mecânica respiratória podem comprometer a qualidade
vocal. Objetivo e métodos: Documentar o caso de dois pacientes cantores tenores líricos que perderam a potência vocal após a perda de
peso. Resultados: Paciente 1 – Paciente masculino, com 39 anos de idade, pesando 143 kg (índice de massa corporal – IMC de 42,7 kg/
m², submetido à derivação gástrica em Y-de-Roux (DGYR). Depois de seis meses, com peso de 111 kg, perda acumulada de 32 kg e IMC
de 33,3 kg/m², queixou-se de modificação da voz. Paciente 2 – Paciente masculino, com 45 anos de idade e 169 kg (IMC de 57,7 kg/m²),
também submetido à DGYR. Após seis meses e perda acumulada de 53 kg, peso e IMC, respectivamente, de 116 kg e 39,7 kg/m², relatou
uma perda da potência vocal. Conclusão: Pacientes que fazem uso profissional da voz devem ser alertados sobre a possibilidade de alterações
vocais após perda de peso maciça.
P19
PREVALÊNCIA ELEVADA DE PAGOFAGIA APÓS DERIVAÇÃO GÁSTRICA
Mancini MC, Halpern A, Melo ME, Cercato C, Duarte J, Pajecki D, Kogler VL
Grupo de Obesidade e Divisão Cirúrgica, Departamento de Gastroenterologia, HC-FMUSP.
Introdução: Picacismo, a ingestão compulsiva de substâncias não nutritivas, é um fenômeno fascinante e pouco compreendido. Os primeiros estudiosos sugeriram que a maioria dos pacientes afetados sofria de deficiências bioquímicas (por exemplo, ferro) e postularam que o
comportamento refletia alguma compensação para a deficiência. No entanto, pesquisa posterior demonstrou ausência de evidência de que
as substâncias ingeridas provessem quaisquer tipos de micronutrientes dos quais os pacientes tivessem carência. Picacismo pode ser dividido
em subgrupos distintos definidos pela substância ingerida, sendo pagofagia o consumo compulsivo de gelo. A pagofagia foi recentemente identificada em pacientes submetidos à derivação gástrica em Y-de-Roux (DGYR). Objetivo: O propósito deste estudo é identificar o
consumo compulsivo de gelo por mais de um mês em uma população bariátrica com cinco anos ou mais de seguimento pós-operatório.
Métodos: Cento e catorze pacientes avaliados com um questionário específico. Resultados: Os pacientes apresentaram idade de 22 a 65
anos, sendo 95 mulheres e 19 homens. Oitenta e dois de 114 pacientes (95%) relataram a ingestão compulsiva de gelo. 2,6± Os exames
laboratoriais demonstraram nível médio de hemoglobina de 10,8 27,3 mcg/L. Conclusão: Picacismo, ±g/L e nível médio de ferritina de
18,3, especialmente pagofagia, parece ter uma prevalência curiosamente elevada na população bariátrica após DGYR. Uma análise futura
pode revelar se existe correlação da pagofagia com o perfil de ferro e outros nutrientes específicos e com a quantidade de peso perdido.
Nutricionistas e médicos devem perguntar a seus pacientes bariátricos sobre a presença de picacismo e aconselhá-los em relação aos riscos
para a saúde ligados a esse fenômeno.
P20
PERDA DE PESO COM BALÃO INTRAGÁSTRICO COMO TRATAMENTO COMPLEMENTAR DA SÍNDROME DE SHRINKING LUNG, UMA
MANIFESTAÇÃO PULMONAR DE LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
Dias Junior SA, Mancini MC, Halpern A, Oliveira EL, Heinhardt HL, Cercato C, Melo ME, Palmanhani MR
Grupo de Obesidade e Síndrome Metabólica, Disciplina de Endocrinologia, HC-FMUSP.
Introdução: Manifestações pulmonares, como pleurite, pneumonite e hemorragias podem ocorrer em pelo menos metade dos pacientes
com Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), mas a Síndrome de Shrinking Lung (SSL) é uma complicação rara e sem tratamento específico.
A SSL é caracterizada por um padrão restritivo pulmonar determinado por um prejuízo funcional dos músculos respiratórios, especialmente do
diafragma, na ausência de envolvimento visceral pulmonar. O quadro clínico caracteriza-se por dispneia leve a grave, podendo ser progressiva
ou apresentar períodos de remissão. A principal característica radiológica é a elevação do diafragma associado ou não a atelectasias e pulmões
de volumes reduzidos. A ausculta pulmonar geralmente é normal. O ganho de peso está ligado ao declínio da função pulmonar, uma vez
que indivíduos obesos podem apresentar redução do volume pulmonar com limitação de ventilação das bases, diminuição da complacência
e do diâmetro das vias aéreas, levando a alterações do volume de reserva expiratório e do gradiente alveolopulmonar. Objetivo, material e
métodos: Relato do caso de uma paciente com LES e SSL agravados pela obesidade, com emagrecimento por meio de tratamento clínico e
balão intragástrico (BIG). Resultados: C.V., 56 anos, sexo feminino, com diagnóstico de LES há 21 anos, com manifestação de SSL e ganho
progressivo de peso. Apresentava peso inicial de 110 kg, IMC de 50,2 kg/m2, prova de função pulmonar evidenciando distúrbio ventilatório
restritivo grave (Tabela 1). A tomografia de tórax evidenciava uma acentuada cifose torácica. A paciente foi submetida a uma dieta hipocalórica
e orlistate 120 mg, 1 cápsula 3 x/dia às refeições, com perda máxima de 9 kg e estabilização do peso. Indicado BIG, durante seis meses, que
resultou numa perda adicional de mais 9 kg, chegando a 92 kg e IMC de 42 kg/m², com melhora de todos os parâmetros da prova de função
pulmonar. Conclusão: Este é o primeiro relato que sugere emagrecimento com tratamento conservador associado a orlistate e BIG como
tratamento complementar na SSL associada à obesidade, levando à melhora marcante da função pulmonar.
S558
Tabela 1
Parâmetros da prova de função pulmonar
Pré-BIG
Após BIG
FVC (L)
47%
69%
FEV1 (L)
45%
39%
FEV1/FVC
94%
96%
FEF25-75% (L/S)
39%
39%
PEFR (L/S)
64%
64%
FVC: Capacidade vital forçada; FEV1: Volume expiratório forçado no 1º segundo; FEF25-75%: Volume expiratório forçado entre 25 e 75% da FVC; PEFR: Pico do fluxo expiratório.
P21
COMPLICAÇÕES PÓS-CIRURGIA BARIÁTRICA EM UMA PACIENTE COM DOENÇA DE CUSHING – RELATO DE CASO
HC-FMUSP.
Introdução: A Síndrome de Cushing (SC) é uma causa rara de obesidade mórbida e sua expressão clínica varia com o nível e tempo de exposição ao hipercortisolismo. Ganho de peso abrupto, diabetes ou intolerância à glicose, catabolismo muscular, hipertensão arterial (HAS) e
osteoporose são algumas das características clínicas da SC. Entretanto, esse diagnóstico pode não ser identificado nos pacientes obesos com
hipercortisolismo leve a moderado, necessitando rastreamento hormonal. A cirurgia de bypass gástrico em Y-de-Roux (BGYR) é considerada
uma terapêutica adequada para pacientes com obesidade grau 3 ou grau 2 associada a comorbidades, pois permite uma perda de peso significativa e sua manutenção a longo prazo. Contudo, os pacientes candidatos à cirurgia bariátrica devem ter o diagnóstico de SC excluído, visto
que a realização desse procedimento pode exacerbar a deficiência de absorção de nutrientes, principalmente de proteínas, vitaminas e cálcio.
Objetivo: Relatar uma paciente com obesidade mórbida submetida à cirurgia bariátrica na vigência de doença de Cushing não diagnosticada
previamente. Material e métodos: Relato de caso. Resultados: Paciente feminina, 43 anos, com ganho de 70 kg em três anos associado a
depressão, HAS, amenorreia, acnes, fraturas sem trauma significativo, com osteoporose – densitometria óssea (DO): T = -2,5 em L1-L4. Foi
submetida a BGYR em 2005 com 130 kg (IMC de 47,7 kg/m²). Perdeu 60 kg em dois anos (IMC de 25,7), apresentou três novas fraturas
e atrofia muscular importante, permanecendo acamada desde 07/2007. A DO mostrou piora acentuada da osteoporose entre 2005 e 2007:
escore T: L1-L4: -2,5 para -4,1 e colo do fêmur: -1,0 para -4,5. A paciente foi encaminhada ao HC-FMUSP em 10/2007, confirmando-se
o diagnóstico de SC ACTH-dependente e submetida a duas cirurgias transesfenoidais em 11/2007 e 12/2007, evoluindo com insuficiência
adrenal secundária pós-cirurgia, em reposição com glicocorticoide até o momento. O perfil metabólico ósseo mostrava aumento de marcadores de reabsorção e formação óssea, com PTH elevado e 25OH - vitamina D baixa, tendo sido tratada com carbonato de cálcio 1.500 mg/d,
vitamina D 2.000 U/d e ácido zoledrônico (em 12/2007 e 11/2008), com DO estável em 07/2008. A avaliação nutricional mostrou anemia
ferropriva e hipoalbuminemia, com bioimpedância evidenciando 62% do peso corporal de massa magra (normal: 72-78%), sendo optado por
realização de gastrostomia em estômago excluso para readequação nutricional em 12/2008, com administração de glutamina, hormônio de
crescimento e nandrolona para ganho de massa magra. Paciente atualmente encontra-se em acompanhamento ambulatorial, com últimos
exames mostrando melhora dos marcadores ósseos e correção de hipoalbuminemia. Conclusão: Este caso ilustra a necessidade de exclusão
do diagnóstico de SC em pacientes obesos antes da cirurgia bariátrica, chamando a atenção o fato de já apresentar osteoporose e antecedente
de fratura, ambos pouco comuns em pacientes obesos. O atraso no diagnóstico da SC nesta paciente, associado à cirurgia bariátrica, acarretou
piora do metabolismo ósseo, culminando com múltiplas fraturas e restrição definitiva ao leito da paciente.
P22
PERDA DE PESO APÓS CIRURGIA BARIÁTRICA EM PACIENTES COM E SEM TRANSTORNOS ALIMENTARES NO PRÉ-OPERATÓRIO
Miyake C, Lage AZ, Favorito Neto G, Hafiz LA, Carvalho LF, Trabachin ML, Aldin MN, Paulista RC, Silva SR, Silva SR, Medeiros T, Pavin AE
Total Care Amil – SP; Hospital Ipiranga.
Introdução: O estado emocional dos pacientes que procuram a cirurgia bariátrica é muito variável. Estudos mostram que 25 a 30% das pessoas
podem apresentar sintomas de depressão e quase 50% apresentam algum grau de transtorno alimentar. Ainda não se demonstrou consistentemente que as alterações psicopatológicas encontradas no pré-operatório estejam associadas com pior perda de peso no pós-operatório e alguns
estudos mostram uma maior perda de peso em pacientes com depressão ou história de tratamento psiquiátrico. Por outro lado, depressão
maior e outras psicopatologias podem estar associadas com resultados piores, inclusive com complicações clínicas. Objetivo: Comparar a perda
de peso um ano após a cirurgia bariátrica dos pacientes com transtornos alimentares no pré-operatório com a perda de peso dos pacientes
sem transtornos alimentares na avaliação psicológica pré-operatória. Material e métodos: Foram avaliados 137 pacientes que se submeteram
a gastroplastia redutora em Y de Roux há no mínimo um ano. Avaliou-se a porcentagem de perda de peso após um ano da cirurgia, sendo
considerado resultado satisfatório perda > 30% do peso inicial. Os pacientes foram avaliados quanto à presença de transtornos alimentares
por meio dos seguintes testes: Escala de Compulsão Alimentar Periódica (ECAP), sendo classificados em dois grupos: ausência ou presença
de compulsão alimentar e Teste de Investigação de Bulemia de Edimburgo (BITE), sendo classificados em três categorias: sem bulemia, provável bulemia e com bulemia. A comparação entre os resultados do ECAP e BITE com a porcentagem de perda de peso foi feita por meio
do teste do chi-quadrado. Resultados: Dos 137 pacientes totais, 97 (70.8%) perderam 30% ou mais do peso inicial. Na avaliação psicológica
pré-operatória 132 pacientes preencheram o teste de ECAP e 29.5% dos pacientes tinham compulsão alimentar contra 70.5% sem compulsão
alimentar. Quanto ao BITE, 132 pacientes o preencheram e 15.1% não tinham bulemia, 41.7% tinham provável bulemia e 43.2% tinham
bulemia. Não houve diferença estatística na comparação entre a porcentagem de perda de peso (> 30% ou < 30%) e o resultado do ECAP
(ausência ou presença de compulsão alimentar) com P = 0.745, ou seja, os pacientes com compulsão alimentar não tiveram porcentagem me-
S559
TEMAS LIVRES Pôsteres
Mancini MC, Fragoso MCBV, Alves BB, Mendonça BB, Domenice S, Lerario AM, Melo ME, Vieira DSA
nor de perda de peso um ano após a gastroplastia. Também não houve diferença estatística entre a porcentagem de perda de peso (> 30% ou
< 30%) e o BITE (sem bulemia, provável bulemia e com bulemia) com P = 0.329, ou seja, os pacientes com bulemia ou provável bulemia ao
teste não tiveram pior perda de peso um ano após a gastroplastia. Conclusão: Embora alguns autores tenham descrito que as psicopatologias
podem estar associadas à pior perda de peso após a gastroplastia, na nossa série não houve perda pior de peso nos pacientes que apresentaram
transtornos alimentares na avaliação psicológica pré-operatória avaliados por meio dos testes ECAP e BITE.
P23
PERFIL DE PACIENTES OBESOS CANDIDATOS À CIRURGIA BARIÁTRICA DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE RECIFE, PE
Lima LC, Queiroz WQ, Freitas FF, Miranda SR, Sousa BS, Assis PP, Silva SA
TEMAS LIVRES Pôsteres
Hospital Universitário Oswaldo Cruz/Programa de Residência em Nutrição Clínica.
Introdução: Para estudos epidemiológicos, tem sido aceito o conceito de obesidade pelo índice de massa corporal (IMC) ou “índice de quetelet”, que relaciona o peso com a altura ao quadrado, igual ou maior do que 30 kg/m2, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), independentemente do sexo e idade. Objetivo: Avaliar as características clínicas de pacientes obesos que se encontram na espera para cirurgia bariátrica
e correlacioná-las com os diferentes graus de obesidade. Material e método: Os dados do estudo foram obtidos por meio de formulários dos
pacientes atendidos no período de 2007 a 2009. Os dados coletados foram sexo, idade, IMC e presença de complicações clínicas: hipertensão
arterial, diabetes melito, osteopatias, distúrbios do sono, respiratórios, sexuais, endócrinos e psíquicos. Os valores de IMC foram distribuídos
conforme classificação da Sociedade Americana de Cirurgia Bariátrica e Federação Internacional de Cirurgia da Obesidade: obesidade moderada
(30 a 34,9 kg/m2), obesidade grave (35 a 39,9 kg/m2), obesidade mórbida (40 a 49,9 kg/m2), superobesidade (50 a 59,9 kg/m2) e supersuperobesidade (≥ de 60 Kg/m2). Resultados: Foram avaliados 357 pacientes obesos (77,3% do sexo feminino) com idade média de 47,6 ±
7,6 anos e o IMC médio de 36,03 ± 9,33 kg/m2 (variando de 35,1 a 81,9 kg/m2). Desses, 55,2% se encontravam na classe de obesidade grave
e 26,6% na classe de obesidade mórbida. O perfil dos pacientes constatava: 69,2% de hipertensão arterial, 11,5% de diabetes melito, 88,2%
de osteopatias, 77,8% de distúrbios do sono, 23% de distúrbios respiratórios, 7,3% de distúrbios sexuais, 33,9% de distúrbios endócrinos e
4,2% de distúrbios psíquicos. Os pacientes obesos graves tiveram prevalência significativamente maior de distúrbios respiratórios (p = 0,003)
e hipertensão arterial (p = 0,026). As demais comorbidades não apresentaram correlação estatisticamente significativa em relação às classes de
IMC. Conclusão: A elevada frequência de complicações em pacientes obesos pode contribuir para uma má qualidade de vida nessa população.
O tratamento cirúrgico, aliado a uma mudança comportamental, pode contribuir com controle/desaparecimento de tais sinais/sintomas.
P24
TRANSTORNOS DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR EM MULHERES OBESAS CANDIDATAS A BYPASS GÁSTRICO EM Y DE ROUX
Calixto-Lima L, Queiroz WQ, Freitas FF, Miranda SR, Sousa BS, Silva SA, Assis PP
Hospital Universitário Oswaldo Cruz/Programa de Residência em Nutrição Clínica.
Introdução: A obesidade é um importante problema de saúde pública, tendo em vista sua alta prevalência, a dificuldade no seu controle e
o elevado índice de recidiva. Diante da dificuldade em obter bons resultados nos tratamentos de redução de peso, a procura pela cirurgia da
obesidade aumentou e vem sendo realizada com sucesso. Entretanto, existe sempre a preocupação de que alterações do comportamento alimentar possam vir a trazer complicações pós-operatórias e comprometer o resultado da cirurgia. Objetivo: Avaliar a frequência de transtornos
do comportamento alimentar em mulheres obesas candidatas a bypass gástrico em Y de Roux. Material e método: Os dados do estudo foram
obtidos por meio de formulários dos pacientes atendidos no período de 2007 a 2009. Os dados coletados foram sexo, idade, IMC, número
de tratamentos dietoterápicos realizados e presença de transtornos do comportamento alimentar: bulimia, episódios compulsivos de comer
(Binge Eating) e beliscadores. Resultados: Foram avaliados 276 pacientes inscritos no programa de espera para cirurgia bariátrica, com idade
média de 36,1 ± 9,6. O IMC variou de 35,1 a 80 kg/m2 (média 47,08 ± 7,24). Entre os transtornos alimentares, 71% foram classificados
como beliscadores, 67,8% referiram apresentar algum episódio de comer compulsivo e apenas 1,8% referiu episódios bulímicos. Conclusão:
A alta prevalência de distúrbios do comportamento alimentar nessa população reflete a necessidade de aprimorar o diagnóstico precoce desses
distúrbios, possibilitando um tratamento adequado e bons resultados no pós-operatório da cirurgia bariátrica.
P25
PERFIL ANTROPOMÉTRICO E CLÍNICO DOS PACIENTES QUE REALIZARAM A CIRURGIA BARIÁTRICA NO HOSPITAL SANTA HELENA,
EM SÃO BERNARDO DO CAMPO
Azevedo FR, Fujo F, Carra MK, Cruz PA, Gouveia MAP, Chamma JM, Moraes FK, Lima MMMP
Centro Universitário São Camilo.
Introdução: A cirurgia bariátrica é atualmente considerada o mais efetivo tratamento para a redução do peso e manutenção dessa perda em
pacientes com obesidade grave, tornando-se o procedimento mais realizado em todo mundo. Objetivo: Este estudo teve como objetivo avaliar
o perfil antropométrico e clínico, após um ano, de obesos submetidos à cirurgia bariátrica por técnica de Fobi-Capella, em um hospital em São
Bernardo do Campo. Metodologia: Foram avaliados, retrospectivamente, 34 indivíduos, por meio de dados existentes no prontuário médico. Os
dados foram coletados durante o período de outubro a dezembro de 2008. Os dados antropométricos coletados no pré-operatório foram peso
corporal, altura, circunferência abdominal, e foi calculado o Índice de Massa Corpórea (IMC). Foram coletados no pré-operatório os dados clínicos
de pressão arterial e dosagens bioquímicas de glicemia em jejum, TG, CTL. Após o período de 12 meses do pós–operatório, foram avaliados os
mesmos dados, além de perda ponderal em relação ao peso inicial, porcentagem de perda de peso em excesso (PPE%), melhora das comorbidades
e deficiências nutricionais adquiridas. Para comparação dos dados dos valores obtidos antes da cirurgia (pré-cirúrgico) e após um ano de cirurgia
(pós-cirúrgico), utilizou-se o teste “t” de Student para amostras independentes. Resultados e discussão: A média de perda ponderal encontrada
foi de 33,38 ± 8,15 kg, sendo a média de PPE% encontrada de 72,12 ± 17,71, estatisticamente significativa (p < 0,0001). A média de IMC encon-
S560
trada no pré- operatório foi de 45,23 ± 3,833 kg/m², evoluindo para 30,43 ± 4,239 kg/m² em um ano de pós-operatório. Todas as comorbidades
avaliadas apresentaram melhoras estatisticamente significativas, somente os níveis séricos de TG não apresentaram significância estatística. Apesar
das medidas profiláticas adotadas no pós-operatório, a deficiência de vitamina B12 pode ser verificada em 33,3%, e 20% apresentou deficiência de
cálcio. Nenhum indivíduo apresentou deficiência de ferro após um ano de cirurgia. Conclusão: Os pacientes que realizaram a cirurgia bariátrica,
incluídos no estudo, apresentaram perda de peso de acordo com o encontrado na literatura científica e melhora das comorbidades advindas da
obesidade. O acompanhamento da equipe multidisciplinar é essencial no pós-operatório para manutenção dos resultados positivos obtidos, e a alimentação adequada irá proporcionar a máxima eficácia do tratamento. Palavras-chave: Obesidade mórbida, cirurgia bariátrica, perfil nutricional.
P26
IMPACTO DA PERDA DE PESO PÓS-CIRURGIA BARIÁTRICA SOBRE O ARCO PLANTAR
Souza SAF, Pedroni Junior M, Fonseca ICB, Valezi AC, Fabris SM
Objetivo: Investigar a influência de perda de peso na altura do arco longitudinal medial (ALM), em indivíduos severamente obesos submetidos à cirurgia bariátrica. Material: Pacientes (n = 14; idade 43.0 ± 12.4 anos; 78.5% feminino) do departamento de cirurgia da Universidade
Estadual de Londrina. Método: Estudo prospectivo em dois momentos: pré-operatório (IMC 45.6 ± 6.0 kg/m2) e pós-operatório (IMC
45.6 ± 6.0 kg/m2); cerca de (11.0 ± 2.3 meses) após cirurgia. Realizou-se análise biomecânica da altura do arco longitudinal medial (ALM),
por meio de impressão plantar bipodálica, estática, fornecida pela plataforma de baropodometria, em que Índice de Staheli (IS) foi calculado
para ambos os pés. Foram executados análise estatística descritiva, teste t de Student pareado e a correlação de Pearson usando Biostat 3.0.
Resultados: Teste t pareado revelou diferença significante em IMC (p ≤ 0.0001), com uma redução de 33.7% de índice de massa de corpórea
e IS para pé direito (p = 0.0008), pé esquerdo (p ≤ 0.0001). A correlação de Pearson mostrou diferenças significantes entre IMC e IS no pé
direito (r = 0.62); pé esquerdo (r = 0.38) e entre ambos os pés (r = 0.72). Conclusão: Perda de peso após a cirurgia bariátrica altera a altura
de arco longitudinal medial e, por conseguinte, a classificação do tipo do pé. Palavras-chave: Obesidade, arco plantar, cirurgia bariátrica.
P27
EFEITO DO EXCESSO DE PESO NA POSTURA DE INDIVÍDUOS OBESOS GRAVES
Souza SAF, Fonseca ICB, Valezi AC, Fabris SM
UEL.
Introdução: Alteração postural em indivíduos obesos pode contribuir para efeitos adversos sobre ossos e articulações, o que pode interferir
no pós-operatório e na qualidade de vida. Objetivo: Investigar as principais alterações posturais em indivíduos no pré-operatório de cirurgia
bariátrica. Material e método: Os pacientes foram estratificados como grupo 1, candidatos bariátricos (n = 15; 80% do sexo feminino, idade
50,0 ± 14,2 anos, IMC 42,5 ± 8,2 kg/m2) e grupo 2, indivíduos não obesos (n = 15; 93,3% do sexo feminino, idade 32,6 ± 18,5 anos, IMC
21,3 ± 1,6 kg/m2). Para a análise da postura utilizou-se um simetrógrafo, que permite a avaliação das linhas e ângulos corporais. Foram
avaliados os desvios angulares do eixo vertical do corpo nas vistas anterior, lateral e posterior (cabeça, ombros, triângulo de Thales, coluna,
pelve, joelhos, tornozelos e pé). Resultados: Evidenciaram-se os efeitos da obesidade sobre a postura, nos principais segmentos esqueléticos
(P < 0,05). As alterações observadas incluíram pé plano, tornozelo e joelho valgo, hiperextensão dos joelhos, anteversão e antepulsão pélvica,
abdômen protuso e inclinação de cabeça. Conclusões: 1) Os indivíduos obesos graves, em geral, apresentam desvio do seu eixo de gravidade
para compensar a carga excessiva, gerando, assim, estresse e deformidades em ossos e articulações; 2) Avaliação e acompanhamento dessa
população por uma equipe multidisciplinar se faz necessária. Palavras-Chave: Obesidade, postura, excesso de peso
P28
FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA: UMA MEDIDA EM OBESOS SEVEROS
Fabris SM, Moraes MPI, Moraes M, Alves CHR, Galvan CCR, Valezi AC, Souza SAF
UEL.
Indivíduos severamente obesos podem apresentar função respiratória prejudicada e ineficiência dos músculos respiratórios. A avaliação da força
dos músculos respiratórios é feita por meio da manuvacuometria com a medida da pressão inspiratória máxima (PIM) e expiratória máxima
(PEM). É considerada um método simples, prático e preciso na avaliação de força muscular e é recomendada na avaliação de pacientes clínicos
e cirúrgicos, pois alterações nas pressões respiratórias correlacionam-se com complicações respiratórias por causa do comprometimento dessa
musculatura. Objetivo: Avaliar e comparar a força muscular respiratória (FMR) entre mulheres com obesidade severa no pré-operatório de
cirurgia bariátrica com mulheres não obesas. Material e Método: Foram avaliadas 33 pacientes com obesidade severa com idade de 48 ± 10
anos, IMC de 46 ± 12 kg/m2, candidatas à cirurgia bariátrica, e 32 mulheres não obesas (47 ± 5 anos e IMC de 24 ± 3 kg/m2). A FMR foi
quantificada em ambos os grupos com um manovacuômetro digital MVD 500 de variação de -300 a +300 cmH2O, obtendo-se o melhor
valor de três medidas satisfatórias. Para comparar os valores pressóricos entre os grupos, foi utilizado o teste t de Student não pareado e o teste
t de Student pareado para comparar os valores preditos com os valores obtidos, sendo o nível de significância de 5%. Resultados: Os valores
encontrados na população com obesidade severa apresentaram redução significativa da PImax (69,7 ± 25,6 versus 102,5 ± 9,8 cmH2O) e da
PEmax (79,6 ± 28,7 versus 104,1 ± 10,4 cmH2O) comparativamente às mulheres não obesas. Quando comparado com os valores previstos,
foi verificado que as mulheres obesas apresentaram menores valores para a PImax (79% do predito) e para a PEmax (68% do predito), respectivamente. Conclusão: A obesidade severa leva à redução da FMR, evidenciando o impacto do excesso de peso. Palavras-chave: Força muscular
respiratória, pressão inspiratória máxima, pressão expiratória máxima, obesidade grave.
S561
TEMAS LIVRES Pôsteres
UEL.
P29
COMPULSÃO ALIMENTAR E PERCENTUAL DE PERDA DE EXCESSO DE PESO EM PORTADORES DE OBESIDADE GRAVE SUBMETIDOS À
CIRURGIA BARIÁTRICA NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA
Carvalho KMB, Thoma I, Paula AS, Silva MMLC, Chang TCW, Gonzaga MFM, Motta LACR, Porto LGG, Porto ALA, Naves LA, Oliveira MLS
TEMAS LIVRES Pôsteres
Hospital Universitário de Brasília, Serviço de Endocrinologia.
Introdução: Portadores de obesidade grave apresentam maior prevalência de compulsão alimentar periódica (CAP) e critérios para transtorno de compulsão alimentar periódica. No Hospital Universitário de Brasília (HUB), o tratamento dessa condição clínica envolve
atendimento multiprofissional com endocrinologistas, nutricionistas, psicólogos e cirurgiões, que compõem o Programa de Assistência
aos Obesos (PASSO). Objetivos: Avaliar a proporção de CAP nas fases pré e pós-operatória de cirurgia de obesidade (bypass gástrico em
Y de Roux) em pacientes atendidos no PASSO, bem como a associação de CAP com o percentual de perda de excesso de peso (PPEP).
Métodos: Foram avaliados 51 participantes (46 mulheres – 90,2%), com média +-SD de idade de 42,6 +- 9,6 anos e IMC pré-operatório
de 51,0 +- 9,2 kg/m2, que compareceram a evento de avaliação (I Encontro do Ambulatório de Obesidade Grave do HUB). Na ocasião,
foi avaliado o hábito alimentar, com base em questionário, para posterior comparação com a presença de CAP na fase pré-cirúrgica, conforme registros de prontuário. Foram analisados os tempos medianos (extremos) de cirurgia e as frequências absolutas e relativas de CAP.
A associação entre a presença de CAP antes da cirurgia e o sucesso cirúrgico (> = 50% PPEP) foi avaliada pelo teste qui-quadrado. Foram
comparados, de forma pareada, os valores de IMC pré-operatórios (admissão) e pós-operatórios (na avaliação), pelo teste de Wilcoxon.
Comparou-se o PPEP entre os pacientes com e sem CAP pelo teste de Mann-Whitney, bem como o PPEP por tempo de cirurgia (de 1-6
meses, de 7-18 meses e mais de 18 meses pós-cirurgia), pelo teste de Kruskal-Wallis. Diante da distribuição não normal de algumas variáveis (Shapiro-Wilk), empregou-se estatística não paramétrica, ao nível de significância de 5%. Resultados: O tempo mediano (extremos)
pós-cirurgia foi de 8 meses (1-63), sendo que 18 participantes (35,3%) tinham sido operados há menos de 6 meses, 19 (37,3%), entre 7
e 18 meses e 14 (27,5%), há mais de 18 meses. O IMC pré-cirurgia foi maior que o pós: 50,9 kg/m2 (35,4-77,5) e 34,7 kg/m2 (24,362,6), respectivamente (p < 0,001). O PPEP do grupo foi de 58,2% (26,8-93,9%), sendo de 62,8 % (26,8–93,9%) entre aqueles com
CAP e de 54,2% (35,5-75) naqueles sem CAP (p = 0,31). O PPEP daqueles com menos de 6 meses de pós-operatório foi menor, 46,8%
(26,8-70,7%), em relação àqueles entre 7-18 meses, 62,7% (37,5-90,4%), e àqueles com mais de 18 meses, 70,9% (38,0-93,9%) (p < 0,05),
sendo semelhante nos 2 últimos grupos (p > 0,05). Foram identificados 39 casos (76,5%) de CAP no pré-operatório e apenas 3 (5,9%) no
período pós-operatório. Não houve associação entre a proporção de obesos com CAP no pré-operatório e o sucesso cirúrgico (X^2 = 0,28;
p = 0,60). Conclusão: Nos pacientes avaliados, observou-se significativa redução de IMC e PPEP após a cirurgia. Esses achados foram
independentes da presença de CAP na fase pré-operatória. Como esperado, o PPEP foi dependente do tempo após a cirurgia, sendo menor
naqueles com menos de 6 meses do procedimento.
P30
ESTUDO DO PADRÃO ALIMENTAR TARDIO EM PACIENTES SUBMETIDOS À DERIVAÇÃO GÁSTRICA COM BANDAGEM
EM Y-DE-ROUX
Valezi AC, Costa LD, Brito SJ
UEL.
Introdução: O tratamento efetivo de pacientes com obesidade grave tem sido cirúrgico e a cirurgia de derivação gástrica em Y de Roux
utilizada em nosso meio caracteriza-se por uma redução importante tanto na capacidade quanto no esvaziamento gástrico. Objetivo: Avaliar o padrão alimentar de pacientes submetidos à derivação gástrica em Y-de-Roux ante as modificações decorrentes da capacidade gástrica
reduzida, caracterizando preferências e intolerâncias alimentares. Metodologia: Foi realizado um estudo prospectivo descritivo com 116
pacientes após 1 ano de cirurgia de derivação gástrica em Y-de-Roux, no Ambulatório de Cirurgia do Aparelho Digestório do Hospital de
Clínicas da Universidade Estadual de Londrina. Após livre consentimento dos pacientes, foi aplicado um questionário abordando questões
referentes ao padrão alimentar, tipo de alimento consumido, número de refeições diárias, tempo gasto com as refeições, capacidade de
consumir carnes, arroz, feijão, vegetais, frutas e derivados de leite assim como alimentos preferidos e não tolerados. Foram questionados
também quanto à frequência de vômitos e sintomas de dumping. Foi solicitado que o paciente descrevesse como se sentia em relação à
alimentação atual comparada à alimentação anterior, sem se referir à quantidade de alimento ingerido. Resultados: A idade dos pacientes
variou de 20 a 65 anos, sendo 91 (78,44%) do gênero feminino e 25 (24,13%) do gênero masculino. O IMC pré-operatório dos homens
foi de 47,6 kg/m e das mulheres foi de 47,8 kg/m e média de peso pré-operatório dos homens foi de 142 kg e das mulheres foi de 125
kg. Um total de 50% dos pacientes apresentaram alguns sintomas relacionados à síndrome de dumping, referindo com maior frequência
diarreia e fraqueza; em relação aos vômitos, 50,8% apresentaram vômitos induzidos e 13,7% vômitos espontâneos. Do total dos pacientes
52,5% apresentaram consumo de alimentos hipercalóricos como chocolate, sorvete, doces e refrigerantes e 58% apresentaram intolerância
por algum tipo de alimento, sendo mais citados o arroz, carne bovina e verduras cruas. A maior parte dos pacientes apresentou boa aceitação
por leite e derivados (89,65%), frutas (59,4%) e legumes cozidos (68%). Referiram boa aceitação a pães e feijão e, quanto às carnes, aceitavam
melhor carne suína e frango. Conclusão: Com o questionário proposto foi possível conhecer o padrão alimentar do pacientes. Considerando
as modificações do padrão alimentar após a cirurgia, os pacientes devem ser motivados ao seguimento pós-operatório regular a longo prazo
para evitar distúrbios nutricionais.
S562
P31
BENEFÍCIOS DA PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA NA VIDA DE DUAS MULHERES QUE SE SUBMETERAM À CIRURGIA BARIÁTRICA –­
ESTUDO DE CASO
Soares A, Gomes MA, Duarte MFS
Introdução: A obesidade atingiu proporções epidêmicas mundiais, tanto que nos últimos anos se tornou uma doença tão comum. Boa parte
da população obesa já tentou de alguma forma reduzir seu peso, mas normalmente acaba em fracassos recorrentes, particularmente nos casos
mais graves (como os obesos mórbidos). Modificações no padrão alimentar, estabelecimento de atividade física regular, além de algumas barreiras (físicas ou psicológicas), constituem-se práticas difíceis de programar em longo prazo. Objetivo: Investigar a contribuição da atividade
física na vida de duas mulheres que foram submetidas à cirurgia bariátrica, sua percepção em relação à saúde, os níveis de atividade física,
autoestima e autoimagem, depressão e barreiras no ambiente comunitário. Materiais e métodos: Os dados foram obtidos a partir de uma
entrevista semiestruturada e questionários validados (IPAQ, versão curta – Celafiscs, 2003), Questionário de Steglich (1978), Inventário de
depressão de Beck (1961), NEWS – Brasil (Malavasi et al., 2006), Percepção de saúde (CDC – Centers for Disease Control and Prevention,
1999), critério de classificação econômica Brasil (ABEP, 2007) e informações gerais (sexo, idade, escolaridade, estado conjugal e aposentadoria). Resultado: As duas mulheres fazem atividade física 3 x/semana, num centro de reabilitação cardíaca e geral. Encontram-se na meiaidade (45 e 51 anos); uma cursou até o Ensino Médio (não concluído) e a outra o Ensino Superior. Uma é casada, a outra solteira; não são
aposentadas, possuindo uma renda de mais de três salários mínimos; são da classe B1 e C (segundo classificação da ABEP). Pela classificação
do IPAQ as duas são consideradas muito ativas, uma acumula 840 min/semana em atividade física e a outra 695 min/semana. Essa diferença
pode ter ocorrido pelo estilo de vida das duas, pois uma é funcionária pública e passa 8 h/dia sentada e a outra é dona de casa e está sempre à
procura de atividades (as mais ativas possíveis). Apresentaram uma percepção de saúde boa e também depressão. A autoestima e a autoimagem
não apresentaram resultados tão favoráveis e precisam de maior atenção, porém elas constataram que nesse momento, se não fosse pela prática
de atividade física, a situação poderia ser pior. Em relação às barreiras ambientais, os resultados foram satisfatórios, indicando que existem
possibilidades de uma vida fisicamente ativa, também no lazer. Conclusão: Parece que a atividade física contribui de forma benéfica na vida
dessas mulheres. Dessa forma recomenda-se o aumento na prática de atividade física, a fim de favorecer a manutenção e perda de peso, além
de propiciar uma melhora na condição da autoestima e autoimagem. Atividades de lazer, para amenizar a percepção de estados depressivos.
Acompanhamento psicológico, para tentar melhorar autoestima e autoimagem, e o envolvimento em atividades sociais, que possibilite um
aumento na rede social. Palavras-chave: Obesidade mórbida, cirurgia bariátrica, atividade motora.
P32
APLICAÇÃO DO ÍNDICE DE ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL ADAPTADO À POPULAÇÃO BRASILEIRA EM OBESOS MÓRBIDOS EM
PREPARO PARA CIRURGIA DE OBESIDADE
Arruda SLM, Carvalho KMB, Melendez-Araújo MS
UnB;; Clínica Dr. Sérgio Arruda.
Introdução: O aconselhamento nutricional antes da cirurgia de obesidade tem como objetivo contribuir para a perda de peso, reduzindo os
riscos cirúrgicos e de mortalidade associados às comorbidades. Contudo, essa perda ponderal deve ser uma consequência da redução na quantidade de alimentos e da melhora na qualidade nutricional da dieta. Diante da dificuldade em realizar avaliações qualitativas, foi criado o índice
de alimentação saudável adaptado à população brasileira (IASad), considerado um método eficiente na avaliação das variáveis representativas
de uma dieta adequada, mas ainda não testado em pacientes obesos mórbidos. Objetivo: Verificar as alterações no IASad e sua correlação
com parâmetros relacionados a perda de peso e alteração no consumo energético em indivíduos obesos mórbidos no período pré-operatório
de cirurgia de obesidade. Material e métodos: Em um período de 8 a 16 semanas (média: 12,1 ± 2,3), 60 pacientes em preparo para gastroplastia redutora com bypass gástrico em Y-de-Roux foram acompanhados nutricionalmente, visando à perda de peso e preparo para a cirurgia.
Todos receberam dieta hipocalórica e orientações gerais para alimentação saudável. Antes e após a intervenção, foram aferidos peso e altura,
para cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC), e aplicado o recordatório de 24 horas. Além do cálculo do valor energético total consumido
(VET), os alimentos relatados foram convertidos em porções e categorizados em oito grupos: cereais, frutas, hortaliças, leguminosas, produtos
lácteos, carnes, doces e açúcares, óleos e gorduras. Além disso, foram avaliados os nutrientes (gordura total, saturada e colesterol) e a variedade. A cada componente foi atribuído um escore, totalizando o IASad. Foram utilizados balança Filizola® (capacidade: 300 kg; precisão: 100
g), estadiômetro Seca® (precisão: 1 mm). Para análise dos dados, foi utilizado o programa SPSS versão 17.0. Aplicou-se o teste t pareado e
independente para avaliar as alterações nos parâmetros nos dois momentos e a correlação de Pearson para investigação da associação entre as
variáveis. Resultados: Antes do acompanhamento, o VET (1903 ± 1049) foi significativamente maior do que ao final da intervenção (1325
± 602; p < 0,001). Da mesma forma, houve redução significante do IMC (inicial: 41,4 ± 4,7 kg/m2; final: 40,9 ± 4,0 kg/m2; p = 0,002).
Contudo, não foi encontrada alteração significante do IASad durante a intervenção (p = 0,304). Observou-se uma correlação positiva entre a
alteração do IASad e a variação do VET (r = 0,39 e p = 0,002). A redução no consumo de energia não apresentou correlação com aumento da
pontuação referente às porções dos grupos alimentares (r = 0,398 e p = 0,002). Conclusões: No grupo estudado, o tempo de intervenção foi
suficiente para promover perda de peso e redução no VET, porém essa perda ponderal não foi acompanhada de uma melhora na qualidade da
dieta, segundo o IASad ou seu critério de avaliação referente às porções de grupos alimentares. Outros estudos são necessários para comprovar
a aplicação desse índice em obesos mórbidos.
S563
TEMAS LIVRES Pôsteres
UFSC.
P33
A REDUÇÃO DA CAVIDADE GÁSTRICA POR CIRURGIA BARIÁTRICA (CAPELLA) NÃO AFETA A ABSORÇÃO DE L-TIROXINA
Galrão AL, Medeiros-Neto G, Zanini AC, Santo MA, Rubio I
TEMAS LIVRES Pôsteres
Clínica Médica e Cirurgia do Aparelho Digestivo, USP.
A absorção gastrointestinal de L-Tiroxina (LT4) depende de sua dissolução no meio ácido existente na cavidade gástrica. Pacientes com gastrite atrófica ou crônica apresentam declínio de absorção no meio alcalino duodenal por causa da menor dissolução da LT4 no ambiente gástrico.
Nessas circunstâncias pode haver necessidade de elevar a dose diária de LT4 de 22% a 34%. O número de pacientes obesos com elevado índice
de massa corporal (IMC > 40 kg/m²) vem, progressivamente, aumentando. Tal fenômeno levou a número crescente de cirurgias bariátricas
(restrição de volume gástrico e encurtamento do tubo gastrointestinal). Este estudo teve como objetivo verificar se obesos grau III, na fase
inicial, até seis meses após cirurgia bariátrica (Capella), apresentam menor absorção de LT4 em comparação a obesos grau III que estariam,
ainda, aguardando a cirurgia. Foram incluídos 15 pacientes obesos, dos quais seis previamente operados (índice de massa corpórea – IMC: 34
+ 5,1 kg/m2) e nove ainda não submetidos a cirurgia (IMC: 44 + 4,9 kg/m2). Após coletas de duas amostras de sangue com intervalo de 30
minutos, os pacientes receberam por via oral 600 ug de LT4 e novas amostras foram coletadas após 30, 60, 90, 120, 180, 240, 300 e 24 horas
da medicação para mensuração sérica de T4 total, T4 livre e de TSH. Para estimar a quantidade absorvida de LT4, foi considerado o máximo
incremento do valor de T4 sérico, o índice de massa corpórea dos pacientes e a dose de LT4. Todos os pacientes apresentaram resultados
negativos para a dosagem do anticorpo anticélula parietal gástrica, confirmando a ausência de gastrite atrófica. A análise dos resultados não
mostrou diferenças nos valores de T4 livre, TSH, e T4 total, ao longo do tempo entre os dois grupos de pacientes. O índice de absorção de
LT4 nos pacientes operados (28,2 + 16) foi semelhante ao dos não operados (26,9 + 6), p = 0,5, sugerindo que a nova situação de redução
do volume gástrico não alterou a absorção de L-Tiroxina no trato intestinal. Esses resultados sugerem que as novas formulações de L-Tiroxina
são rapidamente dissolvidas em meio gástrico reduzido e prontamente dissolvidas no segmento intestinal. A dissolução do comprimido de Lt4,
subsequente absorção intestinal, não é afetada pela redução da cavidade gástrica.
P34
OBESIDADE E INCONTINÊNCIA URINÁRIA
Fabris SM, Moraes MPI, Moraes M, Alves CHR, Valezi AC, Souza SAF, Faker, GC
UEL.
A Incontinência Urinária (IU) é uma doença que acomete mulheres de todas as idades e afeta a qualidade de vida. Dos fatores associados
à IU, a obesidade severa contribui ou agrava o seu desenvolvimento. Objetivo: Avaliar a frequência de incontinência urinária em mulheres
com obesidade severa, por meio da aplicação de um questionário de frequência da incontinência urinária. Material e método: Foram avaliadas 52 mulheres com idade de 40,8 ± 7,6 anos e IMC de 51,3 ± 8,4 kg/m². O questionário utilizado para avaliar a frequência da IU foi o
“Questionnaire survey on female urinary frequency and incontinence”, Tomoe et al. (2005), composto por nove questões sobre a presença
de incontinência urinária, duração, frequência das micções, situações relacionadas à perda de urina, aspectos sobre as atividades de vida diária,
busca por tratamento e informações sobre a condição. Foi aplicada uma escala análoga visual numerada de 0 a 10, como medida da gravidade
dos sintomas de incontinência. Resultados: A frequência de micções diárias foi de 8,0 ± 2,4/dia, e noctúria de 4,1 ± 3,7 vezes. A perda de
urina foi relatada pela maioria das mulheres, classificada como diária em 31%, semanal em 26% e mensal em 43%. A interferência da IU em
atividades sociais e profissionais foi relatada como de maior impacto por 78,9% das pacientes. Quando questionadas sobre a procura de tratamento, somente 10.6% afirmaram que procuraram tratamento especializado. Conclusão: Foi observado que mulheres com obesidade severa
apresentam IU. Palavras-chave: Obesidade severa, incontinência urinária.
P35
PERDA DE PESO E PERFIL METABÓLICO DE PACIENTES HIPOTIROIDEOS APÓS DOIS ANOS DE CIRURGIA DE OBESIDADE
Oliveira ML, Carneiro CP, Huang W, Melendez-Araújo MS, Arruda SLM
Clínica Dr. Sérgio Arruda – Cirurgia Geral e Bariátrica.
Introdução: A prevalência de hipotiroidismo na população mundial é de 4-5%, sendo de 10-15% em indivíduos obesos. A fisiopatologia dos
hormônios tireoideanos na obesidade mórbida ainda não é bem elucidada, mas sabe-se que os hormônios tireoidianos influenciam diretamente
no gasto energético, no perfil metabólico e na perda de peso. Objetivo: Analisar o perfil metabólico e a porcentagem de perda do excesso de
peso em pacientes hipotiroideos após dois anos de cirurgia bariátrica. Materiais e métodos: 505 pacientes candidatos à gastroplastia redutora
em Y-de-Roux foram divididos em hipotiroideos (H) e eutiroideos (E), sendo avaliados em três momentos: antes, após um ano e após dois anos
de cirurgia. Foram aferidos o peso e a altura para cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC) e da porcentagem de perda do excesso de peso
(% PEP). O perfil metabólico foi avaliado pela presença de síndrome metabólica. Resultados: Dos 505 pacientes, 423 eram do sexo feminino
(83,7%) e 54 indivíduos eram hipotiroideos (10,7%). A porcentagem de mulheres e homens hipotiroideos era de 12,1% e 3,7%, respectivamente
(p = 0,04). No grupo H, 51 (94,4%) eram mulheres e a média de IMC antes da cirurgia foi de 41,5 ± 5,1 kg/m2, sem diferença estatisticamente
significante com o IMC do grupo E (42,2 ± 4,7 kg/m2; p = 0,22). Entre os grupos H e E, as médias de idade eram de 39,9 ± 10 anos e 36,8 ±
10,3 anos, respectivamente (p = 0,03). Duzentos e noventa e quatro pacientes (58,2%) apresentavam síndrome metabólica. Desses, 57% eram H e
59%, E (p = 0,92). Após um ano de cirurgia, a diferença na %PEP foi estatisticamente significante entre os grupos, sendo 61.4 ± 10.2% no grupo
H e 71.3 ± 15.1% no grupo E (p = 0.0001). Porém, após dois anos, essa diferença não mais ocorreu (H = 68,9 ± 13,7% e E = 71,2 ± 16,4%; p
= 0,18). Conclusões: Nessa população, as mulheres apresentaram maior prevalência de hipotiroidismo em comparação com os homens. Além
disso, o grupo H apresentou idade mais avançada do que os eutiroideos. Quanto à diferença de perda de peso entre os grupos, a % PEP entre
os hipotiroideos foi menor no primeiro ano pós-cirúrgico, tornando-se estatisticamente semelhante no segundo ano. Assim, após dois anos de
cirurgia, houve sucesso na perda de peso, independentemente da presença de hipotiroidismo.
S564
P36
EFEITO DE UM PROGRAMA DE EXERCÍCIO FÍSICO SOBRE A CAPACIDADE AERÓBICA E FUNCIONAL DE INDIVÍDUOS COM
OBESIDADE SEVERA
Souza SAF, Moraes M, Moraes MPI, Alves CHR, Galvan CCR, Fabris SM
Introdução: O exercício físico tem sido apontado como importante fator na prevenção de doenças, entre elas a obesidade. O objetivo deste
estudo foi avaliar o efeito de um programa de exercício de curta duração sobre a capacidade aeróbica e a capacidade funcional. Método: 29
pacientes classificados com obesidade grave, com média de idade de 43,1 ± 11,0 anos, IMC 47,2 ± 13,4 kg/m2, 91% do sexo feminino, participaram do estudo. Os participantes foram divididos aleatoriamente em grupos: I) um grupo que realizou 8 semanas de exercícios, esteira,
bicicleta e circuito de exercícios identificados como (G1, n = 14) e II) um grupo que realizou 8 semanas de exercícios de força e treinamento
aeróbio, composto exclusivamente de bicicleta e/ou esteira identificada pela (G2, n = 15). Resultados: Os grupos mostraram melhora da
capacidade funcional em relação às atividades diárias (p ≤ 0,05). Conclusão: Esses resultados indicam que, mesmo com programa de exercícios
de curta duração (8 semanas), os indivíduos com obesidade severa apresentam melhora da capacidade aeróbica e da capacidade funcional.
Palavras-chave: Obesidade severa, exercício físico, capacidade aeróbica.
P37
CARACTERÍSTICAS SOCIODEMOGRÁFICAS, PERFIL CORPORAL E PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA DE OBESOS MÓRBIDOS
CATARINENSES SUBMETIDOS À CIRURGIA BARIÁTRICA
Duarte MFS, Gomes MA, Soares A
UFSC.
Introdução: A obesidade é considerada uma doença metabólica, crônica e de origem multifatorial com reflexos extremamente graves e de
prevalência crescente, sendo um problema de saúde que resulta em outras comorbidades com consequências físicas, psicológicas, sociais e
econômicas, além de ocasionar uma redução na expectativa de vida. Objetivo: Caracterizar os obesos mórbidos quanto às variáveis sociodemográficas, perfil corporal e a prática de atividade física, antes e depois de cirurgia bariátrica. Metodologia: Os dados foram obtidos nos
prontuários médicos do Hospital Universitário (HU), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), no período de março a maio de
2009, de pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa
com Seres Humanos da UFSC. Obteve-se informações sobre a região de residência, etnia, escolaridade, sexo, renda familiar, número de filhos,
massa corporal, Índice de Massa Corporal (IMC), histórico e origem da obesidade e prática de atividade física antes da cirurgia e até o mês de
maio de 2009. Foram encontrados 197 pacientes, que realizaram a cirurgia bariátrica entre janeiro de 2007 a fevereiro de 2009. Resultado:
Pode-se verificar que: a média de idade foi de 40,64 ± 10,04 anos, 84,3% eram do sexo feminino, 78,7% se declararam como de etnia branca,
75,6% eram casados, com média de dois filhos, 29,8% tinham como ocupação cuidar do lar ou ser aposentados/desempregados, 20,2% tinham
menos de 8 anos de estudo, 44,7% vieram da região da grande Florianópolis. Antes da cirurgia a média da massa corporal foi de 123,6 kg;
88,4% eram obesos mórbidos grau III e com média do IMC de 46,37 kg/m2. Após a cirurgia (até maio de 2009) a média da massa corporal
foi de 85,12 kg, sendo que 26,9% dos obesos já seriam classificados como grau I e tendo como média do IMC 31,97 kg/m2. A média de perda
de peso total foi de 39,34 kg, dividida em períodos: 3 meses (23,35 kg), 6 meses (24,15 kg), 9 meses (37,22 kg), 12 meses (33,31 kg) e 24
meses (42,74 kg). O mínimo de massa corporal perdida foi 7,8 kg e o máximo foi de 110,65 kg. Para 33,5% dos participantes a obesidade
teve sua origem na infância e 36% referiram ter histórico familiar de obesidade; 86,3% não faziam atividade física antes da cirurgia e depois
da cirurgia esse percentual aumentou para 88,8%. Conclusão: Nesta amostra de obesos mórbidos catarinenses verificou-se que a maioria era
composta por mulheres com poucos recursos financeiros, o que coincide com o perfil apresentado em outros estudos a respeito da população
atendida no SUS. O perfil corporal apresenta-se substancialmente mudado após a cirurgia, porém, apesar de os pacientes estarem com menor
massa corporal, apenas 11,2% se envolveram na prática de atividade física como coadjuvante na perda de peso, o que poderia estar levando
também à perda da massa muscular. Palavras-chave: Obesidade mórbida, cirurgia bariátrica, perfil corporal, atividade física.
P38
PERDA DE PESO APÓS BYPASS GÁSTRICO EM Y-DE-ROUX COM ANEL DE SILICONE: SEGUIMENTO DE OITO ANOS
Souza SAF, Valezi AC, Mali Junior J
UEL.
Introdução: O objetivo da cirurgia bariátrica é a perda de peso e sua manutenção no longo prazo. Apesar disso, são poucos os estudos com
seguimento superior a cinco anos. Avaliou-se a efetividade do bypass gástrico com anel de silicone em Y-de-Roux (BGASYR) em promover
perda de peso com seguimento de oito anos. Métodos: De maio de 1999 a dezembro de 2000, 211 pacientes obesos mórbidos foram submetidos ao BGASYR pela mesma equipe cirúrgica. O estudo foi longitudinal, prospectivo e descritivo. A análise da perda ponderal foi baseada
na perda do excesso de peso em porcentagem e no cálculo do Índice de Massa Corpórea (IMC). A falha terapêutica foi considerada quando
o paciente perdeu menos que 50% do excesso do peso. Resultados: Houve seguimento de 154 pacientes. A perda global do excesso do peso
foi de 67,6% ± 14,9 no primeiro ano de pós-operatório; 72,6% ± 14,9 no segundo ano; 69,7 ± 15,1 no quinto ano e de 66,8 ± 7,6 com oito
anos de pós-operatório. A falha do tratamento cirúrgico aconteceu em 15 pacientes (7,1%). Conclusões: BGASYR foi efetiva em promover e
manter a perda de peso oito anos após a cirurgia.
S565
TEMAS LIVRES Pôsteres
UEL.
P39
INTERDISCIPLINARIDADE OU MULTIDISCIPLINARIDADE: QUAL A MELHOR ABORDAGEM NO TRABALHO DE CIRURGIA
BARIÁTRICA?
Nascimento VCM
TEMAS LIVRES Pôsteres
Mestranda em Saúde Coletiva, UFF.
Vivemos numa sociedade globalizada onde a velocidade da comunicação acelera e potencializa a produção de novos conhecimentos.
A articulação entre diferentes saberes na busca da integralidade de ações profissionais e qualidade dos serviços prestados é um dos marcos
relevantes da atualidade. A concepção de equipe de trabalho é um tema presente em diversos setores, imposto pelo desenvolvimento e pela
complexidade do mundo moderno. Esse modelo de produção gera relações de dependência e complementaridade de conhecimentos e
habilidades, além da necessidade de se somar esforços para alcançar objetivos que isoladamente não seriam possíveis ou o seriam de forma
mais trabalhosa ou inadequada. A Obesidade Mórbida, doença crônica e multicausal, necessita da sinergia de diferentes especialidades de
forma a gerar uma interface convergente em múltiplas ações e serviços de natureza e complexidade variadas. Tenho como objetivo destacar
as diferenças entre a prática do trabalho multidisciplinar e interdisciplinar, além de contribuir para a reflexão sobre as repercussões em cada
tipo de abordagem no acompanhamento de pacientes submetidos à cirurgia bariátrica. Na multidisciplinaridade, recorre-se a informações de
várias áreas do saber (como, por exemplo: endocrinologia, clínica médica, cirurgia, psicologia, nutrição, educação física, fisioterapeuta, etc.)
para estudar um determinado elemento (obesidade), sem a preocupação de cooperar ou interligar as disciplinas entre si, proporcionando
uma visão fragmentada do objeto de estudo. Berger conceitua como “justaposição de disciplinas diversas, às vezes sem relação aparente
entre elas”. As contribuições das diversas categorias profissionais são complementares, e não integrativas. Na interdisciplinaridade se estabelece uma coesão e interação (intercâmbio mútuo e integração recíproca) entre as disciplinas, sendo possível obter uma visão holística e
integrada, compreendendo o problema como um todo. As diferentes áreas se integram, trocando informações e conhecimentos, há conexão
e intercomunicação, o que proporciona uma visão mais globalizada, ampla e enriquecedora. Segundo Gusdorf, “a interdisciplinaridade supõe abertura de pensamento, curiosidade que se busca além de si mesmo”. Cada profissional faz parte de uma equipe de trabalho com um
objetivo único, obtido pelo consenso/negociação/discussão, e está engajado em alcançá-lo de forma compartilhada. Levando em consideração a particularidade e a complexidade que o tema “obesidade” apresenta, percebe-se que nenhuma disciplina por si só conseguiria uma
compreensão totalizadora acerca das diversas interfaces da doença, reconhecida desde 1997 pela Organização Mundial de Saúde como um
grave problema de saúde pública. O trabalho interdisciplinar é um grande desafio que passa pela disponibilidade individual de abertura para
aquisição de novos saberes e pelo constante aprendizado coletivo da necessidade de uma prática democrática, integradora, que contemple as
diferenças e valorize a comunicação aberta, além do desenvolvimento da capacidade e da criatividade de cada um e do grupo, como corresponsáveis pelos sucessos e fracassos da equipe.
P40
“MAS EU ME MORDO DE CIÚME!” – ESTUDO REALIZADO COM OS CÔNJUGES DE PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA
BARIÁTRICA
Costa LD, Vargas VM
Ambulatório do HC-UEL.
Introdução: Pacientes portadores de obesidade mórbida submetidos à cirurgia bariátrica vêm obtendo drástica redução de peso, além
de melhora das comorbidades e da qualidade de vida em geral. Essa rápida mudança corpórea produz visível melhora no que se refere
à autoestima e altera também várias áreas de sua vida subjetiva e relacional. Em dez anos de acompanhamento desses pacientes no pré e
pós-cirúrgico, observou-se em alguns casos um aspecto que vem complicando a relação conjugal: o aparecimento de ciúmes do cônjuge
em relação ao paciente que foi submetido à cirurgia bariátrica. Objetivo: Detectar e analisar aspectos da situação conjugal, principalmente
o sentimento de ciúmes do cônjuge para com o paciente submetido à cirurgia bariátrica. Material e método: Foram realizadas análise e
discussão dos discursos produzidos por meio de entrevistas clínicas com os pacientes e seus cônjuges, ouvidos separadamente. Resultados:
Destacaram-se os seguintes aspectos com relação ao paciente que foi submetido à cirurgia: relato de aumento da vaidade, segurança, da
capacidade de verbalização de insatisfações, da autoconfiança, da capacidade de exigir mais e fazer cobranças no relacionamento, reavaliação
de prioridades. Em seu cônjuge: relato de aumento significativo da insegurança, desconfiança e ciúmes. Esses fatores, quando somados,
aumentaram a frequência de discussões e em alguns casos ocasionaram separações conjugais. Conclusões: Os resultados reforçam a necessidade de estender o trabalho psicológico no pós-cirúrgico com os pacientes submetidos à cirurgia a seus cônjuges, pois os resultados
mostraram que em alguns casos as mudanças decorrentes da cirurgia bariátrica podem gerar complicações no relacionamento e colocar em
risco a continuidade da vida conjugal.
S566
P41
ACOMPANHAMENTO PSICOLÓGICO NA CIRURGIA BARIÁTRICA: RETROSPECTIVA DE DEZ ANOS
Vargas VM, Costa LD
Introdução: A obesidade vem sendo considerada um problema de saúde pública; observa-se um aumento mundial de sua ocorrência nas
últimas décadas e sua comorbidade, pois dela derivam outras patologias que prejudicam e colocam em risco a vida dos pacientes. A cirurgia
bariátrica vem sendo um dos tratamentos indicados nos casos de obesidade mórbida, e a psicologia e a nutrição têm sido algumas das áreas
envolvidas no processo de seleção e acompanhamento desses pacientes. Objetivo: Esta pesquisa foi realizada ao longo de dez anos de trabalho com esses pacientes e tem como objetivo analisar a atuação da psicologia e nutrição realizadas no ambulatório do HC/UEL e apresentar
propostas e possibilidades de acompanhamento desses pacientes em um serviço público. Materiais e métodos: Análise de experiência de atendimentos clínicos em várias modalidades de funcionamento antes e depois de serem submetidos à cirurgia bariátrica na atuação da psicologia
e nutrição realizadas ao longo de dez anos de trabalho. Resultados: A análise retrospectiva dos dados mostrou que a psicologia e a nutrição
foram evoluindo em sua proposta de atuação e têm muito a contribuir, produzindo novos rumos a esse segmento, complementando o procedimento cirúrgico para uma melhor adaptação e resultados da cirurgia. Ressalta-se a importância da oferta de opções de acompanhamento
variadas como atendimento individual pré e pós-operatório em suas respectivas áreas, atendimento em grupo pré e pós-operatório, atendimento familiar pré e pós-operatório, além de palestras educativas e atividades práticas. Muito mais que participar do processo de avaliação
desses pacientes, o acompanhamento pré e pós-cirúrgico que priorize a escuta desses pacientes com um atendimento personalizado a cada
necessidade pode contribuir efetivamente para que o emagrecimento e a melhora na saúde – proporcionados pela cirurgia bariátrica – sejam
realmente sustentados e duradouros.
P42
CIRURGIA DE FOBI-CAPELLA: EFEITOS SOBRE A PERDA PONDERAL E COMORBIDADES
Ferreira HS, Barbosa EMWG
Ufal, Hospital Universitário Prof. Alberto Antunes.
A cirurgia bariátrica constitui-se em opção de tratamento da obesidade severa com índice de sucesso consistente. Este estudo analisou os
efeitos da cirurgia bariátrica sobre a perda ponderal e patologias associadas à obesidade. Foram avaliadas, prospectivamente, 135 mulheres
inseridas no Programa de Cirurgia Bariátrica de um hospital público, por meio do SUS, submetidas à cirurgia de Fobi-Capella sob a intervenção da mesma equipe multiprofissional. Foram considerados os períodos pré-operatório (T1) e pós-operatório (T2) entre 12 e 24 meses após
a cirurgia. Utilizaram-se as fichas de atendimento ambulatorial em nutrição e os prontuários para coleta das variáveis: idade, massa corporal,
IMC, comorbidades e uso de medicamentos (para hipertensão, diabetes e dislipidemia). A idade média foi de 33,9 + 9,3 anos, variando de 16
a 57 anos. Os valores médios em T1 e T2 foram, respectivamente: peso 120,9 ± 16,5 kg e 75,0 ± 13,4 kg; IMC 47,05 ± 5,0 kg/m² e 29,2
± 4,3 kg/m². Em T1 todas apresentaram comorbidades e 6 (4,4%) apresentavam uma única comorbidade, enquanto em T2 7 (5,2%) não
apresentaram doenças e em 48 (35,5%) não houve informação, observando-se uma redução no número de doenças de 75%. A dislipidemia foi
mais prevalente (94,1%), seguida de doenças gástricas (88,1%), doenças articulares (50,4%), esteatose hepática (49,6%), hipertensão arterial
(45,2%) e diabetes melito tipo 2 (17%), estas últimas reduzidas para 3,7% e 0,7%. O uso de medicamentos em T1 totalizou 71,1%, reduzindo
para 7,2% em T2. As diferenças foram estatisticamente significativas (p < 0,05). A cirurgia bariátrica foi eficaz no tratamento da obesidade
severa e das comorbidades associadas, contribuindo para a saúde e a qualidade de vida, corroborando estudos semelhantes.
P43
RISCO CARDIOVASCULAR EM OBESOS MÓRBIDOS SUBMETIDOS À CIRURGIA BARIÁTRICA
Barbosa EMWG, Ferreira HS, Silva MAM
Ufal, Hospital Universitário Prof. Alberto Antunes.
Estudos epidemiológicos estabelecem uma associação entre obesidade e fatores de risco para doença cardiovascular. Este trabalho analisou
o impacto da cirurgia bariátrica sobre os fatores de risco cardiovascular (FRCV), segundo categorias de IMC. Foram avaliadas, prospectivamente, 135 mulheres inseridas no Programa de Cirurgia Bariátrica de um hospital público, por meio do SUS, submetidas à cirurgia de
Fobi-Capella sob a intervenção da mesma equipe multiprofissional. Consideraram-se os períodos pré-operatório (T1) e pós-operatório (T2)
entre 12 a 24 meses após a cirurgia. A coleta das variáveis foi realizada por meio da ficha de atendimento em nutrição e dos prontuários. A
população foi estratificada em tercis com 45 indivíduos, segundo critérios de IMC pré-cirúrgico. Fizeram parte do 1º tercil aquelas com IMC
entre 37,53 e 44,06 kg/m² e do 2º e 3º tercis, aquelas com IMC entre 44,20 e 48,30 kg/m² e 48,63 e 62,87 kg/m², respectivamente. Os
fatores de risco cardiovascular foram avaliados segundo o índice de FRCV (somatório de FRCV em integrantes do grupo divididos pelo N
do grupo), sendo consideradas: obesidade (IMC > 30 kg/m²), adiposidade visceral (circunferência da cintura > 80 cm), hipertensão arterial,
dislipidemia e 9,0 anos; ±hiperglicemia. Os valores médios por tercis em T1: idade 32,7 10,1 anos; IMC 42,1 + 1,6 kg/m²; 46,2 ± 1,2 kg/m²
e 52,6 ± 3,6 kg; ± 8,6 anos e 33,6 ± 35,4 CC 119,6 ± 8,1 cm; 124,5 ± 7,7 cm e 136,7 ± 9,7 cm. Médias em T2: IMC 26,7 ± 3,1 kg/m²; 28,2
± 3,8 kg/m²; 32,8 ± 3,6 kg/m². CC 87,3 ± 10,1 cm; 90,5 ± 10,3 cm; 94,7 ± 9,3 cm. A redução do índice de FRCV entre T1 e T2 por tercis
foi, respectivamente: -2,15; -1,81; -1,89. A redução entre os períodos analisados foi altamente significativa (p < 0,001). Não houve diferenças
(p > 0,05) entre os grupos quando avaliados no mesmo tempo. Os dados corroboram os estudos populacionais, em que a obesidade tem valor
preditivo para DCV a longo prazo, especialmente em indivíduos jovens. Nesta população, a cirurgia promoveu a perda ponderal, com reflexos
sobre os FRCV e sobre a saúde e a qualidade de vida, independentemente do IMC pré-operatório.
S567
TEMAS LIVRES Pôsteres
Ambulatório do HC-UEL.
P44
ATUAÇÃO TRANSDISCIPLINAR NA OBESIDADE: NUTRIÇÃO, PSICOLOGIA E HOMEOPATIA
Cunha J, Freitas G
TEMAS LIVRES Pôsteres
UFG.
A instalação da obesidade pode ser considerada como um importante fator preditivo para complicações orgânicas, sociais e psicológicas. Para
prevenir essas consequências, torna-se imprescindível a participação do paciente no que se refere à adesão ao tratamento proposto pela equipe
de saúde, que basicamente consiste em mudança do estilo de vida. Para que isso ocorra, há necessidade de intersecção entre aspectos objetivos
e subjetivos, ou seja, entre a transmissão sistematizada de informações ao paciente sobre a doença e o tratamento e intervenção sobre suas características de personalidade que podem interferir diretamente na mudança do estilo de vida. O presente estudo teve como objetivo apresentar
a experiência de nossa equipe por meio de relato de caso, utilizando a nutrição, psicoterapia e homeopatia como técnicas de intervenção em
pacientes obesos. Para isso foram realizados encontros com a equipe de forma sistemática; pelo menos uma vez por semana os pacientes eram
vistos por um dos profissionais da equipe. Foram acompanhadas três mulheres obesas por 24 a 30 meses com prescrição dietética, homeopática e
em acompanhamento psicoterápico semanal/quinzenal. As dietas prescritas apresentavam valor calórico entre 1.800 a 2.200 kcal. As prescrições
homeopáticas foram diversas, incluindo potencias diferenciadas ao longo do tratamento, a depender do caso. A abordagem psicoterápica foi
baseada no modelo cognitivo-comportamental e teve como foco trabalhar fatores emocionais e comportamentais associados à inadequação alimentar, oferecendo suporte cientificamente fundamentado para uma reeducação alimentar elaborada e permanente. As três mulheres perderam
peso de forma significativa (10 ± 2,64 kg) e ainda se mantêm no programa transdisciplinar. A psicoterapia, inserida em uma abordagem multiprofissional, demonstrou ser eficiente no tratamento dessas pacientes, ao favorecer a tomada de consciência de aspectos emocionais associados
na sua história de vida, que pudessem ser intervenientes no processo de mudança efetiva e adesão ao tratamento. Essa abordagem, em conjunto
com a nutrição, reforçou pontos importantes como disciplina e autocuidado, ao mesmo tempo em que focava na saúde global do indivíduo,
em favorecimento ao seguimento das dietas. Por outro lado, a homeopatia pareceu potencializar e reforçar essa mudança de estilo de vida de
forma natural, segundo relato das mulheres. A intervenção transdisciplinar é um importante agente para a melhora do nível de conhecimento
dos pacientes sobre sua condição de saúde e necessidade de participação ativa no tratamento para prevenção das complicações. Ele ainda pode
demonstrar grande efeito sobre a adesão ao tratamento quando se comparou resultados com outras mulheres que ingressaram no serviço, em
mesmo tempo e condições, de forma isola,a visando apenas à redução ponderal, evidenciando, assim, a complexidade do quadro de obesidade.
P45
ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL SUBJETIVA GLOBAL E TRIAGEM NUTRICIONAL EM PACIENTES CARDÍACOS
Plata RG, Soares AMN, Borba LG
Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia.
O Serviço de Nutrição e Dietética realizou o estudo no período entre janeiro e junho de 2008 e teve como objetivo validar a utilização da
Triagem Nutricional em Cardiologia (TNC), elaborada pelos profissionais envolvidos, comparando-a à Avaliação Nutricional Subjetiva Global
(ANSG), elaborada por Detsky, para adultos entre 18 e 59 anos e a primeira fase da ANSG elaborada por Guigoz (Miniavaliação Nutricional),
para idosos a partir de 60 anos. Foram avaliados 747 pacientes; 438 eram homens e 309 mulheres, em que em até 72 após a internação o paciente era submetido à avaliação do risco nutricional por meio da ANSEG de Detsky ou de Guigoz, com a TNC elaborada pelos profissionais
envolvidos neste estudo. O estudo se fez necessário, pois o perfil nutricional dos pacientes atendidos durante a internação é em média (baseado
no ano de 2008) de 18,4% de desnutrição, 44,6% de eutrofia e 18,4% de sobrepeso e 17,6% apresentando obesidade, o que representa 82%
de pacientes sem desnutrição, dificultando a avaliação para determinar o risco nutricional. O estudo encontrou que 58,6% dos pacientes eram
do sexo masculino. Na TNC foram encontrados 61,5% de pacientes em risco nutricional e na ANSG para idosos, 60%. Dessa forma, ambas
demonstraram eficiência para essa faixa etária. Enquanto na ANSG para adultos, se comparada à TNC, apenas 0,7% dos pacientes apresentaram
risco nutricional comparados aos 64,9% dos pacientes submetidos à Triagem Nutricional, o que demonstra que na população cardíaca em que
o perfil nutricional é representado por pacientes em sua maioria por eutróficos, sobrepeso e obesidade, a TNC se apresentou mais criteriosa na
identificação do risco nutricional em pacientes com esse perfil nutricional. Conclui-se que a eficiência da TNC para pacientes idosos, comparada
à ANSG dessa faixa etária, se assemelha, podendo ambas ser utilizadas na população cardiopata. Já na mesma comparação realizada com a TNC
e a ANSG por Detsky, a TNC se mostrou mais voltada ao perfil de pacientes cardíacos, pois, mesmo sem os sinais clássicos de desnutrição, identificou o risco nutricional por meio do perfil analisado do paciente, e isso foi facilitado por a TNC não conter escore para perfil diagnóstico.
P46
DIFERENTES GRAUS DE OBESIDADE E SUAS COMPLICAÇÕES EM ADOLESCENTES
Lavrador MSF, Taddei JAAC, Colugnati FAB, Escrivão MAMS, Abbes PT
Unifesp/EPM.
Objetivo: Avaliar complicações metabólicas associadas a diferentes graus de obesidade em adolescentes, mostrando o impacto na síndrome
metabólica. Material e método: Estudo transversal com 80 adolescentes obesos (IMC ≥ 2 escores-z), distribuídos em dois grupos: acima ou
igual a +2,5 z-IMC e abaixo deste, denominados obesos de maior e menor grau de obesidade, respectivamente. Foram realizados: exame físico
e avaliação bioquímica. Na análise estatística foi aplicado o teste qui-quadrado com a finalidade de comparar os dois grupos. Foram desenvolvidos escores de risco para síndrome metabólica, de acordo com o número de alterações encontradas nas seguintes variáveis: glicemia de jejum,
triglicérides, HDL e pressão arterial e verificadas associações entre esses escores e o grau de obesidade. Resultados: Os adolescentes com maior
grau de obesidade apresentaram maiores frequências de alterações para glicemia, HOMA-IR, triglicérides, HDL e pressão arterial (p < 0,05).
O escore de risco demonstrou que 57,7% dos adolescentes com maiores graus de obesidade tinham duas ou mais alterações metabólicas para
16,7% do outro grupo (p < 0,001). Conclusão: O grau da obesidade influenciou o aparecimento de alterações que compõem a síndrome metabólica, aumentando o risco cardiovascular. Palavras-chave: Índice de Massa Corporal; obesidade; adolescente; cardiovascular, fatores de risco.
S568
P47
CARACTERIZAÇÃO DE UMA AMOSTRA DE PACIENTES ATENDIDOS NO SERVIÇO DE REFERÊNCIA ESTADUAL DE OBESIDADE DE
MATO GROSSO
Stocco EJP, Faria APS, Abech DMD, Ávila ALC, Pizarro CB, Moura AD, Rodrigues LD, Graças SG, Santiago W, Palma MTM, Bortoli DM, Pinheiro
MM, Melo LM, Souza JS, Monteiro EGG
Introdução: A obesidade é considerada uma epidemia global que leva ao comprometimento do bem-estar físico e mental dos indivíduos.
Preconiza-se o atendimento multiprofissional e diagnóstico e tratamento o mais precocemente possível. Objetivo: Caracterizar os pacientes
atendidos no Serviço Estadual de Referência de Obesidade no período de agosto/2004 a dezembro/2005. Material e métodos: Estudo
retrospectivo, com análise de prontuários por 17 meses, pacientes com IMC ≥ 30; a amostra foi constituída por 1.115 pacientes com idade
superior a 18 anos. Resultados: A idade média foi de 42 anos, IMC mínimo de 30,1 e máximo de 85,4, o grupo foi subdividido em graus I,
II e III de obesidade e descrito na tabela 1. Conclusões: Este estudo mostra que a obesidade é mais prevalente no sexo feminino, talvez porque procurem mais o serviço para tratamento, os homens, quando procuram, já estão em um grau mais grave e a obesidade, nessa população,
aumentou com a idade. Foi observado um grande número de pacientes com transtorno de compulsão alimentar e dificuldade de manter o
tratamento instituído.
Tabela 1. Caracterização da obesidade (IMC ≥ 30) em pacientes com idade > 18 anos
Feminino
Masculino
Feminino
Masculino
Feminino
201
10
265
18
540
81
43 ± 15,5
46 ± 26,8
41,5 ± 16,2
34,5 ± 2,1
44 ± 19,7
37,8 ± 10,9
IMC inicial (kg/m²)
32,3
31,1
35,9
38,2
44,4
59,6
IMC final (kg/m²)
30,6
31
37,8
37,4
40
46,2
Cintura abdominal inicial (cm)
98,5
106,5
108
125,5
111,5
147
Cintura abdominal final (cm)
91,5
106,5
102,5
122,5
112,3
136,5
Com comorbidades
141
8
216
16
422
57
Sem comorbidades
60
2
49
2
118
24
Com transtornos alimentares
90
3
119
7
197
23
Sem transtornos alimentares
111
7
146
11
343
58
n
Idade (X ± DP)
Masculino
P48
CARACTERIZAÇÃO DE PACIENTES OBESOS ATENDIDOS EM UM AMBULATÓRIO NA CIDADE DO NATAL, RN
Teles IP, Leite C, Oliveira VLT, Maciel BLL, Melo E, Soares APP, Santos CL, Menezes M, Nascimento LC, Bezerra JD
FARN.
Introdução: A obesidade é considerada uma doença multifatorial, sendo sua expressão fenotípica resultante da interação entre fatores genéticos e ambientais. Nas últimas décadas, tem-se observado um aumento da prevalência em vários países dessa doença, sendo esse aumento
associado ao aumento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) como hipertensão, dislipidemias e diabetes melito. Dessa forma, o
diagnóstico nutricional da obesidade torna-se ferramenta importante para modificar o quadro nutricional e de saúde do indivíduo, diminuindo
o risco de desenvolvimento de DCNT. Objetivo: Caracterizar os pacientes com obesidade atendidos em um ambulatório na cidade do Natal,
RN. Materiais e métodos: Foram coletados dados de 102 pacientes atendidos entre 2005 e 2009 no ambulatório de nutrição da Faculdade
Natalense para o Desenvolvimento do Rio Grande do Norte. A partir dos prontuários, foram avaliados a história clínica, os dados de Índice
de Massa Corporal (IMC), a circunferência da cintura (CC) e a Razão Cintura Quadril (RCQ). Resultados: Os pacientes obesos atendidos
apresentaram idade média de 39,8 ± 15,7 anos; 63,7% são do gênero feminino e 36,3% do gênero masculino. A média do IMC na população
analisada encontra-se na faixa de 34,4 ± 4,0 kg/m². Observou-se que 63,7% da amostra apresentavam obesidade grau I, 24,5%, grau II e
11,8%, grau III. O gênero feminino apresentou as maiores prevalências de obesidade quando comparado ao masculino (qui-quadrado, p <
0,05); 63,1% das mulheres do estudo apresentaram obesidade grau I, 52,0%, grau II e 91,7%, grau III. A CC apresentou-se elevada especialmente no grupo das mulheres (qui-quadrado, p < 0,05), em que 91,5% apresentavam alto risco de complicações metabólicas, enquanto o
grupo masculino apresentou apenas 5,1% de indivíduos com esse risco. Em relação à RCQ, esta se apresentou elevada em 56,9% nas mulheres
enquanto nos homens observou-se uma frequência de 43,1%, sem significância estatística. Cerca de 59,4% dos pacientes nunca haviam feito
tratamento dietético e, de acordo com os relatos dos pacientes, as prevalências de doenças crônicas como diabetes melito (DM) (9,9%), HAS
(26,7%) e dislipidemias (5,0%) foram baixas. No entanto, observou-se que 51,0% dos pacientes apresentam casos de obesidade na família, o
que pode indicar tendência genética ao desenvolvimento da doença. Porém, mais estudos são necessários para esclarecer essa hipótese. Conclusões: O estudo permite concluir que a obesidade e o risco de complicações metabólicas, aferido pelo acúmulo de adiposidade na região
abdominal, são mais frequentes nos indivíduos do gênero feminino na população estudada. Observou-se que a maior parte dos indivíduos no
estudo jamais havia procurado tratamento dietético, o que pode estar associado com a obesidade encontrada. Recomenda-se que haja uma
maior divulgação sobre a prevenção, em especial ao público feminino, assim como o incentivo à adesão do tratamento dietético, visando a uma
redução do risco de desenvolvimento de complicações metabólicas e a melhora da qualidade de vida.
S569
TEMAS LIVRES Pôsteres
Cermac, Unic, Laendi.
P49
ESTUDO DA UTILIZAÇÃO DE ESTATINAS EM PACIENTES DISLIPIDÊMICOS
Falcão RA, Queiroz MSR, Medeiros ACD, Falcão FA, Simões MOS, Silva PCD
TEMAS LIVRES Pôsteres
UEPB.
Introdução: As dislipidemias são alterações metabólicas lipídicas decorrentes de distúrbios em qualquer fase do metabolismo lipídico. Essas
alterações nos lipídeos séricos constituem fator de risco para aterosclerose e, consequentemente, doença coronariana. Entre as medidas de
prevenção primária e secundária de cardiopatia isquêmica encontra-se o uso do grupo das estatinas. Em geral, são bem toleradas; os seus efeitos secundários mais frequentes são: cefaleia, flatulência, dispepsia, dores musculares, prurido e exantema cutâneo. Os sintomas musculares
geralmente começam de uma semana a quatro meses do início do uso da droga. A agressão hepática causada pelos hipolipemiantes é principalmente hepatocelular, levando, portanto, ao aumento de aspartato aminotransferase (AST) e/ou alanina aminotransferase (ALT). Objetivo:
Procurou-se estudar a utilização de estatinas em pacientes dislipidêmicos, pois monitorar o uso desses medicamentos é de fundamental importância para auxiliar em uma escolha terapêutica adequada baseada em evidências clínicas. Material e métodos: A pesquisa foi realizada em um
centro especializado em dispensação de medicamentos excepcionais, no município de Campina Grande, PB, no período de outubro de 2008 a
janeiro de 2009. Tratou-se de um estudo transversal com abordagem quantitativa por meio de pesquisas descritiva, participativa e exploratória
de pacientes dislipidêmicos que iniciavam o tratamento com as estatinas ou que estavam em uso dessa medicação por até 12 meses. A amostra
pesquisada foi constituída por 25 pacientes. Com esses foi preenchido um questionário-padrão elaborado especificamente para a realização do
estudo, o qual era simples e objetivo. No início da pesquisa e no terceiro mês após a primeira coleta sanguínea, foram monitoradas as funções
hepáticas e musculares dos pacientes, por meio de exames laboratoriais de transaminases ALT e AST, gama-glutamiltransferase (gama GT),
creatina cinase (CK), fosfatase alcalina, bilirrubina total e frações, bem como as frações lipídicas. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética
em pesquisa da UEPB. Resultados: Dos 25 pacientes dislipidêmicos, 64,0% eram do gênero feminino. Observou-se um aumento de 8% para
28% dos pacientes com colesterol total ≥ 240 mg/dL, houve também aumento de 24% para 36% no HDL < 39 mg/dL, e ainda no LDL ≥ 160
mg/dL foi observado aumento de 4% para 20% dos pacientes acompanhados. Diferentemente, houve redução de 40% para 24% no número
de pacientes com triglicerídeos > 200 mg/dL. Para as enzimas musculares e hepáticas observou-se uma redução significativamente comparada
ao da primeira coleta realizada. Apenas o gama GT ≥ 33 U/L nas mulheres apresentou a mesma percentagem nas duas coletas (43,7%). Oito
pacientes relataram apresentar efeito desagradável com a utilização de estatinas, o de maior índice foram câimbras (30,0%). Conclusão: Com
relação à terapia hipolipemiante não se pôde observar nenhum risco aos pacientes estudados. Os dados analisados não demonstraram a efetividade do tratamento com as estatinas nos pacientes dislipidêmicos, talvez por uma não adesão ao tratamento.
P50
GASTROESOPHAGEAL REFLUX DISEASE IS INVERSELY RELATED WITH GLYCEMIC CONTROL IN MORBIDLY OBESE PATIENTS
Maraes Jr I, Madalosso CAS, Gurski RR, Ruas LO, Navarini D, Fornari F
Gastrobese.
Background: Recent evidence has linked metabolic syndrome with reflux esophagitis. The aim of this study was to assess the relation between
glycemic control (GC) and gastroesophageal reflux disease (GERD) in morbidly obese patients. Methods: Eighty six patients (25 males, aging
38 ± 12 years, BMI 45 ± 8 kg/m2) underwent solid-state esophageal manometry, 24-h esophageal pH-metry, endoscopy and barium swallow
X-ray after responding a GERD symptom questionnaire [heartburn ranging 0 (best) to 30 (worst)] and dosing both fasting plasma glucose (FPG
in mg/dL) and glycosylated hemoglobin (HbA1c in %). Patients with poor GC (HbA1c 6.1-10 and FPG < 140) and those with very poor GC
(HbA1c > 10 or FPG > 140) were compared. Results: Six patients were excluded due to normal HbA1c (< 6.1) with FPG < 140. Out of 80
patients, 63 composed the group poor GC (15 male, aging 38 ± 12 years, BMI 45 ± 7 kg/m2, HbA1c 7.7 ± 0.8) and 17 patients the group very
poor GC (8 male, aging 42 ± 11 years, BMI 47 ± 9 kg/m2, HbA1c 10.5 ± 1.3). Patients with very poor GC showed better scores for heartburn [0
(0-4) vs. 8 (0-12); P = 0.003] but similar rates of reflux esophagitis (41% vs. 48%; P = 0.364). Total esophageal acid exposure [median (IQR)] was
significantly lower in patients with very poor GC [2.3% (0.8-7.5%) vs. 5.2% (2.5-10.5%); P = 0.041]. Distal esophageal amplitude (134 ± 63 vs.
105 ± 38 mmHg; P = 0.019) and lower esophageal sphincter pressure (29 ± 11 vs. 23 ± 13 mmHg; P = 0.025) were both higher in the group of
patients with very poor GC. These patients showed significantly less hiatal hernia at X-ray (6% vs. 38%; P = 0.016), as well as lower expiratory gastroesophageal pressure gradient (GEPG: 5.2 ± 3 vs. 7 ± 3.4 mmHg; P = 0.050) and higher ventilatory gradient (inspiratory – expiratory GEPG:
13.6 ± 4.1 vs. 10.9 ± 3.8 mmHg; P = 0.012) than patients with poor GC. Conclusions: This study suggests an inverse relation between glycemic
control and GERD in morbidly obese patients. This finding seems to be related with lower rates of hiatal hernia in patients with very poor glycemic
control. In these patients, increased ventilatory gradient might be a marker of higher abdominal complacency and diaphragm integrity.
P51
INFLUÊNCIA DE UMA DIETA DISSOCIADA EM PROTEÍNA SOBRE O PERFIL ANTROPOMÉTRICO, BIOQUÍMICO E METABOLISMO ENERGÉTICO
Vidigal FC, Bressan J, Paixão MP, Morais VB, Nogueira SL, Barbosa L, Espeschit ACR, Abranches MV, Oliveira FCE
UFV.
Introdução: A obesidade é considerada uma doença crônica, de múltiplas causas, sendo caracterizada por ingestão calórica superior ao gasto energético. Em longo prazo, o excesso de energia é acumulado sob a forma de gordura, levando ao aumento do peso corporal. Dietas populares vêm sendo
implementadas com a finalidade de propiciar rápida perda de peso. Estas, em sua maioria, são baseadas em conceitos infundados ou, no melhor dos
casos, não comprovados cientificamente. Estudos sugerem que o consumo de proteínas à noite poderia contribuir para o aumento do gasto energético e consequente redução ponderal. Dessa forma, a dieta dissociada tornou-se uma tendência bastante divulgada, que se fundamenta em não ingerir
em uma única refeição carboidratos e proteínas. No entanto, há necessidade de maiores estudos que verifiquem a eficácia dessas dietas. Objetivos:
S570
P52
DIFERENÇAS NO SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO E NA ELETROMIOGRAFIA DE SUPERFÍCIE DOS MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO DE
OBESOS E NORMAIS PARA PESO
Mancini MC, Figueiredo AB, Halpern A, Cercato C
Grupo de Obesidade e Doenças Metabólicas, Serviço de Endocrinologia e Metabologia.
Objetivo: Estudos experimentais concluíram que a mastigação está envolvida com um mecanismo de saciedade por meio da ativação de neurônios histamínicos no núcleo sensorial trigeminal mesencefálico (Me5) na região do hipotálamo, a partir da ação dos músculos elevadores
da mandíbula, durante a mastigação. Outros estudos constataram o desenvolvimento da obesidade em animais alimentados exclusivamente
com dieta líquida por tempo prolongado. Fukuoka (1998) encontrou níveis mais elevados de Colecistocinina (CCK) em animais que fizeram
uso da mastigação ao consumirem dieta sólida, comparados aos que consumiram a dieta líquida. O desempenho mastigatório, no entanto,
não é determinado somente pela qualidade ou quantidade de alimento ingerido, mas depende diretamente do equilíbrio do sistema estomatognático. Para saber se os sujeitos obesos têm mais alterações desse sistema, compararam-se a motricidade orofacial, as estruturas do sistema
estomatognático e as funções de mastigação e deglutição de sujeitos obesos e normais para peso. Métodos: Quarenta sujeitos obesos (8
homens e 32 mulheres com média de idade de 30,0 ± 8,9 anos e média de IMC de 40,5 ± 8,1 kg/m2) e 40 voluntários normais para peso (6
homens e 34 mulheres com média de idade de 28,5 ± 7,3 anos e média de IMC de 21,6 ± 1.9 kg/m2) foram avaliados por uma fonoaudióloga.
A mastigação habitual de pão francês e a deglutição de sólido e líquido foram observadas nos dois grupos. O tônus de lábios, língua, bochechas, masseter e temporal foi avaliado clinicamente e definido como normal ou alterado. Foi realizada a eletromiografia de superfície de
masseter e temporal anterior durante a máxima oclusão dentária por cinco segundos em 20 sujeitos obesos (2 homens e 18 mulheres com
média de idade de 27,7 ± 7,47 anos e média de IMC de 37,8 ± 5,09 kg/m2) e 20 voluntários normais para peso (2 homens e 18 mulheres
com média de idade de 26,4 ± 7,37 anos e média de IMC de 21 ± 1,88 kg/m2). Na comparação entre os dois grupos foram utilizados os
testes Qui-quadrado de Pearson e Exato de Fisher para as alterações do sistema estomatognático e o t de Student para análise do número de
golpes mastigatórios e da eletromiografia de superfície. Resultados: Houve diferença entre os dois grupos com maior ocorrência nos obesos
em alterações da deglutição e da mastigação; tônus diminuído de lábios, língua e bochechas; mobilidade de lábios; contração diminuída de
masseter e temporal. Na eletromiografia de superfície o grupo de obesos apresentou diferença entre as médias de potencial elétrico em Root
Mean Square (RMS) dos músculos temporal anterior direito e esquerdo e média do potencial elétrico do músculo masseter direito inferior a
do grupo de normais para peso (p < 0,05). Conclusões: Os obesos apresentaram maiores alterações do sistema estomatognático, da deglutição
e do padrão de mastigação, mas não houve diferença no número de golpes mastigatórios entre os dois grupos. O grupo de obesos apresentou
assimetria e menor índice do potencial elétrico em (RMS) dos músculos da mastigação do que o grupo de normais para peso.
P53
LIPOMATOSE SIMÉTRICA MÚLTIPLA – RELATO DE CASO
Lima ML, Chaves R, Salles O, Martins M, Gusmão I, Alves AM, Viana AM, Andrade J, Alencar E, Schelu MF, Siebra MX
Serviço de Endocrinologia do Hospital Geral Roberto Santos.
Introdução: A lipomatose simétrica múltipla (LSM) é uma desordem rara do metabolismo, em que massas de tecido adiposo não encapsulado se
distribuem de forma simétrica em tronco, pescoço, abdome e região proximal dos membros. Existe forte associação com o etilismo. Os pacientes
com frequência apresentam neuropatia periférica e as massas podem invadir o mediastino e estruturas internas do pescoço. O diagnóstico é clínico e o único tratamento eficaz até o momento é a remoção cirúrgica do tecido lipomatoso. Objetivo: Descrever um caso de LSM avaliado pela
equipe de Endocrinologia do Hospital Geral Roberto Santos e confrontar seus achados com o já descrito na literatura. Metodologia: Trata-se
de um relato de caso. O projeto foi encaminhado ao Comitê de Ética em Pesquisa da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública e o paciente
forneceu Consentimento Informado conforme a Declaração de Helsinki. Foram obtidos história clínica e exame físico, dosagens laboratoriais de
hematologia e bioquímica em geral, incluindo Teste de Tolerância a Glicose Oral 75 g (TTGO). Avaliou-se por turbidimetria a hemoglobina glicada; por quimioluminescência, hormônios de crescimento, tireoestimulante, folículo-estimulante, luteinizante, somatomedina-C (ou IGF-I),
cortisol basal e cortisol urinário livre em urina de 24 h; por eletroquimioluminescência, dosagens hormonais de insulina, testosterona e tiroxina
livre. Obesidade foi definida pelos critérios da OMS como um Índice de Massa Corpórea ≥ 30 [IMC = peso (kg): altura(m)²]. Utilizou-se o
Homeostasis Model Assement (HOMA-IR) como medida de resistência insulínica com a fórmula: Insulina x Glicemia: 405, sendo um HOMAIR ≥ 2,71 considerado como resistência insulínica. Realizou-se uma Ressonância Nuclear Magnética (RNM) de pescoço, tórax e abdome e
uma eletroneuromiografia (ENMG) dos quatro membros. Resultados: RNS, masculino, 59 anos, peso = 81,7 kg, IMC = 33,14, há 5 anos
S571
TEMAS LIVRES Pôsteres
Averiguar o efeito de uma dieta eucalórica dissociada em proteína sobre o perfil antropométrico, os parâmetros bioquímicos e o metabolismo energético. Material e métodos: Realizou-se um estudo caso-controle com 10 mulheres saudáveis, submetidas a uma dieta experimental de vida livre,
eucalórica, dissociada em proteína por 15 dias. O gasto energético total foi estimado pela fórmula (EER – Estimated Energy Requirement). Foram
realizadas medidas antropométricas (peso, estatura, circunferências da cintura e do quadril e calculada sua relação) e de composição corporal pela
bioimpedância elétrica. A avaliação dos parâmetros bioquímicos (colesterol total, triglicerídeos e glicemia de jejum) foi realizada por punção capilar
sanguínea, utilizando o aparelho Accutrend GCT (Roche®). As trocas metabólicas noturnas foram medidas por meio do monitor Armband Sense
Wears™. Aplicou-se o teste de Wilcoxon para avaliação dos dados, com auxílio do software Sigma Stat® 2.0. Resultados: Considerando-se os parâmetros antropométricos e a taxa metabólica de repouso, não foi encontrada diferença significante entre o término e o início do período de intervenção (p > 0,05). Porém, em termos absolutos, observou-se redução de 0,45% no IMC, 0,38% na porcentagem de gordura corporal, 1,86% na massa
gorda e 0,45% na massa magra. Quantos aos parâmetros bioquímicos, também não foi encontrada diferença significante. Em termos absolutos, o
colesterol, teve uma tendência de redução (4,34%), e a glicose e os triglicerídeos de aumento, 6,94% e 33,38%, respectivamente. Conclusões: Os
resultados mostram que, apesar de a dieta dissociada não ter provocado diferenças significantes em curto prazo, foi possível identificar seu provável
efeito clínico. Ressalta-se que a duração do estudo pode ter sido um fator limitante para detectar maiores alterações. Apoio: Fapemig.
com surgimento progressivo de volumosas massas adiposas em tórax, abdome e região proximal dos membros. No mesmo período ele havia
intensificado o etilismo, bebendo diariamente 500 mL de aguardente. Conhecia apenas ser hipertenso há 5 anos. Seus achados hematológicos e
bioquímicos não revelaram anormalidades. Apesar da intensa adiposidade troncular, não apresentava resistência insulínica (TTGO: 0’ = 72/120’
= 95; HOMA-IR = 0,49) e tinha perfil lipídico normal. As dosagens hormonais foram todas normais, exceto por um IGF-I discretamente baixo
(80,4 ng/mL VR = 81-225). A RNM mostrou aumento difuso do panículo adiposo em toda a parede torácica sem invasão de estruturas internas. A ENMG revelou polineuropatia sensitiva, desmielinizante, axonal. Conclusão: O paciente possui o quadro clínico clássico da LSM descrita
na literatura. Seus achados laboratoriais apontam para um perfil bioquímico e hormonal normal. Assim como descrito, polineuropatia periférica
foi demonstrada. O paciente conseguiu manter-se abstêmio do álcool e está em programação cirúrgica para remoção das massas.
P54
PROPOSTA DE UM PROTOCOLO DE CONSULTA DE ENFERMAGEM DIRECIONADA À OBESIDADE INFANTO-JUVENIL
Bezerra RM, Amorim KN
TEMAS LIVRES Pôsteres
Centro Universitário Unievangélica.
A obesidade tem sido apontada com um problema de saúde pública, pois alcança índices alarmantes, principalmente em crianças e adolescentes, nas duas últimas décadas, sendo considerada uma epidemia mundial. A assistência de enfermagem direcionada ao combate da obesidade
infanto-juvenil é de grande importância, pois é papel do enfermeiro atuar como educador em saúde, para auxiliar crianças e adolescentes obesos ou as que correm o risco de desenvolver, tentando amenizar os fatores que predispõem à obesidade ou até mesmo extingui-los, além de
aprimorar os conhecimentos de crianças e adolescentes e suas respectivas famílias sobre ela. Este estudo teve como objetivo elaborar uma proposta de um protocolo de consulta de enfermagem direcionada à obesidade infanto-juvenil. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica realizada
por meio de revisão da literatura na base de dados eletrônicos Bireme, seleção de outras revistas especializadas, em livros específicos e tratados
fundamental de 1979 a 2006. Foram utilizados os descritores DeCS obesidade, criança e adolescente. O levantamento de dados ocorreu no
mês de março a junho de 2008, e foram selecionados os estudos publicados no período de 1985 a 2008. Foram selecionados 62 estudos, entre
eles 33 artigos científicos, 27 livros, 1 protocolo e 1 texto informativo online. A partir da abordagem dos autores estabeleceu-se uma proposta
de um protocolo de consulta de enfermagem envolvendo as etapas do processo de enfermagem: investigação, exame físico, diagnóstico de
enfermagem, planejamento da assistência, intervenção de enfermagem e avaliação. Palavras-chave: Obesidade, criança, adolescente.
P55
INTERVENÇÃO MULTIPROFISSIONAL NO CONTROLE DO DIABETES MELITO TIPO 2 DE INDIVÍDUOS COM SOBREPESO
Magalhães P, Menegasso LR, Leal ÂMO, Speretta GFF, Sene-Fiorese M, Duarte FO, Duarte ACGO, Lino ADS, Mansanari SB
UFSCar.
Introdução: Inúmeras doenças estão associadas à obesidade, como doenças cardiovasculares, diabetes melito tipo 2, hipertensão, entre outras.
Desse modo, o desequilíbrio do balanço energético por causa de dietas com baixo teor nutricional e altamente calóricas, bem como o sedentarismo, leva ao acúmulo de tecido adiposo e ao aumento no desenvolvimento de doenças não transmissíveis como o diabetes melito (DM) tipo
2 e a obesidade. A DM tipo 2 está associada a um defeito na secreção e/ou à ação ineficiente do hormônio insulina ou ambos. Caracteriza-se
por elevada e mantida taxa glicêmica, com distúrbios no metabolismo dos carboidratos e lipídeos. Objetivo: Verificar os efeitos da intervenção
multiprofissional no controle da massa corporal, glicemia de indivíduos com sobrepeso e diabéticos tipo 2. Material e métodos: Foram avaliados 3 indivíduos diabéticos tipo 2 descompensados, com 61,66 ± 5,86 anos, 1,58 ± 0,13 m, 68,33 ± 7,09 kg, IMC 26,63 ± 2,10 kg/m2,
que participaram do Programa de Atenção ao Diabetes (PAD) na Unidade Saúde-Escola (USE) da Universidade Federal de São Carlos. Os
indivíduos participaram do programa por um período de quatro meses, o qual envolve educadores físicos, endocrinologista, psicólogos, nutricionistas e enfermeiros. Uma vez por semana, os voluntários foram orientados sobre a importância da prática de atividade física (caminhada),
reeducação alimentar e do controle glicêmico diário. Após avaliação, os indivíduos foram encaminhados para a atividade física controlada que
consistiu de 10 minutos de alongamento pré e pós-exercício e de 40 minutos de atividade aeróbia em cicloergômetro para membros inferiores,
iniciando a 25 watts com um incremento de 5 watts a cada 5 minutos. Antes do início de cada sessão, a glicemia e a massa corporal foram
aferidas. A glicemia pós-atividade física foi mensurada 30 minutos após o término dela. Os dados foram avaliados estatisticamente por meio
do One Way Anova com teste de comparação múltipla de Tukey. Resultados: Estão descritos na tabela 1: Glicemia e IMC pré e pós-atividade
física e carga do cicloergômetro. Conclusões: Os resultados demonstram que a intervenção multiprofissional pode ser um importante aliado
no controle da obesidade e diabetes, uma vez que os voluntários apresentaram melhora na glicemia pós-atividade física e na capacidade física.
Não houve mudança nos valores de IMC, no entanto estes não apresentaram aumento, sugerindo que esse tipo de intervenção colabora para
o controle de peso. É importante controlar a massa corporal, uma vez que o excesso desta leva a resistência à ação da insulina. De acordo
com relatos dos voluntários, as sessões do PAD foram capazes de informar e conscientizar os portadores de DM tipo 2 sobre a importância da
prática regular da atividade física e da alimentação balanceada para o controle da glicemia e melhora na qualidade de vida.
Tabela 1. Glicemia e IMC pré e pós-atividade física e carga do cicloergômetro
IMC (kg/m2)
Glicemia (mg/dl)
Indivíduo
Carga (Watts)
Pré
Média do período
Pós
Média do período
Pré
1ª semana
Pós
Última samana
Pré inicial
Pré final
Pós inicial
Pós final
1
148,75 ± 16,4
82,75 ± 6,4*
29,01
29.01
25
35
25
45
2
131,0 ± 5,7
72,75 ± 4,9*
25,05
25.05
25
40
35
50
3
127,25 ± 14,4
102,0 ± 5,7
27.39
27.39
25
50
40
70
*Versus pré, para p ≤ 0,0096.
S572
P56
CONTROLE GLICÊMICO COM INTERVENÇÃO MULTIPROFISSIONAL EM PORTADOR DE DIABETES MELITO TIPO 2 – ESTUDO DE CASO
Lino ADS, Mansanari SB, Magalhães P, Menegasso LR, Leal AMO, Speretta GFF, Sene-Fiorese M, Duarte FO, Duarte ACGO
Introdução: A obesidade está associada com inúmeras injúrias como doenças cardiovasculares, diabetes melito tipo 2, hipertensão, entre outras. O desequilíbrio do balanço energético em consequência de dietas com baixo teor nutricional e altamente calóricas, bem como o sedentarismo, leva ao acúmulo de tecido adiposo e ao aumento no desenvolvimento de doenças não transmissíveis como o diabetes melito (DM) tipo
2 e a obesidade. A DM tipo 2 é caracterizada por um grupo de desordens metabólicas de etiologia múltipla, de condição crônico-degenerativa,
cuja manifestação está relacionada a um defeito na secreção e/ou à ação ineficiente do hormônio insulina ou ambos. Caracteriza-se por glicemia
elevada e mantida, com distúrbios no metabolismo dos carboidratos e gordura. Objetivo: Avaliar os efeitos da intervenção multiprofissional
no controle da massa corporal, glicemia e possíveis mudanças nos hábitos de estilo de vida de um indivíduo com sobrepeso e diabético tipo
2. Material e métodos: Foi avaliada uma voluntária com idade de 55 anos, com Índice de Massa Corporal (IMC) de 27,26 kg/m2, diabética
tipo 2 descompensado, que fazia uso de insulina uma vez por dia. A equipe multiprofissional do PAD (Programa de Assistência ao Diabético)
na USE (Unidade Saúde-Escola) na UFSCar (Federal de São Carlos) envolve educadores físicos, endocrinologista, psicólogos, nutricionistas,
cardiologista e fisioterapeuta, com atendimento semanal. O indivíduo é orientado à prática de atividade física voluntária (caminhada), reeducação alimentar e controle glicêmico diário. Após avaliação da equipe multiprofissional, o indivíduo foi encaminhado para a atividade física
controlada, que consistiu de 10 minutos de alongamento antes e depois do exercício e 40 minutos de atividade aeróbia em cicloergômetro
para membros inferiores, com uma carga inicial de 25 watts com um incremento de 5 watts a cada 5 minutos. Foi avaliada a glicemia de jejum
ao longo de 26 semanas. Além disso, foram avaliados os relatos semanais feitos aos profissionais, em relação à execução das orientações feitas
pela equipe. Os dados foram avaliados estatisticamente por meio do One Way Anova com teste de comparação múltipla de Tukey. Resultados:
No gráfico 1 pode-se observar que da 1ª até a 10ª semana, período que a avaliada fazia uso da insulina associado à intervenção, a glicemia não
apresentou diferença estatística. No período da 11ª a 26ª semana, houve a suspensão médica do uso de insulina (o tratamento medicamentoso
foi mantido) e, apesar disso, a glicemia não apresentou diferença estatística em relação ao período anterior (1ª a 10ª semanas). Houve diferença
significativa na glicemia apenas na 16ª e 17ª semanas, por causa da não realização de atividade física voluntária e controle da alimentação, segundo relato da avaliada aos profissionais do PAD. Conclusão: Os resultados sugerem que as mudanças no estilo vida, o controle alimentar e a
prática de atividade física regular voluntária e orientada contribuíram para o controle da glicemia mesmo após a suspensão do uso da insulina.
450
400
1ª a 10ª semanas (com uso de insulina)
Glicemia mg/dL
350
300
11ª a 26ª semanas (sem insulina)
250
200
150
100
50
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26
Semanas de intervenção
Gráfico 1. Glicemia de jejum durante o período de intervenção.
P57
NÍVEL SÉRICO DE ÁCIDO ÚRICO COMO FATOR DE RISCO CARDIOMETABÓLICO EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES OBESOS
Melo ME, Mancini MC, Halpern A, Arthur T, Reinhardt HL, Fujiwara CTH
Liga Obesidade Infantil, Laboratório de Carboidratos e Radioimunoensaio LIM18, HC-FMUSP.
Introdução: A obesidade acarreta uma série de repercussões adversas em crianças e adultos. Uma vez que a adiposidade muitas vezes é veiculada da infância para a idade adulta e estudos recentes demonstram que os fatores de risco cardiometabólicos (RCM) desenvolvem-se durante
a infância, o reconhecimento precoce desses fatores é imperativo. Objetivo: Avaliar a relação entre o escore Z de índice de massa corporal
(Z-IMC) e os fatores RCM, bem como outros parâmetros antropométricos e de composição corporal, em uma coorte de crianças e adolescentes obesos. Métodos: Setenta e cinco indivíduos (42 meninas e 33 meninos) com idade de 12,2 +/- 2,6 anos (6,8-17,5) tiveram medidos o
Z-IMC, a circunferência abdominal (CA) medida na crista ilíaca, a porcentagem de massa de gordura (MG) e a massa livre de gordura (MLG)
por bioimpedância, a insulina e a glicemia de jejum, a resposta em 120 minutos de glicose e a insulina ao OGTT, a pressão arterial (PA), a
alanina aminotransferase (ALT), ácido úrico (AU), leptina, triglicerídeos, colesterol total, fração HDL e o LDL do colesterol. A correlação
de Pearson foi usada para determinar reações entre as variáveis contínuas, e ANOVA e análise post-hoc de Tukey foram usadas para determinar
diferenças entre tercis de IMC. Resultados: O Z-IMC teve correlação positiva com a CA (r = 0,535; p < 0,001), MG (r = 0,516; p < 0,001);
nível de AU (r = 0,627; p = 0,02); nível de insulina de jejum (r = 0,260; p = 0,045); glucose no tempo 120 do OGTT (r = 0,323; p = 0,04)
e negativa com a MLG (r = -0,434; p = 0,001), apresentando uma tendência estatística positiva com a PA diastólica (r = 0,214; p = 0,065).
A distribuição do Z-IMC em tercis demonstrou diferenças marcantes entre os tercis 1 e 3 em relação à CA (96,25 +/- 9,04 vs. 112,4 +/-
S573
TEMAS LIVRES Pôsteres
UFSCar.
16,05 cm; p < 0,001), MG (35,2 +/- 4,4% vs. 40,2 +/- 4,6%; p = 0,002), porcentagem de MLG (64,2 +/- 5,1% vs. 59,8 +/- 4,6%; p = 0,011)
e nível de AU (4,03 +/- 0,78 vs. 5,76 +/- 1,01 mg/dL; p = 0,008), e também entre os tercis 2 e 3 para insulina (14,1 +/- 9,3 vs. 25,3 +/22,4 uIU/mL; p = 0,047) e 1 e 2 para AU (4,03 +/- 0,78 vs. 5,57 +/- 0,92 mg/dL; p = 0,017). Diferenças marginais foram encontradas
entre os tercis 1 e 3 de ALT (16,7 +/- 7,8 vs. 23,95 +/- 11,7 IU/mL; p = 0,056) e 2 e 3 para a resposta de insulina no tempo 120 do OGTT
(68,6 +/- 35,8 vs. 120,3 +/- 63,0 uIU/mL; p = 0,055). Conclusão: A prevalência de fatores de RCM aumenta proporcionalmente ao aumento de AU em crianças. Encontraram-se correlações claras nesta coorte de crianças e adolescentes entre Z-IMC e também CA, parâmetros
de composição corporal, insulina de jejum e resposta de glicose no tempo qw0 do GTT, bem como uma correlação fortemente significante
entre o Z-IMC e o nível de AU. Apoio: Fapesp 2008/06382-4.
P58
SEVERITY OF OBSTRUCTIVE SLEEP APNEA IS RELATED WITH METABOLIC SYNDROME
Maués MR, Zanella MT, Tufik S, Ribeiro Filho FF, Togeiro S, Barbieri D, Carneiro G
TEMAS LIVRES Pôsteres
Unifesp.
Studies have shown a relationship between Metabolic Syndrome (MS) and Obstructive Sleep Apnea (OSA). However, it is not clearly if this association is dependent on the presence of obesity. To evaluate the prevalence of metabolic syndrome (MS) in subjects screened for obstructive
sleep apnea (OSA) and the relationship between the OSA severity and components of MS. We study 221 subjects screened for OSA, with 65%
male, mean age of 48.1 ± 10.4 years and mean BMI 30.2 ± 5.2 kg/m². OSA was confirmed by standard polysomnography. The patients were
evaluated for metabolic syndrome according to NCEP-ATPIII criteria. The groups were classified according apnea hipopnea index (AHI) as
non-OSA (AHI < 5), mild OSA (AHI 5-15) and moderate and severe OSA (AHI > 15). Subjects were submitted to an oral tolerance glucose
test for HOMA and ISI (insulin resistance index) calculation. The prevalence of Metabolic Syndrome and Arterial Hypertension, and the clinical and laboratory data (mean ± SD) of the participants according to OSA severity are listed in the table below. Regression analyses showed
that AHI contributes for HOMA (p = 0.0001), ISI (p = 0.0001), systolic blood pressure (p = 0.002) and diastolic blood pressure (p = 0.017)
values independent of BMI, age and gender. In conclusion, our data demonstrated that OSA severity is associated with metabolic syndrome.
Although higher BMI values were found among those with moderate/severe OSA, the results suggest that the metabolic alterations observed
are related to the degree of OSA severity independent on the degree of body weight excess.
P59
OBSTRUCTIVE SLEEP APNEA IS A DETERMINANT CONDITION OF INSULIN RESISTANCE
Carneiro G, Zanella MT, Tufik S, Ribeiro Filho FF, Togeiro S, Barbieri D, Maués MR
Unifesp.
Studies have shown a relationship between Obstructive Sleep Apnea (OSA) and insulin resistance (IR). However, the consequent metabolic
abnormalities observed may be related to both the presence of obesity and to the degree of OSA severity. To evaluate the relationship between
obstructive sleep apnea and insulin resistance in non-obese men. We evaluate 67 non-obese men (BMI < 30 kg/m²) screened for OSA, with
mean age of 44.5 ± 10.8 years and mean BMI 25.5 ± 2.8 kg/m². OSA was confirmed by standard polysomnography. The groups were classified according apnea hipopnea index (AHI) as non-OSA (AHI < 5), mild OSA (AHI 5-15) and moderate and severe OSA (AHI > 15).
Following an overnight fast, patients underwent anthropometric assessment and to an oral glucose tolerance test with determination of both
insulin and glucose at fasting (FPG) and 120 minutes after glucose load (2hPG). Hepatic and peripheral insulin resistance was estimated using
the homeostasis model assessment method (HOMA-R) and the Insulin Sensitivity Index (ISI), respectively. The clinical and laboratory data
(mean ± SD) of the participants according to OSA severity are listed in the table below. Multivariate analyses showed that AHI contributes for
HOMA (p = 0.020) and ISI values (p = 0.017) independent on BMI and age. The prevalence of impaired fasting glucose and/or impaired
glucose tolerance was 44% in moderate/severe group (p < 0.05 x Non-OSA). Our results show that non obese patients with moderate to
severe OSA present greater BMI and waist circumference than normal individuals. Higher insulin resistance and greater prevalence of glucose
metabolism alterations were also found in those with moderate to severe OSA. In the whole group, AHI and BMI were independently related
to insulin resistance. Our results indicate that non-obese OSA patients have central distribution of fat and metabolic abnormalities which
characterize a pre-diabetic state probably dependent on nocturnal hypoxemia.
P60
A CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL PREDIZ UM PERFIL METABÓLICO DESFAVORÁVEL EM MULHERES OBESAS NA PRÉ-MENOPAUSA?
Mancini MC, Cercato C, Halpern A, Villares SMF, Melo ME
Grupo de Obesidade e Síndrome Metabólica, HC-FMUSP.
Introdução: O acúmulo de gordura visceral tem um papel mais importante no desenvolvimento de alterações metabólicas, levando ao diabetes tipo 2 e doença cardiovascular, do que a quantidade total de gordura corporal. Assim, a quantificação da gordura visceral é muito importante na avaliação do indivíduo com excesso de peso. Medidas antropométricas simples têm sido utilizadas para predizer a quantidade de
gordura visceral, sendo a medida da circunferência abdominal (CA) bastante utilizada. Estudos prévios demonstraram correlação entre CA e
gordura visceral em homens e mulheres. Entretanto para uma mesma medida de CA a distribuição da gordura abdominal difere significativamente de acordo com o sexo, idade e status menopausal. O objetivo deste estudo foi avaliar se CA está correlacionada com a gordura visceral
e com um perfil metabólico desfavorável em mulheres obesas na pré-menopausa. Material e métodos: Foram avaliadas 48 mulheres obesas na
pré-menopausa, com idade de 34,0 ± 6,5 anos, 88,8 ± 7,1 kg e IMC = 35,4 ± 2,5 kg/m2. A CA foi medida no ponto médio entre o rebordo
S574
inferior da última costela e a crista ilíaca. A área de tecido adiposo visceral (TAV) e tecido adiposo subcutâneo (TAS) foi medida por meio de
tomografia computadorizada em L4-L5. O perfil metabólico das pacientes foi avaliado após 12 horas de jejum. Foram realizadas análises de
correlação entre cintura, TAS e TAV. As pacientes foram analisadas do ponto de vista metabólico de acordo com tercis de CA. Resultados:
CA teve uma correlação positiva e estatisticamente significativa com TAS (r² = 0,478, p = 0,001), mas não houve correlação entre CA e TAV
(p = 0,161). As pacientes do tercil com maior cintura apresentaram maior peso, IMC e razão cintura/quadril, porém não foram observadas
diferenças significativas quanto ao perfil metabólico. Encontrou-se correlação significativa entre TAV e número de componentes da síndrome
metabólica (r² = 0,3; p = 0,038). Conclusão: CA nas mulheres na pré-menopausa foi um melhor preditor de TAS do que de TAV. A medida
da CA nessa população não foi um indicador consistente de um perfil metabólico desfavorável.
P61
HÁ BENEFÍCIOS DE INTERVENÇÃO MULTIPROFISSIONAL SOBRE PERFIL DE RISCO CARDIOMETABÓLICO EM INDIVÍDUOS PRÉ-DIABÉTICOS?
Pires MM, Folchetti LD, Ferreira SRG, Cezaretto A, Siqueira-Catania A, Barros CR
Intervenção em obesidade é a principal estratégia de redução do risco cardiometabólico. A eficácia de intervenções no estilo de vida para prevenção
de diabetes foi documentada em países desenvolvidos; porém, a literatura carece de estudos de efetividade de programas aplicáveis em países em
desenvolvimento. Este estudo avaliou: 1) se uma intervenção multiprofissional na rede pública de saúde é capaz de alterar hábitos alimentares e 2)
se tais alterações resultam em benefícios para o estado nutricional e parâmetros bioquímicos. Indivíduos pré-diabéticos (GJA ou TGD) atendidos
pelo SUS foram alocados aleatoriamente para grupo de Intervenção Intensiva (I) ou Tradicional (T) em hábitos de vida, com duração de 9 meses. O grupo T (n = 15) foi submetido às consultas médicas trimestrais de rotina. O grupo I (n = 25) participou de sessões semanais no primeiro
bimestre e, a seguir, mensais, quando recebeu orientações para redução do consumo de gordura e aumento de fibras, além de estímulo à atividade
física, com equipe multiprofissional. Dados dietéticos (3 recordatórios de 24 horas), clínicos e bioquímicos foram obtidos no basal e, após 9 meses,
comparados por teste t de Student. Coeficiente de Pearson foi empregado para avaliar correlações entre as mudanças nas variáveis. Os grupos foram
comparáveis quanto à distribuição dos sexos e média de idade. Achados preliminares mostraram que ambos os grupos diminuíram significantemente
o valor calórico total (VCT) (-19,14 ± 6,04% T; -14,16 ± 3,58% I), o consumo absoluto de gorduras totais (-22,96 ± 7,38% T; -12,40 ± 7,58%
I), saturadas (-20,57 ± 9,65% T; -9,75 ± 9,27% I) e de carboidratos (-16,65 ± 6,41% T; -14,64 ± 3,91% I). Apenas no grupo I houve aumento
significante do consumo de proteína relativo ao VCT (16,94 ± 5,65%) e redução dos açúcares simples (-10,59 ± 6,33%). No grupo I observou-se
tendência à elevação do consumo de fibras, enquanto no T, à diminuição. Ambas as intervenções resultaram em perdas significantes de peso com
magnitudes similares nos grupos T e I (-3,56 ± 0,89 e -3,13 ± 0,94%, respectivamente). Comportamento semelhante foi observado em relação
à circunferência da cintura. A pressão arterial caiu significantemente apenas na intervenção intensiva (-7,68 ± 2,43% PAS; -9,51 ± 2,30% PAD).
Ambos os grupos reduziram a glicemia de jejum (-7,59 ± 3,08% T; -6,08 ± 2,67% I), enquanto as alterações do perfil lipídico não foram significantes. Detectaram-se correlações positivas entre os deltas do consumo de gorduras total e saturada com o de peso (r = 0,51 e r = 0,33, p < 0,05,
respectivamente) e cintura (r = 0,64 e r = 0,56, p < 0,001, respectivamente). A redução do consumo de açúcares correlacionou-se com diminuição
dos triglicérides (r = 0,54; p < 0,001), enquanto o aumento da ingestão total de fibras, com a diminuição do LDL-colesterol (r = -0,32; p = 0,044)
e dos triglicérides (r = -0,41; p = 0,007). Estes achados indicam que ambas as intervenções tiveram impacto favorável na dieta, induzindo benefícios
no estado nutricional. A intervenção intensiva parece ter contribuído de forma mais relevante para atenuar o risco cardiometabólico por reduzir,
além da glicemia de jejum, os níveis pressóricos.
P62
COMPARAÇÃO DO EQUILÍBRIO CORPORAL DE MULHERES OBESAS E NÃO OBESAS A PARTIR DA MEIA-IDADE
Benze BG, Duarte ACGO, Francisco CO, Okada VT, Ricci NA, Rebelatto JR
UFSCar.
A obesidade pode ser considerada hoje um dos maiores problemas de saúde pública em todo o mundo. A prevalência da obesidade é semelhante
entre os gêneros e o pico de ocorrência está na faixa etária entre os 45 e 64 anos. Entre os idosos, a obesidade está associada à inabilidade física
e incapacidade, sendo prevalente nas mulheres. As doenças crônicas tornam-se mais frequentes com a idade, e a presença da obesidade pode ser
um fator potencializador para complicações clínicas. Este estudo consistiu em uma comparação sobre o efeito da obesidade no equilíbrio estático
e dinâmico de mulheres a partir da meia-idade, a fim de verificar o impacto da obesidade no sistema de controle postural. A amostra foi composta
por mulheres acima de 50 anos (n = 80), divididas pelo Índice de Massa Corporal (IMC) em grupo não obeso (18,5 kg/m² ≤ IMC < 25,0 kg/
m²) e grupo obeso (30,0 kg/m² ≤ IMC < 40,0 kg/m²), que foram submetidas a dois testes de equilíbrio corporal: Teste do Apoio Unipodal
(TAU) e Teste de Velocidade Máxima de Andar (VMA). Também foi analisado o percentual de gordura (%G) pelo método de bioimpedância.
Para a análise estatística foram utilizados os testes não paramétricos de Mann-Whitney e correlação de Spearman. O grupo não obeso (n = 45)
apresentou idade média de 63,91 anos (DP ± 8,38) e percentual de gordura de 34,16% (DP ± 4,93). O grupo obeso (n = 35) apresentou idade
média de 62,91 anos (DP ± 7,30) e percentual de gordura de 43,04% (DP ± 2,71). No TAU em ambos os membros inferiores o grupo não
obeso consegui permanecer por mais tempo na posição (25,58 e 24,91 segundos no membro direito e esquerdo respectivamente) do que o
grupo obeso (19,00 e 17,54 segundos no membro direito e esquerdo, respectivamente) (p < 0,01). No VMA o grupo obeso apresentou marcha
mais lenta e velocidades médias menores quando comparadas ao grupo não obeso (p < 0,027). Foi verificada correlação entre as variáveis de
equilíbrio e percentual de gordura no grupo não obeso, correlação esta que não se repetiu no grupo obeso. A tabela 1 mostra a comparação das
variáveis estudadas entre os grupos obeso e não obeso. A obesidade é um fator associado ao risco para quedas em idosos, tendo impacto negativo
no equilíbrio e oscilação postural, além de aumentar o risco de limitações funcionais. Os resultados desse estudo evidenciam que obesas a partir
da meia-idade apresentam maior déficit de equilíbrio estático e dinâmico, quando comparadas às não obesas. Embora o envelhecimento acarrete
degenerações dos sistemas de controle postural, a obesidade demonstrou ser um fator agravante.
S575
TEMAS LIVRES Pôsteres
FSP/USP.
Tabela 1. Comparação dos testes de equilibrio estático e dinâmico entre os grupos obeso (O) e não obeso (NO)
Testes
IMC
Bioimpedância (%G)
TAU direito
TAU esquerdo
TEMAS LIVRES Pôsteres
Vel. De marcha
Grupo
Mediana
Média
Desvio-padrão
Mínimo
Máximo
p-valor
NO
23,54
23,12
1,39
19,86
25,04
< 0,01
O
32,93
33,71
2,89
30,12
39,93
NO
33,7
34,16
4,93
20,1
46
O
42,5
43,04
2,71
37,1
47,8
NO
30,00
25,58
7,78
2,00
30,00
O
21,00
19,00
10,14
2,00
30,00
NO
30,00
24,91
8,46
2,00
30,00
O
17,00
17,54
9,23
2,00
30,00
NO
1,90
1,98
0,40
1,44
3,87
O
2,05
2,08
0,32
1,64
3,35
< 0,01
< 0,01
< 0,01
0,027
P63
ÍNDICE DE GRAVIDADE DA OBESIDADE E SUA RELAÇÃO COM A COMPOSIÇÃO CORPORAL E PARÂMETROS METABÓLICOS DE
ADOLESCENTES
Lederman H, Mello MT, Dâmaso AR, Fisberg M, Passos MAZ, Santos LC, Cintra IP
Unifesp; UFMG.
Introdução: O Índice de Gravidade da Obesidade (IGO) foi proposto para a população jovem por Cintra & Fisberg em 2004, sendo calculado pela
fórmula: IGO = Índice de Massa Corporal (IMC) atual/IMC no Percentil 95 para a idade x 100. Foram sugeridos os seguintes pontos de corte:
IGO < 110% – Obesidade Leve; IGO de 111% a 120% – Obesidade Moderada; e IGO > 120% – Obesidade Grave. Essa proposta visou contribuir
para o estabelecimento de condutas mais apropriadas para o estado nutricional do adolescente. No entanto, é importante verificar se esses pontos de
corte associam-se a alterações metabólicas em adolescentes obesos. Objetivo: Investigar a relação do IGO com a composição corporal e parâmetros
metabólicos de adolescentes obesos. Material e métodos: Estudo transversal com adolescentes obesos (segundo índice de massa corporal – IMC
> Percentil 95, CDC 2000) e pós-puberes (avaliação clínica do estadiamento puberal). Realizou-se aferição do peso, estatura e circunferência da
cintura com auxílio de balança Filizola®, antropômetro fixo de parede e fita inelástica Seca®, respectivamente. A composição corporal foi mensurada
por pletismografia – BOD POD®, enquanto os componentes das gorduras visceral e subcutânea foram obtidos por ultrassonografia. Os parâmetros
metabólicos (colesterol total e frações, glicemia de jejum e insulina) foram mensurados seguindo os métodos preconizados na literatura e classificados
segundo os consensos atuais. A resistência à insulina foi estimada por meio do cálculo do HOMA-IR (Homeostatic Model Assessment – Insulin
Resistance). Para análise estatística, foram realizadas análises descritivas, testes qui-quadrado ou exato de Fisher e correlação de Pearson por meio do
software SPSS 17.0. Resultados: Foram avaliados 73 adolescentes (32,9% do sexo masculino e 67,1% do feminino), com média de idade de 16,9
± 1,4 anos. A média do IGO foi de 125,9 ± 14,9%, sendo o limite inferior e superior de 102,8% e 159,0%, respectivamente. Entre os participantes,
23,3% (n = 17) apresentavam obesidade leve, 17,8% (n = 13), obesidade moderada e 43% (n = 43), obesidade grave. Os meninos apresentaram maior
IGO do que as meninas (134,4 ± 14,5 vs. 121,74 ± 13,45; p < 0,001), sendo a obesidade grave mais prevalente neste sexo (p = 0,010). Verificou-se
relação positiva e significativa do IGO com as concentrações de VLDL (r = 0,301; p = 0,013); triglicérides (r = 0,249; p = 0,036); HOMA-IR (r =
0,381; p = 0,007); percentual de gordura corporal (r = 0,261; p = 0,043); gordura visceral (r = 0,487; p < 0,001) e gordura subcutânea (r = 0,252; p =
0,043), havendo também uma tendência de o IGO apresentar relação positiva e significativa com a insulina (r = 0,272; p = 0,053). Conclusões: Esses
resultados demonstram que os pontos de corte estabelecidos para o IGO apresentam intrínseca relação com alterações dos parâmetros bioquímicos e
metabólicos de adolescentes obesos, devendo ser a sua utilização uma importante ferramenta para os profissionais que atendem essa população.
P64
OBESIDADE ENTRE ADOLESCENTES: ALTERAÇÕES NA COMPOSIÇÃO CORPORAL E PERFIL METABÓLICO
Cintra IP, Santos LC, Mello MT, Lederman H, Vitalle MS, Fisberg M, Dâmaso AR, Passos MAZ
Unifesp; UFMG.
Introdução: O aumento da prevalência da obesidade entre adolescentes, verificado nas últimas décadas, pode associar-se a alterações do perfil
metabólico, que culminam com incremento do risco de doenças e agravos não transmissíveis. Assim, torna-se fundamental caracterizar o perfil
antropométrico e metabólico de adolescentes obesos, visando direcionar estratégias de intervenção. Objetivos: Verificar as consequências da
obesidade sobre a composição corporal, gordura visceral e subcutânea e parâmetros bioquímicos de adolescentes. Material e métodos: Estudo
seccional com adolescentes obesos pós-púberes. Adotou-se como critério de inclusão o índice de massa corporal (IMC) superior ao Percentil
95 das curvas do Center of Disease Control (CDC, 2000). Foram realizadas medidas antropométricas: peso, estatura e circunferências, com
auxílio de balança Filizola®, antropômetro fixo de parede e fita inelástica Seca®, respectivamente; avaliação de composição corporal (Pletismografia); gordura visceral e subcutânea (Ultrassonografia) e parâmetros bioquímicos (perfil lipídico, glicemia de jejum, HOMA e insulina).
Para esses, foram adotados os referenciais atuais da Sociedade Brasileira de Cardiologia e Diabetes, além da proposta de Keskin et al. (2005)
para classificação da resistência à insulina. Realizou-se análise descritiva dos dados, testes qui-quadrado ou exato de Fisher. Resultados: Participaram do estudo 73 adolescentes, 67,1% do sexo feminino, com média de idade de 16,89 ± 1,42 anos. Verificou-se, entre os meninos,
maior IMC (37,99 ± 4,36 vs. 35,64 ± 4,26 kg/m²; p = 0,031), circunferência abdominal (118,8 ± 12,62 vs. 109,82 ± 10,43 cm; p = 0,002) e
gordura visceral (4,36 ± 1,79 vs. 3,32 ± 1,31 cm; p = 0,011), em contraste com menor percentual de gordura corporal (38,81 ± 5,32 vs. 46,19
± 4,27%; p < 0,001). Em relação à gordura subcutânea, observou-se similaridade entre os sexos (3,09 ± 0,86 cm nos meninos vs. 3,18 ± 0,84
S576
cm nas meninas; p > 0,05). Quanto ao perfil metabólico, foi identificado que 27,4% dos adolescentes apresentavam concentração limítrofe de
colesterol total e 9,6% valores aumentados; 15,1% possuíam valores limítrofes de LDL e 9,6% aumentados; 12,3% apresentavam concentração
de HDL abaixo do desejável; 27,4% possuíam valores aumentados de triglicérides (TG); 5,5% apresentavam intolerância à glicose e 42,5%
possuíam resistência insulina. Foi verificado que os meninos apresentaram maior concentração de VLDL (p = 0,021) e de TG (p = 0,031) e
menor de HDL (p = 0,026), não havendo diferença estatística nos demais parâmetros avaliados. O IMC relacionou-se positivamente com a
concentração de TG (r = 0,275; p = 0,020) e HOMA (r = 0,75; p = 0,012). Conclusões: Esses resultados demonstram que adolescentes obesos apresentam importantes alterações metabólicas, principalmente o sexo masculino, e que essas alterações apresentam grande relação com a
adiposidade, sendo importante o tratamento precoce dessa síndrome por meio de ações multidisciplinares.
P65
Programa intensivo de mudanças no estilo de vida interfere na qualidade de vida de indivíduos de risco para
diabetes melito tipo 2?
FSP/USP.
Introdução: A percepção do indivíduo de sua saúde e bem-estar é um fator relevante na decisão médica para estratégias preventivas ou terapêuticas. Sabe-se que dieta saudável e exercício físico podem prevenir a ocorrência de diabetes melito tipo 2 (DM2), mas não há consenso
se intervenção intensiva em hábitos de vida é também benéfica em termos de qualidade de vida. Além da saúde física, o DM2 tem também
maior impacto na saúde mental e psicossocial. Espera-se que um apoio interdisciplinar melhore o conhecimento dos pacientes sobre DM2 e
minimize o risco de complicações crônicas. Entretanto, não se sabe se tal tratamento pode afetar a sua qualidade de vida. Objetivos: Avaliar
a qualidade de vida de dois grupos de indivíduos pré-diabéticos (pré-DM) submetidos a um programa de prevenção de DM2 (tradicional ou
intensivo), após 3-6 meses de intervenção. Métodos: O programa de intervenção intensiva consiste de seis sessões de grupo psicoeducativo
interdisciplinar, com tópicos de dieta saudável e exercício físico, que ocorre semanalmente no primeiro mês e quinzenalmente no segundo
mês, mais consulta médica e nutricional individual. A intervenção tradicional consiste apenas de consulta médica individual. A avaliação da
qualidade de vida foi feita pelo questionário Short Form–36 itens (SF-36), no momento basal e após 3-6 meses de acompanhamento. Foi
utilizado o teste t de Student para comparar média e desvio-padrão nos dois momentos do estudo e entre intervenção Tradicional e Intensiva,
em cada domínio do SF-36 (capacidade funcional, aspectos físicos, dor, estado geral de saúde, vitalidade, aspecto social, aspecto emocional e
saúde mental). Resultados: 93 indivíduos (46 tradicional + 47 grupo intensivo, dos quais 27% eram homens com idade média de 57,8 ± 13,4
anos, com IMC médio de 30,6 ± 5,7 kg/m². Os grupos eram similares no momento basal. O grupo intensivo teve perda de peso de 1,7 kg,
enquanto o tradicional perdeu 1,1 kg. Os resultados dos domínios do SF-36 encontram-se na tabela 1.
Tabela 1
SF-36–domínios
Capacidade funcional
Intensivo
Tradicional
Basal
3-6 meses
p
Basal
3-6 meses
p
76,4 ± 19,6
83,9 ± 14,8
< 0,001
78,4 ± 22,2
80,0 ± 22,3
0,343
Aspectos físicos
75,5 ± 33,5
82,6 ± 31,1
0,199
72,9 ± 36,1
74,5 ± 31,2
0,773
Dor
60,5 ± 22,2
63,7 ± 24,9
0,341
61,5 ± 24,4
62,9 ± 26,0
0,719
Estado geral de saúde
70,2 ± 18,6
77,2 ± 17,2
0,005
70,9 ± 20,1
74,6 ± 16,6
0,190
Vitalidade
60,4 ± 21,6
69,5 ± 19,2
0,001
61,7 ± 21,0
66,7 ± 21,4
0,041
Aspecto social
69,8 ± 25,4
79,9 ± 25,2
0,004
75,5 ± 26,6
83,1 ± 22,1
0,043
Aspecto emocional
55,8 ± 40,4
76,8 ± 32,9
0,002
63,1 ± 37,6
71,6 ± 33,3
0,123
Saúde mental
66,1 ± 20,0
72,6 ± 14,9
0,003
67,9 ± 20,8
73,5 ± 18,5
0,027
Houve melhora significativa na maioria dos domínios do SF-36 no grupo de intervenção intensiva. Conclusão: Utilizando um reconhecido
instrumento para avaliar a qualidade de vida, nossos achados apontam que intervenção intensiva no estilo de vida melhora mais domínios do
SF-36 do que na intervenção tradicional. Mesmo submetidos à alta disciplina em termos de hábitos de vida, concluiu-se que o grupo intensivo melhorou a qualidade de vida. Especulou-se que a melhora da percepção da saúde dos indivíduos e a percepção sobre a importância do
autocuidado sustentam o bem-estar após seis sessões de grupos psicoeducativos.
P66
ARE CIRCULATING INFLAMMATORY MARKERS RELATED TO INSULIN RESISTANCE AND GLUCOSE INTOLERANCE IN THE METABOLIC
SYNDROME?
Barros CR, Ferreira SRG, Martini LA, Schuch NJ, Cezaretto A, Catania AS
FSP/USP.
In Metabolic Syndrome (MS), a condition of subclinical inflammation, cytokines could interfere in the insulin signaling cascade worsening
insulin sensitivity and leading to glucose intolerance. We studied 187 individuals (mean age = 55.3 ± 12.6 years; 33.2% of men) with MS by
the International Diabetes Federation criteria, divided in 2 groups: with pre-diabetes (n = 99) or normal glucose tolerance (n = 88). The aim
was to compare the inflammatory status between them. They did not differ according to age, male-to-female ratio, blood pressure levels or
S577
TEMAS LIVRES Pôsteres
Catania AS, Ferreira SRG, Salvador EP, Barros CR, Portela CLM, Cezaretto A
anthropometry (mean body mass index = 31.4 ± 5.6 kg/m2; mean waist circumference = 103.1 ± 12.5 cm). Biochemical characteristics and
inflammatory markers are shown in the table.
Fasting plasma glucose (mg/dL)
HDL-Cholesterol (mg/dL)
TEMAS LIVRES Pôsteres
Triglycerides (mg/dL)
NGT (n = 88)
PreDM (n = 99)
87.8 ± 7.5
105.9 ± 7.9
40.2 ± 8.6
42.7 ± 11.9
171.0 ± 71.7
144.5 ± 76.9
HOMA-IR
2.12 ± 1.37
2.62 ± 1.69
*C-reactive protein (mg/dL)
0.55 ± 0.55
0.57 ± 0.58
*Interleukin-6 (pg/mL)
3.06 ± 3.28
3.07 ± 3.57
Leukocyte count (cels/mm3)
7109 ± 1662
6751 ± 1849
Adiponectin (ng/mL)
10.36 ± 5.87
9.97 ± 6.69
TNF-alfa (ng/mL)
13.24 ± 5.73
12.45 ± 6.44
*Mann-Witney test used for non-parametric variables; NGT: normal glucose tolerance; PreDM: pre-diabetes.
The pre-diabetic group had higher values of HOMA-IR but the inflammatory markers were similar between the groups. Significant correlations were detected between inflammatory markers (leukocyte count, IL-6, CRP and adiponectin) and waist circumference; HOMA-IR
was correlated to CRP, leukocyte count and adiponectin. Our findings indicated that the pre-diabetic group was more insulin resistant and
confirmed an association between inflammation and insulin resistance. However, we suggest that assessment of inflammatory markers in circulation is not sensitive enough to detect differences of glucose tolerance status in individuals with MS. This could be explained by the fact
that cytokines act mainly at paracrine level deteriorating insulin signaling. Serum concentrations of CRP, IL-6, TNF and adiponectin did not
support that inflammatory markers are able to differentiate glucose tolerance categories.
P67
DETERIORATION OF GLUCOSE TOLERANCE AND INSULIN SENSITIVITY IS ACCOMPANIED BY GRADUAL ELEVATION OF HEPATIC
AMINOTRANSFERASES
Catania AS, Martini LA, Garcia VC, Barros CR, Cezaretto A, Ferreira SRG, Carvalho T
FSP/USP.
Non-alcoholic steato-hepatitis (NASH) is found in type 2 diabetes (DM) and its relevance lies on the possible progression to end-stage liver
disease. Diagnosis is suspected when aminotransferases are elevated after exclusion of other liver diseases. We hypothesized that elevation of
aminotransferases occur in parallel to the development of insulin resistance (IR) and glucose intolerance. We studied 223 individuals (34.5%
men; mean age = 52.9 years) with different glucose tolerance status and searched for associations of aminotransferases and parameters of IR.
The level of aminotransferases was compared among 4 groups, as follows: normal glucose metabolism (NG), impaired fasting glycemia (IFG),
impaired glucose tolerance (IGT) and DM. Correlations were detected between alanine aminotransferase (ALT) and waist-to-hip ratio (r =
0.255; p = 0.000), fasting and post-challenge plasma glucose (r = 0.249 and r = 0.297 respectively; p = 0.000) and HOMA-IR (r = 0.272; p
= 0.009); aspartate aminotransferase (AST) was correlated to waist-to-hip ratio (r = 0.147; p = 0.028) and fasting and post-challenge plasma
glucose (r = 0.149 and r = 0.231 respectively; p < 0.05). ALT was higher in DM when compared to the others, but levels of AST were similar
between DM and IGT.
NG (n = 136)
IFG (n = 34)
IGT (n = 24)
DM (n = 34)
% of men
28.7
44.1
37.5
48.3
Age (years)
49.8 ± 16.1ab
53.8 ± 13.5
62.7 ± 10.4a
58.4 ± 12.5b
Abdominal circumference (cm)
95.0 ± 13.6a
100.4 ± 12.7
100.6 ± 12.0
102.0 ± 8.5a
Waist-to-hip ratio
0.91 0.08ab
0.94 0.08
0.96 0.09a
0.97 0.07b
28.5 ± 5.9
30.3 ± 6.3
29.8 ± 5.4
30.4 ± 3.7
Body mass index (kg/m2)
Fasting plasma glucose (mg/dL)
86.6 ± 8.3abc
106.1 ± 6.1a
106.3 ± 10.2b
125.1 ± 38.8c
Post-challenge glucose (mg/dL)
98.4 ± 18.7ab
109.8 ± 21.0
157.2 ± 15.7a
216.7 ± 62.6b
ALT
14.0 ± 8.6a
16.6 ± 3.8b
17.5 ± 13.2c
27.1 ± 20.8abc
AST
16.4 ± 6.0a
17.1 ± 6.7b
17.3 ± 6.0
22.1 ± 13.5ab
Same letters indicate statistical difference (p < 0.05).
Aminotransferases elevated in parallel with central fat accumulation and deterioration of insulin sensitivity. ALT is more specific for the liver
than AST, and showed stronger correlations with IR parameters. Individuals with DM had higher levels of ALT than the others, in agreement
with higher prevalence rates of NASH in diabetic compared to general populations.
S578
P68
AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA ESTRATIFICADA POR ÍNDICE DE MASSA CORPORAL
Costa TR, Cavalcanti Neto FF, Faria OP, Cardoso FPF, Carvalho HAD, Queiroz JCF, Gontijo PL, Lima TP
Introdução: A obesidade é uma doença crônica não transmissível, multifatorial, resultante do ganho de peso, considerada um problema de saúde
pública por fatores de impacto na longevidade e na piora na qualidade de vida. Está associada às disfunções respiratórias, incluindo dispneia, diminuição de volumes e capacidades pulmonares. Nos obesos a mecânica pulmonar sofre alterações que provocam mudança na força da musculatura
respiratória. Objetivo: Avaliar a força da musculatura respiratória nos diferentes graus de obesidade. Materiais e métodos: Foram selecionados 223
indivíduos obesos sedentários, de ambos os sexos, separados em 3 grupos conforme o grau de obesidade: G1 (IMC 30 a 34,9 kg/m²), G2 (IMC 35
a 39,9 kg/m²), G3 (IMC ≥ 40 kg/m²). Foram realizadas medidas antropométricas de estatura e peso corporal para o cálculo do IMC, além da determinação das Pressões Respiratórias Máximas (PRM) pela manovacuometria com aparelho analógico de ± 300 cmH2O (Suporte®). As PRM foram
obtidas após 5 medidas consecutivas da Pimáx e da Pemáx e coletado o maior valor de cada uma delas, para posterior análise estatística, composta por
descrição dos dados, ANOVA e Tukey test. Resultados: A estratificação da amostra (N = 223), conforme o IMC, ficou distribuída com N = 54 para
o G1 (24,2%), N = 74 para o G2 (33,2%) e N = 95 para o G3 (42,6%). A Pimáx foi de: 99,81 ± 31,42 cmH2O, 109,18 ± 34,64 cmH2O e 105,89
± 29,60 cmH2O, respectivamente para os grupos G1, G2 e G3. Já a Pemáx foi de: 124,07 ± 38,26 cmH2O, 130 ± 34,39 cmH2O e 126,90 ±
38,05 cmH2O, para os grupos G1, G2 e G3, respectivamente. A média da Pimáx e da Pemáx para todos os grupos foi de: 105,51 ± 31,84 cmH2O
e 126,90 ± 38,05 cmH2O, respectivamente. Conclusão: O grupo G2 (obesidade grau II) apresenta maior força da musculatura respiratória (inspiratória e expiratória) quando comparado com os demais grupos. Acredita-se que esse resultado se deva a uma adaptação ao excesso de peso ao longo
dos anos. Isso também poderia estar ocorrendo com o G3, porém este apresenta, além da adaptação, uma sobrecarga mecânica tóraco-abdominal.
P69
AVALIAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR DE ACORDO COM A TABELA DE FRAMINGHAM EM PACIENTES PORTADORES DE
DIABETES MELITO DO TIPO 2
Varela MG, Rezende KF, Melo NH, Santos AM, Seabra JD, Lopes TM, Nunes DP
UFS.
Introdução: A doença cardiovascular é responsável por até 80% da mortalidade em indivíduos com DM do tipo 2 (DM2). De fato, o risco relativo
de morte por eventos cardiovasculares, ajustado para a idade, em diabéticos é três vezes maior do que o da população em geral. O estudo de Framingham já chamava atenção, desde o seu início, para o fato de que o DM dobra o risco de doença cardiovascular (DCV) em homens e triplica em
mulheres, sendo o diabetes considerado por alguns grupos como equivalente coronariano, conferindo alto risco imediato aos portadores. O escore
de Framingham continua sendo até os dias atuais uma forma confiável, simples e de baixo custo de identificação de pacientes ambulatoriais sob
maior risco de DCV, o que possibilita a introdução de rastreamento mais rigoroso e terapias mais agressivas como forma de prevenção de eventos
coronarianos futuros. Objetivo: O objetivo deste estudo foi estratificar o risco de ocorrência de eventos coronarianos em uma amostra de pacientes portadores de diabetes melito tipo 2 assistidos na atenção básica do SUS em Aracaju e relacionar o risco de acordo com o gênero dos pacientes.
Material e métodos: Neste estudo transversal, as informações clínicas foram coletadas a partir de revisão dos prontuários de uma amostra aleatória
de 615 pacientes portadores de DM2 atendidos pelas Equipes de Saúde da Família da Secretaria Municipal da Saúde de Aracaju, Sergipe. Aplicouse o Escore de Risco de Framingham, caracterizando os pacientes em baixo, médio e alto risco. Resultados: Da população estudada (n = 615),
426 (69,3%) eram do sexo feminino e 189 (30,7%) do sexo masculino. A média de idade da amostra foi de 61,95 ± 11,86 anos. Todos os pacientes
(100%) tiveram diagnóstico de DM2. Destes, 6 (1%) pacientes não faziam uso de terapia alguma, 18 (2,9%) faziam apenas dieta, 491 (79,8%)
estavam em uso apenas de medicação oral, 57 (9,3%) em terapia oral associada à insulinoterapia e 43 (7%) pacientes estavam em terapia apenas
com insulina. A média de hemoglobina glicada foi de 7,98 ± 2,16% e a prevalência de hipertensão arterial sistêmica foi de 79,5%. O colesterol total
tendeu a ser mais elevado nos homens (p = 0,06) e houve diferença estatisticamente significativa entre os valores médios de HDL colesterol, que
foram mais elevados nas mulheres (p < 0,001). A tabela 1 exibe as variáveis clínicas e suas respectivas médias nessa amostra. O risco cardiovascular
médio em 10 anos para essa amostra foi de 18,61 ± 10,28%. Na distribuição por gênero, a média no gênero masculino foi de 23,85 ± 13,64% e no
feminino de 16,28 ± 7,27% (p < 0,001). O percentual de alto risco foi de 24,6% nas mulheres e de 48,7% nos homens, havendo significantemente
mais pacientes classificados como alto risco entre os homens (p < 0,01). Conclusão: A elevada frequência de pacientes estratificados como alto
risco cardiovascular, sobretudo entre os homens, reforça a necessidade de se controlar agressivamente os fatores de risco modificáveis nos pacientes
portadores de diabetes melito, a fim de reduzir o impacto dos eventos cardiovasculares na longevidade dessa população.
Tabela 1. Variáveis clínicas e laboratoriais da amostra estudada
N
Mínimo
Máximo
Média
Desvio-padrão
Glicemia de jejum (mg/dL)
588
48
417
145,56
± 59,27
Glicemia pós-prandial (mg/dL)
350
36
582
189,78
± 91,47
Pressão sistólica (mmHg)
615
90
230
137,95
± 21,57
Pressão diastólica (mmHg)
615
30
130
82,42
± 11,22
Circunferência abdominal (cm)
55
53
156,50
100,06
± 15,73
IMC (kg/m²)
148
19
49
29,32
± 5,61
Colesterol Total (mg/dL)
615
91
425
205,03
± 49,33
Colesterol-HDL (mg/dL)
615
17
94
46,61
± 13,30
Colesterol-LDL (mg/dL)
573
36
290
125,49
± 42,54
Triglicerídeo (mg/dL)
580
41
744
167,87
± 98,50
S579
TEMAS LIVRES Pôsteres
UCB, Brasília.
P70
DESEMPENHO NO TESTE DE CAMINHADA DE SEIS MINUTOS ENTRE OBESOS E EUTRÓFICOS
Carvalho HA, Lima TP, Costa TR, Gontijo PL, Cavalcanti Neto FFC, Cardoso FPF, Reis EP
TEMAS LIVRES Pôsteres
UCB, Brasília.
Introdução: O teste de caminhada de seis minutos é um teste relativamente simples, de baixo custo e que possibilita a avaliação do nível submáximo da capacidade funcional do indivíduo, refletindo a maioria das atividades de vida diária. Objetivo: Relacionar o desempenho no teste
de caminhada de seis minutos de indivíduos obesos com eutróficos. Materiais e métodos: Foram selecionados 147 indivíduos sedentários, de
ambos os sexos, separados em 2 grupos: G1 (obesos) e G2 (eutróficos). Foi realizada coleta da estatura e do peso corporal para cálculo do IMC
para posterior estratificação dos grupos e realizado o teste de caminhada de seis minutos com metodologia especificada pela ATS. Material
utilizado: oxímetro de pulso, balança Filizola, esfigmomanômetro, estetoscópio, cronômetro e estadiômetro. A análise estatística foi composta
de média, desvio-padrão e correlação de Pearson, com p significante de 0,05. Resultados: O IMC foi utilizado para separar a amostra em
grupos. O G1, com IMC maior que 30 kg/m² e o G2, com IMC de 18,50 a 24,99. O G1 foi composto por 91 obesos, com média de idade
de 38,18 +- 10,86 anos, sendo 59 mulheres e 32 homens. O G2 com 56 eutróficos, com idade de 29,59 +- 9,28 anos, sendo 41 mulheres
e 15 homens. A distância percorrida apresentou significância na comparação dos grupos, com p < 0,05; o G1 teve a média da distância de
530,10 +- 59,01 m e o G2 de 589,14 +- 46,08 m. Conclusão: O grupo de eutróficos percorreu uma distância maior no teste de caminhada
de seis minutos comparado com o grupo de obesos, indicando uma redução na capacidade funcional em obesos, o que pode comprometer a
realização das atividades de vida diária, somado ao sedentarismo que eles apresentam.
P71
CORRELAÇÃO DO IMC COM O TESTE DE CAMINHADA DE SEIS MINUTOS
Reis EP, Cavalcanti Neto FF, Cardoso FPF, Carvalho HA, Lima TP, Costa TR, Gontijo PL
UCB, Brasília.
Introdução: O teste de caminhada de seis minutos (TC6) é uma avaliação prática e de baixo custo para identificar indivíduos com limitação na
aptidão física. Tal limitação está intimamente relacionada com o grau de obesidade e sedentarismo. Objetivo: Correlacionar a distância percorrida no teste de caminhada de seis minutos com o índice de massa corporal. Materiais e métodos: Selecionados 147 indivíduos sedentários,
de ambos os sexos, separados em 4 grupos: G1 eutróficos (IMC entre 18,5 e 24,9), G2 (IMC 30 a 34,9 kg/m²), G3 (IMC 35 a 39,9 kg/
m²), G4 (IMC ≥ 40 kg/m²). Foi realizada coleta da estatura e do peso corporal para cálculo do IMC e realizado o teste de caminhada de seis
minutos com metodologia especificada pela ATS. Material utilizado: oxímetro de pulso, balança Filizola, esfigmomanômetro, estetoscópio,
cronômetro e estadiômetro. A análise estatística foi composta por média, desvio-padrão e ANOVA e Tukey test. Resultados: Os eutróficos
(G1) apresentaram significância estatística (p < 0,01) quando comparados com os demais grupos de obesos. Com distância percorrida de: G1
(N = 56 e IMC = 21,96 +- 2,05 kg/m²) 589,14 +- 46,08 m; G2 (N = 40 e IMC = 32,21 +- 1,43 kg/m²) 555,05 +- 48,40 m; G3 (N = 27
e IMC = 37,26 +- 1,34 kg/m²) 536,44 +- 50,44 m; G4 (N = 24 e IMC = 44,15 +- 3,97 kg/m²) 483,08 +- 58,56 m. Conclusão: Os resultados inferem que a capacidade funcional dos indivíduos apresenta-se reduzida com o aumento gradual do IMC, o que pode ser observado
claramente no último grupo, que possui o maior IMC e a menor distância percorrida no TC6.
P72
AVALIAÇÃO DA PROTEÍNA C REATIVA (PCR), HOMOCISTEÍNA, LÍPIDES, ENZIMAS HEPÁTICAS E HOMA-IR EM UM GRUPO DE
CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM FENÓTIPO DE OBESIDADE
Margotto M, Ramos CA, Souza FS, Menezes CA, Barreto MT
UESC.
Introdução: A obesidade infanto-juvenil é uma problemática mundial e encontra-se atualmente em torno de 7%. Vários estudos demonstram alterações precoces da PCR, dislipidemia mista, esteatose hepática, resistência à insulina HOMA-RI (Homeostasis Model Assessment
of Insuline Resistence) maior que 2,5 em crianças e adolescentes com obesidade. Objetivo: Avaliar o comportamento da proteína C reativa,
homocisteína, lípides, enzimas hepáticas e HOMA-RI em um grupo de crianças e adolescentes assistidos em um programa de tratamento para
obesidade em Aracaju, SE. Métodos: Foram avaliados 134 indivíduos, 61 do sexo masculino (45,52%), 73 do sexo feminino (54,47%), com
obesidade IMC maior que percentil 95% CDC, média de idade de 10,6 anos. Resultados: As variáveis foram analisadas por meio da média
e desvio–padrão, além do registro de valores máximo e mínimo de acordo com os níveis preestabelecidos pelo laboratório onde foi realizado
o Estudo e aplicado o test T Student. Conclusão: Das variáveis avaliadas a PCR mostrou-se alterada em 34,3% das crianças e adolescentes; a
homocisteína não se mostrou alterada em nenhum indivíduo; observaram-se dislipidemia mista (CT 61,5 %, triglicérides 26,2%, LDL 58,1%,
HDL 65,4%) e esteatose hepática (TGO 3,8%, GGT 33,3%), além da resistência à insulina avaliada pelo HOMA-RI.
P73
OBESIDADE COMO DETERMINANTE DA PRESENÇA DE ATEROSCLEROSE SUBCLÍNICA, INDEPENDENTE DA PRESENÇA DE FATORES DE
RISCO TRADICIONAIS
Vasques ACJ, Schiavo D, Souza JRM, Geloneze B, Tambascia MA, Geloneze S, Trindade V
Laboratório Limed, Unicamp.
Introdução: A síndrome metabólica é uma condição de risco para alterações cardiovasculares. Entre os seus componentes, a presença de obesidade visceral, intolerância a glicose, hipertensão arterial sistêmica e dislipidemia determinam, isoladamente ou em conjunto, um risco elevado
S580
P74
SITUAÇÕES FAMILIARES NA OBESIDADE INFANTIL DO FILHO ÚNICO
Rabinovich EP, Santos LRC
UCSal.
Introdução: A obesidade tem crescido rapidamente em todo o mundo, e manifestada a sua prevalência em todas as idades e grupos socioeconômicos, o que levou a Organização Mundial de Saúde (OMS) a reconhecer a obesidade infantil como uma epidemia e um dos mais importantes problemas de saúde pública. Os efeitos da obesidade para as crianças no século XXI podem assumir um grande impacto na sua baixa
autoestima como até graves riscos na sua saúde. Objetivos: O presente trabalho pretende aprofundar a compreensão das relações familiares
de filhos únicos portadores de obesidade na infância. Material e métodos: No estudo foi utilizado o material intrínseco ao teste projetivo
­– Scenotest ­– e à avaliação da condição nutricional da família, por meio de dados antropométricos. O estudo utilizou metodologia qualitativa,
em que foram realizados 8 (oito) estudos de caso de crianças soteropolitanas obesas de ambos os sexos, cuja faixa etária situa-se entre 7 e 10
anos, e nível socioeducacional classificado como nível alto e baixo. Com os pais, por meio de autorização em Termo de Consentimento Livre e
Pré-esclarecido, foram aplicados como instrumentos a entrevista semiestruturada em domicílio, e com as famílias, o teste projetivo Scenotest,
aperfeiçoado segundo a proposta de Cerveny (1982). Resultados e conclusões: O referencial teórico para a análise do Scenotest e da entrevista foi a partir da proposta contemporânea da psicanálise das configurações vinculares, segundo a teoria do psicanalista Isidoro Berenstein.
A ideia central da análise dos resultados do presente trabalho gira em torno da existência de específicas dinâmicas do tecido familiar que revelam
um significado único e pessoal, sob a submissão a um plano hierárquico de mito familiar, envolvendo situações abrangentes de natureza social,
cultural e histórica da sociedade, que parecem favorecer ambas as condições: obesidade infantil e a de filho único. Considerando a obesidade
infantil exógena como um problema que põe em risco a saúde da infância e da adolescência brasileiras, identificaram-se na situação familiar
contemporânea movimentos articuladores de dinâmicas específicas oriundas do atravessamento entre o transubjetivo e o intersubjetivo, numa
situação que propicia um estreitamento das possibilidades em gerar subjetividade, por meio da criação de vínculos quer de natureza intra,
inter ou transpessoais, que fecham fronteiras. Portanto, a criança obesa filha única no contexto da experiência triangular com os pais parece
vivenciar situações familiares que promovem à susceptibilidade da perda de vínculos advinda do tripé gerador de subjetividade. Palavras-chave:
Obesidade, criança, família, filho único, relações familiares.
P75
CORRELAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA DE OBESOS COM A RELAÇÃO CINTURA/QUADRIL
Costa TR, Cavalcanti Neto FF, Faria OP, Queiroz JCF, Carvalho HA, Cardoso FPF, Gontijo PL, Lima TP
UCB, Brasília.
Introdução: A obesidade é uma doença crônico-degenerativa que vem crescendo vertiginosamente, assim como comorbidades associadas a
ela. O tipo de distribuição da gordura corporal aumenta a incidência das disfunções orgânicas, assim como mantém uma correlação com o
grau de dificuldade da passagem de ar pelas vias aéreas, sendo a obesidade central ou androide a com maior prevalência de comprometimentos.
Objetivo: Correlacionar a força de musculatura respiratória com a relação cintura/quadril. Materiais e métodos: Foram selecionados 223 indivíduos obesos de ambos os sexos, com idade entre 20 e 59 anos. Foram realizadas as medidas da circunferência da cintura (CC) e do quadril
(CQ) para posterior cálculo da relação cintura/quadril (RC/Q) e coletadas as Pressões Respiratórias Máximas (PRM) pela manovacuometria
com aparelho analógico de ± 300 cmH2O (Suporte®). As PRM foram obtidas após cinco medidas consecutivas da Pimáx e da Pemáx; foi coletado o maior valor de cada uma delas, para posterior análise estatística com média, desvio-padrão e correlação de Pearson, com significância
estatística para o p < 0,05. Resultados: A amostra de 223 obesos foi composta por 148 mulheres e 75 homens, os quais apresentavam médias
de: idade – 37,13 ± 9,76 anos; CC – 119,51 ± 15,41 cm; CQ ­– 126,36 ± 13,43 cm; RC/Q – 0,94 ± 0,10 cm; Pimáx – 105,51 ± 31,84
cmH2O e Pemáx – 126,90 ± 38,05 cmH2O. Todas as correlações realizadas (Pimáx e Pemáx e RC/Q) obtiveram significância estatística (p <
0,01). Conclusão: Nota-se que a força da musculatura respiratória correlaciona-se positivamente com a relação cintura/quadril, porém dados
semelhantes não foram encontrados na literatura sobre essa hipótese.
S581
TEMAS LIVRES Pôsteres
para a doença aterosclerótica. A medida da espessura do complexo intimal-medial carotídeo (CIM-C) é um método validado de avaliação da
aterosclerose subclínica e preditora de doenças cardiovasculares. Objetivo: O objetivo deste estudo foi investigar a associação dos componentes da síndrome metabólica com a espessura do CIM-C em uma população de indivíduos obesos. Material e métodos: Estudo transversal em
101 pacientes. Avaliação antropométrica: índice de massa corpórea (IMC), circunferência da cintura e relação cintura-quadril. Os parâmetros
clínicos e bioquímicos estudados foram: pressão arterial sistólica e diastólica, colesterol total, LDL e HDL colesterol, triglicérides e medida da
espessura do CIM-C. Tal mensuração foi realizada por método não invasivo por meio de ultrassonografia modo B (Schimadzu, SDU-1200 –
Kioto, Japão) com transdutor linear 7.5-10 MHz. Análise estatística: correlação parcial, análise de regressão linear multivariada, software SPSS
versão 16, nível de significância adotado p < 0,05. Resultados: Dos 101 indivíduos avaliados, 69,3% eram mulheres. A média de idade foi
de 43 ± 10 anos e de IMC de 38,4 ± 9,4 kg/m². Nas análises de correlação parcial ajustadas para o sexo, a espessura do CIM-C apresentou
correlações significantes com a idade (r = 0,41; p < 0,001), IMC (r = 0,26; p < 0,05), circunferência da cintura (r = 0,33; p < 0,01), relação
cintura-quadril (r = 0,32; p < 0,01) e com os níveis de HDL colesterol (r = - 0,31; p = 0,01). A pressão arterial sistólica e diastólica, os níveis
de colesterol total, LDL colesterol e triglicérides não apresentaram correlação estatística significante. Na análise de regressão linear multivariada, as variáveis idade e IMC (R² = 0,311; p < 0,001) foram preditoras independentes da espessura do CIM-C. Conclusões: Neste estudo,
em pacientes obesos, a espessura do CIM-C não esteve correlacionada com fatores de risco tradicionais para aterosclerose, tais como: pressões
sistólica e diastólica e LDL colesterol. O IMC foi o fator determinante para a alteração estrutural arterial. Medidas que atuem na prevenção
ou redução da obesidade, ao longo da vida, podem ser decisivas na prevenção e progressão da aterosclerose.
P76
VENTILAÇÃO VOLUNTÁRIA MÁXIMA DE OBESOS E EUTRÓFICOS
Gontijo PL, Cavalcanti Neto FF, Reis OA, Reis EP, Carvalho HA, Cardoso FPF, Costa TR, Lima TP
TEMAS LIVRES Pôsteres
UCB, Brasília.
Introdução: A ventilação voluntária máxima (VVM) avalia, de forma indireta e dinâmica, a força da musculatura respiratória, fornecendo,
assim, a capacidade do indivíduo em sustentar um alto nível de ventilação, ou seja, resistindo mais ou menos aos exercícios, correspondendo
também ao parâmetro funcional que pode identificar uma desvantagem dessa musculatura. Objetivo: Correlacionar a ventilação voluntária
máxima de obesos com eutróficos. Materiais e métodos: Selecionados 136 indivíduos sedentários, de ambos os sexos, separados em 2 grupos:
G1 (Obesos), G2 (Eutróficos). Foram realizadas medidas antropométricas de estatura e peso corporal para a determinação do IMC e a VVM
em valores previstos, absolutos, de porcentagem (%) e de frequência respiratória (fR) no Espirômetro V Máx 229 Sensor Medics®. A análise
estatística foi composta de média, desvio-padrão e Teste-t, com p < 0,05. Resultados: No G1 composto por 92 obesos, com IMC acima de
30 kg/m², e o G2, por 44 eutróficos, com IMC entre 18,5 e 24,99 31,52 l/min,±kg/m2, observou-se a média dos valores previsto de 128,75
32,41 ipm na± 18,33 e fR de 103,96 ±absoluto de 124,88 33,03 l/min, % de 98,20 27,22 ± 30,89 l/min, absoluto de 133,54 ±VVM. E para
o G2 previsto de 133,65 11,00 (p ± l/min, % de 100,93 < 36,19 ipm. Conclusão: Os ± 0,05) e fR de 119,54 resultados mostram o que já está
descrito na literatura quanto à redução da força, da resistência e da capacidade de execução das atividades diárias, em que o grupo de eutróficos
possui maior resistência à fadiga, com valores maiores e significativos da porcentagem do previsto em relação aos obesos.
P77
CORRELAÇÃO DA MASSA MAGRA COM O TESTE DE CAMINHADA DE SEIS MINUTOS EM OBESOS E EUTRÓFICOS
Costa TR, Cavalcanti Neto FF, Faria OP, Cardoso FPF, Reis EP, Lima TP, Carvalho HA, Gontijo PL
UCB, Brasília.
Introdução: Acredita-se que a capacidade funcional de indivíduos obesos seja menor comparada à população eutrófica, apresentando uma
diminuição da tolerância ao exercício, acarretando uma limitação nas atividades de vida diária. Objetivo: Correlacionar o teste de caminhada
de seis minutos com a porcentagem de massa magra de obesos e eutróficos. Materiais e métodos: Foram selecionados 147 indivíduos sedentários, de ambos os sexos, separados em 2 grupos: G1 (obesos), G2 (eutróficos). Realizados: medidas antropométricas de estatura e peso corporal para cálculo do IMC, bioimpedância tetrapolar e o teste de caminhada de seis minutos (TC6) com metodologia especificada pela ATS.
Instrumentos: bioimpedância tetrapolar, oxímetro de pulso, balança Filizola, esfigmomanômetro, estetoscópio, cronômetro e estadiômetro.
A análise estatística foi composta de média, desvio-padrão e correlação de Pearson, com p significante de 0,05. Resultados: O IMC foi utilizado para separar a amostra em grupos: o G1, com IMC maior que 30 kg/m², e o G2, com IMC de 18,50 a 24,99 kg/m². O G1 foi composto
por 91 obesos, com 10,86 anos, sendo 59 mulheres e 32 homens, com média de ± média de idade de 38,18 13,05 kg. O G2 com 56 eutróficos, com idade de ± massa magra de 64,39 8,60 kg. ± 9,28 anos, sendo 41 mulheres e 15 homens, e massa magra de 46,10 ± 29,59. A distância
percorrida, no TC6, apresentou significância na comparação dos grupos, com p < 0,05, sendo que o G1 teve a média da distância de 46,08 m.
Conclusão: Os eutróficos, apesar de ± 59,01 m, e o G2 com 589,14 ± 530,10 possuírem uma quantidade menor de massa magra percorreram
uma distância maior que os obesos no teste de caminhada de seis minutos, confirmando a hipótese de que os obesos podem apresentar uma
redução na capacidade funcional, refletida na diminuição da distância percorrida no teste de caminhada de seis minutos.
P78
PREVALÊNCIA DE OBESIDADE E COMORBIDADES EM MULHERES COM GRAVIDEZ DE ALTO RISCO
Feitosa ACR, Marques SR, Viana AM, Schleu M, Queiroz AM
Maternidade de Referência Prof. José Maria de Magalhães Netto.
Introdução: A gestação caracteriza-se por modificações hormônio-estruturais que favorecem o ganho de peso para manutenção do crescimento
e desenvolvimento saudável do feto. O aumento da obesidade na população brasileira tem resultado em maior proporção de morbidades como
hipertensão e diabetes e estas patologias podem ocorrer, de forma mais frequente, em gestantes obesas. Objetivos: Avaliar a prevalência de
obesidade e comorbidades relacionadas em população de gestantes encaminhadas a uma maternidade de referência em gestação de alto risco e,
secundariamente, avaliar o ganho ponderal até a primeira consulta endócrina. Métodos: Avaliaram-se 279 gestantes referenciadas ao ambulatório de endocrinopatias na gestação entre abril de 2007 a abril de 2009. Foram coletadas informações sobre peso pré-gestacional (PG), altura,
peso ganho na gestação, comorbidades e motivo do encaminhamento. Categorizaram-se as gestantes de acordo com o índice de massa corpórea
(IMC) pré-gestacional em: baixo peso (< 19,8 kg/m²), normal (19,8 a 24,9 kg/m²), sobrepeso (25 a 29,9 kg/m²) e obesa (> 30 kg/m²). Foram
utilizadas as recomendações de ganho de peso do Comitê de Nutrição na gestação do Instituto de Medicina (CNIM). Resultados: O principal
motivo de encaminhamento foi diabetes melito. A idade média das mulheres foi de 31,7 ± 6,9 anos e o IMC médio à primeira consulta endocrinológica em 31,8 ± 6,4 kg/m². Obesidade pré-gestacional foi identificada em 42,9% e sobrepeso em 31,1% das gestantes. Na primeira consulta
endócrina, a idade gestacional média era de 26,8 ± 7,6 semanas. Obesidade foi encontrada em 57,7% e 21,8% tinham sobrepeso à primeira
avaliação endocrinológica. As comorbidades mais comuns foram diabetes pré-gestacional (14,4%), hipertensão (39%) e tireoideopatias (13,9%).
Diabetes gestacional foi diagnosticado em 20% das portadoras de baixo peso, 53,2% das com peso normal, 57,4% das portadoras de sobrepeso
e 60,6% das obesas. A tabela 1 expressa o ganho de peso até a primeira consulta e as metas de ganho ponderal. Conclusões: A obesidade é altamente prevalente em gestantes encaminhadas para acompanhamento de gestação de alto risco e a maior parte desse grupo já chega à primeira
consulta com excessivo ganho de peso. Hipertensão e diabetes gestacional são comuns e sugere-se que medidas de saúde pública sejam tomadas
com vistas a alertar a população sobre os cuidados com o ganho de peso na gestação. A intervenção precoce nas pacientes de maior risco pode
evitar o surgimento de complicações.
S582
Tabela 1. Avaliação ponderal à primeira consulta endócrina de acordo com índice de massa corpórea pré-gestacional (n = 279)
IMC (kg/m2)
Ganho ideal segundo CNIM (kg)
Gestantes (%)
Ganho até 1ª consulta (kg)
Pacientes com ganho acima da meta (%)*
< 19,8 (baixo peso)
19,8-24,9 (normal)
25-29,9 (sobrepeso)
12,5-18
11,5-16
6,8-12
> 29,9 (obesa)
<6,8
1,2
13
27,7
58,1
13 (2,9 a 17,4)
7,8 (-7 a 36,8)
7,2 (-7,5 a 35)
7,4 (14,9 a 43,6)
50 (5/10)
11,1 (5/45)
36,8 (25/68)
60,4 (55/91)
*Peso ganho até a primeira consulta endócrina considerando a meta desejada para a idade gestacional (dados de 214 gestantes – dados incompletos em 65).
P79
Closs VE, Silva Filho IG, Rocha LMBCRM, Bastos CC, Senger AE, Viegas K, Pereira AMVB, Schwanke CHA
IGG/PUC-RS.
Introdução: Síndrome metabólica (SM) é um fator de risco para doenças cardiovasculares e diabetes, morbidades frequentes na população
idosa e com alta mortalidade. Estudos recentes têm sugerido sua associação com perdas funcionais como declínio cognitivo nesse grupo etário.
Informações sobre a prevalência e as consequências da SM na população idosa brasileira são escassas, mas fundamentais para o desenvolvimento e implementação de medidas preventivas. Objetivos: Descrever a prevalência de síndrome metabólica na população idosa de Porto Alegre,
RS, e analisar sua associação de capacidade funcional. Material e métodos: O estudo foi realizado a partir da análise do banco de dados obtidos na segunda fase do Estudo Multidimensional dos Idosos de Porto Alegre (EMIPOA), que utilizou uma amostra de base populacional de
1.078 indivíduos de 60 anos e mais, selecionados de forma estratificada, proporcional e aleatória de modo a contemplar residentes de todas
as regiões censitárias do município. Foram excluídos os portadores de déficit cognitivo e os impossibilitados de se locomover. Compareceram
442 idosos (sendo 323 mulheres e 119 homens) para a avaliação multidisciplinar e realização de exames clínicos e laboratoriais. Para o diagnóstico de SM foram utilizados os critérios definidos pelo National Cholesterol Education Program Adult Treatment Panel III revisado (NCEP
– ATPIII revisado) e para avaliação da capacidade funcional foi utilizado o índice de Barthel (que avalia o nível de independência nas atividades
de autocuidado como: alimentação, higiene pessoal, vestir-se, controle da bexiga, do intestino, deambulação, subir escadas, transferência da
cadeira para cama e cuja pontuação é zero, cinco, dez e quinze; a pontuação máxima é 100; quanto maior for a nota mais independente é o
idoso. Sobrepeso/obesidade foi avaliado por meio do índice de massa corporal (IMC). O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de
Ética do Hospital São Lucas da PUC-RS e todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os dados foram
analisados por meio do programa SPSS versão 11.0. Resultados: A prevalência de SM foi de 49,3%. Não se observou associação entre SM e
a capacidade funcional, porém os únicos idosos classificados como dependentes severos eram portadores de SM. Também não se observou
associação entre capacidade funcional e os componentes da SM (HAS, glicose, HDL e triglicerídeos), nem com sobrepeso/obesidade, mas sim
com a circunferência da cintura (os indivíduos sem obesidade central eram mais independentes do que aqueles com obesidade central – p =
0,019). Observou-se associação entre SM e sobrepeso/obesidade. Não se observou associação de SM com sexo, estado civil e etnia relatada. Já
em relação à capacidade funcional, foi observada associação com sexo (os homens eram mais independentes do que as mulheres – p = 0,011).
Conclusão: No presente estudo, a prevalência de SM foi alta, comparável a outros estudos nacionais e internacionais que apontam o aumento
da prevalência com a idade. Não se observou associação de SM e capacidade funcional, mas sim desta com obesidade central.
P80
ASSOCIAÇÃO ENTRE OBESIDADE E NEOPLASIA
Pinho A, Campello MC, Mathias C, Araujo L, Vieira LA, Daltro C
Núcleo de Oncologia da Bahia e FM-UFBA.
Introdução: Segundo a Organização Mundial de Saúde, 20% das pessoas morrem por câncer em todo o mundo. Estima-se que, em 2020, o
número de casos novos anuais seja de 15 milhões. É também conhecido que pelo menos um terço dos casos novos de câncer que ocorrem no
mundo são preveníveis. Em 2002, em revisão de literatura, a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) encontrou associação entre
obesidade e cânceres de cólon, mama, endométrio, rim e esôfago. Todavia, são raros estudos epidemiológicos que relacionem essas comorbidades. Objetivos: Avaliar se a prevalência dos tipos mais frequentes de câncer em indivíduos obesos é maior que em indivíduos com sobrepeso
e não obesos. Material e métodos: Trata-se de um estudo de corte transversal retrospectivo cuja amostra foi constituída por 1.816 pacientes,
69% do gênero feminino, idade média de 58 + 14 anos, com diagnóstico de neoplasia e em acompanhamento por clínica particular de oncologia
em Salvador, BA. Foram coletados dados das fichas do acompanhamento nutricional desses pacientes, atentando-se para as variáveis de interesse
do estudo: idade, gênero, altura, peso habitual, IMC habitual e tipo de neoplasia. Para a coleta de dados utilizou-se o programa Excel e para
análise estatística os programas SPSS 11.5 e o teste de proporções pelo EPI INFO 6.0. Resultados: Dentre os pacientes do estudo, 19% eram
obesos, 33% tinham sobrepeso e os demais 48% tinham peso dentro da faixa de normalidade. As neoplasias mais frequentes em obesos foram: nas
mulheres, mama 32%, cólon 12,7%, pulmão 6,4%, ovário 6,1% e estômago 5,2%. Nos homens, as mais frequentes foram cólon 19% (duas vezes
mais frequente que em não obesos, porém esta diferença não foi significativa), próstata 11%, pulmão 11%, esôfago 9%, estômago 9%. Não houve
diferença quando se comparou as frequências dos indivíduos obesos versus sobrepeso e não obesos. Conclusões: Em que pese os bias do presente
estudo, não foi observado aumento da frequência de neoplasias em obesos quando comparado a não obesos ou indivíduos com sobrepeso.
S583
TEMAS LIVRES Pôsteres
PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA EM IDOSOS RESIDENTES EM PORTO ALEGRE – RS E SUA ASSOCIAÇÃO COM
CAPACIDADE FUNCIONAL
P81
OBESIDADE E FATORES DE RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM IDOSOS NÃO INSTITUCIONALIZADOS
Soar C, Marucci MFN
TEMAS LIVRES Pôsteres
FSP/USP.
Introdução: O Brasil destaca-se por apresentar uma das maiores taxas de crescimento para população idosa. Em poucos anos, será um dos
países com maior número de idosos e, dessa forma, informação especializada, com indicadores de saúde e doença para idosos, é de extrema
urgência e necessidade. Objetivo: Apresentar a prevalência de obesidade e fatores de risco para doenças cardiovasculares (hipertensão arterial
e hipercolesterolemia) em idosos vivendo em comunidade. Método: Estudo do tipo transversal descritivo, constituído por idosos atendidos
em nível ambulatorial no Centro de Referência do Idoso, São Miguel Paulista – São Paulo/SP. Foram considerados obesos aqueles que apresentavam índice de massa corporal (IMC) ≥ 28 kg/m². Hipertensos aqueles com valores de pressão sistólica > 140 mmHg e pressão diastólica
> 90 mmHg e/ou uso de medicação anti-hipertensiva. E considerou-se hipercolesterolemia quando havia o uso de medicação e/ou valores
de colesterol total maior que 200 mg/dL na amostra sanguínea coletada após jejum de 12 horas. As prevalências foram descritas conforme
sexo e grupo etário. Para a análise dos dados, foi utilizado o teste Qui² com nível de significância de 5%. Resultados: Em relação à prevalência
de obesidade, foi encontrada diferença estatística entre os sexos; mulheres apresentaram maior prevalência. Em homens e mulheres ocorreu
redução na prevalência de obesidade com o aumento da idade, porém sem diferença estatística. A HA foi encontrada em 80% dos idosos investigados, os maiores índices foram encontrados em mulheres (82,30%), contudo em homens e mulheres ocorreu aumento das prevalências com
o aumento da idade, porém sem diferenças estaticamente significativas. Para HC novamente é identificada maior prevalência em mulheres.
No caso dos homens ocorre uma redução das prevalências com o aumento da idade, entretanto sem diferenças estatísticas. Conclusão: As
prevalências de obesidade, bem como de HA e HC são consideradas altas. Este resultado é preocupante, pois a população idosa, especialmente as mulheres, sofre de doenças que são fatores de risco importantes para o aparecimento de doenças cardiovasculares. São necessários
investimentos, no sentido do reforço do atendimento nutricional associado ao clínico, para promover a redução das doenças relacionadas aos
problemas cardiovasculares na população estudada.
Tabela 1. Prevalência de obesidade, hipertensão e hipercolesterolemia, conforme sexo e grupo etário em população idosa
Sexo/Grupo
etário (anos)
Prevalência
de Obesidade
Qui2
p
Prevalência
de HA¹
Qui2
p
Prevalência
de HC²
Qui2
p
1.50
0.47
3.23
0.19
Masculino
60 l− 70
59 (39,86%)
70 l− 80
34 (33,66%)
≥ 80
2 (14,29%)
109 (73,65%)
4.05
0.13
80 (79,21%)
42 (28,38%)
3.18
0.20
13 (92,86%)
22 (21,78%)
3 (21,43%)
Feminino
60 l− 70
204 (49,16%)
70 l− 80
109 (46,98%)
≥ 80
15 (33,33%)
333 (80,24%)
4.10
0.13
198 (85,34%)
175 (42,17%)
3.28
0.19
39 (86,67%)
111 (47,84%)
16 (35,56%)
Todos
423 (44,29%)
–
–
772 (80,84%)
–
–
369 (38,64%)
–
–
Masculino
95 (36,12%)
9.82
0.00*
202 (76,81%)
3.80
0,05
67 (25,48%)
26.53
0.00*
Feminino
328 (47,40%)
570 (82,30%)
302 (43,64%)
¹HA: hipertensão arterial. ²HC: hipercolesterolemia.
P82
EXAME MÉDICO PERIÓDICO E RISCO CARDIOVASCULAR EM TRABALHADORES DE UMA GRANDE EMPRESA DO RIO DE JANEIRO
Gomez CM, Bruno ACR
Escola Nacional de Saúde Pública, Fiocruz.
Introdução: As doenças cardiovasculares (DCV) vêm preocupando estudiosos e profissionais da área de saúde no Brasil e no mundo.
O último relatório divulgado pelo Ministério da Saúde, no final de 2008, atribuiu às doenças do aparelho circulatório a responsabilidade
da principal causa de mortalidade em todas as regiões brasileiras. Da mesma forma, projeções para o ano 2020 apontam a DCV como a
causa principal de mortalidade em todas as regiões do planeta. Atualmente, sabe-se que os países em desenvolvimento vêm contribuindo
mais marcadamente para essas estatísticas. Isto pode ser atribuído à redução da mortalidade por causas infectoparasitárias, ao estilo de vida
sedentário e às mudanças socioeconômicas ligadas à urbanização. Independentemente das diversas opções de tratamento e das medidas preventivas adotadas, tais como medicamentos anti-hipertensivos, hipolipemiantes e hipoglicemiantes, assim como campanhas vigorosas para
interrupção do tabagismo, as DCV continuam liderando. Objetivos: Por esta perspectiva, foi analisado o risco cardiovascular de trabalhadores administrativos de uma grande empresa do Rio de Janeiro. Material e métodos: Foi realizado um estudo descritivo de prevalência da
Síndrome Metabólica (SM), por englobar um conjunto de alterações associadas a um elevado risco de doença cardiovascular e/ou diabetes.
Os trabalhadores que realizaram exame médico periódico (EMP) em 2007 foram diagnosticados para SM pelos critérios: da Organização
Mundial de Saúde (OMS); do Programa Nacional de Educação para o Colesterol – Terceiro Painel para o Tratamento do Adulto (ATPIII)
e da Federação Internacional de Diabetes (IDF). O risco coronariano também foi calculado por meio do algoritmo de Framingham (ERF).
Resultados: Dos 4.321 trabalhadores que realizaram EMP, foi observada prevalência semelhante com base nos critérios ATPIII (16,6%) e
S584
IDF (16,3%). Já de acordo com a OMS, apenas 3,8% dos trabalhadores foram diagnosticados para SM e menor ainda foi o percentual que
preencheu simultaneamente os três critérios, 2,6%. Após utilizar as tabelas ERF, a grande maioria dos trabalhadores (84,6%) apresentou
risco baixo (˂ 10%) para desenvolver infarto ou morte por doença coronariana em 10 anos; enquanto 14% apresentou risco intermediário
(entre 10% e 20%) e um pequeno número de trabalhadores (1,4%) apresentou alto risco (> 20%). A IV Diretriz Brasileira sobre Dislipidemias
e Prevenção da Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia considera a Síndrome Metabólica fator agravante junto ao algoritmo
de Framingham, elevando o risco coronariano para o imediatamente superior. Com esta medida, quintuplicou-se (7,4%) a população com
alto risco para desenvolver evento coronariano em 10 anos. Conclusão: A prevalência da SM foi abaixo da encontrada na literatura para
a população brasileira. Destaca-se a relevância de considerar a Síndrome Metabólica como fator agravante ao algoritmo de Framingham,
elevando o risco coronariano, uma vez que amplia o número de trabalhadores que necessitam de atendimento especial, a fim de reduzir o
risco de incapacidade ou morte prematura.
P83
Palma D, Dishchekenian VRM, Escrivão MAMS, Taddei JAAC, Araújo EAC, Ancona-Lopez F
Unifesp.
Objetivo: Identificar padrões alimentares de adolescentes obesos e avaliar suas associações com alterações metabólicas características da
obesidade. Método: Estudo de delineamento transversal com adolescentes de 14 a 19 anos de ambos os sexos, P95 pelo critério de Must
et al., em ≥ classificados como obesos por IMC estadiamento puberal ≥ 4, pelo critério de Tanner; selecionados em quatro escolas públicas
de Ensino Médio da região da Vila Mariana, município de São Paulo, Brasil; entre agosto de 2006 e maio de 2007. Foram coletados dados
antropométricos, bioquímicos, questionário com informações sociodemográficas e registro alimentar de quatro dias. Para identificar os
padrões alimentares, empregou-se análise fatorial aos dados colhidos no registro alimentar, considerando-se a média do volume consumido
nos quatro dias de cada alimento/preparação. Primeiramente constituíram-se 20 alimentos ou grupos de alimentos a partir da semelhança
na composição nutricional. Escores fatoriais foram obtidos por meio de análise fatorial e associados às variáveis clínicas e laboratoriais por
regressão linear múltipla sem ajustes e com modelagens multivariadas. O nível de significância adotado nas análises foi de 5%. Resultados:
Os três padrões alimentares identificados, em conjunto, explicaram 34,8% da variabilidade total dos dados, o que está dentro dos valores
observados na literatura de Epidemiologia Nutricional quando o número de padrões encontrados foi similar. O padrão Tradicional (arroz
e massas, feijões, carnes vermelhas, embutidos, óleos e doces) foi positivamente associado com insulina, glicemia e triglicérides e negativamente associado com lipoproteína de alta densidade. O padrão Em transição (peixe, aves, ovos, pães, manteiga, leite e derivados, hortaliças,
frutas, sucos de frutas e açúcar refinado) apresentou as mesmas associações, além de associação similar com a pressão arterial diastólica.
O padrão Fast food (cafeteira, hambúrguer, maionese, bolacha, bolos e tortas, chocolate e refrigerantes) apresentou associação positiva com
o colesterol, lipoproteína de baixa densidade e pressão arterial sistólica e diastólica e negativa com a insulina e lipoproteína de alta densidade.
Conclusão: Os padrões Tradicional e Em transição apresentam associações diferentes com o metabolismo lipídico e glicídico quando comparados com o padrão Fast food. Os três padrões podem ser considerados obesogênicos, porém o padrão Fast food parece ser o mais aterogênico
e promotor de hipertensão arterial.
P84
ANÁLISE DOS INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS DE RISCO CORONARIANO COMO DISCRIMINADORES DE GORDURA VISCERAL
ABDOMINAL EM MULHERES
Santo JSNT, Santos CPC
Embec.
Introdução: O alto índice de indivíduos com sobrepeso e obesidade está cada vez mais alarmante para a sociedade. O acúmulo de gordura
corporal, principalmente a gordura visceral, tem sido considerado como um preditor de possíveis doenças cardiovasculares, além de aumentar
a prevalência de desequilíbrios metabólicos, hormonais e hemodinâmicos. Objetivo: O objetivo desse estudo foi determinar entre os indicadores antropométricos de risco coronariano qual possui maior poder preditivo para gordura visceral abdominal em mulheres. Materiais
e métodos: Estudo descritivo de corte transversal realizado em quatro centros de atividade física localizados na cidade de Salvador, BA.
A amostra foi composta por 197 mulheres com média de idade de 33 ± 10,6 anos e peso corporal com média de 61,2 ± 8,4 kg. Os participantes do estudo foram submetidos a uma avaliação morfológica, sendo registrados dados relativos a idade, estatura, massa corporal, medidas
de circunferência da cintura e medidas de circunferência do quadril. As medidas de massa corporal, estatura, circunferência de quadril e da
cintura foram verificadas utilizando-se o protocolo da International Society for the Advancement of Kinanthropometry (ISAK). Foram utilizadas como variáveis preditoras as medidas de IMC, RCQ e CC e como variável desfecho a gordura visceral abdominal, seguindo protocolo
de Wilmore et al., 2004. Para determinar o valor preditivo entre as variáveis estudadas foram utilizadas as curvas ROC (Receiver Operating
Characteristic) como modelo estatístico, adotando intervalo de confiança de 95%. Os dados foram analisados utilizando o pacote estatístico
Stata versão 7.0. Resultados: Após análise observou-se que as áreas sobre as curvas ROC entre os diversos indicadores foram estatisticamente
significantes. Para a medida de RCQ a área sob a curva ROC foi de 0,80 com IC (0.63-0.97), para o IMC a área sob a curva ROC foi de 0,88
com IC (0.71-1.00) e para a CC a área sob a curva ROC foi de 0,86 com IC (0.72-1.00). Quando comparadas as áreas dos respectivos indicadores antropométricos de risco coronariano, a medida de IMC possui o maior poder preditivo para gordura visceral abdominal em mulheres
em razão da sua alta sensibilidade e especificidade quando comparada às outras medidas. Conclusões: Em que pese a importância das medidas
antropométricas supracitadas, os resultados desse estudo evidenciam que em mulheres todas as medidas analisadas podem ser utilizadas como
preditoras de gordura visceral abdominal, contudo a que possui maior poder discrimatório é a medida de IMC, o que amplia a sua utilização
por ser originariamente aplicada para classificar sobrepeso e obesidade e por ser também de fácil aplicabilidade.
S585
TEMAS LIVRES Pôsteres
PADRÕES ALIMENTARES DE ADOLESCENTES OBESOS E SUAS DIFERENTES REPERCUSSÕES METABÓLICAS
P85
ATIVIDADE FÍSICA E SUA ASSOCIAÇÃO COM A PRESENÇA DE EXCESSO DE PESO EM ACADÊMICOS DO CURSO DE EDUCAÇÃO
FÍSICA
Pontes LM, Barboza CF
TEMAS LIVRES Pôsteres
Unipê/Laboratório Unipê/Sanny.
Dentre os fatores protetores para a obesidade, a atividade física aparece como o determinante mais mencionado por instituições internacionais
de saúde. O presente estudo objetivou verificar a associação entre a atividade física e a presença de excesso de peso em acadêmicos do curso de
Educação Física. Material e métodos: Trata-se de um estudo transversal e analítico. Participaram 23 discentes do curso de Educação Física de
ambos os sexos (25,6 ± 7,3 anos) matriculados em uma instituição privada de João Pessoa. A prática de atividade física foi identificada por meio
da versão curta do Ipaq. A presença de excesso de peso foi classificada por intermédio do índice de massa corporal (IMC) por meio das variáveis
autorreferidas: massa corporal e estatura. Consideraram-se portadores de excesso de peso indivíduos com IMC superior a 25 kg/m². O tratamento
estatístico utilizou o Odds Ratio (OR) para análise da associação e intervalo de confiança de 95% (IC 95%). Resultados: 69,0% dos estudados
mostraram ser ativos fisicamente. A presença de excesso de peso foi evidenciada em 30,4% dos acadêmicos de ambos os sexos. A análise da
associação entre atividade física e o excesso de peso mostrou um OR = 0,88 (IC 95%: 1,25-6,19), demonstrando que ativos apresentam-se
88,0% mais protegidos quanto à presença de excesso de peso. Conclusão: A maioria dos acadêmicos de Educação Física investigados possui
em sua rotina de vida a prática de atividade física. Os sujeitos ativos apresentaram uma maior proteção quanto ao excesso de peso em relação
aos seus pares sedentários.
P86
ALTERAÇÕES NO SOMATÓRIO DE DOBRAS CUTÂNEAS E NO PERÍMETRO DA CINTURA EM UM PROGRAMA DE PROMOÇÃO DA
ATIVIDADE FÍSICA
Oliveira ACC, Toscano JJO
Ufal; UFSE.
Em Aracaju, SE, desde 2004 há um programa de promoção da atividade física que atende a 15 bairros desse município, o referido programa é
uma parceria entre a Universidade Federal de Sergipe e a Secretaria Municipal de Saúde. O principal objetivo desse estudo foi verificar as alterações que ocorreram nos indicadores antropométricos da população que aderiu ao programa Academia da Cidade. A população desse estudo
foi composta pelos indivíduos cadastrados no programa; o critério de inclusão foi ter frequentado ele durante todo o ano de 2006; a amostra
foi constituída por um total de 396 adultos do sexo feminino com idade média de 54 ± 11,5 anos; para aferir os indicadores antropométricos,
foi utilizada uma balança digital portátil (100 g): massa corporal; um estadiômetro portátil (0,1 cm): estatura; fita métrica metálica (0,1 cm):
perímetro da cintura; adipômetro (0,1 mm): sete dobras cutâneas; os indivíduos foram avaliados no início do programa e a cada três meses; os
dados foram analisados por meio do teste t pareado com nível de significância de 0,05%. Os grupos foram divididos de acordo com o IMC,
utilizando como critério de corte o adotado pela OMS, sendo assim distribuídos: Normal (23%), Sobrepeso (45%) e Obesos (32%). Pode-se
observar que as médias obtidas antes e após o programa em relação ao perímetro da cintura foram significativas quanto aos grupos: sobrepeso
e obeso; no somatório das dobras cutâneas, apesar de haver redução no somatório em todos os grupos, as alterações só foram significativas
no grupo do sobrepeso. Sendo o objetivo principal do programa Academia da Cidade melhorar as condições de saúde da população por meio
de um estilo de vida ativo, alterações em indicadores tão associados a agravos a saúde apontam como sendo uma iniciativa positiva de política
pública do município de Aracaju, SE, a implantação de um programa de promoção da atividade física.
P87
FATORES ASSOCIADOS AO EXCESSO DE PESO EM UM GRUPO DE ESCOLARES DO ENSINO FUNDAMENTAL DE FEIRA DE SANTANA,
BAHIA
Jesus GM, Campos JA
UEFS/Nepafis.
Introdução: Atualmente o sobrepeso e a obesidade atingem pessoas de todas as idades, havendo maior preocupação com a população mais
jovem, pelos riscos à saúde na vida adulta. O objetivo deste estudo foi descrever os fatores associados ao sobrepeso e obesidade de um grupo
de alunos de uma escola de Ensino Fundamental de Feira de Santana, Bahia. Material e métodos: Trata-se de um estudo de corte transversal,
realizado com um grupo de escolares de ambos os sexos e de 7 a 15 anos de idade (N = 208). As variáveis independentes foram: sexo, idade, tempo assistindo TV em um dia de semana e no final de semana, forma de deslocamento de casa para a escola, participação nas aulas de
Educação Física e em equipes de esportes, e tempo de uso de videogame/computador por dia. A variável dependente foi o estado nutricional
das crianças, avaliado pelo Índice de Massa Corporal (IMC), comparado ao padrão do Centers of Disease Control and Prevention de 2000,
adotando-se como pontos de corte para sobrepeso e obesidade, respectivamente, os percentis 85 e 95. As medidas de estatura e de peso dos
pais e dos filhos foram feitas separadamente, com um estadiômetro portátil, desmontável, com altura máxima de 2,16 m e precisão de 0,1 cm,
e uma balança digital, com capacidade máxima de 100 kg e precisão de 100 g. Todas as medidas foram realizadas em triplicata, obtendo-se o
valor final por média aritmética. O estudo foi aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa da UEFS (CEP/UEFS) sob registro nº 077/2007.
Resultados: As prevalências de sobrepeso e de obesidade observadas foram 16,8% e 11,5%, respectivamente. Fatores positivamente associados
ao sobrepeso/obesidade: sexo (masculino, RP = 1,6; IC 95%: 1,01-2,50), idade (entre 7-10 anos, RP = 2,11; IC 95%: 1,32-3,35) e horas assistindo TV no final de semana (≥ 5 horas, RP = 1,6; IC 95%: 1,01-2,50). Notou-se tendência a maiores prevalências de sobrepeso/obesidade
entre os escolares que utilizam deslocamento passivo para a escola (ônibus/van/carro/outro meio, RP = 1,6; IC 95%: 0,94-2,70), no entanto
esse resultado não alcançou significância estatística. Conclusão: Os fatores de risco para sobrepeso/obesidade entre os estudantes pesquisados
S586
foram o sexo masculino, a idade (7-10 anos) e o tempo assistindo TV no final de semana (≥ 5 horas). A prevalência de sobrepeso e obesidade
observada entre os escolares foi similar às encontradas em outros estudos pelo Brasil. O tempo assistindo TV durante o final de semana aliado
à forma de deslocamento para a escola entre os escolares analisados denuncia a importância do fator ambiental – representado pelo nível de
atividade física – na ocorrência de sobrepeso e obesidade na infância e adolescência.
P88
INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS COMO PREDITORES DE GORDURA CORPORAL EM CRIANÇAS
Brito LF, Tinôco ALA, Araújo LF, Melo AC, Anna MSLS
Introdução: O excesso de gordura corporal na infância está associado a doenças cardiovasculares e metabólicas na vida adulta. Para identificação deste excesso de gordura, tem sido proposta para crianças a avaliação da composição corporal. O estado nutricional pode ser avaliado
por meio de medidas antropométricas, exames clínicos e bioquímicos, história médica e dietética, além da avaliação da composição corporal.
Neste contexto, em estudos epidemiológicos, em que há interesse na associação entre o estado nutricional e saúde, a análise de indicadores
antropométricos e de composição corporal é importante na avaliação nutricional. Objetivo: Avaliar a eficácia de indicadores antropométricos
como preditores do percentual de gordura corporal (%GC) de crianças. Material e métodos: Foram avaliadas 205 crianças de 6 a 9 anos de
idade atendidas pelos Programas de Saúde da Família do município de Viçosa, MG. A avaliação antropométrica constou de medidas de peso,
estatura, circunferência da cintura (CC) e pregas cutâneas tricipital (PCT), bicipital (PCB), subescapular (PCSe) e suprailíaca (PCSi). A composição corporal foi avaliada pela bioimpedância elétrica tetrapolar (BIA). Para o cálculo do %GC pela bioimpedância tetrapolar, foi utilizada a
equação proposta por Kushner (1992). Os indicadores antropométricos avaliados foram: índice de massa corporal (IMC), CC, pregas cutâneas, índice de conicidade (IC) e relação cintura/estatura (RCE). Foram utilizadas as equações propostas por Weststrate e Deurenberg (1989),
que utiliza o somatório de 4 pregas, e a equação proposta por Lohman (1988), que utiliza 2 pregas para o cálculo do %GC. Para avaliação do
estado nutricional, consideraram-se os valores de IMC/idade segundo as curvas da OMS (2007). A análise estatística constou dos coeficientes
de correlação de Pearson e Spearman com p < 0,05. Resultados: Houve homogeneidade entre os sexos e a idade média foi de 7,2 ± 1,2 anos.
Constatou-se que 6,3% das crianças apresentaram baixo peso (5,7% no sexo feminino e 6,9% no masculino), 75,1% eram eutróficas (81,8% no
sexo feminino e 68,3% no masculino), 7,3% apresentaram sobrepeso (4,8% no sexo feminino e 9,9% no masculino) e 11,2%, obesidade (7,7%
no sexo feminino e 14,9% no masculino). Os coeficientes de correlação entre o %GC calculado pela BIA com o IMC com o %GC avaliado
pelas 4 pregas, 2 pregas, para o sexo masculino foi de 0,50, 0,63 e 0,75 respectivamente. No feminino as correlações foram de 0,50, 0,69 e
0,69. A CC obteve correlação de 0,50 nos meninos e 0,62 nas meninas. No sexo masculino o IC apresentou melhor correlação (r = 0,64)
com o %GC, no feminino foi a RCE que apresentou melhor correlação (r = 0,61). Conclusão: Entre os métodos antropométricos avaliados,
as pregas cutâneas apresentaram melhor correlação com o %GC. Entre os indicadores de localização de gordura corporal, a relação cintura/
estatura apresentou melhor poder discriminatório do excesso de gordura corporal do que a circunferência da cintura e o índice de conicidade, em ambos os sexos. Sugere-se que as pregas cutâneas e a relação cintura/estatura podem ser utilizadas em estudos populacionais como
preditores de gordura corporal em crianças.
P89
A MATURAÇÃO SEXUAL PRECOCE INFLUENCIA O EXCESSO DE PESO DE ADOLESCENTES?
Frainer DES, Assis AMO, Santos NS, Santana MLP, Silva MCM, Oliveira LPM, Barreto ML
Instituto de Saúde Coletiva, UFBA.
Introdução: A puberdade parece ser um período crucial para o desenvolvimento do sobrepeso e da obesidade, os quais são fatores de risco
para diversas morbidades e mortalidade na vida adulta. Existem evidências de que a maturação sexual precoce esteja relacionada ao sobrepeso
e obesidade em meninas. Poucos estudos averiguaram tal associação em meninos. Assim, o objetivo desse estudo foi investigar a influência da
maturação sexual precoce no excesso de peso de adolescentes de ambos os sexos. Materiais e métodos: Foi realizado um estudo transversal,
por inquérito domiciliar, com amostra representativa de adolescentes de 10 a 18 anos da cidade de Salvador (n = 426). Para a classificação
antropométrica utilizou-se o sistema proposto por Conde e Monteiro (2006), o qual é baseado nos valores do IMC de jovens brasileiros de 2 a
19 anos. Obtiveram-se informações autorreferidas do estágio de desenvolvimento sexual de mamas (meninas) e de órgãos genitais e pilosidade
púbica para os meninos; foram considerados fisicamente ativos adolescentes que realizavam mais de 300 minutos semanais de atividade física
moderada; o consumo alimentar foi avaliado por inquérito de frequência alimentar; a raça foi determinada pelo entrevistador de acordo com a
cor de pele e atributos físicos dos avaliados. O modelo analítico foi construído com variáveis dicotômicas, sendo os referentes: excesso de peso =
eutróficos e com baixo peso (desfecho); maturação sexual = normal e tardia (exposição principal); sexo = masculino; idade < 14 anos; atividade
física = ativos; consumo alimentar = consumo protetor de frutas, legumes e verduras; raça = negro, mulato escuro e médio (co-variáveis). A regressão de Poisson foi utilizada para estimar as associações de interesse. Analisaram-se possíveis variáveis modificadoras de efeito e confundidoras
pelo procedimento backward. Para as análises utilizou-se o pacote estatístico Stata versão 9.1. Adotou-se p < 0,05 para rejeitar a hipótese nula
das associações testadas. Resultados: A prevalência de excesso de peso foi maior em rapazes maturados precocemente (22,5%), comparados aos
demais grupos do sexo masculino (normal = 10% e tardio = 15,7%). O excesso de peso foi maior nas moças maturadas precocemente (18,3%)
comparadas às maturadas normalmente (14,5%) e tardiamente (4%). Adolescentes, moças e rapazes, maturados precocemente apresentaram
excesso de peso 2,3 vezes mais elevado do que os jovens com maturação normal e tardia (RP ajustada = 2,30, IC 95% = 1,29-4,10), ajustando
para a idade, sexo, raça e nível de atividade física. Controlando as análises para o sexo e ajustando para idade, raça e nível de atividade física,
rapazes maturados precocemente apresentaram duas vezes mais excesso de peso do que rapazes com maturação normal e tardia (RP ajustada =
2,05, IC 95% = 0,97-4,34). Moças maturadas precocemente apresentaram 2,6 vezes mais excesso de peso do que moças com maturação normal
e tardia (RP ajustada = 2,6, IC 95% = 1,01-6,62). Conclusões: Reconhecendo a precocidade da maturação sexual como um fator importante
no desenvolvimento do excesso de peso, é fundamental investigar os fatores que estão desencadeando esse processo.
S587
TEMAS LIVRES Pôsteres
UFV.
P90
FITTING SMOOTHED CENTILE CURVES OF THE SKINFOLD THICKNESS TO ASSESS FATNESS OF 7-10-Y-OLD SCHOOLCHILDREN:
A STUDY WITH LMS METHOD
Frainer DES, Vasconcelos FAG, Grosseman S
TEMAS LIVRES Pôsteres
Instituto de Saúde Coletiva, UFBA.
Introduction: The measure of skinfold is an accessible method for evaluation of the body composition. The curves of distribution of its values are
important to assess fatness and the prevalence of overweight, as well as to prevent the risk of illnesses related to the obesity in children and adults.
In 2002, a study was conducted in the city of Florianópolis. A representative sample of 7- to 10-year-old schoolchildren attending the first four
grades of elementary schools of the city was selected, using a stratified multistage cluster-sampling design. Information included anthropometric
data (height, weight, subscapular, suprailiac, triciptal and median calf skinfolds and circumferences) and socio-economic status of the family.
Objective: The aim of this study is fitting smoothed centile curves of the skinfold thickness to assess fatness of Florianópolis (SC) schoolchildren
of 7-10-y-old. For this, the LMS method was employed. Method: The LMS method is a way of summarizing growth standards which monitors the changing skewness of the distribution during childhood. It does so by calculating the Box-Cox power needed to transform the data to
normality at each age, and displaying the results as a smooth curve against age. The parameter M is the median of the observed index value in
each age group; parameter S is the coefficient of variation in each age group and the parameter L is coefficient from Box-Cox transformation
used for normalizing data in each age. The coefficient L should assume the value that minimizes the sum of squares. Results: The parameters
LMS allowed for a detailed distribution analysis of the subcutaneous fat and the construction of reference percentiles, for each sex and age, of the
triciptal, subscapular, suprailiac and median calf skinfold, indicating total fat, trunk and peripheral subcutaneous fat. Girls have greater values in
the triciptal and calf sites; nevertheless, suprailiac skinfold presents more increment than others skinfolds at ages 7-10 years. Boys presented more
subcutaneous fat in the triciptal and calf sites. However, they present smaller values and low increment than girls in older ages. In both the sex,
between the ages of 8 and 10 years, it was observed a peak in the coefficient of variation of the skinfold. We believe that this can be related to the
beginning in the puberty. Conclusions: The percentiles of the triciptal, subscapular, suprailiac and median calf skinfolds, and also sum of them are
an interesting tool to perform analyses of trend and evolution of the body fat, and for the nutritional assessment of the 7- 10-year-old-children.
P91
OBESIDADE INFANTIL: A ESCOLA E A FAMÍLIA PRECISAM ESTAR ALERTAS
Vieira CA
Lua Nova Escola e Centro de Estudos, Grupo Amigo do Peito Esporte e Saúde.
A obesidade, já encarada em todo o mundo como epidemia, torna-se, portanto, uma das doenças mais preocupantes da atualidade e é consequên­
cia, entre outros fatores, de pouca atividade física e alimentação inadequada. A OMS já reconheceu neste ambiente obesogênico o principal determinante do rápido crescimento da prevalência dessa doença (Margetts, 2004, citado por Coutinho, 2007). O aspecto mais grave é o aumento
da obesidade infantil, que se traduzirá, mais tarde, em uma prevalência ainda mais alta de obesidade adulta do que aquela atualmente observada
(Bouchard, 2003). O problema traz sérios comprometimentos à saúde da criança, pois é uma condição de risco para várias doenças e tem reflexo
na aprendizagem dos alunos. A criança obesa é comumente alvo de discriminação e insultos. Nestas crianças observam-se distúrbios emocionais,
que geram infelicidade, podendo agravar ou provocar maiores excessos alimentares (Lissauer e Clayden, 1998, citados por Silva e colaboradores,
2007). Para Menestrina (2000), a educação para a saúde compõe-se das mais diferentes formas de aprendizagem, com a finalidade de promover
desempenho sempre mais efetivo, tanto em nível individual quanto em nível coletivo. Caracteriza-se como uma prática pedagógica, que cumpre
as finalidades educativas do ser humano em todas as situações existenciais, fazendo do respeito à vida o seu valor educativo e social mais elevado,
de forma a contribuir para que padrões de vida e saúde cada vez mais dignos sejam alcançados. A Lua Nova Escola e Centro de Estudos, situada
em Salvador, BA, que atende a crianças, da educação infantil à 4ª série, com o Grupo Amigo do Peito Esporte e Saúde, criou o Programa Lua
Nova Saúde para prevenir e tratar a obesidade infantil. Objetivo: O objetivo desse programa foi monitorar, durante três anos, a variação (aumento e/ou diminuição) do índice de massa corporal (IMC) dos alunos da escola Lua Nova, em Salvador, BA, e avaliar a resposta da família ao
serviço de orientação oferecido pela escola, sobre obesidade infantil. Materiais e método: Aferição anual do peso (kg) e altura (m) dos alunos
para cálculo do índice de massa corporal (IMC). Desenvolvimento de conteúdo multidisciplinar em sala de aula sobre saúde e sobre a qualidade
do lanche da cantina e promoção de encontro com os pais das crianças em situação de risco para orientação quanto ao controle e tratamento da
obesidade. Resultados: A prevalência de sobrepeso foi superior à de obesidade entre os alunos. A média de sobrecarga ponderal, nos três anos,
entre o gênero masculino foi de 16% e entre o gênero feminino foi de 22,3%. A obesidade atingiu, nos três anos, a média de 2,6% entre o gênero
masculino e 3,6% entre o gênero feminino. Apenas 7,5% dos pais dos alunos em situação de risco procuraram o serviço de orientação disponibilizado pela escola durante os três anos da pesquisa. Nesse grupo de pais foi observado um alto nível de desinformação sobre a obesidade e suas
consequências para a saúde da criança. Conclusão: A escola pode exercer influência positiva na redução dos índices de sobrepeso e obesidade
entre os escolares, entretanto, o baixo envolvimento dos pais contribui para a não otimização dos resultados.
P92
CORRELAÇÃO ENTRE PESO DE ADOLESCENTES OBESOS E PAIS ACOMPANHADOS AMBULATORIALMENTE
Castro DLC, Kanashiro LC, Perlamagna LI, Franco RR, Setian N, Damiani D, Fuks FB
Instituto da Criança, HC-FMUSP.
Introdução: A hereditariedade pode contribuir para o desenvolvimento das formas mais comuns de obesidade pela interação de numerosas
e frequentes variantes gênicas em diferentes genes com interação com os fatores ambientais desfavoráveis, superalimentação, sedentarismo e
estresse. Objetivo: Correlacionar o peso e o índice de massa corpórea (IMC) dos pais com o dos adolescentes obesos seguidos no grupo Boia
do Instituto da Criança – HCFMUSP, SP. Material e método: Foram realizadas as medidas antropométricas de 36 acompanhantes (16,6%
S588
de pais e 83,4% de mães biológicos) e seus respectivos filhos durante atendimento ambulatorial (63,9% de filhos e 36,1 % de filhas). Resultados: A média de peso dos acompanhantes é de 81,96 kg (± 16,29 DP) e a média do IMC é de 31,97 kg/m² (± 7,54 DP). Já a média do
peso dos adolescentes é de 85,85 kg (± 26,11 DP) e o IMC médio é de 33,5 Kg/m² (± 8,6 DP). 55,56% dos pais dos adolescentes obesos
acompanhados apresentam-se com IMC > 30, 30,56% com IMC entre 25-29,99 e apenas 13,88% sem nenhuma alteração de peso, sendo
20% dos pais obesos com obesidade mórbida. Pelos dados analisados há uma correlação entre o peso dos acompanhantes com o peso dos
pacientes, porém não estatisticamente significante. Conclusão: Por ser a obesidade uma doença de etiologia multifatorial envolvendo aspectos
genéticos, metabólicos, nutricionais, socioeconômicos, culturais, psicológicos e hábitos de vida. O fator hereditário é muito importante para o
desenvolvimento da obesidade, com isto a importância da correlação entre as crianças e os pais biológicos fortalece a ideia de fatores genéticos
serem importantes para o desenvolvimento da obesidade. No presente estudo não se conseguiu firmar esta ideia estatisticamente pela baixa
amostragem, apesar da boa correlação entre o peso dos acompanhantes x pacientes.
P93
Vasconcelos IAL, Bordalo LA, Texeira TFS, Oliveira OMV, Reis CEG
UFV e UnB.
Introdução: A desnutrição e o excesso de peso predispõem a complicações de saúde e psicossociais. Embora a prevalência da desnutrição
infantil no Brasil tenha diminuído, há um aumento do excesso de peso, levando a uma dupla carga de doenças. São necessários mais estudos
que tracem o perfil nutricional infantil para evidenciar a magnitude dessa problemática. Objetivos: Revisar na literatura o perfil antropométrico dos escolares brasileiros. Material e métodos: Artigos publicados na base de dados Scielo, Lilacs e Pubmed entre janeiro de 1985 a
março de 2009, que avaliaram o estado antropométrico de escolares (7 a 10 anos). Palavras-chave utilizadas: “escolar”, “escolares”, “avaliação
nutricional”, “antropometria”, “criança”, “estatura”, “saúde escolar” e suas respectivas em inglês. Foram avaliadas as seguintes informações:
local e ano do estudo, delineamento do estudo, caracterização da população, medida da avaliação antropométrica, métodos estatísticos e
resultados encontrados. Resultados: Foram selecionadas 26 publicações. Os trabalhos foram realizados em escolas publicas e privadas, de
âmbito municipal, estadual e regional, em localidades urbanas e rurais, com índice de desenvolvimento humano variando de 0,599 a 0,875,
número amostral de 86 a 50.114 indivíduos, do tipo transversal, inquérito, casos-controle e prospectivo; foram utilizados 6 tipos diferentes
de protocolos para classificação do estado antropométrico. Carvalho e col., ao avaliar 50.114 escolares da Paraíba, constataram 17,8% de baixa
estatura na área rural e 11,8% na área urbana; Farias e col. investigaram 1.057 escolares de Porto Velho: 2,5% com desnutrição aguda e 7,0%
com desnutrição pregressa; Stefanini e col. avaliaram 1.033 escolares de Osasco/SP: 3,97% de baixa estatura. Burlandy e col., ao avaliar 1.177
escolares do estado do Nordeste e Sudeste, constataram 13,2% de baixo peso e 9,5% de sobrepeso. Costa e col. investigaram 10.822 escolares
de Santos/SP: 15,7% com sobrepeso e 18% com obesidade; Guimarães e col. avaliaram 1.256 escolares de Cuiabá/MT: 14,4% com excesso
de peso. Obtiveram-se os seguintes dados de dois estudos realizados em Florianópolis − 4.591: 3,1% baixa estatura e 419: 17,9% sobrepeso e
6,7% obesidade. Os resultados mostram que nas Regiões Norte, Nordeste e áreas carentes há uma maior prevalência de desnutrição, enquanto
nas Regiões Sudeste, Sul e zonas mais favorecidas há uma maior prevalência de sobrepeso e obesidade, mas coexistindo as duas doenças nas
mesmas localidades. Conclusões: Os estudos traçam um panorama do estado nutricional dos escolares brasileiros, mostrando que, apesar do
aumento ao acesso aos alimentos, das políticas públicas contra a fome e ações governamentais e não governamentais, ainda há a coexistência
da desnutrição e do excesso de peso. Ações simples como medidas de peso e altura são de suma importância para classificação do estado nutricional e para definir rumos de políticas públicas. Apoio: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais.
P94
SOBREPESO/OBESIDADE DE UM GRUPO DE ESCOLARES DO ENSINO FUNDAMENTAL E O NÍVEL HABITUAL DE ATIVIDADE FÍSICA DE
SEUS PAIS
Campos JA, Jesus GM, Passos JS
UEFS/Nepafis.
Introdução: O sobrepeso é um fenômeno mundial que tem se apresentado com caráter epidêmico em países desenvolvidos e em desenvolvimento. A adiposidade excessiva vem crescendo principalmente entre as crianças, e entre os fatores de risco associados a este problema está estilo
de vida familiar, que compreende, entre outros aspectos, a prática habitual de atividades físicas pelos pais. O objetivo deste estudo foi descrever
a associação entre o excesso de peso corporal de um grupo de escolares do Ensino Fundamental de Feira de Santana, Bahia, e o nível habitual
de atividade física (NHAF) de seus pais. Material e métodos: Trata-se de um estudo de corte transversal, realizado com um grupo de escolares
de ambos os sexos (7-15 anos de idade) de uma escola de Ensino Fundamental de Feira de Santana, BA (N = 208). A variável independente
foi o NHAF dos pais, avaliado conforme a classificação do Questionário Internacional de Atividade Física, versão curta. A variável dependente
foi o estado nutricional das crianças, avaliado pelo índice de massa corporal (IMC), comparado ao padrão do Centers of Disease Control and
Prevention de 2000, adotando-se como pontos de corte para sobrepeso e obesidade, respectivamente, os percentis 85 e 95. As medidas de
estatura e de peso dos pais e dos filhos foram feitas separadamente, com um estadiômetro portátil, desmontável, com altura máxima de 2,16
m e precisão de 0,1 cm, e uma balança digital, com capacidade máxima de 100 kg e precisão de 100 g. Todas as medidas foram realizadas
em triplicata, obtendo-se o valor final por média aritmética. O estudo foi aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa da UEFS (CEP/UEFS)
sob registro nº 077/2007. Resultados: A prevalência de sobrepeso/obesidade observada entre os escolares foi de 28,4%. A classificação do
NHAF dos pais revelou 10,2% de pais sedentários, 6,3% de irregularmente ativos, 54,1% de ativos e 29,3% de muito ativos. A análise bivariada revelou haver mais escolares com sobrepeso/obesidade filhos de pais sedentários ou irregularmente ativos, entretanto esse resultado não
alcançou significância estatística (RP = 1,5; IC 95%: 0,89-2,38). Conclusão: Os resultados indicam que existem outros fatores associados ao
excesso de peso dos escolares avaliados e que, mesmo não tendo sido alcançada significância estatística, houve tendência à maior ocorrência de
sobrepeso/obesidade entre os filhos de pais sedentários ou irregularmente ativos.
S589
TEMAS LIVRES Pôsteres
PANORAMA DO ESTADO ANTROPOMÉTRICO DE ESCOLARES BRASILEIROS
P95
INATIVIDADE FÍSICA HABITUAL: PREVALÊNCIA E ASSOCIAÇÃO COM MARCADORES PARA DETERMINAÇÃO DA SÍNDROME
METABÓLICA EM ADULTOS
Pereira JS, Gomes MBA, Poeta LS, Pinto GP, Gomes MA
TEMAS LIVRES Pôsteres
Uneb-Nafel/Proex e UFSC – CDS/PPGEF.
Introdução: As evidências científicas têm comprovado a efetividade positiva da prática da atividade física na prevenção e proteção de diversas
doenças, como também sobre a diversidade dos fatores de risco isolados da síndrome metabólica (SM), mediante um conjunto de adaptações
metabólicas, funcionais e morfológicas. Objetivo: Para tanto, o objetivo deste estudo foi determinar a prevalência de inatividade física habitual
e identificar a associação com os marcadores da síndrome metabólica (SM) em uma amostra representativa de adultos atendidos pela Estratégia
Saúde da Família (ESF), na cidade de Guanambi, Bahia, Brasil. Material e métodos: Realizou-se um estudo transversal, de base populacional
domiciliar, em adultos de ambos os sexos, residentes nas oito áreas de cobertura da ESF na cidade de Guanambi (BA), Brasil. Para o cálculo
da amostra, tomou-se como base a população finita de 38.567 adultos residentes em Guanambi (BA), com idade entre 20 e 69 anos. Após
o cálculo, o número de domicílios a serem visitados foi de 671. Considerando perdas e recusas, após visitar 565 domicílios distribuídos pelas
oito áreas da ESF, a amostra final ficou composta por 711 adultos, sendo 167 (23,5%) do sexo masculino e 544 (76,5%) do sexo feminino.
Para a verificação da Atividade Física Habitual utilizou-se o questionário de Baecke et al., constituído por três partes distintas: atividades
de deslocamento/locomoção para o trabalho, atividades esportivas, programas de exercícios físicos, lazer ativo e atividades de ocupação do
tempo livre nos últimos 12 meses. Como marcadores para SM, consideraram-se os seguintes indicadores: índice de massa corporal ≥ 30,00;
perímetro de cintura (PC) de ≥ 80,00 cm e ≥ 94,00 cm, para mulheres e homens, respectivamente; e a presença da hipertensão e da diabetes
autorreferidas. Para a descrição das características da amostra, utilizou-se estatística descritiva (frequências e percentuais) e, para identificação
das diferenças na proporção entre as variáveis, realizou-se o teste do Qui-quadrado (ҳ2), para um nível de significância de p < 0,05. Resultados: A prevalência de inatividade física habitual encontrada foi de 51,2% (n = 364). Para os marcadores da SM, identificaram-se as seguintes
proporções na amostra: 14,3% (n = 292) de obesidade, 35,4% (n = 252) com risco aumentado para o PC, e 23,2% (n = 165) e 4,4% (n = 31)
com hipertensão e diabetes, respectivamente. Quando associados à atividade física habitual, apenas para o marcador do perímetro de cintura
observou-se diferença estatisticamente significativa entre ativos e inativos (p < 0,03); entre os inativos 39,8% (n = 142) apresentaram risco
aumentado para doenças metabólicas. Conclusão: Após os resultados, conclui-se que a inatividade física apresentou uma associação com o
aumento do perímetro abdominal em adultos. A identificação da relação da atividade física habitual com os marcadores da SM pode contribuir
na elaboração de iniciativas para prevenção e no controle dos principais fatores de risco a doenças metabólicas nas populações atendidas na
atenção básica, por meio da Estratégia Saúde da Família.
P96
FREQUÊNCIA DE SOBREPESO E OBESIDADE EM IDOSOS PORTADORES DE DIABETES MELITO TIPO 2 ATENDIDOS EM UNIDADES
BÁSICAS DE SAÚDE DA FAMÍLIA
Simões MOS, Falcão FA, Falcão RA, Portela AS, Medeiros ACD, Silva PCD
UEPB.
A obesidade consiste numa doença multifatorial, de caráter epidêmico, representando, assim, um grave problema à saúde pública. No Brasil, de
acordo com um Estudo Multicêntrico Nacional realizado em 2006, sobre a prevalência de sobrepeso e obesidade em portadores de diabetes
melito (DM) tipo 2, a obesidade apresenta índices preocupantes em todo o País, em que se destacou que 32,9% da população estão obesos e
42,1% estão com sobrepeso. O DM tipo 2 é a forma mais comum de DM e é caracterizado por anormalidades na secreção de insulina pelas
células β ou na resistência à insulina dos tecidos-alvo. No Nurse’s Health Study, 61% dos casos de DM tipo 2 foram diagnosticados entre as
mulheres com o índice de massa corpórea (IMC) ≥ 29 kg/m², sendo 94% dos casos de DM do tipo 2 atribuídos à obesidade. O estudo teve
por objetivo, identificar a frequência de sobrepeso e obesidade em idosos portadores de DM tipo 2, atendidos em Unidades Básicas de Saúde
da Família do município de Esperança, PB. Tratou-se de um estudo transversal, com abordagem quantitativa, realizado no município de Esperança, PB, com 78 idosos portadores de DM tipo 2 de PSFs, no período de 18/10/2008 a 2/2/2009. Os dados clínicos, antropométricos
e epidemiológicos foram obtidos em questionários específicos e prontuário médico. Os pontos de corte para o IMC (kg/m²) e Circunferência
Abdominal (CA) foram utilizados conforme recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS). Para análise dos dados utilizou-se o
software EPI Info (versão 3.5.1) e SPSS v. 16.0 para Windows. Os dados são apresentados como média ± DP (desvio-padrão). Considerou-se
como significante um valor de p < 0,05. Este trabalho foi desenvolvido em consonância, com a Resolução 196/96 do Ministério da Saúde.
Em relação ao gênero, eram 60 mulheres e 18 homens. A frequência de sobrepeso da população estudada foi de 14,7% (n = 11), enquanto
12,8% (n = 10) da amostra apresentaram valores indicativos de obesidade. A frequência da obesidade entre o sexo feminino foi de 7 (11,7%)
com baixo peso, 40 (66,7%) apresentaram peso normal, 6 (10,0%), pré-obesidade e 7 (11,7%) estavam obesas. Já o sexo masculino apresentou 10 (55,6%) com peso normal, 5 (27,8%) com sobrepeso e 3 (16,7%) obesos. A idade média dos idosos foi de 65,52 ± 6,65. O IMC
médio para o gênero feminino foi de 26,47 ± 3,34 e para o masculino de 28,09 ± 4,04. A média da massa corporal (kg) e CA (cm) para as
mulheres foi de 62,60 ± 7,39 e 97,23 ± 8,05, respectivamente, e para o masculino tem-se 72,23 ± 13,04 e 100,00 ± 9,34, respectivamente.
Foi encontrada uma correlação positiva, porém fraca, para o IMC e o tempo de diagnóstico do DM tipo 2 (p valor = 0,000 r2 = 0,445).
Alguns estudos apontam que portadores de DM tipo 2 tendem a apresentar maiores índices de obesidade que pessoas sadias. Pelo teste de t
Student, observou-se significância estatística entre o IMC e a presença de obesidade abdominal em mulheres (p valor = 0,0036 ­– T = 3,0307).
Constatou-se a frequên­cia de obesidade na maior parte dos portadores de DM, evidenciando-se assim a necessidade da aplicação de medidas
para a sua contenção, já que a mesma consiste num fator de risco adicional.
S590
P97
OBESIDADE E SEVERIDADE DA OSTEOARTRITE DE JOELHO
Silva LO, Cheik NC, Chacur EP, Kaminice FD, Silva PL, Luz GCP
Centro Universitário do Triângulo.
P98
PREVALÊNCIA DE OBESIDADE NA POPULAÇÃO IDOSA DO DISTRITO FEDERAL
Ito MK, Carvalho KMB, Dutra ES, Figueiredo AC
UnB.
Introdução: O Brasil, seguindo tendência mundial, passa por processos de transição demográfica e epidemiológica, com aumento significativo da população idosa e da prevalência de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT). Entre as DCNT, destaca-se a obesidade, por sua
prevalência crescente em todas as faixas etárias e por suas complicações. Objetivo: Estimar a prevalência de obesidade na população idosa do
Distrito Federal (DF), por meio do Índice de Massa Corporal (IMC) e da Circunferência Abdominal (CA). Métodos: Trata-se de um inquérito domiciliar conduzido entre novembro/2006 a outubro/2007, com aplicação de questionário sobre fatores de risco para DCNT e avaliação
antropométrica. Estudou-se uma subamostra de indivíduos com idade superior ou igual a 60 anos de um estudo maior, representativo da
população com mais de 18 anos de idade residente no DF. O estado nutricional dos idosos foi determinado por meio de duas variáveis: 1)
IMC, usando os critérios de classificação propostos pela Organização Mundial de Saúde (IMC ≥ 25 kg/m² indicando excesso de peso e IMC
≥ 30 kg/m² indicando obesidade; 2) CA, como forma de avaliar o acúmulo de gordura abdominal, usando os pontos de corte de 88 cm para
mulheres e 102 cm para homens. Os dados foram avaliados no programa SSPSS versão 16.0, usando o teste de Qui-quadrado para comparação
da ocorrência de obesidade, excesso de peso e acúmulo de gordura abdominal com variáveis socioeconômicas e demográficas. Resultados: A
amostra do estudo foi composta por 427 idosos, com idade variando entre 60 a 99 anos (média de 69 anos ± 7,1) e renda de R$ 160 a R$
18.000 (mediana de R$ 780 ± 2.653); sendo 131 homens (30,8%) e 295 mulheres (69,2%). Quanto à escolaridade, 76,3% relataram menos
de 8 anos de estudo. Os valores médios de IMC e CA encontrados foram de 27,6 kg/m² ± 4,7 e 95 cm ± 11,3, respectivamente. Observouse que 68,3% apresentavam excesso de peso, sendo que 27,5% estavam com obesidade. Não houve diferença significativa de excesso de peso
e obesidade entre os sexos. Entretanto, observou-se diferença significativa (p = 0,000) entre o percentual de homens (29,5%) e mulheres
(67,7%) com a CA elevada. Verificou-se redução significativa (p = 0,002) do excesso de peso com o aumento da idade, variando de 75,9% entre
os idosos de 60 a 64 anos e 56,8% entre aqueles com 80 anos ou mais. O percentual de idosos com CA elevada também reduziu significativamente (p = 0,047) com o aumento da idade, passando de 58,7% na faixa etária de 60 a 64 anos para 35,1% entre os idosos com idade superior
ou igual a 80 anos. Não foi encontrada diferença significativa no percentual de idosos com excesso de peso, obesidade ou acúmulo de gordura
abdominal entre os diferentes níveis de escolaridade e renda. Conclusão: Os resultados indicam que a população idosa do DF apresenta altas
prevalências de excesso de peso, em ambos os sexos, e de acúmulo de gordura abdominal, em especial nas mulheres, fatores que aumentam o
risco de desenvolvimento e agravamento de DCNT. Mais pesquisas voltadas para a avaliação de comportamentos de risco na população idosa
são necessárias, a fim de subsidiar o planejamento e a avaliação de ações de promoção e proteção da saúde.
P99
EXCESSO DE PESO FAMILIAR E ESTADO NUTRICIONAL DE UM GRUPO DE ESCOLARES DO ENSINO FUNDAMENTAL DE FEIRA DE
SANTANA, BAHIA
Campos JA, Jesus GM, Jesus CR
UEFS/Nepafis.
Introdução: O objetivo deste estudo foi descrever a associação entre o excesso de peso familiar (mães ou pais) e o estado nutricional de um
grupo de escolares do Ensino Fundamental de Feira de Santana, Bahia. Material e métodos: Estudo de corte transversal (N = 208), realizado
com um grupo de escolares do Ensino Fundamental de Feira de Santana-BA. A variável independente foi o sobrepeso e a obesidade familiar
(pai ou mãe), avaliados pelo índice de massa corporal (IMC) e classificados conforme os pontos de corte sugeridos pela Organização Mundial
de Saúde. A variável dependente foi o estado nutricional das crianças, avaliado pelo IMC por idade, comparado ao padrão do Centers of Disease Control and Prevention (CDC) de 2000, adotando-se como pontos de corte para sobrepeso e obesidade, respectivamente, os percentis
85 e 95. As medidas de estatura e de peso dos pais e dos filhos foram feitas separadamente, com um estadiômetro portátil, desmontável,
com altura máxima de 2,16 m e precisão de 0,1 cm, e uma balança digital, com capacidade máxima de 100 kg e precisão de 100 g. Todas as
medidas foram realizadas em triplicata, obtendo-se o valor final por média aritmética. O estudo foi aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa
da UEFS (CEP/UEFS) sob registro nº 077/2007. Resultados: Entre os escolares pesquisados 51,4% eram do sexo masculino, com idades
que variaram entre 7 e 15 anos, pesos corporais de 21,6 a 87,2 kg e estaturas de 1,15 a 1,75 m. Entre os familiares, as idades variaram de 22
S591
TEMAS LIVRES Pôsteres
A Osteoartrite (OA) é uma doença articular degenerativa, caracterizada por processo inflamatório, dor, deformidades, alterações da marcha e
da funcionalidade nas atividades de vida diárias (AVDs). A obesidade é considerada uns dos principais fatores de risco para a OA. O objetivo
do estudo foi avaliar a severidade da osteoartrite de joelho. O estudo foi composto por uma amostra de 30 mulheres obesas, selecionadas na
Clínica Escola de Fisioterapia (CEF/Unitri) e entre as participantes da I Semana de Prevenção da Osteoporose (SPO), a partir da sintomatologia da OA e confirmada pela radiografia. As voluntárias foram submetidas a uma avaliação antropométrica (IMC, CA, RCQ) e responderam ao
questionário de Lequesne (2006) para avaliar a severidade da OA. Resultados: Observou-se que 100% das voluntárias apresentaram aumento
da CA (> 88 cm) e 23% apresentaram RCQ > 0,9. Observou-se correlação positiva estatisticamente significante entre severidade da OA e das
medidas antropométricas (IMC e CA). A partir dos resultados pode-se inferir que tanto a obesidade quanto a distribuição da gordura corporal
são variáveis que podem influenciar na severidade da OA. Palavras-chave: Osteoartrite de joelho, obesidade, Lequesne.
a 58 anos, pesos corporais de 44,1 a 126,2 kg e estaturas de 1,43 a 1,87 m. A prevalência de sobrepeso/obesidade familiar foi de 60,9%, com
maior ocorrência entre as mães (71,8%, p = 0,12) e entre aqueles com idade superior a 30 anos (63,6%, p = 0,13), mas ambos sem diferença
estatisticamente significante. Sobrepeso/obesidade ocorreu em 28,4% dos escolares. A análise bivariada revelou haver maior ocorrência de
sobrepeso/obesidade entre os escolares filhos de pais com excesso de peso (RP = 2,8, IC 95%: 1,49-5,14). Conclusão: Conclui-se que a
frequência de excesso de peso na família foi fator de risco para que as crianças do estudo apresentassem sobrepeso/obesidade. Possivelmente,
os fatores ambientais associados ao contexto familiar, tais como alimentação, estilo de vida, sedentarismo, juntamente com os fatores genéticos
(hereditariedade), contribuem para as taxas de prevalência de sobrepeso e obesidade em crianças e adolescentes.
P100
AVALIAÇÃO DE INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS E HÁBITOS DE VIDA EM IDOSOS COM HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
Portela AS, Suassuna LV, Costa MAA, Silva PCD, Medeiros ACD, Simões MOS, Montenegro Neto AN
TEMAS LIVRES Pôsteres
UEPB.
A obesidade, definida como um excesso de tecido adiposo no organismo é uma doença crônica, considerada como um fator de risco cardiovascular independente, que vem adquirindo proporções epidêmicas em todo o mundo. No Brasil, ela afeta todas as camadas sociais e regiões,
incluindo as populações das regiões mais carentes. A obesidade e a hipertensão arterial sistêmica, associada, são fatores de risco cardiovascular que se influenciam mutuamente e, quando combinados entre si e a outros fatores como sedentarismo, etilismo e tabagismo, aumentam
excessivamente esse risco, causando grande elevação dos custos para o nosso sistema de saúde. Baseado nesse contexto, o estudo teve como
objetivo avaliar os indicadores antropométricos e hábitos de vida em idosos hipertensos, cadastrados na unidade do Serviço Municipal de
Saúde de Campina Grande, PB. Tratou-se de um estudo transversal, comparativo e associativo, que contou com uma população de 131 idosos
hipertensos com idade ≥ 60 anos (60 a 92 anos), sendo 25,90% homens e 74,10% mulheres. A coleta de dados ocorreu mediante avaliação
antropométrica e entrevista, utilizando-se questionário com características socioeconômicas, demográficas e hábitos de vida. Entre os homens,
a frequência de sobrepeso foi de 14,70% e de obesidade de 11,80%; já entre as mulheres, de 24,70% e 21,60%, respectivamente. Na análise da
relação cintura-quadril (RCQ), observou-se que 57,00% das mulheres e 26,50% dos homens apresentaram valores acima dos recomendados.
Para circunferência da cintura (CC), 95,90% das mulheres e 52,90% dos homens mostraram risco elevado. Já na avaliação da circunferência
abdominal (CA), 95,90% das mulheres e 38,20% dos homens apresentaram valores indicativos de risco. Com relação aos hábitos de vida,
94,70% dos entrevistados declararam que não fumavam, sendo considerados como não fumantes indivíduos que relataram ter parado de fumar
há pelo menos um ano, 98,50% não faziam uso de bebida alcoólica há mais de um ano e 75,80% dos idosos não praticavam atividade física
regularmente. Os resultados apontam uma alta frequência de sobrepeso, obesidade generalizada e centralizada, e hábitos de vida indesejáveis
entre idosos hipertensos, principalmente entre as mulheres, o que pode adicionalmente elevar o risco cardiovascular.
P101
PERFIL NUTRICIONAL E SOCIOECONÔMICO DE MULHERES RESIDENTES EM ASSENTAMENTOS SUBNORMAIS DE MACEIÓ: ESTUDO
DE BASE POPULACIONAL
Britto RPA, Alves JFR, Florêncio TMMT
Ufal.
Introdução: Na cidade de Maceió, estima-se que mais da metade (50,4%) da população habite os chamados assentamentos subnormais
(favelas). Dados na literatura apontam para um mosaico epidemiológico nessa população, com a baixa estatura (desnutrição crônica) coexistindo com a obesidade, particularmente nas mulheres. Objetivos: Avaliar o perfil nutricional e socioeconômico de mulheres residentes em
assentamentos subnormais de Maceió, AL. Material e métodos: Foram investigadas 2.075 mulheres residentes em assentamentos subnormais
localizados na 7ª região administrativa de Maceió, AL. Os dados foram coletados em protocolo individual, testado previamente em estudo
piloto, com informações acerca das condições socioambientais da família (ocupação, moradia, renda familiar, escolaridade) e avaliação nutricional da mãe. Para a avaliação antropométrica das mães, foram coletados dados referentes a idade, massa corporal e estatura. A massa corporal
foi obtida por meio de balança eletrônica portátil, com capacidade para 180 kg e sensibilidade de 100 g. Para a aferição da estatura, todas as
mães foram medidas na posição “em pé” em um estadiômetro vertical, dotado de fita métrica com sensibilidade de 0,1 cm. Todas as medidas
antropométricas foram obtidas conforme as recomendações de Frisancho (1990). A baixa estatura foi adotada como marcador da desnutrição
crônica, utilizando os pontes de corte 155,0 cm, que correspondem ao percentil 5 da relação altura-para-idade, em que idade é igual a 20
anos do NCHS/2000. O estado nutricional atual foi definido por meio do Índice de Massa Corporal (IMC) (peso/altura²). Utilizou-se a
classificação recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS, 1998), a qual distingue os indivíduos nas seguintes categorias: Baixo
peso (< 18,5 kg/m²), Normal (≥ 18,5 a < 25 kg/m²), Sobrepeso (≥ 25 a < 30 kg/m²) e Obesidade (≥ 30 kg/m²). Resultados: Das mulheres
estudadas, com idade entre 30 e 45 anos, 84,9% não estão inseridas no mercado de trabalho, 84,7% possuíam ≤ 4 anos de estudo e 70,2%
possuíam renda familiar mensal inferior a um salário mínimo. A maioria das residências delas era de alvenaria, entretanto apenas em 32,5%
dessas havia revestimento no piso. Quanto ao estado nutricional observou-se que 4,3% eram desnutridas, 30% apresentavam sobrepeso e 15,6%
eram obesas. A baixa estatura esteve presente em 38,8% das entrevistadas. Conclusão: O excesso de peso foi uma condição prevalente nesta
amostra, assim como a desnutrição crônica, aqui representada pela baixa estatura. Acredita-se que esses dados caracterizem um estilo de vida
obesogênico associado a adaptações metabólicas impostas pela desnutrição no início da vida. Dessa forma, estes dois − agravos desnutrição/
obesidade − devem ser prevenidos em todas as políticas públicas, principalmente nas populações marginalizadas.
S592
P102
COEXISTÊNCIA ENTRE DESNUTRIÇÃO INFANTIL E EXCESSO DE PESO MATERNO EM FAVELAS DE MACEIÓ
Britto RPA, Alves JFR, Florêncio TMMT
Introdução: A desnutrição infantil continua sendo um grave problema de saúde pública dos países menos desenvolvidos, apor causa de
sua magnitude e de consequentes prejuízos para o crescimento da criança. Por outro lado, a obesidade é reconhecida como uma epidemia
mundial, acometendo adultos e crianças em vários estratos sociais. Neste sentido, um fenômeno relativamente novo tem sido encontrado
em algumas comunidades em transição: a desnutrição infantil coexistindo com sobrepeso/obesidade em um mesmo domicílio. Objetivos:
Avaliar a prevalência de desnutrição infantil e excesso de peso materno em favelas de Maceió, AL. Material e métodos: Estudo de delineamento transversal de base populacional com 2.075 crianças, menores de 6 anos. Os dados de peso e estatura foram obtidos conforme as
recomendações de Frisancho (1990). O índice utilizado para determinar a desnutrição (déficit estatural) foi A/I. Utilizou-se os pontos de
corte Z score ≤ -1,5 DP, ≤ -2DP e ≤ -3DP como indicativos de desnutrição leve (DL), moderada (DM) e grave (DG), respectivamente, e ≥
+1,5 DP como indicativo de excesso de peso (OMS 2006/2007). O baixo peso ao nascer (BPN) foi considerado ≤ 2.500 g. Para a avaliação antropométrica das mães, foram coletados dados referentes à idade, peso e estatura. O peso foi obtido por meio de balança eletrônica
portátil, com capacidade para 180 kg e sensibilidade de 100 g. Para a aferição da estatura, todas as mães foram medidas na posição “em pé”
em um estadiômetro vertical, dotado de fita métrica com sensibilidade de 0,1 cm. Todas as medidas antropométricas foram obtidas conforme as recomendações de Frisancho (1990). O estado nutricional atual foi definido por meio do Índice de Massa Corporal (peso/altura²).
Utilizou-se a classificação recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS, 1998), a qual distingue os indivíduos nas seguintes
categorias: Sobrepeso (≥ 25 a < 30 kg/m²) e Obesidade (≥ 30 kg/m²). Resultados: A prevalência de desnutrição infantil foi de 21%, destas 8,61% apresentaram desnutrição moderada e grave, enquanto o sobrepeso esteve presente em 11,3% delas. O BPN foi encontrado em
8,9%. Observa-se que, do total de mães, 45,62% encontravam-se com excesso de peso, destas 15,6% eram obesas. Das mães com excesso
de peso, 45,6% (930), 30,7% tinham em suas casas pelo menos uma (1) de suas crianças desnutridas. Conclusão: Trata-se de famílias de
grande exclusão social, em que a prevalência de déficit estatural na infância e excesso de peso das mulheres foi superior à média nacional.
Paradoxalmente, confirma-se a coexistência de excesso de peso materno com a desnutrição infantil, determinado provavelmente por uma
alimentação hipercalórica/hiperglicêmica/hipoproteica dos adultos, e a ocorrência de episódios sucessivos de infecções nas crianças, os
quais mantêm o ciclo pobreza/má nutrição. Suporte financeiro: Fundo Nacional de Saúde/Ministério da Saúde. Unitermos: desnutrição
infantil, baixa estatura, obesidade.
P103
PERFIL ANTROPOMÉTRICO DE ALISTADOS DO MUNICÍPIO DE DESCALVADO – SP
Galdino CR, Fiorese MS
Curso de Educação Física, Unicastelo.
Introdução: O acompanhamento do crescimento e desenvolvimento de crianças e adolescentes no ambiente escolar tem um papel preventivo importante, pois pode detectar precocemente as alterações nessas variáveis. Durante o ensino médio, esse acompanhamento tende
a diminuir, pois a principal preocupação é com a preparação com o vestibular, entretanto esses adolescentes continuam seus processos de
crescimento e desenvolvimento até os 18 anos nas meninas e 21 anos nos meninos. Nesse sentido, o alistamento militar é uma oportunidade
ímpar para avaliar o perfil antropométrico da população masculina de uma cidade. Objetivo: Avaliar o perfil antropométrico de alistados.
Material e métodos: Foram avaliados 257 alistados no município de Descalvado, SP. Foram mensurados o peso, utilizando-se balança digital, e a estatura, por meio de estadiômetro, e posteriormente calculado o índice de massa corporal (IMC), sendo esses dados analisados em
relação à idade por meio de gráficos pôndero-estatural. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da IES. Resultados: Após a análise
individualizada do IMC dos voluntários em relação a sua idade, observou-se que 48,25% foram classificados como eutróficos, 25,3%, baixo
peso e 26,45%, sobrepeso e obesidade. Ao se relacionar o peso com a idade, observa-se que 42,8% estão abaixo do peso, 35,85%, no peso
normal e 21,4%, acima do peso. E o mesmo comportamento foi observado em relação à estatura: 45,91% estão abaixo da estatura esperada
para a idade, 35,01%, na estatura esperada e 19,08%, acima da estatura esperada para a idade. Conclusão: Os índices de sobrepeso e obesidade observados no presente estudo são significativos quando se compara com a média nacional para essa faixa etária e sexo, segundo dados
do IBGE (2002/03), em que os índices de obesidade e sobrepeso são 29,9%. Diante disso, torna-se necessário o acompanhamento desses
adolescentes na fase adulta.
P104
ESTADO NUTRICIONAL DE PRÉ-ESCOLARES DA CIDADE DE SÃO CARLOS, SP, BRASIL: ESTUDO LONGITUDINAL
Duarte FO, Duarte ACGO, Aquino Junior AE, Dâmaso A, Fiorese MS, Maria ASLS
UFSCar.
Introdução: A infância é uma etapa crítica de desenvolvimento da obesidade, e provavelmente por questões ambientais e culturais há
de se perpetuar na vida adulta o comportamento adquirido nessa fase. Este estudo pode contribuir para um melhor direcionamento das
atividades oferecidas pelos municípios, nas aulas de Educação Física e até mesmo na vida cotidiana dessas crianças. Objetivo: Mostrar
uma visão real, atual e longitudinal da condição nutricional das crianças da educação infantil da cidade de São Carlos, amostra esta que
contou com a participação de 887 crianças da rede pública e privada, com idades de 3,5 anos até 7 anos de idade; essas crianças foram avaliadas de forma longitudinal e semestralmente durante 3 anos. Material e métodos: O estudo observou 887 crianças do sexo masculino
S593
TEMAS LIVRES Pôsteres
Ufal.
P105
PREVALÊNCIA DE SOBREPESO, OBESIDADE E ÍNDICE DE FLEXIBILIDADE EM ESCOLARES DA REDE PÚBLICA DE SÃO CARLOS, SÃO
PAULO
Fiorese MS, Duarte ACGO, Aquilo Junior EA, Dâmaso A, Duarte FO, Maria ASLS
UFSCar.
Introdução: A obesidade em crianças e adolescentes vem aumentando em países desenvolvidos e em desenvolvimento, tornando-se ainda
mais preocupante por causa do risco aumentado de sua persistência na idade adulta e pelos riscos de doenças a ela relacionadas. Estima-se que
no Brasil, a prevalência do excesso de peso em crianças e adolescentes aumentou drasticamente nos últimos anos. Novos estudos do IBGE
2003 demonstraram que, 35,5 milhões de adolescentes de 10 a 19 anos, 16,7%, tinham excesso de peso. Objetivo: Analisar a prevalência
de obesidade e sobrepeso e o índice de flexibilidade em uma amostra representativa de alunos de escola pública de São Carlos, cujos alunos
em sua maioria são de classe média. Material e métodos: Foram selecionados 363 alunos, de 7 a 11 anos de idade, de ambos os gêneros.
Foram aferidos peso, altura, índice de massa corporal (critério utilizado: Cole, 2000) e flexibilidade (critério utilizado: Proesp-BR, 1992).
Resultados: O gráfico 1 representa o perfil da amostra por IMC, a classificação por meio da condição nutricional e os gêneros (meninos e
meninas). As meninas apresentam percentual maior de baixo peso (1,55%), sobrepeso (15,55%) e obesidade (30,57%). Já os meninos apresentam maiores índices de eutrofia (58,24%) e percentuais menores de baixo peso (1,18%), sobrepeso (13,53%) e obesidade (27,05%). Na
avaliação feita para flexibilidade (gráfico 2), dentro da faixa recomendável as meninas apresentaram 38,35% e os meninos 32,94%. Na faixa
acima do recomendável tem-se 42,95% de meninos e 31,09% de meninas e abaixo da faixa recomendável meninos com 24,11% e meninas
com 30,56%. Conclusão: Os dados encontrados neste trabalho, referentes às prevalências estimadas, reforçam a preocupação mundial com
a obesidade na infância e adolescência e suas consequências. Apesar de os meninos apresentarem índices menores de sobrepeso e obesidade
em relação às meninas, ambos tiveram índices elevados para a idade. A flexibilidade aponta para uma maior regularidade das meninas em
relação aos meninos. Espera-se que este estudo possa oferecer importantes informações quanto às características da flexibilidade e da condição
nutricional em crianças de 7 a 11 anos de idade, o que poderá contribuir de forma significativa para a ampliação de novos conhecimentos na
área e de estudos futuros sobre o assunto.
Índice de massa corporal
Avaliação da flexibilidade
70%
58,24%
60%
50%
52,33%
40%
30%
27,05%
20%
13,53%
10%
0%
30,57%
15,55%
Eutrófico
Sobrepeso
Obeso
Condição nutricional
Meninos
Meninas
Gráfico 1, Valores de índice de massa corporal (IMC) por gênero quanto ao critério de
Cole 2000.
S594
30%
30,56%
32,94%
42,95%
31,09%
24,11%
20%
10%
0%
1,18% 1,55%
Baixo peso
38,35%
40%
Percentual
50%
Crianças
TEMAS LIVRES Pôsteres
(n = 443) e feminino (n = 444), na faixa etária de 3 anos e meio à 7 anos. As avaliações nutricionais foram feitas por meio de Parâmetros
Antropométricos (Estatura, Massa Corporal e IMC), de seis em seis meses. Foram avaliados também em relação ao período escolar (matutino ou vespertino) e tipo de ensino público ou privado. Vale ressaltar que à medida que a criança completava 7 anos, deixava o estudo.
Resultados: Em análise geral da amostra as crianças apresentaram o maior índice de 70,03% de eutrofia no segundo ano do estudo e o
maior índice de 35,74% de sobrepeso e obesidade no terceiro ano do estudo. Em análises cruzadas do IMC e tipo de instituição escolar,
constatou-se que a escola pública apresenta maiores números de sobrepeso e obesidade do que a escola privada, apesar das duas instituições terem índices alarmantes de sobrepeso e obesidade; já em relação ao sexo, as meninas apresentam maiores índices em comparação
com os meninos. Analisando o período escolar, observou-se que a maioria das crianças com sobrepeso estudam no período matutino, já
os obesos, no período vespertino. Conclusão: Observou-se que em intervalo de 3 anos as crianças do município de São Carlos aumentaram em muito as taxas de sobrepeso e obesidade, elevando um índice de 27% para 35,74%. Esses dados são indicativos do alarmante
crescimento da obesidade infantil em nosso município. Medidas para estagnar esses índices alarmantes devem ser tomadas de imediato,
assim como aumentar o tempo de atividade física dessas crianças, oferecer nas escolas uma alimentação mais saudável e conscientizar os
pais dos riscos que a obesidade infantil causa.
Abaixo da faixa
recomendável
Dentro da faixa
recomendável
Acima da faixa
recomendável
Padrão de saúde
Meninos
Meninas
Gráfico 2. Valores referentes à flexibilidade no teste de sentar e alcançar, por gênero, quanto ao critério
do Proesp-BR.
P106
ESTADO NUTRICIONAL DE ADOLESCENTES DE ESCOLAS PÚBLICAS E PARTICULARES DE VIÇOSA – MG
Quintão DF, Priore SE, Sant´Ana LFR, Franceschini SCC, Rezende CHS, Crizel MM
Introdução: A transição nutricional no Brasil caracteriza-se pelo aumento da obesidade, sendo os adolescentes considerados grupo de
risco, por causa das práticas alimentares, hábitos de vida, maior independência da família e participação em outros grupos sociais influentes
ou pelo consumo de alimentos fora do lar em horários inconstantes. Objetivos: Avaliar e comparar o estado nutricional de adolescentes
de escolas públicas e particulares do município de Viçosa, Minas Gerais (MG). Material e métodos: Estudo de corte transversal com 66
adolescentes de ambos os sexos, de 16 a 19 anos, de duas escolas públicas (n = 27) e duas escolas particulares (n = 39) de Viçosa, MG, no
ano de 2009. Com os dados de peso e estatura foi calculado o índice de massa corporal (IMC), sendo baixo peso definido como IMC <
percentil 3, eutrofia: ≥ percentil 3 e < percentil 85, sobrepeso: ≥ percentil 85 e < percentil 97, obesidade: ≥ percentil 97, de acordo com
a WHO (2007). O percentual de gordura corporal foi estimado utilizando-se o aparelho de bioimpedância elétrica horizontal e analisado
segundo a classificação de Lohman (1992). Este trabalho foi aprovado pelo comitê de ética da Universidade Federal de Viçosa. Para análise dos dados utilizou-se o software Microsoft® Office Excel 2003 e o tratamento estatístico utilizado constituiu-se do cálculo das médias,
desvios-padrão, distribuição percentual e teste t de Student, com nível de significância adotado de p < 0,05. Resultados: Os adolescentes
das escolas particulares obtiveram peso médio, estatura média e IMC médio, respectivamente, de 62,95 ± 15,79 kg, 169,39 ± 10,42 cm,
21,73 ± 3,83 kg/m², maiores do que os das escolas públicas: 58,42 ± 9,92 kg, 164,27 ± 8,60 cm, 21,67 ± 3,64 kg/m², havendo diferença
significativa quanto à estatura (p = 0,016), mas não foi encontrada quanto ao peso (p = 0,079) e IMC (p = 0,474). Em relação ao IMC,
encontrou-se 3,7% de baixo peso, 85,19% de eutróficos e 7,41% de sobrepeso e 3,7% de obesidade nos adolescentes de escola pública e nas
particulares: 2,56% de baixo peso, 84,62% de eutróficos e 7,69% de sobrepeso e 5,13% de obesidade. Ao serem avaliados pelo percentual de
gordura corporal, os de escolas públicas apresentaram 18,52% de baixo peso, 44,45% de eutrofia, 25,92% de risco de sobrepeso e 11,11%
de sobrepeso e das particulares: 17,95% de baixo peso, 43,59% de eutrofia, 23,08% de risco de sobrepeso e 15,38% de sobrepeso. Os estudantes das escolas públicas obtiveram média (12,43 ± 5,79 kg) de gordura corporal menor que os das escolas particulares (12,73 ± 6,63
kg), mas quando comparados não houve diferença significativa (p = 0,423). Conclusão: Verificou-se que estudantes de escolas particulares
obtiveram maior média de peso, IMC, gordura corporal e estatura; somente esta última variável apresentou diferença significativa. O baixo
peso diagnosticado pelo IMC e pela gordura corporal foi mais ocorrente nas escolas públicas e o excesso de peso nas particulares, sendo
detectado maior número de adolescentes em distrofia quando avaliados pela gordura corporal do que com o IMC, com maior ocorrência
para excesso de peso do que baixo peso.
P107
ANTROPOMETRIA NUTRICIONAL DE ESCOLARES DO MUNICÍPIO DE LONDRINA – PR
Silva V, Almeida PBL
Faculdade de Educação Física, ACM Sorocaba.
O sobrepeso e a obesidade em crianças e jovens têm se constituído em importante fator de preocupação na área de saúde pública, pois
o excesso de peso e de gordura corporal nos jovens aumenta o risco de apresentarem sobrepeso ou obesidade quando adultos. Estudos
relataram que o sobrepeso e a obesidade em idades precoces estão associados ao aparecimento e desenvolvimento de fatores de risco que
podem predispor os adultos à maior incidência de distúrbios metabólicos e funcionais. Com isso, o objetivo do presente estudo foi avaliar
a antropometria nutricional de escolares do município de Londrina e comparar os índices antropométricos utilizados para a classificação de
obesidade e desnutrição em crianças e jovens. Para tanto, foram avaliadas 234 crianças, sendo 117 meninas e 117 meninos, de 6 a 10 anos
de idade, todos alunos do Colégio Aplicação da Universidade Estadual de Londrina. Foram avaliados o peso corporal (P), a estatura (E) e a
dobra cutânea tricipital (TR); com as medidas de peso e estatura foi calculado o índice de massa corporal (IMC). Para análise dos resultados
foi utilizado como referencial normativo os indicadores propostos pelo National Center of Health Statistics (NCHS) e pelo Health and
Nutrition Examination Survey (NHANES I). Foram consideradas obesas as crianças que estavam acima do 85o percentil e desnutridas as
que estavam abaixo do 15o percentil, crianças que se encontravam entre o 15o e o 85o percentil foram consideradas dentro da normalidade.
Em relação ao peso corporal, observou-se que 17,95% das crianças estão desnutridas, 32,48% estão dentro da normalidade e 49,57% estão
obesas. Em relação ao IMC, 19,23% das crianças estão desnutridas, 41,45% estão dentro da normalidade e 39,32% estão obesas. Em relação à dobra cutânea tricipital, 10,26% das crianças estão desnutridas, 64,96% estão dentro da normalidade e 24,79% estão obesas. Os três
índices antropométricos utilizados indicaram que poucas crianças encontram-se desnutridas, ou seja, abaixo do 15o percentil. Em relação
ao peso corporal, observou-se que a maioria das crianças estão obesas, já o IMC e a dobra cutânea tricipital indicaram que a maioria das
crianças encontram-se dentro da normalidade. Porém há diferença entre esses dois índices em relação à quantidade de crianças classificadas
como obesas ou dentro da normalidade. Em relação ao IMC, 39,32% das crianças são obesas e, em relação à dobra cutânea tricipital, apenas 24,79% dessas crianças são consideradas obesas; 41,45% das crianças estão dentro da normalidade em relação ao IMC e 64,96% dessas
crianças estão dentro da normalidade em relação à dobra cutânea tricipital. Ou seja, as mesmas crianças podem ser consideradas dentro da
normalidade de acordo com o índice antropométrico utilizado como referência e obesas se considerado outro índice antropométrico. Com
isso, concluiu-se que há prevalência de obesidade quando comparada à desnutrição, porém deve-se levar em consideração o índice antropométrico utilizado como referência.
S595
TEMAS LIVRES Pôsteres
UFV.
P108
PREVALÊNCIA DE OBESIDADE EM UNIVERSITÁRIOS DO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Silva V, Almeida PBL
TEMAS LIVRES Pôsteres
Faculdade de Educação Física, ACM Sorocaba.
Modificações ocorridas no meio ambiente e no estilo de vida de um indivíduo ao longo do tempo podem induzir a alterações em indicadores
associados à saúde relacionados ao sobrepeso e à obesidade. A identificação dessas alterações torna-se importante para que ações intervencionistas
possam ser sugeridas ou tomadas, com a finalidade de manutenção ou aprimoramento da saúde desse indivíduo. Com isso, o objetivo do presente
estudo foi analisar a prevalência de obesidade em universitários do curso de Educação Física. Para tanto, foram avaliados 26 indivíduos, sendo 14 do
sexo feminino e 12 do sexo masculino, todos estudantes de Educação Física. Foram analisados o peso corporal (P), a estatura (E), o índice de massa
corporal (IMC), a circunferência da cintura (C), a relação cintura-quadril (RCQ), a gordura corporal relativa (%G), a massa corporal magra (MM)
e os componentes do somatótipo endomorfo (Endo), mesomorfo (Meso) e ectomorfo (Ecto). Para análise dos resultados, foram utilizados média,
desvio-padrão e correlação linear de Pearson, adotando-se um nível de significância de 5%. Observou-se que o componente endomorfo, ou seja, o
componente de gordura, predomina em ambos os sexos em relação aos componentes mesomorfo e ectomorfo, respectivamente (feminino 8, 4 e
2; masculino 6, 5 e 2). Nos indivíduos do sexo feminino, observou-se correlação moderada entre a C com o IMC (0,67) e com a %G (0,70). Nos
indivíduos do sexo masculino, observou-se também correlação moderada entre a C com o IMC (0,65) e com a %G (0,74), mas houve correlação
alta entre %G e o IMC (0,81). Nos indivíduos do sexo masculino, observou-se que 41,7% se encontram com sobrepeso em relação ao IMC, 16,7%
se encontram com a C acima do recomendado para a saúde e 58,3% se encontram acima do recomendado em relação à %G. Nos indivíduos do sexo
feminino, observou-se que 28,5% se encontram com sobrepeso em relação ao IMC, 7,1% se encontram com a C acima do recomendado para a
saúde e 57,1% se encontram acima do recomendado em relação à %G. Com isso, pode-se verificar que há divergência em relação à classificação em
sobrepeso e obesidade de acordo com o índice antropométrico analisado. Observou-se que em indivíduos jovens a circunferência da cintura parece
não ser um bom indicativo de obesidade, pois nessa faixa etária há maior quantidade de gordura na região subcutânea. O mesmo acontece com o
IMC, principalmente no sexo feminino, pois esses indivíduos possuem grande quantidade de gordura acumulada, mas o peso corporal é baixo em
relação à estatura. Muitas vezes esse é um indicativo de massa magra reduzida, o que foi confirmado no presente estudo por meio do somatótipo,
segundo o qual os indivíduos do sexo feminino apresentaram o valor do componente mesomorfo bastante inferior ao valor do componente endomorfo. Concluiu-se que há prevalência de obesidade nesses indivíduos, principalmente quando analisada a gordura corporal relativa.
P109
COMPARAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL ENTRE MENINAS E MENINOS FISICAMENTE ATIVOS
Silva V, Brasil JS, Almeida PBL
Faculdade de Educação Física, ACM Sorocaba.
Pesquisas recentes mostram que as crianças de todas as idades estão acumulando mais gordura corporal do que há 20 anos. Essa tendência em
relação à adiposidade crescente de crianças e jovens reflete alterações nos padrões de atividade física e hábitos alimentares. Estudos mostraram que
o sobrepeso e a obesidade no adulto resultam dos comportamentos e hábitos inadequados quanto à alimentação e atividade física adquiridos na
infância e adolescência. Com isso, o objetivo do presente estudo foi comparar a composição corporal entre meninas e meninos fisicamente ativos.
Para tanto, foram avaliadas 23 crianças, sendo 11 meninas e 12 meninos, com idades entre 7 e 10 anos, todos praticantes de exercício físico na
Associação Cristã de Moços de Sorocaba. Foram avaliados o peso corporal (P), a estatura (E) e as dobras cutâneas subescapular e tricipital. Com as
medidas de peso e estatura foi calculado o índice de massa corporal (IMC) e com as medidas das dobras cutâneas foram calculadas a gordura corporal relativa (%G) e a massa corporal magra (MM). Para análise dos resultados foram calculados média, desvio-padrão e teste “t” de Student para
amostras independentes, adotando-se um nível de significância de 5%. Os resultados médios apresentados pelos meninos foram P 39,25 ± 7,30; E
140,68 ± 7,55; IMC 20,98 ± 2,32; %G 23,87 ± 8,26; MM 29,54 ± 3,93. As meninas apresentaram resultados médios de P 35,30 ± 8,19; E 138,31
± 6,12; IMC 16,88 ± 2,74; %G 16,26 ± 8,35; MM 27,91 ± 2,48. Não houve diferença significante entre meninos e meninas em nenhuma das
variáveis analisadas, porém, em valores absolutos, os meninos apresentam valores superiores de IMC e %G quando comparados com as meninas.
Em relação à gordura relativa, observou-se que 54,5% das meninas se encontram abaixo do ideal, 18,2% se encontram ideal e 27,3% se encontram
acima do ideal. Em relação aos meninos, 8,3% encontram-se abaixo do ideal, 33,3% encontram-se ideal e 58,3% encontram-se acima do ideal para
a gordura relativa. Na comparação entre os sexos, observou-se que a maioria das meninas encontra-se abaixo do ideal em relação à gordura relativa
e a maioria dos meninos encontra-se acima do ideal. Com isso, concluiu-se que mesmo em crianças fisicamente ativas há prevalência de obesidade;
na amostra do presente estudo entre os meninos há maior quantidade de crianças obesas quando comparados com as meninas.
P110
RAZÃO TRIGLICÉRIDES/HDL-COLESTEROL COMO MARCADOR DE RISCO CARDIOMETABÓLICO EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES OBESOS
Oliveira AC, Ladeia AM, Oliveira A, Veneza LM, Alves YV, Dantas MRN, Oliveira AM, Oliveira N, Almeida MS, Oliveira AM
UEFS.
Introdução: Paralelamente à epidemia da obesidade em crianças e adolescentes, observa-se crescimento das doenças cardiometabólicas e a razão triglicérides (TG)/HDL-C emerge como importante preditor delas. Objetivos: Avaliar a associação entre os níveis de TG/HDL-C e síndrome metabólica (SM), resistência insulínica e excesso de peso em jovens. Material e métodos: Teste oral de tolerância à glicose foi realizado
em 318 crianças e adolescentes (175 meninas, idade média de 11,2 +/- 3,2 anos, IMC z-escore 1,2 +/- 1,4 DP), assim como antropometria
com medida da circunferência abdominal (CA), peso e altura para cálculo de IMC e aferição da pressão arterial (PA). Dosados em jejum:
glicemia, TG, colesterol total, HDL-C, insulina e proteína c-reativa de alta sensibilidade (PCRas) e glicemia 120 minutos após o uso de dextrosol. Excesso de peso foi definido pelo IMC z-escore e SM pelos critérios da International Diabetes Federation. Resultados: Os indivíduos
foram classificados em dois grupos: com SM (n = 71) e sem SM (n = 247). A média da razão TG/HDL-C foi mais elevada no grupo com SM
S596
(4,14 vs. 1,91; p < 0,001). Foram observadas associações entre TG/HDL-C e CA (r = 0,435; p < 0,001), PA sistólica e diastólica (r = 0,332,
p < 0,001; r = 0,185, p = 0,001), insulina (r = 0,321, p < 0,001), Homa-IR (r = 0,335, p < 0,001), colesterol total (0,166, p = 0,003), PCR-as
(r = 0,204, p = 0,001), razões colesterol/HDL-C (r = 0,571, p < 0,001) e LDL-C/HDL-C (r = 0,364, p < 0,001) e número de componentes
da SM (r = 0,680, p < 0,001). Após ajuste para idade, gênero e etnia, a razão TG/HDL-C mostrou-se como preditor independente de SM
(RP = 1,92; IC: 1,57–2,34; p < 0,001). A razão TG/HDL-C foi baseada no ponto de corte de 3,5, categorizada em dois grupos (< 3,5 e ≥
3,5). Razão TG/HDL-C com valor ≥ 3,5 mostrou-se como preditor independente de SM (RP = 6,43; IC: 4,03–10,25; p < 0,001). Além
disso, o aumento de uma unidade na referida razão aumenta em 92% a probabilidade de SM. Conclusões: Em crianças e adolescentes, a razão
TG/HDL-C pode ser considerada como marcador útil na identificação de risco para doença cardiometabólica como a SM.
P111
ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E DISTRIBUIÇÃO DA GORDURA CORPORAL EM IDOSOS ASSISTIDOS POR UMA UNIDADE DO PSF NO
MUNICÍPIO DE VIÇOSA, MG
Univiçosa; UFMT.
Introdução: A distribuição da gordura corporal altera-se com o envelhecimento, ocorrendo maior acúmulo de tecido adiposo na região abdominal, o que acarreta aumento dos riscos de doenças associadas à obesidade, como hipertensão arterial, diabetes melito e dislipidemias (Sampaio,
2004). Objetivo: O estudo avaliou a prevalência de sobrepeso, bem como o risco de alterações metabólicas segundo a distribuição da gordura
abdominal, em um grupo de idosos do município de Viçosa, MG. Material e métodos: Este trabalho foi realizado no ano de 2008, em uma
Unidade do Programa da Saúde da Família (PSF), situada no município de Viçosa, MG. A amostra foi de caráter aleatório simples, calculada no
software EPI-Info 6.04, definida segundo as recomendações de Lwanga e Lemeshow (1991), ou seja, frequência mínima estimada da população
de 20%, 95% de nível de confiança e 10% de margem de erro. A seleção foi feita por meio de sorteio a partir da lista de todos os idosos cadastrados no PSF estudado (n = 365). Os indivíduos sorteados receberam uma visita domiciliar do próprio pesquisador convidando-os a participar da
pesquisa. Todos os voluntários assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Para coleta dos dados demográficos e socioeconômicos
utilizou-se um questionário semiestruturado. Para avaliar o estado nutricional do grupo em estudo utilizou-se o índice de massa corporal (IMC)
e para verificar a distribuição da gordura abdominal aferiu-se a circunferência da cintura (CC). A classificação do estado nutricional foi baseada
nas recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS, 1998), ou seja, sobrepeso se IMC > = 27 kg/m² e risco aumentado de alterações
metabólicas quando CC > = 80 cm para mulheres e CC > = 94 cm para homens. Resultados: A amostra foi constituída por 54 idosos; a maioria
foi do sexo feminino (61,1%), casada (74,1%) e possuíam renda per capita mensal média de R$ 412,00. A média de idade foi de 70,11 ± 6,04
anos; 44,4% apresentavam idade entre 60 e 69 anos e 59,1% entre 70 e 79 anos. A média do IMC das mulheres foi de 28,36 kg/m² ± 0,85
(17,14 – 39,03) e dos homens de 27,11 kg/m² ± 1,23 (17,68 – 41,56). Com relação à CC a média no sexo feminino, foi de 93,72 cm ± 2,16
(63-113) e no masculino, de 97,93 cm ± 2,44 (79-125). Ao classificar o estado nutricional, observou-se que 51,9% dos participantes estavam
com sobrepeso, 38,9% eram eutróficos e 9,3% estavam com baixo peso. Quanto à distribuição da gordura corporal, constatou-se risco aumentado de alterações metabólicas em 84,4% das mulheres e em 80,5% dos homens. Conclusões: Os resultados encontrados indicam a necessidade de
intervenções nesse grupo que visem à redução de gordura corporal e consequentemente à redução do risco de doenças cardiovasculares. Apesar
da constatação de prevalência elevada de obesidade abdominal nessa população, vale ressaltar que os pontos de corte recomendados pela OMS
para o diagnóstico foram validados para a população adulta, o que dificulta uma real predição do risco de alterações metabólicas nesse grupo.
E apesar de existir uma classificação de IMC diferenciada para idosos, ainda não há consenso sobre o IMC ideal para idosos.
P112
CONSUMO ADEQUADO DE FRUTAS E HORTALIÇAS E SUA RELAÇÃO COM ESTADO NUTRICIONAL E PARÂMETROS BIOQUÍMICOS
NA POPULAÇÃO ADULTA DO DISTRITO FEDERAL (DF)
Carvalho KMB, Ito MK, Dutra ES, Tinoco SGG
UnB e Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal.
Introdução: As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são reconhecidas como problema de saúde pública. Frutas (F) e hortaliças (H) são
componentes importantes em uma alimentação saudável e seu consumo está relacionado com a redução do risco de desenvolvimento de DCNT.
O Ministério da Saúde (MS) preconiza o consumo diário de três porções de frutas e três porções de hortaliças, enquanto a recomendação das
agências de saúde norte-americana e de outros países é de cinco porções de F e/ou H. Objetivos: Avaliar a prevalência do consumo adequado
de F e H na população adulta do DF segundo recomendações nacionais e internacionais e investigar sua associação com o estado nutricional e
parâmetros bioquímicos. Material e métodos: Trata-se de estudo transversal, de base populacional, com amostragem aleatória em multiestágio
e por conglomerados, realizado entre novembro de 2006 e outubro de 2007. Foram aplicados questionários sobre fatores de risco para DCNT,
incluindo frequência de consumo de F e H, e determinados o índice de massa corporal e perfil lipídico e glicídico. Os dados foram analisados no
programa SPSS, versão 16.0, utilizando-se o teste de qui-quadrado para comparação dos parâmetros bioquímicos e antropométricos segundo os
dois critérios de consumo de F e H. Resultados: A população de estudo foi composta por 2.698 indivíduos (42,44 ± 15,7 anos), sendo 1.894 do
sexo feminino e 804 do sexo masculino. Quanto à escolaridade, 41% dos indivíduos afirmaram ter menos de 8 anos de estudo. Considerando a
recomendação internacional, 24,2% (n = 652) apresentaram consumo adequado, sem diferença significativa entre os sexos. Destes, 494 indivíduos
atendiam à recomendação do MS. Entre os indivíduos que consumiam 6 ou mais porções por dia, a prevalência de excesso de peso foi menor
(55,8%) do que entre aqueles que consumiam 5 porções diárias (64,7%) (p = 0,05). Não houve diferença para os resultados de glicemia, colesterol
total e triglicerídeos segundo o número de porções estabelecidas pelos dois critérios. Conclusão: Verificou-se que há diferença no estado nutricional entre indivíduos que consomem 5 e 6 ou mais porções de F e H diárias, sugerindo que o acréscimo de uma porção diária de F e H pode ser
importante como fator de proteção para o excesso de peso. Pode-se observar, ainda, que o consumo de F e H pela população do DF é insuficiente,
o que aponta para a necessidade do fortalecimento de estratégias de intervenção e políticas públicas de incentivo ao consumo de F e H.
S597
TEMAS LIVRES Pôsteres
Queiroz LR, Rezende FAC, Correia CA, Silva RC
P113
PREVALÊNCIA DO DIABETES MELITO DO TIPO 2 EM IDOSOS INSERIDOS NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA DE MANAUS – AM
Ribeiro EM, Cruz IBM, Manica-Cattani MF, Viegas K, Veras RP, Piccoli JEC, Ribeiro EE
TEMAS LIVRES Pôsteres
UEA.
Introdução: O diabetes melito (DM) é um problema de importância crescente na saúde pública em vários países do mundo, levando ao
comprometimento tanto da produtividade quanto da qualidade de vida e sobrevida do idoso. Objetivo: Com base no grande impacto epidemiológico que a diabetes melito do tipo 2 possui, o presente trabalho teve como objetivo apresentar e analisar a prevalência de diabetes em
idosos inseridos no ESF-SUS, Manaus – AM, e sua associação com indicadores do perfil socioeconômico, do estilo de vida, saúde e qualidade
de vida. Metodologia: Foi realizado um estudo transversal, observacional, associado ao Programa de Pesquisa Idoso da Floresta implantado
em outubro de 2007, em que foi determinada a prevalência de diabetes melito do tipo 2 em 1.509 idosos e sua associação com gênero e idade
e com indicadores do estilo de vida, de saúde e qualidade de vida. Resultados: A prevalência de DM foi estimada ser de 25.5% (377). Análise
multivariada mostrou a associação de DM2 e obesidade nos homens, com uma chance de idosos diabéticos serem obesos, estimada em 1.919
(1.243-2.964), e associação de mulheres idosas com hipertrigliceridemia, com uma razão de chance de idosas diabéticas terem níveis elevados
de triglicerídeos (> 150 mg/dL) de 1.704 (1.203-2.412). Ocorreu associação entre diabetes e maior prevalência de comorbidades de um
modo geral. O número de diabéticos com glicemia não controlada foi elevado e dependente da macrorregião de saúde. Conclusão: O estudo
confirma a alta prevalência da DM2 em Manaus e sugere que programas de saúde relacionados a prevenção primária, diagnóstico da DM2 e
controle glicêmico de diabéticos precisam ser delineados e implantados no ESF-SUS Manaus –­ AM.
P114
SÍNDROME METABÓLICA EM CRIANÇAS COM EXCESSO DE PESO
Oliveira AAB, Rechenchoski L, Netto-Oliveira ER
UEM.
Introdução: A síndrome metabólica (SM) é um transtorno complexo representado por um conjunto de fatores de risco cardiovascular, sendo
diagnosticada quando há a presença de três ou mais fatores de risco, entre cinco. Alguns trabalhos já demonstram a presença dessa síndrome
em crianças e adolescentes, mas poucos são os estudos epidemiológicos que investigaram a SM em crianças brasileiras. Objetivo: O estudo objetivou investigar a síndrome metabólica em crianças com excesso de peso em ambos os gêneros e com idade entre 7,0 e 9,9 anos na cidade de
Maringá/PR. Metodologia: A amostra foi composta por 108 crianças com excesso de peso, sendo 50% de cada sexo. A coleta de dados foi realizada entre junho e novembro de 2007 em laboratório inscrito no Programa Nacional de Controle de Qualidade da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas, em conformidade com a ISO 9001/2000, e envolveu informações sociodemográficas como: gênero, data de nascimento, data da
coleta; medidas antropométricas da massa corporal, estatura e circunferência abdominal; medidas hemodinâmicas (pressão arterial); e medidas
dos componentes metabólicos HDL-colesterol, triglicérides e glicemia, após jejum de 8 a 12 horas. O excesso de peso (sobrepeso ou obesidade)
foi obtido de acordo com a proposta de Cole et al. (2000), por meio do índice de massa corporal. Para a classificação da SM foram adotados
os critérios propostos pelo National Cholesterol Education Program´s Adult Treatment Panel III – NCEP/ATPIII (2001), modificados para
a idade por Cook et al. (2003). A análise dos dados foi feita usando os testes Kolmogorov-Smirnov, Qui-Quadrado e Fischer. A significância
adotada foi de 5% (p < 0,05). Resultados: As características antropométricas, metabólicas e hemodinâmicas da amostra foram: idade – 8,6 ±
0,7 anos; peso – 41,1 ± 7,4 kg; estatura – 1,40 ± 0,10 m; índice de massa corporal – 22,1 ± 2,9 kg/m²; circunferência abdominal – 68,2 ± 7,2
cm; triglicérides – 101,9 ± 36,4 mg/dL; HDL-c – 50,5 ± 9,2 mg/dL; glicemia – 81,8 ± 8,0 mg/dL; pressão arterial sistólica – 105,8 ± 11,8
mmHg; pressão arterial diastólica – 65,7 ± 10,7 mmHg. De acordo com os pontos de corte utilizados, a prevalência de síndrome metabólica
foi de 7,4%, sendo de 5,6% entre os meninos e de 9,3% entre as meninas. Apesar de a frequência da SM ter sido maior entre as meninas, o teste
do qui-quadrado (0,135) indicou não haver associação significativa entre a SM e o gênero (p = 0,716). Conclusões: Considerando os achados
do estudo, verifica-se que uma proporção importante de crianças com excesso de peso apresentou síndrome metabólica, sem qualquer relação
de dependência entre a presença de síndrome metabólica e o fato de a criança ser do gênero masculino ou feminino. Dessa forma, a síndrome
metabólica, inicialmente associada à vida adulta, está definitivamente presente em crianças com peso corporal acima dos limites satisfatórios,
indicando, assim, a importância de um diagnóstico precoce e da adoção de medidas de prevenção primária já na faixa pediátrica.
P115
INGESTÃO DE CÁLCIO E OBESIDADE EM CRIANÇAS
Bredariol CA, Macedo PMS, Oliveira A, Oliveira AAB, Netto-Oliveira ER
UEM.
Introdução: A prevalência de obesidade é crescente em todas as faixas etárias no Brasil e no mundo, por conseguinte a de várias doenças de
elevada morbidez e mortalidade a ela associadas. É sabido que o estilo de vida é o principal fator vinculado à gênese de várias doenças crônicas e,
dentre os componentes que definem um estilo de vida obesogênico, destaca-se a reduzida qualidade da dieta. Entre os vários nutrientes da dieta,
vários estudos têm associado o consumo de cálcio com a prevenção da obesidade. Objetivo: Avaliar o consumo de cálcio dietético e sua relação
com a obesidade de escolares de 7,0 a 10,9 anos da cidade de Maringá/PR. Metodologia: Peso e estatura foram avaliados para cálculo do IMC,
que foi utilizado para classificação do estado nutricional segundo Cole et al. (2007). As informações referentes à ingestão dos alimentos foram
obtidas por meio do Registro Alimentar de Três Dias (dois dias alternados durante a semana e um dia do final de semana). O consumo diário
de cálcio foi avaliado com base nas recomendações (DRIs, 2002) para as crianças de 7 a 8,9 anos e de 9 a 10,9 anos. Considerou-se consumo
adequado aquele acima de 80% das recomendações. Os níveis de cálcio dietético foram calculados pelo software Diet Win. Estatística não paramétrica, teste de correlação de Pearson e teste de associação de Odds Ratio foram utilizados para análise dos dados. Um nível de significância de
5% foi considerado. Utilizou-se o pacote estatístico Statistical Package for the Social Science (SPSS), versão 13.0. Resultados: Foram avaliadas
S598
154 crianças, 57,8% do sexo feminino, com idade média de 8,8 ± 0,9 anos e IMC médio de 18,0 ± 3,7 kg/m². Das crianças avaliadas, 65,6%
se encontravam eutróficas, 16,2% com sobrepeso, 11,1% obesas e 7,1% com baixo peso. O consumo médio de cálcio foi de 633,6 mg/dia e
não diferiu de forma significativa entre meninos e meninas (635,8 ± 288,7 mg e 632,0 ± 467,7 mg, respectivamente) e entre as faixas etárias
estudadas, 7-8,9 anos e 9-10,9 anos (613,20 ± 256,90 mg e 663,03 ± 547,04 mg, respectivamente). Na amostra avaliada não foram observadas
diferenças significativas (p = 0,549) para o consumo de cálcio entre os diferentes grupos de estado nutricional. O teste de Qui-quadrado não
indicou associações significativas (p = 0,292) entre estado nutricional e consumo de cálcio, demonstrando para a amostra em questão essas várias
foram independentes. O cálculo do Odds Ratio (IC 95%) também não indicou associações significativas entre o consumo de cálcio (Adequado/
Inadequado) e os valores dicotomizados do IMC (Normal/Excesso de Peso), sendo OR = 0,64 (IC 95% 0,29~1,42). Conclusões: Embora
tenha sido verificada falta de associação entre consumo de cálcio dietético e estado nutricional, particularmente, sobrepeso e obesidade, deve-se
destacar o elevado número de crianças com consumo diário inferior ao recomendado para esse mineral essencial (74,03%). É sabido que a cronificação do consumo reduzido de cálcio na faixa etária do estudo é causa de grande preocupação, haja vista as consequências para o desenvolvimento ósseo normal da criança em fase de crescimento e, no futuro, para a manutenção de uma massa óssea normal na vida adulta e velhice.
PERFIL ANTROPOMÉTRICO DE MULHERES COM CÂNCER DE MAMA EM REMISSÃO COMPLETA: UM ESTUDO MULTICÊNTRICO NO
RIO GRANDE DO SUL
Stein AT, Fiaminghi DC, Zelmanowick AM, Rubin BA
Universidade Luterana do Brasil.
Introdução: O câncer de mama é considerado o mais prevalente entre as mulheres, em todo o mundo, excluídos os cânceres de pele não melanoma. No Brasil, é o tipo de câncer que mais causa mortes no sexo feminino. A alimentação inadequada, o sobrepeso, a obesidade e o sedentarismo
estão entre a segunda maior causa evitável de câncer. Evidências científicas mostram associação entre a obesidade/sobrepeso e o câncer de mama
nas mulheres pós-menopausa e importante fator prognóstico negativo na sobrevida das mulheres já acometidas. Objetivos: O objetivo do estudo
foi verificar o perfil antropométrico das mulheres com câncer de mama em remissão completa. Métodos: A amostra foi composta por 175 mulheres
com câncer de mama em remissão completa de dois hospitais públicos federais do Rio Grande do Sul, sendo 105 da capital e 70 do interior, que
foram entrevistadas nas salas de espera das consultas de acompanhamento no ano de 2008. Os dados de peso e altura foram aferidos no momento
da entrevista. Resultados: Os resultados mostram que o IMC médio foi de 27,68 kg/m² (± 5,10). De acordo com a classificação por faixa etária,
entre as mulheres com idade inferior a 60 anos, 42,9% foram classificadas como eutróficas, 39,9% como sobrepeso e 17,9% como obesas, já entre as
mulheres com idade maior ou igual a 60 anos, 36,5% eram eutróficas e 63,5% com sobrepeso. A média da circunferência da cintura foi de 87,43 cm
(± 11,82), e a média de ganho de peso de um ano antes do diagnóstico e o peso atual foi de 6,46 (± 4,9). A idade média das mulheres em estudo
foi de 54,98 anos (± 11,62), a média de idade na menarca foi de 13,06 (± 2,62) e na menopausa 49 anos (± 3,38); 88,6 % eram brancas, 68,57%
tiveram câncer de mama após a menopausa, 56,5%, casadas e 52% tinham somente o ensino fundamental incompleto. As mulheres nulíparas representaram 12% e 74,9% das mulheres entrevistadas amamentaram alguma vez. Quanto à prática de exercícios físicos regulares, 68% não praticavam
exercícios regulares, 33,7% fumavam antes do diagnóstico e 13,1% consumiam bebidas alcoólicas. Quanto à história familiar de câncer de mama,
12,8% possuíam parentes em primeiro grau como mães e irmãs. Conclusão: Houve na amostra predomínio de mulheres com obesidade/sobrepeso
de acordo com o IMC. A média da medida da circunferência da cintura das mulheres em estudo encontra-se elevada para os riscos de complicações
metabólicas associadas à obesidade e a prática de exercícios físicos regulares não faz parte da rotina da maioria dessas mulheres. A manutenção de
um peso saudável ao longo da vida pode ser uma das formas mais importantes de se proteger contra o câncer, dado que o sobrepeso e a obesidade
estão estabelecidos como fator de risco e pior prognóstico, além de também proteger contra diversas outras doenças crônicas comuns.
P117
SÍNDROME METABÓLICA E CONSUMO ALIMENTAR EM ADOLESCENTES: ESTUDO CAMELIA
Fonseca SC, Yokoo EM, Rosa MLG, Tavares LF
UFF.
Introdução: A síndrome metabólica (SM) engloba um conjunto de alterações metabólicas que predispõem ao maior risco de eventos cardiovasculares. A prevalência da SM está crescendo entre os adolescentes brasileiros. Ações específicas do Programa Médico de Família (PMF) podem
ser úteis para melhorar o estado de saúde dos adolescentes com risco de SM, mediante um modelo assistencial baseado na promoção, proteção,
diagnóstico precoce e recuperação da saúde. Objetivos: Caracterizar a ocorrência da SM e estimar a magnitude da associação com o consumo
alimentar de adolescentes inseridos no Programa Médico de Família de Niterói. Material e método: Foram selecionados 247 adolescentes de
12 a 19 anos, vinculados ao PMF, entre junho de 2006 e dezembro de 2007, participantes do estudo caso-controle familiar CAMELIA (estudo
cardio-metabólico-renal familiar de Niterói, Rio de Janeiro – Brasil). Considerou-se SM quando presentes três ou mais das seguintes alterações:
triglicérides (≥ 110 mg/dL), HDL-c (< 50 mg/dL para mulheres e homens até 14 anos; < 45 mg/dL para homens entre 15-19 anos), circunferência da cintura (≥ percentil 75), glicose sérica (> 100 mg/dL) e pressão arterial (≥ percentil 90). Estimou-se a ingestão alimentar por meio
de questionário de frequência de consumo alimentar semiquantitativo validado e os alimentos foram agrupados em três grupos: minimamente
processados, processados e ultraprocessados. Resultados: A SM esteve presente em 7,2% dos adolescentes, não houve diferença entre os sexos
(p = 0,075) e foi maior nos indivíduos com sobrepeso ou obesidade, 87,5% (p = 0,001). O componente da SM mais frequentemente alterado
foi HDL-c (47,3%), seguido por circunferência da cintura (16,7%), glicose plasmática (16,4%), pressão arterial (16,0%) e triglicérides (12,4%).
O consumo diário dos três grupos alimentares foi maior entre os indivíduos com SM, sendo significante nos alimentos ultraprocessados (p =
0,012). A ingestão desses alimentos foi superior entre os indivíduos que apresentam SM (1.321,43 g/dia), quando comparados com quem
não apresenta componente da SM (924,81 g/dia; p = 0,035) ou um/dois componentes (881,88; p = 0,012). Conclusão: A adoção de hábitos
saudáveis desde a adolescência é componente básico para prevenção e tratamento da SM. A elevada ocorrência de SM e seus componentes isoladamente devem servir de alerta para que ações de saúde específicas sejam desenvolvidas para os adolescentes inseridos no PMF de Niterói.
S599
TEMAS LIVRES Pôsteres
P116
P118
COMPONENTES DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTADO NUTRICIONAL DE ADOLESCENTES: ESTUDO CAMELIA
Fonseca SC, Yokoo EM, Rosa MLG, Tavares LF
TEMAS LIVRES Pôsteres
UFF.
Introdução: A prevalência de sobrepeso e obesidade vem aumentando no Brasil em todas as faixas etárias, particularmente em adolescentes.
O excesso de peso nessa faixa etária associa-se à sua persistência na vida adulta e ao conjunto de fatores de risco cardiovasculares que caracterizam a Síndrome Metabólica (SM). Objetivos: Comparar a frequência dos componentes da SM em adolescentes com peso adequado e com
sobrepeso/obesos. Material e método: Foram selecionados 247 adolescentes de 12 a 19 anos, vinculados ao PMF, entre junho de 2006 e
dezembro de 2007, participantes do estudo caso-controle familiar CAMELIA (estudo cardio-metabólico-renal familiar de Niterói, Rio de
Janeiro – Brasil). O índice de massa corpórea, segundo sexo e idade, foi utilizado para avaliar o estado nutricional. Os componentes da SM
utilizados: triglicérides (≥ 110 mg/dL), HDL-c (< 50 mg/dL para mulheres e homens até 14 anos; < 45 mg/dL para homens entre 15-19
anos), circunferência da cintura (CC) (≥ percentil 75), glicose sérica (> 100 mg/dL) e pressão arterial (≥ percentil 90). Os adolescentes com
três ou mais alterações foram considerados com SM. A regressão logística multivariada foi utilizada para verificar a associação entre as variáveis.
Incluíram-se no ajuste as variáveis: sexo, idade, atividade física, raça e consumo diário de energia. Resultados: O excesso de peso esteve presente em 29,3% dos adolescentes. Dos indivíduos com excesso de peso, 60,9% apresentaram redução do HDL-c, 56,9%, inadequação de CC,
22,5%, hipertensão, 21,7%, aumento de triglicerídeos e 13,0%, elevação da glicose sérica. Todos os adolescentes com CC elevada apresentavam
excesso de peso. As alterações presentes nos indivíduos com peso adequado foram: 40,9% – HDL-c, 18,1% – glicose sérica, 8,4% – triglicerídeo. Na análise multivariada observou-se associação significativa do excesso de peso com redução do HDL-c (RC: 2,5; IC: 1,4-4,6), hipertensão arterial (RC: 2,1; IC: 1,0-4,6), aumento de triglicerídeo (RC: 4,1; IC: 1,7-9,8), elevação da glicose (RC: 3,0; IC: 1,4-6,5) e a chance
de o indivíduo com excesso de peso apresentar SM é 19,1 vezes a chance de um indivíduo com peso adequado (IC: 4,0-90,9). Conclusão:
Os fatores de risco para doenças cardiovasculares estão presentes nos adolescentes do PMF de Niterói, em especial nos com excesso de peso.
A frequência de SM é elevada, podendo-se destacar os componentes HDL-c, circunferência da cintura e triglicerídeo.
P119
FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR EM ADOLESCENTES COM E SEM SÍNDROME METABÓLICA: ESTUDO CAMELIA
Fonseca SC, Yokoo EM, Rosa MLG, Tavares LF
UFF.
Introdução: O excesso de peso na adolescência associa-se à sua persistência na vida adulta e a presença de Síndrome Metabólica (SM). A SM
é o conjunto de fatores de risco cardiovasculares, dentre eles obesidade, hipertrigliceridemia, redução do HDL-c, hipertensão e hiperglicemia.
Embora ocorra em menor prevalência que nos adultos, a SM é um problema de saúde crescente entre os adolescentes. Objetivos: Avaliar a
frequência dos componentes da SM em adolescentes com e sem a síndrome, inseridos no Programa Médico de Família (PMF) de Niterói – RJ,
e verificar a associação da presença da SM e variáveis demográficas, socioeconômicas, antropométricas e estilo de vida. Material e método:
Foram selecionados adolescentes de 12 a 19 anos, participantes do estudo caso-controle familiar CAMELIA (estudo cardio-metabólico-renal
familiar), vinculados ao PMF de Niterói, Rio de Janeiro – Brasil, entre junho de 2006 e dezembro de 2007. Coletaram-se informações sobre:
variáveis socioeconômicas, atividade física, antropometria, pressão arterial, exames bioquímicos e consumo alimentar. Os adolescentes com três
ou mais das seguintes alterações foram considerados com SM: triglicérides (≥ 110 mg/dL), HDL-c (< 50 mg/dL para mulheres e homens até
14 anos; < 45 mg/dL para homens entre 15-19 anos), circunferência da cintura (≥ percentil 75), glicose sérica (> 100 mg/dL) e pressão arterial
(≥ percentil 90). Resultados: Entre os 247 adolescentes incluídos no estudo, apenas 31,7% não apresentaram componente da SM. A síndrome
foi diagnosticada em 7,2% dos indivíduos. Não residir com um dos pais, tentar perder peso, sentir-se com excesso de peso, apresentar sobrepeso/obesidade associaram-se positivamente com a síndrome (p < 0,05). As variáveis gênero, idade, escolaridade, cor da pele, renda per capita,
horas de televisão/computador/videogame ao dia e prática de atividade física não apresentaram associação estatisticamente significante com
SM. Dos adolescentes com SM, 93,8% apresentaram redução do HDL-c, 81,3%, inadequação de circunferência da cintura, 56,3%, hipertensão,
50,0%, aumento de triglicerídeos e glicose sérica. Houve inadequações dos componentes da SM na ausência da mesma em: 42,9% – HDL-c,
14,2% – glicose sérica, 12,2% – pressão arterial e circunferência da cintura e 9,3% – triglicerídeo. Conclusão: A frequência dos componentes da
SM é elevada. Destacam-se a presença de excesso de peso e a redução do HDL-c nos adolescentes inseridos no PMF de Niterói, Brasil.
P120
OBESIDADE INFANTIL: PREVALÊNCIA DE EXCESSO DE PESO EM UMA AMOSTRA DE CRIANÇAS MATRICULADAS EM UMA ESCOLA
MUNICIPAL SITUADA EM ALVORADA, RIO GRANDE DO SUL
Kengeriski M, Weber B, Lubianca L, Cibeira GH
Associação Hospitalar Moinhos de Vento.
Objetivo: Determinar o perfil nutricional de uma amostra de crianças. Materiais e métodos: Foi realizado um estudo de corte transversal em
uma escola municipal de educação infantil pertencente à rede municipal, localizada na cidade de Alvorada, Rio Grande do Sul. Foram incluídas todas as crianças matriculadas na instituição maiores de 2 anos de idade. O sobrepeso foi definido como índice de massa corpórea (IMC)
> ao percentil 85 e obesidade como IMC > ao percentil 97, ambos para idade e sexo. Resultados: Foram avaliadas 155 crianças com idades
entre 2 e 12 anos, sendo 76 meninos e 79 meninas. Foi observado, entre as crianças do sexo masculino, que 46 (60,5%) estavam eutróficas,
14 (18,42%) apresentavam sobrepeso e 16 (21%) estavam obesas. Dentre as meninas, 54 (68,35%) estavam em eutrofia, 11 (13,92%) tinham
sobrepeso e 14 (17,7%) apresentavam obesidade. Em nenhum dos grupos foram observadas crianças com baixo peso. Conclusão: As prevalências de sobrepeso e obesidade infantil mostraram-se elevadas em nosso estudo. Esses dados, associados à ausência de crianças com baixo peso,
evidenciam o processo de transição nutricional e a necessidade de estabelecer políticas públicas de combate ao excesso de peso.
S600
P121
RELAÇÃO ENTRE VARIÁVEIS SOCIOECONÔMICAS E CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL: UM ESTUDO TRANSVERSAL COM MULHERES
GAÚCHAS
Weber B, Caleffi M, Lubianca L, Skonieski G, Muller C, Hackenhaar L, Manfroi G, Cibeira GH
Objetivo: Relacionar variáveis socioeconômicas e de estilo de vida com a Circunferência Abdominal (CA) e Índice de Massa Corporal (IMC)
em uma amostra de mulheres provenientes da cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Materiais e métodos: Foram incluídas mulheres cadastradas no programa de Saúde da Mama, Núcleo Mama Porto Alegre. As participantes foram selecionadas aleatoriamente, enquanto aguardavam na sala de espera para realização do exame de mamografia. Foram avaliadas classe econômica, renda familiar e escolaridade por meio
do questionário Critério Padrão de Classificação Econômica Brasil/2008. Ainda, foram aferidos a circunferência abdominal, peso e altura.
Foi utilizado o Teste t Student e Anova para variáveis quantitativas e o teste qui-quadrado para variáveis categóricas. Utilizou-se Intervalo de
Confiança de 95% e nível de Significância α = 0,05. Os cálculos das análises foram realizados utilizando-se o software SPSS. Resultados: Foram
analisadas 334 mulheres com média de idade de 52,1 anos (DP = 8,6 anos). Verificou-se que 75,7% (n = 253) das investigadas apresentaram
menos de 8 anos de estudo. Foi observado que, predominantemente, 58,1% (n = 194) tinham renda entre 1 e 3 salários mínimos e 23,1% (n
= 77) apresentaram renda inferior a um salário mínimo. Em relação às medidas antropométricas, o IMC médio obtido foi de 28,8 kg/m² (DP
= 6,4 kg/m²). A proporção de investigadas classificadas “em risco” para a circunferência abdominal (68,9%, n = 230) foi significativamente
superior em relação às investigadas classificadas como “normal” (qui quadrado calc = 47,533; p < 0,001). Associando-se a renda, o IMC e a
CA, foi detectada correlação significativa negativa de grau fraco (r = - 0,115; p = 0,035), indicando que quanto maior a renda, menor o IMC.
Na comparação do IMC e o poder aquisitivo, foi detectada diferença estatisticamente significativa (p < 0,05), indicando que as classes de menor renda apresentaram IMC mais elevados. A prevalência de obesidade abdominal se mostrou maior nos grupos de baixa escolaridade, com
o OR de 2,109 (IC 95%: 1,069 – 3,865). Conclusão: Conclui-se que, na população avaliada, a baixa escolaridade e o baixo poder aquisitivo
são potenciais preditores para o IMC elevado e para o desenvolvimento da obesidade abdominal.
P122
INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS DE OBESIDADE COMO PREDITORES DE HIPERTENSÃO ARTERIAL EM MULHERES ATENDIDAS
PELA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
Gomes MA, Beck CC, Pinto GP, Pereira JS, Duarte MFS
UFSC – CDS/PPGEF; Uneb XII; Bolsista Fapesb.
Objetivo: Identificar os pontos de corte de diferentes indicadores antropométricos de obesidade e determinar qual apresenta maior poder para
discriminar a hipertensão em mulheres. Material e métodos: O estudo foi de corte transversal, de base populacional domiciliar, realizado em
544 mulheres, com idade média de 37,51 ± 13 anos, residentes nas áreas de cobertura da Estratégia Saúde da Família na cidade de Guanambi
(BA). A identificação da hipertensão foi autorreferida. Para determinação dos indicadores antropométricos utilizaram-se as medidas de massa
corporal, estatura, perímetro de cintura e o percentual de gordura por meio de balança digital de bioimpedância. A análise foi feita por meio
das curvas ROC (Receiver Operating Characteristic), a fim de identificar e comparar a significância estatística da área sob ela, entre o percentual de gordura (%G), o índice de massa corporal (IMC) e o perímetro de cintura (CC) para discriminar a hipertensão entre mulheres. Foi utilizado intervalo de confiança a 95%. Resultados: A maioria da amostra foi composta por mulheres de baixa renda (55%), com baixa escolaridade
(47,5%), trabalhadoras do lar (43,8%) e casadas (51,8%). A área sob a curva ROC entre os indicadores de obesidade e a hipertensão arterial,
com seus respectivos intervalos de confiança, foi para o %G = 0,76, IC 95% (0,72- 0,81); para a CC = 0,73, (0,68-0,78) e para o IMC = 0,70
(0,65- 0,75). Os melhores pontos de corte dos indicadores de obesidade para a predição de hipertensão foram: IMC = 24,26 kg/m² (sensibilidade de 70,31% e especificidade de 60,34%); CC = 80,00 cm (sensibilidade = 71,09 e especificidade = 64,78); %G = 32,2% (sensibilidade de
76,19 e especificidade de 63,43). Os resultados demonstraram que não houve diferenças entre os indicadores antropométricos de obesidade
para discriminar a hipertensão em mulheres (p < 0,001). Porém, considerando as limitações da determinação do percentual de gordura pela
balança de bioimpedância a nível populacional, sugere-se, em razão da sua praticidade, a utilização do perímetro de cintura para predizer a
hipertensão arterial em mulheres atendidas pela Estratégia Saúde da Família. Conclusão: Logo, a utilização dos indicadores antropométricos
para identificação da predisposição a doenças crônicas, como a hipertensão, continua sendo recomendável no campo da saúde pública, pela
fácil aplicação e bom poder diagnóstico na população em geral.
P123
ATIVIDADE GARAGEM: OBSERVANDO A PREVALÊNCIA DE SOBREPESO/OBESIDADE E HIPERTENSÃO ARTERIAL EM UMA
COMUNIDADE ATENDIDA POR USF NO MUNICÍPIO DE PETRÓPOLIS, RJ
Bertoldo LAA, Freitas RO, Ribeiro MMI, Olichon BG, Misquita ML
Faculdade Arthur Sá Earp Neto (Fase).
Introdução: A obesidade pode ser conceituada como um estado físico em que há depósito excessivo de gordura no organismo, cuja etiologia
é multifatorial. As complicações incluem diabetes melito, hipertensão arterial, dislipidemias e doenças cardiovasculares, entre outras. O custo
anual de hospitalização de agravos decorrentes do sobrepeso ultrapassam 1 bilhão de reais no País. A Estratégia de Saúde da Família tem
papel importante no rastreamento do estado nutricional e prevenção dos agravos relacionados à obesidade. Objetivo: Verificar a prevalência
de sobrepeso/obesidade e hipertensão arterial em população assistida pela USF Nova Cascatinha, Petrópolis, RJ. Material e métodos: Foram
realizadas atividades garagem nas 5 microáreas da unidade, com avaliação de IMC e pressão arterial. Os dados foram estratificados segundo
recomendações da OMS (IMC ≥ 25 kg/m² para sobrepeso e ≥ 30 kg/m² para obesidade; sistólica ≥ 140 e/ou diastólica ≥ 90 mmHg para
S601
TEMAS LIVRES Pôsteres
Associação Hospitalar Moinhos de Vento.
hipertensão). Resultados: Foram avaliadas 98 pessoas, sendo 67 mulheres (68,3%) com idade média de 56 ± 18,7 anos e 32 homens (32,6%)
com idade média de 50,9 ± 23,3 anos. Observou-se sobrepeso em 34,7% (32,8% e 34,3% para mulheres e homens, respectivamente) e obesidade em 26,3% (28,3% e 18,7%, respectivamente) da população atendida. Quanto à hipertensão arterial, observou-se 25 mulheres (37,3%) e
11 homens (34,3%) com valores acima dos pontos de corte estabelecidos para a normalidade. Conclusões: A alta prevalência de sobrepeso/
obesidade e hipertensão arterial, superiores às médias do Estado do RJ, segundo Datasus, reforça a importância do rastreamento desses agravos
na população por meio das equipes de Saúde da Família, possibilitando a elas uma compreensão ampliada do processo saúde/doença e da
necessidade de intervenções que vão além da prática curativa.
P124
ASSOCIAÇÃO ENTRE EXCESSO DE PESO E OMISSÃO DE REFEIÇÕES EM ADOLESCENTES DE CUIABÁ – MT
Vilela AAF, Silva RMVG, Ferreira MG, Faria CS, Moreira NF, Muraro AP, Rodrigues PRM
TEMAS LIVRES Pôsteres
UFMT/Fanut.
Introdução: O hábito de omitir refeições, bem como o consumo de refeições rápidas muitas vezes realizadas fora de casa, faz parte do estilo
de vida dos adolescentes, sendo considerados comportamentos importantes que podem contribuir para o desenvolvimento da obesidade. Objetivo: Analisar a associação entre o estado nutricional e a omissão de refeições em adolescentes. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo
de corte transversal realizado com amostra por conglomerados em dois estágios, com adolescentes de 14 a 19 anos, do Ensino Médio público
e privado de Cuiabá, MT. Os dados foram coletados por meio de um questionário de autopreenchimento. Na análise bivariada foi utilizada a
razão de prevalência (RP) e seu respectivo intervalo de confiança (IC) de 95% como medida de associação entre o excesso de peso e as variáveis
independentes analisadas. Resultados: Foram avaliados 1.021 adolescentes, sendo 56,2% do sexo feminino. A ceia foi a refeição mais omitida
pelos adolescentes de ambos os sexos. No sexo masculino entre os adolescentes com excesso de peso, as refeições omitidas foram a colação
(57,9%) e a ceia (73,8%). Em relação às adolescentes do sexo feminino com excesso de peso, as refeições omitidas foram colação (66,1%),
merenda (57,6%) e ceia (61,0%); menos da metade das meninas com excesso de peso realizavam o desjejum (49,2%). Na análise bivariada a
não realização do desjejum (RP = 1,53; IC = 1,09 – 2,13), colação (RP = 1,42; IC = 1,02 – 1,99), merenda (RP = 1,60 IC = 1,15 – 2,23) e
jantar (RP = 1,52; IC = 1,05 – 2,19) esteve estatisticamente associada com excesso de peso no sexo masculino, já no sexo feminino o excesso
de peso foi associado a não realização do desjejum (RP = 1,82; IC = 1,13 – 2,95), almoço (RP = 2,73; IC = 1,37 – 5,43) merenda (RP = 2,58;
IC = 1,59 – 4,20) e jantar (RP = 1,69; IC = 1,04 – 2,74). Conclusão: Verificou-se que a omissão de refeições foi maior entre adolescentes
com excesso de peso do sexo feminino e houve associação entre a omissão de certas refeições e excesso tanto no sexo masculino quanto no
feminino. Destaca-se que esses hábitos alimentares propiciam o desenvolvimento de excesso de peso na maturidade e que a fase de adolescência
é o momento privilegiado para intervenções na área da saúde e da nutrição.
P125
ASSOCIAÇÃO ENTRE O CONSUMO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS E A LOCALIZAÇÃO DE GORDURA EM ADULTOS DE CUIABÁ – MT
Rodrigues PRM, Moreira NF, Ferreira MG, Silva RMVG, Faria CS, Muraro AP, Vilela AAF
UFMT/Fanut.
Introdução: A localização central da gordura corporal é influenciada por diversas variáveis, entre elas os fatores genéticos, sexo e idade. Estudos epidemiológicos prospectivos e de corte transversal têm mostrado de forma consistente a associação entre as doenças não transmissíveis
e o padrão central de distribuição da gordura corporal, que pode ser aferido pela mensuração de marcadores antropométricos, a exemplo da
circunferência da cintura. Objetivo: Medir a associação entre consumo de bebidas alcoólicas com níveis aumentados de circunferência da
cintura. Método: Estudo transversal em uma amostra extraída de estudo de base populacional, com 208 indivíduos adultos (20 a 49 anos),
sendo 51,9% do sexo feminino. A circunferência da cintura foi utilizada como um indicador de adiposidade central e aferida na altura da cintura natural. As variáveis sociodemográficas e aquelas relacionadas ao estilo de vida (consumo de álcool, tabagismo e atividade física) foram
avaliadas por meio de entrevista. A análise de regressão logística foi utilizada para avaliar o efeito independente do consumo de álcool nos
níveis aumentados da circunferência da cintura. Resultado: Após ajuste para idade, cor da pele, sexo, tabagismo e nível de atividade física, o
consumo de álcool manteve-se associado aos níveis aumentados de circunferência da cintura (OR = 2,33; IC 95% = 1,08-5,02). Conclusão:
O consumo de álcool associou-se positivamente ao aumento da circunferência da cintura, evidenciando a importância da inclusão desse item
nos questionários de avaliação do consumo alimentar.
P126
FATORES ASSOCIADOS AO EXCESSO DE PESO NA POPULAÇÃO ADULTA DE CUIABÁ – MT
Vilela AAF, Ferreira MG, Silva RMVG, Faria CS, Muraro AP, Moreira NF, Rodrigues PRM
UFMT/Fanut.
Introdução: A obesidade deixou de ser um problema particular para se tornar um importante problema de saúde pública da atualidade e
representa o problema nutricional de maior ascensão entre a população adulta brasileira. Vários fatores podem estar associados à obesidade
e excesso de peso, entre eles o desequilíbrio entre oferta e demanda energética, fatores demográficos, socioeconômicos, genéticos, psicológicos, ambientais e individuais. Objetivo: Identificar fatores associados ao excesso de peso em adultos de Cuiabá – MT. Métodos: Estudo
transversal, com uma amostra extraída de estudo de base populacional no município de Cuiabá – MT, com 208 indivíduos adultos (20 a 49
anos), sendo 51,9% do sexo feminino. Foram aferidos peso e estatura para o cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC), como indicador de
excesso de peso. Informações sobre variáveis sociodemográficas e de estilo de vida foram obtidas por meio de entrevista. Na análise bivariada
S602
foi estimada a razão de prevalência (RP) e o intervalo de confiança (IC) de 95%, como medida de associação entre o excesso de peso e as variá­
veis independentes. A análise multivariada foi realizada por meio de regressão logística, tendo como medida de associação a odds ratio (OR).
Resultados: A prevalência de excesso de peso foi de 54% da população. Na análise bivariada o excesso de peso associou-se à idade de 30 a 39
anos (RP = 1,80; IC = 1,28–2,54) e acima de 40 anos (RP = 1,94; IC = 1,40-2,69). Na análise multivariada, observou-se que idade (OR =
1,03; IC = 1,002 – 2,653) e consumo de álcool (OR = 1,9; IC = 1,048 – 3,739) permaneceram associados ao excesso de peso. Conclusão: Os
indivíduos mais velhos e que consumiam álcool tiveram maior chance de apresentar excesso de peso. Recomenda-se a implantação de medidas
de prevenção, uma vez que mais da metade da população apresentou excesso de peso.
P127
EXCESSO DE PESO E FATORES ASSOCIADOS EM ADOLESCENTES DO MUNICÍPIO DE CUIABÁ – MT
Rodrigues PRM, Silva RMVG, Ferreira MG, Faria CS, Moreira NF, Muraro AP, Vilela AAF
Introdução: O sobrepeso e a obesidade vêm sendo considerados como um dos principais problemas de saúde pública na atualidade em
diversos países, inclusive no Brasil, e quanto mais prevalente, maior o estímulo para os estudos com grupos populacionais mais vulneráveis,
possibilitando o levantamento de hipóteses e fatores relacionados a determinação e evolução desse quadro. Objetivo: Avaliar a prevalência de
excesso de peso e fatores associados em uma amostra probabilística de adolescentes. Material e métodos: Estudo de corte transversal realizado
por meio de amostragem por conglomerados em dois estágios, com adolescentes de 14 a 19 anos, do Ensino Médio público e privado de
Cuiabá-MT. Os dados foram coletados em sala de aula por meio de questionário de autopreenchimento. O estado nutricional dos adolescentes
foi diagnosticado pelo Índice de Massa Corporal, segundo o escore z, e a classificação socioeconômica, segundo os critérios da Associação
Brasileira de Empresas de Pesquisas. Na análise bivariada foram utilizados a razão de prevalência (RP) e seu respectivo intervalo de confiança
(IC) de 95% como medida de associação entre o excesso de peso e as variáveis independentes analisadas. A análise multivariada foi realizada
por meio de regressão logística, tendo como medida de associação a odds ratio (OR). Resultados: Foram avaliados 1.021 adolescentes, sendo
56,2% do sexo feminino, com média de idade de 16,0 ± 1,1 anos. Dentre eles, 22,3% eram alunos de escolas particulares e 77,7% de escolas
públicas. Quanto à classificação econômica, verificou-se que 10,7% dos adolescentes pertenciam à classe econômica A (mais elevada), 43,8%
à classe B, 42,1% à classe C e 3,4% à classe D (mais baixa). Em relação ao estado nutricional, 2,2% dos adolescentes apresentaram baixo peso,
81,6% eram eutróficos, 12,9% tinham sobrepeso e 3,3%, obesidade. Na análise bivariada o excesso de peso foi associado às seguintes variáveis:
sexo masculino (RP = 2,33; IC = 1,74 – 3,12), idade de 14 anos (RP = 1,57; IC = 1,02 – 2,44), estudar em escola particular (RP = 1,72; IC
= 1,29 – 2,30), cursar o 1º ano do Ensino Médio (RP = 1,68; IC = 1,12 – 2,53), pertencer à classe social mais alta (RP = 1,48; IC = 1,02 –
2,16) e praticar regularmente atividades físicas como corrida, musculação e lutas (RP = 1,51; IC = 1,15 – 2,00). No entanto, analisando os
resultados obtidos na regressão logística, as únicas variáveis estatisticamente associadas ao excesso de peso foram: sexo masculino (OR = 2,97;
IC = 2,03 – 4,34), idade de 14 anos (OR = 1,87; IC = 1,02 – 3,42) e estudar em escola particular (OR = 1,55; IC = 1,05 – 2,28). Conclusão:
Conclui-se que foi maior a prevalência de sobrepeso e obesidade em relação ao baixo peso, sendo os principais fatores associados ao excesso de
peso o sexo masculino, a idade de 14 anos e o tipo de escola. Ressalta-se a importância de ações educativas sobre alimentação saudável, voltadas
a essa população, uma vez que adolescentes com hábitos alimentares inadequados têm maior propensão a tornarem-se adultos candidatos às
doenças crônicas não transmissíveis.
P128
CONSUMO DE DOCES, REFRIGERANTES E BEBIDAS COM ADIÇÃO DE AÇÚCAR EM ADOLESCENTES DE CUIABÁ – MT
Rodrigues PRM, Silva RMVG, Ferreira MG, Faria CS, Moreira NF, Vilela AAF, Muraro AP
UFMT/Fanut.
Introdução: A adolescência é um período da vida caracterizado por intensas mudanças biológicas, psicológicas e sociais que podem interferir
no consumo alimentar desse grupo populacional. Um aspecto relevante da dieta dos adolescentes é o consumo excessivo de carboidratos
refinados. Objetivo: Descrever as práticas alimentares de adolescentes quanto à ingestão de doces, refrigerantes e bebidas com adição de
açúcar. Materiais e métodos: Estudo epidemiológico de corte transversal realizado com amostra por conglomerados em dois estágios, com
adolescentes de 14 a 19 anos, do Ensino Médio público e privado de Cuiabá-MT. Os dados foram coletados por meio de questionário de
autopreenchimento. Estimou-se o consumo alimentar por meio de Questionário de Frequência de Consumo Alimentar. O grupo de doces foi
composto por: bolo simples e recheado, biscoito simples e recheado, achocolatado em pó, chocolate em barra, doce à base de leite, doce à base
de frutas e açúcar de adição. O grupo de bebidas com adição de açúcar foi composto por: café, chá ou mate, refresco de xarope de guaraná,
suco de frutas ou de polpa. Para testar a diferença entre as médias dos parâmetros avaliados utilizou-se teste “t” de Student. Resultados: Foram avaliados 1.021 adolescentes, sendo 56,2% do sexo feminino. A média de consumo de doces foi de 260,4 g/dia, de refrigerantes, de 504,0
mL/dia e de bebidas com adição de açúcar, de 621,7 mL/dia. Quanto ao sexo, a média de consumo de refrigerante e bebidas com adição
de açúcar foi maior no sexo masculino (p < 0,05). Em relação ao estado nutricional, a média do consumo de doces foi maior no grupo sem
excesso de peso (p < 0,02). No sexo masculino, apenas o consumo de doces foi maior entre os adolescentes com excesso de peso (p < 0,01).
E no sexo feminino não houve diferença no consumo dos alimentos entre os adolescentes com e sem excesso de peso. Em relação ao excesso
de peso, não houve diferença estatística entre os adolescentes em ambos os sexos. Conclusão: Conclui-se que a média de consumo de doces,
refrigerantes e bebidas com adição de açúcar foi maior em adolescentes sem excesso de peso. Em virtude das limitações de estudos transversais,
não é possível afirmar que os adolescentes com excesso de peso consomem menos desses grupos por conta de seus hábitos alimentares ou por
fazerem restrições alimentares.
S603
TEMAS LIVRES Pôsteres
UFMT/Fanut.
P129
CONSUMO DE MACRONUTRIENTES E ETANOL NA POPULAÇÃO ADULTA COM EXCESSO DE PESO DE CUIABÁ – MT
Rodrigues PRM, Ferreira MG, Silva RMVG, Faria CS, Muraro AP, Moreira NF, Vilela AAF
TEMAS LIVRES Pôsteres
UFMT/Fanut.
Introdução: A estimativa do consumo alimentar de uma população é importante para o estabelecimento de planos de ação de políticas
nutricionais na área de vigilância nutricional e programas de intervenção. Objetivo: Verificar a adequação dos macronutrientes da dieta e
o percentual de consumo de etanol em relação ao consumo energético total. Método: Estudo transversal, com uma amostra extraída de
estudo de base populacional no município de Cuiabá-MT, com 208 indivíduos adultos (20 a 49 anos), sendo 51,9% do sexo feminino.
O Índice de Massa Corporal (IMC) foi utilizado para a classificação do estado nutricional dos indivíduos, sendo considerado excesso de
peso o IMC ≥ 25 kg/m². O consumo energético, de macronutrientes e de etanol foi estimado pelo Questionário de Frequência Alimentar.
A prevalência do consumo adequado de macronutrientes foi estimada pela comparação dos intervalos aceitáveis para a distribuição deles,
segundo a recomendação das Dietary Reference Intakes (DRI): 45-65% (carboidratos), 10-35% (proteínas) e 20-35% (lipídios). O consumo
tolerável de etanol diário, segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira deve ser menos que 5% do total de energia para homens e
menos de 2,5 % do total de energia para as mulheres. Para testar a diferença entre as médias dos parâmetros avaliados, utilizou-se o Teste-T
de Student. Resultados: A prevalência de excesso de peso na população foi de 54%. A adequação do consumo de carboidratos, proteínas
e lipídios entre os adultos com excesso de peso foi, respectivamente, de 77,4%, 98,6% e 88,0%. Verificou-se um consumo energético maior
entre os homens em relação às mulheres (2.790 kcal vs. 2.430 kcal), diferença essa estatisticamente significante. Nos homens, o consumo
foi mais elevado na faixa etária intermediária (30-39 anos). Nas mulheres, a ingestão energética diminuiu gradativamente, de acordo com o
aumento da idade. Para o total de indivíduos com excesso de peso que ingeriram bebidas alcoólicas, o consumo de etanol representou 3,9%
do valor energético total, sendo 4,8% nos homens e 2,0% nas mulheres. No entanto, entre os homens mais jovens (20-29 anos) e entre as
mulheres de idade intermediária (30-39 anos), pode-se notar valores percentuais que ultrapassam o limite de recomendação (6,9% e 3,5%,
respectivamente). Conclusão: Entre os indivíduos com excesso de peso, a adequação do consumo de macronutrientes foi maior para as
proteínas e menor para os carboidratos. Homens mais jovens e mulheres de idade intermediária mostraram inadequação para o consumo
de bebidas alcoólicas.
P130
HÁBITOS E PRÁTICAS ALIMENTARES EM ADOLESCENTES COM E SEM EXCESSO DE PESO DE CUIABÁ – MT
Rodrigues PRM, Silva RMVG, Ferreira MG, Faria CS, Moreira NF, Vilela AAF, Muraro AP
UFMT/Fanut.
Introdução: A obesidade na infância e na adolescência tem como consequência a possibilidade de sua manutenção na vida adulta. As mudanças observadas nos hábitos alimentares da população brasileira, em função de diversos fatores, têm favorecido o aparecimento da obesidade,
doenças cardíacas, câncer e outras enfermidades. Objetivos: Verificar os hábitos e práticas alimentares associados ao excesso de peso em adolescentes com e sem excesso de peso, de Cuiabá – MT. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico de corte transversal realizado
por meio de amostragem por conglomerados em dois estágios, com adolescentes de 14 a 19 anos, do Ensino Médio público e privado. Os
dados foram coletados por meio de questionário de autopreenchimento. Na análise bivariada foi utilizada a razão de prevalência (RP) e seu
respectivo intervalo de confiança (IC) de 95%. Resultados: Foram avaliados 1.209 adolescentes, sendo 55,1% do sexo feminino. A prevalência
de excesso de peso foi de 16,3%. Na análise bivariada, o excesso de peso mostrou-se associado ao consumo de refrigerantes do tipo diet ou
light (RP = 1,90; IC = 1,10 – 3,30). Em relação ao consumo de lanches no intervalo escolar, observou-se que não consumir nada aumenta em
aproximadamente 2 vezes a chance de ter excesso de peso (RP = 1,91; IC = 1,20 – 3,02) e consumir lanche levado de casa aumenta em 2,4
vezes tal chance (RP = 2,39; IC = 1,06 – 5,36). Além disso, foi verificada associação significante entre consumir adoçante artificial e excesso
de peso em adolescentes (RP = 2,04; IC = 1,41 – 2,97). Conclusão: Em razão das limitações de estudos transversais, não é possível inferir
causalidade entre a associação do binômio excesso de peso e hábitos alimentares. Adolescentes devem ser alvos de programas que enfatizem a
adoção de alimentação saudável, para diminuir risco e incidência de obesidade e prevenir futuros agravos à saúde.
P131
FATORES DE RISCO NUTRICIONAIS ASSOCIADOS À HIPERTENSÃO ARTERIAL EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM NOVA ERA – MG
Alves ME, Freitas SN, Bastos AQA, Moreira AC
UFOP.
Estudos epidemiológicos têm apontado fortes indícios de que a hipertensão arterial sistêmica do adulto é uma doença que se inicia na infância,
sendo recomendável sua identificação precocemente. O objetivo deste estudo foi detectar fatores de risco nutricionais (obesidade e estatura)
associados à hipertensão arterial entre escolares da rede municipal de ensino de Nova Era, Minas Gerais. Estudo transversal foi realizado com
escolares de 6 a 14 anos, considerando os indicadores IMC percentilar e altura/idade (AI) de acordo com os critérios preconizados pelo
Center Disease Control 2000. Na definição da hipertensão arterial (HA) adotaram-se os critérios propostos pelo Fourth Report on the Diagnosis, Evaluation and treatment of High Blood Pressure in Children and Adolescents (2005). A análise estatística foi realizada utilizando-se
o programa SPSS versão 15.0. Para a comparação das proporções e médias por estratos (estado antropométrico, sexo, localização da escola e
idade) utilizou-se o teste qui-quadrado de Pearson e t-Student, respectivamente. Análise logística binária multivariada foi realizada para de-
S604
finição do modelo explicativo da HA. O teste de Hosmer & Lemeshow foi adotado para a verificação do ajuste do modelo. Foram avaliados
1.009 escolares, sendo 51,9% do sexo feminino e 48,1% do sexo masculino. Nestes a prevalência de excesso de peso foi de 14,6% e de déficit
estatural de 7,9%. Já a PA elevada esteve presente em 11,3% dos escolares, apresentando-se significativamente maior no sexo feminino e entre
aqueles com idade mais avançada. Na análise de associação entre classe de IMC e PA, observou-se uma maior prevalência de PA elevada entre
os escolares com excesso de peso (22,3%). Quanto ao indicador AI, escolares com alta estatura apresentaram maior prevalência de PA elevada
quando comparados aos das outras categorias. A classe de IMC e a idade foram os fatores que explicaram a ocorrência da PA elevada (OR de
3,00 e 2,89, respectivamente). Portanto recomendam-se estratégias de intervenções para o controle da massa corporal que possam prevenir e
controlar a ocorrência precoce da PA elevada em crianças e adolescentes.
P132
FATORES DE RISCO ASSOCIADOS À SÍNDROME METABÓLICA EM ADOLESCENTES DO INTERIOR DE MINAS GERAIS
Bastos AQA, Freitas SN, Alves ME, Moreira AC
Há décadas os brasileiros convivem com alta prevalência de múltiplos fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) como a
síndrome metabólica e doenças cardíacas, aumentando o ônus do Estado com o tratamento de doenças. As pesquisas científicas têm apontado
que o processo de desencadeamento dessas doenças é detectível já nos primeiros anos de vida, devendo-se privilegiar medidas preventivas. Em
Nova Era, MG, foi realizado levantamento da prevalência de fatores de risco associados às DCNT, como: sobrepeso, obesidade, valores da
Pressão Arterial e glicemia capilar (jejum de 8 horas) entre escolares de 10 a 16 anos matriculados na quarta série do ensino fundamental, das
cinco escolas municipais. A pressão arterial foi aferida e classificada de acordo com a recomendação do Fourth Report on the Diagnosis, Evaluation and Treatment of High Blood Pressure in Children and Adolescents. O estado nutricional foi avaliado por meio do IMC percentilar e
da altura para idade de acordo com os critérios do NCHS/CDC (2000). Foram avaliados 161 escolares, sendo 88 (54,7%) do sexo feminino
e 73 (45,3) do sexo masculino. A idade média foi de 10,9 anos. A prevalência de baixa estatura foi de 4,3% (7) e de alta estatura, de 4,3% (7).
O baixo peso esteve presente em 8,7% (14) e o sobrepeso/obesidade em 9,3% (15) dos escolares. A prevalência da pré-hipertensão foi de 8,7%
(14) e da hipertensão, 11,6), sendo ± de 18% (29). A média dos valores de glicemia foi de 85,2 mg/dL, que 8,7% (14) encontravam-se na
faixa entre 100 a 126 mg/dL e 0,6% (1) com valores acima de 126 mg/dL. O valor da glicemia foi significativamente maior nos 0,05). Não
foram encontradas associações entre os fatores de risco, < meninos (p possivelmente devido ao pequeno tamanho da amostra. No entanto,
investimentos no monitoramento dos fatores de risco são importantes e devem ser estimulados, pois oferecem benefícios que não se alcançam
com a prevenção secundária, menos ainda com a terciária. Nas próximas décadas, os atuais jovens serão os idosos que deixaram de receber,
no momento adequado, a promoção e proteção á saúde e/ou controle de DCNT, frequentemente instalada em idade precoce. A vigilância
epidemiológica adotada com ampla cobertura populacional e confiabilidade, associada a estratégias de intervenção convincentes, consistentes
e democráticas, facilitaria a redução da morbimortalidade por DCNT, além da utilização racional de recursos humanos e financeiros pelos
setores de saúde.
P133
ALEITAMENTO MATERNO COMO ESTRATÉGIA DE PROMOÇÃO DA SAÚDE E PREVENÇÃO DA OBESIDADE EM UM SERVIÇO
PÚBLICO DE SAÚDE DE MINAS GERAIS
Moreira AC, Freitas SN
UFOP.
Por ser a obesidade uma doença crônica, de difícil tratamento, associada a diversas condições mórbidas e cuja prevalência vem aumentando,
ênfase especial deve ser dada às medidas preventivas. Medidas simples, sem potenciais efeitos adversos e de baixo custo são particularmente
atrativas. Nesse contexto, vários autores levantaram a hipótese de que o aleitamento materno, particularmente o Aleitamento Materno Exclusivo (AME) até o sexto mês teria um efeito protetor contra a obesidade. Apesar do incentivo à amamentação ter se estendido na atenção
básica no Brasil, pesquisas recentes em todo País revelam que a sua duração é curta e a introdução de outros alimentos, muito precoce.
O presente estudo avaliou as práticas alimentares de lactentes menores de 2 anos atendidos em Unidades Básicas de Saúde (USB) da área
urbana de Nova Era, MG. Foram analisadas as ações do serviço de saúde no sentido da promoção e manejo do AME e da orientação na alimentação complementar, o conhecimento das mães relacionado ao aleitamento e à introdução de alimentos, duração da amamentação e razões do
desmame. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas com profissionais das USB (médico, enfermeiros, técnicos e agentes de saúde,
n = 20) e mães de bebês com até 24 meses da referida área (n = 104). As práticas alimentares dos lactentes foram analisadas por Recordatório
24h e Questionário de Frequência de Consumo Alimentar aplicado às mães. Do total de lactentes (n = 104), 47,2% eram meninos e 52,8%,
meninas, sendo 55,6% crianças maiores de 6 meses de idade. Pôde-se observar curto tempo de AME (predominante até o terceiro mês para
57,8%). As mães demonstraram ter relativo conhecimento sobre as vantagens do aleitamento materno, no entanto ainda foram citados termos
como “falta do leite” (9,6%, n = 10), “leite fraco” (35,6%, n = 37) e “recusa do bebê em pegar o peito” (11,5%, n = 12) como justificativas
para o desmame. Grande parte delas (37%, n = 37) demonstrou desconhecer o seu efeito protetor quanto à obesidade. Verificou-se ausência
de treinamento de pessoal e de atividades educativas para o período de lactação. Conclui-se sobre a necessidade de planejamento do serviço,
capacitação de profissionais, intensificação de informações, sensibilização e amparo das mães desde o acompanhamento pré-natal, visando à
efetividade do aleitamento como estratégia de promoção da saúde e prevenção da obesidade na área pesquisada.
S605
TEMAS LIVRES Pôsteres
UFOP.
P134
ESTADO NUTRICIONAL, PERFIL LIPÍDICO E PRESSÃO ARTERIAL DE ADOLESCENTES DE VIÇOSA – MG
Tinôco ALA, Sant´Ana LFR, Franceschini SCC, Rezende CHS, Silva SA, Quintão DF, Crizel MM, Priore SE
TEMAS LIVRES Pôsteres
UFV.
Introdução: A obesidade é uma das enfermidades nutricionais de grande preocupação para a saúde pública, pois esse distúrbio nutricional, já
em idades precoces, está geralmente associado ao desenvolvimento de fatores de risco que podem predispor à maior incidência de distúrbios
metabólicos e funcionais. O excesso de peso frequentemente está associado a alterações lipídicas e aumento da pressão arterial. As dislipidemias
estão entre os mais importantes fatores de risco de doença cardiovascular aterosclerótica. Objetivo: Descrever o estado nutricional, o perfil
lipídico e a pressão arterial de adolescentes do município de Viçosa-MG. Material e métodos: Estudo descritivo transversal com 80 adolescentes, 52 (65%) do sexo feminino e 28 (35%) do masculino, de 16 a 19 anos, de Viçosa, MG, no ano de 2009. O índice de massa corporal (IMC)
foi calculado a partir do peso e estatura para avaliar o estado nutricional, usando a classificação da WHO (2007). Amostras de sangue (5 mL)
foram coletadas, depois de um jejum de 12 horas, para a dosagem de colesterol total (CT), HDL, LDL e triglicerídeos (TG). Utilizaram-se
os valores para níveis lipídicos anormais determinados pela I Diretriz de Prevenção da Aterosclerose na Infância e na Adolescência (2005). Foi
aferida a pressão arterial sistólica e diastólica utilizando monitor de pressão sanguínea de inflação automática, e os valores, analisados segundo
a V Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial (2006). Este trabalho foi aprovado pelo comitê de ética da UFV. Os dados foram analisados
com o programa estatístico SPSS 15.0. O tratamento estatístico constituiu-se do cálculo das médias, desvios-padrão, distribuição percentual,
teste t de Student e teste Mann-Whitney, com nível de significância adotado de p < 0,05. Resultados: Em relação ao estado nutricional,
3,75%, 86,25%, 6,25% e 3,75% apresentavam, respectivamente, baixo peso, eutrofia, sobrepeso e obesidade. Em relação ao perfil lipídico,
51,25% tiveram CT elevado, 16,25% com TG elevados, 27,5% com LDL elevado e 25% com HDL baixo, 71,25% tiveram alguma alteração
lipídica. Quando comparado o estado nutricional com os perfis lipídicos dos adolescentes, os com excesso de peso obtiveram maiores médias
para CT, LDL e TG e menores para HDL do que os sem excesso de peso (eutróficos e baixo peso), mas sem diferença estatística (Tabela 1).
Dos adolescentes avaliados, sete (8,75%) apresentaram pressão arterial acima do recomendado; quatro deles tinham excesso de peso. Quando
comparado o estado nutricional com a pressão arterial dos adolescentes, os com excesso de peso obtiveram maiores médias para pressão arterial
sistólica e diastólica do que os sem excesso de peso, mas sem diferença estatística (Tabela 1). Conclusões: Os adolescentes avaliados apresentaram, em sua grande maioria, estado nutricional adequado, mas com prevalência de adolescentes com excesso de peso importante, que deve
ser controlada, pois estes apresentaram maiores médias nos níveis pressóricos e no perfil lipídico. Observou-se que a maioria dos adolescentes
avaliados apresentava dislipidemia, quadro favorável ao aparecimento de doenças cardiovasculares.
Tabela 1. Comparação do perfil lipídico e da pressão arterial de acordo com o estado nutricional dos adolescentes de Viçosa, MG, 2009
Parâmetros
Estado nutricional
N
Média
DP
Significância
Colesterol (mg/dL)
Sem excesso de peso
72
152,95
26,80
0,177*
Com excesso de peso
8
171,87
34,27
LDL (mg/dL)
HDL (mg/dL)
TG (mg/dL)
PA sistólica (mmHg)
PA diastólica (mmHg)
Sem excesso de peso
72
85,99
23,86
Com excesso de peso
8
105,25
35,13
Sem excesso de peso
72
53,72
12,07
Com excesso de peso
8
48,12
11,02
Sem excesso de peso
72
66,15
31,34
Com excesso de peso
8
92,50
40,62
Sem excesso de peso
72
107,29
19,52
Com excesso de peso
8
122,00
15,13
Sem excesso de peso
72
67,22
6,74
Com excesso de peso
8
75,25
10,87
0,089*
0,857*
0,053**
0,089*
0,051*
*: teste t de Student; **: Teste Mann-Whitney.
P135
PERFIL LIPÍDICO DE ADOLESCENTES EM RELAÇÃO À HISTÓRIA FAMILIAR PARA DISLIPIDEMIAS E DOENÇA ARTERIAL
CORONARIANA DE VIÇOSA – MG
Crizel MM, Priore SE, Sant´Ana LFR, Franceschini SCC, Silva SA, Quintão DF
UFV.
Introdução: Com relação às dislipidemias, a sua ocorrência pode ser em virtude de causas genéticas e/ou por influência de variáveis ambientais. No Brasil, alguns estudos mostraram a alta prevalência de dislipidemia em jovens com ou sem história familiar de doença arterial coronariana (DAC) prematura. Mas os filhos de coronarianos têm apresentado valores mais elevados de colesterol total, LDL e valores mais baixos
de HDL. Assim como a obesidade e hábitos adquiridos na adolescência, os níveis elevados de lipídeos tendem a persistir ao longo do tempo
desde essa fase até a vida adulta. A detecção precoce de níveis séricos elevados de colesterol em pessoas assintomáticas permite a identificação
de um importante fator de risco modificável para DAC. Objetivo: Examinar o perfil lipídico de adolescentes em relação à história familiar para
dislipidemias e doença arterial coronariana no município de Viçosa, MG. Material e métodos: Realizou-se um estudo descritivo transversal
com 80 adolescentes, de 16 a 19 anos, estudantes de escolas públicas e particulares de Viçosa, Minas Gerais, no ano de 2009. Amostras de
sangue (5 mL) foram coletadas no período da manhã, depois de um jejum de 12 horas, para a dosagem de colesterol total (CT), HDL, LDL e
triglicerídeos (TG). Os valores de corte para níveis lipídicos anormais foram os determinados pela I Diretriz de Prevenção da Aterosclerose na
S606
Infância e na Adolescência (2005). Durante a avaliação clínica, um questionário foi respondido pelos adolescentes referente à história familiar
de dislipidemias e doença arterial coronariana. Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Seres Humanos da Universidade Federal
de Viçosa. Os dados foram analisados com o programa estatístico SPSS 15.0. O tratamento estatístico constituiu-se do cálculo das médias,
desvios-padrão, distribuição percentual, teste t de Student e teste Mann-Whitney, com nível de significância adotado de p < 0,05. Resultados:
Dos 80 adolescentes analisados no presente estudo, 52 (65%) eram do sexo feminino e 28 (35%) do masculino, com média de idade de 16,85
± 0,79 anos. Dos avaliados, 51,25% tiveram CT elevado, 16,25%, TG elevados, 27,5%, LDL elevado e 25%, HDL baixo. Cerca de 71,25% dos
adolescentes apresentaram perfil lipídico aterogênico, dos quais 52,63% têm história familiar de dislipidemias e 40,35%, história familiar de
doença arterial coronariana. Observou-se que os adolescentes que apresentavam história familiar de dislipidemias ou de doença arterial coronariana possuíram maiores médias para CT, LDL, HDL e TG do que os que não tinham história familiar de tais doenças, mas sem diferença
estatística (Tabelas 1 e 2). Conclusão: Na presente população, verificou-se grande parcela da população com perfil lipídico aterogênico e que
possui história familiar de dislipidemias e doença arterial coronariana, o que sugere que programas objetivando a prevenção dessas doenças
devem começar precocemente, desde a infância e adolescência, e sempre alertas para a história familiar de tais doenças.
Parâmetros
Colesterol (mg/dL)
LDL (mg/dL)
HDL (mg/dL)
TG (mg/dL)
História familiar de dislipidemias
N
Média
DP
Significância
Sem HF de dislipidemias
27
160,59
26,84
0,798*
Com HF de dislipidemias
30
166,30
27,64
Sem HF de dislipidemias
27
95,95
23,48
Com HF de dislipidemias
30
96,72
24,95
Sem HF de dislipidemias
27
49,77
13,02
Com HF de dislipidemias
30
54,13
13,66
Sem HF de dislipidemias
27
74,29
35,59
Com HF de dislipidemias
30
77,1
36,06
TEMAS LIVRES Pôsteres
Tabela 1. Comparação do perfil lipídico dos adolescentes de acordo com a presença ou ausência de história familiar de dislipidemias, Viçosa, MG, 2009
0,422*
0,727*
0,749**
*: teste t de Student; **: Teste Mann-Whitney.
Tabela 2. Comparação do perfil lipídico dos adolescentes de acordo com a presença ou ausência de história familiar de doença cardiovascular, Viçosa, MG, 2009.
Parâmetros
Colesterol (mg/dL)
LDL (mg/dL)
HDL (mg/dL)
TG (mg/dL)
HFDC
N
Média
DP
Significância
Sem HFDC
34
161,20
25,53
0,336*
Com HFDC
23
167,13
29,66
Sem HFDC
34
95,81
22,86
Com HFDC
23
97,16
26,22
Sem HFDC
34
51,05
12,39
Com HFDC
23
53,56
14,97
Sem HFDC
34
71,64
33,33
Com HFDC
23
81,87
38,53
0,221*
0,683*
0,276**
*: teste t de Student; **: Teste Mann-Whitney. HFDC = história familiar de doença cardiovascular.
P136
MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS COMO MARCADORAS DE ADIPOSIDADE EM ESCOLARES DO MUNICÍPIO DE UBÁ –­ MG
Oliveira JS, Tinôco ALA, Ferreira S, Crizel MM
UFV.
Introdução: Com o crescente aumento de sobrepeso e obesidade infantil em todo o mundo, inclusive no Brasil, discutem-se, atualmente,
quais seriam os instrumentos e critérios mais adequados para detectar excesso de adiposidade ainda na infância, momento crucial para a intervenção por meio de programas de prevenção para estabelecer condutas e comportamentos saudáveis. O Índice de massa corporal (IMC) vem
sendo amplamente recomendado para avaliação do excesso de peso corporal de crianças por ser fácil de calcular, apresentar boa correlação
com medidas diretas de gordura e boa reprodutibilidade. Objetivo: Avaliar a gordura corporal total e abdominal, bem como a correlação do
IMC com outras medidas antropométricas e de composição corporal de escolares de 7 a 10 anos do município de Ubá – MG. Metodologia:
Foram realizadas medidas de peso e altura para o cálculo do IMC e posterior análise do estado nutricional segundo as curvas propostas pelo
CDC (2000). Além disso, avaliaram-se medidas de dobras cutâneas (tricipital e subescapular) para estimar o percentual de gordura corporal
total (GCT) e circunferência da cintura (CC) na menor curvatura para estimar a gordura abdominal. Considerou-se excesso de adiposidade
valores de GCT superiores a 20% para meninos e 25% para meninas (Lohman, 1987) e para CC medida maior que 61 cm, segundo Higgins et
al. (2001). Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis para correlacionar o IMC e as medidas de adiposidade, adotando-se nível de significância até
5% (p ≤ 0,05). Obteve-se autorização das escolas e assinatura dos pais ou responsáveis pelas crianças para a participação no estudo por meio
do termo de consentimento livre e esclarecido. Resultados: A amostra foi composta por 299 escolares, sendo 169 (56,5%) do sexo feminino.
Constatou-se que 43,4% das crianças eram eutróficas, 33,8% apresentaram sobrepeso e 23,7%, obesidade. Verificou-se que 179 (59,9%) crianças estavam com excesso de adiposidade, sendo 109 meninas. Os valores médios de GCT encontrados para sexo masculino foi de 22,6% ± 8,9 e
para feminino de 28,3% ± 7,0, sendo superiores aos preconizados por Lohman (1987). Quanto à CC, identificaram-se crianças com sobrepeso
com valores médios de 65,8 ± 4,4 cm e obesas de 74,8 ± 6,0 cm, acima daqueles preconizados por Higgins et al. (2001). Observou-se forte
S607
correlação do IMC com as pregas cutâneas tricipital e subescapular (r = 0,88 e r = 0,85, respectivamente) e com percentual de gordura corporal
(r = 0,75). Destaca-se também forte correlação do IMC com a CC (r = 0,94). Conclusão: Verificou-se que o IMC é uma ótima ferramenta
para avaliar a adiposidade em crianças quando associado a outros parâmetros antropométricos, como as dobras cutâneas e a circunferência
de cintura. Torna-se essencial a avaliação e a identificação de crianças com excesso de gordura corporal nos serviços públicos de saúde e no
ambiente escolar, isto porque o constante monitoramento do estado nutricional de escolares para acompanhar aspectos relacionados ao estado
de saúde seria um trunfo importante para a promoção de um crescimento e desenvolvimento adequados. Apoio financeiro: Fapemig.
P137
COMPARAÇÃO DE DIFERENTES CRITÉRIOS E PONTOS DE CORTE PARA CLASSIFICAÇÃO DO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC)
DE ESCOLARES
Crizel MM, Tinôco ALA, Ferreira S, Paula Júnior JD, Oliveira JS
TEMAS LIVRES Pôsteres
UFV.
Introdução: Os critérios e pontos de corte referentes ao IMC utilizados no diagnóstico do excesso de peso infantil, geralmente, são propostos
por comitês internacionais como a World Health Organization (WHO) e International Task Force Obesity (IOTF). Para que estes pontos de
corte sejam aplicados em diferentes países e populações distintas da amostra, necessitam ser validados anteriormente. No Brasil, os estudos com
crianças têm apontado dificuldades na definição destes pontos de corte para o IMC, dificultando análises comparativas e compreensão das prevalências encontradas e fatores de risco que permeiam a discussão sobre sobrepeso e obesidade em crianças. Objetivo: Comparar o IMC de escolares
de 7 a 10 anos de Ubá – MG, segundo os critérios e/ou pontos de corte de Must et al. (1991), IOTF (2000) e CDC (2000). Metodologia:
Mensurou-se peso e altura de 299 crianças para cálculo do IMC. O estado nutricional das crianças foi classificado utilizando os pontos de corte
sugeridos pela IOTF, CDC e Must et al., tendo como padrão ouro o IOTF por ter sido validado para diferentes países, inclusive o Brasil. Para
uniformizar os termos risco de sobrepeso (p > 85) e sobrepeso (p > 95) e facilitar comparações,quanto ao critério do CDC (2000), no presente
estudo considerou-se sobrepeso o percentil maior que 85 e obesidade o percentil maior ou igual a 95. Adotou-se, nos testes estatísticos, nível de
significância de até 5% (p ≤ 0,05). Resultados: Ao comparar os pontos de corte, verificou-se que para a eutrofia não houve diferença significante,
apenas entre os pontos de corte do IOTF e Must esta diferença foi significante entre sobrepeso e obesidade. As tabelas 2 e 3 apresentam resultados segundo o sexo. Apenas para as meninas com sobrepeso foram encontradas diferenças significativas segundo os critérios do CDC e Must.
Constatou-se, segundo a IOTF, que 43,4% das crianças eram eutróficas, 33,8% apresentaram sobrepeso e 23,7%, obesidade. Apesar de não ter
sido encontrada, neste estudo, diferença significante entre CDC e IOTF, sugere-se a utilização das curvas da IOTF para rastrear o excesso de peso
infantil, por ser de fácil uso e interpretação, além de ter sido desenvolvida com base em amostra representativa de seis diferentes países, inclusive
o Brasil. Conclusão: Por ser crescente o aumento de sobrepeso e obesidade infantil, a avaliação nutricional de escolares, por meio de critérios
e pontos de corte que apresentem alta sensibilidade e fácil utilização, é uma ferramenta essencial na detecção e controle do problema. Detectar
precocemente escolares que já apresentam excesso de peso deveria ser uma das prioridades da saúde pública, inserida no contexto escolar. Os critérios da IOTF foram capazes de rastrear crianças com excesso de peso semelhantemente ao CDC. Entretanto, sugere-se a utilização dos critérios
propostos pela IOTF, por serem mais próximos da realidade da população estudada, além de ser de fácil utilização e compreensão.
Tabela 1. Comparação entre os três critérios (IOTF, CDC e Must) segundo o estado nutricional
Estado nutricional
IOTF (2000)
CDC (2000)
Must el al. (1991)
Eutrofia
16,10 (16,04 ± 1,26)
16,20 (16,08 ± 1,94)
16,06 (16,09 ± 1,36)a
Sobrepeso
19,55 (19,84 ± 1,24)
ab
19,53 (19,69 ± 1,11)
19,34 (19,31 ± 1,17)b
Obesidade
24,00 (24,39 ± 2,30)a
23,70 (23,90 ± 2,39)a
23,52 (23,55 ± 2,52)b
a
a
a
Letras iguais = médias iguais; letras diferentes = médias diferentes (estatística em relação à coluna); valores de dados em mediana (média ± desvio-padrão), one way Anova ou Kruskal Wallis, complementados pelos testes de
Thukey ou Dunn’s, respectivamente, para testes paramétricos e não paramétricos.
Tabela 2. Comparação entre os três critérios (IOTF, CDC e Must) segundo o estado nutricional no sexo feminino
Estado nutricional
IOTF (2000)
CDC (2000)
Must el al. (1991)
Eutrofia
16,40 (16,22 ± 1,32)a
16,58 (16,52 ± 1,44)a
16,43 (16,35 ± 1,46)a
Sobrepeso
19,40 (19,79 ± 1,34)ac
19,51 (19,81 ± 1,21)ab
19,15 (19,13 ± 1,24)c
Obesidade
24,00 (24,38 ± 2,57)
23,76 (24,11 ± 2,54)
a
ab
23, (23,55 ± 2,52)b
Letras iguais = médias iguais; letras diferentes = médias diferentes (estatística em relação à coluna); valores de dados em mediana (média ± desvio-padrão), one way Anova ou Kruskal Wallis, complementados pelos testes de
Thukey ou Dunn’s, respectivamente, para testes paramétricos e não paramétricos.
Tabela 3 – Comparação entre os três critérios (IOTF, CDC e Must) segundo o estado nutricional no sexo masculino
Estado nutricional
IOTF (2000)
CDC (2000)
Must el al. (1991)
Eutrofia
15,60 (15,83 ± 1,71)
15,50 (15,52 ± 1,44)
15,56 (16,35 ± 1,46)a
Sobrepeso
19,90 (19,91 ± 1,07)
a
19,64 (19,51 ± 0,91)
19,54 (19,59 ± 1,01)a
Obesidade
24,00 (24,39 ± 1,91)a
23,68 (23,65 ± 2,17)a
23,68 (23,50 ± 2,26)a
a
a
a
Letras iguais = médias iguais; letras diferentes = médias diferentes (estatística em relação à coluna); valores de dados em mediana (média ± desvio-padrão), one way Anova ou Kruskal Wallis, complementados pelos testes de
Thukey ou Dunn’s, respectivamente, para testes paramétricos e não paramétricos.
S608
P138
COMPARAÇÃO DE MÉTODOS ESTIMATIVOS DE GORDURA CORPORAL EM INDIVÍDUOS ADULTOS
Oliveira JS, Rosado LEFPL
Introdução: A obesidade tem assumido caráter epidêmico em todo o mundo, afetando indivíduos de todas as idades, estando associada
a taxas elevadas de mortalidade. Métodos como Dexa e tomografia computadorizada são considerados de alta precisão para a avaliação
da obesidade, contudo são de utilização limitada na prática clínica e em estudos populacionais decorrente da complexidade técnica e alto
custo. Dessa forma, medidas antropométricas e métodos que estimam a composição corporal são frequentemente utilizados em pesquisas
epidemiológicas a fim de verificar a gordura corporal, constituindo-se em métodos alternativos de baixo custo, práticos e de fácil utilização,
fundamentais para avaliação nutricional dos indivíduos. Objetivo: Comparar, por meio de diferentes métodos de estimativa e de avaliação
da composição corporal, o percentual de gordura corporal de indivíduos adultos do Município de Viçosa-MG. Metodologia: Métodos de
avaliação da composição corporal como a bioimpedância elétrica bipolar (Tanita TBF-531®) e tetrapolar (Biodynamics modelo 310®) foram
utilizados para avaliação do percentual de gordura, sendo a bioimpedância elétrica tetrapolar (BIA) usada como referência. Mensurou-se
peso e altura para cálculo do IMC a fim de estimar o percentual de gordura por meio da equação antropométrica preditiva de Deuremberg
(1990). Os métodos foram avaliados por meio de testes de diferença. Adotou-se, nos testes estatísticos, nível de significância de até 5% (p ≤
0,05). Resultados: Foram avaliados 55 indivíduos adultos, sendo 35 (63,6%) do sexo feminino. Os participantes tinham idade entre 20 e
59 anos, sendo a mediana de 28 anos. Constatou-se que 3,64% apresentaram baixo peso, 63,64% dos participantes eram eutróficos, 21,82%
apresentaram sobrepeso e 10,9%, obesidade (Tabela 1). Ao comparar o percentual de gordura obtido pela equação de Deuremberg (1990)
e o método de referência, verificou-se que houve diferença significativa (p < 0,001), da mesma forma ocorreu ao comparar os resultados da
Tanita com os da BIA (p < 0,001) (Tabela 2). Verifica-se na tabela 2. que a Tanita apresentou menor diferença, com uma superestimação
média de 2,31% de gordura corporal e a equação de Deuremberg et al. (1990), superestimação de 4,08% de gordura corporal. Conclusão:
Os resultados revelam que o percentual de gordura corporal do indivíduo pode estar sub ou superestimado dependendo do método utilizado, o que poderá prejudicar o rastreamento de indivíduos com excesso de peso corporal, a ciência da real prevalência do problema, além
de dificultar a comparação entre estudos populacionais. Dentre os métodos avaliados, a Tanita foi o que apresentou menor diferença em
relação à BIA. Este resultado deve-se, provavelmente, ao fato de esses equipamentos apresentarem os mesmos princípios. Apesar de existirem
diversos métodos que avaliam a composição corporal, estudos que avaliam a precisão e a reprodutibilidade devem ser realizados no Brasil a
fim de sugerir métodos mais adequados para detectar o excesso de peso corporal em indivíduos adultos, visto que a obesidade é um grave
problema crescente em todo o mundo.
Tabela 1. Comparação entre os três critérios (IOTF, CDC e Must) segundo o estado nutricional
Estado nutricional
Baixo Peso
Masculino
n
Feminino
%
-
Total
n
%
n
%
2
3,64
2
3,64
Eutrofia
15
27,27
20
36,36
35
63,64
Sobrepeso
5
9,09
7
12,73
12
21,82
Obesidade
-
-
6
10,91
6
10,90
Total
20
36,36
35
63,64
55
100
Tabela 2. Comparação entre três métodos para avaliação de gordura corporal de indivíduos adultos
Métodos
n
Médias (%)
*Dif média (%)
p
BIA
55
22,84
-
-
*IC (95%)
-
Tanita
55
25,15
-2,31
<0,001a
-3,313 a -1,323
Deuremberg et al.
55
26,92
-4,08
<0,001a
-5,050 a -3,120
*Dif média = diferença entre as médias; IC: intervalo de confiança; aTeste t pareado (comparação de médias).
P139
EXCESSO DE PESO E ASSOCIAÇÃO ENTRE GORDURA ABDOMINAL E PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA ENTRE ADOLESCENTES
Pontes LM, Lira PIC, Amorim RJM
Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente, UFPE.
A presença da obesidade na faixa etária escolar é uma preocupação que ganha espaço nas discussões referentes à saúde pública mundial, ao
mesmo tempo em que a implicação da obesidade na autoestima e os fatores de risco associados. Objetivo: Determinar a prevalência de excesso de peso e verificar a associação entre a gordura abdominal e a prática de atividade física em adolescentes. Metodologia: Trata-se de um
estudo transversal com caráter analítico. Participaram 839 adolescentes, sendo 518 moças e 321 rapazes. Os instrumentos utilizados para a
consecução das informações predefinidas para a pesquisa foram: balança antropométrica, estadiômetro, fita metálica e questionário de atividade física. Para classificação do excesso de peso optou-se pelo índice de massa corporal e circunferência da cintura para a gordura abdominal.
S609
TEMAS LIVRES Pôsteres
UFV.
A análise dos dados foi realizada no SPSS 16.0. Resultados: Foram observadas diferenças estatísticas entre os sexos no peso corporal (p =
0,00), estatura (p = 0,00) e circunferência abdominal (p = 0,01). Ambos os sexos mostraram elevadas prevalências de obesidade central e
frequências preocupantes de sobrepeso e obesidade. Os rapazes mostraram-se mais ativos (70,6%) em relação às moças (64,1%). A prevalência
geral de sedentarismo foi de 33,0%. Foi observada uma associação de risco entre sedentarismo e deposição de gordura abdominal, mostrando
uma razão de 1,82 vezes mais chance (IC: 1,35-2,45). Conclusão: Ambos os sexos mostraram elevadas prevalências de obesidade centralizada
e frequências preocupantes de sobrepeso e obesidade em seu estado nutricional. Os estudantes menos ativos apresentaram uma chance maior
de estarem acometidos por desfechos no seu estado nutricional.
P140
INDICADORES DE OBESIDADE E FATORES ASSOCIADOS EM INSCRITOS NOS PROGRAMAS DE EXTENSÃO DO UNIPÊ
Pontes LM, Silva CEM
TEMAS LIVRES Pôsteres
Unipê.
Atualmente, pesquisadores vêm sustentando o fato de que quanto mais precocemente os fatores de risco cardiovasculares são detectados,
mais eficazmente será dada a intervenção, minimizando problemas futuros na saúde e qualidade de vida. O objetivo do presente estudo foi
identificar os indicadores de obesidade e fatores associados ao risco cardiovascular em inscritos nos programas de extensão do Centro Universitário de João Pessoa (Unipê). Metodologia: Trata-se de um estudo de corte transversal de natureza documental que contou com dados
disponíveis do Programa de Extensão de Avaliação Física no Laboratório Unipê/Sanny. A amostra foi composta por questionários de 160
sujeitos de ambos os sexos e faixa etária compreendida entre 18 e 55 anos. Os instrumentos utilizados na coleta dos dados primários contaram com balança digital, estadiômetro e fita antropométrica para avaliação da massa corporal, estatura e circunferência da cintura. Fatores de
riscos associados às doenças cardiovasculares foram identificados a partir de um questionário estruturado. O plano analítico utilizou estatística
descritiva e analítica por meio do SPSS versão 13.0 para Windows. Resultados: A massa corporal e a estatura foram significativamente superiores no sexo masculino ­– 72,9 ± 14,2 kg e 1,72 ± 0,07 m – em relação ao feminino – 62,5 ± 11,5 kg e 1,58 ± 0,05 cm – (p = 0,000). Nas
médias do IMC não se observou diferenças entre os sexos (p = 0,462). Em relação à circunferência da cintura, o sexo masculino apresentou
média de 86,2 ± 11,4 cm e o feminino de 84,2 ± 12,9 cm. Sobre a frequência do estado nutricional, foi visto que 59,5% do sexo masculino e
53,1% do feminino estão “eutróficos”; 27,8% dos homens e 34,6% das mulheres, em condição de “sobrepeso” e 12,7% e 12,3%, “obesidade”,
respectivamente. Na análise do padrão de obesidade foi observado o seguinte perfil: 70,9% dos homens e 30,9% das mulheres apresentaram
distribuição de gordura corpórea “normal” e 29,1% dos homens e 69,1% das mulheres, “gordura central”. Em relação à frequência dos fatores
de risco, foram vistos em 3,8% quatro ou mais e em 29,4% dois ou três fatores. Os principais fatores evidenciados foram: 57,5% sedentarismo,
49,4% obesidade central, 43,8% excesso de peso, hereditariedade 14,4%, 11,3% “Parq” Positivo, 4,4% Tabagismo, 3,2% hipertensão arterial.
A análise da razão de chances mostrou uma associação entre sedentarismo e risco cardiovascular com OR = 3,3 e IC 95%: 1,9-5,7. Conclusão:
Foram observadas prevalências preocupantes nos indicadores de obesidade e fatores de risco cardiovasculares com frequências em ambos os
sexos de quatro ou mais fatores de risco; tendo um contingente preocupante apresentado exposição a dois e três fatores com uma maior presença no sexo feminino e destaque para o excesso de peso e sedentarismo. Os indivíduos sedentários mostraram-se mais expostos aos fatores
de risco em relação aos ativos.
P141
RISCO CARDIOVASCULAR EM DOCENTES DE UM CURSO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA CIDADE DE JOÃO PESSOA
Morais CS, Barbosa SG, Mendonça KMO, Costa SR, Oliveira AJG, Pontes LM
Unipê.
As doenças cardiovasculares representam importante problema de saúde pública, visto que constituem a principal causa de mortalidade e uma
das mais importantes causas de morbidade, demandando altos custos em assistência médica. Objetivo: Estimar o risco cardiovascular a partir
da identificação primária da prevalência de fatores associados em docentes de um curso superior de Educação Física. Material e métodos:
Participaram 25 docentes do ensino superior do curso de Educação Física, 15 homens (45,0 ± 10,9 anos) e 10 mulheres (37,3 ± 8,4 anos)
lotados em uma instituição privada de João Pessoa. O instrumento utilizado foi um questionário de risco coronário denominado “Michigan
Heart Association”, que enquadra oito fatores de risco, em que cada resposta representa um escore e a soma dos pontos totais representa o
risco relativo para doenças cardiovasculares. A análise estatística utilizou média, desvio-padrão e frequência. Resultados: O escore médio foi
de 18,3 ± 5,7 pontos, sendo superior nos homens em relação às mulheres (20,8 ± 4,7 pontos vs. 14,8 ± 4,0 pontos; p = 0,003). A classificação
do risco evidenciou: 8,0% sem risco, 32,0% abaixo da média, 52,0% risco médio, 4,0% moderado e 4,0% alto. 76,0% dos docentes apresentaram um a dois fatores de risco. Os fatores mais encontrados foram: excesso de peso (64,0%); hereditariedade (64,0%); sedentarismo (36,0%);
hipercolesterolemia (16,0%); hipertensão (12,0%) e tabagismo (4,0%). Conclusão: Foi verificado um risco cardiovascular médio nos docentes
investigados, com maiores escores no sexo masculino. Entretanto, o fato preocupante é a frequência de casos de risco moderado e alto em
profissionais de nível superior e da área de saúde. Tais dados alertam para a necessidade da elaboração e inserção de políticas de promoção de
saúde, atingindo, sobretudo, os fatores de risco modificáveis.
S610
P142
PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS) E DIABETES MELITO (DM) E FATORES ASSOCIADOS NA POPULAÇÃO
ATENDIDA NA ÁREA 10 DO AMBULATÓRIO BÁSICO DO CENTRO DE SAÚDE VILA DOS COMERCIÁRIOS (CSVC), PORTO ALEGRE, RS
Bairros F, Nardi A, Frankenberg AV, Bartelle AR, Merker A, Franzosi O, Rasia T, Soldateli B
Introdução: As doenças crônicas reúnem grande grupo de agravos que lideram as causas de morte no Brasil. A hipertensão e o diabetes melito estão entre as doenças crônicas mais comuns. Estudos epidemiológicos demonstram que a prevalência de HAS no Brasil varia de 22,3%
a 43,9%, sendo de 26% em Porto Alegre no ano de 1994 (V Diretriz Brasileira de HAS, 2006). Já a prevalência de DM na população urbana
brasileira (30-69 anos) no ano de 1988 foi de 7,6% (Malerbi e Franco, 1992). O presente estudo foi desenvolvido no Centro de Saúde Vila
dos Comerciários (CSVC), a fim de atender uma demanda do serviço na busca da prevalência de HAS e DM e outros fatores associados na
população atendida pela área 10 do ambulatório básico. O CSVC dispõe de atendimentos de nível primário, secundário e terciário, e na área
10 do ambulatório básico são realizados somente os atendimentos de clínica geral (adulto) e ginecologia da atenção primária. Objetivos:
Avaliar a prevalência de HAS e DM e fatores associados na população atendida na área 10 do ambulatório básico do CSVC em Porto Alegre,
RS. Material e métodos: Estudo de delineamento transversal com análise de todos prontuários existentes na área estudada, totalizando 5.473
prontuários. Foram coletados dados de data de nascimento, idade, sexo, escolaridade, estado civil, raça/cor, diagnóstico e investigação de
HAS e DM. Para investigação de HAS foram considerados: PA alterada (≥ 120/80 mmHg), dúvida médica ou uso de medicação específica
para doença. Para DM foram: glicemia alterada (≥ 100 mg/dL), dúvida médica ou uso de medicação específica para a doença. Os dados foram digitados no Excel® e analisados no programa SPSS 13.0. Resultados: Em relação à população analisada, 67% são do sexo feminino (n
= 3.641), 38,5% com idade de 40-59 anos (n = 2.093) e 36,2% ≥ 60 anos (n = 1.968), 82,8% da cor branca (n = 3.050), 56,8% com 1º grau
incompleto (n = 832) e 39,5% casados (n = 1.508). A prevalência de HAS diagnosticada foi de 19,8% (n = 1.046), sendo mais frequente em
pacientes do sexo feminino (22,3%; p < 0,001), cuja idade ≥ 60 anos (33,7%; p < 0,001), da cor preta (26,8%; p = 0,003), analfabetos (46%;
p <0,001) e viúvos (32,6%; p < 0,001). A prevalência de DM diagnosticada foi de 6,9% (n = 366), maior em pacientes com idade ≥ 60 anos
(12,4%; p < 0,001), analfabetos (17,7%; p < 0,001) e viúvos (14,5%; p < 0,001). Não se observou diferença estatística (p > 0,05) de DM em
relação a sexo e raça. Da população em estudo, 21,3% apresentaram critérios de investigação para HAS e 16% para DM. Conclusões: A pesquisa desenvolvida no CSVC mostrou o perfil da população atendida na área 10 do ambulatório básico e possibilitará, por meio da atualização
permanente dos dados, o acompanhamento do perfil da população atendida e o planejamento das ações de promoção de saúde coletiva.
P143
SENSO DE POSIÇÃO ARTICULAR DE MEMBROS INFERIORES EM MULHERES OBESAS
Azevedo TGS, Luz GCP, Cunha RR, Cheik NC, Biagini ÂP, Silva LO, Menezes S, Silva DKP, Teymeny AA, Silva EOAR
Unitri.
A obesidade está associada a uma série de comorbidades no organismo, inclusive no sistema locomotor, entre elas alterações proprioceptivas.
O objetivo deste trabalho foi avaliar e comparar o senso de posição articular de membros inferiores em mulheres com obesidade. A amostra foi
constituída por 40 voluntárias, classificadas em obesas (n = 18) e eutróficas (n = 22). A análise do senso de posição articular foi realizada por
meio de uma cadeira adaptada com apoio regulável para as costas e com apoio para as pernas regulável a 20° de flexão de joelho; o membro
inferior dominante (MID) foi fixado nessa angulação, em seguida foi colocada uma venda nas voluntárias e solicitado que tentassem alinhar o
membro inferior não dominante (MIND); no momento que a voluntária acreditasse que os membros estavam na mesma angulação, ela emitia
um sinal verbal de pronto; esse momento foi fotografado pelo pesquisador. A mensuração dos ângulos do membro inferior dominante e do
ângulo final do movimento do membro inferior não dominante foi realizado pela biofotogrametria computadorizada. Os dados antropométricos: peso, altura e o índice de massa corporal (IMC) foram avaliados. Os resultados demonstraram que houve diferença estatisticamente
significante entre os grupos ao se analisarem os erros de posicionamento do membro inferior não dominante das voluntárias, demonstrando
pior senso de posição articular em mulheres obesas. Dessa forma, a obesidade foi um fator determinante nas alterações de senso de posição
articular, levando a desequilíbrios osteomusculares, alterações na marcha e principalmente descarga de peso incorreta nas articulações levando
a processos degenerativos. Palavras-chave: Senso de posição articular, obesidade, mulheres.
P144
CARACTERIZAÇÃO DE AMOSTRA DE FUNCIONÁRIOS COM SÍNDROME METABÓLICA EM UNIVERSIDADE PÚBLICA
Farfan JA, Velloso LA, Rocha LM
Unicamp.
A Síndrome Metabólica (SM) representa anormalidade metabólica mais comum da atualidade e também a maior responsável por eventos cardiovasculares na população, isso a torna motivo de grande interesse entre profissionais da saúde. Objetivo: Determinar os parâmetros socioeconômicos, culturais e de saúde de funcionários da Universidade Estadual de Campinas diagnosticados com SM. Métodos: Foram investigados
20 indivíduos (14 mulheres), com idade média de 46 ± 11 anos. De acordo com o Índice de Massa Corpórea (IMC), 10,5% eram eutróficos,
36,8%, pré-obesos, 15,7%, obesos grau I, 31,6%, obesos grau II e 5,3%, obesos grau III. A classificação da SM foi feita conforme critérios do
NCEP-ATPIII e a caracterização feita pela aplicação de questionário com faixas de classificação baseadas em parâmetros previamente estabelecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Resultados: Verificou-se 57,9% de brancos, com a mesma porcentagem (42,1%)
com Ensino Médio e Superior completo. A renda familiar prevalente (52,6%) foi de 1 a 5 salários mínimos. O parâmetro mais frequente da
SM foi obesidade abdominal, seguida de hipertrigliceridemia, hiperglicemia, hipertensão arterial e baixo HDL-colesterol. Nenhum indivíduo
faz uso de cigarro e em relação a bebidas alcoólicas, 42,1% consomem, sendo a cerveja a bebida mais citada (87,5%). A maioria (73,7%) utiliza
S611
TEMAS LIVRES Pôsteres
UFRGS.
medicamentos para o tratamento dos fatores da SM, nunca receberam orientação nutricional (63,2%), já tomaram medicamento para redução
de peso (84,2%) e não praticam atividade física (68,4%). Quando questionados sobre alimentação, 63,2% relataram tomar café da manhã,
almoçarem e se alimentarem nos intervalos das principais refeições diariamente, 84,2% não acrescentam sal à comida (além do já presente),
52,6% não ingerem a gordura visível das carnes e 68,4% não compram alimentos light. Conclusão: Sedentarismo e prevalência de obesidade
se destacam entre os indivíduos, apesar do conhecimento básico elevado de práticas alimentares saudáveis. Isso demonstra a importância de
maior investigação e orientação sobre os efeitos da atividade física e informação nutricional detalhada, visando ao estímulo à prática regular de
atividade física e à racionalização do hábito alimentar, fatores indispensáveis na prevenção e controle da SM. Palavras-chave: Síndrome metabólica, obesidade, sedentarismo, dieta saudável, educação alimentar. Parecer do Conselho de Ética em Pesquisa n° 608/2008.
P145
PREVALÊNCIA DE FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR EM ADOLESCENTES ATENDIDOS PELO INSTITUTO FELIPE KUMAMOTO EM
SANTA RITA (PB)
TEMAS LIVRES Pôsteres
Kumamoto FÍD, Pontes LM, Pinheiro SS
Instituto Felipe Kumamoto de Pesquisas Médicas e Assistência à Saúde (IFK).
A prevalência de fatores de risco cardiovascular em escolares ainda não se encontra estabelecida, o que dificulta a realização de estratégias de
intervenção visando modificar o perfil de morbimortalidade. Objetivo: Analisar a prevalência de fatores de risco cardiovascular em adolescentes. Material e métodos: Realizou-se um estudo com característica piloto, transversal e descritivo. Participaram da pesquisa 21 adolescentes
participantes do programa social de assistência à saúde do IFK, no município de Santa Rita (PB), sendo 13 meninos (12,3 ± 2,9 anos) e cinco
meninas (11,7 ± 1,5 anos). As variáveis do estudo incluíram técnica antropométrica, exames laboratoriais e questionário estruturado. A análise
estatística tratou descritivamente os dados. Resultados: 57,1% apresentaram baixos níveis de HDL-c, 47,6%, fator de risco hereditário, 33,3%,
excesso de peso, 28,6%, obesidade abdominal, 14,3%, hipertensão e 9,5%, LDL-c limítrofe. Conclusão: Os adolescentes estudados apresentaram prevalências preocupantes de fatores associados às doenças cardiovasculares. Os resultados encontrados alertam para a adoção de medidas
de saúde que intervenham urgentemente no perfil identificado.
P146
PREVALÊNCIA E ASSOCIAÇÃO ENTRE OBESIDADE ABDOMINAL E HIPERTENSÃO ARTERIAL EM ADOLESCENTES ATENDIDOS PELO
INSTITUTO FELIPE KUMAMOTO EM SANTA RITA (PB)
Kumamoto FÍD, Pontes LM, Pinheiro SS
Instituto Felipe Kumamoto de Pesquisas Médicas e Assistência à Saúde (IFK).
Vários estudos têm registrado que a circunferência abdominal ou da cintura, indicador de distribuição da gordura corporal, está associada à
ocorrência de doenças metabólicas e cardiovasculares. O presente estudo objetivou analisar a prevalência e associação de obesidade abdominal
e hipertensão arterial em adolescentes. Material e métodos: Realizou-se um estudo com característica piloto, transversal e analítico. Participaram da pesquisa 21 assistidos do programa social de assistência à saúde do IFK, no município de Santa Rita (PB), sendo 13 rapazes e cinco
moças. As variáveis do estudo incluíram a técnica antropométrica e a medida tensional pressórica. Para a classificação da obesidade abdominal
utilizou-se a tabela de percentil idade/circunferência considerando o sexo. A hipertensão foi classificada conforme a V Diretriz Brasileira de
Hipertensão Arterial. Utilizou-se estatística de inferência. Resultados: A hipertensão foi presente em 14,3% dos adolescentes, sendo 32,1% no
sexo masculino e 21,4% no feminino. 28,6% dos adolescentes apresentaram obesidade abdominal. Quando analisada a associação entre obesidade abdominal e a presença de hipertensão arterial, observou-se OR = 8,5 (IC 95%: 1,9-9,7). Conclusão: Os adolescentes estudados apresentaram elevadas prevalências de hipertensão arterial e obesidade abdominal, perfil que pode ter sido superestimado em virtude do pequeno
tamanho amostral, o que corrobora com a necessidade de realização de um estudo epidemiológico com base populacional. Os portadores de
gordura centralizada apresentaram aproximadamente nove vezes mais chance de serem hipertensos em relação aos jovens com distribuição
normal de gordura corporal.
P147
CONSUMO ALIMENTAR E EXCESSO DE PESO EM ADOLESCENTES – UM ESTUDO PILOTO
Arrais RF, Pedrosa LFC, Silva IF, Silva SAG, Cunha ATO, Morais CMM, Pinheiro LGB, Lyra CO, Lima SCVC
UFRN.
Introdução: O consumo alimentar na adolescência caracteriza-se pela preferência de alimentos densamente calóricos com elevado teor de
gordura saturada, colesterol, sal, açúcar e baixa ingestão de alimentos fontes de micronutrientes e fibras. O potencial de uma dieta ou de um
alimento favorecer o surgimento da obesidade está diretamente relacionado à sua qualidade nutricional e ao excesso de seu conteúdo calórico,
configurando o consumo alimentar inadequado uma das mais importantes variáveis ambientais. Objetivo: Relacionar a média do número de
porções por grupo de alimentos segundo o gênero e o excesso de peso corporal. Métodos: Estudo piloto, transversal, com 58 adolescentes
de 10-19 anos realizado em 4 escolas públicas de ensino fundamental, selecionados por amostra aleatória estratificada em dois estágios. Foram
avaliados o índice de massa corporal (Cole et al., 2000) e o consumo alimentar por meio de dois recordatórios de 24h, com posterior conversão em porções para a análise baseada na Pirâmide Alimentar Adaptada (SBP, 2006), segundo o gênero e faixa etária. Média, desvio-padrão e o
teste t-student foi utilizado para verificar a relação entre o número de porções e excesso de peso (sim e não), considerada significante quando o
p-valor foi menor que 5%. Resultados: A frequência de excesso de peso foi de 30,3% no gênero masculino e 12,0% no feminino. Registrou-se
nos adolescentes com excesso de peso tendência de maior consumo médio nos grupos dos cereais, hortaliças, leguminosas, carnes, gorduras e
S612
doces em ambos os gêneros e menor nos grupos de leite e derivados e frutas. Observou-se nos adolescentes do gênero masculino com excesso
de peso diferença significante para o grupo de leite e derivados (p < 0,05). Conclusões: A combinação do excesso de peso com o elevado
consumo de alimentos ricos em gorduras e baixo consumo de alimentos fontes de micronutrientes é um ponto de observância para medidas
preventivas, principalmente na faixa pediátrica. Palavras-chave: Consumo alimentar, excesso de peso, adolescentes. Apoio financeiro: CNPq –
processo nº 478287-06-2.
P148
SOBREPESO E OBESIDADE E FATORES NUTRICIONAIS E ATIVIDADE FÍSICA EM ADULTOS EM TRATAMENTO NO CENTRO PARAIBANO
DE ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL
Pontes LM, Santos IMS, Batista GR, Silva Filho SJ, Ferreira UMG, Sena JEA
Dados epidemiológicos alertam para o crescimento da prevalência do excesso de peso na população mundial. Objetivo: Analisar o sobrepeso e
a obesidade em pessoas adultas e fatores nutricionais e atividade física. Material e métodos: Trata-se de uma pesquisa transversal e descritiva.
Participaram 25 homens em tratamento do peso no Centro Paraibano de Orientação Nutricional, em João Pessoa/PB. Adotou-se o índice de
massa corporal (IMC) e o índice de cintura/quadril (ICQ). Avaliaram-se os fatores etiológicos ambientais (FEA) por meio de: questionário
direcionado à atividade física, distúrbios da obesidade e histórico nutricional existentes. Utilizou-se do SPSS para calcular médias, desviospadrões e percentuais. Resultados: 12,0% eram eutróficos, 56,0% apresentaram sobrepeso, 24,0%, obesidade em estágio I e 8,0% em estágios
mais avançados (II e III). Em relação ao ICQ, 28,0% e 72,0% na faixa etária até 29 anos e entre 30-39 anos apresentaram um índice alto. No
que consiste aos FEA: 68,0% mostraram uma forma de mastigar muito rápida; 56,0% realizam pelo menos duas refeições principais fora de
casa; 52,0% se alimentam diante do aparelho de TV; 60,0% beliscam entre as refeições; e sobre o hábito de atividade física, 20,0% são sedentários. Conclusão: O sobrepeso e a obesidade ostentam uma relevância nas pessoas estudadas, sendo os fatores nutricionais e de atividade física
preponderantes nesse processo.
P149
EXPOSIÇÃO AOS FATORES DE RISCO PARA SÍNDROME PLURIMETABÓLICA: ANÁLISE ANTROPOMÉTRICA E DO NÍVEL DE ATIVIDADE
FÍSICA EM PACIENTES OBESOS E NÃO OBESOS
Ferreira UMG, Sena JEA, Pontes LM, Bezerra RWF, Santos IMS, Batista GR, Silva Filho SJ
Universidad Católica Nuestra Señora de la Asunción, UC, Asunción, Paraguay.
Atualmente, vem sendo de muita relevância estudar sobre o fenômeno síndrome metabólica, apor causa da inexistência de um consenso em
seus critérios e conceituação. O objetivo do presente estudo foi avaliar o risco de exposição ao desenvolvimento da síndrome plurimetabólica
em indivíduos obesos e não obesos, por meio de avaliação antropométrica e do nível de atividade física. Matéria e métodos: Trata-se de um
estudo transversal, descritivo e de abordagem epidemiológica. Participaram da amostra 25 adultos do sexo masculino, (idade = 31,9 ± 4,43
anos; massa corporal = 87,9 ± 14,1 kg; estatura = 174,5 ± 6,9 cm), pacientes em tratamento de controle de peso do Centro de Orientação
Nutricional estabelecido em João Pessoa/PB. Avaliaram-se índice de Massa Corporal (IMC), índice de Cintura/Quadril (ICQ) e dados sobre
atividade física e patologias existentes. Utilizou-se do SPSS 16.0 para calcular médias, desvios-padrões e percentuais. Resultados: Em relação
ao IMC, 56,0% apresentaram-se pré-obesos, 32,0% com obesidade em níveis I, II e III e 12,0%, eutróficos. Em relação ao ICQ, todos apresentaram os valores altos para esse índice quando comparado aos valores normais. Sobre a prática de atividade física, 80,0% praticam, enquanto
20,0% são sedentários. Em relação às patologias, 24,0% apresentaram triglicerídeos elevados; 20,0%, colesterol total elevado; 24,0%, LDL-c
elevado; 28,0% não apresentaram nenhuma doença. Conclusão: Nesse estudo, apesar da preocupação com a atividade física, os adultos do
sexo masculino investigados não adotam uma dieta saudável, apresentando níveis altos de gordura intra-abdominal, altas taxas de colesterol
LDL e triglicérides, tornando-se, assim, indivíduos com predisposição à síndrome plurimetabólica.
P150
PREVALÊNCIA DE DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS E FATORES ASSOCIADOS EM IDOSOS: UMA ANÁLISE DESCRITIVA
Sena JEA, Pontes LM, Santos IMS, Batista GR, Silva Filho SJ, Ferreira UMG
Universidad Católica Nuestra Señora de la Asunción, UC, Asunción, Paraguay.
As doenças crônicas degenerativas compreendem um distúrbio complexo e multifatorial que acomete indivíduos de todas as faixas etárias, com
maior prevalência em indivíduos de terceira idade. O objetivo deste estudo foi identificar a frequência de doenças crônicas não transmissíveis e
fatores associados em idosos. Material e métodos: Trata-se de um estudo transversal e descritivo com característica epidemiológica. A amostra foi composta por 152 idosos, 71 do sexo masculino e 81 do feminino. Foram avaliados o índice de massa corporal (IMC) e o índice de
cintura/quadril (ICQ). Utilizou-se o SPSS para calcular médias, desvios-padrões e teste “t” de Student, com significância de 95% (p < 0,05).
Resultados: Observou-se diferença entre os sexos, com relação às médias do peso e estatura, não acontecendo o mesmo com a idade, IMC
e ICQ. 81,7% dos homens e 70,4% das mulheres apresentaram sobrepeso. 19,7% dos homens e 82,8% das mulheres apresentaram ICQ alto
e muito alto. 41,7% dos homens e 58,3% das mulheres não praticavam atividade física; os grupos de doenças mais citados foram no sistema
osteomuscular, tecido conjuntivo e doenças circulatórias e das mulheres: sistema osteomuscular e tecido conjuntivo; do aparelho circulatório;
as endócrinas, nutricionais e metabólicas. Doenças específicas relatadas pelos homens: hipertensão (31,6%), osteoporose (21,1%); e pelas mulheres: hipertensão (19,4%), hipercolesterolemia (17,7%), diabetes (11,3%) e as dorsopatias (12,9%). Conclusão: Uma expressiva parcela dos
idosos investigados apresentara frequência de doenças crônicas não transmissíveis e fatores associados, sendo hábitos saudáveis importantes
para a prevenção e tratamento dessas doenças.
S613
TEMAS LIVRES Pôsteres
Universidad Católica Nuestra Señora de la Asunción,UC, Asunción, Paraguay.
P151
NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E COMPORTAMENTOS SEDENTÁRIOS EM ADOLESCENTES ATENDIDOS PELO INSTITUTO FELIPE
KUMAMOTO EM SANTA RITA (PB)
Kumamoto FÍD, Pontes LM, Pinheiro SS
TEMAS LIVRES Pôsteres
Instituto Felipe Kumamoto de Pesquisas Médicas e Assistência à Saúde (IFK).
O incentivo à prática de atividades físicas durante a adolescência vem sendo sugerido por diversos epidemiologistas, visando à prevenção de
várias doenças crônicas não transmissíveis na fase adulta. O presente estudo objetivou avaliar o nível de atividade física e comportamentos sedentários em adolescentes. Material e métodos: 21 adolescentes participantes do programa de assistência à saúde do IFK, em Santa Rita (PB),
sendo 13 meninos (12,3 ± 2,9 anos) e cinco meninas (11,7 ± 1,5 anos). Para obtenção do nível de atividade física foi utilizado o Questionário
IPAQ versão curta, classificando os jovens em: sedentários, insuficientemente ativos, ativos e muito ativos. Foi considerado comportamento
sedentário o tempo em horas/dia ocupados com TV/DVD/computador e videogame. Resultados: Em termos globais: 4,8% são sedentários,
66,7%, insuficientemente ativos e 28,6%, ativos; nenhum dos escolares se mostrou muito ativo. Analisando por sexo, foi observado nos meninos que: 7,7%% são sedentários, 61,5%, insuficientemente ativos e 31,8%, ativos; nas meninas: 75,0%% são insuficientemente ativas e 25,0%,
ativas. Em relação às atividades sedentárias: 28,6% ocupam menos de 1 hora/dia, 23,8%, entre 2 e 3 horas/dia, 28,6%, entre 3 e 4 horas/
dia e 19,0%, mais de 4 horas/dia. Conclusão: Os adolescentes estudados apresentaram elevadas prevalências de inatividade física, sendo mais
ocorrente nas meninas. A frequência de comportamentos sedentários também foi observada, alertando para a necessidade de maior incentivo
à prática de atividades físicas de lazer e esportes.
P152
NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E COMPORTAMENTOS SEDENTÁRIOS EM ACADÊMICOS DO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Barboza CF, Pontes LM
Unipê.
Estudos vêm demonstrando que o nível de atividade física pode variar entre os diversos grupos populacionais de acordo com as suas características e peculiaridades. O presente estudo objetivou identificar o nível de atividade física e comportamentos sedentários em discentes do curso
de Educação Física. Métodos: Participaram 23 acadêmicos do curso de Educação Física de ambos os sexos (25,6 ± 7,3 anos) matriculados
em uma instituição privada de João Pessoa. Para obtenção do nível de atividade física foi utilizado o Questionário Internacional de Atividade
Física em sua versão curta, classificando os sujeitos em: sedentários, insuficientemente ativos, ativos e muito ativos. Foram considerados comportamentos sedentários o tempo em horas/dia ocupados com TV/DVD/computador. Resultados: Em termos globais: 30,4% mostraramse insuficientemente ativos, 56,5%, ativos e 13,0%, muito ativos. Quando analisado por sexo, foi observado nos homens que: 23,1% são
insuficientemente ativos, 61,5%, ativos e 15,4%, muito ativos; nas mulheres: 40,0% são insuficientemente ativas, 50,0%, ativas e 10,0%, muito
ativas. Em relação às atividades sedentárias: 30,4% ocupam menos de 1 hora/dia, 43,5%, entre 2 e 3 horas/dia e 26,1%, entre 3 e 4 horas/dia.
Conclusão: Os acadêmicos investigados apresentaram-se em maioria ativos, entretanto foram evidenciadas prevalências de inatividade física,
com maior frequência no sexo feminino. A ocorrência de comportamentos sedentários também foi observada, alertando para a necessidade de
maior incentivo ao dispêndio de atividades físicas de lazer.
P153
PREVALÊNCIA DE OBESIDADE ABDOMINAL EM ESCOLARES: ESTUDO ANTROPOMÉTRICO EM UMA ESCOLA PÚBLICA MUNICIPAL
EM SANTA RITA – PB
Mendes AMMP, Pontes LM
Prefeitura de Santa Rita (PB)/Instituto Alpargatas.
O estudo dos indicadores antropométricos, visando à detecção de alterações nos componentes da composição corporal, vem se mostrando importante ferramenta de controle para melhoria da saúde, principalmente porque permite intervenção precoce e previne as várias complicações
relacionadas à obesidade. Objetivo: O objetivo do presente trabalho foi fazer o diagnóstico da presença de gordura abdominal de escolares
residentes em comunidade de baixa renda. Metodologia: O estudo apresentou um desenho transversal com caráter descritivo e abordagem
quantitativa. A amostra foi constituída por 220 alunos com idades entre 5 e 14 anos matriculados na Escola Municipal de Ensino Fundamental
Deputado José Mariz localizada em Santa Rita (PB). As variáveis contempladas na coleta dos dados foram massa corpórea (kg), estatura (m)
e circunferência da cintura (CC). Para classificação da gordura abdominal foi utilizada a circunferência da cintura isolada, considerando risco
medidas acima de 71 cm (International Diabetes Federation, 2005). O tratamento estatístico utilizou o método descritivo por meio da planilha Excel. Resultados: A análise da gordura centralizada por meio da circunferência da cintura apresentou o seguinte padrão: 90,9% normal
e 9,1% em situação de risco, em relação à análise da deposição da gordura abdominal. Conclusão: Os escolares investigados em maioria não
apresentaram centralização da gordura corporal. No entanto, do ponto de vista epidemiológico, recomendam-se mais ações de divulgação e
incentivo à prática de comportamentos saudáveis no ambiente escolar com a maior adesão dessas crianças às atividades físicas formais e no lazer,
além do melhor esclarecimento quanto ao consumo de alimentos saudáveis.
S614
P154
CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA E PARÂMETROS DE SÍNDROME METABÓLICA ENTRE MENINAS ADOLESCENTES DE ESCOLAS
PÚBLICAS DO DISTRITO FEDERAL
Carvalho KMB, Pinto KAC, Silva AMS
Introdução: O acúmulo de gordura central está associado à presença de alterações metabólicas que indicam risco cardiovascular, como
aumento da resistência à insulina, hipertrigliceridemia, baixo HDL-C e aumento da pressão arterial, que são descritos como componentes da síndrome metabólica (SM), cujo aumento da prevalência tem sido observado em jovens obesos. Objetivo: Avaliar a associação da
circunferência da cintura (CC) e os parâmetros para a SM em adolescentes do sexo feminino de 14 a 17 anos pós-menarca, estudantes do
primeiro ano do Ensino Médio de escolas públicas do Distrito Federal (DF). Material e métodos: Estudo analítico de corte transversal, com
amostra representativa das adolescentes de escolas públicas do DF captadas em 10 instituições de ensino. Em cada uma foram selecionadas
aleatoriamente 15 adolescentes, totalizando amostra de 150. Como critério de exclusão foram consideradas a presença de doença crônica já
diagnosticada, exceto obesidade, utilização de medicamentos de uso contínuo. Peso, estatura, Índice de Massa Corporal (IMC – classificação
da OMS, 2007), percentual de gordura corporal (% gordura – por bioimpedância bipedal), CC, Pressão Arterial Sistólica (PAS), Pressão
Arterial Diastólica (PAD), foram determinados conforme procedimentos padronizados. As dosagens de insulinemia, glicemia, Homa-IR,
Homa-Beta, colesterol total e frações foram realizadas após 12 horas de jejum. Os dados foram analisados no programa SPSS 16.0, com
aplicação do teste de correção de Pearson. Resultados: Das 150 adolescentes analisadas (idade = 15,72 ± 0,8 anos; IMC = 21,0 ± 2,1 kg/
m²), 87,3% eram eutróficas, 12,7% apresentavam excesso de peso (2,7%, obesas) e 16,7% possuíam CC acima do percentil 80 (72,8 ± 6,9
cm). Na amostra global, houve associação estatisticamente significante entre a CC e os seguintes parâmetros da SM: Homa-IR (r = 0,35;
p < 0,01), insulina (r = 0,31; p < 0,01), % gordura (r = 0,82; p < 0,01), PAS (r = 0,27; p < 0,01), PAD (r = 0,18; p < 0,05). Contudo, não
foram encontradas significâncias estatísticas das associações entre a CC e glicose (p = 0,07), LDL (p = 0,08), HDL (p = 0,09) e triglicerídeos
(p = 0,8). Conclusão: A CC apresentou forte associação com parâmetros da SM entre as adolescentes. Por ser uma medida antropométrica
de fácil manuseio, não invasiva e de baixo custo, a sua utilização é relevante para a vigilância do estado nutricional e fatores de risco cardiovasculares para essa população.
P155
ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM PORTADORES DE SÍNDROME METABÓLICA
Santos RL, Vieira JPL, Nobre MSC, Guimarães GP, Carvalho Filho AQR, Monteiro MMO, Vicente CHTB, Pequeno AS, Queiroz MSR, Silva MVA
UEPB.
Introdução: A Síndrome Metabólica (SM) representa a anormalidade metabólica mais comum da atualidade e também a maior responsável
por eventos cardiovasculares na população. O seu estudo tem sido dificultado pela ausência de consenso na definição e nos pontos de corte
dos seus componentes, tendo repercussões na prática clínica e nas políticas de saúde. Para o National Cholesterol Education Program’s Adult
Treatment Panel III (NCEP-ATP III), é representada pela combinação de três dos seguintes componentes: Pressão Arterial (PA); Triglicerídeos (TGs); HDL-colesterol (HDL-c); Obesidade Abdominal (OA) e Glicemia de Jejum 100 mg/dL. Objetivo: Estratificar os riscos para
doenças cardiovasculares em portadores da SM. Metodologia: Tratou-se de um estudo transversal e documental com abordagem quantitativa
e descritiva, aprovado pelo Comitê de Ética da UEPB, sob n° 0509.0.133.000-08. Foi desenvolvido em dois períodos: dezembro de 2008
(P1) a março de 2009 (P2), no Serviço Municipal de Saúde, em Campina Grande – PB. Fizeram parte da pesquisa pacientes hipertensos e/
ou diabéticos do Programa de Atenção Farmacêutica da UEPB (Proatenfar), com idade até 88 anos, portadores da SM, cuja avaliação dos
componentes seguiu os critérios do NCEP-ATP. Foi aplicado o Escore de Risco de Framingham (ERF) para determinação do risco de morte
por doenças cardiovasculares. A equação do risco de Framingham foi computada como a probabilidade de desenvolvimento de evento coronariano em dez anos, por gênero, utilizando os seguintes parâmetros: idade, CT, HDL-c, tabagismo, pressão arterial sistêmica, pressão arterial
diastólica e presença de diabetes. Os resultados foram digitados no Excel (2003) e tratados no EPI-Info 3.5.1 e no Statistical Package for the
Social Science (SPSS) versão 16.0 para Windows e descritos como média ± desvio-padrão ou números absolutos e percentuais. Foi aplicado o
teste t de Student, utilizando o corte de significância estatística equivalente a p < 0,05, verificando a diferença entre os gêneros. Resultados:
A amostra foi composta por 100 pessoas, sendo 80% do gênero feminino; a faixa etária correspondeu a 60-69 anos para as mulheres e os homens apresentaram o mesmo percentual nas idades compreendidas entre 50-59 e 60-69 anos. No P1, a presença de 3 componentes foi mais
prevalente enquanto que no P2, foram 4. A associação mais presente foi OA + GJ + PA + TG + HDL-c em ambos os períodos. Constatou-se
que houve melhora em quase todos os componentes da SM, com exceção da GJ para mulheres e da HDL-c e OA para os homens, havendo
significância apenas na glicose para os homens. De acordo com as pontuações obtidas por meio do ERF para ambos os gêneros, a maioria
da amostra apresentou risco moderado representado especialmente pelas mulheres (50%); os homens estavam enquadrados no grupo de alto
risco (45%). Apenas 5% dos participantes apresentaram alguma complicação, sendo o AVC o mais prevalente (60%). Conclusão: Diante do
exposto, verificou-se que a amostra estudada esta susceptível a doenças cardiovasculares; é preciso intensificar mudanças no estilo de vida tais
como dieta equilibrada e atividade física.
S615
TEMAS LIVRES Pôsteres
UnB.
P156
IDENTIFICAÇÃO DOS RESULTADOS NEGATIVOS ASSOCIADOS AOS MEDICAMENTOS EM PORTADORES DA SÍNDROME
METABÓLICA
Silva CCM, Silva RA, Galvão FP, Macedo HRM, Vieira JPL, Justino GO, Pequeno AS, Andrade TVF, Almeida JM, Queiroz MSR, Silva MVA
TEMAS LIVRES Pôsteres
UEPB.
Introdução: A Síndrome Metabólica (SM) é caracterizada por um conjunto de fatores de risco de origem metabólica que promovem de forma
direta o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Seu surgimento depende de uma complexa interação entre a predisposição genética
e fatores ligados ao estilo de vida como: padrão dietético, sedentarismo e obesidade. A SM foi identificada levando-se em consideração os
parâmetros definidos pela Primeira Diretriz Brasileira de Diagnóstico e de Tratamento da Síndrome Metabólica, que se baseia nos critérios
do National Cholesterol Education Program’s – Adult Treatment Panel III (NCEP-ATP III) e adota a combinação de, pelo menos, três dos
cinco parâmetros: obesidade central elevada, hipertrigliceridemia, HDL-colesterol baixo, hiperglicemia ou presença de diabetes e aumento da
pressão arterial. Pela modificação metabólica desfavorável observada nos portadores dessa síndrome, fica evidente a necessidade da administração de vários fármacos, fato este que favorece a ocorrência de Resultados Negativos Associados ao Medicamento (RNM) não adequados
ao objetivo da farmacoterapia e associados ao uso de medicamentos. Objetivo: Avaliar os RNM em portadores da Síndrome Metabólica.
Materiais e métodos: Tratou-se de um estudo transversal e documental com abordagem quantitativa e descritiva, aprovado pelo Comitê de
Ética da UEPB, sob n° 0513.0.133.000-08, e realizado durante os meses de fevereiro a abril de 2009. Participaram todos os hipertensos e/
ou diabéticos do Programa de Atenção Farmacêutica da UEPB (Proatenfar) portadores da SM, cuja avaliação dos componentes seguiu os
critérios do NCEP-ATP III. Os resultados foram digitados em software, como o Excel (2002), e tratados no EPI-Info 3.4.1, no Statistical
Package for the Social Science versão 16.0 para Windows e descritos como média ± desvio-padrão e números absolutos e percentuais. Resultados: Dos 96 portadores da SM, 79% (n = 76) eram mulheres; a faixa etária mais frequente foi de 60-69 anos; a maioria apresentou apenas
hipertensão arterial sistêmica, utilizava de 2-4 medicamentos e os RNM foram identificados em prescrições de 20 pacientes. Com relação à
presença dos componentes da SM, nas mulheres os mais representativos foram OC, TG e HDL-c e nos homens corresponderam a HDL-c,
TG e GJ. Quanto aos grupos farmacológicos, os mais utilizados para HAS foram: Ieca (67%), diuréticos (66%) e os inibidores adrenérgicos
(41%) e para o diabetes melito os hipoglicemiantes orais. Do total de RNM detectados (n = 20), o de maior frequência correspondeu ao problema de saúde não tratado, sendo presente em 17% das mulheres e em 25% dos homens, seguido da Insegurança não quantitativa (1%) e da
Insegurança quantitativa do medicamento (5%) enquadradas nas supracategorias Necessidade e Segurança. Conclusão: O tratamento para ser
bem-sucedido exige instruções com relação a mudanças no estilo de vida e na farmacoterapia. Por ser um problema de saúde, os RNM podem
acarretar sérias complicações aos pacientes, por isso devem ser investigados e tratados principalmente nos grupos mais vulneráveis como de
idosos, portadores de DCNT e de SM.
P157
PERFIL DA SÍNDROME MEtaBÓLICA AVALIADO POR MEIO DOS CRITÉRIOS DO NCEP-ATP III E DA IDF
Silva MVA, Queiroz MSR, Cunha MAL, Silva CCM, Silva RA, Galvão FP, Macedo HRM, Vieira JPL, Justino GO, Pequeno AS, Andrade TVF,
Almeida JM
UEPB.
Introdução: A síndrome metabólica (SM) representa a anormalidade metabólica mais comum da atualidade e também a maior responsável
por eventos cardiovasculares na população. O seu desenvolvimento depende de uma complexa interação entre a predisposição genética e os
fatores ligados ao estilo de vida, como padrão dietético, sedentarismo e obesidade. A SM é caracterizada pela reunião de vários Fatores de Risco (FR), destacando-se: resistência à insulina (RI) e diabetes melito tipo 2 (DM2), hipertrigliceridemia, HDL-colesterol (HDL-c) diminuído,
Obesidade Central (OC) e hipertensão arterial sistêmica (HAS). Vários critérios de diagnósticos têm sido empregados nos estudos sobre a
SM, no entanto os do National Cholesterol Education Program Adult Treatment Panel III (NCEP-ATP III) e, sobretudo, os da Federação
Internacional de Diabetes (IDF) são os mais adequados para uso na prática clínica. As principais diferenças entre estes estão relacionadas à
definição dos componentes essenciais e aos pontos de corte para cada componente. Objetivos: Traçar o perfil de portadores da Síndrome
Metabólica por meio dos critérios do NCEP-ATP III e da IDF. Metodologia: Tratou-se de um estudo transversal e documental com abordagem quantitativa e descritiva, aprovado pelo Comitê de Ética da UEPB, sob n° 0145.0.133.000-07. Realizou-se de fevereiro a maio de
2009, no Serviço Municipal de Saúde, em Campina Grande-PB. Participaram todos os hipertensos e/ou diabéticos do Programa de Atenção
Farmacêutica da UEPB (Proatenfar) portadores da SM, cuja avaliação seguiu os critérios do NCEP-ATP III e da IDF. Na análise estatística, as
variáveis contínuas foram expressas em média e desvio-padrão. O teste t de Student (p < 0,05) foi utilizado para comparação de duas amostras
independentes com distribuição normal. Os resultados foram digitados em software, como o Excel (2003), e tratados no Epi-info 3.4.1 e no
Statistical Package for the Social Science versão 16.0. Resultados: A amostra foi composta por 106 pacientes, destes 97% foram classificados
segundo o IDF e 88% pelo NCEP-ATP III. Quanto à prevalência da SM avaliada pelos dois critérios, o da IDF foi significativamente maior do
que o do NCEP-ATP III (97% vs. 88%, p = 0,009). As mulheres foram as maiores representantes na amostra estudada, com idade média de
64 anos. As variáveis pressóricas e bioquímicas apresentaram médias elevadas. Os componentes avaliados pelo IDF que demonstraram maior
frequência para ambos os gêneros foram: OC, pressão arterial diastólica e HDL-c; pelo NCEP-ATP III, foi a PAD. Nas associações avaliadas
segundo IDF e NCEP-ATP III, evidenciou-se maior frequência de agrupamentos de 4 (39%, 40%) e de 5 (22%, 20%) componentes respectivamente. Dentre os FR da SM, os mais representativos foram OC (100%, 88%), HAS (98%, 96%), IMC (87%) e HDL-c (84%, 88%). Conclusão:
A presença de alterações metabólicas registradas na amostra contribuirá para o surgimento de micro e macrocomplicações vasculares. Desse
modo, a associação de tratamentos não farmacológicos e farmacológicos deve ser intensificada para minimizar possíveis agravos que poderão
resultar em invalidez precoce ou óbito.
S616
P158
FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR EM PACIENTES COM DIABETES MELITO TIPO 2 ASSISTIDOS PELO PROGRAMA DE SAÚDE DA
FAMÍLIA NO MUNICÍPIO DE ARACAJU – SERGIPE
Rezende KF, Fonseca RC, Melo NH, Ferreira ML, Barreto CMN, Lima AP, Souza AF, Moreira MDAB, Brito AO
Introdução: A doença cardiovascular é a relevante causa de mortalidade entre pacientes com diabetes melito tipo 2 (DM2), constituindo um
fator de risco cardiovascular (FRCV) independente. A associação com outros FRCV, como sobrepeso/obesidade, hipertensão arterial sistêmica (HAS), dislipidemia, sedentarismo, microalbuminúria e tabagismo, está relacionada à elevação dessa mortalidade. Em relação à doença
arterial coronariana, a presença de um ou dois fatores associados aumenta em duas vezes o risco de morte. Há evidências de que o melhor
controle da glicemia, pressão arterial, dislipidemia, peso e cessação do tabagismo, resultam em redução significativa da incidência de eventos
cardiovasculares nesses pacientes. Objetivo: O objetivo desse estudo foi determinar prevalência de FRCV em pacientes portadores de DM2
assistidos pelo Programa de Saúde da Família (PSF) nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) no município de Aracaju, SE. Secundariamente,
analisou-se o controle do diabetes e das comorbidades nestes pacientes, de acordo com as recomendações da Sociedade Brasileira de Diabetes
(SBD). Métodos: Estudo observacional e analítico, incluindo 1.717 pacientes com DM2, correspondendo a 15-20% dos pacientes diabéticos
assistidos em todas as 40 UBS do município de Aracaju. A coleta dos dados, referentes ao período de 1 de janeiro a 31 de dezembro de 2007,
foi feita por meio da revisão de prontuários selecionados aleatoriamente. Foram analisados os principais FRCV (DM2, dislipidemia, HAS,
sobrepeso/obesidade, microalbuminúria e tabagismo). Registrou-se também o percentual de pacientes que fazem uso de AAS e fármacos
hipolipemiantes. Resultados: A média de idade dos pacientes foi de 62,16 ± 12,75 anos e a maioria foi do sexo feminino (69,2%), sendo o
tempo médio de diagnóstico do DM2 de 8,4 ± 6,5 anos. A prevalência de FRCV foi: dislipidemia (82,6%); HAS (74,3%); obesidade (42,4%);
microalbuminúria (5,9%) e tabagismo (4,3%). A média de hemoglobina glicada foi de 8,2 ± 2,3% e níveis de HbA1c < 6,5% foram encontrados
em 25,1% dos pacientes. A média do colesterol total (CT) foi de 204,6 ± 49 mg/dL, do LDL colesterol foi de 125,6 ± 42,6 mg/dL, do HDL
colesterol foi de 47,4 ± 15,8 mg/dL e dos triglicerídeos (TG) foi de 163,1 ± 94,3mg/dL. CT < 200 mg/dL foi observado em 49,9% dos
pacientes, LDL < 100 mg/dL, em 29,2%, HDL > 45 mg/dL, em 51% e TG < 150 mg/dL foi observado em 55,9% dos pacientes avaliados.
A média de PAS foi de 140,1 ± 23,4 mmHg e de PAD foi de 83,2 ± 12,1 mmHg. Como recomendado pela SBD, PAS < 130 mmHg foi observado em 44,2% dos pacientes e PAD < 80 mmHg foi encontrada em 63,1% dos pacientes. A média de IMC encontrada foi de 29,4 ± 5,65
kg/m²; 19,7% dos pacientes estavam com peso normal, 37,9% apresentavam sobrepeso e 42,4% eram obesos. Somente 11,2% dos pacientes
usavam estatinas – 8,6% usavam sinvastatina e 2,6%, atorvastatina. Uso de AAS estava registrado em 26,2% da amostra. Conclusão: Verificouse elevada prevalência de comorbidades na população estudada, assim como percentual relevante de pacientes fora das metas de controle
preconizadas pela SBD, justificando a implantação de medidas que visem melhorar o controle desses fatores de risco na população.
P159
INFLUÊNCIA DE FATORES DE RISCO PARA EXCESSO DE PESO EM ADOLESCENTES
Crizel MM, Priore SE, Teodoro CR, Quintão DF, Silva DA
UFV.
Introdução: A obesidade vem aumentando em todo o mundo, independentemente da faixa etária, fato este que propiciou seu reconhecimento como problema de saúde pública. Tal enfermidade tem sido associada com o desenvolvimento de fatores de risco cardiovascular, cuja
agregação com outros fatores de risco é denominada síndrome metabólica. Objetivos: Estudar os fatores de risco para excesso de peso em
adolescentes de Viçosa-MG. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal com 652 adolescentes, de 10 a 19 anos, que foram atendidos
em um programa específico de atenção à saúde de adolescentes, de Viçosa, MG. Os dados foram obtidos do prontuário de atendimento e
são referentes à primeira consulta. Analisaram-se dados sociais relacionados ao estilo de vida e história de doenças crônicas não transmissíveis
dos adolescentes. O estado nutricional foi classificado pelo IMC segundo a proposta do World Health Organization (WHO, 2007). Riscos
de sobrepeso e sobrepeso foram agrupados como excesso de peso, e este foi comparado com as demais situações nutricionais. O número de
refeições, a frequência semanal de atividade física e a escolaridade dos pais foram categorizados segundo a mediana. O número amostral pode
oscilar para cada variável estudada, pois nem todos os prontuários possuíam dados completos. A análise estatística foi realizada no software
EPI Info versão 6.04, por meio do teste do Qui-quadrado e Odds Ratio, sendo a significância atribuída quando p < 0,05 ou 5%. Resultados:
Verificou-se que 65,6% (n = 428) eram do sexo feminino. A idade mínima, média + dp, mediana e máxima foram, respectivamente, 10,09;
15,42 + 2,44; 15,9 e 19,07 anos. Observou-se que houve predomínio da eutrofia (54,9%, n = 358), seguida do excesso de peso (39,3%, n =
256) e do baixo peso (5,8%, n = 38). Não foi encontrada associação entre excesso de peso e frequência semanal de atividade física, bem como
com a escolaridade dos pais. Entretanto, observou-se que aqueles que realizavam menos que cinco refeições diárias apresentaram 1,38 (IC:
0,99-1,92) mais chances de apresentar excesso de peso. Observou-se que 52,7% (n = 315), 55,4% (n = 335), 52,3% (312) e 66,1% (n = 396)
apresentaram história familiar de obesidade, diabetes, hipercolesterolemia e hipertensão arterial, respectivamente, havendo associação apenas
da hipertensão arterial com o não excesso de peso (p > 0,02). Conclusão: Os achados deste estudo evidenciaram grande prevalência de excesso de peso entre jovens, confirmando ainda a influência do hábito alimentar para a ocorrência desta distrofia nutricional, e foi encontrada
associação apenas da história de hipertensão arterial com o não excesso de peso. Além disso, mais da metade da amostra apresentou história
familiar de alguma doença crônica não transmissível. Assim, reforça-se a necessidade de atenção específica para este grupo, visando à melhoria
da qualidade de vida. Apoio financeiro: Fapemig.
S617
TEMAS LIVRES Pôsteres
UFS.
P160
EVENTO SENTINELA MEDIDO POR MARCADORES BIOQUÍMICOS NO DESENVOLVIMENTO DA SÍNDROME METABÓLICA EM
ESCOLARES DO MUNICÍPIO DE UBÁ – MG
Crizel MM, Tinôco ALA, Ferreira S, Oliveira JS
TEMAS LIVRES Pôsteres
UFV.
Introdução: A prevalência de sobrepeso e obesidade em crianças vem crescendo em todo o mundo, inclusive no Brasil. A intolerância a glicose, dislipidemias e hipertensão arterial é marcador importante – sentinela, especialmente em crianças, podendo contribuir para prevenção
de morbidade e mortalidade na vida adulta por obesidade e doenças cardiovasculares (DCVs). O conjunto desses fatores de risco, associado
à presença de obesidade abdominal, caracteriza a síndrome metabólica (SM). O emprego de medidas para avaliar a composição corporal e a
distribuição da gordura é importante, tanto em estudos populacionais quanto na prática clínica. Portanto, a detecção precoce desses fatores e
exames bioquímicos com resultados fora de padrões preestabelecidos demonstram ser identificadores precoces do risco de desenvolver doenças
e bons auxiliares na prevenção e/ou tratamento da obesidade. Objetivo: Verificar a prevalência de fatores de risco para a SM em escolares
de 7 a 10 anos no município de Ubá – MG. Materiais e métodos: Realizaram-se medidas de peso e altura para o cálculo do índice de massa
corporal (IMC) e posterior análise segundo as curvas propostas pelo CDC (2000). Avaliaram-se pressão arterial (PA) e parâmetros bioquímicos (colesterol total, HDL, LDL, triglicérides e glicemia) apenas nas crianças obesas. A PA foi aferida nas escolas por profissionais treinados
e as avaliações bioquímicas foram realizadas em um único laboratório de análises clínicas, após jejum de 12 horas. Obteve-se autorização das
escolas e assinatura dos responsáveis pelas crianças para a participação no estudo por meio do termo de consentimento livre e esclarecido.
Resultados: Avaliaram-se 299 escolares, sendo 169 (56,5%) do sexo feminino. Constatou-se que 43,4% das crianças eram eutróficas, 33,8%
apresentaram sobrepeso e 23,7%, obesidade. Das 71 crianças obesas, 62 (88,6%) foram submetidas aos exames bioquímicos e aferição da PA.
Verificou-se que 41,9% (n = 26) apresentaram colesterol total elevado, 46,8% (n = 29), níveis de HDL abaixo do valor mínimo recomendado,
14,6% (n = 9), níveis elevados de LDL e 29,1% (n = 18), níveis aumentados de triglicérides. Os resultados encontrados quanto ao perfil lipídico
das crianças obesas evidenciaram concentrações médias acima dos valores considerados desejáveis recomendados pela I Diretriz de Prevenção
da Aterosclerose na Infância e Adolescência (2005). Todas as crianças avaliadas apresentaram níveis glicêmicos normais. Com relação à PA,
foram detectadas 29% (n = 18) de crianças com hipertensão arterial, sendo 12 meninas e 6 meninos. Conclusão: Os resultados evidenciaram
que tanto o sobrepeso quanto a obesidade atingiram altas proporções na população escolar estudada de Ubá – MG. Nas crianças obesas, o
perfil lipídico e a PA encontraram-se elevados, evidenciado que os fatores de risco para o desenvolvimento da SM e DCV realmente podem
ser constatados precocemente nessas crianças. Sugere-se que programas educativos com a participação da família desse subgrupo, visando à
redução da obesidade e adequação dos valores lipídicos e pressóricos, devam ser implantados a fim de prevenir o aparecimento de problemas
cardiovasculares futuros.
P161
EXCESSO DE PESO E ASMA: COORTE SCAALA SALVADOR – BA
Trindade DB, Barreto ML, Assis AMO, Prado MS, Matos SMA, Carvalho SP
Instituto de Saúde Coletiva, UFBA.
Introdução: Obesidade e asma são problemas de saúde que nos últimos anos têm sido alvo de importantes pesquisas em todo o mundo
por causa do aumento expressivo em suas prevalências, especialmente em crianças e adolescentes. Tais discussões envolvem, principalmente,
a relação entre o aumento do IMC e o aparecimento dos sintomas de asma e sua gravidade em crianças e adolescentes. Objetivo: Estimar
associação entre o excesso de peso e a ocorrência de sintomas de asma em crianças de 4 a 11 anos. Material e métodos: Estudo transversal
desenvolvido em 2005 na cidade de Salvador – BA. Dados socioeconômicos, ambientais e informações sobre asma foram obtidos utilizandose o questionário do International Study of Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC), construído para a obtenção de dados referentes
aos sinais e sintomas de asma e alergia e seus fatores de risco. Nesse mesmo período foram realizadas as aferições das medidas de peso/altura.
O Índice de Massa Corpórea (IMC) foi calculado, sendo consideradas com excesso de peso as crianças com percentil maior ou igual a 85, tendo como padrão de referência o definido pelo CDC – Center for Disease and Control and Prevention, 2000. A prevalência de asma (presença
de sibilo nos últimos 12 meses e outros sintomas de asma) foi adotada como medida de ocorrência e comparada entre os grupos de exposição
usando a razão de prevalência como medida de associação. O EPI Info 6.0 foi o pacote estatístico adotado para entrada dos dados. Utilizou-se
o software Stata 10.0 nas análises estatísticas. Resultados: Das 1.360 crianças que participaram do estudo, 22,7% apresentaram sintomas de
asma. Não se observaram diferenças estatisticamente significantes na prevalência de sintomas de asma e sexo da criança (p = 0,714), sendo esta
maior entre as crianças com menos de 6 anos de idade (p = 0,000). Com relação ao peso ao nascer, também não foram observadas diferenças
estatisticamente significantes (p = 0,378). Entre aquelas com Índice de Massa Corpórea (IMC) com percentil ≥ 85 a prevalência de sintomas
de asma foi levemente maior, não tendo sido observada diferença estatisticamente significante (p = 0,558) quando comparadas com as demais
crianças. A maior ocorrência de sintomas de asma foi observada entre as crianças que têm ou já tiveram contato com animais domésticos (p =
0,025), que possuíam mofo no domicílio (p = 0,013) e em crianças que apresentaram infecção por Ascaris lumbricoides (p = 0,014). A duração
do aleitamento materno foi semelhante entre aquelas com e sem sintomas de asma (p = 0,943). Com relação à escolaridade materna foi observado que à medida que aumenta o nível desta, diminui a ocorrência de asma (p = 0,312). Analisando a associação entre o IMC e os sintomas
de asma, observa-se que este último ocorre 12% a mais (RP = 1,12; IC = 0,83-1,52) entre as crianças classificadas com sobrepeso/obesidade,
quando comparado às crianças eutróficas (percentil = ≥ 5 a < 85). Conclusão: Nesta população, os sintomas de asma são mais frequentes entre
as crianças com excesso de peso. Estudos longitudinais são necessários para comprovar a direção da causalidade desta associação.
S618
P162
FATORES ASSOCIADOS AO BAIXO RISCO CARDIOMETABÓLICO EM MULHERES OBESAS
Lessa I, Araújo LMB, Brito LL, Costa MC
Introdução: Para as próximas décadas, existem projeções para um crescimento mundial das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT)
e, neste cenário, a obesidade se destaca como um dos determinantes mais importantes, além de figurar no âmbito da saúde pública como
uma doença integrante deste grupo. Embora o panorama seja preocupante, ainda não existem estudos que esclareçam suficientemente o
ser ou estar obeso sem apresentar outros riscos associados à obesidade. É possível que indivíduos obesos com baixo risco cardiometabólico
estejam “protegidos” por algum fator ou por um conjunto de fatores que contribuam para mantê-los “saudáveis” e que, portanto, precisam
ser conhecidos. Objetivo: Identificar fatores associados ao baixo risco cardiometabólico (RCM) em mulheres obesas (MOb) atendidas em
ambulatórios especializados do SUS, Salvador – BR. Métodos: Estudo caso-controle, pareado pela idade com 306 MOb, IMC ≥ 30 kg/m²,
sendo 66 (21,6%) casos – todos não hipertensos, normolipídicos e não diabéticos. Dados secundários foram obtidos dos prontuários médicos
e primários por meio de inquérito domiciliar e de exames laboratoriais. Foram realizadas análises descritivas, bivariada e regressão logística
condicional. Resultados: Associações positivas, estatisticamente significantes, foram detectadas entre baixo RCM e consumo de frutas (≥ 3
porções/dia) (ORaj = 20,1; IC, 95%: 5,6–71,9); PCR do 1º quartil (ORaj = 4,1; IC, 95%: 2,0–8,3) e da adiponectina plasmática (AdipoQ) a
partir do 3º quartil (ORaj = 2,3; IC, 95%: 1,1–4,8). Conclusão: Este estudo sugere que dieta rica em fibras solúveis (≥ 3 porções de frutas/
dia), valores da PCR ≤ 3,70 mg/L e da AdipoQ > 10,00 µg/mL, pode dificultar, retardar ou impedir o aparecimento de outros fatores de
risco ou doenças metabólicas em MOb. Descritores: fatores protetores, risco cardiometabólico, mulheres obesas.
P163
COMPARAÇÃO ENTRE DOBRAS CUTÂNEAS E IMC DE PRÉ-ESCOLARES DA CIDADE DE SÃO CARLOS, SP, BRASIL: ESTUDO LONGITUDINAL
Sene-Fiorese M, Aquino Junior AE, Duarte ACGO, Maria ASLS, Duarte FO
UFSCar.
Antonio Eduardo de Aquino Junior, Adriana Simone Lopes Santa Maria, Marcela Sene-Fiorese, Fernanda Oliveira Duarte, Ana Cláudia Garcia
Oliveira Duarte. Laboratório de Nutrição e Metabolismo Aplicados ao Exercício - Departamento de Educação Física e Motricidade Humana –
Universidade Federal de São Carlos – Rodovia Washington Luís (SP-310), km 235, São Carlos - São Paulo - Brasil - CEP 13565-905. Mestrado
em Ciências Nutricionais pelo Programa de Alimentos e Nutrição, Universidade Estadual Paulista, Araraquara, SP, Brasil. Rodovia Araraquara/
Jaú Km 1, Araraquara. CEP 14801 – 902. Faculdade de Educação Física – Universidade Camilo Castelo Branco – Descalvado. Avenida Hilário
da Silva Passos, 950 - Parque Universitário - Descalvado - SP Cep: 13690-970. Introdução: O contínuo crescimento da obesidade infantil é
preocupante, caso este que já se mostra um problema de saúde pública em muitos países do mundo. Em diversos estudos que constatam esta linha crescente, a utilização em larga escala de medidas antropométricas, em especial, e dobras cutâneas, na predição do estado da obesidade ocorre em virtude da praticidade e do baixo custo da metodologia. No entanto, a desqualificação dos profissionais envolvidos e o desconhecimento
dos padrões perante as técnicas são complicadores estruturais no combate à obesidade infantil, bem como de maior fidedignidade dos resultados.
Objetivo: Promover a comparação entre dobras cutâneas e índice de massa corporal (IMC), mediante o percentual de gordura de crianças, em
estudo longitudinal. Materiais e métodos: O estudo observou 887 crianças do sexo masculino (n = 443) e feminino (n = 444), na faixa etária de
3 anos e meio a 7 anos. As avaliações nutricionais foram feitas por meio de parâmetros antropométricos (estatura, massa corporal, IMC e dobras
cutâneas), e essas crianças foram avaliadas de forma longitudinal e semestralmente durante 5 semestres. Resultados e conclusão: A comparação
entre os valores de dobras cutâneas e índice de massa corporal permite contrapor duas técnicas que quantificam percentual de gordura. Embora
em ambas as técnicas a metodologia de execução seja de forma indireta, a técnica de dobras cutâneas mostra-se diferente do IMC encontrado.
Essa diferença mostra valores menos de percentual de gordura para uma maior quantidade de crianças, mas ao longo do tempo de estudo os
valores sofrem um decréscimo, aumentando o percentual de gordura de para uma maior quantidade de avaliados. Durante o desenvolvimento
da criança, a importância de um acompanhamento mais incisivo é fundamental para um maior controle da obesidade infantil.
P164
AGREGAÇÃO FAMILIAR DE OBESIDADE E INFLUÊNCIA DOS HÁBITOS DE VIDA EM POPULAÇÃO ADSCRITA AO PROGRAMA DE
FAMÍLIA DE NITERÓI (PMF). ESTUDO CAMELIA
Jesus RTS, Cardoso GP, Pinto FN, Rosa MLG, Yokoo EM, Kang HC
UFF.
Introdução: A transição nutricional no Brasil caracteriza-se pela ascensão da obesidade. A obesidade constitui fator de risco importante para
diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares, alguns tipos de câncer e gera prejuízos psicossociais. O aumento de sua prevalência associa-se
com sedentarismo e maior ingestão de alimentos de alta densidade energética. Vários estudos indicam haver agregação familiar da obesidade por
causa de fatores genéticos e hábitos de vida reproduzidos dentro das famílias. Objetivos: Verificar a existência de agregação familiar de obesidade
e influência dos hábitos de vida em população adscrita ao PMF, Niterói. Material e métodos: A partir do estudo CAMELIA, um caso-controle
familiar realizado de julho de 2006 a dezembro de 2008 com cônjuges e filhos de hipertensos, diabéticos e controles, conduziu-se o estudo de
agregação familiar da obesidade. Foram excluídos indivíduos com doença cardiovascular, câncer e doenças renais conhecidas. Houve preenchimento de questionário com instrumentos validados e perguntas relativas à presença de morbidades. Os pesquisadores de campo foram treinados
e as mensurações realizadas com instrumentos padronizados e calibrados. Para análise multivariada utilizou-se o método GEE, apropriado para
dados correlacionados. Para estimativa da correlação entre casais foi utilizado o programa FCOR (Sage) e, para análise ajustada, inseriram-se
os resíduos padronizados dos modelos de GEE. Resultados: Foram incluídos 983 indivíduos, em 359 famílias (1 a 5 membros), e 39,2% eram
S619
TEMAS LIVRES Pôsteres
Instituto de Saúde Coletiva, UFBA.
obesos. A média de idade foi de 35,2 anos. A maioria era de não brancos, mulheres, com até 9 anos de estudo, com menos de 400 reais de renda
per capta e sedentários. 34% eram fumantes ou ex-fumantes e 25% bebiam pelo menos uma vez por semana. 26,7% eram hipertensos, 22,5%, dislipidêmicos, 9,6%, diabéticos. A correlação feita com os resíduos do modelo com sexo, idade, fumo e comorbidades foram de 9,07 (0,040) entre
pais e filhos, 18,58 (0,039) entre irmãos e 17,36 (0,016) entre pais. Com a inclusão de grupos alimentares (vegetais, carne vermelha, açúcar e
feijão com arroz) passaram a ser de 7, 35 (0,096), 18,79 (0,037) e 17,32 (0,017). Conclusões: A população do estudo CAMELIA contou com
maior frequência de hipertensos, dislipidêmicos e diabéticos do que na população geral. Foi observada uma correlação de obesidade entre os três
tipos de pares analisados, menor entre pais e filhos e maior e semelhantes entre irmãos e entre pais, o que indica a influência genética e de fatores
ambientais, respectivamente. A correlação da obesidade entre irmãos e entre pais variou pouco com a inclusão da alimentação, indicando baixa
influência na correlação da obesidade nesses pares. Já entre pais e filhos houve diminuição, apontando maior influência dos hábitos alimentares
na associação da obesidade entre gerações. Essas observações sugerem que os hábitos alimentares, um fator de risco modificável para obesidade,
exercem influência na agregação familiar dessa condição, mesmo em população regularmente assistida, como a do PMF.
TEMAS LIVRES Pôsteres
P165
ESTADO NUTRICIONAL E CONSUMO CALÓRICO E DE MACRONUTRIENTES EM CRIANÇAS
Oliveira Filho A, Oliveira AABC, Macedo PMS, Netto-Oliveira ER
UEM.
Introdução: Uma dieta equilibrada é um dos principais aspectos associados ao bem-estar geral e adequação do estado nutricional de uma população. Quando isso não ocorre, podem surgir doenças metabólicas, entre as quais a obesidade, cuja prevalência é crescente em todas as faixas etárias
e classes sociais no Brasil e no mundo. O desequilíbrio energético associado à obesidade tem afetado particularmente crianças e adolescentes.
Objetivo: Avaliar o consumo calórico e de macronutrientes da dieta e suas relações com o estado nutricional de crianças da cidade de Maringá/
PR. Metodologia: Peso e estatura foram mensurados, o Índice de Massa Corporal (IMC) foi calculado e usado para classificar o estado nutricional
segundo Cole et al. (2007). Informações referentes ao valor calórico total da dieta (VCT) e consumo de proteínas (PRO), carboidratos (CH) e
lipídios (LIP), obtidas pelo Registro Alimentar de Três Dias, foram quantificadas com auxílio do software Diet Win e analisadas com base nas Dietary Reference Intakes (DRIs) (FNB/IOM, 2000). A adequação do consumo de proteína/kg/dia foi feita adotando-se a recomendação de 0,81,1 g/kg/dia. A análise estatística dos dados foi feita com auxílio do software SPSS versão 13.0. Resultados: Foram avaliadas 154 crianças, de 7-10
anos, sendo 57,8% do sexo feminino. Em média, a idade do grupo foi de 8,8 ± 0,9 anos e o IMC de 18,0 kg/m², sem diferenças significativas entre
meninos e meninas. Quanto ao estado nutricional, 67,5% das crianças eram eutróficas, 14,3%, sobrepesadas, 11,7%, obesas e 6,5%, desnutridas.
Um percentual maior de meninos apresentou excesso de peso (27,7%) em relação às meninas (24,72%). O consumo médio diário foi de 228,0 ±
66,3 g de CH (50,3% do VCT), 66,5 ± 18,8 g de PRO (14,8% do VCT) e 70,7 ± 20,1 g de LIP (35,0% do VCT), sem diferenças entre os sexos.
As massas de PRO e CH consumidas foram superiores às recomendadas. Para LIP não há recomendações definidas. Quanto ao estado nutricional,
verificou-se maior consumo de CH entre as crianças com sobrepeso (p = 0,001) e nenhuma diferença foi verificada no consumo de proteínas
e lipídios. O VCT médio foi de 1.814,4 ± 368,3 kcal/dia, com diferença significativa a favor dos meninos com sobrepeso. Considerando-se as
recomendações energéticas (EER), houve adequação da energia ingerida em 30,52% da amostra (15,38% para meninos e 41,57% para meninas).
O consumo proteico em g/kg/dia demonstrou uma ingestão muito superior aos valores recomendados entre as meninas (2,2 ± 0,7 g/kg/dia)
e os meninos (2,1 ± 0,7 g/kg/dia), com reduzido percentual de adequação entre as crianças (4,25%). Conclusão: Apesar de o percentual de
contribuição calórica de CH, PRO e LIP estar relativamente adequado às recomendações, neste estudo menos de um terço da amostra consumia
a quantidade calórica recomendada, o que refletiu numa elevada prevalência de excesso de peso na amostra (30%). Mais importante que a % de
nutrientes na dieta é a quantidade e a qualidade ingeridas para a faixa etária e peso das crianças. Maior harmonia entre os macronutrientes e o
consumo de alimentos menos calóricos poderá contribuir para um maior equilíbrio entre calorias ingeridas e valor nutricional da dieta.
P166
AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DO SOBREPESO E DA OBESIDADE EM PORTADORES DE DIABETES MELITO ASSISTIDOS NA ATENÇÃO
BÁSICA DO SUS EM ARACAJU
Mitidieri Neto B, Rezende KF, Melo CAA, Moreno RM, Oliveira MCN, Lima KMBA, Melo NH, Oliveira MM
UFS.
Objetivos: O impacto da obesidade na incidência e evolução do diabetes melito é amplamente reconhecido, porém são escassas as publicações
que analisem esta relação em pacientes com diabetes assistidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil. Nesse sentido, o objetivo principal
deste estudo foi avaliar a frequência de sobrepeso/obesidade e o seu impacto no perfil clínico de pacientes portadores de diabetes melito tipo 2
assistidos pelo Programa de Saúde da Família do SUS em Aracaju, Sergipe. Métodos: Foi realizada uma revisão de prontuários, sendo coletados
dados de 310 pacientes portadores de diabetes melito tipo 2 assistidos na rede de atenção básica do SUS em Aracaju, durante o período de 1 de
janeiro de 2007 a 31 dezembro de 2007. Selecionaram-se aleatoriamente os prontuários dos pacientes e deu-se ênfase à relação do IMC com as
variáveis clínicas e de controle metabólico do diabetes. Resultados: A média de idade foi de 60,8 + 11,7 anos, com predominância do sexo feminino (67,4%). O IMC variou de 19 a 49, com média de 29,4 + 5,6 kg/m2. Observou-se que 37,9% (117/310) dos pacientes tinham sobrepeso
e 42,4% (131/310), obesidade, constatando uma frequência de 80,3% (248/310) acima do IMC normal. Analisando o IMC de acordo com o
gênero dos pacientes, das 209 mulheres, 47,1% (98/209) eram obesas, 33,6% (70/209) tinham sobrepeso e apenas 19,2% (40/209) tinham
IMC normal. Dos 101 homens, 32,7% (33/101) eram obesos, 46,5% (47/101) tinham sobrepeso e 20,8% (21/101) tinham IMC normal (p =
0,04). A média da glicemia de jejum foi de 142,52 + 58,65 mg/dL e a pós-prandial de 183,12 + 78,60 mg/dL. O valor médio de hemoglobina
glicosilada foi de 8,08 + 2,26%, não havendo diferença significante de acordo com o IMC dos pacientes, embora houvesse correlação positiva
significativa entre o valor da glicemia pós-prandial e o valor de IMC (p < 0,04). Quanto ao tratamento para o diabetes, 79% (244/310) faziam
uso de droga oral, 10% (31/310) associavam droga oral com insulina, 6,5% (20/310) utilizavam apenas insulina e 4,5% (14/310) não faziam
uso de qualquer medicação, apenas tentavam dieta ou não. Não houve aumento da quantidade de medicação de acordo com a classificação do
S620
IMC (p = 0,58). A frequência de hipertensão arterial foi maior nos pacientes portadores de sobrepeso e obesidade (p = 0,012). Houve clara
correlação positiva entre os níveis de pressão arterial sistólica (p = 0,002) e diastólica (p < 0,001) e os valores de IMC. Apenas 9% (28/310) dos
pacientes realizam atividade física regularmente e não há registro nos prontuários de prescrição de fármacos objetivando a redução ponderal.
Conclusão: Existe uma elevada frequência de sobrepeso e obesidade na nossa amostra e, embora não se encontrasse influência da obesidade
no controle metabólico do diabetes, houve frequência significativamente maior de fatores de risco cardiovascular nos pacientes com diabetes e
sobrepeso/obesidade. Observou-se que não há terapia específica voltada para o combate das alterações de peso nesses pacientes, justificando a
elaboração de estratégias que objetivem reduzir o impacto da obesidade nos pacientes assistidos na atenção básica do SUS.
P167
PERFIL NUTRICIONAL DOS FUNCIONÁRIOS DE UMA ENTIDADE FILANTRÓPICA NO MUNICÍPIO DE VIÇOSA – MG
Ponce PR, Gomide CI, Alfenas RCG, Vidigal FC
Introdução: O estado nutricional expressa o grau em que as necessidades fisiológicas dos nutrientes são alcançadas, sendo assim suficientes
para manter a composição e as funções adequadas do organismo. As alterações do estado nutricional contribuem para aumento da morbimortalidade. A avaliação do estado nutricional de indivíduos ou coletividades torna-se um instrumento importante para se traçar ações com a
finalidade de promover a saúde. A antropometria tem se mostrado importante indicador do estado nutricional; além de fornecer informações
das medidas físicas e de composição corporal, é método não invasivo e de fácil e rápida execução. Objetivo: Avaliar o perfil nutricional dos
funcionários de uma entidade filantrópica do município de Viçosa, MG. Material e métodos: Foram avaliados 124 funcionários, no período
de outubro a novembro de 2005. Realizaram-se avaliação antropométrica (peso, altura, circunferência da cintura – CC ­–, prega cutânea triciptal, perímetro braquial, circunferência muscular do braço – CMB) e aplicação de um questionário com informações referentes à prática de
atividade física e presença de enfermidades pessoais. Adotou-se a classificação do IMC proposta pela WHO (1998). Resultados: A mediana
de idade apresentada foi de 37 anos (20 a 59 anos), sendo 88,7% (n = 110) mulheres. A média de peso das mulheres e dos homens foi de
63,6 ± 11,1 kg e 73,3 ± 13,4 kg, respectivamente. A média do IMC foi de 24,2 ± 3,3 kg/m² para homens e 25,0 ± 4,2 kg/m² para mulheres.
Verificou-se que 41,1% (n = 51) dos participantes apresentaram sobrepeso/obesidade e 3,2% (n = 4), baixo peso. O IMC apresentou correlação média significante com a CMB (r = 0,413; p < 0,05). A média da CC das mulheres foi de 78,9 ± 9,7 cm e dos homens, de 84,9 ± 8,9
cm. De acordo com a CC, verificou-se que as mulheres apresentaram risco elevado e muito elevado correspondente a 23,6% (n = 26) e 16,4%
(n = 18), respectivamente, para desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Nos homens, esse percentual foi de 7,1% (n = 1) para ambas
as classificações. Trinta e quatro funcionários (27,4%) realizavam algum tipo de atividade física, sendo esta realizada por 70,6% (n = 24) das
mulheres. A dislipidemia foi o tipo de enfermidade que mais acometia os funcionários (18,9%; n = 23). Conclusões: Quase metade dos funcionários apresentou inadequação quanto ao estado nutricional. As mulheres apresentaram maior risco para desenvolver doenças cardiovasculares.
Verifica-se a necessidade de implantação de um programa de educação nutricional e estímulo para a prática regular de atividade física, visando
à promoção do adequado estado nutricional e qualidade de vida desses funcionários.
P168
PREDIÇÃO DE ANORMALIDADES CARACTERÍSTICAS DA SÍNDROME METABÓLICA POR MEIO DO PERÍMETRO DA CINTURA AFERIDO
EM DIFERENTES LOCAIS ANATÔMICOS EM IDOSAS
Ribeiro RCL, Franceschini SCC, Rosado LEFPL, Paula HAA
UFV.
O envelhecimento desencadeia modificações na composição corporal como o incremento da distribuição central de gordura, a qual se associa
com anormalidades metabólicas e cardiovasculares, principalmente nas mulheres. Ainda permanece controverso qual seria o melhor indicador
em predizer efeitos desfavoráveis, decorrentes do acúmulo de gordura corporal em idosas. Evidências científicas têm indicado o perímetro da
cintura como medida antropométrica que apresenta forte correlação com os depósitos de gordura corporal. Os locais para mensuração do perímetro da cintura diferem, por serem também variáveis os marcos anatômicos utilizados. Contudo, não há método universalmente aceito e as
discrepâncias na modalidade de aferição dessa medida podem induzir a diferentes resultados. Nesse contexto, o presente estudo teve como objetivo comparar medidas de perímetro da cintura, aferidas em diferentes pontos anatômicos do abdômen, e avaliar quais delas apresentam melhor
poder preditivo para o risco de síndrome metabólica (SM) e para seus componentes isolados, em idosas. A amostra incluiu 113 mulheres (60-83
anos), adstritas no Programa Saúde da Família, do município de Viçosa, MG, as quais foram submetidas à aferição de medidas antropométricas,
pressão arterial, perfil lipídico, glicemia de jejum e de questões relacionadas a hábitos de vida e condições de saúde. Foram efetuadas análises por
meio da curva ROC, testes de comparação (t de Student ou Mann Whitney) e correlações (Pearson, Spearman e parciais). Para processamento
e análise dos dados foram utilizados os softwares Excel, SPSS versão 15.0, SigmaStat versão 2.03 e MedCalc versão 9.3. Para rejeição da hipótese
de nulidade adotou-se como nível de significância estatística p < 0,05 para todas as comparações. A normalidade da distribuição das variáveis foi
determinada a partir do teste de Kolmogorov-Smirnov. A amostra foi composta por mulheres com idade mediana de 65 anos, tendo predominado eutróficas (47,8%), que viviam com um companheiro (55,8%), não fumantes (85,8%), não habituadas ao uso de bebida alcoólica (69,0%),
não praticantes de exercício físico regular (70,8%), que nunca fizeram uso da terapia de reposição hormonal (65,5%) e que autodefiniram possuir
um bom estado de saúde (53,1%). Dos marcadores de risco para a síndrome metabólica se destacaram a obesidade abdominal (64,6%), os altos
níveis pressóricos (54,9%), baixos níveis de HDL-c (35,4%) e hipertrigliceridemia (30,1%). Ao considerar a combinação três ou mais fatores, a
ocorrência da síndrome metabólica foi de 30,9%, de acordo com a definição do National Cholesterol Education Program’s Adult Treatment
Panel III (NCEP-ATPIII), que é adotada na I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Metabólica. O perímetro da cintura
(PC) ao nível umbilical apresentou as maiores áreas sob a curva ROC (p < 0,05) na identificação da SM (0,694 ± 0,079). Diante dos resultados
encontrados, sugere-se que, para avaliação de mulheres idosas com características similares a amostra em estudo, seja adotado o nível umbilical
(PC) para aferição antropométrica na identificação de síndrome metabólica. Apoio: Fapemig (CDS APQ– 4752-4.08/07).
S621
TEMAS LIVRES Pôsteres
UFV.
P169
HÁBITO ALIMENTAR E ATIVIDADE FÍSICA ENTRE ESCOLARES DO MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE E SUA RELAÇÃO COM O
EXCESSO DE PESO
Medeiros CCM, Cardoso AS, Gonzaga NC, Pereira RAR, Nunes MMA, Guedes JF, Oliveira IWM, Alves GTA, Muller Neto BF
TEMAS LIVRES Pôsteres
Unidade Acadêmica de Medicina, UFCG.
Introdução: A prevalência de sobrepeso e obesidade é cada vez maior tanto em países desenvolvidos como em países em desenvolvimento. Há
fatores genéticos e ambientais relacionados à patogênese desses distúrbios do estado nutricional. O elevado consumo de alimentos gordurosos,
com alta densidade energética, e a diminuição na prática de exercícios físicos são os dois principais fatores ligados ao meio ambiente que colaboram
para o excesso de gordura corporal. Objetivos: Descrever o hábito alimentar e a atividade física dos escolares, de acordo com o tipo de escola –
pública ou privada – e verificar sua associação com a obesidade e sobrepeso. Material e métodos: Estudo transversal realizado no período entre
março e junho de 2008. A amostra foi composta por 285 crianças entre 6 e 9 anos, de 4 escolas públicas e 2 privadas, porém apenas 113 alunos
responderam ao questionário sobre lanche escolar e atividade física. As crianças foram pesadas e medidas para obtenção do IMC. Consideraram-se
com sobrepeso as crianças com IMC no escore z igual ou superior a 1 e inferior a 2 e obesidade escore z igual ou superior a 2 (WHO, 2007). Os
dados foram organizados por meio de frequência absoluta e relativa. Para verificar a associação entre obesidade/sobrepeso e os fatores alimentares e ambientais, foi utilizado o teste do qui-quadrado. Os fatores alimentares estudados foram, em separado, o consumo no lanche escolar de:
frutas, salada de frutas, iogurte, leite achocolatado, salgados, suco industrializado, suco natural, doces, refrigerante, pipoca, merenda, biscoito e
sanduíche. O fator ambiental analisado foi a prática de exercício físico maior ou igual a três dias por semana. Os dados foram analisados com os
programas WHO AnthroPlus e SPSS versão 17.0. A análise estatística utilizou intervalo de confiança de 95%. Resultados: O consumo de frutas,
salada de frutas, iogurte, leite achocolatado e merenda escolar foi significativamente menor (p < 0,05) entre escolares da rede privada, ao contrário
do consumo de suco industrializado, que foi significativamente maior (p < 0,05) (Tabela 1). A prevalência sobrepeso/obesidade foi menos frequente entre os escolares que consumiam fruta e merenda escolar (p < 0,05) e maior entre os que consumiam suco industrializado (p < 0,05). Não
se observou associação de menor frequência de atividade física e o excesso de peso (Tabela 2). Conclusões: Observa-se uma prevalência maior
de sobrepeso e obesidade entre consumidores de suco industrializado e uma menor prevalência entre aqueles que consomem frutas, merenda,
reforçando a importância da qualidade do lanche escolar como um dos fatores importantes na prevenção da obesidade infantil. Conclui-se então
que há necessidade de implantação de políticas públicas de saúde voltadas para a educação nutricional nas escolas, principalmente nas privadas.
Tabela 1. Lanche escolar de estudantes entre 6 e 9 anos segundo tipo de escola. Campina Grande-PB,
2008
Não
QuiConsome
Variáveis Independentes
%
p
Consome quadrado
n
%
N
Fruta
Privada
16
32,0
34
68,0
0,0476
33
52,4
30
Pública
47,6
Salada de Fruta
Privada
5
10,0
45
90,0
0,0000025230
Pública
Iogurte
Privada
35
55,6
28
44,4
20
40,0
30
60,0
Pública
Leite Achoc.
Privada
39
61,9
24
38,1
11
22,0
39
78,0
Pública
Salgado
Privada
34
54,0
29
46,0
25
50,0
25
50,0
Pública
Suco Industr.
Privada
22
34,9
41
65,1
20
40,0
30
60,0
Pública
Doce
Privada
10
15,9
53
84,1
13
26,0
37
74,0
Pública
Refrigerante
Privada
11
17,5
52
82,5
27
54,0
23
46,0
Pública
Pipoca
Privada
26
41,3
37
58,7
11
22,0
39
78,0
23
36,5
40
63,5
7
14,0
43
86,0
Pública
Merenda
Privada
Pública
Biscoito
Privada
Pública
Suco Natural
Privada
28
44,4
35
55,6
36
72,0
14
28,0
43
68,3
20
31,7
23
46,0
27
54,0
Tabela 2. Associação entre sobrepeso/obesidade e tipo de lanche escolar. Campina Grande-PB,2008
Variáveis
Sobrepeso/ Obesidade
Normal
Qui-quadrado
N
%
n
%
independentes
p
Fruta
Sim
11
22,4
38
77,6
0,0454
Não
Salada de fruta
Sim
27
42,2
37
57,8
9
22,5
31
77,5
Não
Iogurte
Sim
29
39,7
44
60,3
19
32,2
40
67,8
0,0335
Não
Leite achoc.
Sim
19
35,2
35
64,8
17
37,8
28
62,2
0,0011
Não
Salgado
Sim
21
30,9
47
69,1
18
38,3
29
61,7
Não
Suco industr.
Sim
20
30,3
46
69,7
15
50,0
15
50,0
Não
Doce
Sim
23
27,7
60
72,3
9
37,5
15
62,5
Não
Refrigerante
Sim
29
32,6
60
67,4
22
41,5
31
58,5
Não
Pipoca
Sim
16
26,7
44
73,3
8
23,5
26
76,5
Não
Merenda
Sim
30
38,0
49
62,0
5
14,3
30
85,7
Não
Biscoito
Sim
33
42,3
45
57,7
28
35,4
51
64,6
Não
Suco natural
Sim
10
29,4
24
70,6
16
32,0
34
68,0
Não
Sanduíche
Sim
22
34,9
41
65,1
17
36,2
30
63,8
21
31,8
45
68,2
12
37,5
20
62,5
28
44,4
35
55,6
0,0075
0,0010
Pública
Sanduíche
Privada
27
42,9
36
57,1
21
42,0
29
58,0
Pública
Exercício Físico (dias/semana)
Privada
26
≥3
19
41,3
<3
38,0
37
58,7
Não
Exercício físico (dias/semana)
≥3
31
62,0
<3
Pública
13
28,9
32
71,1
S622
0,04667
0,0069
P170
OBESIDADE E SOBREPESO DE ACORDO COM A CURVA DA OMS ENTRE ESCOLARES DO MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE –
PARAÍBA
Muller Neto BF, Gonzaga NC, Cardoso AS, Pereira RAR, Nunes MMA, Guedes JF, Oliveira IWM, Alves GTA, Medeiros CCM
Introdução: A obesidade vem aumentando de forma alarmante, sendo considerada uma verdadeira epidemia mundial que atinge todas as faixas etárias, em especial, a criança. Associa-se ao desenvolvimento de doenças crônicas como diabetes, doença cardiovascular e câncer. O estado
nutricional avaliado por meio da antropometria é uma importante ferramenta para a análise das condições de saúde e nutrição de crianças. Nas
últimas três décadas, no plano internacional, predominou a utilização de dois conjuntos de curvas de crescimento físico do National Center
for Health Statistics (NCHS/1977) e do Centers for Disease Control (CDC/2000), ambas oriundas da população norte-americana. A OMS
lançou novas curvas em 2005 e 2007 com a finalidade de avaliar o crescimento e o estado nutricional de crianças e adolescentes, sendo no
Brasil o seu uso nos serviços de saúde recomendado pelo o Ministério da saúde. Objetivos: Investigar a prevalência de obesidade e sobrepeso
entre escolares do município de Campina Grande por meio do uso das novas curvas confeccionadas pela OMS 2007 e fatores associados
(gênero, tipo de escola e faixa etária). Materiais e métodos: Tratou-se de um estudo transversal no período de março a junho de 2008. Para
o cálculo da amostra considerou-se um total de 24.543 escolares matriculados na rede pública e privada da zona urbana do município de
Campina Grande e a prevalência de sobrepeso e obesidade de 20%. Adotou-se um nível de confiança de 5%. A amostra foi composta por 255
alunos entre 6 e 9 anos, de 4 escolas públicas e 2 privadas. As crianças foram pesadas e medidas para obtenção do IMC. Para a classificação do
estado nutricional foi utilizada a nova curva da OMS 2007. Foram consideradas crianças com sobrepeso aquelas com IMC entre o Escore-z
≥ + 1 e < 2 e obesidade aquelas com Escore-z ≥ + 2. Os dados foram organizados por meio de frequência absoluta e relativa. Para comparar
as proporções entre a prevalência de obesidade/sobrepeso e os grupos de escolas particulares ou públicas, gênero e faixa etária foi utilizado o
teste do qui-quadrado. Os dados foram analisados com o programa EPI-Info versão 3.3.4. A análise estatística utilizou intervalo de confiança
de 95%. Resultados: A prevalência de sobrepeso/obesidade foi de 26,7%, sendo significativamente mais frequente entre os alunos da rede
privada (57,9%) do que entre os alunos da rede pública municipal (18,9%), e em meninos (34%) do que em meninas (19,4%) (p < 0,000001;
p < 0,01), mas não mostrou diferença significativa entre os escolares de diferentes faixas etárias (p > 0,1). Conclusões: Observa-se uma prevalência elevada de crianças obesas ou com sobrepeso no município de Campina Grande, principalmente na rede de ensino privada, mostrando
a necessidade de implantação de políticas públicas de saúde voltadas para prevenção da obesidade infantil.
P171
PREVALÊNCIA DE DISLIPIDEMIA ENTRE CRIANÇAS E ADOLESCENTES OBESOS E COM SOBREPESO ATENDIDOS NO CENTRO DE
OBESIDADE INFANTIL, CAMPINA GRANDE – PB
Gonzaga NC, Albuquerque FCL, Mariz LS, Leal AAF, Werner RPB, Ramos AT, Medeiros CCM, Cardoso AS
UEPB.
Introdução: No Brasil, as doenças cardiovasculares constituem a principal causa de morbimortalidade em adultos. Porém, sabe-se que o processo aterosclerótico tem início ainda na infância, sendo potencializado no decorrer da vida pela presença de fatores de risco, destacando-se a
obesidade e a dislipidemia, do que se infere a necessidade de ampla prevenção e controle de tais fatores ainda na idade infanto-juvenil. Objetivo: Estabelecer a prevalência de dislipidemia em crianças e adolescentes atendidos no Centro de Obesidade Infantil, em Campina Grande,
Paraíba. Material e métodos: Tratou-se de um estudo transversal realizado no período de outubro/2008 a maio/2009 com 51 crianças e
adolescentes de 2 a 18 anos de idade, com diagnóstico de sobrepeso ou obesidade. A prevalência de dislipidemia foi calculada usando-se os
valores de referência recomendados pela I Diretriz de Prevenção da Aterosclerose na Infância e Adolescência (SBC, 2005), em que se têm
valores aumentados para CT ≥ 170 mg/dL, LDL-c ≥ 130, HDL < 45 mg/dL e TG ≥ 130 mg/dL. As dislipidemias foram classificadas em:
hipercolesterolemia isolada, hipertrigliceridemia isolada, hiperlipidemia mista e diminuição isolada do HDL-colesterol (HDL-C) ou associada
a aumento dos TG ou LDL-c. A análise estatística foi inicialmente descritiva. Para avaliação da associação dos tipos de dislipidemia com os
grupos: faixa etária (2-9 e 10-18 anos), sexo e estado nutricional (IMC ≥ 85 < 97 e IMC ≥ 97), foi realizado o teste do qui-quadrado ou de
Fisher, adotando-se um intervalo de confiança de 95%. Utilizou-se o programa SPSS versão 7.5 para análise estatística. Resultados: Dos 51
avaliados, a média de idade foi de 9,63 anos (+/-3,8), 56,9% eram do sexo feminino; 52,9% tinham idade de 2 a 9 anos e 47,1% tinham entre
10 e 18 anos. Da população estudada, 2% tinham sobrepeso e 98%, obesidade. Dos obesos, 80% foram classificados acima do percentil 97
(obesidade grave) (Tabela 1). A prevalência de dislipidemia foi de 94,1%, sendo mais frequente no sexo feminino, na faixa etária de 10 a 18
anos e nos portadores de obesidade grave. O HDL-c < 45 foi encontrado em 76,47% das crianças e os valores aumentados de CT, TG e LDL
foram observados em 56,86%, 43,13% e 27,45%, respectivamente. A tabela 2 mostra a distribuição e a associação do tipo de dislipidemia de
acordo com o sexo, estado nutricional e faixa etária. A hipercolesterolemia isolada foi significativamente mais frequente no sexo feminino e na
faixa etária de 10 a 18 anos e o HDL baixo esteve associado com IMC acima do percentil 97 e com o sexo feminino. Conclusão: A elevada
prevalência de dislipidemias e de obesidade grave em crianças e adolescentes acompanhadas no centro de obesidade em Campina Grande constitui um fator preocupante de risco cardiovascular. Assim, é necessária a implantação de políticas de saúde voltadas para a detecção precoce da
criança com excesso de peso, seguida pela mudança no estilo de vida, com a finalidade de evitar a progressão da dislipidemia e da obesidade,
protegendo a saúde futura das crianças e adolescentes e reduzindo as altas taxas de mortalidade por doenças do sistema circulatório.
S623
TEMAS LIVRES Pôsteres
UFCG/UEPB.
Tabela 1. Presença de dislipidemia de acordo com a faixa etária, sexo e estado nutricional de 51 crianças e adolescentes com sobrepeso ou obesidade. Centro de obesidade infantil, ISEA, Campina
Grande-PB, 2008-2009
Variáveis
Dislipidemia
Sim
Não
n
%
p*
n
%
Sexo
Feminino
28
58%
1
33%
Masculino
20
42%
2
67%
p > 0,05
Faixa etária
2-9
25
52%
2
67%
10-18
23
48%
1
33%
p > 0,05
TEMAS LIVRES Pôsteres
Estado nutricional
IMC ≥ 85 < 97
9
19%
1
33%
IMC ≥ 97
39
81%
2
67%
p > 0,05
*p = teste de fisher.
Tabela 2. Distribuição e associação do tipo de dislipidemia de acordo com o sexo, faixa etária e estado nutricional de 51 crianças e adolescentes com sobrepeso ou obesidade. Centro de obesidade
infantil, ISEA, Campina Grande-PB, 2008-2009
Variáveis
Hipercolesterolemia isolada
Hipertrigliceridemia isolada
Hiperlipidemia mista
HDL-c baixo isolado ou associado
Sim
Não
p
Sim
Não
p
Sim
Não
p
Sim
Não
p
Feminino
6
23
p < 0,05
4
25
p > 0,05
11
18
p > 0,05
Masculino
9
13
1
21
5
17
27
8
p < 0,05
12
10
2 – 9 anos
12
15
2
25
8
19
21
6
10- 18 anos
16
6
3
21
8
16
16
6
0
10
3
7
5
36
13
28
5
5
34
7
Sexo
Faixa etária
p < 0,05
**p > 0,05
p > 0,05
p > 0,05
Estado nutricional
IMC ≥ 85 < 97
9
4
IMC ≥ 97
9
32
p > 0,05
p > 0,05
p < 0,05
*p = teste qui-quadrado e **p = teste de Fisher.
P172
PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES ATENDIDOS NO CENTRO DE OBESIDADE INFANTIL NO
MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE – PB
Gonzaga NC, Cunha MAL, Melo TR, Santiago JS, Ramos AT, Medeiros CCM, Cardoso AS
UEPB.
Introdução: O caráter epidêmico da obesidade e sobrepeso observados atualmente tem condicionado o desenvolvimento de diversas doenças
crônicas, dentre os quais se destaca a síndrome metabólica, visto que está associada à gênese de doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2 e
vem atingindo cada vez mais a faixa etária infantil, principalmente crianças com excesso de massa corporal. Objetivo: Verificar a prevalência
da síndrome metabólica e fatores associados em crianças e adolescentes obesos ou com sobrepeso entre 2 a 18 anos atendidos no Centro
de Obesidade Infantil em Campina Grande, PB. Material e métodos: Estudo descritivo e analítico realizado no período de agosto/2008 a
abril/2009 entre 51 crianças e adolescentes entre 2 a 18 anos obesos ou com sobrepeso. A classificação do estado nutricional foi realizada por
meio do índice da massa corpórea (IMC) em: sobrepeso (IMC entre o percentil 85 e 95), obesidade (IMC > 95) e obesidade grave (IMC ≥
percentil 97) (CDC, 2000). Além disso, foi realizada a mensuração da pressão arterial, aferida três vezes em intervalos de repouso de aproximadamente 2 minutos, da circunferência abdominal (CA) e dos exames laboratoriais (HDL-c, triglicerídeos e glicemia de jejum), realizados
após 12 horas de jejum. Como critérios diagnósticos da síndrome metabólica utilizou-se a presença de três destes critérios: CA acima ou no
percentil 90 para sexo, idade e raça; triglicerídeos ≥ 100 mg/dL e/ou HDL-c < 45 mg/dL, glicemia de jejum ≥ 100, pressão sistólica e/ou
diastólica acima do percentil 90. A análise estatística foi inicialmente descritiva. Para avaliação da associação da SM com os grupos: faixa etária
(2-9 e 10-18 anos), sexo, estado nutricional (IMC ≥ 85 < 97 e IMC ≥ 97), foi realizado o teste do qui-quadrado, adotando-se o intervalo
de confiança de 95%. Utilizou-se o programa SPSS versão 7.5 para análise estatística. Resultados: De acordo com a faixa etária, 13,7% eram
pré-escolares, 39,2% escolares e 47,1% adolescentes, sendo a média de idade de 9,2 (+/- 3,8) anos. A síndrome metabólica esteve presente em
60,8% da população, sendo mais prevalente no sexo feminino (56,9%) e entre pré-escolar e escolar (52,6%). Inadequações das variáveis que
compõem os componentes da SM foram observadas em 84,3% para CA acima ou no percentil 90; 80,4% com hipertensão arterial; 76,5% com
HDL-c baixo; 56,9% com hipertrigliceridemia e nenhum paciente com alteração da glicemia de jejum. Observou-se associação entre o estado
S624
nutricional e a presença da SM (p > 0,05) (Tabela1). Conclusões: A prevalência da síndrome metabólica é alarmante entre as crianças obesas
e com sobrepeso acompanhadas no centro de obesidade infantil em Campina Grande. A SM está associada principalmente a um IMC acima
do percentil 97, mostrando a importância da prevenção destas complicações com o controle do peso que se deve iniciar durante a infância.
É necessária a implantação de políticas e programas de saúde que levem a mudanças no estilo de vida das crianças e adolescentes, por meio de
vários setores da sociedade, incluindo saúde, educação, esportes e nutrição.
Tabela 1. Presença de síndrome metabólica de acordo com a faixa etária, sexo e estado nutricional de 51 crianças e adolescentes com sobrepeso ou obesidade. Ambulatório de obesidade, ISEA,
Campina Grande-PB, 2008-2009
Variáveis
Síndrome Metabólica
Sim
Não
n
n
p*
Sexo
20
9
Masculino
11
11
p = 0,169
TEMAS LIVRES Pôsteres
Feminino
Faixa etária
2-9
19
8
10-19
12
12
IMC ≥ 85 < 97
9
2
IMC ≥ 97
39
12
p = 0,137
Estado nutricional
p < 0,003
*Teste qui-quadrado.
P173
FATORES DE RISCO PARA DIABETES MELITO TIPO 2 ENTRE OS SERVIDORES DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
Medeiros CCM, Cardoso AS, Gonzaga NC, Xavier IS, Cardoso MA, Ramos AT, Bessa GG
UEPB.
Introdução: O diabetes melito tipo 2 (DM2) representa atualmente um grande problema de saúde pública e está associado a vários fatores de
risco (FR) que aumentam a probabilidade de sua ocorrência. Objetivos: Verificar a prevalência dos fatores de risco para o DM2 entre os servidores técnico-administrativos do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Estadual da Paraíba e sua associação com o sexo e
alteração da glicemia capilar. Material e métodos: Tratou-se de um estudo transversal realizado de agosto a outubro de 2008 com abordagem
quantitativa, em que foram entrevistados 65 servidores técnico-administrativos do Centro de Ciências Biológicas da Universidade Estadual
da Paraíba. Os servidores foram submetidos a aplicação de questionário e realização da aferição da pressão arterial, cálculo do IMC por meio
da medida da altura e peso, medida da circunferência abdominal e glicemia capilar de jejum. Foram excluídos os servidores com diagnóstico
prévio de diabetes. Os fatores de risco para o diabetes foram considerados de acordo com os critérios recomendados pela American Diabets
Association, 2001. A análise estatística foi realizada por meio do SPSS versão 7.5 com avaliação descritiva e de associação por meio do teste de
qui-quadrado. Adotou-se um nível de confiança de 5%. Resultados: Os resultados mostram que todos servidores apresentaram pelo menos
um fator de risco. Entre estes os mais frequentes foram: sobrepeso/obesidade (66,2%), circunferência abdominal alterada (61,5%) e sedentarismo (61,5%). Observou-se uma maior prevalência de glicemia alterada e sobrepeso/obesidade no sexo masculino (p < 0,05). Houve uma
associação positiva entre a glicemia capilar de jejum alterada e a hipertensão arterial (p < 0,05). Conclusão: Os fatores de risco para o diabetes
tipo 2 estão presentes na maioria dos servidores, mostrando a necessidade de planejamento de ações e implantação de programas voltados para
redução dos fatores de risco nessa população. Unitermos: Diabetes melito, fatores de risco, obesidade, hipertensão arterial.
P174
PREVALENCE OF ABDOMINAL OBESITY BY DIFFERENT MEASURES
Silva V, Rodriguez D, Guizeline M, Pontes Jr. FL
Fefiso, Runner Institute, EACH/USP.
The waist circumference and the abdominal circumference are used to diagnose the abdominal obesity. However, the differences between
the circumferences of waist and abdominal can resulted in differences in the prevalences of abdominal obesity, may influence, for example,
the diagnosis of the metabolic syndrome. Thus, the aim of this study was compare the prevalence of abdominal obesity, based on operational
definitions of the World Health Organization (WHO) for the risk of health complications, for different measures. Were evaluated 12.455
customers entering the academy Runner, being 6.558 women and 5.897 men, with age between 16 and 79 years old. The variables used were:
waist circumference measured between the last rib and iliac crest, and; abdominal circumference measured in height of the umbilical scar. For
effect of study, we used the operational definitions of the WHO for abdominal obesity according to the level of risk of health complications:
↔ = no risk (< 80 e 94 cm for females and males, respectively); ↑ = increased of risk (≥ 80 < 88 cm for female and ≥ 94 < 102 cm for male);
↑↑ = increased substantially of risk (≥ 88 e 102 cm for females and males, respectively). The informational on the prevalence of abdominal
obesity were analyzed using the table of frequency (%), with confidence interval of 95% (CI 95%) calculated using the Mid-P exact method to
S625
identify the dispersion of the prevalence. The chi-square test was used to compare the prevalence, considering a significance level of P ≤ 0.05.
Table 1 presents and compares the prevalence of abdominal obesity for the waist circumference and abdominal circumference. It is concluded
that there are significant statistical differences between the prevalence of abdominal obesity identified by waist and abdominal circumferences.
In women, the differences in prevalence were higher. This probably occurred because of the abdominal circumference is closer to the hip that
the waist circumference. In other words, women may have influence of the hip circumference on the abdominal circumference, which does
not occur in men.
Table 1. Comparison of the prevalence of abdominal obesity by waist circumference (WC) and abdominal circumferences (AC), based on operational definitions of the WHO for the risk of health
complications.
Risk of Health Complications for Abdominal Obesity a
↔
↑
n
%
IC95%
WC
5264
80.3
79.3 – 81.2
AC
3672
56.0*
54.8 – 57.2
n
↑↑
%
CI95%
n
%
CI95%
TEMAS LIVRES Pôsteres
Women (n = 6.558)
853
13.0
12.2 – 13.8
441
6.7
6.1 – 7.4
1814
27.7*
26.6 – 28.8
1072
16.3*
15.5 – 17.3
621
10.5
9.8 – 11.3
934
15.8*
14.9 – 16.8
Men (n = 5.897)
WC
4334
73.5
72.4 – 74.6
AC
3759
63.7*
62.5 – 65.0
942
16.0
15.1 – 16.9
1204
20.4*
19.4 – 21.5
World Health Organ Tech Rep Ser. 2000;894:i-xii, 1-253;
* Significant differences for waist circumference (p < 0.01).
a
P175
COMPARAÇÃO ENTRE O IMC REFERIDO E MEDIDO: UM ALERTA METODOLÓGICO
Souza VH, Mendonça BCA
FaSe.
Introdução: A análise do Índice de Massa Corpórea (IMC) tem sido um dos métodos mais utilizados pela comunidade científica para diagnosticar sobrepeso e obesidade em grandes grupos. Objetivo: Este estudo teve a finalidade de analisar se existe diferença ente o IMC referido
e o IMC medido. Material e métodos: Foram coletados dados de 53 estudantes universitários da cidade de Aracaju/SE, sendo 59,49% do
sexo feminino e com média de idade de 23,39 anos (amplitude de 17 a 40 anos). Os participantes autorreferidamente informaram a estatura
e o peso corporal, posteriormente as mesmas medidas foram coletadas em laboratório. Para coletar as medidas foram utilizados uma balança e
um estadiômetro, modelo Filizola médica. O IMC foi calculado utilizando a fórmula (peso/atura²), sendo o peso em quilogramas e a altura
em metros ao quadrado. Para a análise dos dados foi realizado o teste “t” pareado de Student, considerando um intervalo de confiança de 95%;
os dados foram analisados por meio do pacote estatístico SPSS®, versão 15. Resultados: Os resultados apontam uma diferença significativa (p
< 0,05) quando apresenta que altura referida é maior que a altura medida e que o IMC referido é menor que o IMC medido. Quando analisado o resultado considerando o gênero, foi observado que o peso e a altura referidos pelos homens não apresentaram diferença significativa,
diferentemente os dados referidos pelas mulheres apresentaram diferença. Conclusões: Tendo em vista que o IMC é um método de classificar
o indivíduo em relação ao peso corporal e que tem sido muito utilizado para realização de estudos, é importante ressaltar a necessidade de
ser cauteloso na hora de realizar qualquer conclusão a partir do IMC, pois, dependendo do método de coleta dos dados, pode-se estar superestimando ou subestimando o indivíduo em relação a sua real classificação. Palavras-chave: Índice de Massa Corpórea, referido, medido e
subestimando.
P176
RELAÇÃO ENTRE ANSIEDADE FÍSICA SOCIAL, ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA E DADOS SOCIODEMOGRÁFICOS
Jatobá APG, Souza VH
FaSe.
Introdução: É consenso entre as ciências da saúde que a prática de atividade física orientada é uma ferramenta benéfica para o bem-estar biopsicossocial do indivíduo, podendo se apresentar de forma diferenciada quando consideradas as varáveis sociais. Objetivo: Este estudo teve a
finalidade de analisar as relações entre a AFS, o Índice de Massa Corporal (IMC) e as variáveis sociodemográficas. Material e métodos: Foram
aplicados 106 questionários a estudantes universitários da cidade de Aracaju/SE, sendo 68,86% do sexo feminino e com média de idade de
25,47 anos (amplitude de 17 a 39 anos). Os participantes responderam à escala de AFS e a um conjunto de questões sociodemográficas, além
da medida do peso e altura. A escala de AFS é composta por 12 itens referentes à ansiedade ante o julgamento social da aparência corporal.
As respostas variam de 1 (nada característico para mim) a 5 (extremamente característico para mim). Resultados: Foi realizada uma análise
de correlação de Spearman entre as variáveis AFS, os dados sociodemográficos e o IMC. Os principais resultados indicaram correlação entre
AFS e gênero, sendo as mulheres representantes dos maiores escores. Conclusões: Tendo em vista a literatura especializada no tema em questão indicar que o IMC, a prática de atividade física e a idade são variáveis que apresentam relação com a AFS, demais pesquisas estão sendo
realizadas no sentido de trazer respostas mais amplas e condizentes com a realidade. Palavras-chave: Ansiedade Física Social, IMC e variáveis
sociodemográficas
S626
P177
EQUILÍBRIO DA MASSA CORPORAL E EQUILÍBRIO NA COMPOSIÇÃO CORPORAL
Silva V, Almeida PBL
Gordura relativa à Massa Corporal (%)
O equilíbrio dos componentes da composição corporal, em qualquer nível (atômico, molecular, celular, tecidual ou o corpo todo), apresenta
relação direta com o estado de saúde. Usualmente, o método utilizado para verificar a obesidade, caracterizada como um tipo de desequilíbrio
da composição corporal, é o índice de massa corporal (IMC). Isso ocorre por ser um ótimo indicador clínico e epidemiológico no controle do
risco à saúde relacionado à massa corporal (peso). A OMS afirma que o equilíbrio da massa corporal é mantido com o IMC entre 18,5 e 25,0
kg/m². Para o equilíbrio na composição corporal, o NIDDK sugere que a gordura relativa à massa corporal deve ser mantida abaixo de 15% e
25% para homens e mulheres, respectivamente. Assim, o objetivo do estudo foi analisar o equilíbrio da massa corporal e da composição corporal por meio da comparação da gordura relativa à massa corporal categorizada pelo IMC. Foram avaliados 606 indivíduos, sendo 329 mulheres
e 277 homens, com idades entre 18 e 87 anos. As variáveis utilizadas foram o IMC (kg/m²) e a gordura corporal relativa à massa corporal
(%) predita por equações antropométricas. Como estratégia para analisar o equilíbrio da massa corporal e da composição corporal, criaram-se
grupos baseados na categorização do IMC da seguinte forma: IMC < 18,50 (< 18,5); IMC 18,50 a 19,99 (18,5 a 20,0); IMC 20,00 a 23,49
(20,0 a 23,5); IMC 23,50 a 24,99 (23,5 a 25,0); IMC 25,00 a 27,49 (25,0 a 27,5); IMC 27,50 a 29,99 (27,5 a 30,0); IMC 30,00 a 34,99
(30,0 a 35,0); IMC 35,00 a 39,99 (35,0 a 40,0); IMC ≥ 40,00 (≥ 40,0). Dessa forma, seria possível verificar a proporção de gordura para as
determinadas categorias do IMC. Inicialmente o teste de Shapiro-Wilk foi conduzido para verificar a hipótese de distribuição normal. Como
o pressuposto de normalidade não foi preenchido, a análise de variância de Kraskal-Wallis foi usada para comparar os grupos categorizados
pelo IMC. Assim, como medida de tendência central foi utilizada a mediana e como medida de dispersão foi utilizada a amplitude interquartil.
O nível de significância considerado foi p < 0,05. A figura 1 apresenta a análise do equilíbrio da massa corporal e da composição corporal por
meio da comparação da gordura relativa à massa corporal categorizada pelo IMC. Conclui-se que com o aumento do IMC há aumento da
gordura relativa à massa corporal, ocorrendo diferenças significativas da gordura relativa à massa corporal entre os grupos categorizados pelo
IMC. Entretanto, mesmo nas categorias em que há equilíbrio da massa corporal (IMC entre 18,5 e 25,0 kg/m² para ambos os gêneros), não
há equilíbrio da composição corporal (gordura relativa abaixo de 15% para os homens e 25% para as mulheres).
Índice de Massa Corporal (kg/m2)
Mediana
Amplitude Inter-Quadrado
a = p < 0,05 em relação ao IMC > 18,5; b = p< 0,05 em relação ao IMC 18,5 a 20,0; c – p < 0,05 em relação ao
IMC 30,0 a 23,5; d = ´p < 0,05 em relação ao IMC 23,5 a 25,0; e = p < 0,05 em relação ao IMC 25,0 a 27,5.
Figura 1. Análise do equilíbrio da massa corporal e da composição corporal através da comparação da gordura relativa à massa corporal categorizada pelo IMC.
P178
INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS DE RISCO CARDIOVASCULAR EM ESTUDANTES DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA UEFS
Jesus GM, Conceição MS, Conceição DS
UEFS/Nepafis.
Introdução: As doenças crônicas não transmissíveis representam a maior causa de mortalidade no planeta, sendo as doenças cardiovasculares
(DCV) responsáveis por grande parte dos óbitos e morbidade neste grupo. Entre os fatores de risco para DCV está a obesidade, que pode ser
definida como o acúmulo excessivo de gordura corporal, em extensão total ou localizada. Objetivo: O presente trabalho teve como objetivo
descrever os indicadores antropométricos de risco cardiovascular de estudantes de Educação Física da UEFS, conforme características demográficas e comportamentais. Metodologia: O desenho do estudo foi de corte transversal, com uma amostra composta por 58 estudantes,
sendo 51,7% do sexo feminino. Neste estudo foram descritos o índice de massa corporal (IMC), a circunferência da cintura (CC), o índice de
conicidade (Índice C) e as relações razão circunferência cintura-quadril (RCCQ) e a Razão Cintura-Estatura (RCEst), conforme sexo, idade,
estado civil, ocupação, turno de trabalho, carga horária de trabalho semanal, percepção de estresse e hábitos alimentares. Resultados: Foi
S627
TEMAS LIVRES Pôsteres
Faculdade de Educação Física, ACM de Sorocaba.
verificado um percentual alto de eutróficos, e apenas a variável sexo apresentou associação significante com o IMC (RP = 2,78; IC 95%: 1,146,81). Os homens apresentaram maior prevalência de sobrepeso e obesidade (46,4%) e de risco coronariano elevado segundo o IMC (64,3%).
A CC, o índice C, a RCCQ e a RCEst não apresentaram associação estatisticamente significante com as variáveis estudadas. Conclusão: Os
achados desta pesquisa apontam para a necessidade da realização de novos estudos que não apenas descrevam as variáveis aqui utilizadas, mas
as analisem. Sugere-se também que este estudo seja realizado novamente com uma amostra mais significativa dessa população e seja feita a
utilização de outras variáveis e de outros fatores relacionados às DCV, como a hipertensão e o perfil lipídico dos estudantes, além de investigar
a relação entre variáveis como o estresse, ocupação e turno de trabalho e DCV.
P179
PREVALÊNCIA DE EXCESSO DE PESO EM UMA COMUNIDADE INSULAR
Brito MS, Santos JMMM, Oliveira EN, Brandão LMS
TEMAS LIVRES Pôsteres
EBMSP.
A obesidade é uma doença crônica epidêmica no mundo por ter etiologia complexa baseada em fatores genéticos e ambientais, de difícil
controle, e com variadas comorbidades associadas. Os hábitos inadequados – como dieta hipercalórica e lipídica, aliada ao sedentarismo –
estão dentre as principais causas. No Brasil, 12,1% da população enquadra-se nos critérios de obesidade, o que onera o serviço de saúde e
compromete a qualidade de vida dos indivíduos. Objetivo: Determinar a prevalência e os fatores comportamentais associados ao sobrepeso
e à obesidade na população adulta da Ilha de Bom Jesus dos Passos, BA. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo transversal no qual
foram sorteados 118 indivíduos de uma comunidade pesqueira pertencente a Salvador – Bahia, que, em visita domiciliar, foram submetidos
à avaliação clínica por meio de um questionário sociodemográfico e epidemiológico para os fatores relacionados à obesidade, além de exame
físico direcionado para medidas do nível pressórico, índices antropométricos e avaliação laboratorial do perfil glicídico e lipídico. Resultados: Os indivíduos sorteados apresentaram idade média de 47,9 ± 15,6 anos, sendo 72% do gênero feminino e 72% de etnia não branca.
Foi encontrada nesta população uma taxa de 52,5% de moradores com IMC ≥ 25 kg/m², sendo 28,9% classificado como sobrepeso e 18,6%
nos diversos graus de obesidade. A média do IMC entre os homens foi de 24,7 kg/m² e 26,3 kg/m² entre as mulheres. Nos indivíduos que
apresentaram excesso de peso, foi observada uma taxa média de glicemia capilar em jejum correspondente a intolerância a glicose (118,6 mg/
dL) e circunferência abdominal média aumentada tanto em homens (97 cm) quanto em mulheres (98 cm). Conclusão: Foi identificada uma
alta prevalência de sobrepeso e obesidade na ilha, o que possivelmente refletiu em outros dados, como níveis elevados de glicemia em jejum
e obesidade central. Diante disso, é necessária a implantação de campanhas eficazes direcionadas a orientar os moradores a como evitar essa
doença, protegendo-a, assim, das consequências do excesso de peso na qualidade de vida dessa comunidade.
P180
SÍNDROME METABÓLICA APÓS TRANSPLANTE DE FÍGADO
Ducca WJ, Felício HCC, Oliveira FRG, Franco NC, Silva RCMA, Silva RFD, Arroyo Jr P
Hospital de Base, Famerp.
A síndrome metabólica (SM) é caracterizada pela coexistência de pelo menos três dos seguintes parâmetros no mesmo indivíduo: 1) hipertensão arterial sistêmica, 2) obesidade central, 3) hipertrigliceridemia, 4) níveis reduzidos de HDL-colesterol, 5) diabetes ou intolerância à glicose. Essas alterações metabólicas são observadas frequentemente em pacientes transplantados de fígado (TXF). Objetivo: Estudar a prevalência
de SM e de suas variáveis individualmente em pacientes no período pós-operatório tardio do TXF. Casuística e métodos: Foram estudados
consecutivamente 85 pacientes submetidos ao TXF no período de setembro de 2007 a fevereiro de 2009. Os pacientes foram avaliados no
ambulatório ou na enfermaria. Os critérios de inclusão foram: pacientes maiores de 18 anos, sem uso de álcool pós-TXF e transplantados há
mais de 12 meses. Para classificar a SM foram adotados os critérios do NCEP – ATP III (NIH, 2001). Resultados: 59 pacientes eram do sexo
masculino (69,4%), a idade média foi de 53,4 + 7,3 anos (21 a 75 anos), o tempo médio pós-TXF foi de 51,6 + 29,1 meses (12 a 126 meses).
As etiologias da cirrose mais frequentes foram vírus da hepatite C - VHC (56,5%), álcool (49,4%), VHB (28,2%) e criptogênica ou NASH
(4,7%). No pré-TXF apenas 1 paciente referiu ter o diagnóstico de SM, porém 7 referiram o diagnóstico de diabetes (8,2%), 3 de dislipidemia
(3,5%), 11 de HAS (12,9 %) e 25 de obesidade (29,4%). O peso médio na avaliação atual foi de 89 + 13,7 kg (45,7 a 113 kg), o índice de
massa corporal (IMC) foi de 31,9 + 3,6 kg/m² (16,2 a 41,5 kg/m²), a circunferência abdominal média em homens foi de 101,1 + 12,8 cm
(79 a 132 cm) e nas mulheres foi de 92,1 + 14 cm (67 a 120 cm). Dos 85 pacientes, 50 estavam acima do peso (58,8%); 30 apresentavam
sobrepeso (35,3%), 18 obesidade leve (21,2%), 1 obesidade moderada (1,2%) e 1 obesidade grave (1,2%). Analisando a circunferência abdominal, 42/77 apresentavam obesidade central (54,5%). A dislipidemia (aumento de triglicérides e/ou diminuição do HDL-c) foi observada
em 40/77 pacientes (51,9%), a HAS foi encontrada em 56/84 pacientes (66,7%). Diabetes Melito foi encontrado em 35/80 pacientes após o
TX (31,8%); destes 7 já eram diabéticos pré-TXF. A SM foi encontrada em 34/79 pacientes (43%). Com relação ao tipo de imunossupressor
utilizado nestes pacientes, 13 usavam Tacrolimus (38,2%), 16 Ciclosporina (47,1%) e 5 Rapamicina (14,7%). O sedentarismo foi encontrado
em 63 pacientes (74,1%). Conclui-se que a prevalência de SM e de alterações metabólicas individuais foi alta na população estudada. Sendo
assim, torna-se importante realizar medidas preventivas e terapêuticas dessas complicações.
S628
P181
INDICADORES DE SÍNDROME METABÓLICA EM PRATICANTES DE GINÁSTICA DE ACADEMIA NA CIDADE DE GOVERNADOR
VALADARES – MG
Viana KM, Souza RA, Segheto W
Introdução: Sabe-se que alterações no estilo de vida podem provocar o surgimento de diversas patologias que se manifestam ao mesmo tempo, denominadas de Síndrome Metabólica (SM). Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (2004), conhecer e entender os mecanismos
inerentes à SM é um dos principais desafios do início deste século. Objetivo: Este trabalho teve como objetivo verificar a ocorrência de SM
em mulheres praticantes de ginástica de academia na cidade de Governador Valadares – MG. Material e métodos: A amostra foi formada por
16 sujeitos do gênero feminino, praticantes de ginástica, na faixa etária de 30 a 40 anos de idade. A coleta de dados foi realizada no mês de
outubro de 2008, após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Para a mensuração da Pressão Arterial (PA) os sujeitos
ficaram deitados durante dez minutos, sem nenhuma agitação, e foi utilizado um esfignomanômetro da marca Premium. A massa corporal
(MC) e a estatura (E) foram mensuradas seguindo os procedimentos propostos por Marins e Giannichi (2003), sendo utilizada uma balança
da marca Filizola Balmak, com precisão de 100 gramas e um estadiômetro da marca Filizola com precisão de 0,5 metro, respectivamente.
A medida da circunferência abdominal (CA) foi realizada com a fita métrica da marca Physical, tendo como referência o menor perímetro
visual entre a última costela e a crista ilíaca. A coleta de sangue para análise da glicemia em jejum, HDL colesterol e triglicerídeos foi realizada
em laboratórios especializados. Para análise das variáveis os dados foram tabulados por meio do programa Excel, versão 2007, sendo utilizada
a estatística descritiva básica. Em seguida foi feito um procedimento descritivo de frequência de ocorrência das variáveis. Este estudo foi realizado seguindo os princípios éticos em seres humanos de acordo com a resolução do Conselho Nacional de Saúde nº 196/96. Resultados:
O IMC foi em média de 25,82 kg/m² (± 4,78); 18,75% dos avaliados apresentaram IMC ≥ a 30 kg/m². Dos sujeitos avaliados 12,5% apresentaram CA superior aos paramêtros descritos no NCEP-ATPIII (> 88 cm para mulheres), sendo o valor médio para esta variável de 75,43
cm (± 8,13 cm). Nenhum dos sujeitos apresentou glicose (82,43 mg/dL ± 8,49 mg/dL) acima dos parâmetros descritos pelo NCEP-ATPIII,
porém em 6,25% foram encontrados valores superiores a 150 mg/dL para o triglicérides (90,93 mg/dL ± 37,84 mg/dL) e 37,5% apresentaram valores inferiores a 50 mg/dL para o HDL colesterol (54,62 mg/dL ± 12,23 mg/dL). Quanto à PA, somente 6,25% apresentaram
valor superior a 130 mmHg para a PA sistólica (113,75 mmHg ± 8,85 mmHg), e nenhum dos sujeitos foi avaliado com PA diastólica (73,75
mmHg ± 9,57 mmHg) superior a 85 mmHg. Dos sujeitos avaliados nenhum foi diagnosticado com SM, tendo como critério a presença de
três ou mais fatores de risco. Conclusão: Apesar de alguns sujeitos terem apresentado alteração em variáveis importantes para a saúde como
o IMC, a gordura corporal, triglicérides e HDL colesterol, não foi identificada a presença de SM em mulheres praticantes de ginástica de
academia avaliadas neste estudo.
P182
PREVALÊNCIA DE SOBREPESO E OBESIDADE DE ESCOLARES DA CIDADE DE PORTO ALEGRE – RS
Costa RF, Meyer F, Nogueira RC
Escola de Educação Física, UFRGS.
Introdução: A obesidade é um problema de saúde pública cuja prevalência apresenta crescimento em todo o Brasil, sobretudo em populações
pediátricas. Estudos epidemiológicos para identificar a prevalência de sobrepeso e obesidade na infância constituem importante ferramenta
para o conhecimento da magnitude do problema e orientação de programas de intervenção tanto de prevenção quanto de tratamento. Objetivo: Verificar a prevalência de sobrepeso e obesidade de crianças de 7 a 10 anos de idade, de escolas públicas da cidade de Porto Alegre – RS.
Material e métodos: Estudo descritivo com delineamento transversal, realizado a partir de amostra equiprobabilística por conglomerados, na
qual foram avaliados 1.512 escolares de 7 a 10 anos de idade, sendo 714 meninos e 798 meninas. O estado nutricional foi avaliado por meio
do índice de massa corporal (IMC) por idade e sexo, utilizando-se os critérios propostos pelo CDC (2000). Resultados: A prevalência total de
sobrepeso foi de 14,2% e de obesidade, de 11,2%. Os meninos apresentaram 11,3% de sobrepeso e 11,8% de obesidade, enquanto as meninas,
16,7% de sobrepeso e 10,8% de obesidade. Os resultados estratificados por idade são apresentados na tabela abaixo:
Idade
7 anos
Masculino
Feminino
Sobrepeso
Obesidade
Sobrepeso
Obesidade
12,2%
10,8%
11,0%
10,3%
8 anos
11,3%
10,9%
19,2%
13,3%
9 anos
11,0%
14,2%
18,0%
11,6%
10 anos
11,1%
10,4%
15,9%
5,1%
Conclusão: Os resultados obtidos mostraram que o excesso de gordura corporal em escolares de 7 a 10 anos de idade das escolas públicas
a cidade de Porto Alegre é elevado, o que indica a necessidade de programas de intervenção por parte do poder público, tanto preventivos
quanto de tratamento.
S629
TEMAS LIVRES Pôsteres
Fagoc.
P183
PREVALÊNCIA DE DESNUTRIÇÃO E OBESIDADE EM ESCOLARES INGRESSANTES NUMA ESCOLA MUNICIPAL DE VITÓRIA DA
CONQUISTA – BAHIA
Novais FS, Almeida OS, Saito VST, Silva VM, Moura NPS, Antonio FMD
TEMAS LIVRES Pôsteres
Faculdade de Tecnologia e Ciências/Vitória da Conquista – BA.
Introdução: A desnutrição é um problema de preocupação mundial, atingindo especialmente as classes socioeconômicas menos favorecidas.
As crianças representam o grupo etário mais suscetível a este problema, contribuindo para o surgimento de várias patologias. Nos países em
desenvolvimento, em geral, sobrepeso e obesidade são mais prevalentes na população mais favorecida economicamente. Já nos países desenvolvidos, a grande maioria das crianças com sobrepeso ou obesas pertence a famílias de classes menos favorecidas. Os fatores biopsicossociais
influenciam na formação dos hábitos alimentares, os quais são adquiridos à medida que a criança se desenvolve, principalmente na fase de
escolhas e preferências alimentares. A escola tem um importante papel nessa formação, pois a criança passa a socializar-se, descobrindo novos
alimentos, preparações e hábitos. Objetivo: Analisar a prevalência de desnutrição e obesidade em escolares ingressantes numa escola municipal
de Vitória da Conquista – BA. Materiais e métodos: Estudo do tipo quantitativo, descritivo e exploratório, realizado numa escola municipal de Vitória da Conquista – BA. Num universo de 200 escolares, aplicou-se a fórmula de Barbetta (2007), com margem de erro de 3%.
A amostra é composta de 169 crianças, sendo 100 do sexo masculino e 84 do sexo feminino, com idades compreendidas entre 6 e 10 anos.
A avaliação antropométrica foi realizada no período de março a abril, em 2009. Na avaliação antropométrica, mensurou-se o peso corporal
(kg) em uma balança do tipo plataforma da marca Filizola, com precisão de 0,1 kg para peso e 0,1 cm para altura, com variação de 0,1 kg e
capacidade de até 150 kg. Para a classificação do estado nutricional utilizaram-se os parâmetros P/E, E/I e (IMC, em kg/m²). A mensuração
dos dados foi inserida num gráfico-padrão proposto pela NCHS (National Center of Health Statistics, USA), individualizado por idade e sexo.
As avaliações do estado nutricional tomam como referência as medidas constantes no percentil 50 das curvas e tabelas, e os cálculos são feitos
a partir destas. Foi assinado um termo de Consentimento Livre e Esclarecido, conforme Resolução nº 196/96. Resultados: Dos resultados
obtidos observa-se que, dos 92 escolares do sexo masculino, a prevalência de obesidade foi de 0%; 19,7% apresentaram desnutrição pregressa;
9,8% desnutrição aguda e 5,4% Desnutrição Crônica. Já no sexo feminino, a análise dos 77 escolares permitiu inferir que 5,2% apresentaram
obesidade; 22,1% Desnutrição Pregressa; 32,5% Desnutrição Aguda e 2,5% Desnutrição Crônica. Conclusão: Respeitando-se as limitações
inerentes ao número da amostra, conclui-se que, entre os escolares que foram avaliados, houve maior prevalência de desnutrição crônica.
Percebe-se também a discrepância significativa em todas as prevalências, comparativamente, observando-se valores superiores no sexo feminino. Os fatores envolvidos neste processo, somados ao envolvimento com a vida urbana, contribuem para a multifatorialidade de problemas
que caracterizam a atual condição de vida desses escolares, suscitando-se a necessidade de implementação imediata de políticas sociais que
melhorem a assistência à saúde.
P184
FATORES ANTROPOMÉTRICOS ASSOCIADOS AO CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL – PROJETO “AVALIAÇÃO DA EFETIVIDADE DO
PROGRAMA DE ATENÇÃO AO HIPERTENSO”
Andrade CS, Ribeiro L, Ferreira PA, Conceição JN
UESC.
Introdução: A obesidade é um fator de risco independente para as doenças cardiovasculares e está fortemente associada ao desenvolvimento
de hipertensão arterial sistêmica (HAS), bem como influencia o controle dos níveis pressóricos. Para avaliar o excesso de peso, recomendase a utilização do índice de massa corpórea (IMC) e da circunferência abdominal (CA) em virtude da simplicidade e do baixo custo desses
parâmetros. Objetivo: Propõe-se investigar a associação entre índices antropométricos (IMC e CA) e o controle da pressão arterial (PA).
Material e métodos: Este estudo retrospectivo, transversal, representa uma das vertentes do projeto Avaliação da Efetividade do Programa
de Atenção ao Hipertenso, realizado entre novembro de 2008 e maio de 2009, em uma Unidade de Saúde da Família (USF), na periferia do
município de Itabuna – Bahia. A população estudada foi composta por 130 hipertensos inscritos e acompanhados pelo Programa Hipertensos
e Diabéticos do Ministério da Saúde (Hiperdia) desta USF. Os dados foram coletados dos prontuários e das fichas de cadastro no programa
Hiperdia, consolidados e analisados no programa SPSS versão 10.0. As variáveis analisadas foram sexo, idade, IMC, CA, fatores de risco,
níveis pressóricos iniciais, a média das seis primeiras e das seis últimas medidas pressóricas após ingresso no programa. Na correlação entre as
variáveis estudadas, utilizou-se o cálculo do qui-quadrado, tendo em vista o tamanho da amostra, considerando como significância estatística
um p < 0,05. Os parâmetros de avaliação seguiram as V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial Sistêmica (2006) e a I Diretriz Brasileira
de Síndrome Metabólica (2005). Resultados: A idade média foi de 65 anos (± 5,06 anos), com predomínio do sexo feminino, correspondendo a 94 mulheres (92,30%), a maioria sedentária, equivalendo a 78 casos (60%). A média da pressão sistólica e diastólica inicial foi 150
e 95 mmHg, respectivamente. A média das seis primeiras medidas pressóricas correspondeu a 148 x 90 mmHg. No total, 95 (73,07%) dos
pacientes foram classificados como não controlados. A média do IMC foi 27,66 kg/m², com 84 pacientes (64,61%) obesos (IMC ≥ 30 kg/
m²) ou em sobrepeso (IMC entre 25 e 29,9 kg/m²). Houve uma correlação positiva entre o sobrepeso/obesidade com as médias pressóricas
iniciais e com as medidas de acompanhamento. A CA aumentada (85-65,38%) também se associou aos níveis pressóricos, independentemente
do sexo e da idade. Entretanto, o IMC relacionou-se mais consistentemente com o controle da pressão arterial. Conclusão: Existe associação
entre os índices antropométricos analisados e os níveis pressóricos, o que corrobora com os dados da literatura. Dessa forma, consistem em
bons instrumentos para acompanhamento do paciente hipertenso. Depreende-se que, para se atingir a efetividade do controle da PA, devem
ser instituídas ações voltadas para o controle da obesidade.
S630
P185
PREVALÊNCIA DE SOBREPESO E OBESIDADE ENTRE TRABALHADORES DE ENFERMAGEM DE UM HOSPITAL DE MÉDIO PORTE NO
INTERIOR DO RIO GRANDE DO SUL
Harb ABC, Lenz A, Genezzini JL
Introdução: A obesidade representa o problema nutricional de maior ascensão entre a população observada nos últimos anos, sendo considerada uma epidemia mundial (1). No cenário epidemiológico do grupo de doenças crônicas não transmissíveis, ela se destaca por ser
simultaneamente uma doença e um fator de risco para outras doenças como: hipertensão e diabetes, igualmente com taxas de prevalência em
elevação no País (2). Objetivo: Verificar a prevalência de sobrepeso e obesidade entre trabalhadores de enfermagem de um hospital de médio
porte no interior do Rio Grande do Sul. Método: Estudo transversal avaliando 71 funcionários com idade entre 18 e 60 anos das unidades de
internação, no período de 1 de setembro a 7 de novembro de 2008. Critérios de inclusão: possuir vínculo com a instituição e estar exercendo
atividades profissionais no período da coleta de dados nos cargos de enfermeiro, técnico de enfermagem ou auxiliar de enfermagem, sendo
indiferente o turno de trabalho. Foi aplicado um questionário com questões sobre variáveis biológicas, socioeconômicas e sociocomportamentais. O estado nutricional foi classificado pelo IMC e para a classificação do risco de complicações metabólicas de acordo com a distribuição de
gordura corporal, foi utilizada a circunferência da cintura. Resultados: 8,5% eram do sexo masculino e 91,5% do sexo feminino. A faixa etária
foi a de 18 a 29 anos (49,3%). O IMC médio foi de 25,60 ± 4,75 kg/m². A prevalência de excesso de peso foi de 45,1% (sobrepeso – 28,2%
e obesidade – 6,9%), e este foi maior nas mulheres (46,2%) do que nos homens (33,3%). A média encontrada da circunferência da cintura foi
de 84,83 ± 9,02 cm nos homens e 83,96 ± 13,18 cm nas mulheres. No sexo feminino foi encontrada significância estatística (p < 0,001) para
a circunferência da cintura quando associada ao excesso de peso. As variáveis que se mantiveram associadas significativamente com sobrepeso
e obesidade foram: a idade, entre as pessoas de 50 a 60 anos (p = 0,026); o estado civil casado (p = 0,043); e o número de gestações entre as
que tiveram 4 ou mais gestações (p = 0,008). Conclusão: A prevalência de sobrepeso e obesidade mostrou-se elevada e semelhante às descritas
em alguns estudos realizados no Brasil. Os resultados apontam para a necessidade de adoção de programas de saúde de caráter preventivo, com
enfoque na mudança do estilo de vida, sensibilizando o trabalhador quanto à mudança de hábitos de vida nocivos à saúde. 1 - CAIRES, Noélia
et al. Sobrepeso e obesidade entre os funcionários da UEFS. Revista Baiana de Saúde Pública, Feira de Santana, v. 29, n. 2, p. 238-250, jul./
dez. 2005. 2 - BRASIL. Ministério da Saúde. Obesidade. Brasília, 2006. (Série Cadernos de Atenção Básica, n. 12).
P186
PANORAMA DA OBESIDADE EM MULHERES HIPERTENSAS ATENDIDAS PELO PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA NO INTERIOR DA
BAHIA
Ribeiro L, Andrade CS, Ferreira PA, Conceição JN
UESC.
Introdução: A obesidade representa um problema de saúde pública, com maior prevalência no sexo feminino em relação ao masculino. Além
disso, as mulheres correspondem à maior parte dos indivíduos inscritos no Programa Hipertensos e Diabéticos do Ministério da Saúde (Hiperdia). Objetivo: Investigar a prevalência de obesidade em mulheres idosas e os fatores de risco cardiovascular associados. Material e métodos:
Trata-se de um estudo retrospectivo, transversal, realizado entre junho de 2007 e maio de 2009, em duas Unidades de Saúde da Família
(USF), na periferia do município de Itabuna – Bahia. A população estudada foi composta por 188 mulheres hipertensas inscritas no Hiperdia
destas USF. Os dados foram coletados das fichas de cadastro no programa Hiperdia, consolidados e analisados no programa SPSS versão 10.0.
As variáveis analisadas foram idade, escolaridade, situação conjugal, etnia, índice de massa corpórea (IMC), circunferência abdominal (CA), níveis pressóricos e fatores de risco. Para análise dos dados foram empregados o teste Qui-quadrado de Pearson ou Teste Exato de Fisher, Análise
Multivariada por Regressão Logística, adotando-se p < 0,05. Os parâmetros de avaliação seguiram às V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão
Arterial Sistêmica (2006) e a I Diretriz Brasileira de Síndrome Metabólica (2005). Resultados: A idade média foi de 62,32 anos (± 6,07
anos). Houve predomínio da etnia parda e de não alfabetizadas, correspondendo a 154 (81,91%) e 90 (47,57%) pacientes, respectivamente.
O estágio I da hipertensão (140-159 x 90-99 mmHg) foi o mais prevalente, num total de 147 hipertensas (78,19%). A média geral do IMC
foi de 28,10 kg/m2. A prevalência de obesidade/sobrepeso foi de 64,89% (IC 95%: 62,3-67,3) e adiposidade abdominal foi de 76% (IC 95%:
73,5-78,5). A obesidade concentrou-se na faixa etária de 60-69 anos, associando-se positivamente ao sedentarismo (p < 0,05), principal fator
de risco cardiovascular. Houve correlação entre os níveis pressóricos e os índices antropométricos (IMC, CA). O infarto agudo do miocárdio
se destacou entre as complicações, acometendo 35 hipertensos (18,61%). Escolaridade, situação conjugal e etnia não se associaram ao excesso
de peso. Conclusão: No grupo estudado, observou-se uma prevalência de mulheres idosas, com baixo nível de escolaridade, elevadas taxas de
excesso de peso e sedentarismo. A alta prevalência de obesidade requer que os serviços de saúde de atenção básica estimulem a adoção de um
estilo de vida saudável, visando à promoção da saúde e à prevenção de agravos em hipertensos.
S631
TEMAS LIVRES Pôsteres
Sociedade Beneficência e Caridade de Lajeado, Hospital Bruno Born.
P187
COMPARAÇÃO ENTRE A OCORRÊNCIA DE SOBREPESO E OBESIDADE EM UMA ESCOLA DA REDE PÚBLICA MUNICIPAL, ESTADUAL
E DA REDE PARTICULAR
Cocate PG, Cruz LA, Ferreira FG, Ciconha RT, Segheto W
TEMAS LIVRES Pôsteres
Fagoc.
Introdução: Sabe-se que o aumento de peso pode desencadear graves consequências na infância e agravar-se ainda mais na vida adulta. Em
função do estilo de vida inerente a crianças de escolas públicas e privadas que podem apresentar diferenças quanto a locomoção, atividades de
lazer, hábitos alimentares e nível de atividade física, entre outros, pode haver diferenças entre a ocorrência de sobrepeso e obesidade quando
comparadas crianças que estudam em escolas públicas (municipal e estadual) e em escolas privadas. Objetivo: Verificar e comparar a ocorrência
de sobrepeso e obesidade em crianças da rede pública municipal, estadual e particular. Materiais e métodos: A amostra do estudo foi selecionada, de forma intencional, sendo uma escola da rede municipal, uma escola da rede estadual e uma escola da rede privada. Foram avaliadas 48
crianças do gênero masculino e 63 crianças do gênero feminino. Para cálculo do IMC foi mensurada a massa corporal e a estatura, seguindo os
procedimentos descritos por Marins e Giannichi (2003). A classificação em sobrepeso e obesidade foi baseada nos critérios determinados por
Kuczmarski (2002), por meio do IMC, de acordo com os pontos de corte sugeridos pelo Center for Disease Control (CDC) and Prevention,
em 2000. Os dados foram analisados no programa Sigma Start 3.0, adotando como estatisticamente significante o valor de p < 0,05. Este
estudo foi realizado seguindo os princípios éticos em seres humanos de acordo com a Resolução do Conselho Nacional de Saúde nº 196/96.
Resultados: A ocorrência de sobrepeso e obesidade nos três seguimentos de ensino avaliados foi superior na escola municipal, enquanto na
escola estadual foram encontrados os menores índices dessas variáveis. Quando se analisa somente o sobrepeso, a escola municipal apresenta
resultados muito preocupantes, com 30% de ocorrência. Para a ocorrência de obesidade os maiores índices foram encontrados na escola privada; 26,47% das crianças apresentaram valores superiores ao percentil 95, enquanto na escola municipal esses valores foram de 20% e na escola
estadual de 12,28%. Ao analisar as escolas públicas (municipal e estadual), notou-se uma ocorrência de 20,26% de sobrepeso e 16,14% de
obesidade. Ao se analisar a ocorrência de sobrepeso e obesidade em meninos e meninas, verificou-se que nos meninos os valores de sobrepeso
e obesidade foram de 16,67% e 22,91%, respectivamente. No gênero feminino os valores de sobrepeso e obesidade foram inferiores ao gênero
masculino; 15,87% das meninas estão com sobrepeso e 14,29%, com obesidade. Os valores médios de IMC para meninos e meninas foram de
18,06 kg/m² (± 2,79) e de 17,05 kg/m² (± 3,34), respectivamente, não sendo diferente estatisticamente (p = 0,416). Conclusão: As escolas
públicas apresentaram valores superiores de sobrepeso, enquanto a escola privada apresentou percentuais maiores de obesidade. Assim como
em alguns estudos, os meninos apresentaram uma ocorrência maior de sobrepeso e obesidade quando comparados com as meninas. Estes
resultados estão condizentes com os encontrados na literatura, demonstrando que pode haver uma influência do nível socioeconômico na
ocorrência dessas variáveis
P188
OCORRÊNCIA DE SOBREPESO E OBESIDADE EM MENINAS RESIDENTES NA ZONA RURAL E NA ZONA URBANA DE UMA CIDADE DO
INTERIOR DE MINAS GERAIS
Paula JAT, Cocate PG, Cruz LA, Ferreira FG, Segheto W
Fagoc.
Introdução: Dados do IBGE de 2006 demonstraram que a obesidade é preponderante no meio urbano, enquanto a desnutrição persiste
nas regiões mais pobres e no meio rural, porém não há estudos demonstrando como realmente essas variáveis se manifestam em populações
de cidades de pequeno porte. Características culturais e regionais são determinantes no crescimento humano, sendo de extrema importância
conhecer como essas variáveis vem se apresentando para que programas adequados possam ser aplicados e orientados. Objetivo: Verificar a
ocorrência de sobrepeso e obesidade em meninas residentes na zona rural e na zona urbana de Coimbra – MG. Materiais e métodos: Fizeram
parte da amostra 180 alunas do gênero feminino: 32,04% (116) se encontravam na zona rural e 67,95% (246) na zona urbana da cidade.
Para cálculo do IMC foram mensuradas a massa corporal e a estatura, seguindo os procedimentos descritos por Marins e Giannichi (2003). A
classificação em sobrepeso e obesidade foi baseada nos critérios determinados por Kuczmarski (2002), por meio do IMC, de acordo com os
pontos de corte sugeridos pelo Center for Disease Control (CDC) and Prevention, em 2000. Os dados foram analisados no programa Sigma
Start 3.0, adotando como estatisticamente significante o valor de p < 0,05. Este estudo foi realizado seguindo os princípios éticos em seres
humanos de acordo com a Resolução do Conselho Nacional de Saúde nº 196/96. Resultado: Percebe-se uma similaridade entre o número
de meninas eutróficas da zona rural e da zona urbana; na zona rural os valores encontrados foram de 83,09% e na zona urbana, de 80,7%. O
que também acontece com os níveis de obesidade, em que 4,58% da zona urbana apresentaram-se obesas e 4,22% da zona rural, e os níveis de
sobrepeso encontrados apresentam porcentagens maiores na zona rural (8,45%) do que na zona urbana (5,50%), e os valores médios de IMC
para as meninas residentes na zona rural foram de 16,16 kg/m² (± 2,38) e aquelas que residem na zona urbana tiveram um IMC médio de
15,98 kg/m² (± 2,17); não foram encontradas diferenças significativamente estatística entre os grupos. Os IMC de meninas da zona rural e da
zona urbana, quando comparados de acordo com a idade cronológica, não apresentaram diferença significativa para os 6 anos (p = 0,312), 7
anos (p = 0,861), 9 anos (p = 0,834) e 10 anos (p = 0,120); somente foi encontrada diferença significativa para a idade de 8 anos (p = 0,013).
Quanto à ocorrência de sobrepeso, verifica-se que na idade de 10 anos (30%) foram encontrados os maiores valores nas meninas residentes
na zona rural e na idade de 9 anos (8,69%) para aquelas da zona urbana, sendo importante destacar que na idade de 7 anos e 9 anos não foi
encontrada nenhuma ocorrência de sobrepeso para meninas da zona rural. Em relação à ocorrência de obesidade, nota-se que 13,04% das
meninas de 9 anos que reside na zona urbana e 15% de 6 anos da zona rural apresentaram obesidade; na idade de 7 anos, 8 anos e 10 anos
naquelas residentes na zona urbana e na idade de 7 anos, 8 anos, 9 anos e 10 anos naquelas residentes na zona rural não foram encontrados
valores percentuais de obesidade.
S632
P189
PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA E DE SEUS COMPONENTES EM IDOSOS DE PORTO ALEGRE – RS
Pereira AMVB, Schwanke CHA, Silva Filho IG, Bastos CC, Senger AE, Viegas K, Closs VE
Introdução: Síndrome metabólica (SM) é uma disfunção associada a um risco cardiometabólico elevado, cuja prevalência aumenta com a
idade. Contudo, estudos na população idosa brasileira são escassos, mas fundamentais para que medidas preventivas na atenção básica à saúde
sejam implementadas. Objetivos: Descrever a prevalência de síndrome metabólica e de seus componentes na população idosa de Porto Alegre,
RS. Material e métodos: O estudo foi realizado a partir da análise do banco de dados obtidos na segunda fase do Estudo Multidimensional
dos Idosos de Porto Alegre (EMIPOA), que utilizou uma amostra de base populacional de 1.078 indivíduos de 60 anos e mais, selecionados
de forma estratificada, proporcional e aleatória, de modo a contemplar residentes de todas as regiões censitárias do município. Foram excluídos
os portadores de déficit cognitivo e os impossibilitados de se locomover. Compareceram 442 idosos (sendo 323 mulheres e 119 homens) para
a avaliação multidisciplinar e realização de exames clínicos e laboratoriais. Para o diagnóstico de SM foram utilizados os critérios definidos pelo
National Cholesterol Education Program Adult Treatment Panel III revisado (NCEP ­– ATPIII revisado). O projeto de pesquisa foi aprovado
pelo Comitê de Ética do Hospital São Lucas da PUC-RS e todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
Os dados foram analisados por meio do programa SPSS versão 11.0. Resultados: A prevalência de SM foi de 49,3%. A prevalência de hipertensão arterial sistêmica (HAS), glicose > 100 mg/dL, obesidade central, triglicerídeos > 150 mg/dL e HDL < 50 mg/dL nas mulheres e <
40 nos homens foi de 74,3%, 42,8%, 45,9%, 49,4% e 57,9%, respectivamente. Não se observou associação de SM com sexo, estado civil e etnia
relatada. Conclusão: Os idosos do EMIPOA apresentam uma alta prevalência de SM e de seus componentes. Este quadro sugere a necessidade de que ações preventivas sejam implementadas ao longo de todas as etapas do desenvolvimento, a fim de que se amplie a expectativa de
vida livre de doenças, e não somente a expectativa média de vida ao nascer.
P190
PREVALÊNCIA DE EXCESSO DE PESO EM ADULTOS NA CIDADE DE ARACAJU: UM ESTUDO POPULACIONAL
Oliveira ACC, Mendonça BCA
Secretaria Municipal de Saúde de Aracaju.
Introdução: A saúde no século XXI inicia-se marcada por reflexos de diversas transições ocorridas nas últimas décadas tais como, a transição
epidemiológica, a transição demográfica e a transição nutricional. Esses fenômenos culminaram em um novo paradigma na saúde pública,
assim sendo, observa-se a necessidade de obtenção de informações mais fidedignas que reflitam com mais precisão a situação atual da população. Objetivo: O objetivo deste estudo foi identificar a prevalência do excesso de peso em adultos na cidade de Aracaju, por meio de um
estudo populacional. Materiais e métodos: Para o desenvolvimento da pesquisa realizou-se um estudo transversal por meio de um inquérito
domiciliar. A amostra foi composta por 2.268 indivíduos adultos, com idade entre 20 e 69 anos, residentes em 984 domicílios de 50 setores
censitários, que foram sorteados aleatoriamente, na cidade de Aracaju, no ano de 2008. Utilizou-se um questionário adaptado do Vigitel
como instrumento de coleta de dados. Foram coletados dados, autorreferidos, sobre o peso e a altura, para posteriormente calcular o IMC.
O tratamento estatístico foi desenvolvido por meio de métodos descritivos (médias e proporções) e analíticos (teste t independente e Anova,
com nível de significância de 0,05). Resultados: Após a tabulação dos dados identificou-se que 435 indivíduos não tinham respondido à pergunta sobre o peso e/ou a altura, desta maneira a amostra válida foi reduzida para 1.833 indivíduos, em que 45,5% eram do sexo masculino
e 54,5% do sexo feminino. Observou-se uma prevalência de 45,3% de excesso de peso; 34,1% estavam classificados em sobrepeso e 11,2%
classificados em obesidade. A média geral do IMC para amostra foi de 24,97, ou seja, dentro dos limites da normalidade, porém, ao estratificar
de acordo com o sexo, percebeu-se uma diferença estatisticamente significativa (p < 0,001) entre os homens (IMC = 25,46 – sobrepeso) e as
mulheres (IMC = 24,56 ­– normal). Estratificando-se a amostra em faixas etárias (20-29; 30-39; 40-49; 50-59 e 60-69), verificou-se que os
valores de IMC tenderam para um aumento com o passar dos anos até os 59 anos; analisando-se as médias de cada faixa etária (23,3; 25,1;
25,7; 26,8 e 26,3, respectivamente), observou-se um aumento com diferença estatisticamente significativa entre as faixas etárias 20-29/30-39
(p < 0,000) e 30-39/40-49 (p < 0,049). Conclusão: O excesso de peso apresenta-se com uma prevalência muito elevada na cidade de Aracaju,
sendo mais presente nos homens e nos indivíduos a partir dos 30 anos de idade. Diante desse contexto, sugere-se que os gestores em saúde pública desenvolvam políticas públicas de promoção da saúde e implementem estratégias que venham a atender as necessidades da população.
P191
PERFIL LIPÍDICO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES DE PERNAMBUCO
Alves JGB, França E, Alho CS, Dornelles CL, Mendes MES, Closs VE
Hospital São Lucas, PUC-RS e Imip.
Introdução: As manifestações clínicas da doença arterial coronariana surgem, em geral, na idade adulta, mas a literatura aponta para o início
da aterosclerose ainda na infância, progredindo durante a adolescência e manifestando-se como doença cardiovascular em adultos. Para o desenvolvimento da aterosclerose e suas complicações, as dislipidemias são fatores de risco importantes e têm sido objeto de estudos em crianças
e adolescentes. Isso se dá tanto por sua alta prevalência nessa faixa etária, quanto por ser a colesterolemia na infância um preditor da lipemia
na idade adulta. O expressivo aumento da prevalência de obesidade na faixa etária pediátrica tem determinado um incremento significativo
de morbidades associadas à doença. Hoje, estima-se que cerca de três milhões de crianças, com idade inferior a 10 anos, apresentam excesso
de peso, sendo a doença arterial coronariana a principal causa de morbimortalidade no Brasil. Objetivos: Descrever o perfil lipídico de crianças e adolescentes com e sem sobrepeso. Material e métodos: Foi realizado um estudo transversal, descritivo-analítico, com 508 crianças e
adolescentes entre 5 e 15 anos, em consulta de rotina no Instituto Materno-Infantil de Pernambuco (Imip). Os dados foram coletados em
S633
TEMAS LIVRES Pôsteres
IGG/PUC-RS.
TEMAS LIVRES Pôsteres
entrevista com os pais. Foram obtidas as medidas antropométricas segundo parâmetros NCHS/OMS. Amostras de sangue foram coletadas
para a dosagem de colesterol total, HDL, LDL e triglicerídeos em jejum de pelo menos 12 horas. Os pais e/ou representantes legais assinaram
termo de consentimento livre e esclarecido e o protocolo de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética do Hospital São Lucas da PUC-RS e
do Imip. Resultados: A amostra foi composta por 47% de meninas e 53% de meninos. Aproximadamente 50% dos indivíduos eram eutróficos,
4% com baixo peso, 16% com sobrepeso e 30% obesos. A 2,7 anos para ambos os sexos e a renda familiar média ± média de idade foi de 9 2,4
salários mínimos. Quanto aos níveis lipídicos, o colesterol total ± foi de apresentou-se acima do desejável (35,4%) e limítrofe (29,4%) da amostra estudada e o HDL foi baixo em 50% dos jovens. Quando comparados com o Índice de Massa Corporal, houve diferença significativa (p ≤
0,001) nos triglicerídeos, LDL e no colesterol total, não sendo observada diferença significante (p = 0,913) nos níveis de HDL. Conclusão:
As concentrações lipídicas indesejáveis, encontradas em crianças e adolescentes nesta amostra, reforçam o alerta para medidas preventivas durante a infância, buscando minimizar o risco do desenvolvimento prematuro da doença arterial coronariana. Programas educacionais na escola
e no ambiente familiar, enfatizando a importância de um estilo de vida saudável, com hábitos alimentares adequados e a prática de atividades
físicas regulares são necessários, bem como pesquisas direcionadas a menores de 20 anos, que poderão auxiliar na redução das altas taxas de
mortalidade por doenças do sistema circulatório no Brasil. Apoio financeiro do CNPq.
P192
HIPERTRIGLICERIDEMIA É MAIS FREQUENTE EM MULHERES OBESAS BRANCAS QUE EM MULATAS OU NEGRAS
Araújo L, Brito KS, Brito MMS, Gonzaga MZ, Cunha A, Meire D, Meira LP
Ambulatório de Obesidade Mórbida do Hospital Universitário Prof. Edgard Santos.
Introdução: A hipertrigliceridemia ocorre frequentemente em indivíduos obesos, estando relacionada ao hiperinsulinismo, ao diabetes, à
intolerância à glicose e à síndrome X. Objetivo: Comparar os níveis de triglicérides e a frequência de triglicérides > 150 mg/dL em relação à
cor da pele numa população ambulatorial de 1.183 mulheres obesas de uma população multirracial que procuraram o ambulatório de obesidade para perda de peso. Casuística e métodos: Foram classificadas pela cor da pele em brancas (39%), pardas (35%) e pretas (26%). A idade
média + DP 37 + 11 anos (13 a 73) e o índice de massa corpórea (IMC = peso/altura²) 42 + 8 kg/m² (30,3 a 86,2). Os triglicérides foram
determinados no soro por método enzimático. O critério utilizado para definir nível desejado de triglicérides foi o da Diretriz Brasileira para
Dislipidemia da Sociedade Brasileira de Cardiologia (triglicérides > 150 mg/dL). Resultados: Média + DP de triglicérides (mg%) e % de
hipertrigliceridemia nas obesas. Níveis médios de triglicérides N = 201 % Frequência de hipertrigliceridemia Brancas, N = 466 141 + 77 33,9
Pardas, N = 415 123 + 71 20,2 Pretas, N = 302 122 + 67 23,2 p 0,0001 0,000009 A idade e o grau de obesidade dos grupos de cor de pele
foram similares. Os níveis médios de triglicérides em obesas de cor de pele branca foram mais elevados em relação às mulatas e às negras. A
porcentagem de hipertrigliceridemia foi fortemente maior nas obesas brancas em relação às mulatas e às negras Não houve diferença significativa entre obesas mulatas e negras, mas houve entre brancas e mulatas (p < 0,01). Conclusão: Fatores raciais estiveram relacionados com a
trigliceridemia nessa população multirracial. Contribuição de outros fatores, como ambiental e nutricional, não pode ser excluída.
P193
Effects of short and long-term multidisciplinary therapy on carotid artery intima-media thickness and
cardiovascular disease risk factors in obese adolescents
Sanches PL, Ernandes R, Tufik S, Tock L, Corrêa FA, Dâmaso A, Mello MT, Naccarato G, Foschini D, Martinz AC, Piano A, Carnier J, Elias N
Unifesp.
Introduction: There is a striking and highly positive correlation between excessive weight gain and an increase in the obesity and others
cardiovascular disease risks. The carotid artery intima-media thickness is an earlier subclinical marker of atherosclerosis and it is related with
obesity and their comorbidities. The aim of study was to compare the effects of short and long-term multidisciplinary therapy on carotid artery
intima-media thickness and cardiovascular disease risk factor in obese adolescents. Methods: Twenty-six obese adolescents aged between 14
and 19 years, with obesity, BMI > 95th percentile of CDC, were submitted to long-term multidisciplinary therapy (nutrition, psychology,
exercise and clinical support) during 1 year. The carotid artery intima-media thickness was analyzed by B-mode ultrasonography, body composition was measured by pletismography and visceral and subcutaneous fat were analyzed by ultrasonography. Blood samples were collected
to analyze glycemia and lipid profile and insulin resistance was calculated by HOMA-IR. Results: The short-term multidisciplinary therapy (6
months) promoted a significant decrease in total body mass, body mass index, body fat mass (%), visceral and subcutaneous fat, insulin concentration, HOMA-IR, waist circumference, total cholesterol, LDL-cholesterol and diastolic and systolic blood pressure. However, to promote a
significant improvement in carotid artery intima-media thickness and glucose concentration it was necessary long-term intervention (1 year).
Conclusion: Our investigation demonstrated that long-term multidisciplinary therapy was more effective than short-term to improve carotid
artery intima-media thickness promoting obese control avoiding the development of cardiovascular disease.
P194
ATIVIDADE FÍSICA E HÁBITOS ALIMENTARES NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA OBESIDADE NA INFÂNCIA E NA ADOLESCÊNCIA
Paoli DS, Taddei JAAC, Escrivão MAMS, Lavrador MSF, Abbes PT
Unifesp.
A obesidade, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é uma doença causada pelo excesso de gordura corporal no organismo,
sendo considerada um problema de saúde pública em âmbito mundial. Objetivo: Esclarecer o papel dos diversos fatores de risco associados à
S634
etiologia da obesidade e outras doenças crônicas não transmissíveis, principalmente sobre o estilo de vida sedentário, dietas de alta densidade
energética e redução do gasto energético. Metodologia: Foi realizada uma revisão da literatura acerca da importância da prática de atividade
física e hábitos alimentares na prevenção e no tratamento da obesidade em crianças e adolescentes. Resultados: Diversos estudos mostraram
hábitos alimentares inadequados como causas da obesidade, destacando-se principalmente a omissão de refeições, o tamanho das porções e o
aumento da ingestão calórica relacionada com o padrão sedentário caracterizado por horas diante de uma televisão. A prática regular de exercício físico, apesar de não provocar uma perda de peso corporal tão intensa quanto a dieta hipocalórica, é apontada como fator fundamental
na preservação da massa magra, na incorporação de um estilo de vida capaz de evitar o reganho de peso e na redução significativa da gordura
corporal. Conclusão: A perda de peso alcançada pela dieta isoladamente leva à melhoria de todo o quadro patológico associado à obesidade,
no entanto, os benefícios adicionais obtidos com a inclusão de um programa de exercícios podem favorecer o controle metabólico, facilitando
a manutenção da perda de peso.
P195
Souza EA, Coqueiro RP, Girão AIB, Menezes FOD, Rêgo JMC
UFC.
Introdução: Os hábitos alimentares de crianças e adolescentes estão mudando, sendo que atualmente há um aumento no consumo de guloseimas e fast-food e, ao mesmo tempo, uma diminuição na ingestão de frutas e hortaliças. Tal comportamento contribui para o aparecimento
de doenças crônicas, principalmente obesidade, diabetes melito e hipertensão arterial. Há uma preocupação crescente em monitorar seus
hábitos alimentares, visto que é nessa fase da vida que se formam. Objetivos: Identificar os hábitos e a frequência alimentar de adolescentes
de uma escola pública da periferia de Fortaleza, no Ceará. Material e métodos: Foram entrevistados 221 escolares, sendo 128 (58%) do
gênero feminino e 93 (42%) do masculino, com média de 12 ± 1,54 anos de idade. Aplicou-se um questionário dividido em duas partes: a
primeira continha questões sobre hábitos alimentares e a segunda parte analisava quanto ao consumo (diário, semanal, mensal ou nunca)
dos alimentos. A pesquisa foi realizada em março de 2009 e os dados foram analisados estatisticamente por meio do software SPSS. Resultados: Levando-se em consideração o número de refeições, 38,9% relataram fazer quatro refeições diárias, sendo que 88,2% sempre fazem
o desjejum; 98,6%, o almoço; 83,7%, o lanche da tarde; e 93,7%, o jantar. Em relação ao local das refeições, 46,4% assistem à TV enquanto
fazem as refeições. Na frequência alimentar de determinados alimentos, leite, pão, biscoito salgado, arroz, macarrão, feijão, batata, verduras,
frutas e sucos, encontrou-se um consumo diário em 52,5%, 86,9%, 46,2%, 97,7%, 72,9%, 86,4%, 41,6%, 43%, 61,1% e 55,2% casos, respectivamente. Analisando as guloseimas, encontrou-se um consumo predominantemente semanal, sendo biscoito recheado (42,5%), biscoito
doce (39,4%), refrigerante (47,5%), salgadinhos de pacote (40,7%), salgados (41,6%), doce (34,6%), sorvete (52,9%) e chocolate (38,5%),
excetuando-se pirulito e chicletes, que apresentaram um consumo diário de 42,1% e 41,2%, respectivamente. Conclusões: Os achados
comprovam a preferência dos escolares por alimentos ricos em açúcares, gorduras e sódio. O padrão dietético precisa ser melhorado, com
vistas à promoção da saúde desses escolares, sendo possível a realização de ações educativas mais focadas na alimentação saudável e na sua
importância nessa faixa etária.
P196
A REDUÇÃO DO PESO CORPORAL PROMOVE MELHORA DO CONTROLE AUTONÔMICO CARDÍACO: EFEITOS DE UMA
INTERVENÇÃO MULTIDISCIPLINAR
Motta DB, Wichi RB, Angelis K, Irigoyen MC, Mostarda C, Ornelas E, Maldonado D, Dias LC, Miranda JMQ
USJT/InCor-HC/FMUSP.
Alterações autonômicas estão associadas ao desenvolvimento de gordura corporal e alterações metabólicas presentes na obesidade. Assim, o
objetivo deste estudo foi avaliar o efeito de uma intervenção multidisciplinar no controle autonômico cardíaco de mulheres obesas participantes de um centro de tratamento na cidade de São Paulo. A amostra foi constituída de 13 participantes do sexo feminino com idade de 46,7 ±
3,5 anos e IMC > 30 kg/m². O programa consistiu de reeducação alimentar, acompanhamento psicológico e execução de exercícios físicos
durante 12 semanas. O programa de exercícios físico (uma vez/semana; 60 minutos/sessão) incluiu caminhada, jogos recreativos, exercícios
de força, com supervisão de um educador físico. Além disso, as participantes foram incentivadas a realizar atividade física não supervisionada
durante os demais dias da semana. As seguintes variáveis foram mensuradas antes e depois da intervenção: variabilidade da frequência cardíaca
(VFC) no domínio do tempo (SDNN) e da frequência (LF e HF representando modulação simpática e parassimpática, respectivamente),
IMC, massa corporal magra (MCM), massa gorda (MG), colesterol total (CT), triglicérides (TG), glicemia (G), pressão arterial (PA) e
frequên­cia cardíaca (FC). Os resultados demonstram que a intervenção promoveu diminuição do componente LF (70.5 ± 5.3 versus 54.9
± 6.4%), aumento de HF (29.4 ± 5.3 versus 45 ± 6.4%) e diminuição do balanço simpato-vagal (3.5 ± 0.7 versus 1.7 ± 0.3). Foi verificada
também diminuição do peso corporal (106.7 ± 6.6 versus 104.5 ± 6.6 kg), do IMC (42.6 ± 2.5 versus 41.8 ± 2.5 kg/m²) e da MCM (57.8 ±
2.5 versus 56.6 ± 2.6 kg). Além disso, foi observada diminuição de TG (215.4 ± 26.5 versus 186.7 ± 20.4 mg/dl) e redução da PA diastólica
(91.8 ± 3.0 versus 82.1 ± 2.0 mmHg). Foi observada correlação positiva entre o peso corporal, o IMC e a modulação simpática (LF) e correlação negativa entre o IMC e os níveis de TG. Tais resultados sugerem que a redução da modulação simpática pode estar associada à redução
do peso corporal e que a intervenção multidisciplinar pode ser eficiente no tratamento da obesidade e na redução dos fatores de risco para as
doenças cardiovasculares.
S635
TEMAS LIVRES Pôsteres
HÁBITOS E FREQUÊNCIA ALIMENTAR DE ADOLESCENTES DE UMA ESCOLA PÚBLICA DA PERIFERIA DE FORTALEZA
P197
ÍNDICE GLICÊMICO, OBESIDADE E CÂNCER COLORRETAL
Bordalo LA, Texeira TFS, Reis CEG, Alfenas RCG.
TEMAS LIVRES Pôsteres
UFV.
Introdução: A ocorrência de câncer colorretal pode ser influenciada pela obesidade, sendo que o risco de desenvolver ou morrer por câncer
colorretal é 1,33 a 2,95 maior em obesos comparado aos eutróficos. Estudos têm demonstrado que o consumo de dietas de alto índice glicêmico resulta no aumento da ingestão alimentar, do peso e do teor de gordura corporal, favorecendo o desenvolvimento da obesidade. Evidências
atuais sugerem que o consumo habitual de dietas de alto índice glicêmico pode aumentar o risco de câncer, inclusive do colorretal. Objetivos:
Revisar na literatura estudos que abordem a influência do índice glicêmico dos alimentos no desenvolvimento de câncer colorretal. Material e
métodos: Artigos publicados na base de dados Pubmed, Embase e ISI Web of Science entre 1995 e 2009, que associaram o índice glicêmico
com o surgimento de câncer colorretal em humanos. Palavras-chaves utilizadas: glycemic index, glycemic load, blood glucose, dietary carbohydrate, carbohydrate, cancer, colorectal cancer, colon cancer, neoplasm e adenocarcinoma. Foram selecionados trabalhos com informações relativas ao
delineamento do estudo, métodos estatísticos e resultados (odds ratio/risco relativo e valor de p). Resultados: Foram selecionados 14 estudos
que analisaram o efeito do índice glicêmico no câncer colorretal. Cinco estudos não mostraram relação significante em mulheres: Terry e cols.,
ao avaliar 49.124, obtiveram OR = 1,03 (p = 0,71); Oh e cols., investigando 34.428, chegaram a OR de 1,11 (p = 0,66); McCarl e cols. avaliaram 35.197: OR = 1,08 (p = 0,15); Larsson e cols., estudando 61.433: OR = 1,00 (p = 0,45); e Kabat e cols., acompanhando 158.800: OR
= 1,10 (p = 0,27). Outros três estudos avaliando ambos os sexos obtiveram resultados semelhantes: Flood e cols., analisando 44.572 pessoas:
homens – OR = 1,05 (p = 0,25) e mulheres – OR = 1,00 (p = 0,27); Michaud e cols. investigaram 131.349 indivíduos: homens – OR = 1,14
(p = 0,33) e mulheres – OR = 1,08 (p = 0,27); e Weijenberg e cols. analisaram dados de 120.852 pessoas: homens – OR = 0,81 (p = 0,27) e
mulheres – OR = 1,20 (p = 0,53). Já duas pesquisas mostram um potencial protetor das dietas de alto índice glicêmico em mulheres: Strayer e
cols., ao avaliar 45.561: OR = 0,75 (p = 0,03), e Howarth e cols., analisando dados de 191.004, obtiveram resultados em relação à alta carga
glicêmica: OR = 0,75 (p = 0,017). Por outro lado, Higginbotham e cols. investigaram 38.451 mulheres: OR = 1,71 (p = 0,04). Franceschi e
cols., Levi e cols. e George e cols., avaliando homens e mulheres, obtiveram os seguintes resultados, respectivamente: 1,7 (p = < 0,001), 1,82
(p = 0,03) e 1,16 (p = 0,007) para homens e 1,16 (p = 0,026) para mulheres. Conclusões: Os resultados em relação ao consumo de dietas de
baixo índice glicêmico na prevenção do câncer colorretal ainda permanecem controversos. Mais estudos longitudinais e bem controlados são
necessários para resultados conclusivos. Apoio: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais.
P198
GRUPO FAMÍLIA EM ATIVIDADE FÍSICA – Estudo Piloto
Durante CR, Abdo AH, Costa MPS, Santos CRP, Menegaz-Almeida AA, Kaufman A
Programa de Atendimento ao Obeso do IPq/HC-FMUSP.
Introdução: O aumento dos casos de obesidade (OB) vem sendo observado nas últimas décadas, gerando consequências à família e, sobretudo, à saúde pública. Embora o sedentarismo não seja um fator isolado como causa da obesidade, a atividade física (AF) é fator possível de ser
administrado e que pode contribuir muito para o aumento do gasto energético e também exercer influência no hábitat do paciente. A maioria
dos tratamentos para OB não inclui a participação da família, apesar de se acreditar na importância de seu envolvimento para a obtenção da
adesão ao tratamento. Objetivo: Conhecer o perfil da população obesa e de sua família, visando traçar estratégias de atendimento ao paciente
obeso. Avaliar a participação da família na AF como parte do tratamento e adesão do paciente obeso. Casuística e método: Grupo selecionado
a partir da lista de espera do PRATO. Foram realizados 14 encontros semanais com grupo formado por 24 integrantes, sendo 12 pacientes
obesos (2 homens e 10 mulheres) e os 12 respectivos acompanhantes (1 homem, 11 mulheres) de livre escolha dos pacientes, sendo parente
ou cônjuge residentes no mesmo local, sem restrição de IMC. Pacientes obesos: IMC de 31,4 a 47,1 kg/m2 (média 41), idade de 19 a 60 anos
(média 36,7). Acompanhantes: IMC de 21,3 a 47,7 kg/m2 (média 30,9) e idade de 18 a 65 anos (média 48,3). Foram realizados anamnese,
exames clínicos e laboratoriais, avaliação antropométrica, questionário adaptado para avaliar incentivo à AF e questionário de Baecke para
avaliar nível de AF. Estudo transversal dos dados obtidos no início do grupo. Resultados: A análise da população de pacientes revelou 58,3%
com OB mórbida e 41,7% com OB I e II; 58,3% apresentavam síndrome metabólica. Entre os acompanhantes, 16,7% com OB mórbida, 33,3%
com OB I e II, 33,3% com sobrepeso e 16,7% com IMC normal; 33,3% apresentavam síndrome metabólica. Os pacientes esperavam reduzir o
seu peso em 10,6, o que levaria a um IMC esperado ± 6,8 e os acompanhantes em 18,3% ± 35,1% 4,5 kg/m2, respectivamente. Os pacientes
que não ± 4,2 kg/m2 e 24,6% ± de 27,5% realizavam qualquer AF compunham 75,0% do total, sendo que apenas 25,0% deles praticavam;
já entre os acompanhantes, 91,7% não realizavam qualquer AF e apenas 8,3% praticavam. Oito acompanhantes responderam que incentivam
seu parceiro a fazer AF. Dos que responderam que incentivam, apenas um realizava AF. Motivos para não realizar AF, segundo os pacientes:
66,7%, falta de vontade, preguiça; 25,0%, falta de companhia; 8,3%, falta de incentivo; 25,0%, falta de dinheiro; 25,0%, motivos de saúde/dor.
Motivos, segundo os acompanhantes: 58,3%, falta de vontade, preguiça; 25,0%, falta de companhia; 33,3%, falta de incentivo; 16,7%, falta de
dinheiro; 16,7%, motivos de saúde/dor. Conclusão: O programa pode beneficiar tanto o paciente quanto o acompanhante, pois ambos se
mostraram sedentários, além de os acompanhantes se encontrarem, na sua maioria, com excesso de peso. Esse fato reflete a necessidade de se
estabelecer tratamento e estratégias que privilegiem a família na prática de AF.
S636
P199
EFEITOS DA OBESIDADE E DOS EXERCÍCIOS CONTÍNUOS VERSUS INTERMITENTE NO GASTO ENERGÉTICO DE ADOLESCENTES
Vichi RB, Ribeiro SML, Urasaki R
Introdução: São bastante conhecidos os benefícios da prática de exercícios físicos, em especial na prevenção e no controle da obesidade.
Entretanto, considerando adolescentes, não é muito claro se exercícios contínuos ou intervalados representam o mesmo gasto de energia.
Considerando o maior dinamismo dos exercícios intervalados, supõe-se que esse seja um método mais adequado para esses indivíduos. Objetivos: Avaliar se exercícios contínuos ou intermitentes resultam em padrões similares de gasto energético em adolescentes obesos e não obesos.
Casuística e métodos: 23 adolescentes do sexo masculino foram distribuídos em dois grupos: obesos (OB; n = 12) e não obesos (NOB; n =
11). Ambos os grupos foram submetidos a sessões agudas de exercício contínuo (EC), intermitentes (EI) e ainda a uma sessão controle (SC),
sem exercício. As três sessões totalizaram 60 minutos cada, sendo 30 minutos de esforço + 30 minutos de recuperação, e foram realizadas com
o intervalo de uma semana entre elas. Os adolescentes foram avaliados na linha de base, anterior ao exercício (M1), durante os 30 minutos de
esforço (M2) e ainda nos 30 minutos de recuperação pós-exercício (M3). Principais variáveis analisadas: consumo de oxigênio (VO2) e gasto
de energia; quociente respiratório (QR); lactato sanguíneo; glicose sanguínea; frequência cardíaca e pressão arterial. Principais resultados:
Durante os 30 minutos de exercício, o EC resultou em maior gasto de energia que o EI, para ambos os grupos; os NOB apresentaram maior
gasto energético que OB em todas as sessões experimentais; não houve diferença no gasto energético entre os diversos métodos de exercício
nos momentos M3; com relação ao QR, observou-se no EC maior oxidação lipídica tanto durante como após o exercício. Entretanto, os OB
apresentaram um valor de QR menor que NOB após o EI. Observando-se o somatório de M2 e M3, não houve diferença no gasto energético
entre os diversos tipos de exercício. Nenhum dos métodos de exercício apontou alguma modificação deletéria nas variáveis hemodinâmicas.
Conclusões: Ambos os métodos de exercício avaliados foram igualmente efetivos no aumento do gasto energético em adolescentes. Entretanto, os adolescentes obesos apresentaram menor gasto energético em resposta a ambos os métodos de exercício avaliados. Esses achados devem
ser levados em consideração no planejamento de exercícios, incluindo aulas de educação física para adolescentes.
P200
CHOCOLATE É O ALIMENTO MAIS ASSOCIADO AO GANHO DE PESO PARA FREQUENTADORES DE SPA MARAGOGI/AL – 2005-2008
Silva Neta ML, Alves JFR, Florêncio TMMT
Ufal.
Introdução: A epidemia da obesidade já é bem documentada em toda a literatura científica. No Brasil, os últimos dados do IBGE apontam
para uma prevalência de 43% de sobrepeso/obesidade, o qual vem aumentando em todas as classes e grupos sociais. A transição nutricional,
com maior oferta de alimentos hipercalóricos/hipergordurosos e diminuição dos níveis de atividade física, tem sido apontada como um dos
fatores dessa crescente epidemia. Objetivos: Estudar os alimentos mais associados ao ganho de peso em indivíduos adultos frequentadores
de spa. Material e métodos: Estudo prospectivo em 1.090 indivíduos adultos frequentadores do spa de Maragogi/AL. Este foi realizado de
janeiro de 2005 a dezembro de 2008. Dos indivíduos estudados, 75% (817) eram mulheres e 35% (273) eram homens, com idade variando
de 18 a 65 anos. O estado nutricional foi definido por meio do índice de massa corporal (IMC), utilizando como referência a classificação
da OMS (1995) que diagnosticou os indivíduos com sobrepeso os de IMC ≥ 25,0 kg/m2 e com obesidade os de IMC ≥ 30,0 kg/m2. Para
avaliação dos hábitos alimentares, utilizou-se o recordatório de 24 horas e a frequência de consumo para identificar quais alimentos estariam
mais associados ao ganho de peso. Resultados: O sobrepeso foi encontrado em 89% dos participantes, sendo mais prevalente nas mulheres, e
a obesidade, em torno de 11%, foi mais frequente nos homens. Os hábitos alimentares mais associados ao ganho de peso foram os alimentos
industrializados, como: chocolates, biscoitos, doces, salgados, carnes de churrasco e bebidas alcoólicas. Após análise de regressão múltipla com
ajuste para sexo e idade, o chocolate foi o alimento mais associado ao ganho de peso. Conclusão: Apesar dos efeitos benéficos hoje atribuídos
ao chocolate, se este for utilizado frequentemente e em grandes quantidades, como as referidas no presente, pode ser uma das causas nutricionais associadas ao aumento do sobrepeso/obesidade.
P201
COMPARAÇÃO DOS EFEITOS DA MUDANÇA DE HÁBITOS ALIMENTARES, ATIVIDADE FÍSICA E RESTRIÇÃO ALIMENTAR NO
CONTROLE DA OBESIDADE DE RATOS OBESOS EXÓGENOS
Duarte FO, Dâmaso A, Rossi EA, Duarte ACGO, Maria ASLS, Fiorese MS
Unicastelo.
Introdução: Em razão do aumento no número de casos de obesidade e sua implicação no desenvolvimento de graves problemas clínicos,
pesquisadores têm estudado métodos efetivos de intervenção para o controle dessa doença. Entre os muitos métodos não invasivos já determinados, a atividade física e a alimentação balanceada são as mais recomendadas. Objetivo: Comparar quais dos três tipos de intervenção –
atividade física fracionada, restrição alimentar moderada e reeducação alimentar – é mais efetiva em controlar a obesidade de ratos. Material e
métodos: Durante três semanas, ratos Wistar sedentários receberam água e dieta hiperlipídica-H ad libitum. Ao final desse período, os animais
passaram a receber dieta padrão e foram submetidos aos seguintes tratamentos: S-sedentário; SRM-sedentários submetidos à restrição alimentar moderada (25% em relação ao consumo do grupo controle) durante cinco semanas e EF-exercício fracionado de natação, três sessões de
30 minutos/dia/5 vezes por semana, durante oito semanas. O grupo controle-C foi mantido sedentário e recebeu dieta padrão durante todo
o período experimental. Ao término dos tratamentos, os animais foram eutanasiados em guilhotina e os tecidos adiposos epididimal (EPI),
retroperitoneal (RET) e omental (OM), o fígado (FIG) e o plasma foram coletados e estocados. O percentual de gordura foi mensurado por
método gravimétrico e o perfil lipídico, por método colorimétrico. A massa corporal foi mensurada durante todo o período experimental.
S637
TEMAS LIVRES Pôsteres
USJT.
Resultados: Estão descritos nas Tabelas abaixo. Valores expressos como média e desvio padrão, 0,001; + versus S, para p < *versus C, para p
< 0,01; versus SRM, para p < 0,01.
Tabela1. Massa corporal e percentual de gordura em ratos
TEMAS LIVRES Pôsteres
Massa corporal (g)
Grupos
Inicial
Percentual de gordura (%)
Final
EPI
RET
OM
FIG
1,5 ± 0,2
C
227,4 ± 13,2
446,0 ± 19,2
74,3 ± 6,3
69,2 ± 15,8
39,5 ± 8,4
S
225,7 ± 4,8
413,6 ± 28,8*
77,6 ± 9,4
77,4 ± 6,7
47,8 ± 7,6*
1,5 ± 0,2
SRM
226,5 ± 5,3
365,7 ± 32,0*+
77,8 ± 15,4
73,1 ± 9,2
29,7 ± 6,5*+
3,3 ± 0,3*+
EF
233,7 ± 12,0
375,0 ± 33,4*+
71,6 ± 9,9
69,2 ± 14,4
31,4 ± 6,9*+
1,5 ± 0,4o
Tabela 2. Perfil lipídico e leptinemia de rato
Perfil lipídico (mg/dl)
Grupos
Colesterol Total
HDL-colesterol
Triacilglicerol
C
57,2 ± 11,4
54,8 ± 6,5
96,2 ± 15,6
S
48,6 ± 3,7
22,4 ± 2,2*
157,2 ± 47,1*
SRM
72,2 ± 8,9+
29,0 ± 4,7*
74,4 ± 11,4+
EF
52,1 ± 21,0 o
38.1 ± 5.8 * + o
129,6 ± 25,7 o
Conclusões: Os três tipos de intervenção foram eficazes para o controle da massa corporal, dislipidemias e obesidade omental. No entanto,
a restrição alimentar moderada e a atividade física intermitente mostraram ser mais eficientes para o controle desses parâmetros. O aumento
na deposição de gordura no fígado observada na restrição alimentar pode ser devido ao aumento na disponibilidade de ácidos graxos livres
(AGL) advindos da massa adiposa omental. Desse modo, é possível sugerir que as intervenções causaram modificação no metabolismo energético, sendo mais evidente no grupo que se exercitou de forma intermitente. Portanto, as intervenções aplicadas neste estudo poderiam ser
utilizadas como estratégia no controle de peso e dislipidemias, principalmente quando associado à dieta balanceada. Apoio financeiro: CNPq
e FAPESP (Processo 99/12981-7).
P202
BRONCOESPASMO INDUZIDO PELO EXERCÍCIO AVALIADO PELA ESPIROMETRIA E PEAK FLOW METER EM CRIANÇAS E
ADOLESCENTES COM EXCESSO DE PESO NÃO ASMÁTICOS
Nogueira AMC, Cheik NC, Luz GCP, Silva MB, Silva LO, Silva PL
Unitri.
Crianças e adolescentes com excesso de peso apresentam maior prevalência de broncoespasmo induzido pelo exercício (BIE), quando comparado a eutróficos. A espirometria e o peak flow meter são importantes métodos avaliativos da função pulmonar. Porém, a aplicabilidade do
medidor do pico de fluxo expiratório (peak flow meter) na detecção do BIE em crianças e adolescentes com excesso de peso não é conhecida, o que justifica parcialmente o desenvolvimento dessa pesquisa. Objetivos: Avaliar e comparar o desencadeamento de broncoespasmo
induzido pelo exercício (BIE) em crianças e adolescentes não asmáticos com excesso de peso, avaliados pela espirometria e pelo peak flow
meter (PFE). Casuística e métodos: Participaram do estudo 39 voluntários acima do percentil 85th (OB) e 30 eutróficos (EU), de 8 a 15
anos. A avaliação da função pulmonar pré e pós-teste de broncoprovocação foi realizada pela espirometria e peak flow meter, de acordo com
o protocolo de Del Río-Navarro et al, (2000). O BIE foi considerado positivo 20% ≥ 10% do VEF1 basal ou redução ≥ quando o voluntário
apresentou uma redução do PFE PFM. Resultados: Na comparação da função pulmonar entre os grupos, foi observada diferença apenas
no PFEE basal. Na detecção do BIE, a prevalência do grupo obeso foi de 26% avaliado pelo peak flow meter (PFE PFM) e 23% pelo VEF1.
O tempo do BIE ocorreu nos primeiros 15 minutos pós-exercício em ambos os parâmetros: (PFE PFM) e VEF1. Conclusão: Os voluntários
obesos apresentaram tempo e prevalências similares de BIE, o que demonstra a importância do peak flow meter como parte integrante de um
programa educacional no diagnóstico inicial do BIE em vias aéreas de grande calibre. Palavras-chave: obesidade, broncoespasmo induzido por
exercício, peak flow meter.
P203
SUBDIAGNÓSTICO DO BRONCOESPASMO INDUZIDO PELO EXERCÍCIO EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM EXCESSO DE PESO
NÃO ASMÁTICOS
Cheik NC, Luz GCP, Silva MB, Nogueira AMC, Silva PL, Silva LO.
Unitri.
A obesidade é considerada uma doença crônica e inter-relacionada direta ou indiretamente com algumas outras situações patológicas contribuintes da morbi-mortalidade, assim como alterações do sistema respiratório em seus volumes e capacidades pulmonares. É visto que poucos
estudos da população infanto-juvenil obesa utilizam o fluxo expiratório forçado entre 25% e 75% da capacidade vital (FEF 25%-75%) como
S638
parâmetro de diagnóstico do BIE. Objetivos: Comparar o desencadeamento de broncoespasmo induzido pelo exercício (BIE) em crianças
e adolescentes não asmáticos com excesso de peso, a partir da mensuração do volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) e do
fluxo expiratório forçado entre 25% e 75% da capacidade vital (FEF 25%-75%). Casuística e métodos: Participaram do estudo 39 voluntários
acima do percentil 85th (OB) e 30 eutróficos (EU) de 8 a 15 anos. A avaliação da função pulmonar pré e pós-teste de broncoprovocação foi
realizada pela espirometria, de acordo com o protocolo de Del Río-Navarro et al, (2000). O BIE foi considerado positivo quando o voluntário
apresentou 26% de redução do FEF 25-75%. Resultados: Na ≥ 10% do VEF1 basal ou ≥ redução comparação da função pulmonar, não houve
diferença estatística entre os grupos. O grupo OB apresentou maior prevalência de BIE pelo FEF %25-75% (51%) versus (13%) do grupo EU.
Conclusão: Os voluntários obesos apresentaram alta prevalência de BIE em vias aéreas periféricas, além de tosse e sibilância quando diagnosticados pelo VEF1. Entretanto, pelo FEF 25%-75%, esses sinais clínicos não foram observados. Nossos resultados inferem que, ao avaliar o
BIE apenas pelo critério do VEF1 e não pelo FEF 25%-75%, em crianças e adolescentes com excesso de peso pode haver uma subestimação
no diagnóstico do BIE.
Efeitos metabólicos e calorimétricos do hormônio de crescimento em ratos jovens obesos
Novelli ELB, Galhardi CM, Berbert C, Rocha K, Souza GA, Ebaid GMX, Seiva FRF
Unesp, Botucatu.
Introdução: A ingestão de dietas ricas em lipídios e carboidratos constitui uma das principais causas no aumento de indivíduos obesos. Na
obesidade, alterações metabólicas importantes elevam os riscos de doenças cardiovasculares. Sabe-se que o hormônio de crescimento (GH)
é um polipeptídio com ações anabólicas importantes para a manutenção da homeostase do organismo. Neste trabalho foram estudados os
efeitos do GH sobre as alterações calorimétricas e fatores de risco para doenças cardiovasculares em condições de obesidade. Metodologia:
Foram utilizados 32 ratos Wistar machos, 75 dias de idade, divididos em quatro grupos: Controle + Placebo (C + PL), C + GH, hipercalórico
+ PL (H + PL) e H + GH. Após 45 dias recebendo dieta hipercalórica e solução aquosa de sacarose 30%, os grupos com GH receberam 2
mg/kg/dia rhGH, sc, cinco vezes na semana, durante 30 dias. Foram determinados o índice de Lee e o índice de massa corporal (IMC).
A calorimetria indireta foi determinada em condições de jejum. Foram quantificadas as concentrações séricas de triacilglicerol (TG), colesterol
total e suas frações. Os dados foram expressos como média ± dp; o p adotado foi ≤ 0,05. Resultados: A obesidade foi evidenciada nos animais
do grupo H, antes do tratamento com GH, pela elevação no peso corporal final (PCF), ganho de peso, energia ingerida (EI) e concentrações
de TG. Houve redução na oxidação lipídica, na relação taxa metabólica basal/peso corpóreo (TMB/PC), bem como elevação na oxidação de
carboidratos e no quociente respiratório nesses animais. Após 30 dias de tratamento com GH, animais C + GH apresentaram maior PCF, EI,
superfície corporal e colesterol total, comparados com seu grupo controle. Comparando-se os animais H + PL e C + PL, os primeiros tiveram
aumentadas as concentrações de TG, colesterol total, VLDL e LDL, bem como maior PCF, ganho de peso, EI, IMC, índice de Lee e superfície corporal. O grupo H + GH apresentou redução do colesterol total e LDL, bem como elevação na VLDL e superfície corporal, comparado
com o grupo H + PL. Após administração de GH, animais do grupo C tiveram menor TMB/PC, oxidação de carboidratos e lipídios. O GH
no grupo H não alterou esses parâmetros calorimétricos. Discussão: Ingestão de dieta hipercalórica e de solução aquosa de sacarose induziu
alterações metabólicas características de obesidade. Os efeitos do GH foram associados ao estado metabólico prévio do animal. Em animais C,
o GH apresentou efeitos anabólicos característicos; em animais H, o GH apresentou efeito hipocolesterolêmico.
P205
EFEITOS DA TERAPIA INTERDISCIPLINAR DE CURTO E LONGO PRAZO EM ADOLESCENTES OBESOS COM SINTOMAS DE
TRANSTORNOS ALIMENTARES
Nascimento CMO, Tock L, Caranti DA, Corrêa FA, Foschini D, Lima Sanches P, Martinz AC, Carnier J, Piano A, Dâmaso AR, Tufik S, Mello MT,
Lederman H, Ernandes RH, Oyama LM
Unifesp.
Introdução: Os transtornos alimentares são frequentemente observados em adolescentes obesos e o comportamento alimentar alterado pode
causar uma disfunção hormonal nos componentes do sistema neuroendócrino. Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da terapia
interdisciplinar de longo sobre os transtornos alimentares, a composição corporal, o consumo alimentar, o perfil lipídico e os fatores anorexígenos e orexígenos em adolescentes obesos. Material e métodos: 37 adolescentes obesos (20 meninas e 17 meninos) com sintomas de transtornos alimentares, com idades entre 14 e 19 anos, com obesidade, o IMC > percentil 95 do CDC, foram submetidos à terapia interdisciplinar
de longo prazo (nutrição, psicologia, exercício e suporte clínico) durante um ano. Sintomas de bulimia e compulsão alimentar foram identificados pelo teste de investigação bulímica de Edimburgo e pelo Binge Eating Scale, respectivamente. Amostras de sangue foram coletadas para
dosar os fatores anorexígenos e orexígenos por radioimunoensaio, além de verificar o perfil lipídico, a composição corporal foi mensurada por
pletismografia, a gordura visceral e subcutânea por ultrassonografia e o consumo alimentar foi verificado pelo registro alimentar de três dias.
Resultados: Após um ano de terapia interdisciplinar, os adolescentes reduziram significativamente a massa corporal (kg), o índice de massa
corporal (IMC kg/m2), a massa de gordura corporal (%), a gordura visceral e a subcutânea (cm), o valor energético total, os macronutrientes
e os triglicerídeos, além dos sintomas bulímicos e de compulsão alimentar. As concentrações do neuropeptídeo Y (NPY) reduziram-se significativamente após a terapia de longo prazo, porém, o hormônio concentrador de melanina (MCH) aumentou significativamente. Por outro
lado, foi observada uma melhora no hormônio alfa – MSH) e uma redução significativa na hiperleptinemia α estimulador de melanócito (após
a terapia de longo prazo). Conclusão: A terapia interdisciplinar de longo prazo foi eficaz para melhorar os fatores anorexígenos e orexígenos,
além de melhorar o consumo alimentar e o perfil lipídico, evitando o desenvolvimento de transtornos alimentares em adolescentes obesos.
S639
TEMAS LIVRES Pôsteres
P204
P206
Effects of multidisciplinary long-term therapy in the different levels of depression in obese Brazilian
Adolescents
Tock L, Dâmaso A, Oyama LM, Nascimento CMO, Melo MT, Foschini D, Caranti DA, Martiz AC, Sanches PL, Piano A, Carnier J, Corrêa FA
TEMAS LIVRES Pôsteres
Unifesp.
Introduction: Obese people with high leptin concentrations can present an alteration in the food intake control that can lead to depression.
The obesity can have effects in psychiatric disorders, this way, a long-term multidisciplinary therapy is essential to control these comorbities.
The objective to verify the effects of a long-term multidisciplinary therapy on depression in obese adolescents. Methods: Fourth-three postpurberes obese adolescents were enrolled, including 20 boys and 23 girls were submitted to long-term multidisciplinary therapy (psychology,
nutrition, exercise and clinical support) during one year. The level of depression was analyzed by a validated questionnaire, the Beck Depression Inventory (BDI). Leptin concentrations were measured by radioimmunoassay. Results: It was observed a significant decrease in the
depression levels. The depression score was not different between boys and girls, however after one year, girls presented a significant improvement. In this study, we could also observe a positive correlation between leptin and depression levels, at baseline conditions. After one year
of intervention, leptin and depression scores presented a significant reduction. Conclusion: Our investigation demonstrated that long-term
multidisciplinary therapy was effective to improve the depression levels, mainly in obese girls and in leptin concentrations in both genders.
P207
COMPARAÇÃO DOS EFEITOS DO TREINAMENTO AERÓBIO E DO TREINAMENTO COMBINADO SOBRE A TAXA METABÓLICA DE
REPOUSO EM ADOLESCENTES OBESOS
Dâmaso AR, Mello MT, Carnier J, Piano A, Martinz AC, Sanches PL, Foschini D, Silva PL, Inoue DS, Tufik S
Unifesp.
Introdução: A obesidade é uma doença multifatorial e tem sido considerada como um problema de saúde pública. Está relacionada com o
desequilíbrio entre a ingestão alimentar e o gasto energético, sendo este composto por taxa metabólica de repouso (TMR), termogênese induzida pela dieta e gasto calórico da atividade física. O exercício físico tem sido utilizado como um importante indutor do gasto energético, além
de alterar a TMR. Porém, ainda não está claro se o tipo de treinamento influencia essa alteração. Objetivo: Comparar os efeitos do treinamento aeróbio e treinamento combinado sobre a TMR e seus fatores relacionados, tais como composição corporal e oxidação de macronutrientes
(carboidrato, lipídios e proteína) em adolescentes obesos submetidos a tratamento interdisciplinar de longo prazo. Material e método: Participaram da amostra 45 adolescentes classificados como obesos, conforme o critério do Center for Disease Control (CDC, 2002), submetidos
a um programa interdisciplinar constituído por intervenção nutricional, psicológica, médica e exercício físico. Os participantes foram divididos
em dois grupos: aeróbio (A), no qual treinaram na FC do LVI, e combinado (C), composto por exercício aeróbio na mesma intensidade do
grupo A + exercício de força. Foram realizadas avaliações em três momentos: basal, após curto e longo prazo. Para a verificação da normalidade
dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Wilks. Para comparação dos dados paramétricos foi utilizado test-t pareado, intergrupo ou ANOVA
one-way para os três períodos de avaliação. Os dados não paramétricos foram analisados pelos testes de Wilcoxon ou Friedman para comparar
os três períodos. A análise de correção foi realizada pelo teste de correlação de Pearson. Foi considerado estatisticamente significante p < 0,05.
Para análise estatística foi utilizado o software Biostat versão 4.0. Resultados: Após tratamento de curto prazo, observou-se redução do IMC
em ambos os grupos; apenas o grupo combinado apresentou diminuição da gordura corporal (% e kg) e aumento da massa magra (%). Ao
analisar os efeitos a longo prazo, verificou-se tanto a redução do IMC, da gordura corporal (%) e da TMR como o aumento percentual da
massa magra e da oxidação proteica nos grupos A e C. Além disso, foi observada, em ambos os grupos, uma forte correlação negativa entre a
TMR e a oxidação proteica (%) e positiva entre a TMR e a massa magra após tratamento de curto e longo prazo. Ao comparar os grupos A e
C, não foi encontrada nenhuma diferença significante entre essas mesmas variáveis após a terapia de curto e longo prazo. Conclusão: Concluise que tanto o treinamento aeróbio como o combinado a longo prazo promoveram melhora na composição corporal e diminuição da TMR.
Um dos maiores achados clínicos deste estudo foi a forte correlação negativa entre a TMR e a oxidação proteica, sugerindo que os dois tipos
de treinamento geraram os mesmos efeitos sobre o metabolismo em adolescentes obesos.
P208
CONSUMO ALIMENTAR E SÍNDROME METABÓLICA
Sachs A, Komatsu TR, Tarasautchi D, Asakura L
Departamento de Medicina Preventiva, Unifesp.
Introdução: O consumo alimentar e o estado nutricional são fatores determinantes da condição de saúde de uma população. Objetivos:
Avaliar o consumo alimentar e a adequação de macronutrientes de um grupo de pacientes com síndrome metabólica. Material e métodos:
Estudo transversal, a partir da análise do recordatório alimentar de 24 horas (R24hs) aplicado na primeira consulta aos pacientes com síndrome
metabólica, segundo os critérios do National Cholesterol Education Program – Adult Treatment Panel III, atendidos no período de fevereiro
a outubro de 2008 no Ambulatório de Nutrição da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp, SP, Brasil). Todos os indivíduos assinaram
o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e o trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Unifesp. Resultados: Foram
atendidos 99 indivíduos (74% do sexo feminino) com média de idade de 56 anos. Os alimentos que mais contribuíram no valor energético
total da dieta (VET) foram arroz branco, pão francês, frango, feijão, leite integral, margarina e macarrão, e as principais bebidas foram o refrigerante e os sucos artificiais. Não se observaram diferenças significativas nas médias de consumo (DP) de energia (kcal), proteínas (g), lípides
(g) e carboidratos (g) entre homens e mulheres, que foram, respectivamente: 1570 (682) e 1389 (529), 84 (51) e 74 (41), 49 (25) e 42
(22), 198 (97) e 181 (76). De acordo com as recomendações da I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da síndrome metabólica,
S640
apresentaram adequação de proteínas (15% do VET), carboidratos (50%-60% do VET) e lípides (25%-35% do VET), 27%, 40% e 41% dos
indivíduos, respectivamente. Segundo os R24hs, apenas 22% dos indivíduos apresentaram consumo de energia entre 90% e 110% das necessidades estimadas de energia, de acordo com as Dietary References Intakes (2002), enquanto que 71% dos indivíduos consumiam menos que
90% e a média de peso foi maior nesses últimos (91,4 kg) do que entre os primeiros (82 kg). Observou-se associação entre o sexo feminino e
adequação de energia. Mais de 70% dos indivíduos consumiam uma dieta hiperproteica (> 15% do VET), cuja principal fonte alimentar era o
frango. Conclusões: Sabe-se que indivíduos com excesso de peso tendem a sub-relatar o consumo alimentar e que o R24hs não estima a dieta
habitual, no entanto não se pode descartar a hipótese da causalidade reversa, considerando que se observou um consumo energético menor
entre os indivíduos com média de peso corporal maior.
P209
INTERVENÇÃO NUTRICIONAL E ALTERAÇÃO DE PESO EM PACIENTES COM SÍNDROME METABÓLICA
Lopes AG, Tarasautchi D, Asakura L
Introdução: A adoção de um plano alimentar saudável é a primeira conduta para o tratamento da síndrome metabólica. Objetivos: Avaliar a
intervenção nutricional em pacientes com síndrome metabólica. Material e métodos: Acompanharam-se os pacientes com síndrome metabólica, segundo os critérios do National Cholesterol Education Program – Adult Treatment Panel III atendidos no Ambulatório de Nutrição
da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp, SP, Brasil) que compareceram a pelo menos três consultas no período de fevereiro/2008 a
abril/2009. Para cada paciente, foi elaborado e entregue um plano alimentar individualizado com orientações dietéticas para o tratamento
dos componentes da síndrome metabólica, conforme as recomendações da I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome
Metabólica. Realizaram-se, em todas as consultas, avaliação antropométrica e do consumo alimentar, quando se esclareceram dúvidas sobre o
plano alimentar e foram dadas orientações para o automonitoramento e sugestões sobre as escolhas das preparações por ocasião da realização
de refeições fora do domicílio, entre outras. Todos os indivíduos assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e o trabalho foi
aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Unifesp. Resultados: Avaliaram-se os dados de 63 indivíduos (71% do sexo feminino), com
média de 57 anos de idade. Observou-se redução significativa da média (DP) do peso (kg) 87,4 (18) versus 86,4 (18), do IMC (kg/m2) 33,9
(6) versus 33,5 (6) e da concentração plasmática de colesterol total (mg/dl) 194 (37) versus 178 (34) entre a primeira e a terceira consulta,
cujo intervalo médio foi de quatro meses. Do total, 65% dos indivíduos apresentaram redução média de 2,6% do peso entre a primeira e a
terceira consulta, enquanto que 32% tiveram um ganho médio de 1,6%; os demais não tiveram alteração de peso. Entre aqueles que perderam
peso, aproximadamente 12% dos indivíduos apresentaram redução de mais de 5% do peso inicial e 10% atingiram o peso adequado para a altura, tornando-se eutróficos. Observou-se redução significativa da média (DP) do peso (kg) da primeira para a terceira consulta entre aqueles
(n = 34) que referiam fazer atividade física [86,1 (16,6) versus 84,9 (16,6)]. Conclusão: A intervenção nutricional mostrou resultados positivos, mas não se pode descartar a influência da prática da atividade física nesses resultados, embora não se tenha quantificado ou acompanhado
essa prática. O ganho de peso entre alguns indivíduos mostra uma baixa adesão ao tratamento proposto, o que sugere que a intervenção
nutricional deve incluir mais consultas em menor tempo, bem como o envolvimento de uma equipe interdisciplinar.
P210
IDENTIFICAÇÃO DOS FATORES DE RISCO PARA SÍNDROME METABÓLICA
Coelho LC, Broinizi PRB, Teixeira AMNC, Silva CVD, Asakura L
Departamento de Medicina Preventiva, Unifesp.
Introdução: A identificação dos fatores de risco que compõem a síndrome metabólica é fundamental para prevenir possíveis complicações.
Objetivos: Identificar os fatores de risco em pacientes sem síndrome metabólica e caracterizar aqueles com síndrome metabólica quanto aos
critérios diagnósticos. Material e métodos: Estudo transversal a partir da análise de dados de pacientes atendidos no Ambulatório de Nutrição
da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp, SP, Brasil). Os dados considerados neste estudo foram coletados na primeira consulta e analisados conforme os critérios do National Cholesterol Education Program – Adult Treatment Panel III para diagnóstico de síndrome metabólica
(SM). Foram incluídos 110 pacientes com idades entre 21 e 81 anos e de ambos os sexos. Os adultos tiveram o estado nutricional classificado
segundo os valores do índice de massa corporal (IMC, kg/m2) utilizados pela OMS e os idosos (= ou > 60 anos), pela OPAS. Resultados: Do
total de pacientes atendidos, 67% eram mulheres, 36% eram idosos e 58% tinham SM; a média de idade foi de 53 anos. Observou-se associação
entre presença de SM e valores de circunferência abdominal (CA) acima dos pontos de corte e idade acima de 60 anos. Entre aqueles com SM,
a média de idade foi de 57 anos; valores de CA acima dos pontos de corte foram observados em 92% dos pacientes e 56% tinham mais de três
componentes; 73% referiam não fazer atividade física. Entre os pacientes sem SM, a média de idade foi de 49 anos, 67% apresentavam dois
componentes da SM e 72% apresentaram valores de CA acima dos pontos de corte; 67% referiam não realizar atividade física. Embora os valores médios (DP) das variáveis antropométricas [CA (cm) 98 (13,5) versus 109,4 (14,0); peso (kg) 77,7 (18,1) versus 86,9 (19,7); IMC (kg/
m2) 30,44 (6,0) versus 34,34 (6,6)] e bioquímicas (mg/dl) [HDL-C 54 (13) versus 42 (9); triglicérides 119 (59) versus 189 (69); glicemia
de jejum 93 (16) versus 123 (43)] dos indivíduos sem SM fossem melhores quando comparados aos com SM, observou-se que 22% daqueles
tinham concentração plasmática de HDL abaixo do desejável, 13% tinham hipertrigliceridemia, 22% estavam com glicemia de jejum alterada
e 24% eram hipertensos. Observou-se que, mesmo entre os pacientes eutróficos (n = 11), cinco tinham SM. Conclusão: Os indivíduos sem
SM eram mais jovens, porém, já apresentavam alterações importantes das medidas antropométricas, bem como do perfil bioquímico. Essas
informações indicam que é necessário identificar os fatores de risco e fazer uma intervenção com vistas ao tratamento desses indivíduos e à
prevenção da SM. Faz-se necessário investigar os fatores de risco também em indivíduos eutróficos, embora o número de pacientes com esse
diagnóstico nutricional neste trabalho tenha sido pequeno.
S641
TEMAS LIVRES Pôsteres
Departamento de Medicina Preventiva, Unifesp.
P211
AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE CAPACIDADE MOTORA E MASSA CORPORAL DE ESCOLARES OBESOS E EUTRÓFICOS DE 7 A 10 ANOS
Duarte FO, Rosante MC, Gomes PM, Lino ADS, Duarte ACGO, Sene-Fiorese M, Rocha R
TEMAS LIVRES Pôsteres
UFSCar.
Introdução: A obesidade é uma doença nutricional com causas multifatoriais, que, além de resultar em acúmulo excessivo de gordura no
organismo, pode estar vinculada ao acometimento de outras doenças, como: hipercolesterolemia; hipertensão arterial; diabetes, entre outras.
Cada vez mais, aponta-se como agravante o fato de crianças apresentarem índices de risco de sobrepeso e obesidade, com acúmulo de gordura
principalmente na região abdominal, que aumenta os riscos ao prognóstico das doenças citadas acima. Objetivo: Identificar o estado nutricional de escolares eutróficos e com sobrepeso na faixa etária dos 7 aos 10 anos de idade e comparar o desempenho destes em testes de capacidades motoras. Material e métodos: Todos os procedimentos executados no presente estudo estão de acordo com os preceitos do Comitê de
Ética com Seres Humanos da Universidade de São Carlos (UFSCar) e sob autorização da Secretaria de Ensino e da escola CAIC do município
de Rio Claro/SP. Avaliaram-se 75 alunos, sendo 50 do sexo feminino e 25 do sexo masculino. Foram realizadas medidas antropométricas
de peso, estatura e dobras cutâneas (tabela 1) para a classificação do estado nutricional com base nas normas do Nacional Center for Health
Statiscs (2000). Para os testes de capacidade motora foi realizada a avaliação da resistência aeróbia (teste de meia milha), resistência anaeróbia
total (teste de 40 segundos), velocidade (teste do vai-vem – shutle run) e flexibilidade (teste de sentar e alcançar). Para análise estatística foi
utilizado o teste t-Student para a amostra não pareada, assumindo como nível de significância p < 0,05. Resultados: A tabela 1 indica que os
alunos avaliados foram classificados como eutróficos (64%), sobrepeso (36%). Quando comparados, verifica-se diferença significativa entre os
grupos quanto à resistência aeróbia, resistência anaeróbia total e força explosiva. Não foi encontrada diferença para a flexibilidade e velocidade.
Tabela 1. Caracterização da amostra e capacidades físicas de indivíduos eutróficos e sobrepeso – Grupo Eutrófico (n = 48) Sobrepeso (n =
27) Idade (anos) 9,4 ± 1,2 9,2 ± 1,3 Peso* (kg) 31 ± 4,64 44 ± 12,7 Estatura (m) 1,38 ± 0,09 1,39 ± 0,11 IMC*(kg/m²) 16,2 ± 1,5 22,3
± 3,25 Flex. (cm) 25,6 ± 7,9 24,7 ± 7 Veloc.(s) 13,45 ± 1,5 14,2 ± 1,8 F.Ex.*(m) 140 ± 20 124 ± 22 Res. Anaer.T* (m) 158,11 ± 17,08
146,6 ± 13,9 Res. Aer.*(ml/kg/min) 61,7 ± 6,1 51,4 ± 4,9 Legenda: Flex. = Flexibilidade; Res. Aer. = Resistência Aeróbia; Res. Anaer. T. =
Resistência Anaeróbia Total Veloc. = Velocidade; F.Ex. = Força Explosiva;* = p < 0,05. Conclusão: De acordo com os resultados obtidos na
amostra selecionada da instituição de ensino avaliada, a presença de sobrepeso dá indicativos de problemas em relação às capacidades motoras, o que pode afetar o desenvolvimento motor dessas crianças. Desse modo, torna-se importante o acompanhamento multiprofissional das
crianças, para que esse estado seja revertido, de forma que estas passem para o estado de eutrofia, evitando, assim, que se tornem adolescentes
e adultos obesos.
P212
PADRONIZAÇÃO DO GASTO ENERGÉTICO DE REPOUSO DE UMA POPULAÇÃO BRASILEIRA FEMININA E COMPARAÇÃO DOS
RESULTADOS DE CALORIMETRIA COM A ESTIMATIVA POR FÓRMULA DE HARRIS-BENEDICT
Halpern A, Cercato C, Dalcanale L, Melo ME, Mancini MC, Rodrigues AE.
Grupo de Obesidade e Síndrome Metabólica, Disciplina de Endocrinologia HC-FMUSP
Introdução: A prevalência da obesidade vem aumentando em proporções epidêmicas em todo o mundo nas últimas décadas. Independentemente do fator básico que desencadeia a obesidade, o desequilíbrio no balanço energético é usualmente comum. Para um tratamento clínico
da obesidade, é importante o cálculo adequado do gasto energético diário (GET). Para tanto, é indispensável a determinação precisa do gasto
do metabolismo de repouso (GMR), que é o seu principal componente. O GMR pode ser aferido por meio da calorimetria indireta (CI) ou estimado pelo uso de fórmulas; entretanto, a maioria dos estudos de validação dessas fórmulas indica que estas costumam superestimar o GMR.
Objetivos: Em vista disso e da ausência de estudos de normatização da GMR para a população brasileira, este estudo teve como objetivo
caracterizar a GMR de nossa população por faixa de índice de massa corpórea (IMC) e comparar seus valores com os estimados pela fórmula
de Harris Benedict (HB), a fim de verificar se existe superestimação. Material e métodos: Foram utilizados os resultados de 811 calorimetrias
indiretas de pacientes do sexo feminino dos 18 aos 65 anos realizados no nosso serviço de janeiro de 1995 a janeiro de 2007. Resultados:
O GMR médio por faixa de IMC está apresentado na tabela 1 e na Figura. A comparação entre os valores estimados por HB e os aferidos
por CI encontra-se na tabela 2. Conclusão: A fórmula de HB superestima os valores de GMR para população brasileira feminina e os valores
médios de GMR por faixa de IMC documentados em nosso estudo podem ser usados como referência para a população feminina brasileira.
Tabela 1.
Classificação
n
Média (kcal)
IC de 95% para a
média (kcal)
Mediana (kcal)
Mínimo (kcal)
Máximo (kcal)
Desvio-padrão
Normais
117
1242
(1208 – 1275)
1210
910
1850
184,4
Sobrepeso
271
1329
(1309 – 1348)
1320
910
1980
166,1
Obesidade 1
230
1459
(1433 – 1485)
1460
1040
2420
199,4
Obesidade 2
116
1624
(1585 – 1664)
1630
1120
2330
215,0
Obesidade 3
75
1882
(1799 – 1964)
1810
1190
3400
359,0
Geral
809
1447
(1428 – 1466)
1410
910
3400
276,9
S642
GMR
2400
2200
2000
GMR
1800
1600
1400
TEMAS LIVRES Pôsteres
1200
1000
800
Eutrófico
Sobrepeso
Obesidade 1
Obesidade 2
± Desvio-padrão
± Erro padrão
Média
Obesidade 3
Figura.
Tabela 2.
Classificação
Variação % (HB em relação ao GMR)
n
Média
IC de 95% para
média (%)
Mediana
Mínimo
Máximo
Desvio-padrão
Eutrófico
117
7,30
(4,73 - 9,87)
8,49
-37,38
34,56
14,03
Sobrepeso
271
8,15
(6,65 - 9,66)
6,70
-17,82
52,64
12,57
Obesidade 1
230
6,77
(5,09 - 8,46)
5,25
-33,30
46,69
12,98
Obesidade 2
116
5,52
(3,34 - 7,7)
5,51
-17,87
45,62
11,85
Obesidade 3
75
3,36
(-0,11 - 6,82)
2,19
-22,04
93,44
15,06
P213
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA E DE POTÊNCIA AERÓBICA DE ADOLESCENTES OBESOS
Leme RB, Kanashiro LC, Damiani D, Perlamagna LI, Franco RR, Macedo LS, Lima MS
ICRFMUSP.
Introdução: Diante da repercussão da obesidade e suas consequências em adolescentes obesos e das dificuldades encontradas na mudança no
estilo de vida, principalmente em relação à dieta e à atividade física, avaliamos o perfil antropométrico e a potência aeróbia em adolescentes
obesos. Objetivo: estimar a potência aeróbica e a composição corporal de adolescentes obesos para indicar programa de condicionamento
físico. Casuística e métodos: 27 adolescentes obesos (16 meninos e 11 meninas) com idades de 10 a 16 anos (média 12,3 ± 1,9 anos) matriculados no Ambulatório de Endocrinologia Pediátrica do Instituto da Criança – HCFMUSP foram submetidos a avaliações antropométricas e
de potência aeróbia (teste de banco de Balke) no início do tratamento. A avaliação antropométrica constou de medidas de peso, estatura para
determinação de IMC, pregas cutâneas e estimativa de porcentagem de gordura (equações de Brook e de Durnin & Rahaman e equações de
Siri). A avaliação de potência aeróbia foi realizada por meio do teste de esforço progressivo para determinação do VO2 de pico. Foi empregado
o teste de banco de Balke e a tabela do próprio teste para a estimativa de VO2 (ml/kg/min). Para a classificação do pacientes com 13 a 19
anos foi empregada a tabela de Cooper (Heyward, 1998) para não atletas e a tabela de Rodrigues et al. (2006) para pacientes de 10 a 12 anos.
Resultados: A média de peso dos pacientes foi de 90,87 kg (± 26,43), estatura de 159 cm (± 10), IMC de 35,43 kg/m2 (± 8,22) e porcentagem de gordura de 43,6% (± 4,9). Entre as meninas, o peso médio foi de 95 kg (± 25,9), estatura de 160 cm (± 8), IMC de 36,71 kg/m2
(± 8,08), porcentagem de gordura corpórea de 43,79% (± 4,85). Nos meninos, o peso médio foi de 88 kg (± 27,26), estatura de 159 cm (±
11 cm), IMC de 34,55 kg/m2 (± 8,46), porcentagem de gordura de 43,43% (± 5,1). Em relação ao consumo de VO2 em ml/kg/min (VO2
pico): entre as meninas, 9,1% atingiram o 6º estágio do teste de banco de Balke, com consumo de 31,5 ml/kg/min; 36,3% atingiram o 5º
estágio do teste, com consumo de 28 ml/kg/min; 54,6% atingiram o 4º estágio, com consumo de 24,5 ml/kg/min. Entre os meninos, 6,25%
atingiram o 6º estágio do teste de banco de Balke, com consumo de 31,5 ml/kg/min; 50% atingiram o 5º estágio do teste, com consumo
de 28 ml/kg/min; 37,5% atingiram o 4º estágio, com consumo de 24,5 ml/kg/min; e 6,25% atingiram o 3º estágio, com 21 ml/kg/min.
Conclusão: Todos os pacientes avaliados apresentaram porcentagem de gordura bem elevada para a idade e baixa potência aeróbia.
S643
P214
CONTRIBUIÇÕES DO TREINAMENTO RESISTIDO SOBRE A COMPOSIÇÃO CORPORAL DE OBESAS PÓS-CIRURGIA BARIÁTRICA
D’Ávila MJM, Napoli E, Pestana ISC, Sá CKC
TEMAS LIVRES Pôsteres
Faculdade Social.
Um número cada vez maior de cirurgias no tratamento da obesidade (OB) vem sendo empreendido, justificado por evidências que apontam
que após a cirurgia bariátrica (CB) há menor taxa de mortalidade por causas relacionadas à OB em relação aos controles constituídos de obesos
mórbidos. No entanto, os índices de mortalidade por outras causas, como o suicídio, foi maior entre o grupo cirurgia [Adams TD et al. N
Engl J Med. 357: 753-761, 2007]. Assim, sugere-se que maior contato com os pacientes e exigência da adesão a comportamentos saudáveis
(exercícios e dieta) podem melhorar os resultados dos procedimentos da CB, especialmente para aqueles que estão deprimidos e sofrem de
compulsão alimentar [Toussi R et al. Obesity. 17(5): 996-1002, 2009]. Embora se conjeture que o exercício possa contribuir nesses casos, não
há dados experimentais que demonstrem seus efeitos sobre a composição corporal após a CB. Objetivo: Verificar os efeitos de um programa de
exercícios resistidos (ER) sobre a composição corporal em obesas pós-CB. Material e métodos: 14 voluntárias obesas (37 ± 12 anos de idade,
103 ± 13 kg de massa corporal, 1,6 ± 0,1 m de estatura) após três meses da CB aberta do tipo mista compuseram aleatoriamente dois grupos:
controle (sem exercícios) e experimental (com ER). Antes e após o programa, realizou-se avaliação antropométrica (medidas da massa, estatura e circunferências e percentual de gordura por bioimpedância). O programa de ER de três meses, três vezes por semana, constituiu-se por
dez exercícios (cinco para membros superiores e tronco e cinco para membros inferiores e quadril) realizados com uma série de 12 repetições
máximas. Para análise dos dados, foram efetuadas ANOVA com medidas repetidas, com nível de significância de 5%, e post-hoc de Bonferroni.
Resultados: Conforme tabela 1, o ER reduziu significativamente os indicadores de composição corporal em relação ao controle.
Tabela 1. Efeito de um programa de exercícios resistidos sobre as variáveis antropométricas em obesas pós-cirurgia bariátrica
Indicadores antropométricos
IMC (kg/m2)
% gordura
Controle (n = 7)
Experimental (n = 7)
Antes
Depois
Antes
Depois
40,2 ± 4,5
35,8 ± 4,1*
34,2 ± 3,6
31,0 ± 4,3*†
35,2 ± 2,0*†
41,2 ± 1,4
39,0 ± 1,3*
39,6 ± 2,0
CC (cm)
103,7 ± 10,8
100,6 ± 10,9*
98,4 ± 7,6
93,4 ± 7,5*†
CQ (cm)
122,1 ± 15,5
119,7 ± 15,4*
121,1 ± 8,1
116,6 ± 10,3*
0,9 ± 0,03
0,8 ± 0,03
0,8 ± 0,03
0,8 ± 0,04
PCCQ
*p < 0,05 entre antes e depois no mesmo grupo; † p < 0,05 entre os grupos depois. IMC: índice de massa corporal; CC: circunferência da cintura; CQ: circunferência do quadril; PCCQ: proporção circunferência cintura
quadril.
Conclusão: Os dados sugerem que o ER, após CB, pode se constituir como estratégia relevante para ampliar os efeitos da cirurgia sobre o
volume e a composição corporais. É importante observar que outras evidências apontam o ER como indutor do aumento do metabolismo
basal, além de ser promotor de aumento da massa e do tônus muscular, efeitos particularmente interessantes para alteração da composição
corporal e elevação da autoestima.
P215
RELAÇÃO E ENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS OBESAS EM AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA EM ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
INFANTIL DE SÃO CARLOS/SP
Barreto SMG, Duarte ACGO, Duarte FO, Sene-Fiorese M, Maria ASLS, Aquino Junior AE
UFSCar.
Introdução: O alarmante crescimento da obesidade é motivo de preocupação global e tem mostrado valores igualmente preocupantes também entre crianças. A obesidade requer uma atenção especial, pois o cidadão obeso é portador de uma necessidade especial (USP, 1998),
tendo garantido atendimento educacional especializado gratuito (CUNHA, 2002). No entanto, o nível de conhecimento entre estudantes e
profissionais de saúde, incluindo estudantes de Educação Física, é inadequado, quando questionados sobre atividade física (CUNHA, 2002).
O mesmo problema foi encontrado em profissionais da área da saúde de uma Unidade Básica de Saúde não governamental, não havendo diferença entre profissionais da área médica e funcionários administrativos quanto à recomendação de atividade física (CUNHA, 2002). Objetivo:
Averiguar o índice de sobrepeso e obesidade da determinada escola infantil de São Carlos, comparando com valores obtidos anteriormente,
além de constatar possíveis mudanças no comportamento das crianças e conhecimento dos profissionais envolvidos. Materiais e métodos:
Objetivando averiguar se o estado de obesidade infantil interfere no comportamento dos alunos nas aulas de Educação Física escolar, foram
avaliados 53 meninos e 56 meninas entre 3 e 7 anos, nos seguintes aspectos: verificação de massa corporal cronológica e condição de obesidade segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Também foram avaliados o nível de interação da criança, em critérios de atividade
ou passividade na participação de aulas de Educação Física, segundo o ponto de vista do professor responsável. Aos pais, encaminharam-se
questionários para identificar a alimentação e a atividade física para constatar o que a criança ingere e o que faz no período extra escolar.
Resultados: Foram encontradas prevalências de IMC de sobrepeso de 9,17% e 10,09% e para obesidade de 3,67% e 6,42%. As prevalências
de escore Z foram de 22,50% e 21,62% e para obesidade de 12,50% e 13,51%, também respectivamente para os sexos feminino e masculino.
O questionário aos pais identificou que 95,83% das crianças estão envolvidas em brincadeiras passivas. O professor responsável pelas crianças
afirmou que não havia alunos obesos em sua turma, bem como alunos com sobrepeso. Conclusão: A observação do professor não diagnosticou qualquer diferença entre a execução e a participação dos alunos qualificados a partir de sobrepeso e obesidade nas aulas de Educação
Física, não havendo limitação no envolvimento destas nas aulas.
S644
P216
EFEITO DA SUPLEMENTAÇÃO COM ÁCIDO LINOLEICO CONJUGADO (CLA) E DO TREINAMENTO EM NATAÇÃO SOBRE A
COMPOSIÇÃO CORPORAL E PARÂMETROS BIOQUÍMICOS DE RATOS WISTARS EM CRESCIMENTO
Sene-Fiorese M, Duarte ACGO, Duarte FO, Dourado GKZS, Aquino Junior AE
Introdução: A habilidade do CLA em alterar a composição corporal, aumentando a massa magra e reduzindo a massa gorda em diferentes
espécies, tem sido amplamente estudada. Devido a seu suposto potencial benéfico, o CLA tem se mostrado um possível fator para o controle
da obesidade. Objetivo: Avaliar os efeitos da suplementação com ácido linoleico conjugado (CLA) associado ao treinamento moderado em
natação sobre a composição corporal, consumo e eficiência alimentar, glicemia, perfil lipídico, glicogênio muscular e hepático de ratos Wistar.
Materiais e métodos: Ratos Wistar (30 dias) foram divididos em: sedentário (S), sedentário suplementado (SS), treinado (T) e treinado
suplementado (TS). Os animais permaneceram em gaiolas individuais com comida e água ad libitum, temperatura de 23 ± 1 oC e ciclo claroescuro de 12 horas, durante oito semanas. A sessão de natação durou uma hora e foi realizada três vezes por semana, bem como a suplementação com CLA 2%. Após sacrifício, o plasma, os tecidos adiposos brancos e o marrom, o músculo gastrocnêmio e o fígado foram coletados
e pesados. Resultados: A suplementação per se não promoveu modificação na ingestão alimentar (S = 26,48 ± 3,02; T = 28,19 ± 2,28; SS
= 27,18 ± 1,96; TS = 26,42 ± 4,23) e na massa corporal (S = 387,63 ± 28,44; T = 385,50 ± 20,72; SS = 346,78 ± 32,65; TS = 321,56 ±
51,70) dos animais. Houve aumento na glicemia de jejum (P < 0,05), no HDL-colesterol (P < 0,05), colesterol total (P < 0,05) e redução
dos triacilgliceróis (tabela 1). A suplementação associada ao treinamento reduziu a massa corporal (P < 0,05) e aumentou o peso relativo do
tecido adiposo, fígado e glicemia de jejum (tabela 2). Conclusão: A suplementação com CLA associada à prática de exercício físico parece
ter influência no balanço energético, mas, por outro lado, o aumento no peso do fígado indica que a ingestão desse ácido graxo possa ter
efeitos indesejáveis, aumentando os riscos de desenvolvimento do fígado gorduroso. Esses achados apontam perspectivas para novos estudos
envolvendo análises histológicas do fígado, expressão gênica de enzimas-chaves do metabolismo lipídico e de carboidratos, associados ou não
a diferentes protocolos de treinamento físico.
Tabela 1. Concentrações séricas
Grupo S
Grupo T
Grupo SS
Grupo TS
Glicose
81,37 ± 8,95
(n = 8)
85,50 ± 7,42
(n = 8)
100,22 ± 5,91*
(n = 9)
108,25 ± 6,18*+
(n = 9)
Colesterol total
29,28 ± 2,13
(n = 8)
28,37 ± 3,24
(n = 8)
34,57 ± 3,73*
(n = 9)
35,67 ± 2,58*+
(n = 9)
HDL-c
14,42 ± 1,39
(n = 8)
15,71 ± 1,49
(n = 8)
18,00 ± 1,69*
(n = 9)
19,87 ± 2,74*+
(n = 9)
Triacilglicerol
115,17 ± 30,98
(n = 8)
63,83 ± 10,17*
(n = 8)
81,42 ± 13,16*
(n = 9)
71,28 ± 14,16*
(n = 9)
Glicogênio muscular
105,03 ± 8,71
(n = 5)
132,33 ± 17,90
(n = 5)
351,40 ± 86,81*
(n = 6)
272,63 ± 47,01*+
(n = 9)
Glicogênio hepático
151,45 ± 49,36
(n = 5)
50,86 ± 19,91*
(n = 6)
128,57 ± 46,91
(n = 6)
279,21 ± 57,19*+
(n = 7)
Tabela 2. Peso relativo dos tecidos (g de tecido/100 g de peso corporal)
Tecidos
Grupo S
Grupo T
Grupo SS
Grupo TS
EPI
0,81 ± 0,12
(n = 8)
0,75 ± 0,15
(n = 8)
0,71 ± 0,19
(n = 9)
1,06 ± 0,20*+
(n = 9)
RET
1,34 ± 0,13
(n = 8)
1,27 ± 0,20
(n = 8)
0,96 ± 0,09*
(n = 9)
1,02 ± 0,15*
(n = 9)
VIS
0,80 ± 0,10
(n = 8)
0,82 ± 0,13
(n = 8)
0,94 ± 0,08
(n = 9)
1,22 ± 0,22*+
(n = 9)
TAM
0,12 ± 0,02
(n = 8)
0,20 ± 0,04*
(n = 8)
0,06 ± 0,02*
(n = 9)
0,05 ± 0,02*+
(n = 9)
GAST
0,50 ± 0,04
(n = 8)
0,50 ± 0,03
(n = 8)
0,50 ± 0,012
(n = 9)
0,51 ± 0,03
(n = 9)
FIG
3,24 ± 0,14
(n = 7)
3,02 ± 0,1739*
(n = 6)
3,53 ± 0,2730*
(n = 8)
3,30 ± 0,17*+
(n = 8)
S645
TEMAS LIVRES Pôsteres
UFSCar.
P217
COMPARAÇÃO DO PERCENTUAL DE GORDURA E IMC DE MULHERES ATIVAS DE DIFERENTES FAIXAS ETÁRIAS
Nanni EP, Rosante MC, Peneireiro GM, Fiorese MS
TEMAS LIVRES Pôsteres
UFSCar.
Introdução: A atividade física regular tem sido reconhecida por seus efeitos benéficos aos praticantes, podendo ser definida como qualquer
movimento produzido pelos músculos esqueléticos que resulte em gasto energético. Tendo em vista o crescimento do número de alunos de
diferentes faixas etárias engajados em atividades físicas, torna-se importante avaliar os efeitos do treinamento físico sobre a composição corporal em relação à idade. Objetivo: Avaliar a influência da idade sobre a composição corporal em mulheres adultas e ativas participantes de
um projeto de atividade física. Material e métodos: A amostra foi composta por 32 mulheres, de 40 a 69 anos, divididas em três grupos, de
acordo com a faixa etária, praticantes de atividade física (três vezes por semana, sessão de 50 minutos) participantes de um projeto de atividade
física da cidade de São Carlos/SP, sendo as aulas de alongamento, ginástica localizada e ginástica aeróbica. Para a avaliação da composição
corporal, foi utilizada uma balança de bioimpedância da marca Tanita, modelo Ironman BC–548, além do cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC). Os resultados foram avaliados estatisticamente por meio do teste Anova one Way e do teste de comparação Tukey. Resultados:
Os resultados estão descritos na tabela a seguir: grupos/variável A40 a 49 anos B50 a 59 anos C60 a 69 anos IMC (kg/m2) 26,0 ± 2,1 26,0
± 2,4 29,1 ± 3,2* % gordura corporal 35,7 ± 4,8 35,3 ± 4,1 41,0 ± 3,1* em que * p < 0,05 quando comparado com grupo B (50 a 59 anos).
As mulheres do grupo C apresentaram diferença estatística significativa quando comparadas ao grupo B em relação ao IMC, sendo este maior
no grupo C. Nota-se que pelos valores médios de IMC obtidos, segundo Must et al. (1991), o IMC das mulheres do grupo A está entre o
percentil 50th e 85th, sugerindo peso um pouco acima do esperado para a sua faixa etária; o IMC das mulheres do grupo B está percentil 50th,
considerado ideal; e para as mulheres do grupo C o IMC está no percentil 85th, considerado acima do esperado para a idade. Com relação ao
percentual de gordura corporal, os dados apresentam comportamento semelhante ao IMC, em que o grupo C apresenta o maior percentual
de gordura e diferença significativa comparada ao grupo B. Segundo os critérios de Lohman et al. (1997), todas as mulheres avaliadas apresentaram percentual de gordura acima do esperado para a faixa etária. Conclusões: Os resultados sugerem que a idade tem maior influência na
composição corporal e IMC de mulheres, principalmente a partir dos 60 anos. Entretanto, outros fatores devem ser estudados para que esses
resultados possam ser efetivamente comprovados, como, por exemplo, o período do ciclo reprodutivo em que essas mulheres se encontram
(pré-menopausa, menopausa ou pós-menopausa).
P218
EFEITOS DA HIPERNUTRIÇÃO DURANTE A LACTAÇÃO NA SECREÇÃO DE INSULINA – O PAPEL DO GLUT2 E AKT
Thole AA, Lessa JG, Cunha ACSR, Soares VM, Moura AS, Souza EPG, Pereira MS
UERJ.
Introdução: O excesso de nutrientes em períodos críticos do desenvolvimento gera respostas adaptativas que podem modificar o organismo
de forma permanente, induzindo o aparecimento de doenças crônicas na idade adulta, tais como diabetes melito tipo II. Dessa forma, a
caracterização do perfil da secreção de insulina e sua relação com as proteínas envolvidas nesse processo, tais como o GLUT2 e a AKT, são
de particular interesse na compreensão das alterações do metabolismo energético no animal adulto hipernutrido no início da vida. Objetivo: Estudar a influência da hiperalimentação sobre o processo de estímulo-secreção de insulina in vitro em ratos Wistar adultos. Material e
métodos: Induziu-se a hiperalimentação nos filhotes pela redução da ninhada a quatro filhotes machos por lactante no terceiro dia de vida
pós-natal, permanecendo assim até o 21° dia de lactação (NH = ninhada hipernutrida). Os filhotes do grupo controle tiveram suas ninhadas
ajustadas em dez filhotes por lactante (Plagemann, Harder et al., 1999). Após o desmame, foram oferecidas ração e água ad libitum a todos os
animais até 1 ano de idade, quando foram realizados os experimentos. Os resultados são apresentados como média aritmética + erro padrão.
Utilizou-se o teste de Mann Whitney (p < 0,05). Resultados: Observou-se que os filhotes da NH apresentaram maior consumo de leite aos
10 dias (x = 2,66 g/24 h + 0,05; p = 0, 004) e 21 dias (x = 7,10 g/24 h + 0,05; p = 0,001) em comparação aos filhotes controles (x = 2,01
g/24 h + 0,10 e x = 5,22 g/24 h + 0,28). Verificou-se também nesse grupo um aumento de 52% do peso corporal aos 21 dias de idade, em
comparação aos controles. Na idade adulta, identificou-se que as NH exibiram um aumento de 25% no peso corporal, aumento da área da
curva representativa do consumo alimentar (x = 144,20 + 3,07 e x = 113,10 + 3,26; p = 0, 007), maior índice de Lee (x = 315,10 g/mm +
5,85 e x = 282,50 g/mm + 4,60; p = 0, 002), elevação do conteúdo de gordura retroperitoneal (x = 5,90 g + 0,34 e x= 2,40 g + 0,18; p =
0, 0002) e aumento da insulinemia de jejum (x= 58,54 µUI/ml + 6,70 e x= 31,00 µUI/ml + 3,97; p = 0,01). Além disso, verificou-se que
os animais da NH apresentaram maior área da curva representativa da secreção de insulina in vitro durante 20 minutos de estimulação com
solução de glicose a 16,7 mM (x = 2723 + 148,50 e x = 2080 + 102,80; p = 0,01) e maior conteúdo de GLUT2 (x = 45562,00 U.A.+ 9312,00
e x = 19957,00 U.A. + 2895,00; p = 0,02) e de AKT (x = 51163,00 U.A. + 3837,00 e x = 26922,00U.A. + 2796,00; p = 0,002) em ilhotas
pancreáticas em comparação aos controles com a idade de 1 ano. Conclusão: Os nossos resultados demonstram que a hiperalimentação na
lactação programa alterações na secreção de insulina na vida adulta. Sugere-se que tal processo ocorra por meio do aumento nos conteúdos
de AKT e do transportador de glicose GLUT2. Referências bibliográficas: Plagemann A, T Harder, et al. Perinatal elevation of hypothalamic
insulin, acquired malformation of hypotalamic galaninergic neurons, and syndrome x-like alterations in adulthood of neonatally overfed rats.
Brain Res, v.836, n.1-2, Jul 31, p.146-55. 1999. Apoio: CNPq, CAPES e FAPERJ.
S646
P219
A OBESIDADE PROMOVE REDUÇÃO NA MODULAÇÃO AUTONÔMICA SIMPÁTICA CARDÍACA QUE É ATENUADA PELO
TREINAMENTO FÍSICO
Cozza IC, Souza HCD, Manfio AP, Dutra SGV, Maida KD, Sacco THR
A obesidade promove importantes alterações na variabilidade da frequência cardíaca (VFC) e estas têm sido associadas a fatores de risco de
morbidades cardiovasculares. Entretanto, não se sabe ao certo o quanto o percentual de gordura corporal interfere na modulação autonômica
cardíaca. Por outro lado, a prática de exercícios físicos melhora o controle autonômico cardiovascular, incluindo a modulação autonômica
da frequência cardíaca. Esse fato é atribuído à redução da influência autonômica simpática e ao aumento da influência autonômica vagal.
Entretanto, pouco se sabe sobre o efeito do exercício físico aeróbio sobre a modulação autonômica cardíaca quando aplicado em indivíduos
com diferentes índices de massa corporal (IMC: peso/altura2). Portanto, o objetivo do presente estudo foi avaliar em voluntários sedentários,
com diferentes IMC, o efeito do treinamento físico aeróbio sobre a VFC. Foram estudados 60 voluntários sedentários de ambos os gêneros,
com idade média de 48 ± 3 anos, os quais foram divididos em três grupos, de acordo com o IMC (controle: 18-25; sobrepeso: 25.1-30; e
obeso: 30.1-35). Todos foram submetidos a um protocolo de treinamento físico aeróbio supervisionado em esteira motorizada, três vezes por
semana, durante 12 semanas, com duração de 45 minutos e intensidade correspondente a 95% do limiar anaeróbio respiratório, obtido no
teste ergoespirométrico. A variabilidade da FC foi avaliada em repouso por meio da análise espectral, utilizando o registro eletrocardiográfico
(ECG). Os resultados obtidos antes do treinamento físico mostraram que o grupo obeso apresentou menor variância total em relação ao
grupo controle e menores oscilações de baixa frequência (LF:0.04-0.15 Hz), caracterizando a redução da modulação simpática em relação aos
grupos controle e sobrepeso (0.57 ± 0.12 versus 10.13 ± 3.9; 3.1 ± 0.9 ms2). Quando comparados, o grupo controle apresentou as maiores
oscilações de LF em relação ao grupo sobrepeso. Em relação às oscilações de alta frequência (HF: 0.15-0.5 Hz), que compõem a modulação
vagal da FC, nossos resultados não mostraram qualquer diferença entre os grupos estudados. O treinamento físico não alterou significativamente nenhum parâmetro espectral basal nos grupos controle e sobrepeso, entretanto, promoveu no grupo obeso o aumento nas oscilações de
LF (2.12 ± 0.75 ms2), passando a apresentar valores semelhantes ao grupo sobrepeso (3.01 ± 0.95 ms2). Portanto, nossos resultados mostram
que existem sensíveis diferenças na modulação autonômica da VFC, caracterizadas pela redução nas oscilações de LF de acordo com o aumento no IMC, sugerindo prejuízos na modulação autonômica simpática cardíaca IMC-dependente. O treinamento físico, por sua vez, promoveu
o aumento nas oscilações LF no grupo obeso sem alterar as oscilações de HF, melhorando o balanço autonômico cardíaco.
P220
NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E A QUALIDADE DE VIDA DE MULHERES IDOSAS OBESAS SUBMETIDAS À PRÁTICA DE JOGOS PRÉDESPORTIVOS
Bolognesi MM, Lopes FC, Santana ABN, Minari ALA, Costa GS, Guerra RLF, Bittar IGL
Unifesp.
Introdução: A expectativa de vida tem aumentado significativamente nos últimos anos, assim como o número de indivíduos obesos. O nível
de atividade física (NAF) tende a diminuir tanto em obesos quanto em idosos, dessa forma, novas estratégias têm sido propostas no sentido
de aumentar NAF, melhorar a qualidade de vida (QV) e promover saúde a essas populações por meio da prática regular de atividades físicas.
No entanto, poucos estudos têm avaliado NAF de mulheres idosas obesas ingressantes a um programa de ação interprofissional por meio de
jogos pré-desportivos. Objetivo: Mensurar e observar alterações do NAF e QV em um grupo de mulheres submetidas à prática regular de
jogos pré-desportivos adaptados. Material e métodos: Durante um período de 18 semanas, fizeram parte da amostra 27 mulheres acima de 60
anos de idade (68,33 ± 6,98 anos) classificadas como obesas grau I ou II e realizando praticas pré-desportivas adaptadas (3 vezes por semana,
uma hora) associadas à orientação nutricional (reeducação alimentar) e acompanhamento psicológico. As medidas de massa corporal (MC) e
estatura (E) foram realizadas segundo metodologia descrita por LOHMAN, 1988. O cálculo do índice de massa corporal (IMC) foi utilizado
como indicador de acúmulo de gordura corporal e para a classificação e seleção das participantes (CDC, 2006). Para avaliar o NAF, foi utilizado o questionário internacional de nível de atividade física (Ipaq – versão 8) (BARROS, 2004). Para a análise dos parâmetros de qualidade
de vida, foi utilizado o questionário SF-36 – Pesquisa em Saúde. O SF 36 compõe-se de oito subitens (subescalas), sendo os dados brutos
obtidos nas respostas convertidas em dados ponderados e transformados em valores de 0 a 100 (CICONELLI, 1997). Para o tratamento
estatístico dos dados, foi utilizado o teste Kolmogorov-smirnov, seguido pela análise comparativa do teste t de Student pareado para amostras
dependentes com nível de significância de p < 0,05 (*). Resultados: Os resultados encontrados em relação ao NAF mostraram que 25 das
27 participantes responderam ao questionário no início e no final do programa, das quais 18 foram classificadas como altamente ativas, cinco
suficientemente ativas e duas insuficientemente ativas e que, ao final de 18 semanas, 19 passaram a ser altamente ativas, cinco suficientemente
ativas e uma insuficientemente ativa. Apesar de a análise estatística não ter apresentado significância entre os domínios avaliados, observou-se
aumento relativo para as variáveis de caminhada (19,47%), atividade moderada (10,29%) e MET/minutos/semana (10,38%). Os resultados
relativos à QV mostram que 27 mulheres foram avaliadas, apresentando aumento significativo na média da soma das oito dimensões (75,87
± 15,04 x 84,12 ± 10,43*) após 18 semanas. Além disso, também houve melhora significativa em mais três subitens: capacidade funcional;
aspectos sociais; vitalidade. Conclusão: Tais dados apontam para a hipótese de que a prática de jogos pré-desportivos associada à orientação
nutricional e ao acompanhamento psicológico pode ser uma alternativa viável não só para a melhoria na qualidade de vida, mas também para
o aumento do nível de informação em saúde das participantes da proposta. Apoio: CNPq.
S647
TEMAS LIVRES Pôsteres
FMRP-USP.
P221
NÍVEL DE ADESÃO E ADAPTAÇÕES ANTROPOMÉTRICAS DE MULHERES OBESAS IDOSAS SUBMETIDAS A UM PROGRAMA
INTERDISCIPLINAR ASSOCIADO OU NÃO A JOGOS PRÉ-DESPORTIVOS
Minari ALA, Costa GS, Casetto SJ, Martins PA, Bolognesi MM, Bittar IGL, Lopes FC, Santana ABN, Guerra RLF
TEMAS LIVRES Pôsteres
Unifesp.
Introdução: O processo de envelhecimento sugere uma melhoria no combate às doenças. Contudo, estudos demonstram a necessidade
da prática de atividade física, independentemente da idade, visto que o perfil de saúde cardiovascular precisa melhorar principalmente em
indivíduos obesos, pois estes possuem maiores riscos de desenvolver doenças correlatas. Além disso, sabe-se que o número de idosos, assim
como de obesos, vem crescendo nas últimas décadas, ao passo que o nível de atividade física diminui. Objetivo: Sabendo que o esporte
pode promover adaptações que favorecem a saúde de seus praticantes, este estudo teve por objetivo verificar o nível de adesão e alterações
antropométricas em um grupo de mulheres obesas idosas submetidas a um programa interdisciplinar associado ou não à prática de jogos
pré-desportivos. Material e métodos: O plano de atividades foi realizado durante um período de 18 semanas por um grupo inicial de 60
mulheres com mais de 60 anos de idade classificadas como obesas grau I e II, as quais foram divididas em dois grupos: exercitado (Ex) (n =
30) realizavam praticas pré-desportivas (três vezes por semana, uma hora por sessão) associadas à orientação nutricional (reeducação alimentar) e acompanhamento psicológico (ambos uma vez por mês); e controle (C) (30): receberam orientação nutricional e acompanhamento
psicológico (ambos uma vez por mês). Foi realizada avaliação no início e no final do cronograma proposto, mensurando-se massa corporal
(MC) e estatura (E) (LOHMAN, 1988). O índice de massa corporal (IMC) foi utilizado como indicador de acúmulo de gordura corporal
(CDC, 2006). Foram medidas circunferências de cintura e quadril e estabelecida a relação cintura-quadril (R C/Q) para observar possíveis
riscos a doenças cardíacas (R C/Q > 0,80) (LESSA et al., 2004). Para o tratamento estatístico dos dados, foi utilizado o teste Kolmogorov
smirnov, seguido pela análise comparativa do teste t de Student pareado para amostras dependentes e independentes com nível de significância de p > 0,05 (*). Resultados: A média de idade foi de 68,9 ± 7,03 anos para o grupo Ex e 67,4 ± 5,36 anos para o grupo C. Ao final
do período de intervenção, 27 participantes faziam parte do grupo Ex, enquanto que 21 do grupo C (desistência de 10% e 30%, respectivamente). Em ambos os grupos, a frequência mínima de participação das atividades propostas foi de 70% e os motivos de desistência foram
diversos. A intervenção proporcionou diminuição significativa no IMC médio do grupo Ex (IMC = 32,87 ± 2,19 x 32,39 ± 2,19*), dado
não observado no grupo C (IMC = 34,05 ± 2,82 x 33,75 ± 3,25). Além disso, nas variáveis MC, E e R C/Q, não se observaram alterações
significativas após o período de intervenção em ambos os grupos, sendo que a R C/Q apresentou indicativo para risco de doenças cardíacas
para ambos os grupos. Conclusão: Tais dados apontam para a ideia de que tanto orientação nutricional e acompanhamento psicológico
quanto ambos associados a jogos pré-desportivos podem proporcionar manutenção de parâmetros antropométricos em mulheres obesas
idosas, sugerindo também que a prática esportiva adaptada por meio de jogos pré-desportivos favoreça a adesão à proposta interdisciplinar.
Apoio financeiro: CNPq.
P222
PROGRAMA DE INTERVENÇÃO MULTIDISCIPLINAR NO COMBATE À OBESIDADE E NÍVEIS PRESSÓRICOS ALTERADOS EM
ADOLESCENTES OBESOS
Fernandes CAM, Benedetto CD, Prati SRA, Prati ARC
FAFIPA/Grupo PAFiDH; CESUMAR/Grupo Pesquisa Saúde, Obesidade, Aptidão Física.
Introdução: O excesso de peso, quando caracterizado como obesidade, pode proporcionar consequências graves no sistema metabólico das pessoas. Quando o problema se inicia em idades mais jovens, como a adolescência, e não é tratado de forma eficaz, o risco de
se tornar adulto obeso apresentando níveis alterados de lipídios sanguíneos, glicemia e pressão arterial (PA) elevada passa a ser maior.
Acredita-se que a intervenção multidisciplinar pode ajudar no combate ao problema, minimizando os efeitos nocivos à saúde e melhorando a qualidade de vida dessas pessoas. Objetivo: Verificar o efeito de um programa de intervenção multidisciplinar sobre os níveis
de obesidade e pressão arterial em adolescentes obesos. Metodologia: Esse trabalho de caráter experimental teve como voluntários 12
adolescentes na faixa etária de 13 a 17 anos, que foram submetidos a um trabalho de intervenção multidisciplinar envolvendo: educação física, com programa de exercícios físicos individualizados (32 sessões de exercícios ao longo de quatro meses com duração de 60
minutos/sessão, sendo 30 minutos de exercícios aeróbicos); nutrição (atendimento em clínica de nutrição para adolescentes e família,
objetivando readequar dieta para perfil equilibrado e com nível energético ideal para emagrecimento); psicologia (reuniões em grupo
para estimular formas de superar barreiras, melhorar a autoestima e a motivação para continuar o programa de emagrecimento). Como
variáveis de análise, utilizou-se para níveis de composição corporal o método da análise de impedância bioelétrica (BIA-Biodynamics
310c), dobras cutâneas (∑TR+SB) e IMC. Como indicador de PA, foi utilizado esfignomanômetro e estetoscópio verificando a PA sempre em períodos de repouso. Para análise estatística, foi utilizado teste t com significância de 0,05. Resultados: Os resultados indicaram
diminuição significante nos níveis de composição corporal (IMC = -1,03 kg/m2; ∑DC = -14 mm; BIA = -4,7%), assim como nos níveis
de PA sistólica de 135,5 (+-11,2) para 118,0 (+-6,03) mmHg. Conclusão: Pode-se verificar que a ação multidisciplinar, quando atendendo a necessidades objetivas do grupo de intervenção, pode ajudar no processo de emagrecimento e diminuição dos riscos relativos
à saúde dos adolescentes. Acredita-se também que intervenções de maior duração poderão apresentar melhores resultados, bem como
ajudar no processo de adaptação do organismo a uma nova condição mais leve e saudável, minimizando risco de ganho de gordura e
consequente elevação de PA.
S648
P223
PERFIL LIPÍDICO E GLICEMIA SANGUÍNEA EM ADOLESCENTES OBESOS SUBMETIDOS À ORIENTAÇÃO ALIMENTAR, EXERCÍCIO
FÍSICO E INGESTÃO DE LINHAÇA
Prati SRA, Prati ARC, Ferdinandi MSN, Benedetto CD, Fernandes CAM.
Introdução: A linhaça tem sido utilizada com sucesso em estudos que previnem e tratam doenças crônicas, ajudando no controle de lipoproteínas (colesterol total, HDL, LDL e VLDL), triglicerídeos (TGL) e glicemia (GLI). Contudo, parece ainda não se ter uma dosagem adequada
quando se trata de obesos, mais especificamente adolescentes. Todavia, como auxiliar na dieta aumentando o aporte de fibras associada à
prática regular de exercícios físicos, a linhaça pode ser importante para a adoção de um novo estilo de vida e possível mudança no quadro da
obesidade e de riscos associados. Objetivo: Desse modo, esse trabalho experimental teve como objetivo verificar qual o efeito da ingestão de
linhaça, da prática de exercícios físicos e da orientação alimentar sobre os níveis de lipídeos sanguíneos e glicemia de adolescentes obesos. Metodologia: Foram formados dois grupos (G1 - n = 16; G2 - n = 12) de adolescentes voluntários na faixa etária de 13 a 17 anos e IMC de 25 a
30 kg/m2. Ambos os grupos foram submetidos a um programa de exercícios físicos durante quatro meses (32 sessões) que compreendia duas
sessões semanais de 60 minutos (30 minutos de exercícios aeróbios, 20 minutos de resistência e força muscular e 10 minutos de flexibilidade) e
intensidade (50% a 70% da FC reserva) controlada por frequencímetros (marca Polar). As famílias receberam orientação nutricional em clínica
de nutrição especializada. Para verificar o efeito da ingestão de linhaça sobre os componentes sanguíneos, os adolescentes coletaram sangue
em jejum no início e no final do programa. Contudo, os integrantes do G1 receberam dosagens de farinha de linhaça dourada (50 g/dia)
para ser consumida três vezes ao dia, antes das principais refeições (ingerida associada a algum líquido) por quatro meses. Os dados coletados
foram analisados por meio da estatística descritiva, utilizando para identificar diferenças os testes “t” para amostra dependente e independente. O nível de confiança foi de 95%. Resultados: Foi identificado que o grupo que ingeriu a linhaça obteve em média aumento significante
nos níveis de glicemia (79,3 para 86,3 mg/dl, p = 0,04), já em todas as outras variáveis nesse grupo houve aumento em média, porém não
significativo. Ao se analisarem os adolescentes que não consumiram a linhaça, percebeu-se diminuição significante em níveis de GLI (88 p/
79 mg/dl, p = 0,01), TGL (121 p/ 73 mg/dl, p = 0,01) e em VLDL (24 p/ 14 mg/dl, p = 0,01). Na comparação entre grupos (G1 e G2),
pôde-se observar, respectivamente, que houve diferença significante entre os componentes GLI (+7,0; -8,5 mg/dl, p = 0,00), TGL (10,18;
48,6 mg/dl, p = 0,00) e VLDL (+1,85; -9,66 mg/dl, p = 0,00). Conclusão: Acredita-se que a dosagem pode não ter sido adequada ao G1.
Sugerem-se novos estudos com dosagens diferentes para se obter resposta mais conclusiva.
P224
EMAGRECIMENTO EM ADOLESCENTES OBESOS – CONTROLE DE EXERCÍCIOS FÍSICOS E ORIENTAÇÃO ALIMENTAR E PERCEPÇÃO
ATRAVÉS DE MÚLTIPLOS INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS
Prati ARC, Prati SRA.
FAFIPA – Grupo PAFiDH , Paranavaí, PR; CESUMAR/Grupo Pesquisa Saúde, Obesidade.
Introdução: O processo de emagrecimento pode ocorrer principalmente a partir de estimulação de um balanço energético positivo nas pessoas. Em adolescentes obesos, essa tarefa pode parecer mais difícil devido às características de comportamento nessa fase de vida. Assim, para
se justificar a diminuição real de níveis de gordura, acredita-se ser importante a adoção de diferentes tipos de indicadores de emagrecimento.
Objetivo: Desse modo, o objetivo desse trabalho foi verificar o efeito de um programa de exercícios físicos e da orientação alimentar em
diferentes indicadores de composição corporal de adolescentes obesos. Metodologia: A amostra de 16 adolescentes (13 a 17 anos) obesos
(IMC > 25 < 30 kg/m2) voluntários foi submetida a um programa de emagrecimento de quatro meses (32 sessões) composto por: duas sessões semanais de exercícios físicos monitorados (frequencímetro marca Polar), sendo 30 minutos de exercícios aeróbios, cerca de 20 minutos
de força e resistência muscular e 10 minutos de flexibilidade. A intensidade foi estimada entre 45% e 70% da frequência cardíaca de reserva
(FCres). Como orientação alimentar, os adolescentes e os pais foram atendidos em clínica de nutrição especializada. Para identificar níveis de
emagrecimento, foram utilizados o método antropométrico (IMC, soma de dobras cutâneas TR + SB e perímetro de cintura) e impedância
bioelétrica (Analisador Biodynamics modelo 310). Para análise de dados, utilizou-se a estatística descritiva e o teste “t” de Student para
amostra dependente com nível de significância de 0,05. Resultados: Os resultados principais identificaram que houve em média diminuição
significante em todos os indicadores de emagrecimento, sendo que IMC e cintura apresentaram respectivamente variações de -1,03 kg/m2
e -2,13 cm, já os indicadores de gordura corporal estimada apresentaram diminuição de 7,55% G nas dobras cutâneas e 4,6% G na análise de
impedância. Conclusão: Acredita-se que a utilização de indicadores diferentes pode vir a ser estimulante para que pessoas procurem o trabalho
permanente de emagrecimento, assim como servem como maior convencimento ao obeso de que o resultado está sendo alcançado. De uma
outra maneira, a análise de diferentes indicadores poderá levar o avaliador a interpretar os resultados de forma mais adequada, especificando a
importância de cada uma das variáveis ao avaliado.
P225
INFLUÊNCIA DA OBESIDADE E SOBREPESO EM ATIVIDADES FÍSICAS FUNCIONAIS COM DIABÉTICOS TIPO 2
Reis CEG, Silva ASM, Louly FM, Jambo MT, Santana FS, Fontoura G, Rodrigues GBA, Dullius J
Programa Doce Desafio, UnB.
Introdução: As capacidades funcionais necessitam ser mantidas para que se tenha qualidade de vida e autonomia. A obesidade pode afetar essas
capacidades de diferentes formas, especialmente se estiver fortemente vinculada à inatividade física. Objetivo: Avaliar a influência da presença
de obesidade – analisada por cálculo do índice de massa corporal (IMC) e medida de cintura (MC) – nos resultados de testes físicos funcionais
com diabéticos tipo 2 adultos participantes de um programa de exercícios físicos orientados. Metodologia: A amostra foi composta por 24
S649
TEMAS LIVRES Pôsteres
FAFIPA – Grupo PAFiDH, Paranavaí, PR; CESUMAR/Grupo Pesquisa Saúde, Obesidade.
TEMAS LIVRES Pôsteres
sujeitos portadores de diabetes melito tipo 2 (tempo de diagnóstico 13 + 9 anos), de 47 a 75 anos (média 61 + 8 anos) de ambos os gêneros,
participantes do programa Doce Desafio na UnB. Medidas de peso e altura (para cálculo de IMC) foram feitas com balança digital aferida
e estadiômetro; a medida de cintura foi feita por pessoal treinado utilizando fita métrica inelástica entre a crista ilíaca e a costela inferior no
ponto de maior medida. Todos foram submetidos aos testes de caminhada de seis minutos, de sentar e levantar (SL), de sentar e alcançar sobre
a perna direita (SAd) e a perna esquerda (SAe) e de flexão de cotovelo (FC). Os dados foram avaliados estatisticamente por média e desviopadrão e aplicado o teste de correlação de Pearson com o programa SigmaStat 2,03. Resultados: A MC média encontrada nos nove homens
foi de 104 cm (95 a 126) e nas 15 mulheres, MC média de 98 cm (86 a 114). O IMC médio foi 29,3 + 4,6. Não houve diferença significativa
nos resultados funcionais entre homens e mulheres. Não foi encontrada correlação entre o tempo de diagnóstico e as capacidades funcionais
mensuradas. Foi encontrada correlação significativa entre MC e C 6 min (0,046), entre IMC e C 6 min (0,021) e entre IMC e SL (0,018).
Foi observada uma tendência à significância entre MC e SL (0,052) e entre MC e SAd (0,092). Não houve correlação entre os demais dados.
Conclusão: Nesse grupo de diabéticos obesos e/ou com sobrepeso observou-se que o tempo de diabetes não influenciou os resultados de
testes físicos funcionais. Contudo, nessa amostra, o IMC influenciou o resultado do teste de sentar e levantar significativamente e teve maior
significância no teste de caminhada de 6 min do que a medida de cintura; ou seja, quanto maiores o IMC e a MC, pior foi o resultado do teste,
mostrando que a massa corporal, como um todo, parece influenciar mais a capacidade aeróbia que a adiposidade central.
P226
CAPACIDADE FUNCIONAL RELACIONADA AO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E AO TEMPO DE DIAGNÓSTICO DE DIABETES TIPO 2
Louly FM, Dullius J, Santana FS, Rodrigues GBA, Jambo MT
Programa Doce Desafio, UnB.
Introdução: Nas últimas décadas, o estilo de vida da população mundial vem sofrendo agressivas modificações, com diminuição nos níveis de
atividade física e alterações nos hábitos alimentares. Com essas modificações, a prevalência de diversas doenças crônico-degenerativas, como a
diabetes melito tipo 2 (DM2) e a obesidade, vem aumentando, particularmente em indivíduos de meia idade e idosos. Há indicações de que
o tempo de diabetes melito pode influenciar negativamente a capacidade física, acarretando em prejuízo funcional. Em adendo, grande parte
dos indivíduos DM2 apresenta também sobrepeso ou obesidade, fatores que também estão associados a uma menor capacidade funcional.
Objetivo: Comparar a capacidade funcional de diabéticos tipo 2, considerando o índice de massa corporal (IMC) e o tempo de diagnóstico.
Metodologia: Foram selecionados 24 indivíduos diabéticos do tipo 2, inativos, de ambos os sexos e com média de idade de 62 anos, inscritos em um programa de atividades físicas para diabéticos. Os participantes realizaram o teste de caminhada de seis minutos, teste de sentar
e levantar e de flexão de cotovelo (RICKLI & JONES, 1999) para determinação da aptidão cardiovascular e da força de membro inferior
(MI) e superior (MS) no contexto da capacidade funcional. A amostra foi dividida de acordo com o IMC em grupo GI1 (IMC < 28) e grupo
GI2 (IMC > 28), os quais foram comparados quanto ao desempenho nos testes funcionais. A amostra também foi dividida de acordo com
o tempo de diagnóstico de DM em grupo GT1 (tempo de DM < 12 anos) e grupo GT2 (tempo de DM ≥ 12 anos) e comparada quanto ao
desempenho nos testes funcionais. A análise descritiva foi realizada por meio de média e desvio padrão e a inferência estatística foi realizada a
partir do teste t independente, com nível de significância adotado em p ≤ 0,05 (*). Resultados: GI1 = IMC 25,11 ± 2,73 kg/m²; caminhada
de 6 minutos 521 ± 74 m; força MI 10,3 ± 3,3 repetições; força MS 12,2 ± 3,7 repetições; tempo de DM 11 ± 7 anos. GI2 = IMC 33,52
± 3,86*; 6 minutos 460 ± 59*; força MI 9,3 ± 2,5; força MS 13,4 ± 3,1; tempo de DM 18 ± 11. GT1 = tempo de DM 7 ± 3 anos; IMC
27,19 ± 4,35 kg/m²; caminhada de 6 minutos 515 ± 85 m; força MI 10,0 ± 3,5 repetições; força MS 12,1 ± 3,8 repetições. GT2 = tempo
de DM 21 ± 8 anos; IMC 30,03 ± 5,93 kg/m²; caminhada de 6 minutos 477 ± 58 m; força MI 9,8 ± 2,5 repetições; força MS 13,3 ± 3,1
repetições. A performance de GI1 foi significativamente maior no teste de seis minutos, porém, não houve diferença significativa entre GI1
e GI2 no desempenho da força de membro inferior e superior. O desempenho nos testes de seis minutos, de força de membro inferior e de
membro superior não diferiu entre GT1 e GT2. Conclusão: O IMC pode influenciar negativamente a capacidade funcional de diabéticos tipo
2. Porém, neste estudo, isso só pôde ser percebido no teste de capacidade aeróbia. O tempo de diagnóstico aparentemente não interferiu no
desempenho dos testes de capacidade funcional.
P227
AÇÃO DO CHÁ DE FOLHAS DE ANNONA MURICATA (GRAVIOLA) E DE SEU COMPONENTE β-SITOSTEROL SOBRE A RESPOSTA
GLICÊMICA, METABOLISMO BASAL, LIPIDEMIA E METABOLISMO CARDÍACO EM ANIMAIS SUBMETIDOS À DIETA RICA EM
SACAROSE E COLESTEROL
Rocha KKHR, Novelli ELB, Galhardi CM, Seiva FRF, Ebaid GMX, Berbet C, Souza GA
Departamento de Química e Bioquímica, Instituto de Biociências, UNESP – Botucatu.
Introdução: Dietas inadequadas podem induzir alterações metabólicas como resistência à insulina e obesidade. O consumo de plantas na forma de chás tem sido utilizado no tratamento de enfermidades. As folhas de graviola (Annona muricata) vêm sendo utilizadas no tratamento
do diabetes melito. Análises fitoquímicas dos componentes do gênero Annona revelaram que o β-sitosterol é um importante componente
da graviola. No entanto, não existem estudos que o associem aos efeitos benéficos do chá da graviola. Objetivos: Determinar os efeitos do
β-sitosterol e do chá de graviola sobre a glicemia, lipidemia, parâmetros calorimétricos e metabolismo cardíaco em ratos alimentados com
dieta hipercalórica. Materiais e métodos: Foram utilizados 48 ratos machos, adultos, Wistar, divididos em seis grupos. PCO (controle):
ração padrão e água para beber; PCH: dieta padrão e chá de folhas de Annona muricata (30 g/l) e PCB: dieta padrão e β-sitosterol na água
de beber (0,02 g/l); HCO: dieta hipercalórica e água para beber; HCH: dieta hipercalórica e chá de folhas de Annona muricata (30 g/l);
HCH: dieta padrão e β-sitosterol na água de beber. Após 40 dias de tratamento, foi realizada calorimetria indireta. Após 42 dias, foi realizada a glicemia de jejum seguida pelo teste oral de tolerância à glicose (TOTG, 2 g de glicose/kg de rato). O período experimental foi de 49
dias. Análise estatística: ANOVA e teste t, com p < 0,05. Resultados: Após 49 dias, ratos que receberam DH tiveram elevação do peso final
e ganho de peso. Chá ou β-sitosterol elevaram o HDL e diminuíram a LDL. Colesterol total foi menor nos grupos HCH e HCB do que no
S650
grupo HCO. Substâncias antioxidantes totais foram maiores nos grupos PCB (50,5%) e HCB (33%) em relação aos grupos PCO e HCO,
respectivamente. Houve elevação na oxidação de lipídios (Ox-L) e na taxa metabólica basal (TMB) e redução na oxidação de carboidratos
(Ox-C) e no quociente respiratório durante o jejum. PCH e PCB apresentaram aumento na Ox-L e TMB, redução do quociente respiratório
e Ox-C quando comparado ao PCO, durante o estado alimentado. No jejum, HCH apresentou redução na glicemia (14,8%) em relação ao
HCO. HCH e HCB apresentaram redução na glicemia após 60,90 e 120’ em relação ao HCO e elevação após 60 e 90’ em relação ao PCH e
PCB. No coração, foi observado que animais do grupo HCH apresentaram menores níveis de triacilglicerol (10,6%) e elevação das substâncias
antioxidantes totais (10,6%) em relação ao grupo HCO. Não houve diferença significante nas atividades das enzimas catalase e superóxido
dismutase. Grupo HCH apresentou maior atividade da enzima glutationa peroxidase (31,6%) em relação ao grupo HCO. Conclusões: Chá
de folhas de graviola e β-sitosterol apresentaram efeitos análogos e benéficos na lipidemia, calorimetria, glicemia e também no metabolismo
cardíaco. Apoio financeiro FAPESP (processo 07/56692-7).
P228
Viana MLC, Oliveira DE, Bottcher LB
Faculdades Integradas de Três Lagoas, AEMS.
Introdução: A obesidade é uma doença de proporções epidemiológicas. No Brasil 40,6% da população adulta brasileira é considerada obesa
e na faixa etária pediátrica podem variar de 10,8% a 33,8%. O excesso de peso ocorre por diversos fatores, sendo culturais, genéticos, fisiológicos e psicológicos. Na infância e na adolescência, a obesidade e o sobrepeso são importantes preocupações, pois estão associados a diversas
doenças. Além disso, uma criança obesa tem maior risco de ser um adulto igualmente obeso. Objetivo: Entender como a atividade física ajuda
na prevenção e no tratamento da obesidade infantil e qual prescrição de atividade física é ideal para essa população. Material e métodos:
A pesquisa foi realizada fazendo análise da bibliografia atual. Resultados: A atividade física tem se mostrado um importante componente
para prevenir e combater a obesidade em crianças, pois, além de promover o aumento do gasto calórico, praticada a longo prazo melhora a
resistência aeróbia, aumenta a força muscular, a mobilidade articular e a autoestima, além de estimular a participação futura em programas de
atividade física, evitando um adulto obeso. Em relação à prescrição de atividade física para crianças, diversos estudos têm determinado que esta
deverá ser realizada de três a cinco vezes por semana, com intensidade entre 50% e 60% do Vo2 máximo, duração de 50 a 60 minutos e por no
mínimo 12 semanas. Conclusão: A atividade física durante a infância é imprescindível para prevenir e tratar a obesidade infantil. Para tanto, é
necessário ser aplicada com alguns cuidados em relação à intensidade, volume e frequência semanal da atividade. Palavras-chaves: obesidade,
infância, atividade física.
P229
ÁCIDOS GRAXOS POLI-INSATURADOS ÔMEGA-3 PREVINEM ALTERAÇÕES DO METABOLISMO LIPÍDICO EM TECIDO ADIPOSO DE
RATOS ALIMENTADOS COM DIETA RICA EM SACAROSE
Santos AL, Riboldi BP, Bijoldo J, Sordi F, Hansen F, Leszczinski DN, Riegler DK, Assis AM, Martins TL, Londero LG, Silveira SL, Perry MLS, Silva RSM
UFRGS.
A ingestão de açúcares refinados – como sacarose e frutose – vem aumentando nos últimos 20 anos e constitui um dos fatores que podem
exercer importante papel no desenvolvimento de obesidade, resistência à insulina (RI) e dislipidemia. Ao mesmo passo, vem sendo mostrado
que a ingestão de ácidos graxos poli-insaturados (AGPI), especialmente os do tipo ômega-3, atua na prevenção e/ou reversão da RI em humanos e animais. As desordens anteriormente citadas estão estreitamente relacionadas a alterações do metabolismo lipídico, especialmente no
tecido adiposo (TA). Além de servir como um depósito de energia e órgão endócrino liberando diversas citocinas, esse tecido também atua no
controle dos níveis séricos de triglicerídeos (TG) e ácidos graxos livres (AGL). Por meio da via da gliceroneogênese, controlada pela enzima
fosfoenolpiruvato cinase (PEPCK), o tecido adiposo produz glicerol-3-fosfato para reesterificação de ácidos graxos (AG) na forma de TG, impedindo a liberação excessiva de AGL. Além disso, pode produzir glicerol-3-fosfato a partir de glicerol ou glicose. Objetivo: Elucidar o efeito
da suplementação de AGPI ômega-3 (AG docosahexaenoico e eicosapentaenoico – DHA e EPA) sobre alterações do metabolismo lipídico
em TA de animais alimentados com dieta rica em sacarose (RS). Materiais e métodos: Ratos Wistar receberam uma dieta RS ad libitum por
três meses a partir de um mês de idade, contendo óleo de girassol (rico em AG ômega-6) e óleo de peixe (fonte de EPA e DHA) como fonte
lipídica ou apenas óleo de girassol. Um terceiro grupo de animais recebeu uma dieta controle contendo amido em lugar da sacarose e óleo
de girassol. Peso corporal total, peso do TA epididimal, teste de tolerância à glicose (TTG), trigliceridemia, glicemia, níveis séricos de ácidos
graxos livres (AGL), insulinemia, atividade da enzima fosfoenolpiruvato carboxicinase (PEPCK) e incorporação de glicerol e glicose a TG em
TA epididimal foram avaliados. Resultados: Os animais alimentados com dieta RS apresentaram maior peso corporal em relação ao grupo
controle, porém, o peso do TA epididimal daqueles que receberam óleo de peixe foi semelhante ao do controle e menor do que o daqueles
que receberam dieta RS contendo apenas óleo de girassol. Não houve diferença entre os grupos no TTG e na glicemia, no entanto, os animais
alimentados com dieta RS sem óleo de peixe apresentaram maior trigliceridemia, insulinemia, concentração sérica de AGL e incorporação de
glicose a TG, além de diminuição da atividade da PEPCK em relação ao controle. A adição de óleo de peixe reverteu completa ou parcialmente
esses efeitos, além de aumentar a síntese de lipídios a partir de glicerol. Conclusão: AG ômega-3 EPA e DHA previnem alterações do metabolismo lipídico em TA epididimal de animais submetidos à dieta RS. O aumento da atividade da PEPCK e da incorporação de glicerol a TG
pode contribuir para a diminuição dos níveis séricos de TG e AGL observados nos animais que receberam esse tipo de AG. A menor síntese
de lipídios a partir de glicose também pode contribuir para seus efeitos hipolipidêmicos. O presente estudo estende o conhecimento sobre as
ações de AG ômega-3 no metabolismo do tecido adiposo.
S651
TEMAS LIVRES Pôsteres
OBESIDADE INFANTIL: BENEFÍCIO DA ATIVIDADE FÍSICA
P230
LEPTINA, GRELINA E NEUROPEPTÍDEOS CENTRAIS EM ADOLESCENTES OBESOS: EFEITOS DA INTERVENÇÃO MULTIDISCIPLINAR A
LONGO PRAZO
Mello MT, Caranti DA, Carnier J, Nascimento CMO, Stella SG, Piano A, Oyama LM, Lofrano MC, Prado WL, Dâmaso AR, Tufik S, Tock L
TEMAS LIVRES Pôsteres
Unifesp.
Introdução: A relação entre a ingestão e o gasto calórico (balanço energético) é um processo dinâmico e constante, que visa, entre outras
funções, estabilizar os estoques de gordura corporal. A homeostase energética é regulada por um sistema complexo, composto por sinais periféricos e fatores centrais que regulam a ingestão alimentar e o gasto energético. O controle neuro-humoral da homeostase energética é mais
tolerante ao aumento de massa corporal do que da redução, sendo esse comportamento um dos maiores obstáculos para os tratamentos de
longa duração em indivíduos obesos. Objetivo: Verificar os efeitos do tratamento multidisciplinar a longo prazo sobre o controle central da
ingestão alimentar (fatores orexígenos e anorexígenos) em adolescentes obesos. Métodos: Foram selecionados 126 adolescentes, de ambos
os gêneros, com idades entre 14 e 19 anos, divididos em dois grupos: obesos sedentários e índice de massa corporal IMC ≥ 95th; grupo
eutrófico: índice de massa corporal 25th < IMC < o para tratamento após observado comum efeito corporal, massa de ganho no recidiva a
então evitando-se grelina, concentração da manutenção e hiperleptinemia redução através energética homeostasia modulação na efetivo foi
CEPE GEO do mulitidisciplinar que sugerir Podemos Conclusão: Inflamatório. lipídico perfil diminuição concomitante com meninas meninos alimentar ingestão em refletido sendo energético, balanço central controle sistema alterações verificou-se intervenção semanas 24 as Após
Resultados: Tratamento. 12 basal, ocasiões: três neuropeptídeos, alimentar, sanguíneo, composição avaliações realizadas Foram psicológicos.
clínicos nutricionais, acompanhamentos físicos, exercícios por composto O semanas. multidisciplinar ao submetidos foram obesos adolescentes
Os ativos. fisicamente>
P231
PROGRAMA ALECRIM: METODOLOGIA PARA A PREVENÇÃO E O TRATAMENTO DO EXCESSO DE PESO INFANTIL EM UNIDADES
BÁSICAS DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP – RESULTADOS PRELIMINARES
Bismarck-Nasr EM, Martins VLGS
Secretaria Municipal de Saúde de São José dos Campos, SP.
Introdução: Deve-se destinar atenção especial à obesidade infantil, já que os hábitos alimentares são formados durante a infância. Diante da
atual prevalência de obesidade na infância, a Secretaria Municipal de Saúde de São José dos Campos/SP direcionou esforços para a prevenção
e o tratamento da obesidade infantil na Rede de Atenção Básica por meio do Programa ALECRIM (Alimentação e Criançada mais Saudável).
Objetivos: Avaliação dos resultados preliminares dos primeiros grupos formados no município em amostra de 15% (n = 06) das Unidades
Básicas de Saúde (UBSs). Metodologia: em março de 2007, realizou-se capacitação de 128 profissionais (pediatras, enfermeiros e auxiliares
de enfermagem) quanto à metodologia de atendimento do ALECRIM, para crianças de 2 a 12 anos de idade. As UBSs receberam material
de apoio para a formação dos grupos (folder com orientações nutricionais para os pacientes e manual com o conteúdo das seis reuniões para
os profissionais). As reuniões mensais contam com a participação da equipe da UBS, das crianças e dos responsáveis. Nelas são abordados os
seguintes temas sequenciais, estimulando mudanças de hábitos de vida: alimentação saudável, alimentos que colaboram para o ganho de peso,
excesso de peso x riscos para a saúde, atividade física, lanche saudável, leitura do livro de Ruth Rocha “No tempo em que a TV mandava no
Carlinhos” e encerramento com brincadeiras educativas sobre alimentação saudável. Para avaliação do estado nutricional foram considerados
os pontos de corte do índice de massa corporal (IMC) para adolescentes, segundo população de referência norte-americana. Identificou-se
como evolução nutricional positiva a redução nos valores finais de IMC. Resultados: Participaram dessa avaliação preliminar 149 crianças,
com média de 8,8 + 2,8 anos, sendo 47,7% pertencentes ao sexo masculino. No início do tratamento, as crianças apresentaram IMC médio de
23,43 + 3,7, sendo 35,6% classificadas como sobrepeso e 64,4%, obesidade. Ao término das seis reuniões, verificou-se IMC médio de 23,14
+ 3,5, observando-se eutrofia em 6,0% das crianças, 27,5% classificadas como sobrepeso e 66,4%, obesidade. Os meninos mostraram maior
adesão ao tratamento (p = 0,06), uma vez que, inicialmente, 31% apresentaram sobrepeso e 69%, obesidade e, ao término do programa, 9,9%
alcançaram eutrofia, 21,1% mantiveram-se com sobrepeso e 69%, com obesidade. Quanto às meninas, 39,7% mostraram sobrepeso e 60,3%,
obesidade no início do tratamento e, ao final, 2,6% alcançaram eutrofia, sendo sobrepeso e obesidade observados em 33,3% e 64,1% do grupo, respectivamente. Apesar da pequena proporção de crianças que se tornaram eutróficas em seis meses de tratamento, observou-se redução
nos valores de IMC em 61,7% das crianças. Conclusão: Sabe-se que seis meses de intervenção representam um curto período para alterações
antropométricas; no entanto, permitem educação nutricional que, a longo prazo, auxiliará nesse tratamento. Acredita-se que iniciativas como
essa, envolvendo diferentes profissionais que lidam com o público infantil, permitirão reverter, por meio de medidas educativas, a atual prevalência de obesidade e, consequentemente, evitar suas futuras complicações.
P232
AVALIAÇÃO DE UMA ESTRATÉGIA PARA REDUZIR O ABANDONO DURANTE OS TRATAMENTOS PARA PERDA DE PESO
Caleffi M, Lubianca L, Weber B, Penter GK, Ettrich B, Cibeira GH
Associação Hospitalar Moinhos de Vento.
Objetivo: Verificar a eficácia do contato telefônico como estratégia para reduzir o abandono de mulheres com sobrepeso ao tratamento
nutricional para perda de peso. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo transversal não controlado. A análise de dados foi baseada nas
211 consultas disponibilizadas às mulheres que se encontravam em tratamento nutricional ambulatorial mensal. As participantes do presente
estudo compunham uma coorte em andamento, cujo objetivo é identificar os fatores de risco para câncer de mama. Todas as participantes
incluídas nesse estudo encontravam-se em acompanhamento nutricional e não haviam comparecido à consulta mensal marcada para o mês de
S652
abril. O contato para a remarcação foi realizado por meio de três ligações telefônicas durante as quais foi reforçada a importância do comparecimento à consulta para maior perda de peso. Foram oferecidos diferentes horários para a remarcação, conforme a disponibilidade da paciente.
Resultados: Das 211 mulheres que agendaram a consulta de nutrição, 52 não compareceram. Destas, 38 remarcaram o atendimento após
o telefonema e 28 compareceram de fato ao ambulatório na nova data marcada. Observou-se que o contato telefônico resgatou 58,13% das
participantes que não haviam comparecido à consulta mensal. Conclusão: Em nosso estudo, o contato telefônico mostrou-se uma forma
eficaz de incentivar as pacientes faltosas a retomarem o tratamento para perda de peso. No entanto, são necessários novos estudos em outras
populações para que essa medida seja inserida aos programas de manejo de obesidade.
P233
EFEITO DA DIETA SOBRE PESO E PERFIL BIOQUÍMICO DE PACIENTES COM SOBREPESO/OBESIDADE ATENDIDOS NO AMBULATÓRIO
GERAL DE NUTRIÇÃO
Lima LC, Sousa BS, Assis PP, Miranda SR, Freitas FF, Queiroz WQ, Silva SA
Introdução: A obesidade acarreta complicações clínicas, metabólicas e psicossociais, que podem ser imediatas ou tardias. A melhora/estabilização das complicações metabólicas – hipertensão, dislipidemia, hiperinsulinemia e, mais recentemente, diabetes tipo II – está diretamente
relacionada à ingestão alimentar. Objetivo: Avaliar o efeito da orientação dietética no peso e no perfil bioquímico de pacientes atendidos no
ambulatório-geral do Hospital Universitário Oswaldo Cruz. Material e método: Estudo do tipo transversal realizado no período de março a
agosto de 2008 em que foram avaliados pacientes de ambos os sexos, na faixa etária de 26 a 76 anos. As variáveis estudadas foram sexo, idade,
peso e indicadores bioquímicos: triglicerídeo (TG), colesterol total (CT), LDL-colesterol (LDL-C), HDL-colesterol (HDL-C) e glicemia
de jejum, avaliadas em dois momentos: primeira consulta ambulatorial e três meses após orientação dietética. Resultados: Foram avaliados
26 pacientes, sendo 73,1% do sexo feminino, 57,7% de idosos, com idade média de 58,8 ± 10,8 anos. Foi observada redução significativa do
peso corporal de 72,1 ± 9,2 kg para 70,6 ± 9,07 kg (p = 0,001). Houve tendência à redução dos valores de CT de 216,1 ± 57,9 mg/dL para
201,13 ± 43 mg/dL (p = 0,088), LDL-C de 135,6 ± 49,4 mg/dL para 122,4 ± 37,9 mg/dL (p = 0,069), HDL-C de 51,23 ± 13,9 mg/dL
para 48,7 ± 23 mg/dL (p = 0,318), triglicerídeo de 203,2 ± 227,7 mg/dL para 168,88 ± 79,5 mg/dL (p = 0,889) e glicemia de 107,05 ±
52,9 mg/dL para 99,76 ± 28,7 mg/dL (p = 0,809). Conclusão: A orientação dietética possibilitou a redução significativa no peso corporal e a
melhora nos parâmetros bioquímicos, embora não estatisticamente significativas, confirmando a importância do apoio nutricional no controle
da dislipidemia, da intolerância à glicose ou do diabetes melito e do excesso de peso.
P234
Correlação entre Transtorno de Ansiedade e História de Aumento de Peso em Pacientes que Buscam Tratamento
em SPA Médico
Gimenez M, Araújo AC, Gazzi LAP, Gonçalves JMM, Bulisani MGP, Ayusso MF, Reis NI, Santos S, Santos DFP, Santos FCP, Moura LT, Alegre KC
SpaMED Campus Sorocaba.
É recomendada, dentro da abordagem multifatorial da obesidade, a busca ativa por fatores psicossociais associados ao aumento de peso, de
modo a tratar distúrbios que poderiam comprometer o resultado do próprio tratamento ou então contribuir para uma recidiva do quadro a
médio e longo prazo. Entre esses fatores, a ansiedade e a depressão destacam-se como os mais prevalentes e sua correlação com os resultados
alcançados no tratamento já está bem estabelecida. Neste trabalho, os autores investigam se os dados na história do paciente seriam suficientemente fortes para indicar a probabilidade da associação entre os distúrbios de ansiedade e o desenvolvimento da obesidade. A partir de uma
amostra de 100 pacientes internados para tratamento de perda de peso com dieta de baixa caloria em spa médico, foi realizada correlação entre
a positividade para os questionários de triagem da ansiedade/compulsividade e a história natural de desenvolvimento da obesidade, o índice de
massa corpórea (IMC) e o percentual de gordura (%G) na admissão. No final, foi identificada uma relação linear positiva entre o IMC e %G,
em que valores maiores estão progressivamente mais associados à positividade para o questionário de triagem da ansiedade. Dados da história
como tempo de tratamento, número de tratamentos realizados, fatores desencadeantes e realização de dietas sem ou com acompanhamento
não foram significativamente associados à positividade nos questionários. Em conclusão, a forte associação do IMC e %G com o número de
pacientes com positividade para o questionário de ansiedade torna obrigatória sua pesquisa e o tratamento nesse grupo. Dados da história
podem sugerir, mas não foram suficientemente fortes para descartar a ocorrência de alterações no grupo de pacientes analisados.
P235
Alterações Eletrocardiográficas em Pacientes Assintomáticos com Obesidade ou Sobrepeso
Moura LT, Gazzi LAP, Santos FCP, Polotto PPLS, Monsanto RC, D’Avila RB, Pereira TR, Fontana TS, Alegre KC, Santos DFP, Santos S
SpaMED Campus Sorocaba.
Diversas alterações eletrocardiográficas são relacionadas ao aumento de peso, algumas delas podendo indicar problemas progressivos graves,
outras colocando em risco a vida do paciente. É fundamental que, durante a abordagem de pacientes com sobrepeso ou obesidade, tais alterações sejam identificadas e seu real significado prognóstico seja conhecido, de modo a dirigi-las para tratamento especializado pelo médico
assistente. Neste trabalho, buscou-se identificar a prevalência de alterações encontradas em pacientes com sobrepeso ou obesidade internados
para tratamento no SpaMED Sorocaba Campus e relacionaram-se os achados com seu prognóstico e conduta preconizada na literatura. Na
análise de 200 pacientes, ambos os sexos, descartados aqueles com alterações prévias conhecidas ou sintomatologia presente, foram identificadas, em ordem decrescente de prevalência: distúrbios da repolarização ventricular, evidências sugestivas de hipertrofia ventricular e distúrbios
S653
TEMAS LIVRES Pôsteres
Hospital Universitário Oswaldo Cruz/Programa de Residência em Nutrição Clínica.
da onda p, bem como evidências de fibrilação atrial. Todos os casos foram encaminhados para a equipe de cardiologia do spa para tratamento
adequado. Em conclusão, os autores, baseados na literatura, descreveram um protocolo para abordagem de tais alterações entre pacientes
obesos e com sobrepeso a fim de facilitar o trabalho da equipe multidisciplinar na tomada de decisões.
P236
Perda de peso em dietas de baixa caloria: correlação entre perfil lipídico, prática de atividades físicas e
percentuais de gordura em pacientes que buscam tratamento em SPA médico
Moura LT, Santos FCP, Santos DFP, Santos S, Martirani AM, Fagan AG, Carbone A, Magalhães BM, Condolo BL, Gazzi LAP, Alegre K
TEMAS LIVRES Pôsteres
SpaMED Campus Sorocaba.
O excesso de peso e o sedentarismo são, sabidamente, fatores de risco para o surgimento de alterações no perfil lipídico. Assim, este estudo tem
como objetivo identificar a correlação entre o perfil lipídico, a prática de atividades físicas e o percentual de gordura com a perda de peso em
dietas de baixa caloria. Foram colhidos dados da admissão, bioimpedanciometria, medidas corporais e exames laboratoriais de 100 pacientes
de ambos os sexos, internados no SpaMED para tratamento de perda de peso, excluídos diabéticos ou em tratamento para diabetes melito,
hipertensos ou em tratamento para hipertensão arterial, tireoidopatias ou outros problemas endocrinológicos e mulheres na fase de climatério
ou menopausa. Por meio de análise multivariada, os fatores foram correlacionados com o percentual de perda de peso obtido durante a internação no spa. Ao final, foi identificada associação entre adiposidade e níveis diminuídos de HDL e aumentados de triglicérides, sendo que
essa associação é maior com a mudança do peso do que com o peso elevado propriamente dito. Houve, ainda, correlação linear positiva entre
a perda de peso e a prática de atividades físicas e o aumento do HDL e a diminuição dos níveis de triglicérides. Em conclusão, a perda de peso
e a prática de atividades físicas devem sempre ser previstas quando se faz um delineamento das estratégias de intervenção para o tratamento
das dislipidemias em adultos.
P237
CARACTERIZAÇÃO NUTRICIONAL DE INDIVÍDUOS HIPERTENSOS ATENDIDOS EM AMBULATÓRIO DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO,
BELO HORIZONTE/MG
Melgaço GO, Oliveira DR, Soares VF, Silqueira SMF, Santos LC, Ramos CS
UFMG.
Introdução: a hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença multifatorial, caracterizada por níveis tensionais elevados, associados a alterações metabólicas e hormonais. É um fator de risco importante para as doenças cardiovasculares (DCV), sendo responsável por 40% das mortes
por acidente vascular cerebral e por 25% daquelas por doença coronariana. De modo similar, o excesso de massa corporal também se apresenta
como fator predisponente para o desenvolvimento de DCV, denotando a importância da caracterização nutricional de indivíduos hipertensos
para a adoção de intervenções específicas. Objetivo: caracterizar o perfil nutricional de indivíduos hipertensos atendidos em ambulatório.
Métodos: trata-se de estudo transversal com 33 indivíduos (9 homens e 24 mulheres) atendidos no ambulatório de um hospital universitário
de Belo Horizonte/MG, no período de setembro a novembro de 2008. Foram aferidas pressão arterial, medidas antropométricas – peso, estatura, circunferência de cintura (CC) e quadril – e de composição corporal (dobras cutâneas e bioimpedância). A ocorrência de comorbidades
foi verificada por meio de anamnese. Realizou-se análise descritiva dos dados, teste qui-quadrado ou exato de Fisher e correlação de Pearson.
Resultados: dos participantes, verificou-se que, entre os adultos (n = 14), 50% apresentaram sobrepeso e 35,6%, obesidade. Entre os idosos
(n = 19), 36,8% apresentaram sobrepeso. O risco de complicações metabólicas identificado pela CC foi de 57,6%. Foi identificada maior relação cintura–quadril entre os homens (0,93 ± 0,03 versus 0,85 ± 0,07; p = 0,003) e menor percentual de gordura corporal nas mulheres (27,02
± 3,08 versus 40,85 ± 4,35; p = 0,001). Em relação às comorbidades, verificaram-se 54,5% de hipercolesterolemia e 24,2% de diabetes melito
associados à hipertensão arterial. A pressão arterial diastólica se correlacionou positivamente com o IMC (r = 0,391; p = 0,025) e negativamente com a idade (r = -0,394; p = 0,023), corroborando a intrínseca associação entre massa corporal, envelhecimento e HAS. Conclusão: a
prevalência de excesso de peso e adiposidade central foi bastante expressiva entre os hipertensos avaliados. Ressalta-se que a associação verificada favorece alterações metabólicas, aumentando o risco de outras doenças e agravos não transmissíveis e demonstrando a necessidade de
atenção multidisciplinar para manejo da doença e controle dos riscos de DCV.
P238
A NUTRIÇÃO E O PACIENTE OBESO COM COMORBIDADES, UMA EXPERIÊNCIA DE SUCESSO TERAPÊUTICO: RELATO DE CASO
Cruz APS, Souza ML, Santana AAC, Fontes GAV
UFBA.
Introdução: O sucesso na terapêutica da perda ponderal é um aspecto que contribui para a melhora dos sintomas de comorbidades e otimiza
os avanços na qualidade de vida e no bem-estar do paciente. A conduta do profissional nutricionista frente a esse desafio é um importante
delineador para a eficácia do tratamento. Logo, é necessário que esse profissional tenha, durante sua prática, um olhar não apenas clínico, mas
que considere o contexto no qual o paciente vive, a integralidade do sujeito, o cuidado e a dialética, que são atitudes fundamentais para obter
o sucesso terapêutico. O artigo apresenta o relato de um caso bem-sucedido na terapêutica de uma paciente obesa com diagnósticos de artrose,
síndrome do túnel do carpo, hérnia de disco e gastrite (H. Pilory), que, ao longo de dois anos, conseguiu contemplar uma história de sucesso
terapêutico. Objetivos: O presente trabalho objetivou elucidar os aspectos interferentes no cuidado nutricional que contribuem para o sucesso
terapêutico de um paciente com obesidade, bem como informar os profissionais da área de saúde sobre a importância da integralidade e do
trabalho multiprofissional nesse tipo de abordagem. Metodologia: Este relato é resultado das atividades práticas da disciplina Dietoterapia
S654
P239
IMPACTO DA INTERVENÇÃO NUTRICIONAL NA SÍNDROME METABÓLICA
Rossas SML, Sousa AR, Gurgel DC, Rocha FEG
Hapvida – Medicina Preventiva.
Introdução: As doenças crônicas representam a principal causa de mortalidade e incapacidade no mundo inteiro, principalmente doenças
cardiovasculares, diabetes melito, obesidade, câncer e doenças respiratórias. Isso é reflexo das grandes mudanças que vêm ocorrendo no estilo
de vida das pessoas no mundo, sobretudo nos hábitos alimentares e nos níveis de atividade física. A síndrome metabólica é o conjunto de distúrbios metabólicos, incluindo diabetes melito não dependente de insulina, hipertensão e dislipidemia, caracterizada pela resistência à insulina.
Objetivo: Este trabalho tem como objetivo avaliar o impacto da intervenção nutricional sobre uma paciente com síndrome metabólica em
ambulatório de um plano de saúde particular na cidade de Fortaleza. Material e métodos: Uma paciente foi acompanhada, em ambulatório,
durante o período de 11 meses (fevereiro de 2008 a janeiro de 2009). As variáveis estudadas foram: peso, altura, IMC, dobras cutâneas (PCT,
PCSI, PCSE) e circunferências (como circunferência do braço, do quadril e da cintura). A partir desses dados, foram também calculadas a
relação cintura–quadril e a circunferência muscular do braço. Além disso, foram avaliados os exames bioquímicos e realizada anamnese alimentar. Ao final da avaliação, foram prescritos planos alimentares voltados à correção das alterações apresentadas. Resultados: Os resultados
obtidos demonstraram que os parâmetros avaliados indicaram obesidade (elevado consumo proteico calórico com níveis muito baixos de
atividade física), hipertensão, diabetes melito tipo 2 e dislipidemia. A prescrição dos planos alimentares possibilitou a redução ponderal, com
perda total de 10,8 kg, favorecendo o retorno aos níveis normais de glicemia (92 mg/dL), assim como níveis pressóricos (110 x 80 mmHg)
e melhoras consideráveis na lipidemia (col 213 mg/dL; tg 162 mg/dL; HDLc 39 mg/dL; LDLc 141 mg/dL) e circunferência da cintura
(93 cm). Conclusão: As alterações nos perfis físico, pressórico e bioquímico classificaram a paciente como portadora de síndrome metabólica.
O tratamento da equipe interdisciplinar foi determinante na evolução da paciente. Todavia, a intervenção nutricional possibilitou a melhoria
das alterações que se correlacionavam de modo direto com a manutenção do estado da paciente, favorecendo a reversão das complicações, tais
como hipertensão e hiperglicemia, e auxiliando na dislipidemia a partir da redução ponderal.
P240
TRANSTORNOS ALIMENTARES EM ADOLESCENTES OBESOS: EFEITOS DA INTERVENÇÃO MULTIDISCIPLINAR
Mello MT, Tufik S, Dâmaso AR, Lofrano MC, Prado WLD, Piano A, Antunes HKM, Tock L, Caranti DA, Carnier J
Unifesp.
Introdução: A etiologia da obesidade e dos transtornos alimentares é constituída por uma série de fatores em interação, que envolvem componentes biológicos, psicológicos, familiares e socioculturais. Dessa forma, a complexidade da condição clínica exige uma abordagem integrada
e multiprofissional. Objetivo: Verificar os efeitos do tratamento multidisciplinar a longo prazo sobre os sintomas de transtornos alimentares
(anorexia nervosa e bulimia nervosa) em adolescentes obesos. Material e métodos: Foram selecionados 93 adolescentes, de ambos os gêneros, com idades entre 14 e 19 anos, divididos em dois grupos: obesos, com índice de massa corporal (IMC) ≥ 95th, e eutróficos (25th < IMC
≤ 85TH), td emagrecimento. < para tratamentos após observados comumente psicológicos, conflitos futuros evitando saudáveis, mais vida
de estilo e escolhas em auxiliando mesmo, si sobre positivos sentimentos consolidando alimentares, transtornos sintomas dos tratamento no
efetiva foi CEPE GEO do multidisciplinar intervenção a que sugerir. Conclusão: Alimentares. desenvolvimento risco o reduziram meninos,
quanto meninas tanto obesos, adolescentes os tratamento, semanas 24 as Após eutróficos. obesos alimentares maior frequência uma existe.
Resultados: (BITE). Edinburgh Test Investigatory Bulimic adotou-se bulímicos comportamentos presença avaliar Para (EAT-26). Attitudes
Eating utilizado nervosa anorexia desenvolver verificar psicológica. clínica nutricional, físicos, exercícios por composto O semanas. ao submetidos foram Os ativos. fisicamente>
S655
TEMAS LIVRES Pôsteres
Aplicada, ministradas na Escola de Nutrição da Universidade Federal da Bahia (ENUFBA). Os alunos matriculados utilizam o consultório
dietético da ENUFBA para atender pacientes de diferentes patologias. Foi por meio de uma dessas práticas que as autoras conheceram essa
paciente e observaram o sucesso terapêutico obtido nos últimos dois anos. Durante as consultas colheram-se dados relativos às características
biodemográficas e sociais, antropométricas, motivo de consulta, tipo de terapêutica e resultados obtidos. Além de serem realizadas algumas
entrevistas com a paciente, buscou-se entender os aspectos que contribuíram para seu sucesso terapêutico. O plano de cuidados nutricionais
foi utilizado para melhor traçar a intervenção dietoterápica e o plano alimentar proposto foi adequado à história da paciente. Resultados e
discussão: Por meio dos dados coletados e dos diálogos existentes na consulta, foram analisados os resultados obtidos quanto à interferência
do tratamento na qualidade de vida e no bem-estar da paciente. A abordagem do tratamento dietoterápico mostrou eficácias não somente na
redução ponderal, como também reflexos na qualidade de vida, nas mudanças de hábitos alimentares e na vontade de envelhecer com saúde,
elevando a autoestima da paciente e fazendo com que esta relacione bem-estar e felicidade. Quanto às comorbidades apresentadas, observaram-se diminuição das dores e melhora geral do quadro clínico. Conclusões: O profissional nutricionista é uma peça fundamental na evolução
da perda ponderal e consequente melhora dos sintomas patológicos associado. Para tanto, o olhar do profissional que considera os aspectos
do cuidado e da integralidade é fundamental para o sucesso terapêutico. É importante considerar também o apoio dos demais profissionais da
saúde que entendem e completam com seriedade os caminhos dessa terapêutica.
P241
PROGRAMAÇÃO METABÓLICA: ESTUDO DE PARÂMETROS INDICADORES DE RESISTÊNCIA À INSULINA EM RATOS
Silveira SL, Battú C, Assis AM, (orientador) MLDSP, Silva RSM, Rieger D, Pellegrino R, Martins TL, Londero L, Hoefel AL, Hansen F, Sordi F
TEMAS LIVRES Pôsteres
UFRGS.
Introdução: Programação metabólica é um conceito definido por um processo em que um insulto, ocorrido em um período crítico de desenvolvimento, resulta em alterações permanentes na estrutura e/ou função de um órgão ou ação metabólica. Evidências demonstram que doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes melito, hipertensão, aterosclerose e doenças cardiovasculares podem ter origem em alterações
ocorridas no útero e durante o início da vida pós-natal. Mudanças funcionais induzidas por uma dieta hipoproteica no período gestacional são
persistentes e, na vida adulta, podem contribuir para o desenvolvimento da síndrome metabólica, caso a dieta após o período inicial de desenvolvimento seja normo ou hipercalórica. Objetivo: Verificar os efeitos de uma dieta hiperlipídica (50% de lipídios) sob a prole pós-desmame de ratas
submetidas à desnutrição durante a gestação ou lactação, sob parâmetros de resistência à insulina (RI). Materiais e métodos: Utilizou-se um
modelo de desnutrição com 7% de proteína para os grupos experimentais, com dieta isocalórica ao grupo controle (25% de proteína). O desenho
experimental foi composto de quatro grupos: DG–desnutrido durante a gestação (7% de proteína e 10% de lipídios), DL–desnutrido durante a
lactação (7% de proteína e 10% de lipídios), N/H–normonutrido (25% de proteína e 10% de lipídios durante a gestação/lactação), C-controle
(25% de proteína, 10% de lipídios e 65% de carboidratos durante os quatro meses de tratamento). A rata mãe do grupo DG foi substituída por
lactante normonutrida. A rata mãe do grupo DL recebeu dieta C até o parto e durante o período de lactação (21 dias) essa foi substituída por
dieta restrita em proteína. Os grupos, exceto C, receberam após seu período teste, dieta hiperlipídica (50% de lipídeos). Todos os grupos foram
formados com n = 8, exceto DG, com n = 4. A fim de avaliar parâmetros de RI, foram determinados: curva de crescimento (CC), teste de
tolerância à glicose (TTG), massas dos fígados e tecido adiposo, insulina plasmática por radioimunoensaio, colesterol e triglicerídeos (Tg) plasmáticos e hepáticos utilizando kit enzimático. Para fins estatísticos, utilizou-se análise de variância de uma via seguido pelo teste de Duncan (p <
0,05). Resultados: Expressos em relação ao C. O peso corporal total não apresentou diferença entre os grupos, no entanto, ao comparar o peso
do tecido adiposo visceral e epididimal, encontrou-se diferença significativa dos grupos NH e DG. No TTG, o grupo DG apresentou elevação
significativa na glicemia basal, assim como grupos DG e DL no tempo de 60 minutos, além disso, observou-se hiperinsulinemia no grupo DG.
Os grupos tratados exibiram elevação estatística significativa dos Tg plasmáticos e hepáticos, bem como do colesterol hepático. Os grupos apresentaram diferença entre si quanto ao colesterol plasmático, mostrando relação mais acentuada nos grupos DL e DG. Conclusão: Os resultados
demonstram que a restrição proteica durante a gestação ou lactação induz a um estado de RI, efeito amplificado por uma dieta hiperlipídica após
a amamentação, ratificando a importância das condições intrauterinas e da qualidade da dieta pós-natal na gênese de doenças crônicas.
P242
POPULAÇÃO HIPERTENSA ENTENDE A INFORMAÇÃO NUTRICIONAL NO QUE DIZ RESPEITO À PORÇÃO DE SÓDIO NOS ALIMENTOS
INDUSTRIALIZADOS?
Fernandez AT, Andrade MC
Unigranrio.
Atualmente é grande a preocupação quanto à oferta de alimentos saudáveis destinados aos consumidores, entretanto uma barreira ainda não
foi ultrapassada com o mesmo sucesso: a redução de teor de sódio nos alimentos industrializados; basicamente todos os alimentos têm sódio,
sendo alguns com alto teor. Neste trabalho foi aplicado um Questionário de Frequência Alimentar (QFA), o qual 67 pessoas hipertensas se
propuseram a responder. A partir dos resultados pode-se observar a necessidade em elaborar uma atividade educativa visando orientar tal população, pois esta não sabe o significado de sódio. Essa preocupação se dá pelo fato de que vários relatos da literatura científica apontam que o
sódio e o sal elevam a pressão arterial, ocasionando a hipertensão. Tal população deverá saber interpretar o significado de sódio, a quantidade
a ser ingerida diariamente e optar em ingerir ou não determinados alimentos, por campanhas preventivas, por meio de profissionais da área de
saúde, em especial nutricionistas e cardiologistas.
P243
HÁ NOVOS INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS DE OBESIDADE E RELAÇÃO COM RISCO CORONARIANO?
Bó CMD, Carvalho JAM, Conceição RD, Lia V, Yamada B, Raele R, Santos Filho RD
Centro de Medicina Preventiva Einstein Jardins/Unidade de Lípides InCor.
Introdução: Pesquisas recentes identificam cada vez mais a relação da gordura abdominal com o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Existem vários indicadores antropométricos de obesidade generalizada e abdominal. A comparação destes indicadores como fator de
risco cardiovascular tem sido fruto de numerosos estudos. Objetivos: Relacionar índice de conicidade (IC), índice de obesidade central (IOC),
índice de massa corporal (IMC), circunferência da cintura (CC) e relação cintura-quadril (RCQ) com o risco coronariano elevado (escore de
Framingham > 10%) e com elevação de proteína C reativa (PCR > 3,0 mg/L), em uma população submetida a uma revisão continuada de saúde
– checkup. Selecionar por meio da sensibilidade e especificidade (segundo curva de ROC) a melhor associação dos parâmetros de avaliação nutricional com a presença de risco coronariano elevado e elevação da PCR. Avaliar o melhor ponto de corte para o índice de conicidade (IC) e índice
de obesidade central (IOC) para discriminar a presença de risco coronariano nesta população. Material e métodos: 1.762 indivíduos (81,7%
homens e 18,3% mulheres), 44 anos +/- 9 anos, submetidos a um protocolo de checkup, em que: IMC = P(Kg)/E2 (m) segundo OMS, 1998;
circunferência da cintura, segundo ATPIII, 2001; índice de conicidade em que CC (m)/ 0,109x √P (kg)/E (m) e índice de obesidade central
em que CC(m)/E (m). Resultados: No gênero masculino para predição do risco coronariano, houve pequena vantagem da RCQ, seguido de
IOC, índice C, CC e IMC, e no gênero feminino houve vantagem do IOC, seguido de IMC, CC, RCQ e índice C. Já na análise para predição
de risco de proteína C reativa (PCR) elevada, em ambos os sexos, a que apresentou pequena vantagem foi o IOC, seguido de CC, IMC, índice
C e RCQ, analisados pela área sob a Receiver Operation Characteristic (curva de ROC). Pontos de corte: sexo masculino = valores semelhantes
S656
para risco coronariano e PCR elevada, em que IOC = 0,54 e IC = 1,275 e sexo feminino = risco coronariano valor para IOC = 0,49 e IC = 1,185
e para PCR elevada, valores para IOC = 0,49 e IC = 1,175. Conclusão: Observaram-se neste trabalho o índice de obesidade central (IOC) como
um marcador importante para risco cardiovascular e PCR elevada em ambos os sexos. Este estudo é um dos primeiros a publicar pontos de corte
para utilização de novas medidas antropométricas de obesidade central, sendo mais um parâmetro de avaliação de gordura visceral e relação com
eventos cardiovasculares. Sugerem-se outros estudos para observar o poder discriminatório desses novos índices na população.
P244
A DISLIPIDEMIA COMO FATOR DE RISCO CARDIOVASCULAR NA POPULAÇÃO ADULTA BRASILEIRA
Santos TNN, Santos TRN
Este estudo utiliza uma abordagem exploratória de artigos científicos, provenientes de pesquisas realizadas na Universidade Católica do Salvador e na Universidade Federal da Bahia, publicados (2005-2009). Por meio dessa pesquisa, buscou-se conhecer a relevância da dislipidemia
como fator de risco cardiovascular. Estudos comprovam os benefícios da detecção precoce das elevações dos níveis séricos do colesterol e
suas frações, pois o tratamento dessas disfunções reduz as taxas de mortalidade por DCV. O colesterol é um tipo de gordura produzida no
fígado encontrada normalmente no sangue e em todas as células do corpo, resultado do metabolismo de duas substâncias: o HDL e o LDL.
O colesterol é uma substância necessária ao nosso organismo, mas quando as taxas de colesterol no sangue se elevam, esta substância pode
tornar-se um perigoso fator de risco.
P245
THE FINNISH DIABETES RISK SCORE (FINDRISC) – AVALIAÇÃO E ANÁLISE PRELIMINAR DO RISCO DE DESENVOLVIMENTO DO
DIABETES MELITO TIPO 2 EM DEZ ANOS, EM UMA POPULAÇAO SUBMETIDA A UMA REVISÃO CONTINUADA DE SAÚDE – CHECKUP
LIA V, Santos Filho RD, Carvalho JAM, Conceição RD, Raele R
Centro de Medicina Preventiva Einstein Jardins/Unidade de Lípides InCor.
Introdução: Uma epidemia de diabetes melito (DM) está em curso. No Brasil, no final dos anos 1980, a prevalência de DM na população adulta
foi estimada em 7,6%, e dados mais recentes já apontam para 12,1%. Entre os fatores de risco modificáveis para o DM2 destacam-se a obesidade, fatores dietoterápicos e sedentarismo. Uma maior atenção às medidas preventivas, sobretudo na população de maior risco de desenvolvimento dessa
doença, é de grande importância. Presença de instrumentos de estratificação de risco para essa patologia é imprescindível, e o questionário Findrisc
pode ser uma alternativa importante para essa estratificação. Objetivos: Apresentar os resultados da avaliação do questionário finlandês Findrisc e
da prevalência de desenvolvimento de diabetes melito tipo 2, em dez anos, em um grupo de indivíduos submetidos a uma revisão continuada de
saúde – checkup. Materiais e métodos: Estudo retrospectivo de janeiro a abril de 2008, com 1.334 indivíduos (80% homens e 20% mulheres), na
faixa etária de 44,3 +/- 9,3 anos. Realização da Estratificação de Risco para Desenvolvimento de DM2: questionário finlandês Findrisc. Resultados: 20% da população estudada (256 indivíduos) apresentaram-se acima do Risco Moderado para o desenvolvimento de DM2 em dez anos e 52%
da população estudada (689 indivíduos) apresentaram-se acima do Risco Intermediário para o desenvolvimento de DM2 em dez anos. Conclusão:
Diante do resultado deste estudo, observou-se que 52% dessa amostra (risco intermediário, moderado, alto e muito alto) apresentaram algum risco
de desenvolvimento de diabetes melito tipo 2 em dez anos. Medidas preventivas nesse aspecto são muito importantes para minimizar esse quadro,
e a aplicação desse escore é altamente relevante no nível primário de atenção à saúde. O escore Findrisc mostrou neste trabalho ser um instrumento
simples e rápido para apontar os fatores de risco modificáveis e sugerir modificações no estilo de vida para prevenção dessa patologia.
P246
A OBESIDADE E A ATIVIDADE FÍSICA SOB A ÓTICA DE PESSOAS OBESAS NO MUNICÍPIO DE JEQUIÉ – BA
Squarcini CFR, Pereira PS
Núcleo de Estudos em Atividade Física e Saúde, UESB.
Introdução: O Ministério da Saúde criou o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NSF), sendo definido como estratégia de ação o trabalho
multiprofissional, em destaque o profissional de Educação Física. Sabendo que atualmente a obesidade é considerada epidemia mundial e, não
raro, está associada a diversas morbidades, questiona-se qual é a óptica das pessoas obesas atendidas nos NSF a respeito da obesidade e as formas
de tratamento em Jequié – BA? Objetivo: Analisar a óptica de pessoas obesas do município de Jequié – BA atendidas pelos NSF a respeito
da obesidade e suas formas de tratamento, em especial a atividade física. Material e métodos: Após a aprovação do Comitê de Ética, foram
selecionadas dez pessoas adultas obesas, de ambos os gêneros, para responderem a uma entrevista semiestruturada. Para análise dos depoimentos foi utilizado à técnica de análise dos conteúdos, sendo determinadas as categorias de análise: conceito obesidade, formas de tratamento e
atividade física como forma de tratamento. Resultados: A maioria dos entrevistados conceitua a obesidade como sendo o excesso de peso e vão
além quando, indiretamente, conceituam a obesidade falando de suas complicações. Exemplo: o entrevistado Je afirmou: “... a obesidade hoje
contribui pra tudo, hoje contribui pro AVC, contribuindo pra uma diabetes né? Pra, pro infarto, Então, é o mal do século hoje é a obesidade
né?”. No que diz respeito às formas de tratamento, a dieta foi considerada por todos entrevistados como a principal forma de tratamento.
Desses, a metade dos entrevistados disse que a atividade física também faz parte do tratamento. Como destaque, a entrevistada Je respondeu:
“... Alimentação saudável, né? Bastante equilibrada, balanceada, atividade física né? É..bebida alcoólica, tá sempre tá evitando isso, fritura, massa,
e... tudo começa por aí... se falar assim que o, o suporte de tudo é atividade física...”. Entretanto, foi unanimidade não considerar o tratamento
farmacológico como a principal forma de intervenção, sendo destacada a preocupação no excessivo ganho de peso. Segundo o entrevistado
No, a “...medicação ajuda muito, com o determinado tempo a pessoa se parar aquela medicação volta tudo novamente, foi o que aconteceu
comigo...”, e o entrevistado Ka afirmou: “Tem médicos que passa fórmulas, que eu num acredito muito em fórmulas, porque pode voltar tudo.
S657
TEMAS LIVRES Pôsteres
UCSAL.
... Porque pode ela emagrecer com esse negócio desses remédio durante um mês, 10 quilo e numa semana ganhar tudo novamente...”. Sobre
as contribuições da atividade física, a maioria dos entrevistados, apesar de concordar com ela, não as praticam, a exemplo da entrevistada Po,
que afirma não fazer “porque eu fiz uma vez, no outro dia fiquei muito cansada né? que quando a gente não tem o costume de fazer aquele,
aquela coisa, quando a gente faz o organismo,... nota logo né? Fica cansada fica toda mole só a gente seguindo que o organismo acostuma”.
Conclusão: As pessoas obesas têm consciência sobre a obesidade, suas complicações e alguns tratamentos, entretanto a atividade física não é tão
aceita quanto a dieta como forma de intervenção, talvez pela ausência de programas de atividade física e/ou palestras nos NSF.
P247
INFLUÊNCIA DO TRATAMENTO INTERDISCIPLINAR SOBRE A PREVALÊNCIA DE ASMA INDUZIDA PELO EXERCÍCIO EM ADOLESCENTES
OBESOS ASMÁTICOS
Sanchez PL, Dâmaso AR, Mello MT, Tufik S, Cheik NC, Silva PL
Introdução: A prevalência de obesidade tem crescido rapidamente e representa um dos principais desafios de saúde pública atualmente,
da mesma forma a incidência de asma na população mundial e brasileira também vem crescendo e a prevalência em indivíduos obesos tem
chamado a atenção de profissionais de saúde e pesquisadores para uma provável associação entre essas doenças. Entretanto, ainda não foram
observadas as consequências de uma intervenção multiprofissional sobre a prevalência de asma induzida pelo exercício e a função pulmonar de
adolescentes obesos asmáticos. Objetivo: Avaliar a prevalência de asma induzida pelo exercício (AIE) em adolescentes obesos asmáticos pré e
pós-tratamento interdisciplinar, em longo prazo. Material e métodos: A amostra foi composta por 28 adolescentes obesos conforme a CDC
(2002), sendo 17 não asmáticos e 11 asmáticos, diagnosticados pelo questionário Issac e avaliação clínica. Após serem submetidos a avaliações
para inclusão no estudo, foi realizado o teste de broncoprovocação na esteira, onde se realizaram provas espirométricas pré e pós-teste de
exercício, até 30 minutos pós-exercício; foi considerado teste positivo uma redução ≥ que 10% do VEF1 basal. Posteriormente, os voluntários
foram submetidos à intervenção interdisciplinar, com duração de um ano, que incluiu exercício, orientação nutricional e psicológica três vezes
semanais. Após seis meses e um ano de tratamento os voluntários foram reavaliados. Para análise estatística foi utilizado o teste Anova two-way
para comparar os grupos nos diferentes períodos de avaliação, o teste do X² para avaliar a prevalência de AIE e o teste de Pearson para correlacionar as medidas antropométricas com os parâmetros espirométricos. Foi considerado estatisticamente significante p < 0,05. Resultados: Em
relação à prevalência de AIE, foi observada prevalência de 46% no grupo asmático e de 17% no grupo não asmático na avaliação basal; após
intervenção multiprofissional a prevalência de AIE foi nula em ambos os grupos (p < 0,05). Em relação à função pulmonar, foram observadas
alterações nos parâmetros PFE (% previsto) e FEF25-75% (% previsto) no grupo asmático obeso (p < 0,05) na avaliação basal; nos demais
períodos de avaliação não foram observadas diferenças estatísticas (Tabela 1). Além disso, foi observada correlação entre PFE e CA (r = -0,81,
p = 0,04), % de gordura e PFE (r = -0,70, p = 0,02) e FEF (r = -0,68, p = 0,03) no grupo asmático e % de gordura e PFE (r = -0,59, p = 0,01)
e FEF (-0,52, p = 0,02) (Figura 1). Ao término do tratamento os voluntários apresentaram menor média da queda máxima do VEF1 em % do
basal (Figura 2). Conclusão: Os resultados demonstraram o prejuízo na função pulmonar de adolescentes obesos asmáticos, além da maior
prevalência de AIE, entretanto essas condições foram revertidas após tratamento interdisciplinar em longo prazo.
Tabela 1. Variáveis do teste de função pulmonar dos grupos
Basal
Após 6 meses
Após 1 ano
NA
A
NA
A
NA
A
CVF predito (%)
110 ± 14
109 ± 13
111 ± 16
115 ± 10
107 ± 11
111 ± 13
VEF1 predito (%)
110 ± 16
110 ± 16
109 ± 15
113 ± 16
108 ± 10
111 ± 16
VEF1/CVF (%)
99 ± 8
100 ± 6
97 ± 10
97 ± 8
101 ± 6
96 ± 10
PFE predito (%)
119 ± 19
109 ± 17a
119 ± 35
116 ± 28
119 ± 15
115 ± 26
FEF25-75% predito (%)
110 ± 26
95 ± 22a
105 ± 31
92 ± 29
109 ± 18
95 ± 17
CVF: capacidade vital forçada; VEF1: volume expiratório forçado no primeiro segundo; PFE: pico de fluxo expiratório; FEF25-75%: Fluxo expiratório forçado entre 25-75% da CVF. Valores apresentados em MD±DP. aDiferença entre
os grupos.
160
160
0
140
r = 0,70
p = 0,02
140
120
12 semanas
24 semanas
100
-10
80
80
60
40
35
40
45
50
55
60
65
% de gordura
Figura 1. Correlação entre % de gordura e pico de fluxo expiratório no grupo asmático na
avaliação basal.
S658
Basal
120-5
100
20
Queda máxima do VEF1 (% do basal)
Pico de fluxo expiratório (% predito)
TEMAS LIVRES Pôsteres
Unifesp.
60
-15
40
-20
20
Grupo não asmático
Grupo asmático
-25
Figura 2. Média da queda máxima do VEF1 em % do basal.
P248
BRONCOESPASMO INDUZIDO PELO EXERCÍCIO EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NÃO ASMÁTICOS COM SOBREPESO E
OBESIDADE
Luz GCP, Cheik NC, Mayer AF, Caixeta AM, Silva MB, Silva LO, Silva PL
Introdução: A obesidade está associada ao baixo nível de atividade física e, apesar de algumas controvérsias, pode estar relacionada às alterações respiratórias e ao broncoespasmo induzido pelo exercício (BIE). Objetivo: Avaliar a prevalência de desencadeamento de BIE e sua
relação com nível de atividade física em crianças e adolescentes com sobrepeso e obesidade não asmáticos. Metodologia: Foram avaliados 50
voluntários acima do percentil 85th (EP) e 30 eutróficos (EU), de 8 a 15 anos. Mensuraram-se a circunferência abdominal (CA), a relação
cintura-quadril (RCQ), o índice de massa corporal (IMC) e as dobras cutâneas tricipital (DCT) e subescapular (DCS). Os voluntários foram
submetidos ao protocolo de broncoprovocação pelo exercício na esteira baseado no utilizado por Del Rio-Navarro et al.; foram realizadas
manobras espirométricas pré e pós-teste 10% do≥de broncoprovocação; foi considerada como teste positivo uma redução VEF1 basal e foi
aplicado o questionário PAQ-C, que avalia o nível de atividade física. Para análise estatística foi utilizado o teste t independente para comparar
as variáveis contínuas entre os grupos, o teste do X² para avaliar a prevalência de BIE e a regressão logística múltipla utilizando como variável
dependente a ocorrência de BIE e como variáveis independentes IMC, história familiar de asma e tabagismo, gênero (feminino) e estatura. Foi
considerado estatisticamente significante p < 0,05. Resultados: Não foi observada diferença na função respiratória basal e no nível de atividade
física entre os grupos; o grupo EP apresentou maiores valores de CA, IMC, DCT e DCS (p < 0,05). Em relação à prevalência de BIE, 32%
dos voluntários com EP desencadearam BIE vs. 10% do grupo EU (p < 0,05), além disso, o IMC (OR: 1,31 IC: 1,04–1,68), o sexo feminino
OR: 5,23 (1,08–25,30) e a estatura (OR: 0,88 IC: 0,80–0,97) foram fatores independentes para o desencadeamento de BIE no grupo EP.
Conclusão: Os resultados demonstraram a maior predisposição ao desencadeamento de BIE em crianças e adolescentes com sobrepeso e
obesidade, além de uma maior chance de ocorrência no sexo feminino.
P249
CARACTERÍSTICAS DE ADOLESCENTES COM EXCESSO DE PESO RECÉM-INGRESSADOS
Souza EA, Ribeiro EAG, Lemos LFC, Barbosa Filho VC, Coqueiro RP
UFC.
Introdução: A caracterização de adolescentes que apresentam excesso de peso torna-se importante para esclarecimento dos hábitos e fatores
que podem influenciar no desenvolvimento da obesidade infanto-juvenil. Objetivo: Descrever as características dos adolescentes com excesso
de peso recém-ingressados no grupo de Pesquisa em Prevenção e Tratamento da Obesidade em Adolescentes da Universidade Federal do Ceará. Metodologia: O presente estudo de caráter transversal foi realizado em janeiro de 2009 com 52 adolescentes (12,49 ± 1,08 anos de idade),
sendo 31 (59,6%) do gênero masculino e 21 (40,4%) do feminino, participantes do já citado grupo de pesquisa. Foi realizada a aplicação de
um questionário com perguntas relacionadas aos seguintes fatores: (i) participação na educação física escolar ou atividade física orientada, (ii)
presença familiar de obesidade, diabetes ou hipertensão, (iii) frequência e hábitos alimentares e (iv) percepção corporal. Para análise dos dados
utilizou-se a estatística descritiva e o teste do qui-quadrado para verificar possíveis diferenças entre os gêneros, sendo adotado p ≤ 0,05 como
nível de significância estatística. Resultados: Observou-se que a hipertensão, a obesidade e a diabetes se apresentaram em 78,8%, 51,9% e
46,2% das famílias dos adolescentes, respectivamente. Vinte e sete por cento dos adolescentes não participam da educação física escolar ou de
um programa de atividade física orientada, sendo o gênero feminino com maior porcentagem (42,9% vs. 16,1%, p = 0,03). Em relação à frequência e aos hábitos alimentares, o consumo diário de refrigerante e balas ocorreram, respectivamente, em 38,5% e 42,5% dos adolescentes.
Quanto ao consumo de frutas, verificou-se que uma porção era consumida somente em alguns dias da semana por 48,1% dos adolescentes.
61,5% dos entrevistados consomem menos de três vezes por semana sucos e 37,0% não consomem legumes/verduras. Além disso, 32,7% dos
adolescentes não têm o hábito de tomar o café da manhã diariamente. Em relação à percepção corporal, 42,3% não gostam do próprio corpo,
com maior porcentagem para o gênero feminino (66,7% vs. 25,8%, p < 0,01), enquanto 69,2% apresentam “apelidos” relacionados à imagem
corporal. Conclusão: Os adolescentes do presente estudo apresentaram maior índice de hipertensos entre seus familiares, não participam das
aulas de Educação Física escolar, consomem diariamente refrigerantes/balas e recebem algum tipo de apelido.
P250
HÁBITOS DE ATIVIDADE FÍSICA DE ADOLESCENTES E PAIS EM UMA ESCOLA PÚBLICA DA CIDADE DE FORTALEZA
Souza EA, Girão AL, Magno CC, Coqueiro RP, Menezes FOD
UFC.
Introdução: A prevalência de obesidade tem aumentado em crianças e adolescentes, enquanto os domínios da atividade física declinaram nos
últimos tempos. Objetivo: Analisar os hábitos de atividade física dos adolescentes de uma escola pública da cidade de Fortaleza e seus respectivos pais. Metodologia: Estudo de caráter transversal, constituído por uma amostra de 221 adolescentes com média de 12 anos (± 1, 546) de
idade, sendo 93 (42%) meninos e 128 (58%) meninas. Todos os adolescentes foram avaliados de acordo com um questionário semiestruturado
com quatro questões do tipo objetiva sobre prática, tipo e frequência de atividade física individual e de seus pais. Além de uma pergunta sobre
o tipo de deslocamento até a escola e outra sobre as atividades realizadas em horário livre. Para analise estatística utilizou-se o software SPSS,
versão 13.0. Resultados: Entre os 221 alunos, 115 (52%) participavam das aulas de educação física na escola e 106 (48%) não participavam.
O mesmo número foi constado para os alunos que praticavam alguma atividade física fora da escola. Entre os 115 alunos que praticavam
atividade física fora da escola, 24% praticavam duas vezes por semana e as duas atividades mais praticadas foram futebol e natação – 17,2% e
7,2%, respectivamente. Dos 221 alunos, 191 (86,4%) vão à escola a pé, enquanto os outros utilizam algum meio de transporte, seja ele bici-
S659
TEMAS LIVRES Pôsteres
Unitri.
cleta (8,1%), carro ou moto (3,6%) ou ônibus (1,8%). Ficou constatado que no horário livre desses adolescentes a maior parte (52,5%) prefere
assistir a TV em vez de brincar na rua (15,8%). Em relação aos pais, 173 mães (78,3%) não praticam atividade física, enquanto das outras
48 mães (21,7%) que praticam atividade física, 9,6% realizam essa prática diariamente, sendo a caminhada a atividade mais praticada (14%).
Quando analisados os dados dos pais, verificou-se semelhança com os resultados das mães em relação à prática de atividade física, no entanto,
diferenciou-se que apenas 3,6% deles praticam caminhada (atividade mais praticada) e 8,6% praticam diariamente qualquer atividade física.
Conclusões: Os dados indicam que 48% dos adolescentes não participam das aulas de Educação Física escolar ou outra atividade orientada
fora da escola e a grande maioria (52,5%) prefere assistir a TV nos horários livres. Também foi observado que um número exorbitante (78,3%)
dos pais não pratica atividade física no seu dia a dia. É necessária a mudança dos hábitos de atividade física dos escolares e de seus pais, com o
intuito de promover saúde a estes. Para isso, devem-se realizar campanhas de conscientização, mostrando a importância da prática de atividade
física.
P251
TEMAS LIVRES Pôsteres
DIETA DA CAFETERIA NÃO ALTERA O COMPORTAMENTO SEXUAL DE RATAS
Zacharias P, Sanvitto GL, Rosa FFS, Lubackzeuski C, Sagae SC
Unioeste.
Introdução: A obesidade é problema de saúde mundial e vem assumindo características epidêmicas. Grande parte do conhecimento se que
possui, até o presente, sobre o controle do ciclo ovariano de vários mamíferos, cuja ovulação é espontânea, é baseado em estudos sobre o ciclo
estral das ratas, que apresenta quatro fases: metaestro, diestro, proestro e estro, que é o período no qual a fêmea apresenta desejo sexual, ou
seja, ela está pronta para o coito. Cada período exibe variações nas concentrações de esteroides gonadais e de gonadotrofinas, associadas a alterações comportamentais, incluindo o comportamento sexual da fêmea, exibido por meio da lordose. Objetivos: Os objetivos deste trabalho
foram verificar o comportamento sexual de ratas submetidas à dieta da cafeteria. Material e métodos: A partir dos 21 dias, foram ofertados à
vontade ração modificada, alimentos adicionais e água e refrigerante sem gás (cafeteria – N = 15), e aos animais que serviram como controle
da dieta (controle, N = 15) foram ofertados ração-padrão e água à vontade. A partir do 70º dia de vida das fêmeas, o esfregaço vaginal foi
coletado diariamente e, com auxílio de um conta-gotas com soro fisiológico, o epitélio vaginal da fêmea foi “lavado” e o material coletado foi
analisado a fresco ao microscópio óptico, determinando em que fase do ciclo a rata se encontrava. Fêmeas virgens com idade aproximada de
85 dias e que estiverem na fase do proestro foram colocadas em uma caixa de observação (70 x 70 x 35 cm) por 10 minutos para ambientação. Após foi introduzido um macho na caixa (1 fêmea/1 macho), iniciando-se imediatamente a sessão de registro do comportamento sexual
durante o período escuro do ciclo (entre 20 e 21 horas), por 15 minutos. Os parâmetros comportamentais analisados foram a frequência de
lordose, que consiste no número de vezes que a fêmea eleva a parte traseira do dorso para o macho montar, e a frequência de monta, que é o
número de vezes que o macho usa as patas dianteiras para segurar a fêmea pelos flancos. O quociente e o índice de lordose da receptividade
sexual da fêmea serão calculados pela divisão do número de lordose pelo número de montas. Resultados: Os resultados são expressos como
média ± erro-padrão da média. O teste T de Student foi utilizado para avaliar o comportamento sexual das fêmeas, com p < 0,05. A dieta da
cafeteria não promoveu alteração no comportamento sexual das fêmeas cafeteria (1,05 ± 0,056) em relação às fêmeas controle (1,05 ± 0,01).
Conclusões: Concluiu-se que a dieta da cafeteria não compromete o comportamento sexual das fêmeas. Agradecemos a Fundação Araucária,
Unioeste e UFRGS pelo apoio.
P252
TESTE DE TOLERÂNCIA À GLICOSE EM RATAS SUBMETIDAS À DIETA DA CAFETERIA
Rosa FFS, Sanvitto GL, Lubackzeuski C, Zacharias P, Bonfleur ML, Vanzela E, Sagae SC
Unioeste.
Introdução: A obesidade aumenta o risco de desenvolvimento de muitas doenças, tais como as cardiovasculares e o diabetes melito não
dependente de insulina, ou tipo dois, que diminuem a qualidade e a expectativa de vida, podendo levar à morte prematura. Objetivos: Os
objetivos deste trabalho foram verificar a glicemia e insulinemia em resposta à injeção de glicose, em ratos fêmeas adultas submetidas à dieta
da cafeteria. Material e métodos: Aos 21 dias, foram ofertados à vontade ração modificada, alimentos adicionais e água e refrigerante sem
gás (cafeteria, N = 8), e aos animais que serviram como controle da dieta, foram ofertados ração-padrão e água (controle, N = 8). Os animais
foram submetidos à canulação da veia jugular direita. Após 12 horas de jejum, as fêmeas foram separadas em caixas individuais e permaneceram em ambiente silencioso por 30 minutos. Após, solução de glicose a 50% foi administrada (1 g/kg de peso corporal) intravenosamente
(iv) e amostras de sangue foram coletadas em seringas heparinizadas imediatamente antes (0) e 15, 30 e 60 minutos após a injeção de glicose.
A dosagem de insulina foi realizada por meio de radioimunoensaio. A dosagem de glicemia foi realizada com o auxílio de um glicosímetro.
Resultados: Os resultados são expressos como média ± erro-padrão da média. Para a comparação estatística entre os grupos utilizou-se o teste
T de Student, com p < 0,05 adotado como critério de significância. A dieta da cafeteria induziu aumento no peso das gorduras perigonadal
(g/100 g de peso corporal) [Controle: 2,20 ± 0,261; Cafeteria: 6,12 ± 0,283 (t = 10,19; P < 0,0001)] e retroperitoneal [Controle: 0,67 ±
0,039; Cafeteria: 2,11 ± 0,158 (t = 9,405; P < 0,0001)], que diferiram dos animais controle. Os animais submetidos à dieta da cafeteria apresentaram elevação significativa na glicemia aos 15, 30 e 60 minutos após a injeção de glicose [15 min: Controle: 235,30 ± 9,428; Cafeteria:
329,8 ± 13,36 (t = 5,620; P < 0,0001); 30 min: Controle: 86,43 ± 3,069; Cafeteria: 170,0 ± 4,72 (t = 14,37; P < 0,0001); 60 min: Controle:
82,14 ± 2,53; Cafeteria: 101,0 ± 5,127 (t = 3,149; P = 0,077)], diferença não observada no valor basal. As concentrações plasmáticas de
insulina foram diferentes em todos os tempos [Controle: 0,4986 ± 0,08; Cafeteria: 4,636 ± 0,469 (t = 7,490; P < 0,0001); 15 min: Controle:
5,88 ± 0,413; Cafeteria: 10,37 ± 0,574 (t = 5,929; P < 0,0001); 30 min: Controle: 2,861 ± 0,309; Cafeteria: 5,113 ± 0,579 (t = 3,104; P =
0,006); 60 min: Controle: 1,970 ± 0,28; Cafeteria: 4,803 ± 0,469 (t = 7,490; P = 0,0005)]. Conclusões: Concluiu-se que a dieta da cafeteria
promove resistência periférica à insulina, por meio da elevação nas concentrações plasmáticas basais e na resposta da insulina e glicemia aos 15,
30 e 60 minutos após a injeção iv de glicose, não alterando as concentrações basais de glicose, provavelmente por causa da hiperinsulinemia
basal. Agradecemos a Fundação Araucária, Unioeste, UFRGS e Unicamp pelo apoio.
S660
P253
INSTALAÇÃO DA PUBERDADE PRECOCE E ALTERAÇÃO NA REGULARIDADE DE FASES DO CICLO ESTRAL DE RATAS SUBMETIDAS À
DIETA DA CAFETERIA
Lubackzeuski C, Zacharias P, Sagae SC, Sanvitto GL, Rosa FFS
Introdução: A relação entre obesidade e função reprodutiva é complexa e incompletamente compreendida. O ciclo das ratas é composto por
quatro fases, que, além de expressarem mudanças na mucosa vaginal, exibem variações nas concentrações hormonais de esteroides gonadais
e consequentemente de gonadotrofinas. O estro é o período no qual a fêmea está pronta para o coito e dura de 25 a 27 horas. Os períodos
entre os estros são denominados de proestro, metaestro e diestro. O proestro dura de 12 a 14 horas e precede o estro. Se não há concepção,
após o estro existe um período de recuperação denominado de metaestro, cuja duração é de 6 a 8 horas, seguido pelo diestro, que dura de
55 a 57 horas, no qual se reinicia a secreção de hormônios ovarianos para o próximo ciclo. Objetivos: Os objetivos deste trabalho foram verificar a instalação da obesidade e a regularidade das fases do ciclo estral de ratas fêmeas submetidas à dieta da cafeteria. Material e métodos:
A partir dos 21 dias, foram ofertados à vontade ração modificada, alimentos adicionais e água e refrigerante sem gás (cafeteria – N = 18), e
aos animais que serviram como controle da dieta (controle, N = 15) foram ofertados ração-padrão e água à vontade. Após o desmame, foi
avaliada, todos os dias, a ocorrência da abertura vaginal das fêmeas para verificação das datas de instalação da puberdade. A partir do 70º dia
de vida das fêmeas, o esfregaço vaginal foi coletado diariamente e, com auxílio de um conta-gotas com soro fisiológico, o epitélio vaginal da
fêmea foi “lavado” e o material coletado foi analisado a fresco ao microscópio óptico determinando em que fase do ciclo a rata se encontrava.
Resultados: Os resultados são expressos como média ± erro-padrão da média. Para a comparação estatística entre os grupos utilizou-se o
teste T de Student, com p < 0,05 adotado como critério de significância. A dieta da cafeteria induziu uma instalação da puberdade precoce
em relação à das fêmeas controle [Controle: 29,40 ± 0,636; Cafeteria: 26,67 ± 0,5817 (t = 3,171; P = 0,0048)]. As fêmeas submetidas à
dieta da cafeteria apresentaram ciclos com as fases de estro menos prolongadas [Controle: 7,8 ± 0,311; Cafeteria: 5,00 ± 0,198 (t = 7,834; P
< 0,0001)] e as fases de diestro [Controle: 10,80 ± 0,416; Cafeteria: 15,33 ± 0,412 (t = 7,679; P < 0,0001) mais prolongadas em relação às
fases do ciclo das fêmeas controle. As fases de metaestro e proestro não foram alteradas pelo tratamento. Conclusões: Concluiu-se que a dieta
da cafeteria promove antecipação da abertura vaginal e, portanto, da instalação da puberdade, bem como altera as fases de diestro e estro,
provavelmente em virtude de alterações nas concentrações de esteroides gônadas ou pico pré-ovulatório de gonadotrofinas. Agradecemos a
Fundação Araucária, Unioeste e UFRGS pelo apoio.
P254
O FATOR DE ATIVAÇÃO PLAQUETÁRIA É IMPORTANTE PARA O CONTROLE DA ADIPOSIDADE E DO PROCESSO INFLAMATÓRIO NO
TECIDO ADIPOSO EPIDIDIMAL DE CAMUNDONGOS
Lima RL, Shang FL, Oliveira MC, Sato PT, Souza AVF, Texeira MM, Menezes Z, Souza DG
UFMG.
Introdução: A obesidade vem crescendo em virtualmente todas as sociedades do mundo. Vários estudos têm demonstrado que o tecido
adiposo de indivíduos obesos secreta vários mediadores pró-inflamatórios, gerando uma inflamação sistêmica crônica subclínica. O fator de
ativação plaquetária (PAF) é um potente mediador inflamatório fosfolipídico secretado por diferentes tipos celulares, apresentando vários
efeitos, inclusive ação quimiotática. Sabe-se que a PAF-acetilhidrolase, enzima que inativa o PAF, está aumentado em indivíduos obesos e mais
ainda em indivíduos com diabetes tipo 2. Objetivo: O presente trabalho tem como objetivo avaliar o papel do PAF na resposta inflamatória
no tecido adiposo epididimal de camundongos. Materiais e métodos: Camundongos Balb/C com deleção genética do receptor para o PAF
(-/-PAFR) e selvagens (WT) com 12-13 semanas de idade foram anestesiados e sacrificados por exsanguinação. Amostras do tecido adiposo
epididimal (TAE) foram pesadas e armazenadas para uso posterior ou incubadas com colagenase para obtenção das células do estroma vascular.
A dosagem plasmática de triacilglicerol (TAG), colesterol total, ácidos graxos livres (AGL) e glicose foi realizada por meio de kits enzimáticos.
Por meio da técnica Elisa, IL-6 e das quimiocinas CCL-2, α, determinou-se a concentração das citocinas TNF CCL-3 e CCL-5. Por meio
da técnica de citometria de fluxo, foram determinadas a porcentagem das populações de células inflamatórias com marcadores para CD4,
CD8, CD3+, CD11b+, CD4 + CD5+, CD4 + CD25 + CD45RBhigh, B1 e CD19 + CD5+ presentes no estroma vascular do tecido adiposo
epididimal. Resultados: Os animais com ausência do receptor para o PAF apresentaram maior adiposidade que os animais controles (0,88
± 0,06 vs. 0,62 ± 0,08 g/100g PC). A concentração de triacilglicerol (74,17 ± 7,91 mg/dL) e colesterol total (83,90 ± 3,12 mg/dL) está
aumentada no animal com deleção genética para o PAF quando comparados aos respectivos controles (107,9 ± 8,9 e 73,21 ± 2,36 mg/dL).
Os camundongos -/-PAFR apresentaram (3781 ± 269 pg/mL), IL-6α aumento na concentração das citocinas inflamatórias TNF (4132 ±
394 pg/mL), e das quimiocinas CCL-2 (588 ± 44 ng/mL), CCL-3 (793 ± 50 pg/mL) e CCL-5 (3828 ± 207 pg/mL) em relação ao grupo
controle (2342 ± 8; 2982 ± 185; 354 ± 22; 531 ± 29; 2934 ± 46 pg/mL), respectivamente. Os animais com deleção genética do receptor
para o PAF apresentaram diminuição na % de células que expressavam os marcadores CD3 + (26 ± 0,7), CD8+ (5 ± 0,5), CD4 + CD5 + (2
± 0,1) e CD4 + CD25 + CD45RBhigh (40 ± 2,1) quando comparados com os selvagens (35 ± 4,4; 8 ± 0,4; 4 ± 0,3; 55 ± 4,5). Entretanto a
população de células CD4 + (30 ± 2,4), B1 (31 ± 1), CD11b (39 ± 2) e CD19 + CD5 + (36 ± 1) dos animais -/-PAFR está aumentada em
relação ao respectivo grupo controle (21 ± 2,1; 28 ± 2,6; 33 ± 1,2; 28 ± 2,6). Conclusão: Os resultados indicam que o PAF é importante para
o controle da adiposidade e da concentração plasmática de lipídios. Esses efeitos podem ser explicados, pelo menos em parte, pela capacidade
do PAF em controlar a população de células imunes, promovendo o aumento das células moduladoras, sendo assim capaz de controlar o
processo inflamatório no tecido adiposo epididimal.
S661
TEMAS LIVRES Pôsteres
Unioeste.
P255
retirado pelo autor
P256
ATENDIMENTO EM GRUPO DOS AMBULATÓRIOS DO CENTRO DE REFERÊNCIA PARA A PREVENÇÃO E CONTROLE DE DOENÇAS
ASSOCIADAS À NUTRIÇÃO (CRNUTRI): AVALIAÇÃO DA COMPREENSÃO E DA FIXAÇÃO DE CONTEÚDOS
Tanaka ACD, Vieira VL, Fernandes ACC, Moriguchi CH, Oliveira FGP, Andrad SC
TEMAS LIVRES Pôsteres
FSP/USP.
Introdução: As doenças e agravos não transmissíveis apresentam importância no campo da saúde, e a alimentação inadequada é um dos
fatores de risco para o seu desenvolvimento. Atividades de educação nutricional são estratégias para a promoção da alimentação saudável,
auxiliando na prevenção e no controle de doenças. Objetivo: Avaliar a compreensão e a fixação dos conteúdos teórico-práticos abordados
aos indivíduos atendidos em grupo nos ambulatórios do CRNUTRI. Material e métodos: Estudo transversal desenvolvido por nutricionistas e estudantes de graduação em nutrição no Centro de Saúde Escola Geraldo de Paula Souza, no período de fevereiro a abril de 2009. Os
ambulatórios destinam-se aos usuários com síndrome metabólica, excesso de peso e diabetes, sendo realizados três encontros semanais. No
grupo, são abordados temas relativos a grupos alimentares, hábitos saudáveis e rotulagem de alimentos. Dois questionários autoaplicados
foram utilizados ao início e término do grupo, com, em cada, dez questões fechadas referentes aos temas abordados nos encontros. Após 15
dias do encerramento do grupo, por telefone, foi aplicado um terceiro questionário com características semelhantes aos anteriores, exceto
o número de questões, que foi sete. Considerou-se que a compreensão foi satisfatória quando o participante acertou 60% das questões do
segundo questionário e apresentou pelo menos mais uma questão correta quando comparado aos acertos do primeiro. Considerou-se fixação
adequada quando o número de acertos foi igual ou maior a quatro questões do terceiro questionário. Foram utilizadas as variáveis qualitativas
grupo etário (adultos e idosos) e escolaridade (fundamental incompleto e fundamental completo ou mais) para verificação da associação com
a compreensão e fixação por meio do teste qui-quadrado, considerando p < 0,05. Resultados: Dos 40 participantes que concluíram os grupos, 62,5% apresentaram compreensão satisfatória, sendo que a pontuação média do primeiro questionário foi de cinco acertos e do segundo
foi de sete. Não houve diferença da compreensão entre os grupos etários (p > 0,05). Foi constatada maior compreensão pelos participantes
com maior escolaridade (70,4%) em relação àqueles com ensino fundamental incompleto (46,2%), porém sem diferença estatística. Quanto à
fixação, dos 33 participantes que foram contatados, 75,8% apresentaram-se adequados, sendo a pontuação média de cinco acertos. Os adultos
obtiveram maior número de acertos no terceiro questionário (81,0%) em relação aos idosos (66,7%), com p > 0,05. Observou-se diferença
estatística entre os participantes com maior escolaridade (95,0%) e aqueles com ensino fundamental incompleto (46,2%) com relação à fixação
dos conteúdos. Conclusões: O atendimento em grupo promoveu a compreensão e a fixação de conteúdos pela maioria dos participantes. Para
aqueles com mais escolaridade, a fixação mostrou-se maior e a compreensão apresentou tendência de aumento, indicando que a escolaridade
deve ser considerada para o desenvolvimento das atividades. Como não se avaliou a mudança de comportamento dos usuários, a participação
no atendimento em grupo pode estimula
P257
COMPARAÇÃO ENTRE OS EFEITOS DA INGESTÃO DE DIETA HIPERLIPÍDICA DURANTE TRÊS E OITO SEMANAS SOBRE O PERCENTUAL
DE GORDURA E LEPTINEMIA DE RATOS
Sene-Fiorese M, Dâmaso A, Rossi EA, Duarte ACGO, Maria ASLS, Duarte FO
Curso de Educação Física, Unicastelo.
Introdução: A indústria alimentícia tem contribuído muito para o aumento da ingestão de alimentos ricos em gordura pela população, promovendo o desenvolvimento de obesidade, o qual está relacionado a vários problemas clínicos. Na obesidade a concentração do hormônio
leptina encontra-se aumentada, já que sua produção e secreção estão diretamente relacionadas à quantidade de tecido adiposo. Objetivo:
Comparar a massa corporal, leptinemia, perfil lipídico e percentual de gordura intra-abdominal e hepática em ratos alimentados com dieta
hiperlipídica em dois momentos: três e oito semanas. Material e métodos: Durante três e oito semanas, ratos Wistar sedentários receberam
água, dieta-padrão-P e dieta hiperlipídica-H ad libitum. Ao final desses períodos, os animais foram eutanasiados em guilhotina e os tecidos
adiposos epididimal (EPI), retroperitoneal (RET) e omental (OM), o fígado (FIG) e o plasma foram coletados e estocados. O percentual de
gordura foi mensurado por método gravimétrico, a concentração plasmática de leptina, por radioimunoensaio e o perfil lipídico, por método
colorimétrico. Resultados: Estão descritos nas tabelas 1 e 2 Conclusões: Os resultados demonstram que a ingestão de dieta rica em gordura,
mesmo em curto prazo, leva ao acúmulo de gordura intra-abdominal e hepática, mudança no perfil lipídico e aumento da leptinemia. É interessante notar que ao final de oito semanas de dieta hiperlipídica, o acúmulo de massa adiposa no tecido adiposo epididimal e retroperitoneal e
as concentrações plasmáticas de colesterol, HDL-c e triacilglicerol são mantidas no mesmo patamar alcançado em três semanas. Essa mudança
não ocorre no tecido adiposo omental e hepático, o qual apresentou aumento na deposição de gordura, o que explica a grande concentração
de leptina dos animais alimentados com dieta rica em gordura. Portanto, consumir esse tipo de dieta, mesmo em curto prazo, pode aumentar as chances de desenvolvimento de dislipidemias, esteatose hepática não alcoólica e obesidade visceral. Apoio financeiro: CNPq e Fapesp
(Processo 99/12981-7).
S662
Tabela 1. Massa corporal e percentual de gordura em ratos
Massa corporal (g)
Percentual de gordura (%)
Grupos
Inicial
Final
EPI
RET
OM
FIG
P3
225,6 ± 6,7
329,7 ± 11,2
75,9 ± 3,5
76,3 ± 6,1
34,5 ± 5,6
1,8 ± 0,3
H3
219,3 ± 8,7
327,7 ± 20,7
82,1 ± 4,7*
83,7 ± 5,7*
51,6 ± 8,6*
3,5 ± 0,9*
P8
230,3 ± 6,4
448,1 ± 17,4
82.2 ± 4.3*
84.4 ± 1.5*
57,0 ± 10,4*
1,7 ± 0,6
H8
223,5 ± 4.4
463,4 ± 31,2
82,3 ± 5,2
82,0 ± 3,9
65,4 ± 11,9**+
4,6 ± 1,3**+
+
Valores expressos como média e desvio-padrão, * versus P3; **versus P8, para p < 0,01. + versus H3, para p < 0,001, ++ versus H8, para p < 0,05.
Tabela 2. Perfil lipídico e leptinemia de ratos
Colesterol total
HDL-colesterol
Leptina
(ng/dl)
Triacilglicerol
P3
33,5 ± 4,2
13,6 ± 2,0
113,4 ± 21,0
4,1 ± 1,2
H3
54,0 ± 8,8*
20,3 ± 1,6
172,3 ± 69,0*
15,4 ± 2,2*
P8
51,0 ± 15,7
26,2 ± 3,5
141,2 ± 6,4
5,6 ± 1,2
H8
69,8 ± 8,8
31,6 ± 2,6
172,8 ± 40,1
TEMAS LIVRES Pôsteres
Perfil lipídico (mg/dl)
Grupos
12,0 ± 1,4++**
Valores expressos como média e desvio-padrão, * versus P3; **versus P8, para p < 0,01 + versus H3, para p < 0,001, versus H8, para p < 0,05.
.
++
P258
INGESTÃO DE DIETA HIPERLIPÍDICA, EM CURTO PRAZO, LEVA AO ACÚMULO DE GORDURA NO TECIDO ADIPOSO E FÍGADO
Fiorese MS, Dâmaso A, Rossi EA, Duarte ACGO, Maria ASLS, Duarte FO
UFSCar.
Introdução: A obesidade caracteriza-se como uma desordem multifatorial sendo seu desenvolvimento e progressão atribuídos ao excesso na
ingestão de gorduras e ao sedentarismo e está relacionada a vários problemas clínicos. É no tecido adiposo que o hormônio leptina é produzido. Sua secreção ocorre primariamente nesse tecido e está diretamente ligada à quantidade de massa adiposa. Objetivo: Verificar se a ingestão
de dieta rica em gordura, durante apenas três semanas, promove alteração na massa corporal, percentual de gordura intra-abdominal e hepática, perfil lipídico e leptinemia em ratos adultos. Métodos: Durante três semanas, ratos Wistar sedentários receberam água, dieta-padrão-P e
dieta hiperlipídica-H ad libitum. Foram eutanasiados em guilhotina e os tecidos adiposos epididimal (EPI), retroperitoneal (RET) e omental
(OME), o fígado (FIG) e o plasma foram coletados e estocados. O percentual de gordura foi mensurado por método gravimétrico, a concentração plasmática de leptina, por radioimunoensaio e o perfil lipídico, por método colorimétrico. Resultados: Estão descritos nas tabelas
1 e 2. Conclusões: A ingestão de dieta hiperlipídica durante três semanas não aumentou a massa corporal dos animais. No entanto, houve
aumento significativo na deposição de gordura nos tecidos adiposos brancos e fígado. A adiposidade intra-abdominal pode ser muito perigosa,
pois possui relação direta com o desenvolvimento de resistência insulínica, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares. O acúmulo de gordura
no fígado sugere que esse tipo de dieta pode contribuir para o desenvolvimento precoce de esteatose hepática não alcoólica. A leptinemia
aumentada observada nos animais alimentados com a dieta rica em gordura demonstra a forte relação entre a quantidade de tecido adiposo e
sua secreção. No entanto, esse aumento pode, também, ter relação com o acúmulo de gordura pelo fígado, uma vez que esse hormônio pode
estar envolvido na regulação da quantidade de triacilgliceróis captados por esse tecido. De fato, houve aumento de 52% de triacilglicerol circulante sugerindo mudança nos padrões de captação. Desse modo, a ingestão de dieta hiperlipídica, mesmo por curto período, pode aumentar
as chances de desenvolvimento de obesidade, dislipidemias, resistência insulínica e leptínica, além da esteatose hepática não alcoólica. Apoio
financeiro: CNPq e Fapesp (Processo 99/12981-7).
Tabela1. Massa corporal e percentual de gordura em ratos
Massa corporal (g)
Percentual de gordura (%)
Grupos
Inicial
Final
EPI
RET
OME
TAM
GAST
FIG
P
225,6 ± 6,7
329,7 ± 11,2
75,9 ± 3,5
76,3 ± 6,1
34,5 ± 5,6
37,9 ± 6,2
0,5 ± 0,1
1,8 ± 0,3
H
219,3 ± 8,7
327,7 ± 20,7
82,1 ± 4,7*
83,7 ± 5,7*
51,6 ± 8,6*
37,9 ± 6,3
0,5 ± 0,1
3,5 ± 0,9*
Valores expressos como média e desvio-padrão, * versus P, para p < 0,05.
Tabela 2. Perfil lipídico e leptinemia em ratos
Perfil lipídico (mg/dl)
Leptina
(ng/dl)
Grupos
Colesterol total
HDL-colesterol
Triacilglicerol
P
33,5 ± 4,24 13,62 ± 2,0
113,4 ± 21,03
4,08 ± 1,23
H
54,0 ± 8,83 20,3 ± 1,6 172,3 ± 69,0
15,37 ± 2,16*
*
*
Valores expressos como média e desvio-padrão, * versus P, para p < 0,05.
S663
P259
RESTRIÇÃO ALIMENTAR MODERADA E SEVERA ALTERA CONCENTRAÇÃO DE LEPTINA E MODIFICA PERFIL LIPÍDICO DE RATOS
OBESOS EXÓGENOS
Fiorese MS, Dâmaso A, Rossi EA, Duarte ACGO, Maria ASLS, Duarte FO
TEMAS LIVRES Pôsteres
UFSCar.
Introdução: Paralelamente ao aumento no número de casos de obesidade no mundo, está a grande gama de dietas restritivas milagrosas que
prometem resultados rápidos e eficientes na redução e controle da massa corporal. No entanto, a utilização desse tipo de intervenção, sem
controle e sem qualquer acompanhamento profissional, pode acarretar sérios problemas à saúde. O tecido adiposo é um órgão endócrino
ativo e tem relação direta com o balanço energético, principalmente por meio dos níveis de leptina circulantes que refletem os estoques de
energia. Objetivo: Foi verificar se a restrição alimentar moderada e severa promove mudanças na concentração de leptina e perfil lipídico de
ratos obesos exógenos. Métodos: Ratos Wistar adultos foram alimentados previamente durante três semanas com dieta hiperlipídica para o
desenvolvimento da obesidade exógena. Nas cinco semanas seguintes, os animais passaram a receber dieta-padrão e tratamento de restrição
alimentar moderada (25%) e severa (50%). Desenho experimental: CHP: controle dieta hiperlipídica e padrão; RMP: restrição moderada
com dieta-padrão; RSP: restrição severa com dieta-padrão. Ao final de oito semanas, os animais foram eutanasiados em guilhotina e o tecido
adiposo branco visceral (VIS), o fígado (FIG) e o plasma foram coletados e estocados. O percentual de gordura foi calculado por método
gravimétrico e a leptinemia (ng/dL), pelo método de radioimunoensaio. Resultados: Descritos na tabela 1. Valores expressos como média e
desvio-padrão. Tabela 1. Massa corporal, percentual de gordura, perfil 0,0001 < lipídico e leptinemia de ratos adultos *versus CHP; +versus
RMP. Para P Conclusões: A diminuição severa do percentual de gordura visceral em virtude da intervenção da restrição alimentar severa
poderia explicar a baixa leptinemia observada. Além disso, esse tipo de intervenção severa alterou o metabolismo hepático, promovendo mudança no perfil lipídico dos animais, sugerindo o desenvolvimento de dislipidemias. De acordo com alguns autores, o tecido adiposo exerce
importante função tampão, promovendo o clearance de ácidos graxos circulantes. Portanto, a falta ou o excesso desse importante tecido pode
ser um desencadeante de doenças como a dislipidemia e resistência insulínica. Desse modo, a restrição alimentar moderada mostrou-se ser
mais indicada para o controle de massa corporal e obesidade em relação à restrição alimentar severa, já que promoveu diminuição de massa
corporal dos animais obesos, da gordura visceral e melhora no perfil lipídico e leptinemia com relação àqueles que apenas trocaram de dieta.
Apoio financeiro: CNPq e Fapesp (Processo 99/12981-7).
P260
DIETA HIPERLIPÍDICA PROMOVE MUDANÇA NA CAPTAÇÃO DE LIPÍDEOS DA DIETA PELO TECIDO ADIPOSO VISCERAL DE RATOS
WISTAR ADULTOS
Fiorese MS, Dâmaso A, Rossi EA, Duarte ACGO, Maria ASLS, Duarte FO
UFSCar.
Introdução: Alimentos altamente calóricos e com baixo valor nutritivo têm sido a escolha de muitas pessoas, o que contribui para o aumento
nos casos de obesidade. Como a obesidade promove mudanças no metabolismo lipídico, o aumento no acúmulo de gordura nos tecidos leva
ao desenvolvimento de doenças como diabetes tipo 2, esteatose hepática entre outras. Objetivo: Verificar o efeito de dieta hiperlipídica sobre
o percentual de gordura, captação de lipídeos da dieta e lipogênese no tecido adiposo visceral e fígado de ratos Wistar adultos. Métodos:
Os animais foram divididos em três grupos: P – dieta-padrão; H – dieta hiperlipídica; HP – dieta hiperlipídica (três semanas) e dieta-padrão
(cinco semanas). Ao término de oito semanas, os animais foram eutanasiados em guilhotina e o tecido adiposo visceral (VIS) e o fígado (FIG)
foram coletados. A massa corporal foi mensurada diariamente e o percentual de gordura, calculado por método gravimétrico. A captação de
lipídeos da dieta e a lipogênese foram mensuradas com os marcadores radioativos 14C trioleína e água triciada, respectivamente, e a leitura,
feita em espectrofotômetro. Resultados: Descritos nas tabelas 1 e 2. Conclusões: A exposição à dieta hiperlipídica promoveu aumento na
deposição de gordura nos tecidos, sem aumento significativo na massa corporal de todos os animais, sugerindo a existência de um mecanismo
contrarregulatório para limitar o desenvolvimento da obesidade. Além disso, a diminuição da captação de lipídeos da dieta pelo tecido adiposo
visceral sugere piora na função tampão desse tecido, expondo os tecidos extra-adiposos ao fluxo excessivo de lipídeos, aumentando o acúmulo
de triacilglicerol nos tecidos. Estudos demonstram que uma alimentação rica em gordura diminui a taxa de lipogênese no tecido adiposo e
aumenta a atividade da lipase lipoproteica, aumentando a deposição de lipídeos. Apesar de não ter havido modificação significativa na captação de lipídeos da dieta e diminuição na síntese lipídica pelo fígado, houve o acúmulo de gordura nesse tecido, o que aumenta as chances
de desenvolvimento de esteatose hepática não alcoólica. A mudança de dieta mostrou-se muito eficiente em reverter as alterações observadas
em virtude da ingestão de dieta hiperlipídica, reforçando a importância da alimentação balanceada como forma de intervenção e controle da
obesidade. Apoio financeiro: CNPq e Fapesp (Processo 99/12981-7).
Tabela1. Massa corporal, percentual de gordura, perfil lipídico e leptinemia de ratos adultos
Percentual de gordura (%)
Grupos
Massa Corporal (g)
VIS
FIG
Perfil lipídico (mg/dl)
Colesterol total
Triacilglicerol
HDL-c
Concentração plasmática
de leptina (ng/dl)
CHP
419.0 ± 24.6
48.2 ± 4.5
1.8 ± 0.3
48.6 ± 3.7
146.6 ± 47.3
22.4 ± 2.2
5.5 ± 0.6
RMP
331.5 ± 48.4*
28.8 ± 7.3*
3.4 ± 0.3*
61.4 ± 8.2*
85.7 ± 20.0*
25.2 ± 1.8
2.2 ± 1.1*
RSP
217.5 ± 33.3*+
5.2 ± 3,0*+
2.5 ± 0.2*+
87.4 ± 4.7*+
72.6 ± 8.9*
10.6 ± 3.7*+
0.3 ± 0.4*+
*versus CHP; + versus RMP. Para p < 0,0001.
S664
Tabela 1. Massa corporal de ratos adultos
Massa Corporal (g)
Grupos
Inicial
Final
P
230,5 ± 14,14
433,54 ± 30,6
H
227,09 ± 6,27
448,8 ± 10,9
HP
225,7 ± 4,83
427,47 ± 20,2
Valores expressos como média e desvio-padrão; *versus P; + versus H, p < 0,001.
Tabela 2. Percentual de gordura, captação de lipídeos e lipogênese de ratos adultos
Grupos
tecidos
VIS
Captação de lipídeos da dieta
(14C lipídeos acumulados/g tecido/h)
FIG
Lipogênese (µmol de 3H2O incorporada
nos lipídeos/g tecido)
VIS
FIG
VIS
TEMAS LIVRES Pôsteres
Percentual de gordura
(%)
FIG
P
47,5 ± 9,2
3,5 ± 0,2
1,3 ± 0,3
1,3 ± 0,3
1,6 ± 0,5
1,9 ± 1,0
H
57,6 ± 3,5*
5,1 ± 1,0*
0,6 ± 0,1*
1,3 ± 0,3
0,7 ± 0,2
0,6 ± 0,2*
HP
48,2 ± 4,5
1,8 ± 0,3*+
0,7 ± 0,1*
0,8 ± 0,1*+
2,2 ± 1,5+
2,3 ± 0,6+
Valores expressos como média e desvio-padrão; *versus P; + versus H, p < 0,001.
P261
QUALIDADE DE VIDA E ESTADO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS
Vefago FF, Duarte MFS, Gomes MA, Poeta LS
UFSC.
Introdução: A ocorrência da obesidade infantil tem adquirido grande significância na área da saúde, já que esta é um fator de risco para várias
doenças. Fatores psicológicos e sociais também são referidos como consequência negativa do impacto da obesidade na vida da população pediátrica. Objetivo: O objetivo deste estudo foi identificar a relação da qualidade de vida com o estado nutricional de crianças. Materiais e métodos: A população foi composta pelos escolares de 8 a 12 anos de idade de uma escola particular da cidade de Criciúma/SC. Do total de 159
crianças dessa faixa etária, 35 foram excluídas da amostra pela não devolução dos questionários respondidos pelos pais. Portanto, fizeram parte
da amostra 124 crianças (idade média de 9,09 anos) e seus pais. Todas as crianças participaram da avaliação antropométrica (massa corporal e
estatura) para verificação do índice de massa corporal (IMC), utilizando os critérios do NCHS para a caracterização do estado nutricional. Para
a avaliação da qualidade de vida foi utilizado o questionário PedsQL (versão genérica para crianças e pais), validado para a população brasileira.
Na análise dos dados foi utilizada a estatística descritiva e o teste U-Mann Whitney com nível de significância p < 0,05. Resultados: Do total
da amostra, 22,6% (n = 28) foram classificadas com excesso de peso (sobrepeso e obesidade) e 77,4% (n = 96) como eutróficas. Conforme o
relato das crianças, o grupo com excesso de peso apresentou pior qualidade de vida em todos os domínios (físico, social, emocional e escolar).
De um total de 100 pontos, a média da qualidade de vida geral dos eutróficos de foi 63,95, enquanto no grupo com excesso de peso a média
foi de 57,54 (p = 0,40). No relato das mães, as crianças com excesso de peso também apresentaram pior qualidade de vida em todos os domínios, com diferença significante nos domínios físico, social e na qualidade de vida geral em relação às eutróficas. A média da qualidade de
vida geral dos eutróficos foi de 67,99, enquanto no grupo com excesso de peso a média foi de 43,66, com diferença significante (p = 0,002).
Conclusões: As crianças com excesso de peso apresentaram pior qualidade de vida quando comparadas às crianças eutróficas. Os resultados
aqui apresentados sugerem que algumas crianças podem estar vivenciando maior redução na qualidade de vida relacionada à saúde em razão
do excesso de peso. Porém, é plausível que programas de redução de peso possam melhorar a qualidade de vida dessas crianças, sugerindo,
portanto, uma equipe multidisciplinar no tratamento dessa condição.
P262
RELAÇÃO TEMPORAL ENTRE A OCORRÊNCIA DA OBESIDADE E A INTOLERÂNCIA À GLICOSE EM CAMUNDONGOS ALIMENTADOS
COM DIETA HIPERCALÓRICA
Menezes Z, Ferreira AVM, Souza DG, Lima RL, Shang FLT, Bernardes PTT, Oliveira MC
UFMG.
Introdução: A resistência à insulina (RI) é uma disfunção metabólica e, quando presente e associada à obesidade, constitui a chamada síndrome metabólica, um fator-chave na etiologia de uma série de doenças. As causas da RI podem ser genéticas ou adquiridas. A RI pode ser
determinada a partir da capacidade de tolerar uma sobrecarga oral de glicose. Com o aumento da investigação sobre a relação entre obesidade
e RI, descobriu-se que alguns compartimentos de gordura, especialmente de gordura visceral, são funcionalmente mais ativos que outros e
contribuem em maior ou em menor grau para o desenvolvimento da RI. Objetivo: Investigar a relação temporal entre a ocorrência da obesidade, da intolerância à glicose e alterações metabólicas em camundongos alimentados com dieta hipercalórica. Métodos: Camundongos
alimentados com dieta hipercalórica (HC) ou controle (C) foram divididos segundo os seguintes períodos experimentais: 3 dias, 1, 2, 3 e 4
semanas. Após os períodos respectivos, os animais foram submetidos ao teste de tolerância oral à glicose (2 g de D-glicose/kg de peso corporal), exceto com 3 dias. A glicemia foi mensurada aos 0, 15, 30, 60 e 90 minutos. Quatro dias após o teste, os animais foram sacrificados
S665
TEMAS LIVRES Pôsteres
e o peso dos tecidos adiposos epididimal (TAE) e retroperitonial (TAR), mensurados. Avaliaram-se o colesterol total e o HDL por meio de
kit enzimático. Resultados: Todos os grupos de animais alimentados com a dieta hipercalórica apresentaram maior adiposidade em ambos
os tecidos epididimal e retroperitoneal quando comparados ao grupo controle, respectivamente: 3 dias (1,16 ± 0,09 C vs. 1,77 ± 0,23 HC
g/100g PC) e (0,16 ± 0,03 C vs. 0,41 ± 0,01 HC g/100g PC); 1ª semana (0,76 ± 0,07 C vs. 1,26 ± 0,14 HC g/100g PC) e (0,19 ± 0,01
C vs. 0,27 ± 0,03 g/100g PC); 2ª semana (1,14 ± 0,11 C vs. 1,90 ± 0,26 HC g/100g PC) e (0,24 ± 0,02 C vs. 0,43 ± 0,08 HC g/100g
PC); 3ª semana (0,82 ± 0,20 C vs. 1,41 ± 0,07 HC g/100g PC) e (0,17 ± 0,22 C vs. 0,34 ± 0,04 HC g/100g PC); 4ª semana (1,28 ± 0,01
C vs. 1,97 ± 0,19 HC g/100g PC) e (0,29 ± 0,03 C vs. 0,46 ± 0,05 HC g/100g PC). A concentração de colesterol total e colesterol HDL
apresentou-se aumentada em todos os animais que receberam a dieta HC se comparados aos respectivos controles, exceto colesterol HDL
na 1ª semana. Os animais alimentados com dieta HC apresentaram menor tolerância à glicose na 2ª semana C C vs. 12876 ± 682∩C HC),
3ª semana (8867 ± 916 A∩C C vs. 13404 ± 505 A∩ (10931 ± 475 A C HC) de tratamento quando ∩C C vs. 16058 ± 745 A∩C HC) e 4ª
semana (13100 ± 547 A∩A comparados aos controles. Conclusões: Os resultados evidenciam que já há aumento da adiposidade nos animais
alimentados com a dieta HC com apenas três dias, além do aumento nas concentrações de colesterol total e HDL. Após duas semanas de
tratamento com a dieta HC, os animais apresentaram menor tolerância à glicose, possivelmente delimitando esse ponto como o marco do
início da RI. Apoio financeiro: Capes e CNPq.
P263
PAPEL DO RECEPTOR B2 DA BRADICININA NO METABOLISMO DE GLICOSE E LIPÍDIOS EM CAMUNDONGOS
Texeira MM, Menezes Z, Shang FLT, Ferreira AVM, Souza DG, Lima RL, Bernardes PTT, Oliveira MC
UFMG.
Introdução: Vários estudos têm demonstrado que o tecido adiposo de indivíduos obesos secreta vários mediadores pró-inflamatórios, gerando inflamação sistêmica crônica subclínica. A Bradicinina é um mediador pró-inflamatório que promove vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular. Estudos recentes têm demonstrado que a bradicinina, por meio de seu receptor B2, também está envolvida na cascata
de sinalização da insulina, melhorando a sinalização intracelular desse hormônio. Objetivo: O presente trabalho tem como objetivo avaliar
o papel da bradicinina no metabolismo de camundongos alimentados com dieta hipercalórica. Materiais e métodos: Camundongos C57/
BL6 com deleção genética do receptor para a bradicinina tipo 2 (-/-B2R) e selvagens (WT) foram separados em quatro grupos experimentais
de acordo com a dieta que receberam: selvagem com dieta controle (WT-C), selvagem com dieta hipercalórica (WT-HC), -/-B2R com dieta
controle (-/-B2R-C), -/-B2R com dieta hipercalórica (-/-B2R-HC). Após oito semanas de tratamento, animais em jejum foram submetidos
ao teste de tolerância oral à glicose (2 g de D-glicose/kg de peso corporal). Amostras de sangue foram retiradas da cauda do animal aos 0,
15, 30, 60 e 90 minutos para aferência da glicemia, utilizando glicosímetro Accue-Check (Roche Diagnostics). Na nona semana os animais
foram anestesiados e sacrificados por exsanguinação. Foi feita a biometria dos tecidos adiposos epididimal (TAE), retroperitonial (TAR) e mesentérico (TAM). Foi feita a dosagem plasmática de triacilglicerol, colesterol total e glicose por meio de kits enzimáticos. Resultados: Animais
selvagens tratados com dieta HC apresentaram aumento da adiposidade no TAE (1,88 ± 0,16 g/100 g PC WT-HC vs. 0,93 ± 0,08 g/100 g
PC WT-C), TAR (0,54 ± 0,06 g/100 g PC WT-HC vs. 0,19 ± 0,02 g/100 g PC WT-C) e TAM (0,65 ± 0,07 g/100 g PC C vs. 0,3 ± 0,02
g/100 g PC WT-C) quando comparados ao grupo WT-C. Os animais -/-B2R-C apresentaram aumento no peso do TAE (2,03 ± 0,18 g/100
g PC), TAR (0,36 ± 0,04 g/100 g PC) e TAM (0,85 ± 0,13 g/100 g PC) quando comparados aos animais WT-C. Os animais -/-B2R-HC
apresentaram aumento no peso do TAE (2,61 ± 0,28 g/100 g PC -/-B2R-HC vs. 2,03 ± 0,18 g/100 g PC -/-B2R-C) e TAR (0,62 ± 0,15
g/100 g PC-/-B2R-HC vs. 0,36 ± 0,04 g/100 g PC -/-B2R-C) quando comparados ao grupo -/-B2R-C. Os animais -/-B2R-C apresentaram aumento na concentração plasmática de triacilglicerol (40,14 ± 6,03 mg/dL WT-C vs. 67,91 ± 11 mg/dL -/-B2R-C) e colesterol total
(117,5 ± 1,00 mg/dL WT-C vs. 144,6 ± 11,59 mg/dL -/-B2R-C) quando comparados aos respectivos controles, porém não houve diferença
entre os demais grupos em relação aos parâmetros plasmáticos analisados. No teste de tolerância à glicose os animais selvagens alimentados
com dieta HC e os animais -/-B2R-C apresentaram menor tolerância à glicose em relação ao grupo WT. Conclusão: Os resultados sugerem
que a bradicinina é um importante modulador do controle da adiposidade e do perfil lipídico, assim como da tolerância à glicose, tanto em
animais alimentados com dieta controle quanto com dieta hipercalórica. Dessa forma, o trabalho evidencia a importância da bradicinina sobre
o metabolismo da glicose e de lipídios. Apoio financeiro: Capes e CNPq.
P264
retirado pelo autor
P265
EFEITO TEMPORAL DA SOBRECARGA DE FRUTOSE EM PARÂMETROS METABÓLICOS E CARDIOVASCULARES: UM MODELO
EXPERIMENTAL DE SÍNDROME METABÓLICA
Angelis K, Gonçalves PMD, Pinto CSM, Bernardes N, Machi JF, Jonas EC, Wichi RB, Irigoyen MC
Laboratório do Movimento Humano, Universidade São Judas Tadeu, São Paulo, Brasil.
A fácil aquisição dos produtos de fast-food tem elevado o consumo de alguns açucares, entre eles a frutose, isso porque a frutose é um açúcar
que vem sendo utilizado pelas indústrias alimentícias para adoçar e dar sabor aos alimentos. Ao contrário da glicose, a frutose não estimula
a secreção de insulina e leptina, e sim de hormônios relacionados à estimulação do apetite, sugerindo que essa substância possa favorecer o
ganho de peso e alterações metabólicas associadas, como resistência à insulina, aumento nos níveis de triglicerídeos circulantes e aumento da
glicemia plasmática. Assim, o objetivo do presente estudo foi verificar o efeito temporal da sobrecarga de frutose em parâmetros metabólicos
e cardiovasculares de um modelo experimental. Foram utilizados ratos machos Wistar, divididos em 4 grupos: Controle 9 semanas (C9, n =
S666
12) e 18 semanas (C18, n = 12), Frutose 9 semanas (F9, n = 8) e 18 semanas (F18, n = 10). A sobrecarga com D-frutose foi realizada durante
diferentes tempos: 9 semanas (F9) e 18 semanas (F18) em água de beber (100 g/L). Ao final do protocolo, os seguintes parâmetros foram
avaliados: peso corporal total, glicemia, triglicérides, resistência à insulina e pressão arterial sistólica (PAS). A sobrecarga de frutose não alterou
o peso corporal e a glicose sanguínea. Porém foi observado que a sobrecarga de frutose promoveu aumento de triglicérides quando comparado
aos grupos controles (F9: 225 ± 13 vs. C9: 110 ± 10 e F18: 220 ± 17 vs. C18: 96 ± 4 mg/dL). O nível de triglicérides foi semelhante entre os
grupos F9 e F18. Os grupos que receberam frutose apresentaram menor constante de decaimento da glicose em resposta à injeção de insulina
(F9: 2,5 ± 0,21 vs. C9: 4,3 ± 0,21 e F18: 2,3 ± 0,24 vs. C18: 4,6 ± 0,20 mg/dL/min), porém sem diferença entre os grupos F9 e F18. Além
disso, a sobrecarga de frutose promoveu aumento da PAS em relação aos grupos controles (F9: 138 ± 2 vs. C9: 118 ± 2 e F18: 154 ± 2 vs.
C18: 129 ± 1 mmHg). O grupo F18 apresentou maior valor de PAS comparado ao grupo F9. Tais dados sugerem que a ingestão crônica
de alta concentração de açúcar, especialmente da frutose, pode favorecer o desenvolvimento de disfunções metabólicas e cardiovasculares,
principalmente aquelas presentes na síndrome metabólica. Assim, a sobrecarga de frutose pode ser utilizada como um modelo experimental
para estudo da síndrome metabólica.
O LUGAR DO ALIMENTO E DO OBESO NA FAMÍLIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA EM AMBULATÓRIO DE OBESIDADE INFANTO-JUVENIL
Santos ATRA, Orge AB, Sousa EF
UFBA/CPPHO/Unidade Metabólica/Setor de Saúde Mental Infanto-Juvenil.
A obesidade tem sido considerada um problema mundial de Saúde Pública, estando implicados diversos fatores biopsicossociais, aumentando a sua
prevalência na população infanto-juvenil, inclusive no Brasil, com uma frequência entre 4,6% e 22,6%, a depender da região (Sociedade Brasileira
de Pediatria, 2008), repetindo as taxas mundiais. A complexidade dessa epidemia requer uma intervenção multiprofissional por parte dos serviços
de saúde especializados (Mello Filho, 1992). Nesse contexto, a família tem uma função relevante na prevenção e tratamento da obesidade, já que
é a partir dela que a criança constrói suas representações sobre o mundo, inclusive sobre o alimento (Straub, 2005). Esse trabalho é resultado de
um projeto do Setor de Assistência à Saúde Mental Infanto-Juvenil no Ambulatório de Obesidade da Unidade Metabólica, no Centro Pediátrico
Professor Hosannah de Oliveira em Salvador – BA. Constituiu-se na experiência de um ano, com atendimento psicológico individual à criança/
adolescente e atendimento em grupo com familiares e/ou responsáveis por elas. Objetivos: Identificar questões comuns nas famílias de crianças
obesas que contribuem na compreensão dos diversos fatores implicados no seu tratamento. Material e métodos: Entrevista psicológica individual;
técnica de grupo operativo de Pichon-Rivière, adaptada ao contexto de sala de espera; análise categorial dos discursos. Resultados e conclusões:
Foi considerado para esta análise o período de janeiro a dezembro de 2008, tendo participado ao todo 199 sujeitos; destes, 81 sujeitos – crianças,
pais e/ou responsáveis – realizaram atendimentos individuais (total de 271 atendimentos) e 118 pais e/ou responsáveis participaram de atendimentos em grupo (total de 26 grupos). A partir da análise dos discursos evidenciaram-se falas que corroboraram na sistematização das categorias:
Vínculos frágeis: “Eu falo com meu pai, ele nunca responde, só vai me ver por obrigação” (adolescente, filha adotiva, pais separados) – a presença
física não é indicador da qualidade do vínculo. Dificuldades em impor limites à criança: “Com minha mãe, tudo o que eu peço, ela me dá, para se ver
livre logo de mim” (adolescente, pais separados) – limites são construídos nas relações; essa construção exige disponibilidade, presença e implicação
do cuidador. Conflitos familiares mediados pela nutrição: “Tá vendo? Você só faz coisa errada! Por isso, agora, só vai comer alface, cenoura...” (mãe
dirigindo-se ao filho de 8 anos) – o alimento com função de punir. Falta de adesão à dieta: “Como muito quando estou em casa, sozinha... toda
tarde... porque fico ansiosa. Não sei o que fazer” (adolescente com vários cuidadores e múltiplos referenciais familiares) – impotência ante uma dieta
que assume sozinha. Conclui-se que reeducação alimentar implica uma ressignificação do lugar do alimento e sua função nas relações familiares.
A adesão ao tratamento não deve ser solitária, mas compartilhada com quem convive com o paciente. Geralmente, ele sofre com a culpa e o peso
de carregar sozinho, além da gordura, a exigência de uma responsabilidade para a qual ainda não tem maturidade.
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PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA EM PACIENTES ATENDIDOS NO AMBULATÓRIO GERAL DE NUTRIÇÃO DO HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ – RECIFE/PE
Silva SA, Queiroz WQ, Freitas FF, Miranda SR, Sousa BS, Assis PP, Lima LC
Hospital Universitário Oswaldo Cruz/Programa de Residência em Nutrição Clínica.
Introdução: A obesidade, enfermidade caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, é um estado de resistência à insulina que
contribui para a prevalência de síndrome metabólica (SM) na quase totalidade dos pacientes. Objetivo: Avaliar a prevalência de síndrome
metabólica em pacientes atendidos no ambulatório geral do Hospital Universitário Oswaldo Cruz. Material e método: Estudo do tipo
transversal realizado no período de março a agosto de 2008, sendo avaliados pacientes de ambos os sexos, na faixa etária de 26 a 76 anos. As
variáveis estudadas foram idade, sexo, estilo de vida (tabagismo, etilismo e atividade física) e presença de síndrome metabólica, caracterizada
pela presença de obesidade central (circunferência de cintura acima de 88 cm para mulheres e 102 cm para homens), dislipidemia, hipertensão
arterial e resistência à insulina, conforme critérios do Third Report of the National Cholesterol Education Program (NCEP-ATP III). Os
indicadores bioquímicos utilizados foram: triglicerídeo, colesterol total e frações e glicemia de jejum. Todos os dados avaliados foram registrados no protocolo desenvolvido para o estudo em questão. Resultados: Foram avaliados 85 pacientes, distribuídos entre adultos e idosos,
com 71,8% destes do sexo feminino e idade média de 52,35 ± 14,28 anos. O índice de obesidade abdominal foi de 49,1% entre os adultos e
71,4% entre os idosos. Cinquenta vírgula seis por cento apresentavam valores limítrofes ou elevados de triglicerídeos, 55,3%, valores elevados
de colesterol total, 45,3%, valores elevados de colesterol LDL e 38,8%, valores elevados de glicemia de jejum, enquanto colesterol HDL
esteve baixo em 29,4% dos casos. A prevalência de hipertensão arterial e diabetes melito foi de 63,5% e 23,5%, respectivamente. A síndrome
metabólica pôde ser detectada em 36,4% dos pacientes. Destes, 24,2% eram tabagistas, 9,1% eram etilistas e 29,4% praticavam atividade física.
Conclusão: A associação positiva do estado nutricional com os piores achados clínicos e bioquímicos mostra a importância da terapia dietética
e do controle de peso no tratamento da síndrome metabólica.
S667
TEMAS LIVRES Pôsteres
P266
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PREVALÊNCIA DE SOBREPESO E OBESIDADE EM PACIENTES ADMITIDOS EM CLÍNICA ONCOLÓGICA DE UM HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO DE PERNAMBUCO
Andrade EM, Assis PP, Queiroz WQ, Freitas FF, Miranda SR, Silva SA, Lima LC, Sousa BS
TEMAS LIVRES Pôsteres
Hospital Universitário Oswaldo Cruz/Programa de Residência em Nutrição Clínica.
Introdução: A obesidade é uma doença que se caracteriza pelo acúmulo excessivo de gordura corporal que a médio e longo prazo traz complicações à
saúde, entre elas o câncer. Objetivos: Avaliar a prevalência de sobrepeso e obesidade em pacientes acompanhados na enfermaria oncológica do Hospital Universitário Oswaldo Cruz. Material e métodos: Estudo do tipo transversal realizado no período de maio de 2009, sendo avaliados pacientes de
ambos os sexos e com faixa etária de 20 a 80 anos. Para a classificação nutricional, utilizou-se o índice de massa corpórea (IMC), segundo critério da
OMS (1997) para adultos e idosos. Os dados foram analisados no programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 13.0 (SPSS Inc.,
Chicago, IL, USA), adotando-se nível de significância de p < 0,05. Resultados: Os resultados mostraram que, dos 116 pacientes avaliados, 77,6%
eram adultos, 69,8% do sexo feminino, com idade média de 48,7 ± 14,5 anos. As mulheres apresentavam maior prevalência de sobrepeso (48,7%) e
obesidade (23,1%) quando comparadas aos homens. Do total de pacientes com excesso de peso (IMC médio de 28,8 ± 3,64), 48,7% tinham câncer
ginecológico, 20,5% apresentavam câncer do trato gastrintestinal e 17,9%, câncer de cabeça e pescoço. Conclusão: Os resultados obtidos demonstram a relação entre obesidade e câncer, principalmente nos pacientes que apresentaram neoplasias ginecológicas e alguns tipos de câncer do trato
gastrintestinal, o que demonstra a necessidade de orientações alimentares visando à manutenção do peso saudável como medida preventiva.
P269
IMPACTO DAS PROPAGANDAS DE ALIMENTOS ANUNCIADAS PELA TELEVISÃO NAS ESCOLHAS ALIMENTARES DE CRIANÇAS
Almeida SS, Nascimento PCBD
FFCLRP/USP.
Entre os fatores ambientais associados ao aumento da prevalência da obesidade, sobretudo entre crianças e adolescentes, destaca-se a frequente veiculação de propagandas de alimentos pela televisão. Em sua maioria, são produtos com alto valor calórico e baixo valor nutricional.
O hábito de assistir à televisão pode aumentar o consumo desses alimentos, além de promover o sedentarismo, resultando em ganho de peso
excessivo. A investigação sobre a influência de propagandas no comportamento alimentar tem sido realizada, frequentemente, por meio de
estudos associativos, e não por delineamentos experimentais. Neste sentido, o objetivo deste estudo foi avaliar as escolhas alimentares de crianças imediatamente após serem expostas ou não a propagandas de alimentos anunciadas pela televisão. Participaram 78 crianças, divididas em
grupo controle (n = 39) e experimental (n = 39), pareados segundo sexo (53% feminino) e idade (10,3 ± 1,2 anos). Considerou-se sobrepeso
IMC ≥ percentil 85 e obesidade IMC ≥ percentil 95. No total, 19,4% apresentavam excesso de peso. Mais de 50% das famílias tinham o pai
como chefe de família, em sua maioria com ensino superior completo, pertencentes à classe B1, de renda média. Mais de 55% da amostra
realizava algum tipo de atividade física extra, além da obrigatória oferecida pela escola. No entanto, enquanto a média semanal era de 4 horas,
a média para atividades sedentárias era de 20,1 horas, sendo assistir à televisão a mais frequente. O consumo alimentar foi caracterizado pela
ingestão diária de arroz, feijão, leite integral, pão, verduras e frutas. Destaca-se o consumo habitual de refrigerante comum, açúcar adicionado
e produtos diet/light. Os dados foram obtidos por meio de uma sessão experimental, realizada individualmente, que consistia na apresentação
de um vídeo com um desenho infantil de 21 minutos. Esse desenho era interrompido por dois intervalos comerciais que veiculavam quatro
diferentes propagandas de 30 segundos, sendo brinquedos para o grupo controle e alimentos para o experimental. Imediatamente após, por
meio do método de escolha forçada, pares de alimentos eram apresentados à criança, que deveria responder à questão: “Se você pudesse escolher um alimento para comer agora, qual seria?”. Os alimentos anunciados apresentavam índices elevados de açúcar e/ou gordura: creme
de avelã, bombom, cereal açucarado, iogurte sabor morango, bolacha recheada, suco em pó, refrigerante e goma de mascar sabor tutti frutti.
Cada um foi apresentado, de forma aleatória, com: 1) seu similar (outra marca); 2) uma opção mais saudável (redução nos níveis de açúcar e/
ou gordura) e 3) uma fruta. A Anova revelou interação significativa entre grupos e categorias [F (3, 264) = 6,6; p < 0,05]. A análise post hoc de
Newman-Keuls indicou que o grupo experimental escolheu significativamente mais produtos anunciados e menos frutas. Em relação ao estado
nutricional, crianças do grupo controle com excesso de peso escolheram menos produtos anunciados. Esses dados evidenciam a influência das
propagandas no comportamento alimentar, sugerindo a necessidade de regulamentação do marketing infantil. Agência financiadora: Fapesp.
P270
PRESENÇA DE ESTRESSE OXIDATIVO HEPÁTICO EM CAMUNDONGOS COM OBESIDADE INDUZIDA POR DIETA HIPERLIPÍDICA
Pires FL, Leite JIA, Pereira SS, Ferreira AVM, Aguilar EC, Teixeira LG
UFMG.
O estresse oxidativo é caracterizado pelo desequilíbrio entre a produção de espécies reativas de oxigênio (ROS) e a capacidade de defesa antioxidante do organismo. Estudos apontam forte correlação entre estresse oxidativo e obesidade. Atribuem-se ao estresse oxidativo produzido na
obesidade, em consequência de uma dieta hipercalórica, muitas desordens metabólicas e inflamatórias associadas como: resistência à insulina,
aterosclerose e doenças microvasculares no diabetes tipo 2. Portanto, considerando forte correlação entre estresse oxidativo e obesidade, o
objetivo do estudo foi avaliar a contribuição da obesidade no estresse oxidativo hepático em um modelo experimental com camundongos
C57BL/6 alimentados com dieta hipercalórica e hiperlipídica. Foram utilizados 24 camundongos: 12 animais para o grupo controle, alimentados com dieta comercial padrão (C), e 12 animais para o grupo obesidade, alimentados com dieta hipercalórica e hiperlipídica (HF) A
duração do experimento foi de nove semanas. A evolução ponderal foi avaliada pesando os animais semanalmente. Foi realizada a biometria
do tecido adiposo dos animais para avaliação da adiposidade O estresse oxidativo hepático foi mensurado avaliando a peroxidação lipídica no
fígado por meio da técnica de mensuração de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), entre as quais o malondialdeído (MDA) é
a principal. Os dados foram expressos em erro-padrão. Foram inicialmente analisados usando o teste ± média Kolmogorov-Smirnov para verifi-
S668
car se os dados seguiam uma distribuição normal. Os dados que apresentarem distribuição normal foram submetidos ao teste T de Student. Os
dados que não apresentaram distribuição normal foram submetidos ao teste de Mann-Whitney. Foi considerado o nível de significância de 5%.
Ao final do experimento o grupo alimentado com dieta hiperlipídica apresentou peso total 0,98 g x± em gramas significativamente maior que o
grupo controle [GHF: 34,39 0,61 g (p ± GC: 31,54 < 0,05)]. Em relação à adiposidade, o grupo alimentado com dieta hiperlipídica também
apresentou diferença significativa em relação ao 0,16% [p ± 1,04% x GC: 1,81 ± grupo controle (GHF: 5,98 < 0,01)]. O estresse oxidativo
hepático foi avaliado pela técnica de TBARS, e os dados foram expressos em μmol de MDA/mg de proteína. O grupo alimentado com dieta
hiperlipídica apresentou aumento no estresse oxidativo em relação ao grupo controle. Novamente 0,007± o GHF apresentou significativa
diferença em relação ao GC [GHF: 0,09 mol MDA/mg de proteína (pµ 0,013 ± mol MDA/mg de proteína x GC: 0,19 µ < 0,05)]. A dieta
hiperlipídica foi eficaz no aumento do peso corporal final e no aumento da adiposidade, o que caracteriza a indução de obesidade. Os animais
considerados obesos apresentaram um aumento na peroxidação lipídica no fígado, caracterizando, assim, a contribuição da obesidade no aumento do estresse oxidativo hepático. De acordo com os resultados apresentados, conclui-se então que a dieta hiperlipídica causa aumento da
adiposidade, que por sua vez é acompanhada pela maior peroxidação lipídica e consequentemente estresse oxidativo, no fígado dos animais.
EFEITO DE UMA DIETA HIPERPALATÁVEL SOBRE A CAPTAÇÃO DE GLUTAMATO NO CÓRTEX PARIETAL E HIPOCAMPO DE RATOS
Riboldi BP, Souza CG, Ganzella M, Souza DG, Hansel G, Viola GG, Moreira JD, Knorr L, Assis AM, Souza D, Portela LV, Perry MLS
Departamento de Bioquímica, UFRGS.
A epidemia global da obesidade tem sido objeto de muitos estudos, especialmente em razão de suas comorbidades associadas. A gênese da
obesidade está relacionada a diversos fatores, entretanto a má nutrição, caracterizada pelo consumo aumentado de alimentos hiperpalatáveis
(ricos em açúcar e gordura), é o principal deles. Evidências atuais associam a obesidade com uma maior prevalência de doenças neurodegenerativas, como acidentes vasculares cerebrais, Alzheimer e demência, principalmente em idosos. O glutamato, principal neurotransmissor excitatório do sistema nervoso central (SNC), está relacionado com inúmeras funções cerebrais, entre elas o desenvolvimento do SNC e o processo
de memória/aprendizado. Entretanto, o glutamato pode vir a se tornar tóxico ao SNC quando em excesso na fenda sináptica, sendo necessário
que seja adequadamente captado pelas células nervosas. O metabolismo do glutamato parece estar alterado nas patologias neurológicas citadas
anteriormente. Dessa forma, os objetivos deste trabalho foram avaliar os efeitos do consumo de dieta hiperpalatável em ratos adultos e idosos,
na composição corporal, na glicemia e na captação de glutamato no sistema nervoso central. Quarenta ratos Wistar machos com 2 meses de
idade foram divididos em grupo controle (CT) e grupo dieta (HP), sendo a metade tratada durante 1 mês e a outra metade tratada durante
19 meses, e analisadas tolerância à glicose, massa corporal, massa adiposa e captação de glutamato no córtex parietal e hipocampo. A massa
corporal só apresentou diferenças no tratamento de 19 meses, sendo maior no grupo HP (p < 0,05). A massa adiposa foi duas vezes maior
no grupo HP do que no grupo CT, tanto em 1 mês de dieta quanto aos 19 meses (p < 0,01). Embora a glicemia seja maior no grupo HP,
não houve diferenças estatísticas em nenhum dos dois tempos de tratamento. A captação de glutamato foi igual em ambos os grupos com 1
mês de dieta, porém aos 19 meses de dieta foi 14% menor no córtex e 28% menor no hipocampo do grupo HP (p < 0,05). Concluiu-se que
a composição corporal e o consumo de dieta hiperpalatável diminuem a captação de glutamato em córtex e hipocampo em ratos idosos, independentemente de alteração da glicemia; essa diminuição influencia a funcionalidade dele no SNC, por promover neurotoxicidadade, podendo
ser um fator de risco para doenças neurodegenerativas.
P272
EFEITOS DA INCUBAÇÃO COM DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DO NUTRACÊUTICO SULFORAFANO EM CÓRTEX DE RATOS
Rieger DK, Battú C, Assis AM, Longoni A, Perry MLS, Souza CG, Riboldi BP
Departamento de Bioquímica, UFRGS.
Nutracêuticos são compostos presentes nos alimentos com capacidade de prevenção e tratamento de doenças. O sulforafano, um desses compostos, é um glicosídeo sulfurado presente em vegetais crucíferos, sendo o brócolis a sua principal fonte. Possui propriedades antioxidantes,
podendo modular a expressão das enzimas de fase 1 e fase 2, envolvidas na detoxificação celular contra xenobióticos e agentes carcinogênicos,
principalmente das enzimas glutationa-S-transferase e quinona redutase. Evidências atuais já demonstraram neuroproteção do sulforano contra
insultos oxidativos em células adultas, entretanto os efeitos do sulforafano, como um todo, no sistema nervoso central (SNC) ainda são pouco
conhecidos. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi verificar o efeito de uma curva com diferentes concentrações de sulforafano no cérebro
em maturação em comparação a um insulto oxidativo por glicose oxidase em parâmetros de oxidação de leucina a CO2, síntese proteica e
lipídica em córtex de ratos. Fatias de 400 μm de córtex frontal de ratos de 10 dias foram incubadas em tampão Dubbecco (pH 7,2), em seis
grupos diferentes: sem sulforafano (CT), sem sulforafano e com glicose oxidase (GO), com sulforafano 1 μM (SF1), com sulforafano 2 μM
(SF2), com sulforafano 5 μM (SF5) e com sulforafano 10 μM (SF10). Todos os grupos continham no meio de incubação glicose 5 mM,
leucina 0,2 mM e leucina 0,5 μCi. A oxidação de leucina a CO2 não foi diminuída pela glicose oxidase, mas sim pelo sulforafano a partir da
concentração de 2 μM, sendo o grupo SF10 significativamente menor do que o grupo CT (p < 0.05). A síntese proteica foi 3x menor no
grupo GO em comparação ao grupo CT (p < 0,01), sendo aumentada nos grupos SF1 e SF2 e diminuída nos grupos SF5 e SF10, quando
comparadas ao CT, porém sem significância estatística em nenhuma delas. A síntese proteica dos grupos SF1 e SF2 foi significativamente maior
do que no grupo GO, porém estatisticamente foi igual ao controle. A síntese lipídica foi diminuída em 33% no grupo GO em comparação
com o grupo CT, estando aumentada nos grupos SF1, SF2, SF5, já sendo menor no grupo SF10. A síntese lipídica dos grupos SF1, SF2 e
SF5 foi estatisticamente maior do que no grupo GO, porém o grupo SF10 não diferiu deste último. Alterações na oxidação de aminoácidos,
na síntese proteica e lipídica em cérebros em desenvolvimento podem causar desarranjos cognitivos importantes, sendo o estresse oxidativo
um dos principais fatores de risco para isso. Esses resultados indicam que o sulforafano pode ser um potente estimulador ou inibidor do metabolismo energético cerebral, dependendo da dose que interage com o SNC, sendo necessária a observação da dose utilizada para obtenção
de um possível efeito neuroprotetor.
S669
TEMAS LIVRES Pôsteres
P271
P273
PERCEPÇÃO DO PACIENTE OBESO SOBRE SUA DOENÇA, TRATAMENTO E REGIME ALIMENTAR: UM ESTUDO EM UM AMBULATÓRIO
DE REFERÊNCIA EM SALVADOR
França SG, Santos VM
TEMAS LIVRES Pôsteres
FTC.
Introdução: A obesidade é considerada uma doença multifatorial, podendo estar envolvidos fatores genéticos, endócrinos e ambientais, entre
eles os socioculturais. Objetivo: Conhecer como o paciente obeso concebe e vivencia a própria patologia, identificando os fatores que interferem na sociabilidade deles e as dificuldades percebidas a partir das concepções de obesidade e regime alimentar. Metodologia: Construção
qualitativa, realizado com dez pacientes atendidas em primeira consulta em um ambulatório de referência, Salvador – BA. Entrevista gravada,
com aplicação de questionário semiestruturado. Informações transcritas na íntegra para leituras repetitivas, com o intuito de compreender o
material e posteriormente sintetizá-lo, separando-o por temas expressos pelas pacientes. Após essa primeira etapa, construiu-se um quadro
recapitulativo que serviu como suporte de análise, por meio da quantificação de alguns dados colhidos para auxiliar na visualização geral do
perfil das pacientes. Resultados: Obtidos individualmente, sendo possível agrupar as informações sem perder as características de cada paciente. Relatos individuais foram fundamentais; as pacientes tiveram a liberdade de expressar seus sentimentos e suas percepções, as consequências
de serem obesas na sociedade atual, incluindo seus sofrimentos e esperanças. Dez pacientes afirmaram que sua alimentação influencia em
sua obesidade; seis disseram transferir seu estresse nas refeições; apenas uma afirmou fazer acompanhamento psicológico; cinco afirmaram já
ter buscado, anteriormente, algum tipo de tratamento para a diminuição do peso; três relataram que a obesidade interfere em suas relações
pessoais; nove disseram sentir-se amadas por pessoas do convívio social; oito declararam conseguir se amar; uma disse se amar pouco e uma
confirmou não conseguir se amar. A obesidade foi classificada como: doença, incapacidade, morte, feiúra, alimentação errada, tristeza, limitação de atividades, fator desencadeante de outras patologias, responsável pela perda de saúde. O regime foi representado pelo sacrifício, castigo,
dureza, tristeza, controle na alimentação, abnegação de preparações prazerosas, afirmação de que é difícil, sendo necessária força de vontade.
Fatores citados como responsáveis por interferirem na sociabilidade: olhares preconceituosos, discriminação, exclusão, pobreza; desemprego,
estresse, complexo de inferioridade, sentimento de incapacidade por não conseguir diminuir o peso corpóreo e julgamento das pessoas. Conclusão: É imprescindível valorizar o paciente portador de obesidade como um ser humano que precisa ser respeitado, compreendido e ajudado, diante de experiências individuais apresentadas em seus diversos aspectos. A percepção do paciente a respeito da obesidade é indispensável
nesse processo contínuo de combate a essa patologia crônica. Pois, ele poderá aceitar ajuda profissional, melhorando sua qualidade de vida e
minimizando riscos de associações com outras enfermidades interligadas. Conhecer como eles vivenciam a própria obesidade permite a equipe
multidisciplinar, amigos e familiares atuarem como colaboradores no tratamento dessa patologia tão complexa.
P274
TREINAMENTO FÍSICO INDUZ MELHORA METABÓLICA, CARDIOVASCULAR E AUTONÔMICA EM UM MODELO EXPERIMENTAL DE
SÍNDROME METABÓLICA
Angelis K, Irigoyen MC, Sanches IC, Bernardes N, Brito JO
USJT; USP.
Atualmente, a prevalência de síndrome metabólica vem crescendo em todo mundo. Essa doença associa disfunções metabólicas, cardiovasculares e autonômicas. Por outro lado, o treinamento físico (TF) tem sido sugerido como uma estratégia não farmacológica importante no
tratamento de diferentes patologias. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi verificar os efeitos metabólicos, hemodinâmicos e autonômicos
do TF em ratas fêmeas submetidas à sobrecarga de frutose. Foram utilizadas 24 ratas Wistar fêmeas divididas em: controles (GC), tratadas
com frutose (10% na água de beber) sedentárias (GFS) e treinadas (GFT). O GFT foi submetido a oito semanas de TF aeróbio em esteira
ergométrica. Foram realizadas medidas glicêmicas, dos triglicerídeos e o teste de tolerância à insulina (KITT). A pressão arterial (PA), a frequência cardíaca (FC), a modulação autonômica cardiovascular (análise espectral) e o controle autonômico da FC foram avaliados ao final do
protocolo de TF. Os resultados demonstraram aumento dos valores de glicemia no GFS 2,13 mg/dL) e o TF reduziu esses valores ± 2,23
mg/dL) em relação ao GC (81,9 ± (92,5 0,27 mg/dL). O tratamento com frutose induziu um aumento nos níveis ± no GFT (83,0 12,61
mg/dL) e GFT ± de triglicerídeos plasmáticos no GFS (142,36 4,68 mg/dL). O Kitt foi menor ± 9,38 mg/dL) quando comparados ao GC
(101,3 ± (166,22 0,3%/min) indicando ± 0,8%/min) quando comparado com GC (4,4 ± no GFS (3,4 0,2%/min). Houve um ± resistência
à insulina, que foi revertida no GFT (4,3 2 mmHg), que ± 4 mmHg) quando comparado ao GC (112 ± aumento da PA média no GFS
(124 1mmHg). O consumo de frutose induziu um aumento de ± foi normalizado no GFT (116 110% na banda de baixa frequência da PA
sistólica, representativa da modulação ≅ 85% do índice alfa, representativo da ≅ simpática vascular e uma redução de sensibilidade barorreflexa
espontânea. Observou-se um aumento no efeito vagal no 6bpm); enquanto o ± 9bpm) e GF (43 ± 8 bpm) quando comparado ao GC (49 ±
GFT (83 4 bpm) e ± 8 bpm) quando comparado ao GC (43 ±e feito simpático foi maior no GFS (70 6 bpm). Não foi observada diferença
na variância da PA sistólica entre ± ao GFT (38 os grupos estudados. Os resultados do presente estudo demonstram que o consumo crônico
de frutose induziu resistência à insulina, aumento da glicemia, dos triglicerídeos, da PA, do simpático cardíaco e vascular, além de prejuízo no
barorreflexo. No entanto, o TF normalizou algumas das disfunções metabólicas, associado à redução da PA e do exacerbado efeito simpático
cardíaco, além de aumentar o efeito vagal nas ratas tratadas com frutose. Esses achados sugerem que o TF pode ter um importante papel no
manejo de disfunções metabólicas, cardiovasculares e autonômicas observadas na síndrome metabólica em mulheres. Apoio financeiro: Fapesp
(05/60827-0; 05/60828-6), USJT e Capes.
S670
P275
INFLUÊNCIA DO HORMÔNIO TIREOIDIANO E DA RESTRIÇÃO ALIMENTAR SOBRE DANO DE DNA EM ANIMAIS OBESOS SUBMETIDOS
À DIETA RICA EM ÁCIDOS GRAXOS INSATURADOS (AGI)
Sibio MT, Nogueira CR, Salvadori DMF, Cicogna AC, Nascimento AF, Oliveira M, Clara SA, Marino J, Olímpio RMC, Corrêa CR, Luvizotto RAM
Introdução: Aumento da ingestão de calorias ou dieta rica em gordura é determinante significativa do dano de DNA, contudo a literatura não
aborda dano em dieta rica (AGI). A restrição alimentar reduz o dano de DNA por diminuir a formação de radicais livres. Entretanto, diferentes
estudos mostram que os efeitos da restrição calórica dependem de diferentes fatores, como o grau e o tempo da restrição. Concentrações fisiológicas T3 não produzem danos genéticos, enquanto concentrações elevadas podem gerar. Objetivo: Avaliar os efeitos do hormônio tireoidiano e da restrição alimentar sobre dano de DNA em animais obesos. Métodos: 30 ratos Wistar machos, 30 dias de idade, foram separados em
controle (C), obeso (OB), obesos restritos (RC), obesos com dose suprafisiológica de T3 (OBS) e obesos restritos com dose suprafisiológica
de T3 (RCS). Grupo C recebeu ração comercial, enquanto OB, RC, OBS e RCS foram submetidos a processo de indução de obesidade, com
dieta rica AGI (70%), por 20 semanas. Após este período, RC e RCS receberam restrição alimentar de 25%, em relação aos animais C, por 8
semanas. Nas duas semanas finais, OBS e RCS receberam 25 ug/100 g peso animal de T3. Ao final do experimento foram realizados dosagens
bioquímicas e hormonais e detecção de danos de DNA por meio de teste cometa. Para análise estatística foi utilizado o teste Anova, complementado com teste de Bonferroni. O nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: OB apresentaram aumento de peso, adiposidade,
nos níveis de HDL, insulina, leptina, índice de Lee e detecção de danos de DNA, entretanto houve diminuição de T4 e não houve diferença
para colesterol, LDL, TG, NEFA, T3 e TSH comparados ao grupo C. Os OBS mostraram diminuição de peso e adiposidade, LDL, insulina,
leptina, T4, TSH e índice de Lee comparados ao OB, entretanto houve aumento de T3 e dano de DNA. Não houve diferença para os níveis
de colesterol, HDL e TG entre estes grupos. RC apresentaram diminuição de peso, adiposidade, nos níveis de HDL, colesterol, insulina,
leptina, T4, TSH, índice de Lee e detecção de danos de DNA e não houve diferença para LDL, TG, T3 e NEFA comparados ao grupo OB.
RC não apresentou diferença de peso, adiposidade, nos níveis de HDL, LDL, TG, NEFA, insulina, leptina e para colesterol e detecção de
danos de DNA, entretanto houve diminuição de T3, T4 e TSH comparados ao grupo C. RCS apresentaram diminuição de peso, adiposidade,
nos níveis de LDL, TG, insulina, leptina, entretanto houve aumento de T3 e danos de DNA e não houve diferença para colesterol, HDL,
NEFA, T4, TSH e índice de Lee, comparados ao grupo RC. Em relação ao grupo OBS, os animais RCS apresentaram diminuição de peso,
adiposidade, nos níveis TG, insulina, índice de Lee e detecção de danos de DNA e não houve diferença para colesterol, HDL, LDL, NEFA,
leptina, T3, T4 e TSH. Conclusão: Dieta rica (AGI), apesar de não alterar o perfil bioquímico, ocasiona obesidade e provoca dano de DNA.
Dose suprafisiológica de T3 reduz peso corporal e adiposidade, contudo potencializa produção de danos de DNA.
P276
HIPERNUTRIÇÃO NA LACTAÇÃO –­ PROGRAMA A LONGO PRAZO – OBESIDADE ASSOCIADA A NEOGÊNESE E APOPTOSE NO
PÂNCREAS
Thole AA, Moura AS, Carvalho L, Souza EPG, Machado ACS, Martins MR, Cunha ACSR
UERJ.
Alterações nutricionais no período gestacional ou logo após o nascimento, durante a lactação, causam alterações metabólicas importantes que
levam ao surgimento da obesidade e de diferentes doenças crônicas na idade adulta como a diabetes melito 2 (DM2). A presença de uma
massa adequada e renovável de células beta é fundamental para a manutenção da normoglicemia. O objetivo deste trabalho é avaliar o efeito
da hipernutrição durante a lactação no pâncreas de camundongos adultos. Para formar os grupos controle (GC) e hiperalimentado (GH),
ao nascimento foram ajustados nove filhotes por gaiola. No terceiro dia de vida, a ninhada que formou o GH foi reduzida para três filhotes
machos por gaiola, enquanto o GC permaneceu com nove filhotes. Os animais foram pesados periodicamente e submetidos ao teste de tolerância à glicose (TTG) e sacrificados aos 150 dias. Para avaliação morfológica, o pâncreas foi fixado em formol 10%, incluído em parafina
e corado com hematoxilina e eosina. As ilhotas pancreáticas foram analisadas utilizando o software Image-Pro Plus. Os cortes histológicos
também foram incubados com os anticorpos anti-insulina e antiBax para verificar a apoptose nas células das ilhotas pancreáticas. Os animais
hiperalimentados durante a lactação apresentaram um aumento de peso significativo, 21% em relação aos animais do grupo controle. O TTG
demonstrou que após 90 minutos da administração de glicose o GC retornou ao nível basal e o GH permaneceu com a glicose aumentada
cerca de 57% em relação ao GC. A análise morfológica do pâncreas revelou uma hipertrofia das ilhotas pancreáticas no GH (66% maiores em
relação ao GC). O GH também apresentou maior acúmulo de adipócitos e infiltrado inflamatório. A imuno-histoquímica revelou a prevalência
de células beta nas ilhotas pancreáticas no GH quando imunomarcadas com insulina, porém algumas células começaram a expressar o fator
pró-apoptótico Bax. Células marcadas para insulina também foram observadas nos ductos pancreáticos de animais hipernutridos. Em nosso
estudo as características morfológicas e funcionais dos pâncreas dos camundongos adultos hipernutridos na lactação sugerem estágio inicial
para o estabelecimento da DM2 nestes animais, basicamente caracterizado por hipertrofia das ilhotas pancreáticas associada à apoptose das
células beta. Apoio: CNPq e Faperj.
S671
TEMAS LIVRES Pôsteres
Unesp.
P277
RATS FED A HIGH-FAT DIET DELINEATE COMPONENTS OF OBESITY AND DISPLAY IMPAIRED PROSTATE MORPHOPHYSIOLOGY
Taboga SR, Góes RM, Ribeiro DL
TEMAS LIVRES Pôsteres
Unesp.
Introduction: Many clinical and experimental evidences have suggested that the hormonal aberrations resulted from obesity affect endocrine
and sexual function which could lead to reproductive impairment. Also, a high-fat diet has been related to promotion or progression of prostate cancer, since immigrants from countries with a lower incidence of prostate cancer convert to elevated risk in Western countries. Thus,
Ocidental lifestyle characterized by a high-calorie, high-fat diet may play a role in prostatic diseases. Objectives: The aim of this investigation
was to analyze the effects of a high-fat diet in the development of obesity and also in the morphophysiology of the rat prostate. Material and
Methods: It was used 20 adult male Wistar rats divided into 2 groups: animals treated with conventional ration and treated with high-fat
diet (HFD) (4% and 20% of lipid respectively). After 15 weeks of diet, part of animals was subbmited to the intraperitoneal insulin tolerance
test (ipITT) and then killed. The ventral prostate was removed, weighed, fixed in Karnovsky’s solution and embbeded in historesin for HE
staining. The blood was collected for analysis of serum testosterone, estradiol, glucose, triglycerides and cholesterol. Results: HFD caused
a 20% increase in body weight and a significant increase in waist circumference. The gain of body weight was characterized by an increase of
100% in the retroperitoneal and epididymal fat. Despite this increase in body fat, serum analysis showed no significant differences in levels
of cholesterol and triglycerides after medium-term treatment with HFD. The ipITT showed that after 30 min of insulin treatment glucose
levels remain high in obese group, indicating insulin resistance in these animals. Testosterone levels decreased three folds, estradiol increased
slightly and the relative weight of prostate decreased by 10% compared to control animals. Morphometric analysis of the prostate showed a
significant reduction of 20% in the height of glandular epithelium in obese group. Morphologically, there was an accumulation of lipid droplets
in addition to wide variation in phenotypes of prostatic epithelial cells in obese group. Conclusions: Results show that a high-fat diet in rats,
even at medium-term, promotes significant gain in body weight in association with co-morbidity parameters of obesity such as hyperglycemia,
insulin resistance and accumulation of abdominal fat. This experimental approach is, therefore, a good model for studies on the effects of lipid
consumption in body metabolism and other issues related to obesity. Furthermore, obesity caused macroscopic and microscopic changes in
the prostate such as epithelial alterations, which may contribute to the reproductive dysfunction observed in obese individuals. Adittionaly,
obese animals showed significant imbalance in estrogen/testosterone ratio which is well known to have influence the progression of malignant
lesions in the prostate.
P278
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DAS MERENDEIRAS E DEMAIS FUNCIONÁRIOS VINCULADOS À ALIMENTAÇÃO ESCOLAR DA REDE
MUNICIPAL DE ALVORADA, RIO GRANDE DO SUL
Dellaméa ARB, Izolani DK, Lucho CLC
Prefeitura Municipal de Alvorada.
Introdução: A alimentação escolar é preparada por profissionais que culminam em repassar seus hábitos alimentares aos educandos por meio
das refeições confeccionadas. Apesar das orientações nutricionais e elaboração de cardápios executadas por nutricionistas, alterações terminam
por serem efetuadas, principalmente com uso excessivo de sal, açúcar e óleo. Diante dessa realidade, torna-se importante conhecer o perfil
nutricional desses agentes, traçando intervenções para garantir mudanças de hábitos alimentares para os profissionais e educandos. Objetivos:
Determinar a prevalência do estado nutricional de merendeiras e funcionários terceirizados das escolas municipais de Alvorada. Metodologia:
Por meio de estudo quantitativo, transversal e observacional, foram avaliados 68 merendeiras (n = 68 fem.), servidoras estáveis, e 75 funcionários terceirizados (n = 11 masc. e n = 64 fem.), cozinheiras e serventes. As variáveis coletadas de ambos foram: peso, altura, circunferência
da cintura (CC), índice de massa corporal (IMC). Variáveis coletadas somente das merendeiras foram: idade, circunferência do braço (CB),
prega cutânea triciptal (PCT) e circunferência muscular do braço (CMB). Os dados foram avaliados por meio de Frisancho (1981, 1990),
OMS (2007) e Sisvan (2008). Todos assinaram termo de consentimento. As variáveis foram coletadas por nutricionistas, estagiária graduanda
de Nutrição e educadores físicos, lotados na SMED. Resultados: Os dados referentes à classificação de IMC mostraram que merendeiras e
funcionários terceirizados encontram-se, respectivamente, 28% e 25% eutróficos, 29,3% e 27,9% em sobrepeso, 42,7% e 47,1% obesos. A classificação antropométrica pelo IMC determinou que mais de 70% dos avaliados apresentaram sobrepeso ou obesidade. Em relação à CC, 54,5%
dos homens apresentaram risco aumentado para doenças cardiovasculares, sendo as mulheres com 64,1% funcionárias terceirizadas e 64,7%
merendeiras com a mesma classificação. Em relação à PCT, apresentaram 1,9% percentil ≤ 5, 92,6% percentil entre 5,1 e 85, 3,7% percentil entre 85,1 e 95, 1,9% percentil > 95. Dados referentes à CMB, são 72,2% percentil entre 5,1 e 85, 14,8% percentil entre 85,1 e 95, 13% percentil
> 95. A idade média das merendeiras foi de 48 anos e moda 57 anos. Conclusões: A classificação antropométrica da maioria dos avaliados foi
de sobrepeso e obesidade pelo método do IMC. Todavia, PCT e CMB demonstraram maior prevalência de eutrofia desses indivíduos. Podese explicar esse resultado pelo predomínio de obesidade do tipo androide, com acúmulo de tecido adiposo na região abdominal, corroborada
pela classificação da CC, que na avaliação antropométrica pode ser mascarada se utilizar como parâmetros isolados PCT e CMB. Diante dos
resultados obtidos, nota-se a alta prevalência de sobrepeso e obesidade na amostra pesquisada. Destaca-se a importância de intervenção nutricional para obtenção de mudanças de hábitos alimentares, visando à busca da eutrofia desses indivíduos. Como complementação, sugere-se a
implementação de programa de atividades de educação nutricional e treinamentos aplicados aos hábitos saudáveis na alimentação escolar.
S672
P279
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE ALUNOS MATRICULADOS EM ESCOLA MUNICIPAL DE ALVORADA, RIO GRANDE DO SUL
Dellaméa ARB, Izolani DK, Lucho CLC
Introdução: A alimentação escolar propiciada por meio do repasse financeiro do Programa Nacional de Alimentação Escolar, bem como de
recursos oriundos da prefeitura, garante uma alimentação saudável e equilibrada aos alunos da rede municipal de Alvorada. Nessas escolas são
oferecidas quatro refeições ao dia, distribuídas em desjejum, almoço, lanche da tarde e jantar. Nos turnos manhã e tarde, são ofertadas por
aluno duas refeições, no turno da noite é ofertada uma refeição. O estado nutricional desses educandos está relacionado com a oferta alimentar
disponível a eles, tendo a escola papel importante nesse contexto. A determinação do perfil antropométrico auxilia na mensuração do estado
nutricional dos alunos, possibilitando que intervenções pertinentes sejam executadas. Objetivo: Determinar a prevalência do estado nutricional de escolares em uma escola municipal de Alvorada por meio de avaliação antropométrica. Metodologia: Por meio de estudo quantitativo,
transversal e observacional, foram avaliados 397 alunos (n = 229 masculinos e n = 168 femininos) de uma escola municipal, cujas variáveis
coletadas foram: peso, idade, altura, circunferência do braço (CB), e prega cutânea triciptal (PCT), sendo posteriormente calculados índice
de massa corporal (IMC) para idade e circunferência muscular do braço (CMB). Os dados foram avaliados por meio de Frisancho (1981,
1990), Organização Mundial da Saúde (2007) e Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (2008). Foram enviados aos responsáveis, por
meio da equipe diretiva da escola, termos de consentimento esclarecendo os objetivos da pesquisa e a metodologia empregada. Os dados
foram coletados por nutricionistas e estagiária graduanda do curso de Nutrição lotadas na Secretaria Municipal de Educação do município.
Resultados: Os achados para meninos e meninas, por meio do IMC, foram, respectivamente, 2,6% e 2,4% com baixo para a idade, 65,9% e
64,3% eutróficos, 13,1% e 18,5% com sobrepeso, 18,3% e 14,9% obesos. Em relação à PCT, respectivamente, 3,1% e 3% percentil ≤ 5, 58,1%
e 72% percentil entre 5,1 e 85, 21,8% e 13,1% percentil entre 85,1 e 95, 17% e 11,9% percentil > 95. Em relação ao CMB, respectivamente,
23,6% e 10,7% percentil ≤ 5, 67,2% e 79,8% percentil entre 5,1 e 85, 3,9% e 4,2% percentil entre 85,1 e 95, 5,2% e 5,4% percentil > 95. As
idades média e moda foram de 9 anos. Conclusões: Os diferentes índices utilizados demonstram que a maioria dos escolares apresenta diagnóstico nutricional de eutrofia. A prevalência de sobrepeso e obesidade apontou índices preocupantes na amostra estudada, tendo em vista
as consequências dessa condição para a qualidade de vida dos educandos. Os resultados obtidos, por meio de IMC e PCT, demonstraram
altos índices de sobrepeso e obesidade, com elevada deposição de tecido adiposo. Dados corroborados pelos achados de avaliação de massa
muscular. Conforme análise dos dados, o IMC e a PCT foram métodos com aproximação de resultados, podendo-se optar por apenas um
método na avaliação dos escolares. Tornam-se necessárias atividades de educação nutricional (palestras, oficinas, atividades temáticas) visando
à melhora do estado nutricional.
P280
DIETA HIPERLIPÍDICA DURANTE GESTAÇÃO E LACTAÇÃO ALTERA O PERFIL LIPÍDICO DOS DESCENDENTES NA VIDA ADULTA EM
RATOS
Santos Junior LS, Barreto-Medeiros JM, Couto RD, Santos L, Cordeiro GS, Pereira BGA, Silva DF, Perez GS, Oliveira TWS
UFBA.
Introdução: A importância da qualidade da alimentação na regulação do perfil lipídico já é conhecida. Uma dieta rica em gorduras saturadas e
com alto teor de carboidratos promove estado dislipidêmico e pró-aterogênico, aumentando o risco cardiovascular. Porém, qual é a influência
da alimentação inadequada durante o período crítico do desenvolvimento (gestação e lactação) para o perfil lipídico do indivíduo adulto? Uma
dieta inadequada durante a gestação e lactação parece estar relacionada ao maior risco de desenvolver alterações metabólicas na vida adulta.
Objetivos: Investigar os efeitos da dieta hiperlipídica durante a gestação e lactação sobre o perfil lipídico dos descendentes de ratas Wistar
na vida adulta. Material e métodos: Foram utilizados 20 ratos machos Wistar provenientes de ratas submetidas à manipulação nutricional
durante a gestação e lactação. O grupo controle (C = 10) foi composto por ratos cujas mães receberam dieta-padrão comercial para ratos. O
segundo grupo, teste (T = 10), constituiu-se de ratos cujas mães receberam dieta hiperlipídica (ou hipercalórica?) durante a gestação e lactação.
Após o desmame ambos os grupos receberam ração-padrão comercial para ratos. Aos 90 dias de vida os ratos foram submetidos a jejum de
12 horas para coleta de sangue e posterior análise de colesterol total, HDL-c, LDL-c, VLDL e triglicérides. Em função da distribuição dos
dados, estes foram comparados utilizando-se o teste t-student. O nível de significância utilizado foi p < 0,05, para IC de 95%. Resultados:
A dieta hiperlipídica durante a gestação e lactação alterou de forma significativa (p < 0,05) o perfil lipídico dos descendentes na vida adulta.
Os triglicérides apresentaram aumento relevante no grupo teste (T = 66,7 ± 21,1; C = 45 ± 12,2) quando comparados ao grupo controle. O
colesterol total foi maior no grupo teste (T = 60 ± 11,1; C = 36,4 ± 5,2) do que no grupo controle. O VLDL-c foi maior no grupo teste (T =
13,3 ± 4,2; C = 9 ± 2,4) em relação ao grupo controle. O LDL-c foi maior no grupo teste (T = 19,6 ± 6,7; C = 10,2 ± 4,3) do que no grupo
controle, e o HDL-c do grupo teste (T = 27 ± 4,9; C = 17,2 ± 3,1) também foi superior em relação ao controle. Conclusão: O presente estudo demonstrou, para a casuística estudada, que a utilização da dieta hiperlipídica durante a gestação e lactação contribuiu de forma expressiva
para alterações do perfil lipídico dos descendentes na vida adulta.
S673
TEMAS LIVRES Pôsteres
Prefeitura Municipal de Alvorada.
P281
EFEITO DA DIETA DE CAFETERIA DURANTE O PERÍODO PERINATAL: AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE GLICEMIA, PROTEÍNAS, UREIA,
CREATININA E ÁCIDO ÚRICO DOS DESCENDENTES NA VIDA ADULTA EM RATOS
Oliveira TWS, Barreto-Medeiros JM, Couto RD, Santos Junior LS, Santos L, Cordeiro GS, Silva DF, Pereira BGA, Perez GS
TEMAS LIVRES Pôsteres
UFBA.
Introdução: A nutrição materna durante a gestação e lactação exerce forte influência na saúde do indivíduo. Uma dieta inadequada nesse
período pode alterar de forma permanente a resposta metabólica do ser em formação. A dieta de cafeteria ou fast-food, por ser caracterizada
por alimentos de alta palatabilidade, ricos em calorias, açúcares e gorduras saturadas, pode predispor o feto ou lactante a morbidades futuras.
O efeito dessa dieta em indivíduos adultos está relacionado a alterações metabólicas já conhecidas, mas pouco se conhece da influência perinatal dessa dieta amplamente consumida. Objetivos: Investigar os efeitos da dieta de cafeteria durante a gestação e lactação sobre os níveis
glicêmicos, proteicos, ureia, creatinina e ácido úrico dos descendentes de ratas Wistar na vida adulta. Material e métodos: Ratas Wistar foram
aleatoriamente distribuídas em dois grupos experimentais, recebendo desde o primeiro dia de gestação até o final da lactação diferentes dietas. O primeiro grupo recebeu dieta-padrão comercial para ratos e o segundo grupo, a dieta de cafeteria (hipercalórica). Após o nascimento,
os filhotes machos provenientes de ratas submetidas à dieta-padrão formaram o grupo controle (C, n = 10) e filhotes cujas mães receberam
dieta de cafeteria, o grupo teste (T, n = 10). Após o desmame, ambos os grupos receberam ração-padrão comercial para ratos e aos 90 dias
de vida os ratos foram submetidos a jejum de 12 horas para coleta de sangue e posterior análise de glicemia, proteínas totais, albumina, ureia,
creatinina e ácido úrico. Para a comparação dos grupos foi utilizado o teste t-student, tendo p < 0,05 como nível de significância para IC de
95%. Resultados: Os ratos Wistar adultos cujas mães receberam a dieta de cafeteria durante a gestação e lactação apresentaram aumento significativo (p = 0,01) na glicemia de jejum (T = 227,2 ± 44,7; C = 176,3 ± 34,8) quando comparados. As proteínas totais (T = 5,7 ± 0,7; C =
4,7 ± 0,3) e albumina (T = 2,5 ± 0,3; C = 1,9 ± 0,3) também aumentaram significativamente (p = 0,01) em relação ao controle. Os produtos
nitrogenados não proteicos, ureia (T = 47,7 ± 6; C = 45,2 ± 7), creatinina (T = 0,5 ± 0,1; C = 0,5 ± 0,1) e ácido úrico (T = 0,9 ± 0,9; C =
1,3 ± 0,9), entretanto, não diferiram estatisticamente p > 0,05 entre os grupos. Conclusão: A dieta de cafeteria consumida por ratas durante
o período perinatal foi capaz de alterar os níveis glicêmicos e proteicos, mas não os produtos nitrogenados não proteicos dos descendentes na
vida adulta. Assim, a nutrição materna durante a gestação e lactação parece alterar respostas metabólicas em indivíduos adultos.
P282
CONSUMO DE REFRIGERANTE DA MARCA “COCA-COLA” VERSUS CONHECIMENTOS ASSOCIADOS ENTRE ALUNOS DO CURSO
DE NUTRIÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
Maciel EM, Rodrigues DGC, Lima AA
UFMA.
Introdução: Os refrigerantes contêm em sua composição substâncias gaseificantes artificiais, açúcares, extratos vegetais entre outros ingredientes, sendo sua ingestão pouco aconselhada por profissionais da área da saúde. A marca Coca-Cola foi lançada no Brasil em 1942 e é a líder
no mercado de refrigerantes, sendo consumida indiscriminadamente por homens e mulheres de todas as faixas etárias, que, em sua maioria,
não possuem conhecimento mais abrangente sobre sua composição. Os riscos de seu consumo envolvem redução na concentração de cálcio
e hiperglicemia, influenciando indiretamente o desenvolvimento da obesidade e da síndrome metabólica. Objetivo: Investigar o consumo de
Coca-Cola entre universitários do curso de Nutrição da Universidade Federal do Maranhão, bem como seus conhecimentos sobre os malefícios causados pelos constituintes químicos do refrigerante. Material e métodos: Foram entrevistados, por meio de um questionário estruturado, 30 alunos do primeiro período, 36 alunos do terceiro período e 38 alunos do quinto período do curso de Nutrição da Universidade
Federal do Maranhão em São Luís, 87,5% do sexo feminino e 12,5% do sexo masculino, para analisar o consumo periódico de Coca-Cola e
seus conhecimentos referentes aos malefícios causados por ela. Resultados: A maioria dos alunos entrevistados – 94,24% – fazia uso rotineiro
de Coca-Cola e não possuía conhecimento aprofundado acerca dos malefícios do consumo de refrigerantes – 44,23% ­–, em especial da “CocaCola”, desconhecendo seu funcionamento no organismo e continuando a ingestão dessa bebida. Conclusão: A diferença de período entre os
graduandos em Nutrição não demonstrou melhora significativa de conhecimento adquirido acerca dos refrigerantes, o que favorece a manutenção do hábito da ingesta e, por sua vez, aumenta a probabilidade para o desenvolvimento de afecções como obesidade, diabetes melito tipo
2, hipocalcemia, hiperoxalúria, entre outras doenças crônicas.
P283
AVALIAÇÃO DA SINALIZAÇÃO DA INSULINA NA PROLE DE CAMUNDONGOS COM OBESIDADE INDUZIDA POR DIETA
HIPERLIPÍDICA DURANTE A GESTAÇÃO E A LACTAÇÃO
Nakutis FS, Torsoni MA, Torsoni AS, Leal PB, Candido JF, Melo A, Santos GA, Silva AP, Ashino NG
UBC.
Introdução: O uso de dieta hipercalórica durante a gestação e lactação pode alterar o metabolismo de glicose e de lipídeos da prole. No
entanto, pouco é conhecido a respeito das alterações moleculares que estão relacionadas ao desenvolvimento da obesidade na prole de mães
obesas. Objetivos: Avaliar o ganho de peso, a adiposidade, a sensibilidade à insulina e a alteração na expressão de proteínas do metabolismo
de carboidratos e lipídeos na prole de camundongos tratados com dieta hiperlipídica durante a gestação e a lactação. Metodologia: Foram
utilizados camundongos (fêmeas) da linhagem Swiss, divididos em dois grupos: ao primeiro foi oferecido ração especial ad libitum, 35% mais
rica de gordura de origem animal. O segundo grupo recebeu ad libitum a dieta-padrão para roedores. À prole foi oferecida somente a dietapadrão. Dessa maneira, dois grupos experimentais foram obtidos: grupo PC (mães com dieta controle e prole com dieta controle) e grupo
PH (mães com dieta hiperlipídica e prole com dieta controle). Os testes foram realizados na prole aos 28 dias de vida e foram avaliados os
S674
seguintes parâmetros: peso corpóreo, massa de tecido adiposo e tolerância à glicose (GTTip) e níveis de ácidos graxos livres no soro dos animais em jejum. Além disso, foram avaliadas por Western Blot a expressão e a fosforilação de proteínas do hipotálamo e fígado. Resultados: Os
animais do grupo PH apresentaram maior peso corpóreo e massa de tecido adiposo branco que os animais do grupo PC. O GTTip indicou
melhor tolerância à glicose e à insulina no grupo PC em relação ao grupo PH. Os animais do grupo PH apresentaram níveis de ácidos graxos
superiores comparados ao grupo PC. A análise da expressão das proteínas da via de sinalização da insulina mostrou que as proteínas IR, IRS1
e AKT estavam mais expressas no fígado e no hipotálamo. Além disso, a proteína acetil-CoA carboxilase (ACC) (fígado e hipotálamo) também
se encontrava mais expressa. O hipotálamo dos animais do grupo PH apresentou maior fosforilação basal da ACC, enquanto a fosforilação
estimulada por insulina da AKT (hipotálamo e fígado) foi reduzida no grupo PH em relação ao grupo PC. A serina-quinase JNK apresentou-se
mais ativa no grupo PH em relação ao grupo PC (fígado e hipotálamo). Discussão: Dessa maneira, os resultados obtidos revelam que o uso
de dieta hiperlipídica durante a gestação e lactação modula as vias relacionadas à homeostase da glicose e de lipídeos no fígado e hipotálamo
da prole. Essas alterações podem estar relacionadas à tendência de desenvolvimento de obesidade e intolerância à glicose na fase adulta. Apoio:
Fapesp.
MUDANÇA DE PRÁTICAS ALIMENTARES EM TRABALHADORES COM EXCESSO DE PESO, SUBMETIDOS A UM PROGRAMA DE
PROMOÇÃO DE ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL DE DOIS MESES DE DURAÇÃO
Ito MK, Carvalho KMB, Gontijo MC
UnB.
Introdução: As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) incluem obesidade, doenças cardiovasculares, diabetes e alguns tipos de câncer,
todas comprometendo a qualidade de vida e a capacidade produtiva do adulto. Promoção da saúde no ambiente de trabalho é potencialmente
adequada para reduzir taxas de absenteísmo, rotatividade dos funcionários e gastos com tratamentos e melhorar a produtividade. Nesse sentido, busca-se investigar abordagens para promoção da alimentação saudável no ambiente de trabalho. Objetivos: Avaliar as mudanças de comportamento alimentar a curto prazo a partir da participação em um programa de promoção da alimentação saudável para trabalhadores com
excesso de peso. Material e métodos: Estudo de intervenção, controlado, com seis empresas do Distrito Federal, distribuídas aleatoriamente
em Grupo Programa (GPr) e Grupo Palestra (GPa). Os participantes eram voluntários com excesso de peso que frequentavam restaurantes no
sistema de autosserviço pelo menos três vezes por semana. No GPr foi aplicada uma proposta de educação alimentar que estimulou a participação ativa do trabalhador, com atividades teóricas e práticas, de nove horas de duração, distribuídas em seis encontros semanais em grupo. Para
o GPa foi entregue material educativo e foram realizadas duas palestras sobre alimentação saudável. As entrevistas contemplavam aplicação de
questionário sociodemográfico e de modos de vida, particularmente com relação ao padrão alimentar, sendo realizadas no início e ao término
da intervenção. Na análise dos dados foi utilizado o programa SPSS, com aplicação dos testes t de Student, Wilcoxon e Mann-Whitney. Resultados: De um total de 240 selecionados (127 do GPr), participaram de pelo menos a metade dos encontros 73 (57,5%) indivíduos do GPr
e 68 (60,2%) do GPa. Para o GPr houve melhora das práticas alimentares quanto ao consumo de frutas (p = 0,000), consumo de hortaliças
(p = 0,001), fracionamento das refeições (p = 0,001), consumo de frituras (p = 0,000) e adição de sal às refeições (p = 0,000). Excetuando o
consumo de hortaliças e frituras, houve melhora dos mesmos parâmetros para o GPa. Houve redução do consumo energético (p = 0,000), de
carboidratos (p = 0,002), de lipídios (p = 0,000) e de sódio (p = 0,014) para o GPr. Resultados significantes também foram observados para o
GPa. Ao final, o consumo de frutas (p = 0,000) e hortaliças (p = 0,018) foi maior no GPr, diferentemente da situação ao início da intervenção.
Conclusões: Pode-se observar que para os dois tipos de intervenção houve redução do consumo energético e melhora de alguns parâmetros
de alimentação saudável, o que demonstra um efeito positivo da intervenção no ambiente de trabalho. Apesar do consumo de frutas e hortaliças ser melhor quando os indivíduos são submetidos ao GPr, o tempo de estudo não é suficiente para indicar uma intervenção em detrimento
de outra. É preciso realizar estudos para avaliar a mudança de comportamento a longo prazo após programas de intervenção.
P285
A INFLUÊNCIA DO EFEITO TEMPORAL DA SOBRECARGA DE FRUTOSE EM PARÂMETROS METABÓLICOS: RESPOSTAS AGUDAS AO
TESTE DE ESFORÇO EM RATOS WISTAR
Pinto CSM, Wichi RB, Angelis K, Irigoyen MC, Machi JF, Gonçalves PMD
USJT.
Introdução: A síndrome metabólica (SM) é uma doença caracterizada por diferentes fatores de risco, tais como hipertensão, dislipidemia,
diabetes melito e obesidade. A SM tem sido correlacionada ao aumento do consumo de macronutrientes presentes na dieta. O consumo de
frutose, por exemplo, aumentou mais de 30% nos últimos 15 anos na população americana. Curiosamente, nesse mesmo período, foi observado aumento na prevalência de obesidade nessa população. Animais que são tratados com sobrecarga de frutose apresentam distúrbios
semelhantes aos encontrados em pacientes com SM, como resistência à insulina, aumento dos níveis de triglicerídeos e insulina plasmática e
hipertensão arterial. Tais alterações têm sido associadas a prejuízo no desempenho físico. Objetivo: O objetivo do estudo foi investigar o efeito
temporal da sobrecarga de frutose no desempenho físico e nas respostas metabólicas agudas à um teste de esforço físico. Material e métodos:
Ratos Wistar machos com peso a partir de 100 g foram divididos em quatro grupos: controle 9 semanas (C9); controle 18 semanas (C18);
frutose 9 semanas (F9) e frutose 18 semanas (F18). A sobrecarga de frutose foi realizada por 9 semanas (F9) e 18 semanas (F18) em água de
beber (100 g/litro). Os grupos foram submetidos a jejum de 2 horas antes da realização de um teste de esforço físico progressivo máximo
para avaliação do desempenho físico, por meio da velocidade máxima alcançada no teste. Além disso, foram avaliados até 30 minutos após a
realização do teste de esforço os seguintes parâmetros: consumo de oxigênio (VO2), glicose e ácido lático no sangue. Resultados: A velocidade final alcançada no teste de esforço foi semelhante entre os grupos (C9: 1,3 ± 0,1; C18: 1,2 ± 0,1; F9: 1,5 ± 0,1; F18: 1,4 ± 0,1 km/h).
Diferente dos grupos controles (C9 e C18) e F9, o grupo F18 apresentou VO2 elevado durante os 30 minutos de recuperação do teste de
esforço (basal: 29,9 ± 2,1 vs. recuperação: 40,8 ± 4 mL/kg/min-1). O nível de glicose pós-teste de esforço foi semelhante entre os grupos
S675
TEMAS LIVRES Pôsteres
P284
(C9: 93 ± 4,2; C18: 97,2 ± 3,3; F9: 86,4 ± 4,5; F18: 112,2 ± 5,5 mg/dL). O mesmo resultado foi observado em relação ao nível de ácido
lático (C9: 3,2 ± 0,2; C18: 2,2 ± 0,2; F9: 3,1 ± 0,1; F18: 2,2 ± 0,2 mmol/L). Conclusão: A sobrecarga de frutose durante 9 e 18 semanas
não altera o desempenho físico de ratos Wistar, no entanto a recuperação do consumo de oxigênio pós-teste de esforço é mais lenta nos animais
que receberam frutose durante o maior período. Tal resposta sugere que o consumo crônico de frutose pode alterar o metabolismo energético
e contribuir para o desenvolvimento de futuras disfunções metabólicas.
P286
EFEITO DA RESTRIÇÃO ALIMENTAR E DA ADMINISTRAÇÃO DE TRIIODOTIRONINA (T3) SOBRE A MORFOMETRIA CARDÍACA EM
RATOS OBESOS
Nascimento AF, Nogueira CR, Marino J, Cicogna AC, Olimpio RM, Oliveira M, Sibio MT, Nascimento RAML
TEMAS LIVRES Pôsteres
Faculdade de Medicina, Unesp, Botucatu.
Introdução: Obesidade e doses suprafisiológica de T3 provocam alterações na morfometria cardíaca. A restrição alimentar tem sido utilizada
como uma estratégia para o tratamento da obesidade. Durante a restrição há uma diminuição dos hormônios tireoidianos, assim a reposição
hormonal poderia ser uma alternativa para a continuidade da perda de peso, entretanto não se sabe se a interação entre restrição e hormônio
tireoidiano é deletéria ao coração, uma vez que estudos mostram que altas doses de hormônio tireoidiano apresentam efeito nocivo sobre o
coração. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi analisar os efeitos da associação entre restrição alimentar e administração de dose suprafisiológica de T3, por curto período, sobre a morfometria cardíaca de ratos obesos. Materiais e métodos: Foram utilizados 24 ratos Wistar
machos que foram submetidos à dieta hipercalórica, por 20 semanas, para indução de obesidade. Após esse período, foram separados em obeso
(OB); animais com restrição alimentar de 25% (CR); animais obesos e administração de T3 (OBS) e animais com restrição e administração
de T3 (CRS). Os animais CR e CRS foram submetidos a RA por 8 semanas e a dose g/100 g de pesoµsuprafisiológica de T3, administrada
por 2 semanas, foi de 25 animal. A morfometria cardíaca foi analisada por meio de quantificação de colágeno intersticial (picrosirius red) e
área seccional transversa dos cardiomiócitos (HE). Resultados: Não houve diferença significante na fração de colágeno intersticial entre os
grupos. Contudo, a associação entre restrição alimentar e administração de T3 diminuiu a área seccional transversa dos miócitos em relação aos
animais obesos e administração de T3. Conclusão: A associação entre restrição alimentar e T3 reduz a área seccional transversa dos miócitos,
um indicador de que em duas semanas o hormônio tireoidiano já tem ação na morfometria das células cardíacas.
P287
EFEITO DA OBESIDADE EM PARÂMETROS ECOCARDIOGRÁFICOS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Almeida MS, Pinto AS, Veneza LM, Alves YV, Dantas MR, Silva AM, Oliveira N, Oliveira AC, Oliveira AM
UEFS.
Introdução: Alterações da massa ventricular esquerda e do volume de átrio esquerdo são associadas à maior morbimortalidade cardiovascular
e o tratamento precoce, relacionado à melhora do prognóstico. No entanto, mesmo em grupos de risco como os portadores de obesidade avaliação cardíaca específica não é comumente realizada com propósitos clínicos. Objetivo: Avaliar associação entre alterações ecocardiográficas
e peso em adolescentes obesos. Metodologia: Realizada avaliação clínica com antropometria (peso, altura, índice de massa corpórea [IMC] e
circunferência abdominal) e ecocardiografia transtorácica com Doppler tecidual em jovens provenientes da rede de ensino público e privado
de Feira de Santana, BA, Brasil. Resultados: Foram avaliados 80 indivíduos (41 meninos, idade média de 13,8 ± 3,0 anos; IMC z-escore 1,6
± 1,2 DP; altura 1,6 ± 0,1 metros) e estes, posteriormente classificados em dois grupos. O grupo 1 foi composto por 42 (51,2%) indivíduos
com peso normal (13,5 ± 2,6 anos; IMC z-escore 0,8 ± 1,2 DP; 1,6 ± 0,1 cm), e o grupo 2, por 38 (46,3%) indivíduos portadores de excesso
de peso (14,0 ± 3,5 anos; IMC z-escore 2,4 ± 0,3 DP; 1,6 ± 0,1 cm). Não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos com
relação a idade (p = 0,511) e altura (p = 0,318). Indivíduos obesos comparados com o grupo controle apresentaram massa do ventrículo
esquerdo corrigida pela altura significativamente maior (49,5 ± 12,6; 35,2 ± 8,2; p < 0,001), assim como diâmetro da aorta (28,0 ± 3,5; 25,2
± 2,7; p < 0.001) e volume do átrio esquerdo/altura² (22,8 ± 5,1; 18,7 ± 4,1; p < 0.001), além de sinais de anormalidades diastólicas iniciais,
inespecíficas, como velocidade septal anular precoce (E’) (13,1 ± 2,3; 14,6 ± 2,5; p = 0,005), velocidade septal anular tardia (A’) (7,7 ± 2,0;
6,3 ± 1,5; p < 0,001) e relação (E’/A’) (1,7 ± 0,4; 2,5 ± 1,0; p < 0,001). Foi encontrada correlação positiva entre IMC e volume de átrio
esquerdo (r = 0,582; p < 0.001). Não ocorreram diferenças na fração de ejeção e índice de Tei entre indivíduos portadores de obesidade e peso
normal. Conclusão: O ecocardiograma revelou aumento de massa ventricular esquerda em crianças e adolescentes obesos, além de alterações
na função diastólica determinadas pelo aumento do volume do átrio esquerdo e alterações inespecíficas do Doppler tecidual.
P288
PREVALÊNCIA DE OBESIDADE E SOBREPESO EM ESCOLARES DE 6 A 18 ANOS DE UMA ESCOLA PRIVADA DA CIDADE DE SÃO
PAULO
Ornelas EM, Wichi RB, Oshita LC, Haddad CF, Silva AC, Miranda JMQ
USJT.
A obesidade é uma doença universal de prevalência crescente e que, atualmente, assume caráter epidemiológico, como principal problema de
saúde pública na sociedade contemporânea. Decorre de fatores genéticos, comportamentais e ambientais e pode se iniciar em qualquer idade.
Entretanto, a obesidade, quando surge precocemente nos primeiros anos de vida, predispõe a sua presença em idades mais tardias, trazendo
várias complicações, sobretudo, o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Uma vez que o excesso de gordura corporal pode representar
um perigoso fator de risco para a saúde, tanto de crianças e adolescentes como em populações mais idosas, o objetivo do presente estudo foi
verificar a prevalência de sobrepeso e obesidade em escolares de 6 a 18 anos de uma escola privada da cidade de São Paulo. Participaram do
S676
estudo 1.049 escolares (555 meninos e 494 meninas), que foram submetidos a medidas do índice de massa corporal (IMC) e espessuras de
dobras cutâneas. O IMC foi utilizado para verificação de sobrepeso (entre percentil 85 e 95) e obesidade (acima do percentil 95). A adiposidade foi estimada a partir do somatório das medidas das dobras cutâneas (tricipital e subescapular). Para análise, os escolares foram agrupados
por gênero e em faixas etárias: escolar (6 a 9 anos), adolescência precoce (10 a 14 anos) e adolescência (15 a 18 anos). A maior prevalência
de sobrepeso foi observada no grupo adolescência precoce, em meninos (21%) e meninas (24%). A prevalência de obesidade foi maior no
grupo escolar, em meninos (38%) e meninas (22%). A análise da composição corporal demonstrou alta predominância de adiposidade acima
de valores normais em meninos e meninas em fase escolar (34% e 22%), adolescência precoce (49% e 46%) e adolescência (47% e 52%, respectivamente). A correlação de Pearson demonstrou significativa (p < 0,05) correlação entre o IMC e a soma das dobras cutâneas (r = 0,43). Tais
dados demonstram que, apesar do crescente aumento de sobrepeso e obesidade em todas as faixas etárias, é na fase escolar, entre 6 e 9 anos,
que a obesidade é mais prevalente. Assim, programas de intervenções para essa faixa etária podem contribuir para o controle da obesidade e
de doenças tardias.
VALIDAÇÃO DO QUESTIONÁRIO IMPACTO DO PESO NA QUALIDADE DE VIDA DE CRIANÇAS (IWQOL) NO BRASIL
Silva LO, Cheik NC, Silva PL, Nogueira AMOC
Unitri.
Introdução: A obesidade, além de problemas físicos, está associada a inúmeros problemas de ajustamento psicossocial que podem interferir
na qualidade de vida de seus portadores. Avaliar a qualidade de vida relacionada à saúde de adolescentes obesos é de grande interesse diante
do aumento progressivo da prevalência dessa doença em nível mundial. Objetivo: Validar o questionário Impacto do Peso na Qualidade de
Vida-Crianças (IWQOL-Crianças) para a língua e a cultura brasileiras. Casuística e métodos: Realizou-se a tradução e a retrotradução do
questionário IWQOL-Crianças, com a confecção do questionário definitivo após a aprovação da autora. Este foi aplicado em 55 voluntários
com sobrepeso e obesidade, na faixa etária de 12 a 18 anos (15 ± 1,5), por dois observadores no primeiro dia e por um deles novamente após
duas semanas. Para avaliação da confiabilidade e reprodutibilidade, foi utilizada a avaliação do α de Cronbach. Resultados: Os valores do α de
Cronbach situaram-se no domínio total em 0,8 (variando entre 0,5 e 0,9 nos domínios específicos), para ambos os observadores; isso demonstra uma consistência interna adequada. Na avaliação da reprodutibilidade o índice de correlação intraclasse mostrou um α de Cronbach nos
domínios totais de 0,9 para avaliação interobservador e de 0,85 para intraobservador (teste-reteste), o que demonstra boa reprodutibilidade.
Conclusão: A versão brasileira do questionário IWQOL-Crianças é confiável e reprodutível. Recomenda-se a utilização deste questionário
para avaliação da qualidade de vida relacionada à saúde em estudos epidemiológicos, de intervenção multidisciplinar para perda de peso e de
suporte social em crianças e adolescentes brasileiros com obesidade.
P290
A RELAÇÃO ENTRE OBESIDADE E DOENÇA PERIODONTAL
Almeida MOS, Naves RC, Ribeiro ÉDP, Dias RB
Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
A prevalência da obesidade vem aumentando nas últimas décadas, representando uma preocupação para a saúde pública. Essa patologia é um
importante fator de risco para várias doenças sistêmicas como diabetes melito tipo II, hiperlipidemia, hipertensão, doenças cardiovasculares
e colelitíase. Estudos epidemiológicos recentes demonstraram uma possível relação entre a obesidade e a doença periodontal. Essa é uma
patologia infectoinflamatória do tecido gengival e do periodonto de sustentação, cujo fator etiológico primário é a presença do biofilme bacteriano nas unidades dentárias. A associação entre doença periodontal e obesidade está diretamente relacionada ao processo inflamatório, pois
mediadores como o fator de necrose tumoral, interleucina-6, interleucina-8, metaloproteinases e prostaglandinas são secretados pelo tecido
adiposo, o que faz com que estejam presentes em maior quantidade em pacientes obesos, podendo, por conseguinte levar a um estado hiperinflamatório, aumentando o risco ou a progressão da doença periodontal. Essa associação foi descrita inicialmente na década de 1970 por um
estudo que avaliava se a resposta periodontal a irritantes gengivais apresentava-se alterada em ratos obesos e hipertensos. Foi observado que a
obesidade contribuiu significativamente com a condição de severidade da doença periodontal, enquanto a hipertensão isolada não foi um fator
significante. A partir disso, o objetivo deste trabalho é apresentar os possíveis mecanismos que mostram uma relação entre obesidade e doença
periodontal e as evidências apresentadas na literatura sobre o assunto.
P291
EFEITOS DO CPAP SOBRE O PERFIL LIPÍDICO E RESISTÊNCIA À INSULINA EM OBESOS PORTADORES DE APNEIA OBSTRUTIVA DO
SONO
Franco CMR, Halpern A, Santos MSB, Bezerra AA, Castro CMMB, Lima AMJ
UFRPE, UFPE, Lika, USP.
A obesidade é tida como o principal preditor para o desenvolvimento da apneia obstrutiva do sono (AOS). Tanto a obesidade, como a AOS
estão associadas à maior prevalência de doenças cardiovasculares e alguns fatores comuns às duas doenças são considerados como responsáveis
por essa ligação, como o estresse oxidativo, tônus simpático aumentado, dislipidemia e resistência à insulina. Para o tratamento da AOS, o uso
do CPAP é a principal escolha, melhorando a qualidade do sono desses indivíduos. No entanto, os efeitos fisiológicos sobre outras variáveis
vêm sendo bastante pesquisados nos últimos anos. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho foi verificar o efeito do CPAP sobre o perfil
lipídico e resistência à insulina de indivíduos obesos portadores de AOS. Foram estudados 29 pacientes, classificados como obesos (IMC ≥
S677
TEMAS LIVRES Pôsteres
P289
TEMAS LIVRES Pôsteres
30 kg/m²), do sexo masculino, com idade entre 25 e 70 anos, divididos em 3 grupos: a) grupo I: 10 indivíduos sem AOS (índice apneiahipopneia-IAH ≤ 5), que não tiveram AOS diagnosticada após a realização da polissonografia; b) grupo 2: 10 portadores de AOS de moderada
a grave (IAH ≥ 15) que não fizeram o uso do CPAP, por não se adaptarem ao aparelho ou por terem optado pelo tratamento cirúrgico, após
o prazo de dois meses; c) grupo 3: 9 portadores de AOS de moderada a grave (IAH ≥ 15) que fizeram o uso do CPAP. Foram pacientes com
indicação, acesso e adaptação (no mínimo 4 horas por noite, durante dois meses) ao CPAP. Os valores basais dos grupos 2 e 3 foram iguais
entre si e superiores aos do grupo 1: insulinemia [G1 = 12,6 (9,9-17,5); G2 = 19,0 U/mL], Homa-IR [G1 = 3,2 (2,5-4,0); G2 = 5,6µ (8,524,7); G3 = 17,5 (10,5-29,6 (2,7-7,2); G3 = 4,9 (2,8-7,1)], triglicerídeos [G1 = 128,3 (117,8-155,2 mg/dL); G2 = 152,5 (135,6-185,8
mg/dL); G3 = 162,1 (139,2-188,6 mg/dL)], colesterol total [G1 = 55,5 (141,8-178,9 mg/dL); G2 = 176,5 (167,4-192,0 mg/dL); G3 =
179,0 (151,0-195,3 mg/dL)], LDL colesterol [G1 = 124,4 (109,2-144,3 mg/dL); G2 = 143,4 (126,0-169,0 mg/dL); G3 = 149,5 (123,1171,6 mg/dL)]. Foram identificadas diferenças significativas no grupo 3, antes e após dois meses do uso do CPAP, nas U/mL], Homa-IR
[4,9µ variáveis insulinemia [17,5 (10,5-29,6) vs. 11,8 (6,3-24,1) (2,8-7,1) vs. 3,2 (1,6-6,2), triglicerídeos [162,1 (139,2-188,6) vs. 153,4
(131,3-189,6) mg/dL)], colesterol total [179,0 (151,0-195,3) vs. 158,0 (141,2-184,0 mg/dL), LDL colesterol [149,5 (123,1-171,6) vs.
128,8 (115,6-144,3 mg/dL)]. De acordo com os resultados do presente trabalho, pod
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PDF - 5.6 MB - Archives of Endocrinology and Metabolism