Avaliação do Estado Nutricional de Crianças Regularmente Matriculadas na Fundação Matriculadas na Fundação Joana de Angelis no Município de Tubarão- SC Maria Helena Marin*, Morgana Prá** *PUIP, Msc Saúde coletiva, curso Nutrição Tubarão ** Academica curso Nutrição Tubarão Introdução Atualmente, dentre os problemas que acometem as crianças além das formas crônicas e agudas de desnutrição, o sobrepeso vem sendo uma importante questão enfrentada. A fome diminuiu, mas continua causando mortes em países subdesenvolvidos, enquanto a obesidade é um importante problema de saúde pública em países desenvolvidos e subdesenvolvidos. (ARAÚJO et al, 2006). A desnutrição condiciona crescimento e desenvolvimento deficientes, maior vulnerabilidade a doenças infecciosas, comprometimento de funções reprodutivas e redução da capacidade de trabalho. Por outro lado, a obesidade está associada a várias doenças, entre diabetes mellitus e certos tipos de câncer. Tanto desnutrição quanto obesidades são, portanto, agravos relevantes para a saúde dos indivíduos. A maior ou menor relevância epidemiológica destes distúrbios em uma sociedade dependerá essencialmente da magnitude que alcancem. (MONDINI; MONTEIRO, 1994). Considerando que tanto a desnutrição quanto a obesidade determinam conseqüências para a saúde dos indivíduos faz-se necessário suas identificações. A detecção de alterações na composição corporal durante a infância é muito importante, por permitir uma intervenção precoce e prevenir complicações, para isso, avaliação antropométrica é comumente utilizada em tais diagnósticos. (SILVA, et al, 2003). Diante do exposto, avaliamos o estado nutricional de crianças de 2 a 6 anos matriculados na Fundação Educacional Joanna de Angelis, visando determinar o estado nutricional das crianças. Resultados Foram avaliadas 81 crianças de 2 anos a 6 anos de idade, destas 56,79% (n= 46) eram do sexo masculino e 43,20% (n= 35) do sexo feminino, Observa-se na tabela nº1 que os valores de baixo peso e risco de baixo peso foram semelhantes entre ambos os sexos, as maiores diferenças foram encontradas em sobrepeso apresentando o sexo masculino prevalência de 19,56% e o feminino 2,86%. Tabela no 1 – Distribuição das crianças matriculadas na creche Joana de Angelis segundo gênero e estado nutricional. Tubarão SC, 2007 Maculino Feminino Total Estado Nutricional N % N % N % Baixo peso 01 2,17% 01 2,86% 02 2,47% Risco baixo peso 04 8,70% 03 8,57% 07 8,65% Eutrofia 25 54,35% 27 77,14% 52 64,20% Sobrepeso 09 19,56% 01 2,86% 10 12,34% Obesidade 06 15,22% 03 8,57% 10 12,34% Total 46 100,00% 35 100,00% 81 100,00% Fonte: Dados da Pesquisa Analisando o grupo por faixa etária, sem distinção de sexo (tabela no 2), destaca-se baixo peso com 6,25% na faixa etária de 3 a 4 anos, e risco de baixo peso com 14,29% na faixa etária de 4 a 5 anos. O sobrepeso apresentou maior prevalência na faixa etária de 4 a 5 anos com 21,43%, e a obesidade destacou-se mais em crianças de 3 a 4 anos com 18,75%. Tabela nº 2- Distribuição das crianças matriculadas na creche Joana de Angelis segundo idade e estado nutricional- Tubarão, SC-.2007 Estado nutricional Objetivos Objetivo Geral Verificar o estado nutricional e alguns hábitos alimentares das crianças regularmente matriculadas na Fundação Joana de Angelis no município de Tubarão - SC Objetivos específicos 2—I 3 anos Baixo peso 5,26% Risco baixo peso 0 3—I 4 anos 6,25% 4—I 5 anos 0 5—I 6 anos Total 0 2,47% 12,50% 14,29% 9,37% 8,64% 62,50% 57,14% 65,62% 64,20% 21,43% 12,50% 12,35% Eutrofia 68,42% Sobrepeso 15,79% Obesidade 10,52% 18,75% 7,14% 12,50% 12,35% Total 23,46% 19,75% 17,28% 39,50% 100,00% 0 Fonte: Dados da Pesquisa Identificar e classificar o estado nutricional da população estudada; Identificar alguns hábitos alimentares e relacionar com o estado nutricional; Verificar os horários em que são servidas as refeições; Verificar a qualidade e de cada refeição. Metodologia O estudo foi realizado com 81 crianças de 2 anos a 6 anos de idade e de ambos os sexos, regularmente matriculadas na Fundação Joana de Angelis, localizada no município de Tubarão – SC. Primeiramente foi realizada uma visita ao local, onde foi exposto o estudo, e solicitado autorização para sua realização. Em seguida foram realizadas visitas para coleta dos dados antropométricos. As crianças foram pesadas com balança eletrônica marca MARTE, com capacidade máxima de 180kg e sensibilidade de 100g, estando descalças e com roupas leves, sem portar objetos pesados. A estatura foi medida com fita métrica, afixada em parede sem rodapé, permanecendo em posição reta, com os pés unidos e descalços, mãos ao lado do corpo e cabeça posicionada num ângulo de 90º, com auxilio de esquadro de madeira. Após a coleta de dados, estes foram avaliados utilizando como parâmetro o índice de massa corporal (IMC) para idade e gênero de acordo com o Ceter for disease Control and Prevention- CDC, do National Center for Health Statistics – NCHS, no programa epidemiológico EPI INFO versão 3.3.2. As crianças recebem cinco refeições por dia, distribuídas das 08 horas às 17 horas. Avaliando o cardápio percebeu-se pouca variedade de alimentos, alto consumo de carboidratos simples e baixo consumo de frutas e verduras, entretanto, apresentou adequado consumo de leite e baixo consumo de gordura. Conclusões Ao término do estudo observou-se que a maioria das crianças encontra-se eutróficas com uma tendência a sobrepeso e obesidade o que nos remete a necessidade de maior estudo bem como acompanhamento nutricional, mudança nos hábitos alimentares, visando melhorar os índices nutricionais e a qualidade de vida das crianças. Bibliografia ALVES J.G.; Sobrepeso em crianças atendidas em um consultório pediátrico privado do Recife. Pediatria S Paulo, SÃO PAULO, v. 6, p. 69-73, 1984. ARAÚJO, M. M. F; et al. O papel da amamentação ineficaz na gênese da obesidade infantil: um aspecto para a investigação de enfermagem. Acta paul. enferm. São Paulo, v.19, n.4, out./dez. 2006. CORSO, A. C. T, et al. Sobrepeso em crianças menores de 6 anos de idade em Florianópolis, SC. Revista de Nutrição. Campinas,v.16, n.1, jan./mar. 2003 MONDINI, L.; MONTEIRO, C.A. Mudanças no Padrão de Alimentação da População Urbana Brasileira (1962-1988). Revista Saúde Pública, n.28, v.6, p.433-439, 1994. PADILLA, Geraldine V, PhD.. O papel da nutrição na qualidade de vida. Atualidades dietéticas, Abbot, Ano I, (2), Agost o de 1994. SILVA, G. A. P. ; et al. Prevalência de sobrepeso e obesidade em crianças préescolares matriculadas em duas escolas particulares de Recife, Pernambuco. Rev. Bras. Saúde Mater. Infant. Recife, vol.3, no.3, july/sept. 2003. Apoio Financeiro: Unisul