Bioquímica Proteína Carga elétrica e solubilidade de proteínas Carga elétrica: Somatória das cargas dos radicais dos aminoácidos (as cargas dependem do pK e do pH da solução). pI = Ponto isoelétrico Valor de pH em que as cargas positivas equivale as cargas negativas Não pode ser calculado a partir dos pks das proteínas Determinado experimentalmente Carga elétrica e solubilidade de proteínas As características das proteínas refletem a proporção de aminoácidos ácidos ou básicos Ex. Pepsina – pH = 1 Mais aminoácidos ácidos (28%) que básicos (2%) A equivalência de carga ocorrerá quando a maioria dos aminoácidos ácidos estiverem sem carga (protonados) e apenas uma porção com carga (desprotonado) que compensará a carga positiva por aminoácidos básicos. Citocromo c – tem o dobro de aminoácidos básicos pI será igual em pH alcalino (pH- 10,6) Carga elétrica e solubilidade de proteínas pI > 7 – proteínas básicas pI < 7 – proteínas ácidas Carga elétrica e solubilidade de proteínas pH abaixo do pI Carga líquida positiva pH acima do pI Carga líquida negativa Carga elétrica e solubilidade de proteínas Solubilidade da proteína é influenciada pela composição do meio aquoso! Determinada pela estrutura primária Define relação espacial entre os aminoácidos Interferência do meio pH Concentração de sais Constante dielétrica do solvente No valor do pI a molécula tem a menor solubilidade Carga elétrica e solubilidade de proteínas Muitas proteínas globulares são insolúveis em água Ficam mais solúveis com adição de sais (até certas concentrações/ limites) “salting in” Os íons adicionais (positivos ou negativos) interagem com os grupos carregados das moléculas de proteína, atenuando a interação entre elas Alterações estruturais das proteínas Proteína sintetizada nas células Estrutura primária dobra-se espontaneamente Originando secundárias e terciárias Se haver quaternária se organizara também Esta será a proteína nativa Conformação mais estável que a molécula pode assumir naquela condição Desnaturação: “destruição” da forma nativa Proteínas desnaturadas podem precipitar Desnaturação da Proteína Desnaturação da Proteína Desnaturação da Proteína Agentes desnaturantes Físicos: - Alteração de temperatura - Raio-X - Ultra som Químicos: - Ácidos e bases fortes - Detergentes - Ureia - Mercaptoetanol HS-CH2-CH2-OH Pontes de H Efeito do pH Desnaturação da Proteína Detergentes e sabões podem desnaturar as proteínas São desnaturantes pela cauda hidrofóbica Introduz-se na molécula e interage com radicais apolares rompendo as ligações hidrofóbicas Frequentemente se utiliza o SDS Dodecilsulfato de sódio Desnaturação da Proteína Proteína resistente a temperatura: DNA polimerase da bactéria Thermus aquaticus Taq polimerase Resiste a temperaturas próximas de 100oC Mantem-se ativa a 95oC Nessa temperatura as fitas de DNA separam-se Alterações das propriedades proteína desnaturada - Redução da solubilidade - Aumento da digestibilidade - Perda da atividade biológica (enzimas, hormônios, anticorpos, etc...) Irreversibilidade A desnaturação pode ser irreversível! Algumas proteínas tornam-se insolúveis Ex. Albumina do ovo Caseína do leite Proteínas desnaturadas podem renaturar - Retorno as condições prévias → renaturação Renaturação: demonstra que a estrutura espacial da proteína é consequência de sua estrutura primária A renaturação in vivo é maior que in vitro A célula possui eficiente aparato para “assessorar” a proteína durante a “montagem” de sua estrutura nativa! Este aparato é constituído por vários tipos de proteínas denominadas chaperonas Chaperonas - Possibilitam a estabilização de proteínas em condições desfavoráveis (em alta temperatura, hipóxia, exposição a radicais livres) Chaperonas Chaperonas Proteínas de choque térmico Heat-shock proteins - Hsp Não alteram o processo final de enovelamento Ligam-se às cadeias polipeptídicas no momento da síntese nos ribossomos Impedem a agregação Proteínas bacterianas Aumentam a velocidade do enovelamento por limitarem o número de vias não produtivas disponíveis para o enovelamento do polipeptídio Chaperonas Distúrbios no processo de enovelamento de cadeias proteicas estão relacionadas com condições patológicas: - doença de Alzheimer - doença de Parkinson - doenças causadas por prions - Outras doençass neurodegenativass, infecções, câncer, etc. Mutações Mudanças menos drásticas na proteína podem deixá-la inativa Substituição de um aminoácido Cadeias da β-hemoglobina Substituição de um resíduo de Glutamato (radical polar negativo) na superfície externa da molécula por Valina (com grupo R apolar) Agregação por interações hidrofóbicas Formação de um precipitado fibroso Hemoglobina S (sickle-foice)