O PENSAMENTO PEDAGÓGICO NUMA PERSPECTIVA HISTÓRICA: ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE AS FINALIDADES DA EDUCAÇÃO Sheila Mayara Ribeiro do Carmo Especialista em História/Autarquia Educacional de Belo Jardim, professora do Instituto Superior de Educação de Pesqueira-ISEP. [email protected] Rua José Nepomuceno das Neves, 57, Centro, Pesqueira-PE, CEP 55200-000 RESUMO Este artigo busca analisar a diversidade de perspectivas do pensamento pedagógico desde a Antiguidade até os dias atuais, através de uma reflexão sobre as finalidades da educação mostrando que a evolução da educação está ligada à evolução da própria sociedade. Pretende-se acrescentar alguns elementos sobre história da educação e observar que o processo educativo é amplo e se desenvolve nas relações. Palavras-chave: Educação, Evolução, História da educação, Relações. ABSTRACT This article seeks to analyze the diversity of perspectives of pedagogical thought from antiquity to the present day, through are flection on the purposes of education showing that the evolution of education is linked to the evolution of society itself. It is intended to add some elements on the history of education and noted that the educational process is large and develops relationships. Keywords: Education, Evolution, History of Education, Relationships. 1 INTRODUÇÃO A contemporaneidade ou a pós-modernidade do mundo evoca um grande debate sobre os desafios da educação e dentro de novas perspectivas sociais busca definir qual é o papel da escola. A educação pode ser entendida como um processo que engloba os atos de ensinar e aprender. É um fenômeno observado na espécie humana, desde o seu surgimento, distinguindo-o dos outros animais e é através deste que1 o indivíduo consegue viver em sociedade, passando o saber de um para o outro. Entre as finalidades da educação estão a socialização de costumes, hábitos e valores. Conclui-se então que a evolução da educação está ligada à evolução da sociedade. Ideologias de sistemas educacionais, reformas, inovações, concepções e doutrinas foram criadas e difundas ao longo dos tempos, buscando ligar a teoria e a prática, questões fundamentais na educação, pois esta busca tornar o homem sujeito de sua própria história e não objeto dela. E para que tal missão seja cumprida, muitos foram aqueles que contribuíram com suas análises e ideias para torná-la eficiente, estruturada e abrangente. Estudos apontam que a prática da educação está inserida na sociedade desde os primórdios da civilização quando as comunidades primitivas entendiam que esta deveria acontecer em função da vida e para a vida e a escola era a aldeia. A educação era única e igual para todos e por meio desta os valores essências para a manutenção do agrupamento social eram transmitidos. Não havia um pensamento pedagógico definido, ou seja, havia processos sociais de aprendizagem onde não existia nenhuma situação escolar de transferência do saber. Com o passar do tempo a educação primitiva, marcada pelas tradições, apropriou-se de tendências religiosas e orientou os povos hindus, egípcios, hebreus e chineses. Carlos Rodrigues Brandão, em sua obra “O que é educação” definiu ensino formal como momento em que a educação se sujeita a pedagogia ( teoria da educação), criando situações próprias para o seu exercício, produzindo métodos, estabelecendo regras e constituindo executores especializados. Aparecem escola, aluno e professor. 2 HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO PELA VIA DAS IDEIAS PEDAGÓGICAS A sociedade grega, berço da cultura e da civilização ocidental, entende educação como o estímulo a competição e guerra, para assegurar a superioridade sobre as demais regiões. Por tal motivo, criou uma pedagogia que visava a formação de um indivíduo eficiente, livre e com disposição para conviver em sociedade e dialogar sobre política. O homem deveria receber uma formação integral(corpo e mente). Havia a escola primária e os estudos secundários. No ensino superior a retórica e a filosofia eram enfatizados. Os gregos também relacionaram moral e educação e lhe deram laicidade. Para Sócrates ( 469 a. C. -399 a. C.), há uma relação intrínseca entre ética e educação, porquanto o conhecimento ético deve orientar o agir. Não sobre o educador e seus ensinamentos mas sobre si mesmo é que o aluno deve fixar sua atenção para que aprenda a conduzir seu agir segundo a ideia de bem. Assim como os gregos, os romanos entenderam educação como um processo de formação militar, organizada pela disciplina e justiça, com o objetivo de preparar guerreiros que submeteriam as regiões conquistadas aos mesmos hábitos e costumes e Roma. Para atingir tal meta, o Estado ocupou-se da educação, e com a sua essência hierárquica, a instrução era direcionada apenas para as elites. Plutarco (46-119) insistiu que a educação romana para funcionar deveria mostrar a biografia de grandes homens. Assim a escola passou a ter um programa onde o ideal do romano era ter virtudes e caráter exemplar. Observamos que o processo educacional submeteu o ser humano a regras por meio da disciplina e da moralização da civilização e a escola surgiu da necessidade de dividir as tarefas de forma hierárquica. Durante a Idade Média o pensamento pedagógico foi estabelecido através de uma vertente religiosa, preservada através do princípio da autoridade da Igreja. O sujeito não era livre para tomar suas próprias decisões de acordo com seus conceitos. Este submetia-se as normas e valores impostos pela sociedade. A ideologia educacional é regida pelo poder de Cristo, critério de vida e verdade, dividindo-se em educação para o povo (catequética e dogmática) e educação para o clérigo ( humanista e filosófica). No contexto de uma sociedade onde o modo de produção era o feudalismo e o corpo era considerado pecaminoso, surge a escolástica como uma corrente filosófica cristã que tenta conciliar fé e razão. Santo Agostinho (354-430), dentro dessa perspectiva medieval, acreditava que Cristo funcionava como um mestre interior e era o responsável pela aprendizagem. A educação ocupa um lugar de destaque porque pretende dar uma orientação e um sentido ao ser humano em todas as dimensões de sua formação. O período do Renascimento tem o intuito de preparar o homem burguês, atingindo apenas o clero, a nobreza e a burguesia. O pensamento pedagógico é marcado por uma revalorização da cultura greco-romana e com o advento das grandes navegações e algumas descobertas, prega-se individualismo, respeitando-se a personalidade do homem. A Reforma Protestante é um marco desse período e consequentemente teve suas ideias espalhadas pela Europa. Em resposta aos reformadores do cristianismo, surgem os jesuítas com a missão de catequizar os hereges, enfatizando dogmas e tradições. Michel de Montaigne (1533-1592), pensador desse período, pregou uma educação aberta para a verdade. A concepção de pensamento pedagógico moderno estabeleceu relação entre o pensamento e o ser. O período assistiu a ascensão de uma classe poderosa que se opunha ao feudalismo e impulsiona o sistema de cooperação, excluindo o ato do isolamento e valorizando o esforço coletivo. O homem moderno foi em busca de conhecimentos antes considerados proibidos. Nesse sentido temos a paixão pela razão e o estudo da natureza, desenvolvendo técnicas e artes. Grandes pensadores discutiram princípios que norteariam a educação tornando-a realista, ou seja, nela haveria o domínio do mundo exterior sobre o mundo interior. René Descartes (1596-1650) sob influência da burguesia apresentou o conhecimento de forma científica e metódica e João Amos Comênio ( 1592-1670) dizia que a escola deveria ensinar o conhecimento das coisas, evidenciando o realismo pedagógico característico da época. Comênio também pregou que o ensino deveria ser unificado, isto é, todas as escolas deveriam ser articuladas e a educação precisava acontecer durante toda a vida humana. Numa época de mudanças sociais, políticas, econômicas e culturais, ter acesso à escola tronou-se essencial para o indivíduo se adequar ao período. O aceso à formação foi motivo de luta das camadas populares e várias ordens religiosas impulsionaram essa busca pelo conhecimento. O Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa define educação como “ação e efeito de educar, de desenvolver as faculdades físicas, intelectuais e morais do ser humano”. O Iluminismo do século XVII discutiu a formação do cidadão através da escola, propôs ensino universal como meio para eliminar a desigualdade e defendeu a educação feminina. O pensamento pedagógico iluminista foi marcado pela criação dos sistemas nacionais de educação, onde o Estado passou a ter uma participação maior na educação. Os idealistas do período procuraram libertar as mentalidades do poder absoluto das monarquias e das proibições da Igreja. Encontramos em Froebel (1782-1852) um discurso que considerava o desenvolvimento da criança e sua idéia do jardim de infância, propagou-se pelo mundo. A pedagogia dessa época fundamentava-se na necessidade de oferecer instrução par aos trabalhadores e Emanuel Kant (1724-1804) defendeu que o homem é o que a educação faz dele, ou seja, o homem é capaz de elevar-se mediante esforço intelectual contínuo. A filosofia das luzes propôs igualdade dos homens na sociedade e na educação e JeanJacques Rousseau (1712-1778) defendeu a infância dizendo que a criança precisava ser educada para si mesma. O positivismo surge como uma linha teórica, criada pelo francês Auguste Comte (17981857), que começou a atribuir fatores humanos nas explicações dos diversos assuntos, contrariando os princípios da razão, da teologia e da metafísica. Tal concepção consolidou o que conhecemos por pensamento pedagógico positivista. Tal linha teórica inspirou o pensamento pedagógico positivista onde foi pensado um sistema educacional adaptado para o mundo que assistia a Revolução Industrial e precisava ser prático, útil a formação humana. O positivismo tem um contexto político, pois sua doutrina interfere direto no Estado. Um dos pensadores desse período foi Herbert Spencer (1820-1903) buscou a valorização da formação científica na educação para que o indivíduo alcançasse um bom desenvolvimento. A educação, para ele, precisava preparar o homem para a vida inteira. É importante ressaltar que o pensamento pedagógico positivista sofreu influência da sociologia e nesse sentido citamos Émile Durkheim (1858-1917) que considerou a educação como imagem e reflexo da sociedade, ou seja, a educação precisa considerar os fatos sociais. Para alguns pensadores, a finalidade da educação está em guiar o homem no desenvolvimento dinâmico, dotando este de armas do conhecimento, do poder de julgar e das virtudes morais. A ideia de propor uma educação igual para todos foi diversas vezes citada por pensadores ao longo da história, mas a concepção que os socialistas tinham da educação mostrava que isso só seria possível com uma oposição as ideias burguesas. O socialismo implicou no pensamento pedagógico socialista. Karl Marx (1818-1883) e Frierich Engels (1820-1895) trataram da educação dentro do contexto das relações sociais e luta de classes. As ideias pedagógicas apresentadas mostram a educação como processo de transformação social e encontramos influências marxistas até hoje. Outro defensor das ideias socialistas no campo da educação foi o pensador Antonio Gramsci (1891-1937) que propôs a organização da escola e da cultura. A escola deveria ser única, mesclando trabalho intelectual e manual. O pensamento pedagógico socialista apresenta a proposta de se apropriar do saber de uma maneira solidária e não competitiva, como prega o capitalismo. Outro simpatizante das ideias de Marx foi Anton Makarenko (1888-1939) que defendia a educação como uma maneira de formar trabalhadores conscientes do seu papel político, preocupados com o bem estar da coletividade. A escola nova ou o pensamento pedagógico da escola nova surge com o desafio de renovar a educação depois da criação da escola pública burguesa. A educação deveria proporcionar mudanças sociais e acompanhar tais transformações. Um dos pioneiros da escola nova foi John Dewey (1859-1952) e este tratava a educação como um processo contínuo, que deveria acontecer pela ação e não pela instrução. A educação é essencial para a vida e o homem que se desenvolve a cada dia, precisa se adequar as mudanças. Critica a escola tradicional e sua concepção tem reflexo na divisão de classes, pois suas formulações aparecem num momento de avanço do capitalismo. A escola nova trata o aluno como centro. Nesse contexto, uma médica chamada Maria Montessori (1870-1952) usou técnicas destinadas a crianças deficientes em crianças sem deficiência, constatando a importância de explorar técnicas novas e instigar os sentidos dos alunos. O professor deve oferecer meios para a criança evoluir. Outro grande colaborador do pensamento pedagógico da escola nova foi Jean Piaget (1896-1980), que com suas críticas a escola tradicional, atestou que esta não ensinava o aluno a pensar. O professor precisava trabalhar de acordo com as etapas do desenvolvimento mental do aluno, assim obteria bons resultados e direcionaria o aluno a se tornar um indivíduo inventivo e crítico. A escola nova propõe o respeito a criança e traz o educador como alguém capaz de intervir , de mostrar um caminho. Novas inquietações surgiram e novos desafios foram levantados no que diz respeito ao campo da educação e como resposta a tais questões concebeu-se o pensamento pedagógico fenomenológico-existencialista. A educação para os pensadores que seguiram essa linha pedagógica deveria se moldar às necessidade da sociedade em que está inserida e priorizar as necessidades da criança e do grupo social. A filosofia existencialista trata a criança como um ser concreto, onde sua existência está sempre se formando. A vertente fenomenológica pode ser entendida como algo que procura interpretar e descrever os fenômenos que revelam as coisas pelo que elas são. Os pensadores inseriram outras necessidades a prática pedagógica, pois o mundo contemporâneo traz desafios, pede decisões, exige compromisso, diálogo e dúvidas. Martin Buber ( 1878-1966) em sua concepção pedagógica destacou o diálogo entre os homens que se relacionam com um fim comum e enfatizou a liberdade, no sentido de independência. Georges Gusdorf foi categórico ao discutir a relação mestre-discípulo, pois estes buscam a verdade e em tal relação é que nasce a autoridade do mestre. Para ele, o homem precisa de educação porque é um ser inacabado. Alexander Neill (1883-1973) com sua perspectiva educativa baseada na afirmação da liberdade sobre a autoridade diz que o objetivo da educação seria fazer a criança viver a sua vida e não a do adulto e a missão do professor está no ato de estimular o pensamento e não inserir doutrinas prontas. Carl Rogers (1902-1987) enfatizou uma escola centrada no estudante e não no professor e no conteúdo. Aparece então a afetividade nas relações, pois o professor é um facilitador da aprendizagem. Outro teórico da contemporaneidade foi Celéstin Freinet (1896-1966). Seus ideais pregavam que a escola do futuro seria a escola do trabalho e este desenvolveu sua pedagogia em um cenário de profundas desigualdades sociais, resultantes da Primeira e Segunda Guerra Mundial. Freinet defende que é através das experiências que as crianças chegarão ao verdadeiro conhecimento e para isso acontecer, as escolas precisam se adaptar ao meio social das crianças. Para ele o professor é a luz para a construção de um novo futuro. No mundo contemporâneo, espera-se que a educação molde a identidade do homem e lhe dê experiência criticando assim os métodos tradicionais do ato de educar. Henry Giroux em suas concepções críticas de pensamento pedagógico disse que em educação não há lugar para o conflito e a contradição. Formulou uma pedagogia radical, ressaltando a importância da ideologia e da cultura para compreender as relações entre escola e sociedade. Para ele, os professores devem lutar para tornar possível a democracia escolar e seu discurso é permeado de esperanças de um mundo melhor e com uma sociedade mais justa. Os países da América Latina e do Continente Africano, devido aos processos de colonização e suas lutas por independência, foram extremamente influenciados pela ideias pedagógicas vindas dos países europeus, chamados países de “primeiro mundo”. O terceiro mundo teve seu desenvolvimento limitado por muito tempo, devido as políticas autoritárias e de exploração efetuadas pelas metrópoles, a realidade mudou com a emancipação de tais países e educadores discutiram ideias pedagógicas num clima de pós-modernidade, com uma tendência otimista de construção da democracia, onde o que mais importava era mudar os rumos da sociedade. Dando destaque ao pensamento pedagógico latino-americano, encontramos no discurso de Francisco Gutiérrez a idéia de pedagogia da comunicação, pois o aluno está sempre querendo saciar a sua fome de estímulos e aprendizagem e a educação no seu prisma, deverá promover o desenvolvimento de aptidões para que o indivíduo seja capaz de assumir responsabilidades sociais. O construtivismo é a base para o ato educativo segundo Emilia Ferrero e esta enfatiza o respeito aos estágios de conhecimentos que o educador deve desenvolver sua prática pedagógica. O Brasil, inserido no contexto de país de terceiro mundo desenvolveu um otimismo de reconstruir a sociedade através da educação. O domínio português através da colonização e a chegada dos jesuítas trouxe um ensino memorístico e repetitivo. Novas ideias surgiram com o iluminismo pregado na Europa e a educação passou a ser pensada como um meio para mudar as mentalidades das pessoas e assim revolucionar a sociedade. Temos um pensamento pedagógico brasileiro que se desenvolve no momento em que a burguesia assume o poder político e entre ditaduras e redemocratização, a educação ganha novos impulsos e surgem movimentos por uma educação popular e em defesa da educação pública. As concepções sobre educação apresentadas no Brasil descobrem limites, possibilidades e desafios na questão da prática pedagógica, inclusive questionam a formação do educador. Nessa linha de pensamento pedagógico Fernando de Azevedo sugere através de um projeto liberal um ensino que deve tender progressivamente e que tenha caráter obrigatório e gratuito. Lourenço Filho, partindo dos pressupostos da Escola Nova, propõe uma reforma da escola, discutindo os fins da educação, para que esta possa socializar a criança. Muitos pensadores questionaram o que é necessário a formação humana e citaram que só é possível uma educação democrática se houver realmente uma sociedade democrática. É importante também que o processo de aprender seja prazeroso e que a prática educativa deve conter um teor político. A postura do educador Paulo Freire baseia-se na concepção de que educador e educando aprendem juntos numa relação dotada de muita dinâmica e num processo de constante aperfeiçoamento. O pensamento de Freire está presente não só no Brasil, mais em muitos pontos do mundo, pois este levantou a questão de que através da educação, formamos a autonomia intelectual do cidadão e este irá intervir sobre a realidade e com esta concepção, critica a educação da sociedade dividida em classes. Para ele, educar alguém é refletir sobre este alguém. Numa perspectiva contemporânea a educação visa desenvolver no indivíduo autonomia, criatividade e socialização. Busca-se uma educação que forme para a pluralidade. A educação é entendida como uma prática de libertação, que desperta no sujeito a sua capacidade de promover a humanização, esforçando-se em uma perspectiva conjunta para mudar o sistema escolar, social e político. É uma dimensão essencial na evolução do ser humano, pois em cada conquista rumo à civilização, faz-se presente junto a esta, a necessidade de transmissão aos semelhantes. Assim, pode-se dizer que a educação nasce como meio de garantir às outras pessoas àquilo que um determinado grupo aprendeu. 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS Podemos dizer que um dos desafios encontrados atualmente no setor educacional é a mudança de ideologia social, uma alteração da concepção de ensino e do papel da escola enquanto instituição que interfere nos caminhos da sociedade. Busca-se uma escola democrática, pluralista, que venha valorizar a diversidade frente às problemáticas sociais perpassadas pelo educador e educando e diante dos problemas contemporâneos pretende possibilitar que as pessoas lutem por seus direitos. Discutir os desafios da educação é compreender os elementos históricos e sociais que a construíram e a transformaram. É resgatar concepções que mudaram a sociedade e continua a lançar outras perspectivas sobre a vida. No atual contexto de sociedade globalizada, a educação é uma espécie de suporte para dimensionar todo o processo evolutivo sofrido pelo ser humano. A escola precisa levar em conta a diversidade cultural e fazer do homem que convive com conquistas científicas e avanços tecnológicos um cidadão participativo e responsável. Examinando a educação numa perspectiva histórica e no intuito de entender seus desafios ao longo do tempo, observamos a intensidade das ideias pedagógicas e como estas se entrelaçam para transformar a sociedade e assim esta transformar o mundo e as relações entre seus indivíduos e nesse quadro, a escola, alunos, professores e todos que fazem parte do processo educacional, se reorganizam na problemática de suprir as necessidades do mundo contemporâneo. Referências BLOCH, Marc, Apologia da História ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro: Zahar. 2001. BRANDÃO, C. Rodrigues. O que é educação. São Paulo: Abril Cultura; Brasiliense, 1985. GADOTTI, Moacir. História das Idéias pedagógicas. 8 ed. São Paulo: Ática, 2001 LUCKESI, Cipriano C. Filosofia da Educação 6 reimp. São Paulo: Cortez, 1993 SAVIANI, Dermeval. História das ideias pedagógicas no Brasil. 2. Ed. - Campinas, SP: Autores Associados, 2008.