Sistema Visual Humano e Percepção Joaquim Macedo Departamento de Informática da Universidade do Minho 1 Sumário Introdução Sistema Visual Humano Representação da Cor Propriedades Temporais da Visão 2 Introdução Aula anterior Objecto distante vibra... Cria contrações e expansões no meio circundante Produz sons detectados pelo ouvido humano E se não vibrar? Tem que ser detectado pela visão Detecta ondas electromagnéticas vindas do objecto 3 Introdução 70% da nossa informação é colectada pela visão A visão é o nosso sentido mais importante Relativamente à audição, cheiro, tacto e gosto É o mais usado nos sistemas multimédia É importante estudar o sistema humano de visão Para usarmos efectivamente a tecnologia multimédia 4 Espectro de visão 5 Detecção de objecto L ( ) I ( ) I ( ) ( ).L( ) 6 Detecção do objecto Fonte Superfície Produto 7 Energia Luminosa Luz é energia electromagnética que estimula a nossa resposta visual Tem um espectro estreito que se estende desde 400-700 nm A luz recebida dum objecto pode ser escrita como I ( ) ( ) L( ) ( ) É a reflexividade ou transmissividade do objecto L ( ) É distribuição da energia incidente 8 Sistema Visual Humano 9 Sistema Visual Humano Eficiência relativa da Luminosidade Lei de Weber Função de Transferência de Modulação Modelo SVH 10 Olho humano Parte da testa (Temporal) Eclerótica Músculo ciliário Iris Pupila Humor Vítreo Lentes do olho Fovea Retina Nervo Óptico Córnea Humor Aquoso Ligamento de suspensão Parte do nariz (Nasal) Coróide O olho humano é um sistema de imagem completo. 11 Córnea Esclerótica Córnea A parede de fora do olhos é formada pela esclerótica branca, rígida A córnea é a a porção transparente da esclerótica 2/3 da refracção ocorre na córnea 12 Iris e Pupila Íris Pupila Íris aberta Pupila dilatada A íris colorida controla o tamanho da abertura (pupila) onde entra a luz. A pupila determina a quantidade de luz, tal como a abertura duma duma câmara. Íris fechada Pupila contraída 13 Lentes Músculo ciliário Lentes Ligamento De suspensão Fibras Secção de corte das lentes do olho A lente do olho é feita de fibras transparentes numa membrana numa membrana. Mantida por ligamento de suspensão. Usada pelo olho como um mecanismo de facagem fina; disponibiliza1/3 da potência total de refracção do olho. Índice de refracção não uniforme. 14 Acomodação Objecto distante Músculo relaxado Ligamentos tensos Objecto próximo Os ligamentos de suspensão ligam a lente ao músculo ciliário. Quando o músculo contrai, a lente fica mais bojuda para trás, diminuindo a sua distância focal. Este processo no qual a lente muda de forma para focar é chamado acomodação. Músculo contraído Ligamentos frouxos 15 Humor Aquoso e Humor Vítreo Humor Vítreo Humor Aquoso Líquido transparente e gelatinoso que enche a cavidade do olho. Fornece os nutrientes para acórena e para as lentes do olho. Também ajuda a manter a forma do globo ocular. 16 Retina Retina Fovea Nervo óptico A Retina é o detector fotosensitivo para o olho. Existem dois tipos de receptores na retina: bastonetes para o nível de luz baixo e cones para níveis altos de luz e pela cor. Localizada no centro da retina a fovea tem uma grande concentração de cones. Através do nervo óptico são enviados sinais dos receptores para o cérebro. 17 Camada Plexiforme A retina é composta de três camadas: Fovea fotoreceptores Luz Camada plexiforme Nervo óptico Camada plexiforme é uma rede de nervos que transportam os sinais que saem dos foto-receptores Foto-receptores. A Coroide disponibiliza alimentação aos recpetores e absorve qualquer luz que não seja absorvida pelos foto-receptores, tal como a antihalation backing in film. Coróide 18 Sistema Visual Humano Formação de Imagem •Córnea •lente Controlo de Exposição •Íris/pupila •Photoreceptor sensitivity Detecção •Retina •Bastonetes •Cones Processamento •Cérebro 19 Formação de Imagem Objecto Imagem 20 Formação de Imagem no Olho Exemplo: Cálculo da imagem retinal dum objecto 15 x 100 17 x 2.55mm 21 Cones e Bastonetes Quando a luz estimula um bastonete ou cone ocorre um transição fotoquímica produzindo um impulso no nervo Os cones são responsáveis pela visão da cor 22 Eficiência de luminosidade relativa L I ( ) V ( ) d 0 23 Contraste Simultâneo 24 Relação de Weber A sensibilidade do SVH à diferença de intensidades difere para diferentes intensidades do fundo Relação de Weber I n k I cdI dB I I I+ I B c log I d Justamente a diferença de intensidade observável relativamente ao fundo. É uma função do log I. 25 Função de Transferência de Modulação Branco Preto 26 Sensibilidade à Frequência 27 Resposta à frequência do olho 28 Resposta à frequência 2D 29 Line Spread Function Função de resposta de impulso unidimensional A B C D Degrees 30 Efeito de mach band Actual brightness Perceived by you 31 Efeito Mach Band A interacção espacial da luminância a partir dum objecto e o seu ambiente Envolvente cria um fenómeno chamado efeito de match band. C Intensity D A B 32 Intensity Efeito Mach Band 33 Modelo HVS Simplificações Linear Isotrópico no domínio espacial Só válido para imagens de pouco contraste Menos sensível à diagonal que às direcções vertical e horizontal Modelo usado como isotrópico HVS composto por vários subsistemas Pupila é um filtro passa-baixo A seguir a resposta espectral do olho, é aplicada à luz e obtida a luminância da imagem A resposta não linear dos cones e bastonetes e a função de transferência de modulação disponibilizam o contraste 34 e a inibição lateral Representação da Cor 35 Representação da Cor Modelo de três receptores Unificação da Cor Valor de três estímulos Diagrama de Cromacidade Modelos de Cor e Transformação das Primárias 36 Representação da Cor O estudo da cor é importante para a concepção e desenvolvimento de sistemas de visão de cor Utilização da cor não é apenas agradável Permite a apreensão rápida de maior informação Embora só possamos distinguir centenas de níveis de cinzento Podemos diferenciar facilmente milhares de cores 37 Representação da cor Principais atributos perceptuais da cor Brilho Cor ou tonalidade luminância percebida amarelo, vermelho, verde, etc... Saturação a nossa percepção da diferença duma dada cor relativamente da cor branca ou cinzenta Cor esbatida tem pouco saturação Cor espectral tem muita saturação 38 Representação da Cor Explicação pictórica dos atributos - + Brilho Tonalidade ou cor Saturação 39 + Cor ou tonalidade É o atributo mais estreitamente relacionado com o estímulo do comprimento de onda. Diferentes cores têm tonalidades diferentes. 40 Saturação Está relacionada com a quantidade de branco que está no estímulo Os tons monocromáticos são altamente saturados A cor menos saturada é o branco. Por exemplo, o cor de rosa é menos saturado que o vermelho e mais saturado que o branco. O azul escruro à esquerda é altamente saturado enquanto que o azul esbatido è direita tem baixa saturação 41 Brilho Relaciona-se com a quantidade de luz proveniente da fonte ou reflectida pelo objecto 42 Representação da Cor Brilho versus Saturação Brilho Saturação 43 Representação da Cor Tonalidade versus Saturação Disco da Cor dá informação sobre a cor e a saturação 44 Espaço de Cores Representação Perceptual 45 Espaço de Cores Representação Perceptual Brightness Hue Saturation 46 Modelo dos 3 Receptores Sistema Visual Humano Permite distinguir milhares de cores É difícil conceber um sistema que seja capaz de mostrar individualmente um tão grande número de cores Propriedades especiais do SHV Permite conceber um sistema simples para mostrar essas cores Qualquer cor pode ser reproduzida misturando de forma apropriada as três cores primárias 47 Espectro de absorção Para os 3 tipos de cones 48 Espectro de absorção % Max. Absorption Blue S B ( ) Green SG ( ) Red S R ( ) (in nm) Espectro de absorção típico dos três tipos de cones da retina humana. 49 Unificação de cores Muitos sistemas de reprodução de cores exploram o modelo dos três receptores do SVH Colometria Que proporção das cores principais deve ser usada para produzir uma dada cor? 50 Unificação de cores 51 Unificação de cores Leis usadas para unificação de cores Qualquer cor pode ser conseguida misturando no máximo três luzes coloridas A luminância da mistura é a soma da luminância das componentes Adição de cores: Se as cores A e B unificam com C e D respetivamente, então (A+B) unifica com (C+D) Subtração de cores: Se a cor (A+B) unifica com (C+D), e a cor A unifica com D, então B unifica com C 52 Mistura Aditiva de Cores Red Ligh t Blue Light Green Light 53 Mistura subtractiva de cores a) Blue Paint Yellow Paint b) Absorbed by blue pigments Reflectance Absorbed by yellow pigments c) 400 425 450 475 500 525 550 Wavelength (in nm) 575 600 54 Curvas dos três estímulos 55 Curvas de três estímulos 56 Espaço de cores CIE 57 Diagrama de Cromacidade 58 Modelos de Cores Transformações das primárias Y G C G Y X R R B Z X B Z 59 Matrizes de Transformadas X X R X G X B R Y Y Y Y G B G R Z Z R Z G Z B B M RGB XYZ X R XG X B YR YG YB Z R Z G Z B 60 Sistemas de Coordenadas de Cores Sistemas de Coordenadas das Cores Definição/ Matriz de Transformação Comentários Sistema espectral primário CIE {R,G,B} Fontes monocromáticas primárias vermelho=700 nm, verde=546.1 nm e azul=435.8 nm O branco de referência tem um espectro plano com R=G=B=1 Sistema CIE {X,Y,Z} Y=luminância UCS Escala de cromacidade uniforme CIE: U, V,W Sistema de recpeção primária NTSC Rn,Gn,Bn Sistema de transformação NTSC: Y=luminância, I,Q=crominância 0.310 0.200 R 00.490 .177 0.813 0.011 G 0.000 0.010 0.990 B U 0.67 0 0 X V 0 1 0 Y W -0.15 1.5 0.5 Z Os valores dos tr~es estímulos são positivos RN 1.910 0.533 0.288 X GN 0.985 2.000 0.028 Y 0.896 Z BN 0.058 0.118 A transformação linear de X,Y,Z é baseada nas primárias do fósforo da TV X Y Z Y 0.299 0.587 0.114 I 0.596 0.274 0.322 Q 0.211 0.523 0.312 GRN BNN Os eclipes Mac Adam são na maioria cículos Usada para transmissão de TV na América do Norte 61 Espaço de Cores NTSC Matrizes de transformação para outros sistemas apartir das primárias do receptor Rn,Gn,Bn Sistema de Cor Espectral Primário CIE Sistema de Transmissão NTSC UCS, Sistema de três estímulos da CIE Sistema X,Y,Z da CIE Matriz de saída Matriz de Transformação Y I Q U V W X Y Z 1.167 -0.146 -0.151 0.114 0.753 0.159 0.001 0.059 1.128 R G B 0.299 0.587 0.114 0.596 -0.274 -0.322 0.211 -0.523 0.312 ... ... 62 Diagrama de Cromacidade PAL e NTSC CIE Chromaticity Diagram y x 63 Exemplo 5.2 A magenta corresponde num Receptor NTSC aos valores Rn=Bn=1,Gn=0. Determinar os valores dos três estímulos e cromacidade em A) Espectro primário CIE B) Sistema de coordenadas {X,Y,Z} 64 Espaço de Cores Não Uniformes a) Círculo interno R=0.2,G=0.6,B=0.2 Círculo externo R=0.2,G=0.62,B=0.2 b) Círculo interno R=0.2,G=0.2,B=0.62 Círculo externo R=0.2,G=0.2,B=0.6 Experiência do espaço perceptual com dois círculos concênctricos no espaço de cores RGB. Distância euclideana nos dois casos é 0.02 65 Modelo CMY Usado na indústria de impressão Mistura subtractiva de cores Cyan Magenta e Yellow (CMY) Relação com o RGB (1 representa o branco) C 1 R M 1 G Y 1 B Pode-se obter um grande número de cores Como se imprime muito a preto acrescentou-se um canal K com cor (CMYK) 66 Propriedades temporais da visão Um ponto dum fonte luminosa é feita para flutuar à volta de um valor médio de luminância de acordo com a seguinte equação: L L cos(2ft ) L f é o pico de amplitude da flutuação é a frequência de flutuação Se f não for muito alta, a fonte torna-se vaciliante 67 Temporal contrast sensitivity Propriedades temporais da visão 100 trolands 1 troland Frequency (in Hz) 68