ENGENHARIA DE ALIMENTOS E BIOQUÍMICA Processamento de Alimentos pelo Frio Aula 2 Prof. Dr. Estevãn Martins de Oliveira 1 Congelados 2 Histórico EUA – 1865 congelação de peixes(comercial) Nova Zelândia – 1891 congelação de carnes( carneiros – exportação Inglaterra) EUA – 1905 ( leste) frutas ◦ 1929 - Hortaliças 1595 - Galileu – termômetro exato 1622 – Boyle – leis volume e pressão dos gases 1823 – Farady – mudanças de estado 1824 –Carnot expansão e compressão dos gases 1834 – Perkins – máquina de compressão 1875 – Linde – amoníaco – subst. Refrigerante 1881 – CIA transporte de carneNova Zelândia 1920 – Birdseye – EUA congelamento rápido dos alimentos 3 INTRODUÇÃO FRUTAS: a fruticultura, apenas cerca de 5% das áreas cultivadas no país Potencial: Brasil % do volume da produção mundial, para colocá-lo em 1o lugar no ranking dos produtores de fruta “in natura”. O Brasil destina apenas cerca de 1% da sua produção de frutas frescas à exportação 20o lugar entre os países exportadores de frutas frescas HORTALIÇAS: representam o maior grupo de plantas cultivadas, mais de 100 espécies. Eram, cultivadas em muito pequena escala e comercializadas no mercado informal, o que ocasionava sua exclusão das estatísticas e, consequentemente, das preocupações de políticos e de tecnocratas. 4 Legumes e hortaliças 5 Relação da produção e área cultiva de cereais, leguminosas e oleaginosas Fonte : IBGE 6 Produção de cereais, leguminosas e oleaginosas por estado Fonte : IBGE 7 Categorias A inclusão das espécies na categoria das hortaliças baseia-se em algumas características como: alta produtividade por área riqueza de nutrientes não calóricos - protéicos exigência em tecnologia de produção apurada elevada utilização de mão-de-obra alto conteúdo de água e alta perecibilidade tipos de cultivo: múltiplo em pequena escala de produção e a monocultura em larga escala possibilidade de várias safras / ano Incluídas entre as hortaliças, estão a batata, tomate e a cebola, mesmo sendo grandes culturas, possuem todas as características das hortaliças. Batata e Tomate competem historicamente pelo nono e décimo lugar na escala de volume de produção, entre todos os produtos agrícolas no Brasil (Ferreira et alii, 1993). 8 Pecuária de corte 9 CONSERVAÇÃO FRUTAS PELO FRIO Refrigeração - T ≥ 0oC ou T = -1 ou -2oC ◦ Conservação temporária-vantagem- textura – propriedades organolépitcas.( economia doméstica e indústria M.P. processamento Congelação – T < 0oC – alteração características físicas das frutas (branqueamento ou SO2 ou ácido ascórbico – resfriamento – congelamento (lento ou rápido) – câmaras frias) ◦ Lento ou comum - T < 0oC ou < - 18oC - conservação indefinida – altera parte textura e propriedades organolépticas. ◦ Rápido - T < -40oC – instantâneo – vantagens – textura e propriedades organolépticas conservadas Cristais de gelo formados = < tempo < menor dano à célula menor tempo difusão dos sais e separação da água na forma de gelo. Armazenamento à T < - 18oC = preservação tempo indefinido( natureza da fruta) – próprio para hortaliças que frutas. 10 REFRIGERAÇÃO DE VEGETAIS Fruta Temperatura ( ºC ) Umidade Relativa(%) Abacate 7 - 12 85 - 90 Ameixa -0,5 a +0,5 Cereja Tempo de Conservaçã o Observações 2 – 4 semanas É sensível ao frio.Refrig. quando maduro 85 3 – 15 sem. Depois de 1/3 do período,conservar a 6-8ºC. -0,5 a 0 85 12 – 15 dias Pouco acessível a refrig. Goiaba 7 - 10 80 - 85 Limão 0 - 12 85 - 90 3 – 8 meses O amarelo na casca pode ser controlado a 5ºC. Maçã 1-3 90 3 – 8 semanas Dif. Temperaturas dependem dos tipos de maçã Abacaxi 7 80 - 90 1 – 3 semanas - Morango 0 95 1 – 2 semanas Aum. Em 2ºC ; tempo de conservação dim. Para 2 –3 dias. Pêssego -0,5 a 0 90 15 dias Não resiste a longo tempo de conservação FONTE: Holdsworth , 1998 - Sensível à baixas temperat. 11 CONSERVAÇÃO LEGUMES E HORTALIÇAS PELO FRIO Refrigeração – conservação temporária T ≥ 0oC . Indústria M.P. processamento final ◦ Tomate T = 0oC – couve repolho e alface a T = 1oC , cebola cenoura e nabo a T = 2oC Congelação = as das frutas ◦ Operações = para calor,exceto congelamento, armazenamento em câmara frias. ◦ Espécies apropriadas para este tipo de conservação: Feijão, milho, brócoli, espinafre, aspargo e ervilha ◦ Espécies impróprias: tomate, repolho roxo ◦ Na mesma espécie há variedades impróprias’ 12 REFRIGERAÇÃO DE VEGETAIS Tabela 1- Parâmetros de temperatura e U.R. e tempo de conservação de vegetais Vegetal Temperatura ( ºC ) Umidade Relativa ( % ) Tempo de Conservação Observações Abóbora 10 - 12 70 - 75 3 –6 meses Esperar 1-2 semanas para iniciar refrig. Alface 0 90 - 98 2sem – 1 mês Pré-refrig.Envolver a alface > sua conservação. Beterraba 0 95 3 – 5 meses Retirar as folhas antes do armazenamento Cebola -0,5 a 0 65 - 75 8 meses Refrig. p/ conservar por muito tempo. Cenoura 0 90 - 95 4-5 meses Precisa de pré-refrig. Couve-flor 0 85 -90 2 – 3 sem Aplicar a pré-refrig. Repolho 0 90 - 95 3 – 6 meses Controlar o murchamento , adequando a U.R. Tomate maduro 4-8 85 8 – 10 dias Tolera baixas temperaturas 13 ESCALA TÉRMICA Temperatura oC Efeito do uso 36,5 Temp. corpo humano 26,5 Em 12 – 24 h bactérias podem x 3000 vezes 21 Em 12 – 24 h bactérias podem x 700 vezes 15,5 Em 12 – 24 h bactérias podem x 15 vezes 10 Em 12 – 24 h bactérias podem x 5 vezes 4,5 Em 12 – 24 h bactérias podem x 2 vezes -0,5 a 1 Temp. de armazenamento refrigerado 0 Temp. de congelamento da água -1 a -5 Crescimento muito lento de MO. Destruição de bactérias( > parte) -10 Paralisação de bactérias sobreviventes -18 a -23 Temp. armazenamento de alimentos congelados -30 a -35 Temp. de congelamento de alimentos 14 Refrigeração de carnes Alimento Período de armaze namento 0oC 22oC 38oC Carne 6 - 10 1 <1 Peixe 2- 7 1 <1 5 - 18 1 <1 Ave (frango) 15 Tecnologia Resfriamento Resfriamento ◦ Ar em câmaras e túneis ◦ Direto a gelo, para hortaliças de folhas ◦ Água para certas hortaliças ◦ À vácuo ( pptte alface) Armazenamento ◦ Temperatura próximas do mínimo ◦ Alimentos vivos – temp. < 0oC a -1 0oC (uvas européias) Bananas T ≥ 12 0oC ◦ 2 produtos na mesma Câmara-fria T + sensível ◦ T estável ( sem flutuações) ◦ Umidade do ar controlada Ar seco desorção – murchamento de frutas e hortaliças Ar úmida adsorção – desenvolvimento de fungos UR 85 a 90 % frutas e hortaliças UR 90 a 95 % folhas e tubérculos ◦ Compatibilidade dos produtos na mesma câmara-fria 16 Tecnologia Congelamento Congelamento ◦ Imersão em líquido criogênco: ( N2)liquido - rachaduras grde volume NaCl – restrições de uso - frutas Açúcar – muito viscosas – baixa temperatura glicerina ◦ Contato direto ◦ Ar ◦ Temp. de congelamento 10 a 12 < q. temp. de armazenagem Armazenamento ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ temperatura mín -18oC (recomendada) Perda de umidade - ressecamento Flutuações de temperatura - recristalização Embalagem hermética Transporte e distribuição (cadeia de congelação) 17 EQUIPAMENTOS (2) Fig. 6 – Seleção manual de frutas Fig. 4 – Espiral de resfriamento Túnel de congelamento Fig. 5 - Câmara de congelamento Fig. 7 - Despolpadeira 18 Túnel de congelamento 19 EQUIPAMENTOS Balcão frigotérmico Unidades de frigorificação N2 líquido 20 TECNOLOGIA E CIÊNCIA 21 Tecnologia e Ciência/ taxa de congelamento 22 Tecnologia e Ciência Efeitos da taxa de congelamento na resolubilização de taninos insolúveis à partir de caqui Durante e após descongelamento. Barras indicam S.E. (n3). 23 Tecnologia e Ciência Fig. 1 Efeitos da taxa de congelamento na concentração de tanino soluvel no congelamento de caqui durante e após descongelamento. Barras indicam S.E. (n3). 24 Congelamento rápido e lento e descongelamento de polpa de caqui (microfotografia por varredura de elétrons) (A) Antes do congelamento; (B–D) congelamento lento da polpa; (E–G) congelamento rápido da polpa; (B) and (E) no início do descongelamento (C) e (F) 6 h após iniciar o descongelamento; (D) e (G) 24 h após iniciar o descongelamento. 25 Clorofila e Hemoglobina 26 ARMAZENAMETO Carregamento de pallets Tipo de pallets Armazenagem em câmara-fria 27 Câmara de resfriamento carcaças bovinas 28 CONCLUSÕES Caracterizou-se o emprego do frio bem conservação de frutas e hortaliças em diversas formas de apresentação. Identificou-se a necessidade de seleção de espécies e variedades vegetais para se aplicar a tecnologia apropriada. Apresentou-se as operações que precedem a utilização das tecnologias de conservação de produtos de origem vegetal 29 BIBLIOGRAFIA 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. CAMARGO, R. at alii. Tecnología dos produtos agropecuários. São Paulo. Nobel, 1984. CHEFTEL, J. C.; CHEFTEL, H; BESANÇON, G. Introducción a la bioquímica y Tecnología de los alimentos. Zaragoza: Acribia, v.2, 1989. p. 326-348. FELLOWS, P. Tecnología del Procesado de los Alimentos: Princípios y Práticas. 1993. HOLDSWORTH, S.D. Conservacíon de Frutas y Hortalizas.1988. JACKIX, M.H. Doces, geléias e frutas em calda. São Paulo. Cone,1988 PASCHOALINO. J.E. ITAL- PROCESSAMENTO DE HORTALIÇAS . manual técnico no. 4, 1989. WILLIS, R.H.H. Fisiologia y manipulación de frutas e hortalizas post recolección. Zaragoz., Acribia.1986. WILEY, R. C. Frutas y Hortalizas Mínimamente Processadas y Refrigeradas. 1997. Wang Haiying, Zhang Shaozhi, Chen Guangming Experimental study on the freezing characteristics of four kinds of vegetables Institute of Refrigeration and Cryogenics, Zhejiang University, Hangzhou 310027, China accepted 8 June 2006 Satoshi Taira , Miki Ono, Masako Otsuki Effects of freezing rate on astringency reduction in persimmon during and after thawing Laboratory of Pomology, Faculty of Agriculture, Yamagata Uni6ersity, 1 -23 Wakaba-machi, Tsuruoka, Yamagata 997 -8555, Japan Postharvest Biology and Technology 14 (1998) 317–324 www.radiofrigor.com.br/.../pinguim16/sistema.jpg www.johnsoncontrols.com.br/publish/br/pt/prod... 30 ENGENHARIA DE ALIMENTOS E BIOQUÍMICA Processamento de Alimentos pelo Frio Aula 2 - 2a. parte Prof. Dr. Estevãn Martins de Oliveira 31 SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO Fundamento: compressão, liquefação e expansão de um gás Refrigerante muda de estado ao percorrer 3 partes distintas do sistema: ◦ Compressor ◦ Condensador ◦ Evaporador 32 Compressor Finalidade- fornecer calor (perdido no evaporador) ao refrigerante Equipamento: bomba vertical ou horizontal com transmissão. Constituição: ◦ Tubo de aspiração e compressão ◦ Válvula aspirante e premente (stuffing box- impede fugas de gás e entrada de ar atmosférico) ◦ Gás sai do evaporador recebe forte compressão, e levado ao condensador 33 Condensador Série de tubos de diferente diâmetro Unidos em forma de curvas Com espirais laminares – aproveitamento da superfície de contato Resfriado com corrente de água aspergida na parte externa. ◦ Ou imerso na água(+ uniforme) + água ◦ Peq. Instalações –resfriamento – ar atmosférico O gás oriundo do compressor liquefaz-se no condensador (baixa temp) e segue para o depósito (novo ciclo) 34 Evaporador Tubos em serpentina no interior da câmara (com alimento) Refrigerante líquido necessita calor (latente de vaporização) para mudar de estado para gás A evaporação do refrigerante no evaporador absorve o calor do ambiente – produto se resfriará. Refrigerante retorna ao compressor na forma de gás (completo o ciclo) 35 Circuito frigorífico 01 - Válvula reguladora de pressão de condensação 02 - Válvula de serviço 03 - Filtro secador 04 - Válvula solenóide 05 - Bobina 06 - Visor de líquido 07 - Válvula de expansão 08 - Termostato 09 - Reguladora de gás quente 10 - Evaporador 11 - Motor 12 - Controlador eletrônico 13 - Válvula esfera 14 - Válvula reguladora eletrônica 15 - Placas de entrada e saída 16 - Unidade Central 17 - Acumulador de sucção 18 - Filtro de sucção 19 - Válvula reversora 20 - Núcleo 21 - Pressostato de Baixa 22 - Compressor 23 - Pressostato de Alta e Baixa 24 - Contator 25 - Pressostato de óleo 26 - Filtro de óleo 27 -OMB 28 - Visor de líquido 29 - Separador de óleo 30 - Controle de alta pressão 31 - Termostato de descarga 32 - Condensador 33 - Motor 34 - Reservatório de líquido 35 - Controlador do Ventilador 1 2 3 6 4 7 9 35 34 32 10 14 19 29 13 18 22 21 17 36 Substâncias refrigerantes Características: ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ Baixo ponto de fusão Nem inflamável e nem explosiva Alto calor latente de vaporização Não corrosiva, nem alterar óleos lubrificantes Atóxica ao ser humano Não exigir pressões elevadas para condensar Baixo custo Exemplos: ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ Dióxido de enxofre Dióxido de carbono Cloreto de metila Amônia Hidrocarbonetos fluorados: Freon 11, 12, 21,22, 113 Nitrogênio líquido 37 Propriedades dos refrigerantes Substância refrigerante Ponto de ebulição (oC) Calor latente de vaporização Btu/ lb Cal/g(aprox) Água 100 970,3 540 Amônia (asfixia) -33,3 589,3 326 Freon 12 difluordicloro-metano -29,9 70,8 39 Dióxido de carbono -87 Dióxido de enxofre -10 168 Cloreto de metila -24 184,1 - - 94 102 38 PROPRIEDADES TÉRMICAS DOS ALIMENTOS Calor específico Condutividade térmica Entalpia Difusividade térmica 39 Calor Específico Def. energia em quilocalorias Q que a massa de um quilograma (m) de produto precisa receber para elevar a sua temperatura de 1o.C(Dt) Cp = Q/ m . Dt Kcal/Kg oC p – pressão constante(liq. E sólidos não compressíveis a diferença entre calor específico à pressão constante e volume constante é insignificante O Cp aumenta no sentido que o produto se aproxima do ponto de congelamento( valor máximo) O Cp é função do teor(%) de água existente no alimento. Produto Cp médio kcal/kgoC Variação % Carne magra 0,85 +- 0,05 Gordura 0,93 +- 0,2 Ossos 0,60 +- 0,1 40 Calor Específico(cont) A medida de calor transferido durante o congelamento inclui calor específico e calor latente ◦ O critério de calor latente utilizado qdo da mudança de fase a T= K, deve ser empregado com cuidado. Outra forma de calcular entalpia ◦ Tabelas e gráficos que a relacionam com a temperatura 41 Condutividade térmica k- condutividade da mistura kc condutividade da fase contínua kd – condutividade da fase dispersa a- 3kc(2kc + kd) b- Vd/(Vc +Vd) Vd- volume da fase dispersa Vc – volume da fase contínua 1 [1 a(kd / kc )]b k 1 (a 1)b Identifica o número de calorias transferido por unidade de área perpendicular ao fluxo de calor, para cada grau de diferença de temperatura, através da amostra e inversamente para cada unidade de comprimento na espessura da amostra na direção do fluxo de calor Métodos de determinação ◦ ◦ Estacionários- valores de T= K em relação ao tempo Não estacionários- valores de T variam em relação ao tempo Erros na literatura: erros instrumentais e método empregado e heterogeneidade de amostras (umidade, proteínas, gorduras) Equação de EUCKEN 1940 (misturas) 42 Condutividade térmica (cont) A variação da k é praticamente linear para temperaturas entre -23 a -7oC, caindo abruptamente entre -7 a 0oC, 1/3 e ¼ do valor do produto congelado. A condutividade do gelo é 4 x > que a da água logo a condutividade da carne aumentará conforme o % de gelo. Condutividade da carne depende da continuidade do gelo ◦ Congelamento lento – cristais maiores > continuidade ◦ Congelamento rápido – cristais menores < continuidade 43 Difusividade térmica Importante na transferência de calor no estado não estacionário Eq. de Crank (1956) Furier(1978) k- condutividade térmica d - densidade Cp – calor específico Denominador indica a capacidade do produto absorver calor Numerador indica a capacidade em transferir calor através dele K D d .C p 44 Difusividade térmica(cont.) Formas de obtenção: ◦ Cálculo com a equação anterior( Olson e Jackson (1942) relação entre D, a recíproca da inclinação da curva relacionando tempo e temperatura. A base do método é a relação exponencial entre a mudança da T do produto e o tempo após um certo período de aquecimento, determinado pela equação de Fourier e com auxílio de uma dimensão linear dependente da geometria do corpo. ◦ Medindo diretamente Dickerson (1955) e Ross (1971) – condições de transferência de calor onde as temperaturas da amostras aumentam linearmente, de tal forma a minimizar a dificuldade de se satisfazer as condições limites. 45 Valores de difusividade térmica para a carne (Cherneeva) Difusividade térmica cm2/min Carne (a) Carne (b) -30 0,401 Temperatura oC -20 -10 0 0,259 0,167 0,070 30 0,074 0,338 0,283 0,074 0,183 0,070 (a) carne com 74,5 % de água e alto teor de gordura (b) carne com 78% de água e baixo teor de gordura 46 EMISSIVIDADE Cálculo da transferência de calor por radiação entre diferentes superfícies ◦ Temperatura ◦ Área ◦ Poder emissor das superfícies Ea e Ep poder emissor da amostra e padrão Relação obtida qdo Ea = Ep e – difícil de ser medida a baixas temperaturas (fluxo de radiação nas superfícies é pequena) A emissividade decresce com o aumento da temperatura( perda da água da carne e gordura ou fusão) Ea e Ep 47 Pressão de vapor Temperatura na interface entre camada seca e congelada – assumida como = a temperatura de equilíbrio do gelo puro à pressão na região. ◦ Causa de erro:na liofilização um erro de +- 2 oC provoca um erro no fluxo de calor calculado através da lâmina não seca. ◦ calor latente de sublimação do alimento foi calculado pela utilização da pressão de vapor versus temperatura. ◦ Na estocagem frigorífica ocorre a desidratação do produto: condições de contato do ar com a superfície do produto. ◦ A taxa de sublimação por unidade é a função da velocidade e a diferença na pressão de vapor da água entre a superfície de sublimação e o ar. 48 Calor de respiração Frutas, hortaliças e tubérculos são organismos vivos : continuam o processo metabólico após colheita. Respiração consumo de O2, calor e água: C6H12O6 + 6 02 6 CO2 + 6 H2O + calor (674 kcal) 1mg CO2 = 10,7 J(2,56 cal ou 2,56 x 10-3 kcal) o calor liberado provém da reação exotérmica da oxidação da glicose 49 Desenvolvimento do produto Crescimento- divisão celular e crescimento Maturação: inicia após crescimento e inclui diferentes processos em função de cada espécie ou variedade Senescência: processo de síntese é substituído pelo processo de degradação Variação da atividade metabólica= alterações físicas e químicas na estrutura do vegetal. 50 Variação da atividade metabólica R % relativa de troca A divisão celular B – crescimento celular C- maturação D – Senescência E- crescimento do fruto 1 – frutas climatéricas(maçã, pera, abacate, banana) 2- frutas não climatéricas 100 E E 50 1 1 2 2 A B C Taxa de respiração em função do crescimento D 51 CARGA TÉRMICA Projeto do sistema frigorífico ◦ Condições de estocagem a dada temperatura ◦ Custos de investimento, manutenção e amortização Cálculo da carga térmica: ◦ Fontes de calor: através das paredes, piso teto Infiltração do ar no interior da câmara Carga do produto Motores, empilhadeiras, pessoas e iluminação Condições precedentes a estocagem: ◦ Custo versus qualidadetemperatura de estocagem, movimentação do ar, umidade relativa propriedades do produto, tipo e dimensões da embalagem. ◦ Local para construção da câmara: disponibilidade de energia, água e transporte 52 Dados iniciais (CT) Clima – cálculo do ganho de calor pelas paredes, piso e teto, seleção do condensador e ventilação (dados estatísticos x isolados) Água – origem da água (municipal, riacho, mar , poço) Energia- voltagem, ciclagem, quantidade máxima fornecida sem limites ou kWh. Produto ◦ Tipo de produto ◦ Quantidade de produto recebido a ser resfriado ou congelado por dia ou por hora ◦ Temperatura de recebimento ou processamento ◦ Entrada diária na câmara ◦ Acondicionamento utilizado (caixa, tambores, baldes) ◦ Características físicas do produto ◦ Finalidades do produto(venda direta, distribuição, matéria prima) ◦ Tipo de movimentação que recebe 53 Dados iniciais (CT)(cont) Descrição da instalação ◦ Localização ◦ Dimensões ◦ Outras observações Condição do local ◦ Cópia ou esboço do prédio existente ou em estudo ◦ Área disponível de terreno ou prédio ◦ Se há liberdade de planejamento Observações adicionais 54 Calor dissipado 55 Seleção da espessura ótima de um isolante 56 Calor equivalente de motores elétricos 57 Calor equivalente de pessoas 58 Condutividade térmica 59 Tempo de congelamento Ri= Resistência interna Re= Resistência de superfície ao calor T= -30oC Tcg= -15oC Ri=cte 2 métodos t< p/> coef. Película=< Re 60 Respiração 61 Tempo de estocagem x temperatura 62 Dimensão x velocidade e T do ar x t no congelamento 63 Isolantes comuns 64 65 Tempo x temperatura estocagem 66 Para consultar na web 67 Conclusões A refrigeração de alimentos é dependente das propriedades físicas, químicas e bioquímicas destes. A refrigeração está associada ao tipo de conservação e período desejados. Limita-se na dimensão das câmaras-frias e diferenças entre alimentos. Requer alto investimento e tecnologia para manter a qualidade dos alimentos 68 Para consultar na web http://www.fao.org/docrep/008/y5979e/y5979e03.htm http://www.extension.umn.edu/food/food-safety/preserving/freezing/thescience-of-freezing-foods/ www.irc.wisc.edu/file.php?id=192 http://www.ag.ndsu.edu/pubs/yf/foods/fn403.pdf http://highered.mcgrawhill.com/sites/dl/free/0073398128/835451/Chapter17.pdf www.fsis.usda.gov/.../food.../food...food.../freezing.. http://www.nzifst.org.nz/unitoperations/httrapps3.htm#freezing http://sintak.unika.ac.id/staff/blog/uploaded/5812001244/files/tpp/freezing.pdf http://www.aseanfood.info/Articles/11015105.pdf www.febrava.com.br Reconsul Refrigeração ASRAE 69