MARIA SOCORRO GRANGEIRO BIOPROSPECÇÃO DE AÇÃO ANTIOXIDANTE DE FLAVONÓIDES EM CULTURAS DE CÉLULAS GLIAIS TRATADAS COM CATECOL Feira de Santana, BA 2009 MARIA SOCORRO GRANGEIRO BIOPROSPECÇÃO DE AÇÃO ANTIOXIDANTE DE FLAVONÓIDES EM CULTURAS DE CÉLULAS GLIAIS TRATADAS COM CATECOL Trabalho de pesquisa apresentado ao Programa de Pós-graduação em Biotecnologia, da Universidade Estadual de Feira de Santana como parte dos requisitos necessários para obtenção do título de Mestre em Biotecnologia. Orientadora: Dra. Sílvia Lima Costa Co-Orientador: Dr. Ramon dos Santos El-Bachá. Feira de Santana 2009 2 RESUMO Foi observado que catecol é tóxico para células de glioblastoma da linhagem GL-15 e mostrou valores de IC50 : 2368µM e 252µM após 24 h e 72 h, respectivamente. O flavonóide rutina teve um efeito citotóxico com valores de IC50: 622µM e 284µM, após 24 h e 72 h, de tratamento respectivamente. O flavonóide quercetina em concentrações até seu limite de solubilidade (100µM) e ácido ascórbico (AA) nas concentrações de 20 a 3000µM, não mostraram toxicidade para células GL-15. Os flavonóides rutina e quercetina não protegeram células GL-15 da citotoxicidade induzida pelo catecol e além disso induziram um aumento de morte celular e formação de quinonas quando adotados em concentrações sub-tóxicas (0,6100µM) em células GL-15 submetidas ao dano oxidativo induzido pelo catecol. Por outro lado, AA, em concentrações de 600 a 3000µM, protegeu células GL-15 do dano oxidativo induzido pelo catecol, sugerindo atividade antioxidante. Nessas concentrações foi observada redução total da formação de quinonas. Esses resultados mostram que os flavonóides rutina e quercetina não apresentaram atividade antioxidante contra a toxicidade induzida pelo catecol em células GL-15 e AA reverteu totalmente o dano celular induzido pelo catecol. Palavras-chaves: antioxidantes, catecol, citotoxicidade, flavonóides e glioblastoma. 3 ABSTRACT It was observed that catechol is toxic to GL-15 cells and showed IC50 values of 2368µM and 252µM after 24 h and 72 h, respectively. The flavonoid rutin had a cytotoxic with IC50 values of 622µM and 284µM, after 24 h and 72 h, respectively. The flavonoid quercetin at concentrations up to its limit of solubility (0.6-100µM) and ascorbic acid (AA) (20- 3000µM), do not showed toxicity for GL-15 cells. The flavonoids rutin and quercetin didn’t protect the GL-15 cells to catechol induced toxicity. Moreover they induced an increase in cell death and quinone formation when adopted at sub-toxic concentrations (0.6-100µM) in GL-15 cells subject to oxidative damage induced by catechol. On the other hand the ascorbic acid showed a protective antioxidant activity in cell cultures subject to oxidative damage induced by catechol. At concentrations of (20-300µM) ascorbic acid partially protected GL-15 cells from cytotoxic damage induced by catechol, however at (600-3000µM) AA reduced totally the formation of reactive quinones and protected cells from catechol toxicity. These results show that the flavonoids rutin and quercetin not have antioxidant activity against the toxicity induced by catechol in gliais cells, moreover, AA reversed completely the cellular damage induced by catechol. Key words: catechol, antioxidants, ascorbic acid, rutin, quercetin, and glia. 4 SUMARIO 1. INTRODUÇÃO 07 2. REVISÃO DE LITERATURA 08 2.1. TOXICIDADE DO BENZENO E SEU METABÓLITO CATECOL 08 2.2. O ESTRESSE OXIDATIVO (EO) 11 2.3. SISTEMAS ANTIOXIDANTES 12 2.4. PROPRIEDADES BIOLÓGICAS E POTENCIAL ANTIOXIDANTE DA 14 VITAMINA C 2.5. FLAVONÓIDES 15 2.5.1. Metabolismo e toxicidade de flavonóides 16 2.5.2. Potencial antioxidante de flavonóides 18 2.6. BREVE SUMARIO DE ASPECTOS FUNCIONAIS E PLASTICIDADE DE CÉLULAS DO SNC 21 2.6.1. Culturas de células do SNC como modelos de estudos farmacológicos e toxicológicos 22 3. ARTIGO CIENTIFICO: EFFECTS OF FLAVONOIDS AND VITAMIN C ON OXIDATIVE DAMAGE INDUCED BY CATECHOL IN GLIOBLASTOMA CELLS. [EFEITO DE FLAVONOIDES E VITAMINA C NO DANO OXIDATIVO INDUZIDO PELO CATECOL EM CÉLULAS DE GLIOBLASTOMA] 24 3.1. INTRODUCTION 25 3.2. MATERIALS AND METHODS 27 3.2.1- Glial cell cultures 27 3.2.2- Drugs and treatments 27 3.2.3- Test of cell viability 28 3.2.4- - Test of antioxidant activity of flavonoids rutin, quercetin and ascorbic acid in cell cultures treated with catechol. 28 3.2.5- Quinone formation 29 5 3.2.6- Statistical analysis of results 29 3.3. RESULTS 30 3.3.1. Cytoxicity of catechol, rutin, quercetin and ascorbic acid (AA) 30 3.3.2. Protective activity against cytotoxicity induced by catechol 31 3.3.3 Morphological analysis 32 3.4. DISCUSSION 37 3.4. REFERENCES 40 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 44 5. REFERÊNCIAS 46 ANEXO I: PRODUÇÃO CIENTÍFICA DA AUTORA 64 6 1 INTRODUÇÃO A exposição de trabalhadores e de pessoas residentes em áreas próximas à indústria petrolífera e petroquímica a altas concentrações de substâncias aromáticas, como o benzeno, constitui um sério risco para a saúde (HAQUE et al., 2003; GLASS & GRAY, 2001; RANA & VERMA, 2005; WANG, 2008; JAMALL & WILLHITE, 2008). A exposição ao benzeno ocorre principalmente pela via respiratória e, em função de sua lipossolubilidade é preferencialmente armazenado no tecido adiposo (RUIZ et al., 1993). Assim, o sistema nervoso central (SNC), que é rico em lipídios, poderia ser local para o armazenamento dessa substância. O benzeno é metabolizado por ação de enzimas específicas no fígado. Dentre seus metabólitos intermediários e finais, destacam-se a hidroquinona e o catecol (1,2dihidroxibenzeno) (RICKERT et al., 1979; GAD-EL-KARIM et al., 1989; SNYDER & HEDLI, 1996; RANA & VERMA, 2005; AHMAD, 2007). Estes produtos podem induzir estresse oxidativo e danificar macromoléculas celulares ligando-se covalentemente (ATKINSON, 2008). O catecol facilmente se oxida para formar quinonas potencialmente tóxicas e espécies reativas de oxigênio (EROs) (BENNDORF et al., 2001). Lesões oxidativas têm um importante papel em muitas doenças neurodegenerativas (GILGUN et al., 2004) e existe um crescente interesse em se estudar a toxicidade de catecóis. A neurotoxicidade da dopamina, por exemplo, que é um catecol, e seus metabólitos oxidados, estão associados à geração de EROs que induzem morte celular programada (HAQUE et al., 2003; WANG et al., 2008). A dieta humana é rica em produtos fitoquímicos, muitos deles com atividade biológica. A vitamina C, importante antioxidante natural, é conhecido por reduzir o risco de desordens degenerativas como o mal de Alzheimer (PERRIG et al., 1997; MASAKI, et al., 2000). Outra classe de moléculas que tem demonstrado propriedade antioxidante são os flavonóides, compostos abundantes em plantas e, conseqüentemente, na alimentação de humanos, capazes de proteger tecidos contra danos oxidativos devido à propriedade de inativar uma grande variedade de EROs e outras espécies reativas como aquelas derivadas de nitrogênio (ERNs) (RICE-EVANS et al., 1997; HEIM et al., 2002; WOJDYLO et al., 2007; FERNANDEZ-PANCHON et al., 2008). 7 Células de origem glial podem ser cultivadas como linhagens celulares e podem constituir modelos alternativos confiáveis para o estudo de propriedades e resposta de células gliais a agentes externos (LAL et al., 1996). Nossos estudos prévios revelaram que o catecol induz citotoxicidade in vitro em células gliais da linhagem GL-15, a qual foi atribuída à produção de superóxido (O2–) e à formação de quinonas reativas (PEREIRA et al., 2004). Estudos in vitro, já demonstraram que os flavonóides rutina e quercetina apresentam potencial antioxidante, contudo, os efeitos destes compostos frente aos danos induzidos pelo catecol no Sistema Nervoso Central ainda não estão bem estabelecidos. Assim, neste estudo, após uma revisão sobre os principais aspectos toxicológicos do catecol, bem como sobre as atividades biológicas de flavonóides e da vitamina C, em especial sobre suas propriedades antioxidantes, apresentamos nossos resultados sobre as capacidades antioxidantes da vitamina C e dos flavonóides rutina e quercetina em células gliais da linhagem GL-15 submetidas ao estresse oxidativo induzido pelo catecol. 2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1. TOXICIDADE DO BENZENO E SEU METABÓLITO CATECOL O benzeno (fig. 1) é um hidrocarboneto aromático, com a fórmula molecular C6H6, empregado na indústria química. Foi descoberto por Michael Faraday em 1825 e sua estrutura química foi determinada em 1858 por Augusto Kekulé (RANA & VERMA, 2005). A exposição crônica ao benzeno é um problema que afeta os trabalhadores da indústria petrolífera (GLASS & GRAY, 2001; RANA & VERMA, 2005; ZHANG et al., 2007; WANG, 2008). A população geral também está exposta a altas concentrações de benzeno em áreas próximas às indústrias de pneus, refinarias, calçados e em locais onde a gasolina é manuseada rotineiramente (JAMALL & WILLHITE, 2008). O benzeno também é encontrado na fumaça do tabaco (VAINIOTALO et al., 2008), resultando em risco para os fumantes, ativos e passivos (STOHS et al., 1997). A exposição ao benzeno ocorre principalmente pela via respiratória e, em função de sua lipossolubilidade, é preferencialmente armazenado no tecido adiposo (RUIZ et al., 1993), o que faz do sistema nervoso central (SNC) um local com grande potencial para armazenamento. O benzeno é metabolizado no fígado, por enzimas da fração microssomal hepática, sendo hidroquinona e catecol (1,2-dihydroxybenzene) dois de 8 seus principais metabólitos (RICKERT et al., 1979; GAD-EL-KARIM et al., 1989; SNYDER & HEDLI, 1996; RANA & VERMA, 2005; AHMAD, 2007). Estes produtos são danosos para macromoléculas biológicas e podem induzir estresse oxidativo (ATKINSON, 2008). O catecol, facilmente se oxida em condições fisiológicas para formar quinonas potencialmente tóxicas e espécies reativas de oxigênio (EROs) (BENNDORF et al., 2001). Essa exposição acarreta um aparecimento de cânceres geralmente associado a um aumento de aberrações cromossômicas nestes indivíduos (RIBEIRO et al., 1994; HUFF, 2007;). A inalação de hidrocarbonetos aromáticos é extremamente danosa para o sistema biológico. A manifestação da intoxicação aguda é identificada pelos seguintes sinais e sintomas: fraqueza, cefaléia, náuseas, vômitos, sensação de peso no tórax e, nos casos mais graves, turvação da visão, tremores, salivação, taquipnéia, arritmias cardíacas, convulsões, paralisias e perda de consciência. Na intoxicação crônica (principal problema ocupacional), o principal órgão afetado é a medula óssea; ocorre redução na atividade mitótica e na maturação das células-tronco, levando a pancitopenia (manifestada inicialmente como leucopenia) (GOLDSTEIN 1988, JAMALL & WILLHITE, 2008). A exposição ao benzeno está associada a uma série de patologias incluindo leucemia, mieloma múltiplo (WONG, 1995) e síndromes mielodisplásicas (HAYES et al., 2000). Figura 1: Formas de representação da estrutura química do benzeno Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Benzene Cerca de 50 a 70% do benzeno e seus derivados são metabolizados no fígado, maior local de metabolismo de xenobióticos, pelas enzimas do complexo P450 (CYPs) dando origem a fenóis e derivados catecólicos (SNYDER & HEDLI, 1996). Existem ainda sítios extra-hepáticos responsáveis pela metabolização de xenobióticos, dentre eles pulmões e rins, 9 contudo estas vias não estão claramente estabelecidas (EL-SANKARY et al., 2001). A identificação de CYPs no cérebro, em tipos celulares distintos, particularmente em células neuronais, ampliam a questão de funções específicas possíveis destas enzimas na fisiologia do cérebro. A presença de CYPS mostrou ser importante na indução da bioativação e do dano celular de órgãos alvo para a atividade de drogas e agentes ambientais tóxicos que atravessam a barreira hemato-encefálica (BHE) (MIKSYS & TYNDALE, 2004). Os catecóis são produtos intermediários da degradação de compostos aromáticos como benzeno, estrógenos e neurotransmissores como a dopamina (SCHWEIGERT et al., 2001). Os metabólitos do benzeno, em especial os catecóis, auto-oxidam-se formando espécies reativas do oxigênio (EROs), e quinonas também reativas (PEREIRA et al., 2004). O catecol está presente também em muitos produtos naturais, incluindo os alcalóides, como lamelarina S, obtidos a partir dos organismos marinhos (Didemnum sp) e compostos sintéticos como lamelarina Y (FAN et al., 2007). O 1,2-dihidroxibenzeno (catecol, fig. 2) é um derivado do benzeno, encontrado em produtos que o empregam como matéria-prima, tais como, materiais para revelação fotográfica, óleos, tintas, medicamentos, adesivos, inseticidas, pneus, plásticos, entre outros. Recentemente, a Agência Internacional para Pesquisa em Câncer, órgão vinculado à OMS, classificou o catecol no grupo 2B, como possível carcinógeno para o homem (IARC, 1999). O 4-metil-catecol induziu apoptose em várias linhagens de células tumorais murinas (MORITA et al., 2003), sugerindo que esse mecanismo de morte celular pode ser o responsável pela toxicidade dessa categoria de compostos. Figura 2: Estrutura química do catecol Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Catechol 10 A ação pró-oxidante dos catecóis inicia-se após a sua auto-oxidação, oxidação por íon metálico ou através do citocromo P450, resultando na formação de quinonas (fig. 3), que são bastante citotóxicas (O’BRIEN, 1991; CAVALIERI et al., 2002). De uma forma geral as quinonas podem ser consideradas como produtos da oxidação de fenóis. Na presença de agentes oxidantes, o catecol pode se oxidar e gerar semiquinonas e, numa próxima etapa, obenzoquinonas. A oxidação dos catecóis na presença de oxigênio forma O2- e na presença de metais de transição o O2- é reduzido a H2O2 e radicais HO•. Essas EROs podem ser danosas para as células e organismos se não forem eliminadas através de sistemas antioxidantes (SCHWEIGERT et al., 2001) Catecol Semiquinona Quinona Figura 3: Auto-oxidação do catecol Fonte: SCHWEIGERT et al., 2001 (modificado) 2.2. ESTRESSE OXIDATIVO (EO) O estresse oxidativo resulta da produção de espécies reativas de oxigênio (EROs), que incluem: radical superóxido (O2-), peróxido de hidrogênio (H2O2) e radical hidroxil (OH•), que induzem várias mudanças celulares, como oxidação no DNA, liberação de cálcio, depleção e oxidação de glutationa, NADPH, proteínas e lipídios (HALLIWELL, 2001). O estresse oxidativo também ocorre quando a formação de radicais livres excede a capacidade de proteção no organismo o que pode levar à lesão tecidual após o trauma, eventos inflamatórios e condições crônicas, tais como aterosclerose, doença degenerativa e câncer (AMES et al., 1994). 11 O EO caracteriza-se pela produção excessiva de EROs ou a diminuição nas defesas antioxidantes endógenas e exógenas e parece ser a causa de morte celular em muitas patologias do SNC, incluindo isquemia (HALL, 1993), como também uma das causas sugeridas de doenças neurodegenerativas relacionadas ao envelhecimento como Doença de Parkinson e Mal de Alzheimer (HALLIWELL, 2001). 2.3. SISTEMAS ANTIOXIDANTES De todo oxigênio disponível pela célula, cerca de 5 % se transforma em espécies reativas de oxigênio: O2–, H2O2 e OH•. A produção desses elementos é contínua e ininterrupta. As EROs são geradas pela liberação de elétrons da cadeia respiratória com redução das moléculas de oxigênio para radical superóxido. O superóxido é transformado em peróxido de hidrogênio pela enzima superóxido dismutase (SOD) dependente de Mn mitocondrial e pela SOD dependente de Cu e Zn citoplasmática. O H2O2 é menos reativo que o radical superóxido, porém, quando reage com metais de transição como o ferro e o cobre, forma-se o radical hidroxil, o mais reativo de todos os radicais livres (reação de Fenton). Além das EROs, o organismo gera as espécies reativas tóxicas de nitrogênio: oxido nítrico (NO-), dióxido de nitrogênio (NO2-) e peroxinitrito (ONOO-) (NAKAO et al., 1995; STOWE, 2009). O sistema de defesa antioxidante protege as estruturas celulares da lesão oxidativa e já foi demonstrado, por intermédio de estudos epidemiológicos, uma diminuição da incidência de câncer, de doenças cardiovasculares e de outras condições dependentes dos radicais livres, em populações com um bom sistema de defesa antioxidante. Entretanto a geração de radicais livres é um dos mecanismos protetores apresentados pelo sistema imunológico. O excesso de antioxidantes é prejudicial pois diminui a geração de radicais livres e provoca inibição de apoptose com a parada da eliminação das células malignas ou lesadas. Em estudos realizados foi observado aumento da morte celular por apoptose com aumento de EROs em ratos com tumor cerebral com uma dieta deficiente em antioxidantes (SALGANIK et al., 2000). O estresse oxidativo e o sistema antioxidante endógeno podem ser compreendidos como representado na figura 4. 12 Figura 4: Estresse oxidativo e sistema antioxidante Fonte: http://www.biozentrum.uni-frankfurt.de/Pharmakologie/EU-Web/Goethe.htm Em condições fisiológicas normais, o uso de oxigênio por células com metabolismo aeróbico gera EROs (I). A célula tem a capacidade de degradar os radicais livres. A enzima superóxido dismutase (SOD) ativada transforma ânion superóxido (O2-•) em peróxido de hidrogênio (H2O2), que pode ser convertido pela enzima catalase em água (H2O) e oxigênio (O2) (II). Uma segunda via de detoxicação envolve a enzima glutationa-peroxidase (GPx), que converte peróxido de hidrogênio em água utilizando a co-enzima glutationa (GSH). Glutationa pode ser reciclada pela enzima glutationa-redutase (GSRed) (III). A falta de correspondência entre a produção de antioxidantes e prooxidantes em células pode levar ao estresse oxidativo. Isto conduz a uma elevado saldo de radicais livres, como radicais hidroxil (OH•), que podem levar a sérios danos na célula (IV). Radicais livres podem causar danos ao DNA, peroxidação de proteínas e de ácido graxos insaturados, como, por exemplo, aqueles das membranas de neurônios. 13 2.4. PROPRIEDADES BIOLÓGICAS E POTENCIAL ANTIOXIDANTE DA VITAMINA C. O ácido ascórbico (AA), conhecido popularmente por vitamina C (fig. 5) foi primeiro isolado em 1928, pelo bioquímico húngaro Szent-GyorGyi, trabalho este contemplado com o premio Nobel de medicina de 1937. Esta substância trata-se de um potente antioxidante hidrossolúvel cuja atividade pode ser explicada por dois fatores (BUETTNER,1993; CARR & FREI, 1999). Primeiro, tanto o ascorbato quanto o radical ascorbil (fig. 5), no seu estado oxidado, apresentam um baixo potencial de redução. Contudo eles podem reduzir radicais mais relevantes e biologicamente oxidantes como o radical hidroxil, ânion superóxido ácido hipocloroso ou oxigênio molecular (FREI et al., 1999; HALLIWELL, 2007). Segundo, o ascorbato pode ser facilmente regenerado, além disso, o radical ascorbil, que é relativamente estável devido à estabilização por ressonância, pode desmutar para ácido ascórbico e dehidroascórbico. Ácido ascórbico Ácido dehidroascórbico Ascorbato Radical ascorbil Figura 5: Estrutura química e diferentes estados do ácido ascórbico (Modificado de VERRAX & CALDERON 2008) 14 Inúmeros estudos descritos na literatura têm demonstrado o potencial antioxidante do AA em diferentes modelos de estresse oxidativo, sejam eles associados a doenças degenerativas, danos físicos, químicos ou traumáticos. A vitamina C é, portanto, conhecida por reduzir o risco de doenças neurodegenerativas como a doença de Alzheimer (PERRIG et al., 1997; MASAKI, et al., 2000), por proteger a LDL (lipoproteína de baixa densidade) de peroxidação induzida por irradiação UV (NEGRE et al., 1995), por proteger o DNA de danos oxidativos (NOROOZI et al., 1998; BLASIAK et al., 2002; LOPEZ-BURILLO et al., 2003; PITARQUE et al., 2006; ARRANZ et al., 2007), e atuar no reparo de lesões mutagênicas de DNA (DUARTE et al., 2009), por proteger contra o estresse oxidativo induzido em gastrite crônica (SASAZUKI et al., 2008). Entretanto, na presença de metais de transição, como os íons ferro e cobre, o AA torna-se pró-oxidante. Os íons metais podem reagir com peróxido de hidrogênio, a conhecida reação de Fentom, ou hidroperóxidos lipídios e produzir outros radicais hidroxil ou radicais alcoxil. Essas reações entre AA e metais de transição são responsáveis pelas propriedades pró-oxidante e citotóxicas do AA observadas in vitro (DROUIN et al., 1996, CLEMENT et al., 2001; HALLIWELL, 1999; DE VRIESE et al., 2008). 2.5. FLAVONÓIDES O uso de plantas, como medicamentos, é muito comum no Brasil e grande parte da população de baixa renda tem, nessa prática, a sua principal fonte de tratamento para diversos males. As propriedades terapêuticas das plantas têm despertado interesse crescente, e por esta razão, vários componentes bioativos dos vegetais têm sido isolados e caracterizados. Dentre estes componentes naturais, encontram-se os flavonóides (HOSTETTMAN et al., 1995; WOOD et al., 1999; DE CLERCQ, 2000; VAN DER WATT et al., 2001, JANBAZ et al., 2002). Os flavonóides são pigmentos hidrossolúveis presentes nos vacúolos das células vegetais e que representam o maior grupo de compostos fenólicos naturais. O termo flavonóide engloba um grupo de compostos polifenólicos complexos derivados de benzogama-pirona, os quais são estruturalmente constituídos de 15 átomos de carbono (C15) no seu esqueleto fundamental (YOKOZAWA et al., 1997); apresentam uma estrutura comum, caracterizada por dois anéis aromáticos (A e B), e um anel heterocíclico oxigenado (anel C) (fig. 6). 15 Figura 6: Estrutura química básica dos flavonóides Fonte: http://www.lurj.org/vol3n2/flavonoids-fig1.jpg Por serem amplamente distribuídos no reino vegetal (geralmente na forma solúvel de heterosídeos, presentes em todas as angiospermas), os flavonóides fazem parte, obrigatoriamente, da dieta humana (YUNES, 2001). Na família dos flavonóides, já foram descritos mais de 4.000 compostos, os quais se subdividem em flavonóis, flavanonas, flavonas e antocianidinas (HARBONE, 1988 apud YUNES, 2001; ERDMAN et al., 2007). As isoflavonas são caracterizadas pela ligação na posição 2 do anel B ao invés da posição 3. As proantocianidinas são oligômeros de flavonas. Antocianidinas são distinguidas de outros flavonóides com uma classe separada em virtude da habilidade destes em formar cátions (MAZZA et al., 1993). Dentro de cada grupo podem ocorrer diferenças individuais resultantes de variações no número e posição dos grupamentos hidroxilas, por modificações nos núcleos (especialmente o pirânico), e pelo grau de metilação e glicosilação, os quais afetam várias propriedades dos flavonóides, particularmente a hidrofobicidade das moléculas (YUNES, 2001). 2.5.1. Metabolismo e toxicidade de flavonóides A digestão e a absorção de polifenóis iniciam no estômago. A absorção depende da ingestão dietética de gordura (LESSER et al., 2004), da forma de preparo do alimento ingerido (alimentos in natura, extrato, macerado, infusão, decocto), do tempo de trânsito intestinal e da taxa de degradação fecal. Muitas agliconas de polifenóis são absorvidas no estômago. Uma exceção são as antocianinas (uma glicona - forma glicosilada das antocianidinas) que são absorvidas intactas no estômago (PASSAMONTI, 2003; TALAVERA et al., 2003). A maioria dos flavonóides glicosilados chegam ao intestino delgado intactos, a ligação glicosídica é removida durante a absorção, exceto para antocianinas. O epitélio intestinal, rico em enzimas metabolizadoras de drogas, é importante 16 na formação de metabólitos glucoronidatados, metilados e sulfatados. (MANACH et al., 2004; MAZZA et al., 2002; WU et al., 2002; FELGINES et al., 2003; KAY et al., 2005). Os polifenóis mais estudados em termos de absorção são as isoflavonas, seguidas do glicosídio quercetina (flavonol). As proantocianidinas e a epigalocatequina-galato (EGCG) são os que apresentam menor absorção. Esta característica, entretanto, deve-se a sua instabilidade química e não a absorção por si só (MANACH; 2005 et al.). Os metabólitos de polifenóis são eliminados através da urina e da bile; a excreção urinária é uma importante via de eliminação de flavanonas, isoflavonas e flavonas (10% ou mais da dose é excretada por este caminho). A excreção biliar é muito importante para todos os polifenóis (ERDMAN et al., 2007). Os flavonóides apresentam baixa toxicidade devido à baixa solubilidade da aglicona (estrutura não glicosídica) em água e ao rápido catabolismo do núcleo pirona no fígado. Além de não serem acumulados no fígado, os produtos de sua decomposição, como os ácidos caféico e cinâmico, são completamente excretados com a urina numa taxa similar à da cafeína (HAVSTEEN, 2002). A DL-50 de flavonóides tipo agliconas para ratos é de aproximadamente 2,0 g/kg de peso corpóreo (CASLEY-SMITH & CASLEY-SMITH, 1986 apud HAVSTEEN, 2002). Em humanos, devido à baixa solubilidade dos flavonóides agliconas em água, o pouco tempo em que estas moléculas permanecem no fígado e ao seu baixo coeficiente de absorção, é rara a intoxicação aguda pelo consumo de flavonóides, excetuando-se uma rara ocorrência de alergia (GROTZ & GÜNTER, 1971 apud HAVSTEEN, 2002). 17 TABELA 1. Subclasses de flavonóides e suas estruturas químicas, nomes de flavonóides provenientes de alimentos e fontes alimentícias comuns (ERDMAN et al., 2007). Subclasses de flavonóides Estrututura química O Flavonols OH Flavonóides provenientes de alimentos Kampferol, mirecetina e quercetina O Apigenina, luteolina Especiarias de folhas verde (por exemplo: salsa) Eriodictiol, esperitina e naringenina Frutas cítricas Daidzeína, genisteina e gliciteina Soja e leguminosas O Flavonas Fontes alimentícias comuns Cebola, alho poro, tomate cereja, brócolis, vinho tinto, framboesas, couveflor e chá, O O flavanonas O O Isoflavonas O Flavans O OH Antocianidinas O OH (+)catequina,(+) galocatequina, (-) epicatequina,(-)epigalocaquina (-)epicatequina 3-galato, (-)epigalocatequina 3-galato Cianidina, delfinidina, malvidina, pelargonidina, Peonidina, petunidina Chás, uvas vermelhas, vinho tinto, cacau, chocolates e damasco Mirtilo vermelho e roxo, uvas pretas, folhosos e raízes. 2.5.2. Potencial antioxidante de flavonóides Nos últimos anos o interesse pelas propriedades farmacológicas e bioquímicas dos flavonóides tem sido bastante ampliada destacando-se suas propriedades antioxidantes na prevenção de peroxidação lipídica, quelante de metais e removedor de EROs (RICE-EVANS et al., 1997; HEIM et al., 2002; WOJDYLO et al., 2007; FERNANDEZ-PANCHON et al., 2008), uma vez que a presença destes têm sido relacionadas a certas doenças crônicas e neurodegenerativas como câncer, mal de Alzheimer e doença de Parkinson (HALLEWELL & GUTERIDGE, 1991HALLIWELL, 2001;). Estudos têm revelado a propriedade destas moléculas em atravessar a barreira hematoencefálica e em interferir na atividade biológica das células do SNC (YOUDIM et al., 2004). A atividade antioxidante dos flavonóides tem sido associada com características estruturais como duplas ligações C=C, substituições odihidroxi, número e posições dos grupos hidroxila (OH), que conferem à molécula a capacidade de reduzir espécies reativas oxidando-se (RICE-EVANS et al., 1997). 18 Flavonóides contidos em vinhos tintos, entre eles a quercetina (3,5,7,3’,4’ pentahidroxiflavona) (fig. 7A), têm sido associados à saúde cardiovascular devido, provavelmente, ao seu efeito antioxidante (HAVSTEEN, 2002). A quercetina é descrita como o mais abundante dos flavonóides e constitui a espinha dorsal para muitos outros, incluindo a rutina (forma glicosilada da quercetina) (fig. 7B), hesperidina e naringenina (BISCHOFF, 2008). Ela tem sido descrita como um potente antioxidante in vitro e o mais potente removedor de espécies reativas de oxigênio, incluindo o ânion superóxido (HANASAKI et al., 1994; CUSHNIE & LAMB, 2005) e espécies reativas de nitrogênio como o radical óxido nítrico (VAN ACKER et al., 1995; HAENEN & BAST, 1999). Outras atividades biológicas têm sido atribuídas ao flavonóide quercetina, entre estas capacidade antiinflamatória (READ 1995; ORSOLIC et al., 2004) e anti-hipertensiva (MACKARAJ et al, 20008; EDWARDS et al., 2007). O flavonóide rutina (3-ramnoglicosídeo da 3,5,7,3’,4’ pentahidroxiflavona) é uma substância de cor amarela, encontrado em frutas especialmente as cítricas como laranja, limão, toranja e lima, e foi isolado primeiramente em 1842 por Weiss, usando a planta Ruta gravendes. Só em 1966 é que se verificou a ocorrência deste flavonóide em Dimorphandra mollis. A rutina é o glicosídeo mais comum derivado da quercetina (JANBAZ et al., 2002), é bem conhecida e amplamente estudada por apresentar múltiplas atividades farmacológicas, dentre elas a atividade antioxidante. Estudo feito por Rodrigues e colaboradores (2003) demonstrou os efeitos benéficos da rutina com a elevação de HDL e diminuição dos fatores de risco para a arteriosclerose e outras doenças cardiovasculares, mostrando, além disso, que a atividade antioxidante da rutina está relacionada à destruição do radical superóxido. OH OH HO O OH HO O OH O O OH OH O O OH OH OH OH O OH OH OH (A) (B) Figura 7: Estrutura química dos flavonóides (A) quercetina (aglicona) e (B) rutina (glicosídeo) Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Quercetin http://en.wikipedia.org/wiki/Rutin 19 Outras atividades biológicas atribuídas ao flavonóide rutina são a normalização da resistência e da permeabilidade das paredes dos vasos capilares, principalmente quando associada à vitamina C (JANBAZ et al., 2002), atividades anticarcinogênica, citoprotetora, antiplaquetária, antitrombótica, vasoprotetora e atividades cardioprotetoras (SCHWEDHELM et al., 2003; SHEU et al., 2004; JANBAZ et al., 2002; LA CASA et al., 2000; MELLOU et al., 2006; TRUMBECKAITE et al., 2006), bem como efeito antiinflamatório (KIM et al., 2005; KWON, 2005). A rutina demonstrou ser um agente neuroprotetor e pode ser usado para melhorar lesão isquêmica no coração e cérebro (NASSIRI-ASL, 2001; LEBEAU et al., 2001; DE CELLE et al., 2004; GUPTA et al., 2003; NEUMAYER et al., 2006). No Brasil, uma fonte importante do flavonóide rutina são os frutos da planta Dimorphandra mollis Benth (Leguminosae-Caesalpinoideae) (fig. 8), também conhecida como Fava-d'anta, uma espécie arbórea, com 8-14 metros de altura, encontrada em diversas regiões do País (FERREIRA et al., 2001; LORENZI, 2002). A planta cresce no Cerrado dos estados do Amazonas, Bahia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Piauí, São Paulo, Tocantins e Distrito Federal (ALMEIDA, 1998; LORENZI, 2002). A produção de rutina atinge no Brasil cerca de 100 toneladas anuais e a maior parte é destinada à exportação (RIBEIRO et al., 2005), representando uma alternativa de renda para agricultores familiares do Norte de Minas Gerais. Figura 8: Dimorfandra mollis e detalhes da enflorencência e frutos Fonte: www.arvores.brasil.nom.br/dimorphranda.gif http://www.cnpgc.embrapa.br/publicacoes/livros/plantastoxicas/favadeanta.jpg http://www.agenciaminas.mg.gov.br/maisfotos.php?cod_noticia=20553 20 2.6. BREVE SUMARIO DE ASPECTOS FUNCIONAIS E PLASTICIDADE DE CÉLULAS DO SNC No Sistema Nervoso Central (SNC) os neurônios são células extremamente especializadas na condução de um potencial de ação ao longo de sua membrana plasmática e na passagem dessa sinalização a outras células semelhantes. As células da glia (ou neuroglia) estão distribuídas em três grupos extensos: a macroglia, da qual fazem parte astrócitos e oligodendrócitos, a microglia; e as células ependimárias. As interações metabólicas e sinalização entre os neurônios e as células gliais têm sido amplamente descritas. Estas interações extremamente íntimas são necessárias para o desenvolvimento e manutenção das funções e estruturas cerebrais, assim como para a neuroproteção, inclusive contra danos produzidos por agressões químicas (ESKES et al., 2003; ZURICH et al., 2002, 2004). Os astrócitos são fundamentais para a captação de nutrientes e de oxigênio do sangue para os neurônios, para a manutenção da homeostase do SNC, e participam ainda dos mecanismos de defesa imunitária do tecido nervoso e dos fenômenos de detoxificação cerebral (TARDY, 1991; LENT, 2001). As duas populações celulares no SNC que são capazes de reagir a injúrias causadas aos neurônios, seja alterando a morfologia, seja modificando o padrão de expressão de fatores neurotróficos e/ou neurotóxicos, ou ainda, a associação desses dois fenômenos, são os astrócitos e a microglia (STREIT et al., 1999). Após danos no sistema nervoso, os astrócitos invariavelmente proliferam, sofrem extensiva hipertrofia do núcleo, do corpo e dos processos celulares, e desenvolvem fibrose pelo aumento da expressão da GFAP, sendo este estado conhecido como gliose ou astrogliose reativa, um processo que não é estereotípico podendo variar em extensão, tempo de desenvolvimento, grau de hipertrofia ou hiperplasia e outras propriedades, dependendo da natureza da lesão e da área específica afetada do SNC (MONTGOMERY, 1994; COOKSON & PENTREATH, 1994; ASCHNER, 1998; MEAD & PENTREATH, 1998; GOMES et al., 1999). A astrogliose é geralmente detectada antes de um efeito tóxico em neurônios e, portanto, pode ser considerada como um marcador precoce de neurotoxicidade (O’CALLAGHAN, 1991; MONNET-TSCHUDI et al., 1995). As inter-relações entre células gliais e neurais não só contribuem para o desenvolvimento, função e capacidade reparativa do cérebro, mas também podem participar na sua deterioração devido à senescência ou doença (DAVIES et al., 2000). Segundo Rutka & Smith (1993), os astrócitos podem reagir e proliferar após injúria cerebral e ter a mais alta predisposição à transformação maligna. 21 2.6.1. Culturas de células do SNC como modelos de estudos farmacológicos e toxicológicos A utilização de modelos in vitro como o cultivo de neurônios e células da glia, bem como culturas de linhagens celulares de origem glial ou neuronal, é uma etapa essencial para a investigação da especificidade dos efeitos e mecanismos de ação de agentes químicos, bem como para os mecanismos de patogênese de doenças de diferentes origens no SNC (COOKSON et al., 1994; SANFELIU et al., 1999). Astrócitos derivados do córtex de ratos ou de camundongos neonatos e cultivados in vitro constituem modelos confiáveis no estudo do potencial tóxico de compostos químicos. Estas culturas são utilizadas há décadas e derivam de ratos ou camundongos de até dois dias, sendo cultivadas em meio específico ao longo de 20 dias, quando adquirem sua forma característica, com densa arborização (BOOHER & SENSENBRENNER, 1972). Culturas primárias de astrócitos são também utilizadas para estudar condições neurodegenerativas, como o mal de Alzheimer (VERNADAKIS & FLEISCHER-LAMBROPOULOS, 2000), para avaliar a função dos astrócitos em respostas imuno-mediadas do SNC (ASCHNER, 1998) e para avaliar o efeito de neurotoxinas como a fumonisina B1 (KWON et al., 2001). Estudos in vitro demonstram claramente que astrócitos reativos em culturas primárias modificam sua morfologia, transformando seus corpos celulares, ocorrendo uma retração na monocamada celular com emissão de processos celulares distintos e acúmulo de filamentos neuroquimicamente expressos como um aumento da proteína ácida fibrilar glial (GFAP) (ASCHNER, 1998; COSTA et al., 2002). Culturas primárias de neurônios têm sido igualmente adotadas para o estudo de substâncias neurotóxicas tal como o metil-mercúrio (SANFELIU et al., 2001) e o herbicida fentrazamine (SCHMUCK et al., 2003). As células gliais, principalmente os astrócitos, podem se transformar em astrocitomas malignos e serem distintos em graus de malignidade crescentes segundo os critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS), sendo o grau IV o mais agressivo, onde se inserem os glioblastomas multiformes (GBM) (HILDEBRAND et al., 1997). Células tumorais derivadas de glioblastomas têm sido linhagens celulares amplamente utilizadas para o estudo das propriedades dos astrócitos (BRISMAR, 1995). Células de origem glial podem ser cultivadas como linhagens celulares e podem constituir modelos alternativos confiáveis para o estudo de propriedades e resposta de células gliais a agentes externos (LAL et al., 1996). As linhagens de gliomas de rato C6, 9L, CNS-1 e BT-4 são as mais empregadas. Estas linhagens derivam 22 de tumores induzidos quimicamente em ratos por agentes alquilantes carcinogênicos, como o metil- e etilnitrosouréia (DAI et al., 2001). Em 1991, BOCCHINI et al. estabeleceram a linhagem GL-15 a partir de glioblastoma multiforme humano e confirmaram, através de marcação imunocitoquímica, a expressão, de forma constitutiva, das proteínas do citoesqueleto, vimentina e GFAP. Costa e colaboradores (2001) confirmaram estudos de Bocchini e colaboradores (1991), no qual a dupla marcação vimentina/GFAP revelou que a população das células GL-15 GFAP(+) representam cerca de 30% das células Vimentina(+) Já foi demonstrado que as células GL-15 são capazes de se diferenciarem morfologicamente em uma forma mais estrelada com aumento da expressão de GFAP, seja por uma privação de soro, um importante suplemento utilizado no meio de cultura, seja pela ação do éster de forbol (PMA), um ativador da proteína cinase C (PKC) (ARCURI et al., 1995) e por retinóides (COSTA et al., 2001). Dessa forma, em função das características estruturais e bioquímicas das células gliais, a linhagem GL-15 constitui um bom modelo para o estudo da ação de compostos purificados ou complexos farmacologicamente ativos, tanto em relação à citotoxicidade quanto a determinação de seu potencial terapêutico. 23 3. ARTIGO CIENTÍFICO: EFFECTS OF FLAVONOIDS (RUTIN AND QUERCETIN) AND VITAMIN C ON OXIDATIVE DAMAGE INDUCED BY CATECHOL IN GLIOBLASTOMA CELLS EFEITO DE FLAVONOIDES (RUTINA E QUERCETINA) E VITAMINA C NO DANO OXIDATIVO INDUZIDO PELO CATECOL EM CÉLULAS DE GLIOBLASTOMA GRANGEIRO, M.S., OLIVEIRA, D.M., SOUZA, C.S., SILVA, A.R., PITANGA, B.S., COSTA, M.F.D., EL-BACHÁ, R.S. and COSTA, S.L. Laboratório de Neuroquímica e Biologia Celular, Instituto de Ciências da Saúde, Departamento de Biofunção/Bioquímica, Salvador, BA, 40.110-100, Brasil. ABSTRACT In this work, it was studied the cytotoxicity and antioxidant properties of flavonoids rutin and quercetin and the well known antioxidant ascorbic acid (AA) against the catechol induced cytotoxicity in GL-15 cells. Catechol was toxic to GL-15 cells. The values of IC50 obtained were 2368µM and 252µM, after 24h and 72 h, respectively. The IC50 obtained after 24h of treatment with the flavonoid rutin was 622µM. The IC50, for the same flavonoid, after 72 h of treatment, was 284µM. The flavonoid quercetin (0.6-100µM) and AA (20-3000µM) did not show toxicity for GL-15 cells. The flavonoids rutin and quercetin didn’t protect the GL-15 cells to catechol induced toxicity. Moreover they induced an increase in cell death and quinone formation when adopted at sub-toxic concentrations (0.6-100µM). On the other hand, the AA showed a protective antioxidant activity in GL-15 cell cultures against to oxidative damage induced by catechol. Concentrations of AA between 20-300µM, partially protected the cells subjected to oxidative stress model adopted. The AA reduced completely the formation of reactive quinones and protected cells from catechol toxicity in the range of concentration between (600-3000µM). These results show that the flavonoids rutin and quercetin not have antioxidant activity against the toxicity induced by catechol in glial cells, moreover, AA reversed completely the cellular damage induced by catechol. Key words: catechol, antioxidants, ascorbic acid, rutin, quercetin, and glia. 24 3.1. INTRODUCTION Aromatic substances such as benzene are risk factors to the health of workers in the oil and petrochemical industry (GLASS & GRAY, 2001; ZHANG et al., 2007). People are also exposed to high concentrations of benzene in areas close to industries of tires, refineries, footwear, and in places where gasoline is handled routinely (JAMALL & WILLHITE, 2008). Benzene is also found in tobacco smoke (VAINIOTALO et al., 2008) resulting in risk for smokers, and also for non-smokers near them. Exposure to benzene occurs mainly by the respiratory route and due to its lipossolubility is stored in tissues rich in fat (RUIZ et al., 1993). Thus, the central nervous system (CNS), which is rich in lipids, could be a target for storage of hydrophobic substances, such as benzene. Benzene is metabolized in the liver by the microsomal fraction to phenol hydroquinone and catechol (1,2-dihydroxybenzene) (RICKERT et al., 1979; GAD-EL-KARIM et al., 1989; SNYDER & HEDLI, 1996; RANA & VERMA, 2005; AHMAD, 2007). These products can damage cellular macromolecules covalently by linking to them and inducing oxidative stress (ATKINSON, 2009). Furthermore, catechol easily oxidizes to form potentially toxic quinones, and reactive oxygen species (ROS) (BENNDORF et al., 2001). Oxidative lesions play an important role in many neurodegenerative diseases (GILGUN et al., 2004). There is a growing interest in the study of the toxicity of catechols since they generate ROS. The neurotoxicity of dopamine, which is a catechol, and its dopamine (DA)-oxidized metabolites, for example, is associated to the generation of ROS that cause apoptosis and cell death (especifique a linhagem) (HAQUE et al., 2003; WANG et al., 2008). Moreover, catechol is also present in many natural products, including alkaloids as lamellarin S obtained from the marine organism Didemnum sp and synthetic compounds as lamellarin Y (FAN et al. 2007). The human diet is rich in phytochemicals, many of which have significant bioactivities. Vitamin C, a naturally occurring antioxidant, is known to reduce the risk of neurodegenerative disorders such as Alzheimer's disease (PERRIG et al., 1997; MASAKI, et al., 2000). Flavonoids are polyphenolic compounds abundant in plants and human food with known antioxidant properties. They can protect tissues against oxidative damages through the ability to scavenge a wide range of reactive oxygen, nitrogen, and chlorine species, such as superoxide, hydroxyl radical, peroxyl radicals (RICE-EVANS et al., 1997; HEIM et al., 2002; WOJDYLO et al., 2007; FERNANDEZ-PANCHON et al., 2008). Antioxidant activity of 25 flavonoids has been associated with their structural characteristic as C–C double bonds, odihydroxy substitutions, and free OH groups (RICE-EVANS et al., 1997). Our previous study demonstrated that catechol induced cytotoxicity to GL-15 glial cells in vitro, which was attributed to superoxide (O2–) and quinone generation (PEREIRA et al., 2004). Tumor derived cells, such as glioblastoma cell lines, have been largely used for the study of astrocyte properties (BRISMAR, 1995). Although the GL-15 line of human glioblastoma derived cells (BOCCHINI et al., 1993) are poorly differentiated, they express the astrocyte marker GFAP (glial fibrillary acidic protein) and proliferate rapidly in culture. In this study we investigated the possible antioxidant properties of the well-known antioxidant ascorbic acid (AA), also known as vitamin C (FREI et al., 1999; HALLIWELL, 2007), and the flavonoids quercetin and its glycoside rutin, on oxidative stress induced by catechol in GL-15 cells. Quercetin (3,5,7,3',4'-pentahydroxyflavone, Fig. 1A) was selected because it is abundant in food and in plants and displays the structural requirements (a C-2–C-3 double bond, an o-dihydroxy substitution on ring B, a free OH group at C-3) favourable to strong antioxidant activity. Rutin (3-ramnoglucoside of 3,5,7,3',4'-pentahydroxyflavone, Fig. 1B), specially abundant in the legumes of the Brazilian plant Dimophandra mollis (GOMES & GOMES, 2000; RIBEIRO et al., 2005), was also considered because it also belongs to the most prominent flavonoids in the human diet, and also in order to outline the influence of a sugar substituent on antioxidant potential. 26 3.2. MATERIALS AND METHODS 3.2.1- Glial cell cultures GL-15 cells derived from human glioblastoma (Bocchini et al., 2003) were cultured as previously described (Costa et al., 2001). GL-15 stock cultures (passages 83-93) were maintained in a humidified atmosphere of 95% air and 5% CO2 at 37°C in medium consisting of Dulbecco's modified Eagle's medium (DMEM) and supplemented with 10% foetal bovine serum (GIBCO BRL, Grand Island, NY), a nutrient mixture (7 mM glucose, 2 mM glutamin, 0.011 g/l pyruvate), and in presence of antibiotics (100 UI/ml penicillin G, 100 µg/ml streptomycin). Cells were grown in 100 mm diameters tissue culture plates (TTP, Switzerland) containing 10 ml medium, which was replaced three times per week. Stock cultures were passaged into new plates once every 3-4 days, and cultures for experiments were seeded into polystyrene culture dishes plates as needed. Experiments were initiated 72 hours after plating. 3.2.2- Drugs and treatments The flavonoid rutin was obtained in the form of powder at the Laboratory of Natural Products Research (Faculty of Pharmacy / UFBA) and Quercetin dihydrate was obtained from SigmaAldrich (98% purity). The 1.2-diidroxibenzeno (catechol) was obtained from Riedel-de Haën, Buchs, Switzerland. The catechol diluent, cloridric acid 0,005M, was obtained from Nuclear, Diadema, Sao Paulo. Bromide 3-(4,5 dimethylthiazole-2-yl) -2,5-difeniltetrazolium (MTT), trypsin (EC 3.4.21.4). The ascorbic acid (AA) was obtained from J. T. Baker, E. U. A. The flavonoids were dissolved in DMSO (0.5% v / v). Exponential dilutions were performed with catechol and flavonoids in order to obtain the IC50. The negative control group cells was treated with yours respectives solvents. Confluent cells were treated with catechol (20 - 6000 µM), in plates of 96 wells in order to evaluate the cytotoxicity of this substance. The same procedure was adopted with the flavonoid rutin, ranging from 1µM to the merger and thinner 1000µM which is DMSO with the final dilution of 0.5%. The flavonoid quercetin only 27 allowed changes in concentrations between 0.6 and 100µM, since this substance is soluble in the culture medium to 100µM and DMSO (0.5% v / v). While adopting the same procedure for ascorbic acid, which was used as positive control for antioxidant activity of flavonoids, is its concentration ranged between 20µM and thinner 3000µM taking as the culture medium DMEM. The cells treatments were made in period of 24 or 72 hours. 3.2.3- Test of cell viability For the cytotoxicity test, the cells of glioblastoma lines of GL-15 were grown on plates of 96 wells. The active mitochondrial dehydrogenases, present in viable cells, convert the MTT, which is naturally yellow, in formazan, consisting of a purple color. The cells were exposed to drugs and two hours before the time of exposure, the culture medium was replaced with a MTT solution, diluted in DMEM (1mg/ml) keeping the plates for two hours at 37 oC. For the dissolution of crystals of formazan formed by the action of mitochondrial dehydrogenases on the substrate MTT, was an increased volume of the lysis buffer (20% SDS, 50% DMF, pH 4.7), keeping the plates for 24 hours at room temperature. The optical absorbance of each sample was measured using a spectrophotometer BIO-RAD 550PLUS at a wavelength of 540 nm. 3.2.4- - Test of antioxidant activity of flavonoids rutin, quercetin and ascorbic acid in cell cultures treated with catechol. The confluent cells were treated with catechol at 300 µM in the presence of flavonoids (0.6 – 100 µM), during 72h. To evaluate the action of ascorbic, cells were treated in the presence of this vitamin (20 - 3000µM, considered as sub-toxics) and catechol 600 µM, during 72h either. The cells were exposed to drugs, and after the time of exposure, cell viability was measured by the MTT test. 28 3.2.5- Quinone formation Catechol may undergo spontaneous oxidative decomposition in neutral aqueous solutions through a multi step reaction resulting in ROS and quinone derivatives formation. The quinone formation was measured in culture medium of GL-15 cells in control condition or exposed to catechol and antioxidants, using a spectrophotometer BIO-RAD 550PLUS at a wavelength of 405 nm 3.2.6- Statistical analysis of results Each variable experiment was done in quadruplicate and three independent experiments and the results expressed average standard deviation. In cases where the groups have normal distribution analysis of the results were analyzed using the One Way ANOVA followed by Student's test-Newmann-Keuls. When the test of normality failed the results were expressed by median and percentiles, being used ANOVA on ranks, followed by Dunnett test to analyze the data. P-values <0.05 were considered statistically significant. The tests were performed using GraphPad Prism version 5.00 for Windows, GraphPad Software. 29 3.3. RESULTS 3.3.1. Cytoxicity of catechol, rutin, quercetin and ascorbic acid (AA) Catechol-induced cytotoxicity to glioblastoma GL-15 cells The effect of the concentration of catechol on the induction of cytotoxicity to glioblastoma GL-15 cells was investigated. The MTT test clearly demonstrates that catechol was toxic to GL-15 cells with mitochondrial failure, showing dose- and time-dependent activity (Fig. 2A2B). The equations that represent the dose-response curves, constructed from non-linear regression with the experimental data, were used to calculate the values of IC50. Catecholinduced cytotoxicity after 24 hours exposition was fitted to Eq. 2A: V = {-3134 + (3.24) / [1 + 10(-3.35 – 0.47C)]} (R2 = 0.9815) and after 72 hours exposition was fitted to Eq. 2B: V = {3266 + (105.26) / [1 + 10(-5.72 + 2.38C)]} (R2 = 0.9777), in which V corresponds to cell viability normalized to data measured under control conditions and [c] is the catechol concentration. The calculated IC50 for catechol on GL-15 cells was 2368µM (24 h) and 252µM (72 h). Rutin-induced cytotoxicity to glioblastoma GL-15 cells The MTT test clearly demonstrates that the flavonoid rutin was toxic to GL-15 cells, showing dose dependent activity (Fig. 2 C-D) based on non-linear regression analysis. Rutin-induced cytotoxicity, after 24 hours, was fitted to Eq. 2C: V = {7.79+(104.14) / [1 + 10(2.05+0.70C)]} (R2 =0.9011) and, after 72 hours, it was fitted to Eq. 3D: V = {7.79+(104.14) / [1 + 10(-2.05+0.70C)]} (R2 = 0.9011), in which V corresponds to cell viability normalized to data measured under control conditions, and [c] is the rutin concentration. The calculated IC50 for rutin GL-15 cells was 621.74µM (24 h) and 284µM (72 h). 30 Lack of cytotoxicity of quercetin to glioblastoma GL-15 cells On the other hand, the same test shows that the flavonoid quercetin was not toxic to GL-15 at the concentrations tested (0.6 - 100µM) (Fig. 2E), with no statistically significant differences for treatments when compared with the control. As this substance is insoluble in the culture medium at concentrations upper than 100µM, it was not possible to determine the IC50 value. Lack of cytotoxicity of ascorbic acid to glioblastoma GL-15 cells The AA also did not present toxicity to GL-15 cells at concentrations tested ranging from 20µM to 3000µM (Fig. 2F). 3.3.2. Protective activity against cytotoxicity induced by catechol To evaluate of protective effect of the compounds rutin, quercetin and ascorbic acid against the toxicity induced by catechol in GL-15 cells we tested these compounds at sub-toxic concentrations and in the presence of cytotoxic concentrations of catechol (300-600 µM). The cell viability was determined after 72 h treatment by the MTT test. Catechol oxidation generates reactives quinones (MELIKIAN et al., 2008). We also determine the formation of reactive quinones of cells submitted to the oxidative stress induced by catechol alone and in the presence of antioxidants with catechol. We observed that the flavonoids rutin and quercetin (10-100 µM) induced a dose-dependant increase in cell death, and a dose-dependant increase on quinone formation in GL-15 cells submitted to the oxidative stress induced by catechol (Fig. 3 A-D). On the other hand, the well known antioxidant AA presented a very efficient protective effect, since the concentration of 20 µM, against the catechol induced cytotoxicity at 300 µM concentration (data not shown) and this protective effect was maintained when the concentration of catechol was elevated to 600 µM (Fig. 3 E). Moreover, AA also inhibited the quinone formation in GL-15 cells submitted to the oxidative stress induced by catechol (Fig. 3 F). 31 3.3.3 Morphological analysis Cytotoxicity of catechol and protective effects of antioxidants were also assed by phasecontrast microscopy (Fig. 4 and 5). In control conditions, after 72h treatment, (Fig. 4 A and Fig. 5 A), GL-15 cells have a bipolar fibroblast like phenotype, whose size varies to some extent depending on the density of the culture. Exposure to catechol (300 µM) induced toxic effect with morphological changes, characterized by detaching cells presenting round cytoplasm and adherent cells presenting very contracted cytoplasm with a filamentary aspect (Fig. 4 B). Exposure GL-15 cells to 600 µM catechol amplified the toxic effect, the majority of detaching cells presenting round and granulated cytoplasm (Fig. 5 B). Exposure GL15 cells to quercetin (60 µM) did not induce significant morphological changes, and this flavonoid did not reverse the toxic effect of catechol (Fig. 4 C and D). However, the exposure to rutin (60 µM) induced cells to change to a filamentary phenotype, with contracted cytoplasm (Fig. 4 E), and the majority of cells exposed to both catechol and rutin presented a round cytoplasm apparently amplifying the toxic effects (Fig. 4F). The protective effect of acid ascorbic against catechol induced cytotoxicity was also evidenced by phase-contrast microscopy, after 72 h experiment. The majority of the GL-15 cells maintaining its morphology even in the presence of 600 µM catechol with ascorbic acid (100-600 µM) (Fig. 5 C-D). A B OH HO OH O OH HO O O O OH OH O O OH OH OH OH OH OH OH OH O Quercetin Rutin Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Quercetin http://en.wikipedia.org/wiki/Rutin Figure 1 - Chemical structures of flavonoids quercetina (A) and its glycoside rutin (B). 32 Figure 2 – Determination of cytotoxicity of catechol and antioxidants in GL-15 cell cultures by the MTT test. Dose-response curves obtained after 24 h (A), and 72 h (B) exposure to catechol (Eq 2A and 2B); Dose-response curves obtained after 24 h (C), 72 h (D) exposure to rutin (Eq 2C and 2D); (E) toxicity of quercetin after 72 h exposure; (F) toxicity of ascorbic acid after 72 h exposure. Results are expressed as means SD; Non-linear regression was used to calculate the IC50 values. 33 Cell viability Quinones formation Figure 3 - Determination of protective effect of antioxidants against catechol induced cytotoxicity in GL-15 cells cultures by the MTT test and by the measure of quinones formation (A) Dose-response curves of cell viability obtained after 72 h exposure to catechol and rutin and quinone formation (B); (C) Dose-response curves of cell viability obtained after 72 h exposure to catechol and quercetin and quinone formation (D); (E) Doseresponse curves of cell viability obtained after 72 h exposure to catechol and ascorbic acid and quinone formation (F). Results are expressed as the mean SD of the ABS at 405 nm; * P < 0.0 34 Figure 4 - Photomicrographs by phase microscopy of GL-15 cells cultures in control conditions (A) or after 72 h exposure to 300µM catechol (B), 60µM rutin (C), 60µM rutin and 300µM catechol (D), 60µM quercetin (E), 60µM quercetin and 300µM catechol (F) Obj. 200.70; Scale bars = 10 µm. 35 Figure 5 - Photomicrographs by phase microscopy of GL-15 cells cultures in control conditions (A) or after 72 h exposure to 600µM catechol (B), 600µM catechol and 100µM ascorbic acid (C), 600µM catechol and 600µM ascorbic acid (D). Obj. 200.70; Scale bars = 10 µm. 36 3.4. DISCUSSION We observed that catechol was toxic to GL-15 cells. The IC50 values decreased along the time of exposition. The cytotoxicity of catechol against GL-15 cells was associated with the induction of quinone formation as already demonstrated in our previous study (PEREIRA et al., 2004). In the same work, the catechol induced toxicity on GL-15 cells was only partially inhibited by dismutase superoxide (SOD) suggesting that catechol toxicity is can also be attributed the generation of ROS. In order to find effective antioxidant molecules against catechol induced toxicity, we evaluated the protective effect of AA and two related flavonoids, quercetin and its derivative rutin. Quercetin and rutin are flavonoids abundant in plants, vegetables and fruits. These flavonoids have been described as antioxidants due its ability to scavenger ROS (ZIELINSKA et al. 2003; CHEN et al., 2006; BOOTS, 2008). In function of its limited solubility in the aquoseous conditions of the culture medium, quercetin toxicity was tested only at 100µM. In the range of concentration between 0.6µM until 100µM the quercetin was not toxic to GL-15 cells, according to the MTT assay. The flavonoid rutin showed cytotoxic effects with IC50 values of 622µM and 284µM, after 24 h and 72 h, respectively. Rutin also induced change on cell morphology at sub toxic concentrations (10 to 100µM). Quercetin and its glycoside rutin in concentrations sub-toxic were not able to protect GL-15 cells against oxidative stress induced by catechol. TAN and collaborators (2009) observed that quercetin or rutin can significantly attenuate DNA damage in human hepatoma cells and human hepatocyte cells, indicating that the polyphenols did not work through an enzymatic mechanism. The inhibitory effect of polyphenols has to be assigned to non-enzymatic repair mechanism rather than to enzymatic repair mechanism, nor to antioxidant mechanism. We found that rutin and quercetin at subtoxic concentrations enhanced dose-dependently the quinone formation in cultures of GL-15 cells exposed to catechol. It may explain the inability of these flavonoids to revert cytotoxicity of catechol. Oxidation of flavonoids generating quinones was already demonstrated in different systems (DANGLES et al., 1999; AWAD, 2002; BOOTS et al., 2003). Rutin was more cytotoxic to GL-15 cells than quercetin in the presence of catechol as revealed by MTT test and also by the cell morphology analyzes. It may be associated to the higher increase on oxidation and quinone formation in the presence of catechol. This can also 37 be due to its greater solubility in water than quercetin. The presence of sugar in rutin increases water solubility and decreases the ability to penetrate lipid membranes and antioxidant activity (RICE-EVANS et al., 1997). Moreover, as demonstrated in the study of Zielinska et al. (2003) quercetin, protected C6 cells from oxidative stress only at low concentrations but neither rutin nor the other two glycosides, were able to protect C6 cells from cytotoxicity and lipid peroxidation induced by cumene hydroperoxide. The flavonoids quercetin and rutin at concentrations sub-toxic catechol had associated with the increase of cell death in GL-15 showing pro-oxidant activity as preliminary data (BORCHARDT et al., 1975), (DULLOO et al., 1999). Beside, Duursen et al. (2004) showed that flavonoids inhibited the activity of catechol-O-methyl-tranferase (COMT), an enzyme that catalyzes the hydroxyl catechol metoxilation, thus preventing its oxidation. It has been suggested that phytochemicals with a catechol structure have the potential to reduce COMT (DUURSEN et al., 2004), this enzyme it’s also involved in the inactivation of many endogenous catechol substrates, as estrogens, thereby preventing their oxidation (MÄNNISTÖ & KAAKKOLA, 1999). As observed in mammary tissues (BORCHARDT et al., 1975; DULLOO et al. 1999; DURSEN et al., 2004) the flavonoids quercetin, catechin, and epicatechin were more efficient in inhibit COMT activity than phytochemicals without a catechol structure (genistein, chrysin, and flavone). It may be also a mechanism by which the association of flavonoids rutin and quercetin enhanced cytotoxicity induced by catechol in GL-1 cells. Although the cell death induced by catechols has relationship with the production of ROS, there may also be the involvement of other mechanisms. The toxicity of catechol to GL-15 cells, for example, is due in part to the production of reactive quinones (PEREIRA et al, 2004). AA did not show toxicity toward GL-15 cells even at the high concentration adopted of 3000µM, and efficiently protected these cells against oxidative damage induced by catechol. At concentrations of 20-300µM, AA partially protected GL-15 cells from cytotoxic damage induced by catechol. Oxidation of catechol generates ROS, including H2O2 and OH2•, and forms potentially reactive and toxic o-benzoquinones. AA can scavenger ROS and reacts with quinones (PETHIG et al., 1983). This vitamin, at an equimolecular concentration of catechol, efficiently depleted or inhibited the reactive compounds generated from catechol oxidation, emphasizing its role of dietary antioxidant. o-benzoquinones generated from catechol oxidation are able to react with the nucleophilic group in the side chain of cysteine. This reaction could lead to the loss of cellular reduced glutathione (GSH), a mechanism that 38 induces neuron degeneration (YOUDIM et al. 2006). In effect, a study using N2a cells as a model of neuronal cells met that catechol-induced cytotoxicity was not directly a consequence of reactive oxygen species production, but a consequence of GSH depletion followed by the induction of apoptosis (LIMA et al., 2008). In the study conducted by Jenner et al. (2002), it was reported that vitamin C attenuates HOCl-induced DNA base and protein damage and depletion of intracellular GSH and ATP in human arterial smooth muscle cells. It may be another mechanism of protection of vitamin C against catechol induced toxicity in glial cells. Acknowledgements This work was supported in part by grants from National Council for Scientific and Technological Development (CNPq) and Foundation for the Support of Research and Extension of the State of Bahia (FAPESB). We gratefully acknowledge the research support provided by Program of Pos-Graduation in Biotechnology/UEFS. 39 REFERENCES AHMAD, K.H. Benzene's toxicity: a consolidated short review of human and animal studies. Hum Exp Toxicol. V. 26(9), p. 677-85, 2007. AMES, B.N., SHIGENAGA, M.K., HAGEN, T.M. Oxidants, antioxidants, and the degenerative diseases of aging. Proc. Natl. Acad. Sci. USA , v.90 (17), p. 7915–7922, 1994. ATKINSON, T.J. 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Em nossos estudos anteriores observamos que citotoxicidade do catecol em células GL-15 deve-se especialmente pela formação de quinonas reativas (PEREIRA et al., 2004), pois a utilização do varredor endógeno de radicais livres como a SOD somente inibiu parcialmente a sua toxicidade. Em nossas condições experimentais observamos que a vitamina C protegeu efetivamente a citotoxicidade induzida pelo catecol nas células GL-15, proteção atribuída à reversão total da formação de quinonas. Por outro lado nossos resultados apontaram que os flavonoids rutina e quercetina não apresentaram proteção na citotoxicidade induzida pelo catecol. Ainda um aumento da formação de quinonas no meio extracelular foi observado quando da associação dos flavonóides com o catecol e um aumento da toxicidade. A ação antioxidante dos flavonóides rutina e quercetina em outros sistemas biológicos (RICEEVANS et al., 1997) tem sido atribuída à remoção de radicais livres como o peróxido de hidrogênio e ânion superóxido. Portanto, nas nossas condições experimentais, a falta de proteção antioxidante dos flavonóides rutina e quercetina poder estar relacionada à incapacidade destas moléculas em reverter a formação de quinonas. Os resultados do presente trabalho contribuem para compreensão da toxicidade de um dos metabólitos do benzeno, o que fornece mais um dado para a discussão da intoxicação pelo benzeno nas dimensões clínica, ambiental e ocupacional, para que medidas de prevenção à exposição ao benzeno possam ser adotadas. Uma questão crucial, no entanto, refere-se ao uso benéfico da dieta ou do uso terapêutico de substâncias naturais como os flavonóides, visto que no presente modelo de estudo a rutina mostrou ser tóxica para estas células em altas concentrações e mesmo em concentrações sub-tóxicas rutina e quercetina aumentaram o dano celular quando associadas ao catecol. Por outro lado nossos resultados reforçam a vasta propriedade antioxidante da vitamina C, também efetiva para toxicidade induzida pelo catecol em células gliais. 44 Os resultados obtidos no presente estudo poderão também servir de suporte para novos estudos dos mecanismos de toxicidade do catecol e compostos antioxidantes nas diferentes populações de células do SNC e suas interações, utilizando por exemplos, sistemas de cultura complexos de culturas primarias de células gliais e neuronais normais de murinos. 45 5. REFERÊNCIAS AHMAD, K.H. Benzene's toxicity: a consolidated short review of human and animal studies. Hum Exp Toxicol. V. 26(9), p. 677-85, 2007. ALMEIDA, S. P., PROENÇA, C. E., SANO, S. M. & RIBEIRO, J. F,. Cerrado: espécies vegetais úteis. Embrapa-CPAC, Planaltina, DF, p. 150-155., 1998. AMES, B.N., SHIGENAGA, M.K., HAGEN, T.M. Oxidants, antioxidants, and the degenerative diseases of aging. Proc. Natl. Acad. Sci. USA v. 90 (17), p. 7915–7922, 1994. 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S., SANTOS, G. S., HUGHES, J. B., FREITAS, S. R. V. B., SILVA, V. D. A., COSTA, M. F. D., TARDY, M., COSTA, S. L., ELBACHÁ, R. S. Estudo da neurotoxicidade de metabólitos do Benzeno em células gliais normais e transformadas In: XXXIII Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular, 2003, Caxambú. Anais da XXXIII Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular. , 2003. 5. PEREIRA, M. R. G., OLIVEIRA, e S de, GRANGEIRO, M. S., ALCANTARA, J. F., SILVA, A. R., HUGHES, J. B., COSTA, S. L., COSTA, M. F. D., ELBACHÁ, R. S. Superoxide dismutase protecs human GL-15 glioblastoma cells against the toxicity induced by 1,2-dihidroxibenzene In: XXXII Reunião Anual da Sociedade Brasileira de 64 Bioquímica e Biologia Molecular - SBBq, 2003, Caxambú. Anais da XXXII Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular - SBBq. , 2003. 6. HUGHES, J. B., SOUSA, J. S., BARRETO, R. A., SILVA, A. R., SILVA, V. D. A., FREITAS, S. R. V. B., GRANGEIRO, M. S., SILVA, B. M. P., TARDY, M., VELOSO, E. S., COSTA, M. F. D., ELBACHÁ, R. S., COSTA, S. L. Efeito Antitumoral de extratos alcaloidais de Prosopis juliflora sobre células gliomatosas In: XXXIII Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular, 2003, Cuiabá. Anais da XXXIII Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular. , 2002. Trabalhos publicados em anais de eventos (resumo expandido) 1. HUGHES, J. B., SOUSA, J. S., SILVA, A. M. M., SILVA, V. D. A., SILVA, A. R., SOUZA, C. S., BARRETO, R. A., GRANGEIRO, M. S., PINHEIRO, A. M., ELBACHÁ, R. S., VELOSO, E. S., COSTA, S. L. Reactional astrogliosis induced by Prosopis juliflora pods into astrocyte primary cultures In: Simpósio Latino Americano de Plantas Tóxicas, 2004, Salvador. Pesquisa Veterinária Brasileira. SciELO Scientific Electronic Library Online, 2004. v.24. p.10 - 11 Eventos Participação em eventos "I CONGRESSO IBRO/LARC DE NEUROCIÊNCIAS DA AMÉRICA LATINA, CARIBE E PENÍNSULA IBÉRICA".Antioxidant effects of ascorbic acid and pro-oxidant effects of quercetin on catechol - induced citotoxicity to GL-15 glioblastoma cells.. 2008. (Congresso). . 65