Ideias cruzadas
Este é um jogo/ atividade tranquila, para se jogar dentro de casa, para partilhar e para criar. Todo o ato
expressivo criativo é válido. Mas quando estamos a partilhá-lo é importante que o justifiquemos ou que
criemos uma “linguagem” que seja percetível ao outro. Essa é a base deste jogo. Um jogador desenha
uma forma, passa a folha ao outro jogador, este transforma-o num desenho, que no final será um
episódio duma história inventada!
Materiais: folhas de papel A4; lápis; agrafador.
Nº de jogadores: 2 jogadores.
Idade recomendada: a partir dos 4 anos de idade (a versão base – que descrevemos em primeiro lugar –
joga-se a partir dos 8 anos).
Preparação:
Dobram-se as folhas de papel de forma a criar uma espécie de livro - o número de folhas é definido
pelos jogadores (duas a três folhas serão o mais indicado). Com cuidado devem tentar agrafar as folhas
junto ao vinco central, como se se tratasse mesmo de um livro. Repete-se então o processo de forma a
criar dois “livros”; um para cada jogador.
Como se joga
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Cada jogador fica com um “livro”. Nesse livro, na primeira página desenha uma forma
geométrica à sua escolha (atenção, pois a capa não deve ser desenhada). Deve desenhar uma
única forma geométrica simples, sem quaisquer adornos; pode colocá-la em qualquer zona da
página e fazê-la com o tamanho que desejar. Num dos cantos da página deve colocar a letra
inicial do seu nome, pequena.
Depois os jogadores trocam de livros.
A partir da forma geométrica já desenhada, agora cada jogador tem que compor um desenho,
que represente uma parte da história que se irá contar naquele livro. Cada jogador deve colocar
a letra inicial do seu primeiro nome à direita da letra já adicionada pelo outro jogador.
Terminada esta tarefa passa-se para a página seguinte. Aí cada jogador desenha nova forma
geométrica e troca de novo de livro.
Cada jogador deve então olhar para o desenho anterior e criar um novo desenho a partir da
segunda forma geométrica, tentando estabelecer uma evolução coerente da história. Atenção:
os jogadores não podem discutir pormenores dos seus desenhos entre si; cada jogador deve
tentar interpretar o desenho anterior e criar o seu próprio desenho, à luz dessa interpretação.
O processo repete-se até que todas as páginas estejam completas.
A partir dos desenhos de cada livro, os jogadores devem tentar inventar uma história, que pode
ser contada na forma escrita ou na forma oral. Cada história deve ser contada pelo jogador que
realizou o primeiro desenho completo de cada livro (primeira página). Depois de se ouvirem as
duas histórias cada jogador deve criar uma capa com um título para o livro. Cada jogador
desenha a capa e escolhe o título da história que ouviu e não da que contou.
Não há vencedores, mas é divertido comparar as histórias com os desenhos e tentar saber se as
ideias de ambos os jogadores coincidiram.
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Variantes
Para os mais pequenos (a partir dos 4 anos) – neste modo o número de jogadores não é restrito, mas a
ideia é que os desenhos troquem sempre de mãos. Cada jogador começa com uma folha de papel A3 ou
maior. Pede-se a cada criança que na sua folha comece por desenhar uma forma geométrica
aleatoriamente. Pode dar indicações para copiar modelos de quadrados, círculos, triângulos, etc., de
diferentes tamanhos. Depois os jogadores trocam de folhas; desenham nova forma geométrica na folha
que recebem… o processo repete-se até que a folha tenha quatro a seis formas (dependendo do
tamanho da folha). A partir daqui cada jogador tem que pegar numa forma geométrica e desenhar um
objeto a partir desta. As folhas vão rodando até que todas as formas estejam caracterizadas.
Sugestão de estratégias:
 (para a versão base) A forma geométrica criada deve ser sempre o ponto de partida para cada
desenho; saliente que essa forma é apenas uma parte dum todo. Pode ser especialmente
importante dar alguns exemplos antes do jogo (p. ex. um círculo que se transforma numa roda
duma bicicleta ou numa hélice dum avião em movimento).
 (para os mais pequenos) Peça a cada criança para escolher uma forma geométrica e perguntelhe “o que é que isto te parece?”. Admita qualquer resposta, desde que justificada.
Ajuda a desenvolver:
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Criatividade
Pensamento lógico (associação de ideias)
Perceção analítica
Boas brincadeiras… divertidas e construtivas!
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