Gestão do Programa Integrado de Redução de Perdas de Água e de Custos de Energia Elétrica IGS -2014 ORGANOGRAMA DA ORGANIZAÇÃO CANDIDATA Área responsável pela prática Aplicação da prática: Áreas Operacionais INTRODUÇÃO A prática de Gestão do Programa Integrado de Redução de Perdas de Água e de Custos de Energia Elétrica (PEE) tem como objetivo aumentar a eficiência e eficácia dos processos da OC, através do foco na inovação e melhoria na gestão operacional, pois contribui fortemente na obtenção de resultados no quesito redução de perdas de água e de custos de energia elétrica. A prática é coordenada e controlada pela Divisão de Eficiência Energética - DVEN com o apoio da CICE - Comissão Interna Permanente para Gestão Integrada do Uso Eficiente da Água e Energia Elétrica. Tem como principais ações: Gestão do PEE; Priorizações das ações de redução de perdas de água e de custos com energia; Gestão dos investimentos; Disseminação de conhecimentos; Acompanhamento de resultados dos indicadores e metas. Constitui um processo integrado, participativo, contínuo e com evolução permanente, procurando identificar internamente e externamente à OC as melhores práticas operacionais e de gestão de processos para melhoria da eficiência e eficácia operacional. Mensalmente é rodado o PDCA da prática de gestão do PEE no intuito de verificar as anomalias e oportunidades de melhoria, bem como propor soluções para os resultados indesejáveis. Posteriormente, o trabalho é apresentado nas reuniões bimestrais da CICE para validação e implementação. O aprendizado e inovação (PDCL) da prática de gestão do PEE são feitos através da participação da OC em reuniões bimestrais com a Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais – AESBE, bem como, por meio de intercâmbio e cooperação técnica promovidos pela OC, workshops e seminários (Ex. AIDIS, IWA, entre outros) voltados para a gestão de eficiência energética. Bianualmente, também participa dos Congressos de Engenharia Sanitária promovidos pela ABES. A. A OPORTUNIDADE .1 Qual foi a oportunidade de melhoria de gestão (problema, desafio, dificuldade) solucionada pela prática de gestão implementada? Em Março de 2003, o Conselho de Administração da OC aprovou o Plano de Ação 2003 da OC, objetivando norteá-la na execução de suas estratégias, além de priorizar as ações a serem empreendidas. A proposta foi amplamente discutida por representante da transição do Governo Estadual e da própria OC que buscaram identificar o que deveria ser feito em seus aspectos estratégicos (operacionais e administrativos) e de política institucional. Assim, uma vez que a OC não possuía um programa corporativo e, em consonância com os aspectos operacionais foi constituído através do CP 063/2003 um GT multidisciplinar para elaborar e implementar, com a participação de representantes das áreas organizacionais afins, um Programa de Redução de Perdas de Água no Sistema de Distribuição da OC – PRPA, fundamentado na Metodologia de Gestão das Perdas de Água da IWA - International Water Association. No contexto do PRPA foi prevista a sua primeira prática de gestão, com a premissa de “Definir e manter permanentemente uma estrutura para cuidar das perdas nas unidades operacionais, integrando a estrutura Figura 2: Evolução do Indicador de Desempenho ANCR Volume de Serviço Perdas Aparentes Perdas Reais Volume Consumido Faturado Indicador de Desempenho Água Não Convertida em Receita - ANCR 270 L/ligação/dia, Média Móvel dos 12 últimos meses Volume Consumido Faturado Água Não Convertida em Receita - ANCR Energia Elétrica Não convertida em Resultado - ENCR Consumo Autorizado e Energia Agregada Perdas de Água e Energia Volume Distribuído (VD) Energia Elétrica Agregada Figura 1: Balanço da Água&Energia 260 250 240 230 Gestão do PRPA e OUTROS 220 0 2007 2008 GESTÃO INTEGRADA A PARTIR DE JAN/2009 2009 2010 2011 2012 REVISÃO E APRIMORAMENTO 2013 organizacional da Empresa”. Naquela época os atuais indicadores ANCR (Água Não Convertida em Receita) e ENCR (Energia Não Convertida em Resultado), apresentavam resultados de 293,27 L/ligação/dia e 0,2325 kWh/ligação/dia, respectivamente, consequência de prática de gestão ineficaz. Em 2008, a Empresa identificou a oportunidade de melhoria da pratica gestão das perdas de água e das despesas de energia elétrica através da necessidade integração do PRPA com o Programa de Conservação de Energia Elétrica, passando então a ter um único programa de abrangência corporativa, denominado de Programa Integrado de Redução de 1 Perdas de Água e de Custos de Energia Elétrica – PEE. Este Programa está alinhado com o Mapa Estratégico da Empresa, vinculado aos Objetivos Estratégicos - OE “Aumentar a eficiência e eficácia dos processos” e “Fortalecer a atuação socioambiental”. Esta integração resultou na inovação feita pela OC a partir do clássico Balanço Hídrico preconizado pela IWA-International Water Association para o novo modelo Balanço da Água&Energia, conforme mostrado na Figura 1. Na Figura 2 apresenta a evolução dos resultados do ANCR ao longo da execução das ações de redução de perdas de água. A oportunidade de melhoria buscou soluções para os seguintes fatores: Problema: Elevação das perdas de água e de custos de energia elétrica no ano de 2007, Figura 2. Desafio: Necessidade de redução das perdas de água e custos de energia para que a Empresa possa ser mais competitiva, identificando ações que demandam menor investimento com maior retorno financeiro e melhor resultado de redução do volume de ANCR, que tem como função mostrar a quantidade de água que não é convertida em receita nos SAA - Sistemas de Abastecimento de Água da OC. Dificuldade: Integração das gestões distintas e segmentadas dos dois programas, com superposição de diretrizes e ações não padronizadas. A introdução da oportunidade de melhoria da gestão se deu através do CP 051/2008 que promoveu a renovação da CICE, seguida da estruturação das Comissões Regionais para Gestão Integrada do Uso Eficiente da Água e da Energia Elétrica – CICE Departamentais, bem como, a revisão e atualização do PEE incluindo a proposição de ações para garantir a sua disseminação e a sua perenidade. Historicamente a despesa com energia elétrica está entre as três maiores em importância nos custos operacionais tanto da OC como de outras operadoras do serviço de abastecimento público de água, apresentando uma tendência de crescimento em função da elevação das tarifas praticadas pelo setor elétrico, da própria expansão do atendimento na busca pela universalização dos serviços de água e esgoto prestados pela OC e das perdas de água. Entre as melhores oportunidades para minimização destas despesas, identificou-se, através do Balanço da ÁGUA&ENERGIA, que a parcela da despesa de maior relevância para a OC se concentra na quantidade de energia elétrica agregada ao volume perdido de água, visto que a energia elétrica utilizada nos sistemas de abastecimento de água é um insumo para o transporte da água. Portanto, quanto menos água for transportada ou quanto mais eficiente e eficaz for o transporte dessa água menor quantidade de energia se consome. Por exemplo, nos SAA da OC, em 2013, o volume máximo de ANCR foi de 311,2 milhões de m³ com uma energia agregada de 236,2 milhões de kWh, o que resulta, em média, para cada m³ de água perdida está agregado uma perda de energia de 0,8 kWh. Segundo o banco de dados da OC, o custo médio de R$ 0,27/kWh, então, o custo de energia agregado às perdas de energia é de R$ 63,8 milhões no ano. A redução das perdas de água é tão importante para a OC que o indicador ANCR foi inserido na remuneração variável dos empregados da OC: Gratificação de Desempenho Institucional (GDI), Gratificação de Desempenho Gerencial (GDG) e Gratificação de Desempenho dos Encarregados de Sistema (GDES). As de perdas de água para setor de saneamento, segundo o SNIS – Sistema Nacional de Informações sobre o Saneamento, no seu relatório “Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgoto – ano de 2012”, se mostraram relevantes no indicador de perdas por ligação (IN051) dos grupos dos prestadores de serviços participantes, Figura 3, onde apresentou variação de 452,2 a 323,26 L/ligação/dia, sendo que o resultado da média dos grupos ficou em 368,19 L/ligação/dia, considerado muito alto pelos gestores nacionais e internacionais. O resultado da OC foi de 231,75 L/ligação/dia, 28% abaixo do melhor resultado dos grupos, porém, considerado ainda alto pela própria OC. Figura 3: Índice de perda de água no Brasil (SNIS 2012) Figura 4: Monitoramento e Gestão de Indicadores do PEE 500 452,2 405,78 L/ligação/dia 400 370,56 368,19 Estratégico 348,89 323,26 300 231,75 200 Tático 100 Operacional 0 Local Empresa Micro-regional Privada Regional Média dos Grupos Local Direito Público Local Direito Privado OC GRUPOS DE PRESTADORES DE SERVIÇOS 2 A.2 De que maneira as causas do problema foram identificadas? Mensalmente é rodado o PDCA do Padrão Gerencial da Prática – PGP de Gestão do PEE, Figura 14. Na sua etapa de Controle, é acompanhada a evolução histórica do indicador de desempenho ANCR (Estratégico e Operacional-E/O), bem como da cadeia de indicadores operacionais pertencentes aos níveis operacional, tático e estratégico, Figuras 2 e 4, respectivamente, aliado ao funcionamento integrado e participativo da gestão em rede do PEE, Figura 8 (Equipe de Trabalho), são identificadas as anomalias no processo de gestão das perdas de água. Nesta fase, os lideres e técnicos das áreas operacionais, até ao nível de cada SAA, incluindo os gestores e técnicos das divisões de operação e manutenção, da DVEN, das CICE Central e Departamentais são avaliados os resultados, identificadas as possíveis anomalias, posteriormente, na fase de Planejamento, são selecionadas oportunidades de melhoria, bem como elaboradas as propostas para eliminação e/ou minimização dos resultados indesejáveis. As constatações das causas mais relevantes e a respectiva proposta de solução são fundamentadas no método de análise do Diagrama de Ishikawa, Figura 5. Figura 5: Diagrama de Ishikawa A matriz SWOT também é elaborada para inventariar os riscos e as oportunidades de melhoria as quais foram agrupadas em três fatores de riscos, conforme resultado apresentado na Figura 6. Bimestralmente, o responsável técnico pelo Indicador ANCR apresenta para a Diretoria Executiva e Conselho de Administração, a evolução corporativa e para os diversos níveis da estrutura organizacional operacional os relatórios de acompanhamento dos resultados do Indicador ANCR. Como resultado, são identificadas as melhores oportunidades de redução das perdas de água nos SAA da OC, Figura 7. Figura 6: Identificação e Classificação dos Riscos Empresariais das Perdas de Água FATORES DE RISCOS AÇÕES PREVENTIVAS Micromedição: Aumento da imprecisão do volume consumido faturado. Complementação das equipes de leituristas; Intensificar a execução do programa de substituição de hidrômetros com idade média superior a cinco anos. Institucionalização de uma gestão corporativa da macromedição Complementação das equipes de macromedição e pitometria e/ou contratação de serviços; Aquisição de macromedidores para reposição imediata de equipamentos parados. Melhoria da gestão do atendimento aos vazamentos identificados e corrigidos por equipes próprias e terceirizadas (Gestão Passiva); Desenvolvimento e implantação de uma gestão de ativos. Macromedição: Aumento da imprecisão do volume disponibilizado. Aumento do volume de água perdido por vazamentos em redes, ramais e padrões. Legenda - (P)robabilidade: (A)lta, (M)édia e (B)aixa; CLASSIFICAÇÃO P I Alta 5 Média 3 Alta 5 (I)mpacto: 5 (muito alto), 4 (alto), 3 (médio), 2 (baixo) e 1 (muito baixo). 3 Figura 7: Identificação das localidades com as melhores oportunidades METROPOLITANA 600 VOL_ANCR INTERIOR 70% 72,50% 530,83 60,95% 500 60% 438,50 456,61 443,36 389,57 LIGAÇÕES 379,25 44,37% 40% 314,61 353,10 350,23 364,91 331,89 319,79 28,3% 307,21 300 249,44 36,2% 243,97 24,7% 237,55 239,26 238,87 META: 181,5 L/ligação/dia 209,23 187,26 190,05 245,01 182,58 190,12 183,24 187,01 206,98 200 186,10 28 0,3% 27 0,3% 26 0,3% 25 0,4% 24 0,3% 23 0,4% 22 0,4% 21 0,5% 20 0,6% 19 0,6% 18 0,9% 17 0,8% 16 0,9% 15 0,9% 14 1,1% 13 1,0% 12 1,1% 11 1,1% 10 1,6% 9 1,2% 8 1,6% 7 1,6% 6 2,4% 5 2,1% 4 3,2% 3 2,9% 100 4,3% 10% 4,2% 7,6% 20% 0,5% 30% 400 47,1% 384,30 ANCR, L/lig/dia 50% PERCENTUAIS, % 440,04 398,28 29 30 31 0% 0 1 2 As melhores oportunidades de redução das perdas de água na OC: 31 SAA. B. A IDEIA B.1 De que forma a solução foi planejada, concebida, desenvolvida e verificada? O planejamento e gerenciamento do PEE são iniciados na fase de Controle Figura 8: Equipe de Trabalho da Prática de Gestão do PEE, Figura 14, e do PGP 003/DVEN-3.02.12, mensalmente, são pesquisadas as oportunidades de melhoria por meio de Área Operacional consultas nos sistemas de Informações corporativas da OC, no intuito de identificar as localidades que possuem o ANCR acima da meta estabelecida Área de Apoio pela OC no seu planejamento estratégico. É, então, evidenciado o conjunto Operacional de indicadores operacionais que orbitam o indicador estratégico e Demais Áreas operacional ANCR e selecionados aqueles indicadores que impactam negativamente nele. Posteriormente, é priorizada a investigação das suas Área de Gestão respectivas causas, bem como elaborada a proposta de solução para Energética redução das perdas, Figuras 9 e 10. As equipes operacionais, quando solicitadas, realizam diversos ensaios de campo (medição de vazão e CICEs pressão, aferição de medidores, perfil de consumo, coeficiente C, eficiência de bombas, entre outros) que permitem identificar deficiências, conhecer as condições operacionais e levantar informações para embasar estudos e Gestão em Rede: projetos. A Figura 8 ilustra a equipe de trabalho dedicada à questão das Integrada e Participativa perdas de água no âmbito da OC. Figura 9: Principais soluções para as Perdas Aparentes Figura 10: Principais soluções para as Perdas Reais Na revisão do Planejamento Estratégico - PE 2014-2017, iniciado em 2013, foi inserida no OE “Aumentar a 4 eficiência e eficácia dos processos” a iniciativa “Aprimorar o PEE”, para tanto foi instituído um GT multidisciplinar por CP para elaboração do plano de ação de aprimoramento do PEE, incluindo a revisão de sua prática de gerenciamento, que resultou na versão atual, conforme apresentado na Figura 14. Além deste GT, a estrutura de gerenciamento do projeto contou com o apoio das CICE Central e Departamentais, do gestor e técnicos da DVEN e outros representantes dos departamentos operacionais. O GT utilizou a ferramenta MS Project como sistemática de trabalho, mediante treinamento da equipe, para elaboração do plano de trabalho, acompanhamento, controle do projeto e disponibilização do resultado do projeto por ações, apresentado mensalmente e corporativamente no BSC. Na revisão da prática de gestão foi incluído um procedimento de aprendizado objetivando processar os fatos relevantes selecionados na fase de Controle da prática e identificar oportunidade de melhoria, apresentado na Figura 14 - etapa de Aprendizado (L). O aprendizado e inovação (PDCL) da prática de gestão do PEE são feitos através da participação da OC em reuniões bimestrais com a Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais – AESBE, bem como, por meio de intercâmbio e cooperação técnica, Workshops e Seminários (Ex. AIDIS, IWA) voltados para a gestão de eficiência energética. Bianualmente, também participa dos Congressos de Engenharia Sanitária promovidos pela ABES e bimensalmente nas reuniões itinerantes da CICE Central com a CICE Departamentais. Tudo isto no intento de buscar a atualização e aprimoramento dos procedimentos operacionais, bem como dos conceitos empregados na prática de gestão do PEE. Na Figura 3, segundo dados disponibilizados na última edição do Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgoto 2012/SNIS, tem-se o Benchmark do Índice de Perdas de Água dos grupos de prestadores de serviços de Água e Esgoto de abrangência nacional, conforme estabelecido pelo indicador IN051/SNIS, onde a OC está com o melhor resultado no cenário nacional. B.2 Como funciona a prática de gestão? A padronização e verificação do cumprimento das práticas da OC seguem as orientações corporativas controladas pela DVDE, desde 1999. Neste contexto, sob-responsabilidade da DVEN, foi elaborada a primeira versão da prática de gestão integrada do PEE – 2009, sendo atualizada e aprimorada em 2013, conforme apresentado na Figura 14: Prática de Gestão do PEE, PGP 0009 DVEN 3.02.12. O gerenciamento desta prática é feita de maneira corporativa e integrada, com um conjunto de práticas interrelacionadas compondo o PDCA e PDCL da prática de gestão do PEE da OC. A sistemática mensal de Controle e Avaliação preconiza o monitoramento de resultados de eficiência e eficácia das ações dos planos de ação do uso da água e da energia elétrica na OC, aferindo os resultados com as metas estabelecidas e disponibilizadas no BSC da OC. Os resultados dos indicadores do PEE, a elaboração, apresentação e divulgação de relatórios são disponibilizados na Intranet da OC. Bimestralmente, os relatórios de acompanhamento são apresentados para a Diretoria Executiva e Conselho de Administração da OC, bem como nas reuniões itinerantes da CICE Central com as CICE Departamentais, quando são analisados os fatos relevantes. Na etapa de Aprendizado, através do PGP 0007 DVEN 3.02.12: Sistematização e Padronização das Ações de Eficiência Energética, o aprendizado e inovação (PDCL) da prática de gestão do PEE são realizados por meio de participação da OC em reuniões bimestrais com a Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais – AESBE, bem como, através do Programa de Intercâmbio e Cooperação, workshops e seminários (Ex. AIDIS, IWA, entre outros) voltados para a gestão de eficiência energética. Bianualmente, também participa dos Congressos de Engenharia Sanitária promovidos pela ABES. Visando assegurar o cumprimento, contínua melhoria, aprendizado e refinamento dos padrões de trabalho, definiu-se por implantar, a partir de 2010, a cada semestre, uma sistemática de reuniões para uma análise crítica dos mesmos, envolvendo os usuários dos padrões de trabalho, para discutir as não conformidades verificadas nas práticas, bem como identificar as oportunidades de melhorias e incorporá-las, se pertinente, ao padrão. As decisões tomadas nas reuniões são registradas em atas específicas. Na etapa de Planejamento da prática de gestão, o PGP-0003 DVEN-3.02.12 descreve o procedimento apropriado para a identificação de oportunidades de redução de perdas de água e de custos de energia elétrica, Figura 7. Por sua vez, o PGP-0004 DVEN 3.02.12 “Elaboração de Propostas de Projeto” apresenta as etapas padronizadas a serem cumpridas pelas partes interessadas na elaboração do projeto com ação específica. No caso de projeto que contenha um conjunto de ações integradas, conforme Figuras 9 e 10, deverá ser utilizado o modelo padronizado para elaboração do mesmo. Em seguida, a DVEN analisa os pedidos de projeto e seus resultados propostos, bem como verifica a viabilidade técnica - econômica do investimento (TIR, VPL, Pay-back) proposto para redução dos indicadores operacionais de eficiência energética, deferindo ou não a execução da proposta (Parecer Técnico). Havendo viabilidade e disponibilidade de recursos financeiros os projetos são aprovados e encaminhados às unidades organizacionais para a contratação e execução de obras, serviços, materiais e equipamentos (etapa de Execução). Ao final da etapa de Execução é elaborado o relatório final do plano de ação. Durante as reuniões das CICE são levantadas as demandas de treinamentos para as equipes técnicas e operacionais das áreas afins, que, posteriormente, são encaminhadas à área de educação corporativa da OC pelas próprias áreas. As atas das reuniões são disponibilizadas, via e-mail e na rede de comunicação de dados da OC U:/Informações/Eficiência Energética, para todos os representantes das CICE e áreas afins, Figura 8, principalmente para todos os 8 Departamentos e para os 41 distritos operacionais, que estão diretamente 5 envolvidos com a questão do uso eficiente da água e da energia. A prática de gestão do PEE é considerada inovadora do ponto de vista que, até o momento, não foi identificado no âmbito dos operadores nacionais de serviços públicos de água e esgoto, prática semelhante ao da OC. B.3 Como funciona a sistemática de avaliação e de melhoria da prática de gestão? A unidade organizacional responsável por promover a gestão do PEE aperfeiçoa os seus processos gerenciais e suas práticas conforme Manual de Organização da OC, por meio da avaliação das suas práticas de gestão, buscando identificar não conformidades e oportunidades de melhoria. Após a avaliação são definidas ações para o aprimoramento das práticas e as melhorias são incorporadas aos padrões gerenciais. O MAP – Manual de Padronização das Práticas da OC estabelece que os padrões devam ser revistos para que seja mantida a coerência entre a atividade e/ou tarefa padronizada e a prática de gestão e estabelece a temporalidade de revalidação: MAP (48 meses), PGP (36 meses) e POP (24 meses). As práticas são lançadas no SADGE, semestralmente (MAP DVDE – Avaliação Interna da Qualidade das Práticas). O SADGE é um sistema informatizado que integra a estrutura organizacional, os processos e as práticas de gestão das unidades, alinhado aos critérios de avaliação do MEG e nele são cadastradas as práticas, contemplando os fatores de avaliação: enfoque, aplicação, aprendizado e integração, além de metas e resultados dos indicadores de desempenho dos processos/práticas de gestão de cada unidade organizacional. A DVDE analisa os relatórios identificando as oportunidades para melhorar os processos gerenciais, estimular o aprendizado e incorporar boas práticas de gestão referenciadas pelo MEG. Isso possibilita avaliar a maturidade da gestão, sendo a OC referência nessa prática, no setor de saneamento. Os processos gerenciais também são aperfeiçoados por meio de visitas técnicas e absorção de boas práticas de organizações de referência, bem como através de cursos, seminários, visitas técnica e das reuniões regulares promovidas pela Câmara Técnica de Desenvolvimento Operacional - CDO criada pela AESBE em 2011. Os responsáveis identificam oportunidades de melhoria da eficiência e eficácia do uso da água e da energia elétrica nos processos da OC, analisando os relatórios gerados em sistemas de informação, decorrentes da realização dos processos, e, em reuniões específicas, considerando as necessidades apresentadas pelas unidades organizacionais, diretrizes da direção, alterações da legislação e normas vigentes. Bimestralmente, ocorrem reuniões das CICE para análise do desempenho da eficiência energética no âmbito dos processos de água, esgoto e administrativo da OC, com a participação dos Gerentes, engenheiros, encarregados de sistemas e outros, para analise dos resultados dos indicadores dos processos. Para implantação das melhorias aplicáveis, os Gerentes definem responsáveis, prazos e recursos necessários, bem como a maneira de acompanhar a implementação. O desempenho da prática de gestão é monitorado através dos indicadores: ANCR - Água Não Convertida em Receita [E/O], Figura 11; IPA04 - Consumo médio de energia elétrica [O]; PA03 - Índice de macromedição [O]; IPA02 - Índice de hidrometração [O]; ISP14 - Indicador de perdas totais de água por ligação [O]; GPRP - Gestão das Práticas e Resultados dos Processos [O] e IDSG - Índice de Desempenho do Sistema de Gestão [E]. Tendo como referencial de comparação a média truncada do Setor ganhadoras PNQS 2013 e RPI Governo (AMD, nº 17/ 2008) <=250L/ligação/dia. Também é utilizado o indicador ENCR para monitoramento desta prática. Figura 11: Acompanhamento do Desempenho da Prática ENCR MM ANCR MM Tendência_ENCR Tendência ANCR 300 240,99 0,2028 0,1959 234,12 0,1959 0,1928 0,1959 230,57 236,37 243,36 Gestão INTEGRADA do PEE a partir de JAN/2009 REVISÃO E APRIMORAMENTO 200 2013 201312 2012 201212 2011 201112 2010 201012 2009 200912 2008 200812 2007 200712 150 200612 0,1700 250 L/Lig/dia Gestão do PRPA e OUTROS 0,2004 0,2067 KWh/Lig/dia 0,2300 0,2167 0,2194 246,62 260,94 265,52 0,2900 6 217,2 386,0 281,0 648,3 416,6 372,7 190,6 231,8 224,5 258,4 236,3 275,3 261,5 330,2 282,2 330,3 377,9 334,1 480,0 451,9 501,4 645,0 595,0 687,8 663,7 823,3 697,9 487,2 L/Ligação/dia 876,7 1.185,1 2.412,4 2.183,8 C. OS RESULTADOS C.1 Apresentar um ou mais tipos de resultados relevantes, com demonstração de favorabilidade, obtidos em decorrência da implementação da prática, expressos, quantitativamente, por meio de indicadores de nível de desempenho e demonstração de sua evolução, que evidenciem a inovação, por meio dos resultados obtidos. Como dito anteriormente, a prática tem o foco inovador com a integração dos dois programas tidos pelo binômio ÁGUA&ENERGIA, Figura 12, que favoreceu à OC associar esforços para atuação participativa e integrada em uma única prática de gestão, com consequente obtenção de excelentes resultados. Pode-se demonstrar como resultado relevante Figura 12: Binômio da ÁGUA&ENERGIA desta prática de gestão os ganhos Consumo Específico de Energia Custo Específico de Energia Elétrica que a OC obteve na redução das perdas de água a partir do momento kWh/m³ consumido = R$/m³ consumido = da implantação do modelo de gestão Componente influenciada por ações de redução das kWh/m³ produzido = integrada, ocorrida em 2008. A R$/m³ produzido = perdas reais e de melhoria de desempenho em média móvel dos doze últimos R$ R$ MWh unidades consumidoras de energia. meses do indicador corporativo * Componente influenciada por ações de redução das ANCR, apurado em 2007, acusava m³ MWh m³ perdas reais aparentes um valor de 260,9 L/lig/dia, atingindo resultados relevantes em meados de Custo Médio de Energia 2012 de 228,4, conforme Figura 11. R$/MWh = Componente influenciada por outras A partir deste último resultado, houve ações de eficiência energética e de elevação do indicador para 240,9 substituição de energia. L/lig/dia em AGO/13, obrigando a OC, em 2013, rever criteriosamente as práticas de diagnósticos, de gestão do PEE e dos investimentos. Os resultados foram obtidos nos meses seguintes com a estabilização e queda dos indicadores. Com a inovação e busca de aprendizado, ganham acionistas, sociedade e meio ambiente, com uma empresa mais eficiente e eficaz em seus processos, com menores custos do seu produto e melhores resultados econômicos e financeiros, postergação de investimentos e preservação dos recursos hídricos. Tal cenário fica evidente na Figura 11 que apresenta os indicadores ANCR e ENCR em declínio no período de 2008 até o 1º semestre de 2012, com ganho nas perdas de água de 20 L/lig/dia, equivalentes a um volume recuperado de 28 milhões m³, ou ainda a 22 milhões kWh. De forma a comparar os resultados internos com as outras organizações, a OC utiliza-se de publicação feita pelo Ministério das Cidades, através da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental/Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento - SNIS, que trata do Diagnóstico dos serviços de água e esgotos, onde os operadores dos serviços apresentam seus resultados, dentre eles, o indicador de perdas de água por Figura 13 : Índice de perdas dos prestadores de abrangência regional ligação. No último diagnóstico, 3.000 SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES SOBRE O SANEAMENTO - SNIS 2012 Figura 3, divulgado pelo SNIS ÍNDICE DE PERDAS POR LIGAÇÃO - IN051 PRESTADORES DE SERVIÇOS DE ABRANGÊNCIA REGIONAL (2012) a OC se mostra com melhor 2.500 resultado no ranking dos Grupos de Prestadores de Serviços de 2.000 Água/Esgoto no Brasil. Na Figura 13, a OC apresenta resultados de perdas de água por ligação abaixo 1.500 da média nacional com uma das mais baixas entre os seus pares de 1.000 âmbito regional. A implementação e 500 aprimoramento desta gestão possibilitou a OC melhorar os 0 resultados de eficiência energética, tornando-se assim mais competitiva no mercado, na busca da excelência. C.2 Quais são outros benefícios intangíveis decorrentes da implementação da prática, baseados em fatos, depoimentos ou reconhecimentos? Descrever eventuais reflexos positivos nas partes interessadas, descritas na Folha de Elegibilidade. Os benefícios alcançados por meio da implementação da prática decorrem da ação integrada no alcance da eficiência dos processos de distribuição de água e coleta de esgoto, com a inserção de uma gestão mais focada na redução das perdas de água e dos custos de energia elétrica. Dentre esses benefícios intangíveis, destacam-se: Mudança Cultural: Caracterizada por uma maior competência, contribuição e comprometimento dos empregados na resolução de problemas e no cumprimento dos planos de ação, propiciando 7 cooperação entre áreas, intercâmbio de conhecimentos e consequentemente promovendo o fortalecendo a cultura da excelência empresarial. Cliente: O fortalecimento da imagem da OC é alcançado através da elevação da satisfação dos clientes, com a redução de custos operacionais, demonstrando ser a OC uma organização comprometida socioambiental e mais eficiente e eficaz nos seus processos. Acionistas: A sustentabilidade econômico-financeira da OC garante a esta parte interessada, solidez e favorabilidade para de investir na organização. Sociedade: Com uma gestão focada na redução das perdas de água e dos custos de energia elétrica, associada à responsabilidade socioambiental, a prática proporciona à OC o reconhecimento da sociedade como um todo. O Reconhecimento do trabalho desenvolvido adveio da oferta de oportunidade de participação da OC na 4ª edição do “Curso Internacional de Boas Práticas Operacionais para Prevenção, Redução e Controle de Perdas em Sistemas de Distribuição de Água”, realizado em SET/2013 por meio da Agência de Cooperação Internacional do Japão – JICA, em parceria com a SABESP. Também a OC recebeu depoimento de um parceiro interno conforme segue: “Na realidade atual de nosso planeta, passando por sensíveis alterações climáticas, cada vez mais a sociedade e, consequentemente, as empresas precisam otimizar o uso dos recursos naturais. E uma das maneiras mais significativas para se melhorar a eficiência de uma empresa de saneamento é através da gestão das perdas de água e de seu consumo de energia elétrica. Assim, o desenvolvimento do Programa de Eficiência Energética, coordenado pela SPGE/DVEN, abrangendo aspectos humanos e tecnológicos, devidamente estruturado formalmente na OC, se torna uma ferramenta muito valiosa para uma gestão mais eficiente da empresa e consequentemente para a melhoria da qualidade de vida da população. Neste contexto, hoje o PEE é uma iniciativa fundamental do objetivo estratégico que busca "aumentar a eficiência e eficácia dos processos", planejando, desenvolvendo, controlando e avaliando medidas de combate as perdas e do uso racional de energia, além de aprovar demandas e efetuar todos os trâmites para a aplicação de recursos. Assim, tendo em vista o vasto potencial de redução do consumo de energia e combate ao desperdício, a tarefa mais difícil se torna realmente a gestão dessas ações em toda empresa (dada a capilaridade de nosso negócio) e, também, a disponibilização dos recursos necessários no momento atual (apesar do retorno certo...) e a sensibilização das pessoas envolvidas neste programa tão importante para a eficiência de toda empresa. Não obstante, o trabalho da CICE vem sendo muito efetivo ao longo dos anos e os resultados são traduzidos pelos números de nossos indicadores de desempenho. Parabéns ..., com certeza, uma referência nacional no setor de saneamento! Eng. Guilherme Frasson Neto, chefe do Departamento Operacional Sul”. GLOSSÁRIO ABES – Associação Brasileira de Engenharia e Ambiental AESBE – Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento AMD – Acordo de Melhoria de Desempenho ANCR – Água Não Convertida em Receita BSC – Balanced Scorecard CDO – Câmera Técnica de Desenvolvimento Operacional da AESBE CICE - Comissão Interna Permanente para Gestão Integrada do Uso Eficiente da Água e Energia Elétrica CP – Comunicado da Presidência DVDE – Divisão de Desempenho Empresarial DVEN – Divisão de Eficiência Energética DTN – Diretoria Técnica e de Novos Negócios ENCR – Energia Não Convertida em Resultado E/O – Estratégico/operacional GPRP - Gestão das Práticas e Resultados dos Processos GT – Grupo de Trabalho IBG – Informações Básicas Gerenciais IBO – Informações Básicas Operacionais IDSG - Índice de Desempenho do Sistema de Gestão IWA - International Water Association MAP – Manual da Prática MEG – Modelo de Excelência da Gestão MO – Manual de Organização MS Project – Microsoft Project OC – Organização Candidata OE – Objetivo Estratégico PDCA – Plan, Do, Check, Act PDCL - (Plan, Do, Check, Learn) PEE - Programa Integrado de Redução de Perdas de Água e de Energia Elétrica PGP - Padrão Gerencial da Prática PNQS – Prêmio Nacional da Qualidade em Saneamento POP – Procedimento Operacional PRPA - Programa de Redução de Perdas de Água no Sistema de Distribuição da OC RG - Relatório da Gestão RPI – Requisito de Parte Interessada SAA – Sistema de Abastecimento de Água SADGE – Sistema de Apoio ao Desenvolvimento da Gestão Empresarial SANEPAR – Companhia de Saneamento do Paraná SICOE – Sistema de Informações para Controle de Energia Elétrica SNIS – Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento SPGE – Superintendência de Gestão de Energia SWOT – (Strengths/Forças, Weaknesses/Fraquezas, Opportunities/Oportunidades e Threats/Aneaça 8 Figura14: Prática de Gestão do PEE GESTÃO DO PROGRAMA INTEGRADO DE REDUÇÃO DE PERDAS DE ÁGUA E DE CUSTOS DE ENERGIA ELÉTRICA - PEE CONTROLE (C) APRENDIZADO (L) - PGP 0009 DVEN 3.02.12 , APRENDIZADO, PLANEJAMENTO EXECUÇÃO - (D)E EXECUÇÃO PLANEJAMENTO - (P) DPPE EMP/PEP 1º nível criado no SAP DPGE EMPREENDIMENTOS Investimento Liberado Sim DVEN e CICE CENTRAL Conceitos revisados Requer recurso financeiro? Não 1 Plano de Ação COPASA Consolidado Operacionais PGP-0004 DVEN-3.02.12 PGP-0004 DVEN-3.02.12 1 PGP-0007 DVEN.3.02.12 Resultados controlados Relatórios elaborados Distritos, Divisões Operacionais, DVCB e CICE Departamentais INÍCIO Fatos relevantes selecionadas Procedimentos revisados Procedimento do PEE ? Gestão PEE Revisado Oportunidades selecionadas Plano de Ação elaborado Requer aprovação do Diretor? Não Elemento PEP 2º nível criado no SAP (Transação CJ20N) Propostas de Projetos cadastradas Pedido de Licitação Ok Contrato assinado e distribuído Objeto do Contrato Materiais e equipamentos aplicados Relatório dos drivers do Plano de Ação NP 2012-002/1 Sim Conceitos revisados Obras e Serviços Serviços executados PGP-0003 DVEN-3.02.12 DVLC, DVCT Materiais e Equipamentos Divisões de Obras, Coordenação e Controle DVLI, DVCT Bens e serviços licitados e contratados Departamentos Operacionais, DTN Obras e Serviços executados PGP-0009 DVEN-3.02.12 Plano de Ação Setorial Aprovado Diretorias Operacionais Diretoria Executiva, Conselho de Administração Serviços executados Cadastro no SAP SISDEM Relatório de acompanhamento apresentado PEE Aprovado Plano de Ação COPASA aprovado 9