AE-249 - AEROELASTICIDADE Aeroelasticidade Estática Instituto Tecnológico de Aeronáutica – ITA/IEA Triângulo de Collar DSA:Efeitos aeroelásticos na estabilidade dinâmica SSA: Efeitos aeroelásticos na estabilidade estática A SSA L C DS D R F B Z DSA E I V A: Força aerodinâmica E: Força elástica I: Força inercial Campos Relacionados V: Vibrações mecânicas DS: Estabilidade dinâmica F: B: Z: L: D: C: R: Fenômenos Aeroelásticos “Flutter” “Buffeting” Resposta dinâmica Distribuição de carga Divergência Eficiência de controle Reversão do sistema de controle Conceitos introdutórios – Parte I Análise matricial de estruturas Os deslocamento devido a flexibilidade estão relacionados às forças como: {Fi } = ⎡⎣ Kij ⎤⎦ {u j } Supondo que a estrutura é linear ⎡⎣ K ij ⎤⎦ - matriz de rigidez, composta por coeficientes de influência de rigidez. Cada coluna representa o conjunto de forças necessário para que o deslocamento ui seja unitário e uj sendo nulo quando i≠j. Análise matricial de estruturas Trabalho virtual realizado por uma força: 1 W = ∑ F ⋅ du = F ⋅ u = 2 1 1 = K ⋅ u ⋅ u = K ⋅ u2 → 2 2 Energia potencial elástica Análise matricial de estruturas Na forma matricial: 1 1 T W = ∑ F ⋅ du = { Fi } ⋅ {ui } = {ui } ⋅ { Fi } ⇒ 2 2 1 T W = {ui } ⋅ { Fi } ⋅ {u j } = U → Energia potencial elástica 2 ∂U ⇒ Note que diferenciando ∂xi refere-se a aplicação da equação de Lagrange: ( ) ∂U d ⎡ ∂ (T − U ) ⎤ ∂ T − U = Qj = = Fi ⎢ ⎥− ∂xi ∂xi dt ⎣ ∂x&i ⎦ Análise matricial de estruturas Consequentemente temos: ∂U = ∑ K ij u j = Fi ∂xi Note que: ∂U ∂U = K ij = = K ji ∂xi ∂x j ∂x j ∂xi Como a ordem de integração não altera o resultado, a matriz de rigidez deve ser simétrica Os elementos diagonais devem ser positivos ou nulos, enquanto os demais não Análise matricial de estruturas Exemplo: construção da matriz de rigidez do sistema ao lado: ∑ F = P − K ( h − aθ ) − K ( h + bθ ) = 0 ∑ M = M + K a ( h − aθ ) − K b ( h + bθ ) = 0 1 T 2 1 ⎧ P ⎫ ⎡ ( K1 + K 2 ) ⎨ ⎬=⎢ ⎩ M ⎭ ⎢⎣( K 2b − K1a ) 2 ( K 2b − K1a ) ⎤ ⎧h ⎫ ⎥⎨ ⎬ 2 2 ( K1a + K 2b )⎥⎦ ⎩θ ⎭ Note que os termos diagonais são sempre positivos, e que existe o acoplamento elástico (termos fora da diagonal) Análise matricial de estruturas Centro de cisalhamento e centro de torção – são exatamente a mesma coisa, é o ponto onde ao se aplicar uma força só existirá cisalhamento, ou seja não existirá nenhum momento aplicado. Se K1 = K2, e a = b, a origem O é o centro de torção; Este conceito é válido quando assume-se que a estrutura é linear; Em aeroelasticidade, a posição do centro de torção será determinante na caracterização da estabilidade estática e dinâmica do sistema Conceitos introdutórios – Parte II Aerodinâmica básica Definições básicas -> Geometria da um aerofólio bidimensional, daqui por diante abreviado para 2D. c = corda b = ½ corda V = Velocidade de escoamento não perturbado. α = ângulo de ataque Parâmetros de similaridade Em aerodinâmica, define-se como parâmetros de similaridade: V M= → a ρVc Re = → μ Número de Mach Número de Reynolds Em aeroelasticidade temos: m ωb μ = k= πρ b 2 S V Frequência reduzida massa aparente V = vel. Escoamento a = velocidade do som ρ = densidade μ =visc. dinâmica ω = frequência circular S = área Parâmetros de similaridade O uso de parâmetros de similaridade garante o efeito de escala dinâmica para comparações teórico experimentais. Se Reynolds e Mach forem similares entre dois corpos imersos em um fluido, que sejam geometricamente similares, porém em escala diferente os parâmetros aerodinâmicos serão idênticos. Sustentação e Momento Para calcular o momento, requer-se um comprimento de posição de referência; dL α dα dM M = Mo + α dα qSC L = qSC Lo + qSC Lα α L = Lo + qScC M = qScC M o + qScC M α α Coeficientes aerodinâmicos Coeficientes de sustentação e momento: Cl = l 1 ρV 2 S 2 Cm = m 1 ρV 2 Sc 2 Nota: é usual definir os índices de coeficiente de seções 2D em minúsculas. C lα dC l = ⇒ C l = C l 0 + C lα α = C lα (α − α 0 L ift ) dα α 0 Lift - ângulo de ataque para sustentação nula Transporte do momento Pode-se medir ou calcular o momento aerodinâmico em um determinado ponto e transporta-lo para outro ponto de interesse: Cma = Cma + Cl ( ha − hb ) Onde a e b são dois pontos distintos situados a distâncias ha e hb do bordo de ataque em frações da corda “c”. Centro aerodinâmico Por definição o centro aerodinâmico é o ponto sobre o aerofólio onde o momento aerodinâmico não varia com o ângulo de ataque. dC mac dα =0 Para obter o centro aerodinâmico (ac), empregas-se a fórmula de transporte de momentos Cmac = Cmb + Cl ( hac − hb ) Centro aerodinâmico Diferenciando em relação a α : dCmac dCmb dCl =0= + ( hac − hb ) ⇒ dα dα dα dCmb hac = hb − dCl Exemplo: Cl 0,2 0,4 Cm1/3 -0,02 0,00 0,6 0,8 0,02 0,04 Centro aerodinâmico Como os dados de túnel de vento acima comporta-se de forma linear, dCm 1 dCl 3 = 0, 04 − ( −0, 02 ) hac = h 1 − 3 0,8 − 0, 2 dCm 1 dCl 3 = 0,10 1 = − 0,10 = 0, 2333 3 Para aerofólios finos em regime subsônico o centro aerodinâmico situa-se a uma posição a ¼ da corda aproximadamente. Centro de pressão Posição onde o momento aerodinâmico é nulo pois é o ponto de aplicação da resultante do carregamento aerodinâmico distribuído sobre a corda. A sua posição pode ser determinada de: 1⎞ ⎛ Cmxcp = Cm 1 + Cl ⎜ hxcp − ⎟ = 0 3 3⎠ ⎝ −Cm 1 3 Cm 1 1 0, 02 1 1⎞ ⎛ 3 = Cl ⎜ hxcp − ⎟ ⇒ hxcp = + = + = 0, 4333 Cl 3⎠ 3 0, 2 3 ⎝ Note que a posição do Cp depende de α . Porque o CA ao invés do CP? Embora o centro de pressão CP seja o ponto de aplicação da resultante aerodinâmica, a sua posição muda com a variação do ângulo de ataque. Por outro lado, o que não muda com o ângulo de ataque é a posição do centro aerodinâmico CA. Portanto, é razoável assumir como ponto de aplicação da resultante aerodinâmica a posição do centro aerodinâmico, uma vez que a força aerodinâmica variará proporcionalmente ao ângulo de ataque ao mesmo tempo que momento aerodinâmico permanecerá constante ou nulo (placa plana). Note que para o caso de um aerofólio fino, ou mesmo a representação da seção de um aerofólio por uma placa plana a posição do CA será aproximadamente e exatamente a ¼ da corda, respectivamente. e todo o momento atuante no aerofólio será oriundo da sustentação multiplicada pela distancia do ponto de giro do aerofólio ao centro aerodinâmico a ¼ da corda. Note que para o caso da placa sem arqueamento, o momento aerodinâmico será nulo (Cmac0 = 0) Mais definições... Asa finita (3D) Λe=enflechamento do bordo de ataque (LE) A = área da asa b/2 (s/2) = ½ envergadura Cr = corda na raiz Ct = corda na ponta ct =λ cr s2 AR = A afilamento alongamento Corda média aerodinâmica (MAC) Corda de uma asa retangular com a, com a mesma área A, cujas características aerodinâmicas (sustentação e momento de arfagem) são iguais a asa original. s 2 0 MAC = ∫ c 2 ( y ) dy 2 1+ λ + λ2 MAC = cr → 3 1+ λ Asa reta e afilada, e será importante para adimensionalizar A frequência reduzida Compressibilidade Os coeficientes aerodinâmicos bem como as suas derivadas dependem de efeitos de compressibilidade; Este efeito é representado pela correção de compressibilidade conhecida também como correção de Prandtl-Glauert; dCl ClInc α = Clα = dα 1− M 2 Não só coeficientes, mas também a posição do centro aerodinâmico é alterada. Pressão dinâmica de “Flutter” Regime Transônico “Transonic Dip” teoria linear ponto crítico para “Flutter” (regime transônico) baixo amortecimento 0 1 Número de Mach Introdução à Aeroelasticidade Estática X-29 Aeroelasticidade Estática Centro Elástico (CE): é o ponto para o qual uma força normal à corda é aplicada e a seção não sofre torção, mas apenas flexão. Uma força aplicada fora do CE causa torção e flexão. AC - Centro Aerodinâmico (Ponto onde o Momento Aerodinâmico não muda) CE Aeroelasticidade Estática Eixo Elástico: linha ao longo do comprimento da semi-asa, formada pelos pontos (CE) onde forças podem ser aplicadas sem resultar em torção da mesma. Esforço aplicado no eixo elástico (flexão) Esforço aplicado fora do eixo elástico (torção e flexão) Eixo elástico : Distribuição da sustentação ∂CL α CL = ∂α M AC( x ) = L ⋅ x AC + M AC M AC = CM AC q ⋅ S ⋅ c L M AC xac CP CE M xCP = 0 c c Escoamento subsônico (consegue-se o valor exato x AC ≅ 4 quando se aplica a teoria dos perfis finos). c x AC ≅ Escoamento supersônico 2 Seção Típica de uma Asa Seção mais representativa da asa. Em geral, é considerada Eixo Elástico a 75% da semi-envergadura da asa. Esta seção depende da rigidez torcional ao longo da asa. L AC Kθ CP W CE 75% Seção Típica A resistência devido à rigidez torcional é a tendência de uma seção da asa em resistir à torção imposta pela seção adjacente. É representada pela Mola Torcional (Kθ). Divergência Aeroelástica-1 GDL L L MAC AC α θ Kθ CE e - distância do CE ao AC α - ângulo de ataque inicial θ - ângulo de torção elástica AC Kθ Mθ = Kθ · θ α e e V MAC V Obs.: Geralmente o “Flutter” ocorre antes que a Divergência, exceto para asas com enflechamento negativo. Equilíbrio de Momentos (ref. CE) M AC + Le = K θ θ Em termos de coeficientes aerodinâmicos, tem-se: ∂C L (α 0 + θ ) qSe = Kθ θ C M AC qSc + ∂α Determina o quanto tem de torção, dependendo da velocidade. Então, ⎛ ⎞ ⎜ e ∂C L α 0 + cC M AC qS ⎜ ∂α θ= Se ∂C L Kθ ⎜ ⎜ 1− q K θ ∂α ⎝ ⎟ ⎟ ⎟ ⎟ ⎠ Obs.: θ aumenta quando diminui o denominador. Denominador nulo corresponde a condição de divergência. Condição de divergência Pressão Dinâmica de Divergência (qD): Que proporciona a divergência sobre um aerofólio. Velocidade de Divergência (VD): Velocidade em que ocorre a Divergência. LTotal Kθ qD = ⎛ ∂C ⎞ Se⎜ L ⎟ ⎝ ∂α ⎠ VD = ∂C L (α 0 + θ ) ∴ LTotal = LRígida + LElástica = qS ∂α 2 Kθ ⎛ ∂C ⎞ ρSe⎜ L ⎟ ⎝ ∂α ⎠ O carregamento é alterado pela flexibilidade Para aumentar a VD: aumentar Kθ ; diminuir e; e reduzir o ρ (aumentar o nível de vôo). Se e < 0, não existe a condição de Divergência. Condição de divergência Note os termos que compõem a relação abaixo: qSeCLα α 0 + qScCM θ= AC Kθ − qSeCLα { 1 424 3 “Rigidez Aerodinâmica” “Rigidez Estrutural” “Rigidez Aeroelástica” A divergência é uma instabilidade independente da magnitude dos esforços (momentos), mas sim dependente da rigidez aeroelástica Condição de divergência “Rigidez Estrutural” “Rigidez Aeroelástica” “Rigidez Aerodinâmica” Condição de divergência Graficamente: Kθ < q2 SeCLα Kθ > q1SeCLα Influência do peso O peso W, cujo ponto de aplicação é o CG, também tem influência sobre a torção elástica, devido o momento negativo gerado por ele, resultando em M AC + Le − Wd = Kθ θ ∂CL CM AC qSc + (α 0 + θ ) qSe − Wd = Kθθ ∂α ⎛ ∂CL ⎞ + cCM AC − Wd ⎟ e α ⎜ 0 qS ⎜ ∂α ⎟ θ= Se ∂CL Kθ ⎜ ⎟ q 1 − ⎜ ⎟ ∂ K α θ ⎝ ⎠ Entretanto, note que a divergência independe desta “força externa”... Acréscimo de sustentação Efeito Aeroelástico abaixo da VD: M AC + Le = K θ θ ∂C L (α 0 + θ ) + qScC M AC = Kθ θ ∴ Se ∂α ⎞ ⎛ ⎟ ∂C ⎜ C M AC c qSe ⎜α 0 + + θ ⎟ L = Kθ θ ⎟ ∂α ⎜ e ∂C L ⎟ ⎜ ∂α ⎠ ⎝ α 0 = ângulo de ataque antes da torção elástica ∴ Acréscimo de sustentação Kθ Como q D = ⎛ ∂C L ⎞ Se⎜ ⎟ ⎝ ∂α ⎠ ⎛ ∂C L ⎞ ∴ K θ = q D Se⎜ ⎟ ⎝ ∂α ⎠ Então obtém-se : ∂C L ∂C L = q D Se θ qSe (α 0 + θ ) ∂α ∂α ⇒ α0 +θ 1 = α0 1 − qq que é a expressão que indica o quanto de sustentação se tem em relação à asa rígida. D Sustentação Efetiva LEfetiva = LRígida + LElástica LRígida Ex.: V = 0,8 VD ∴ ⇒ α0 +θ ≅ α0 q = 0, 64 qD α0 +θ α0 α0 + θ ≅ 0,3 α0 então LElástica ≅ 2 LRígida Mas, com α 0 = 5° 0 ⇒ θ = 10° , e α 0 + θ = 15° que está fora da faixa linear (tomar cuidado). 1 q qD Considerações adicionais A eficiência da sustentação modifica o desempenho da aeronave, e deve ser considerada no projeto; A superfícies de sustentação devem ser dimensionadas considerando a flexibilidade; A redistribuição da sustentação move o centro de pressão de uma asa na direção da raiz, e para a frente (direção do BA); O estudo da estabilidade e controle da aeronave deve levar em conta os efeitos da flexibilidade. Divergência Aeroelástica-2 GDL L L MAC AC α Kθ CE e AC Kθ Mθ = Kθ · θ α e Kh V e α θ h θ MAC Kh V - distância do CE ao AC - ângulo de ataque inicial - ângulo de torção elástica - deslocamento vertical +h Kh = rigidez em translação Equilíbrio de Momentos e Forças (ref. CE) Sistema de duas equações a duas incógnitas: M AC + L ⋅ e = Kθ ⋅ θ L = Kh ⋅ h Agrupando: ⎡ ∂CL ⎤ qS ⎢ (α 0 + θ ) ⎥ = K h ⋅ h ⎣ ∂α ⎦ qScCM AC ⎡ ∂CL ⎤ + qSe ⎢ α + θ ( 0 )⎥ = Kθ ⋅θ ⎣ ∂α ⎦ Equilíbrio de Momentos e Forças (ref. CE) Na forma matricial: ⎡ Kh ⎢0 ⎣ ⎡ Kh ⎢0 ⎣ ⎡ Kh ⎢ ⎢ Kθ ⎢ ⎢ 0 ⎢⎣ ⎡ 0 −1⎤ ⎧ h ⎫ ⎧ −1⎫ ⎢0 e ⎥ ⎨θ ⎬ + qSCLα α 0 ⎨ e ⎬ + qScCM AC ⎣ ⎦⎩ ⎭ ⎩ ⎭ 0 ⎤ ⎧h ⎫ ⎡0 −1⎤ ⎧ h ⎫ ⎧−1⎫ ⎨ ⎬ − qSCLα ⎢ ⎨ ⎬ = qSCLα α 0 ⎨ ⎬ + qScCM AC ⎥ ⎥ Kθ ⎦ ⎩θ ⎭ ⎣0 e ⎦ ⎩θ ⎭ ⎩e⎭ qSCLα ⎤ ⎥ Kθ ⎥ ⎧ h ⎫ = qSCLα α 0 ⎧−1⎫ + qScCM AC ⎧0 ⎫ ⎨ ⎬ ⎨ ⎬ ⎨ ⎬ qSeCLα ⎥ ⎩θ ⎭ e Kθ Kθ ⎩ ⎭ ⎩1 ⎭ 1− ⎥ Kθ ⎥⎦ 0 ⎤ ⎧h ⎫ ⎨ ⎬ = qSCLα ⎥ Kθ ⎦ ⎩θ ⎭ ⎧0 ⎫ ⎨ ⎬ ⎩1 ⎭ ⎧0 ⎫ ⎨ ⎬ ⎩1 ⎭ Equilíbrio de Momentos e Forças (ref. CE) Na forma matricial: ⎡ ⎢K ⎢ θ ⎧ h ⎫ qSCLα α 0 ⎢ K h ⎢ ⎨ ⎬= Kθ ⎢ ⎩θ ⎭ ⎢ 0 ⎢ ⎢⎣ ⎛ − qSCLα ⎞⎤ ⎜ K h ⎟⎠ ⎥ ⎝ ⎥ qSeCLα ⎥ ⎧−1⎫ qScCM 1− AC Kθ ⎥ ⎨ ⎬ + Kθ ⎥⎩ e ⎭ 1 ⎥ qSeCLα ⎥ 1− Kθ ⎥⎦ ⎡ ⎢K ⎢ θ ⎢ Kh ⎢ ⎢ ⎢ 0 ⎢ ⎢⎣ ⎛ − qSCLα ⎞⎤ ⎜ K h ⎟⎠ ⎥ ⎝ ⎥ qSeCLα ⎥ ⎧0 ⎫ 1− Kθ ⎥ ⎨ ⎬ ⎥ ⎩1 ⎭ 1 ⎥ qSeCLα ⎥ 1− Kθ ⎥⎦ Equilíbrio de Momentos e Forças (ref. CE) Os deslocamentos são dados por: ⎡ ⎛ − qSCLα α 0 ⎞ ⎤ ⎡ ⎛ − qSCLα ⎞⎤ ⎢⎜ ⎢⎜ ⎟ ⎥ qScC ⎟⎥ K K h h M ⎠⎥ − ⎠⎥ AC ⎢⎝ h = ⎢⎝ Kθ ⎢ 1 − qSeCLα ⎥ ⎢1 − qSeCLα ⎥ ⎢ ⎢ Kθ ⎥ Kθ ⎥ ⎣ ⎦ ⎣ ⎦ ⎡ ⎛ qSCLα α 0 ⎞⎤ ⎡ ⎤ ⎢⎜ ⎥ Kθ ⎟⎠ qScCM AC ⎢ ⎥ 1 ⎝ ⎥− θ =⎢ ⎢ qSeC ⎥ qSeC Kθ ⎢ 1− ⎥ Lα Lα ⎢1 − ⎥ ⎢ Kθ ⎥ K ⎢⎣ θ ⎥ ⎦ ⎣ ⎦ Moral da história: A pressão dinâmica de divergência é a mesma que o caso com 1 GDL. Outros efeitos... A condição (pressão dinâmica, por exemplo) em que o aerofólio perde a sua resistência em torção é conhecida como divergência; Não apenas o efeito da compressibilidade, mas também um eventual aquecimento aerodinâmico pode mudar as características estruturais da estrutura, diminuindo a sua rigidez. (Aerotermoelasticidade). Ex. vôos em regime hipersônico. Uma falha estrutural pode alterar a característica aeroelástica e levar a divergência O mais importante - efeito da compressibilidade Correção de Prandtl-Glauert: qD = Se Kθ CLincα 1− M 2 A velocidade de divergência aumenta com a altitude, porém diminui com o efeito da compressibilidade. O efeito da compressibilidade C Lα KT ⇒ C Lα = qD = SeCLα qDo 0 1− M 2 2 KT KT 1 − M 2 q = = q 1 − M = ⇒ D Do SeCL SeCLα 0 α0 Mais sobre compressibilidade... Todavia, o número de Mach muda a pressão dinâmica de divergência (Prandtl-Glauert); Porém não podemos trata-lo como um parâmetro independente; note a relação para a velocidade de divergência: VD = ρ Se 2 Kθ CLincα 1− M 2 A velocidade de divergência depende do par ρ e M, uma vez que o número de Mach depende da altitude . Mach de divergência Pergunta: se operarmos em uma determinada altitude, qual será o Mach de divergência? A condição de vôo calculada a partir da equação: V M= a e 1 1 2 q = ρ ⋅V = ρ ⋅ M 2 a 2 2 2 deve corresponder (match) à condição calculada pela análise de divergência. Em outras palavras, a densidade e o número de Mach devem corresponder à velocidade calculada para uma determinada condição de vôo (altitude). Mach de divergência Para tal, vamos calcular a pressão dinâmica incluindo o efeito da compressibilidade: Kθ 1 − M 2 2 2 inc qD = = q 1 − M = q 1 − M 0 D S ⋅ e ⋅ CLincα Combinando a equação acima com: 1 1 2 q = ρ ⋅V = ρ ⋅ M 2 a 2 2 2 Tem-se : Mach de divergência Continuação... 1 ρ ⋅ M 2 a 2 = qDinc 1 − M 2 = qS M 2 2 Onde a pressão dinâmica qs é a pressão correspondente a um escoamento à velocidade do som. Ou seja, podemos usar a relação acima que é função exclusivamente do número de Mach e da pressão dinâmica de divergência em regime incompressível. Também é necessário identificar a altitude correspondente à análise para se calcular a velocidade do som e se obter a pressão dinâmica de referência para aquela altitude; O resultado é uma equação quártica para o número de Mach apenas, a nossa incógnita. Este valor correspondente a uma dada altitude será o número de Mach de divergência: Mach de divergência 2 2 ⎛ qDo ⎞ ⎛ qDo ⎞ 2 M +⎜ ⎟ MD −⎜ ⎟ =0⇒ ⎝ qs ⎠ ⎝ qs ⎠ 4 D 2 4 ⎛ qDo ⎞ ⎛ qDo ⎞ ⎛ qDo ⎞ −⎜ ⎟ + ⎜ ⎟ + 4⎜ ⎟ ⎝ qs ⎠ ⎝ qs ⎠ ⎝ qs ⎠ MD = + 2 2 O conceito de “Match Point” O conceito de “Match Point”, ou “ponto correspondente” é muito utilizado para a correlação de resultados de análises aeroelástica com experimentos em vôo. A idéia é obter uma velocidade de divergência que corresponda ao número de Mach a uma determinada altitude de vôo. Ou seja, plota-se a pressão dinâmica corrigida para os efeitos de compressibilidade e a pressão dinâmica do escoamento a velocidade do som (a) correspondente a uma determinada altitude de vôo. A interseção entre as duas curvas fornecerá o Mach de diverg6encia, ou seja e deste valor pode-se obter a velocidade de divergência fisicamente correta para a condição investigada. O conceito de “Match Point” O número de Mach de divergência é a interseção de duas curvas, resultado de plotar qD = qDinc 1 − M 2 1 qS = ρ ⋅ M 2 a 2 2 e respectivamente como função do número de Mach. Este ponto é conhecido como “Match Point” Efeito da Altitude no Mach de divergência Do gráfico anterior, observa-se que o número de Mach de divergência aumenta com o aumento da altitude que implica na mudança da velocidade do som. Na figura ao lado pode-se também notar que o MD aumenta acompanhando a altitude. Evitando a divergência... Analisando a expressão: Kθ qD = ⎛ ∂C L ⎞ Se⎜ ⎟ ⎝ ∂α ⎠ Se diminuirmos “e”, a pressão dinâmica de divergência aumenta; Se aumentarmos a rigidez da Kθ a pressão dinâmica de divergência aumenta. Eventuais restrições no envelope de operação também são uma forma de evitar a divergência Hipóteses restritivas Contexto linear, a pequenas deformações, o que implica em comportamento linear do material e da aerodinâmica; Deformações ocorrem em um período de tempo suficientemente grande, podendo-se classificar o fenômeno como quasi-estático. Sumário A divergência aeroelástica é uma instabilidade prevista por uma análise de rigidez estática; Próximo da condição de divergência, pequenas deformações em torção (incidência da asa) implicam em grande deformações que podem levar a carregamentos aerodinâmicos ainda maiores – pode-se atingir regimes não lineares quanto ao comportamento aerodinâmico; Perto da condição de pressão dinâmica de divergência, o efeito da flexibilidade promove um incremento significativo na sustentação. Eficiência e Reversão de Comandos Eficiência e reversão de comandos ya Fenômenos que também estão associados à Aeroelasticidade Estática. Será usado o aileron para exemplificar estes fenômenos. Seu objetivo é criar um momento de rolamento P. ΔLa = diferença de sustentação P Mx = 2ΔLa · ya x Eficiência e reversão de comandos Supõem-se que a superfície de comando rotacione fazendo um ângulo δ com a linha da corda da seção; Com a deflexão da superfície de comando, a geometria do perfil muda (camber efetivo), então o CMAC também muda; Esta variação angular da superfícies de comando gera um momento picador que tende a deformar a asa da aeronave, que é flexível; Tal deformação pode ser suficientemente grande de forma que a ação do aileron pode gerar um torque em rolamento em sentido contrário do que o esperado. Reversão de comandos L Articulação Kθ MAC AC CE δ articulação coeficiente de momento da deflexão do aileron sem deflexão total C M AC = CM AC + 0 ∂CM AC ∂δ δ deflexão do aileron Reversão de comandos L Kθ MAC AC δ0 δ Κδ deflexão comandada pelo piloto deflexão total rigidez da articulação Kδ δ0 CE Articulação elástica δ Devido os esforços aerodinâmicos que tendem a introduzir uma nova deflexão da superfície de comando, a deflexão total é diferente da imposta pelo piloto. A deflexão pode ser maior ou menor que a deflexão inicial. Reversão de comandos Então, relativo a seção típica com superfície de controle, tem-se: L = qSC L ∴ M AC = qScCM AC ∂C L ⎤ ⎡ ∂C L (α 0 + θ ) + δ⎥ L = qS ⎢ ∂δ ⎦ ⎣ ∂α ∴ M AC ∂CM AC ⎞ ⎛ = qSc⎜⎜ C M AC + δ ⎟⎟ 0 ∂δ ⎝ ⎠ Reversão de comandos Devido à articulação, o momento aerodinâmico da superfície de controle (H), em relação ao eixo da articulação, é dado por: H = qS(H )c(H )CM( H ) ∴ ∂CM( H ) ∂CM( H ) ⎤ ⎡ (α0 +θ ) + H = qS(H )c(H ) ⎢CM0( H ) + δ⎥ ∂α ∂δ ⎥⎦ ⎢⎣ Nota: com δ +, H+ Exemplo: Seção Típica 1) Equilíbrio de momentos em relação ao CE da seção: ∂C M AC ⎤ ⎡ ∂C L ⎤ ⎡ ∂C L (α 0 + θ ) + qSe ⎢ δ ⎥ + qSc ⎢CM AC + δ ⎥ = Kθ θ 0 ∂δ ⎦ ∂δ ⎣ ∂α ⎣ ⎦ 2) Equilíbrio de momentos em relação ao eixo de articulação: H = Kδ (δ − δ0 ) , com (δ – δ0) sendo a torção elástica da superfície de controle, em relação ao eixo de articulação. ∂CM( H ) ∂CM( H ) ⎤ ⎡ (α0 +θ ) + qS(H )c(H ) ⎢CM0( H ) + δ ⎥ = Kδ (δ − δ0 ) ∂α ∂δ ⎢⎣ ⎥⎦ Reversão de comandos O que resulta em um sistema cuja equação matricial é dada por: ⎡a11 a12 ⎤ ⎧θ ⎫ ⎧b1 ⎫ ⎧θ ⎫ −1 [ ] ∴ = A ⋅ [B] ⋅ = ⎨ ⎬ ⎨ ⎬ ⎨ ⎬ ⎢a ⎥ ⎩δ ⎭ ⎣ 21 a22 ⎦ ⎩δ ⎭ ⎩b2 ⎭ ∂CL Kθ ∂CL ∂CMAC − , a12 = e + a11 = e ∂α qS ∂δ ∂δ ∂CMH ∂CMH Kδ − , a22 = a21 = ∂α ∂δ qSHcH Demonstração do desenvolvimento da matriz Equilíbrio de momentos em relação ao CE da seção: ∂CM AC ⎤ ⎡ ∂C L ⎤ ⎡ ∂C L (α 0 + θ ) + qSe ⎢ δ ⎥ + qSc ⎢CM AC + δ ⎥ = Kθ θ 0 ∂δ ⎦ ∂δ ⎣ ∂α ⎣ ⎦ ∂CM AC ∂CL ∂CL ∂CL qSe α0 + qSe θ + qSe δ + qScCM AC 0 + qSc δ = Kθθ ∂α ∂α ∂δ ∂δ ∂CM AC ⎞ ⎛ ∂CL ∂CL ⎞ ⎛ ∂CL ⎞ ⎛ ⎜ ⎟ δ = −qS⎜ e α0 + cCM AC 0 ⎟ +c − Kθ ⎟θ + qS⎜ e ⎜ qSe ⎟ ∂δ ⎠ ∂α ⎠ ⎝ ∂α ⎠ ⎝ ⎝ ∂δ ∂CM AC ⎛ ∂C L Kθ ⎞ ⎛ ∂C L ⎜⎜ e ⎟⎟θ + ⎜⎜ e − +c ∂δ ⎝ ∂α qS ⎠ ⎝ ∂δ ⎞ ∂C L ⎛ ⎞ ⎟δ = −⎜ e + α cC 0 M AC 0 ⎟ ⎟ ⎝ ∂α ⎠ ⎠ Equilíbrio de momentos em relação ao eixo de articulação ∂CM( H ) ∂CM( H ) ⎤ ⎡ (α0 +θ ) + qS(H )c(H ) ⎢CM0( H ) + δ ⎥ = Kδ (δ − δ0 ) ∂α ∂δ ⎢⎣ ⎥⎦ qSHcHCM0H + qSHcH ∂CMH ∂α α0 + qSHcH ∂CMH ∂α θ + qSHcH ∂CMH ∂δ δ = Kδδ − Kδδ0 ⎤ ⎡ ∂CMH ⎞ ∂CMH ∂CMH ⎞ ⎛ ⎞ ⎛ ⎛ ⎟⎟θ +⎜⎜qSHcH ⎜⎜qSHcH δ − Kδ ⎟⎟δ = −⎢qSHcH ⎜⎜CM0H + α0 ⎟⎟ + Kδδ0⎥ ∂α ⎠ ∂δ ∂α ⎠ ⎝ ⎠ ⎝ ⎝ ⎣ ⎦ ⎛ ∂CM H ⎜⎜ ⎝ ∂α ⎡⎛ ∂CM H ⎞ Kδ δ0 ⎤ ⎞ ⎛ ∂CM H Kδ ⎞ ⎟⎟δ = −⎢⎜⎜ CM 0 H + ⎟⎟θ + ⎜⎜ δ− α0 ⎟⎟ + ⎥ qS c qS c ∂ ∂ δ α ⎠ ⎝ H H ⎠ H H⎦ ⎠ ⎣⎝ Montagem da equação matricial ∂CM AC ⎛ ∂CL Kθ ⎞ ⎛ ∂CL ⎜⎜ e ⎟⎟θ + ⎜⎜ e − +c ∂δ ⎝ ∂α qS ⎠ ⎝ ∂δ ⎛ ∂CM H ⎜⎜ ⎝ ∂α ⎞ ⎛ ∂C ⎞ ⎟⎟δ = −⎜ e L α 0 + cCM AC ⎟ 0 ⎝ ∂α ⎠ ⎠ ⎡⎛ ∂CM H ⎞ Kδ δ0 ⎤ ⎞ ⎛ ∂CM H Kδ ⎞ ⎟⎟δ = −⎢⎜⎜ CM 0 H + ⎟⎟θ + ⎜⎜ δ− α0 ⎟⎟ + ⎥ δ α qS c qS c ∂ ∂ H H ⎠ H H⎦ ⎠ ⎝ ⎠ ⎣⎝ ⎡⎛ ∂CL Kθ ⎞ − ⎟⎟ ⎢⎜⎜e ⎢⎝ ∂α qS ⎠ ⎢ ⎛ ∂CMH ⎞ ⎟⎟ ⎢ ⎜⎜ ⎣ ⎝ ∂α ⎠ ⎛ ∂CL ∂CMAC ⎞ ⎤ ⎧ ⎛ ∂CL ⎞ ⎫ ⎜⎜e ⎟⎟ ⎥ α e cC − + + ⎜ M AC0 ⎟ 0 ⎪ ⎪ θ δ δ ⎧ α ⎫ ∂ ∂ ∂ ⎪ ⎪ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠⎥ ⋅ = ⎨ ⎬ ⎨ ⎬ ⎛ ∂CMH Kδ ⎞⎥ ⎩δ ⎭ ⎪− ⎛⎜C + ∂CMH α + Kδδ0 ⎞⎟⎪ ⎜⎜ ⎟⎟⎥ − ⎜ M0H ∂α 0 qS c ⎟⎪ ⎪ H H ⎠⎭ ⎩ ⎝ ⎝ ∂δ qSHcH ⎠⎦ ⎡a11 a12 ⎤ ⎧θ ⎫ ⎧b11⎫ ⎢a a ⎥ ⋅ ⎨δ ⎬ = ⎨b ⎬ ⎣ 21 22⎦ ⎩ ⎭ ⎩ 12⎭ ∴ ⎧θ ⎫ {A}⋅ ⎨ ⎬ = {B} ⎩δ ⎭ ∴ ⎧θ ⎫ −1 { } = ⋅ {B} A ⎨ ⎬ ⎩δ ⎭ Divergência A divergência aeroelástica vai ocorrer quando o det[A] = 0, o que é real para um determinado valor da pressão dinâmica, exceto se o CE estiver à frente do AC, caso onde nunca ocorre a divergência aeroelástica. Este critério de estabilidade é conhecido como critério de estabilidade de Euler, e será apresentado formalmente quando tratarmos do problemas de asas sujeitas a fenômenos aeroelásticos estáticos. Reversão de comandos ΔLδ CE Δθδ ΔLΔθδ ΔLδ ΔLΔθδ Quando se tem deflexão do aileron, surge uma torção elástica, causada pela variação do momento aerodinâmico. δ é devido o momento picador que surge com a deflexão positiva do aileron, tendendo a diminuir a sustentação adicional gerada, ou o momento de cabragem que surge com a deflexão negativa do aileron, tendendo a adicionar sustentação. sustentação gerada pela deflexão do aileron se a asa fosse rígida. ΔLδ = qS ∂C L ∂CL/∂δ é a derivada de controle, que depende δ onde do perfil e da superfície de controle. ∂δ Reversão de comandos A deflexão do aileron também gera uma mudança no momento aerodinâmico, representado por: ∂M AC ΔM ACδ = qSc δ onde ∂MAC/∂δ é uma derivada tipicamente negativa. ∂δ Voltando à equação de equilíbrio Le + M AC = Kθ θ as variações em L e MAC produzirão uma torção elástica adicional Δθδ resultando em ΔLa e + ΔM AC = Kθ Δθ δ ou seja, saindo de uma condição de equilíbrio para outra condição de equilíbrio, onde: ΔLa = ΔLδ + ΔLΔθδ . Reversão de comandos E escrevendo-se na forma de coeficientes, tem-se: qSc ∂C M AC ∂δ ∂C L ⎛ ∂C L δ + eqS ⎜ δ+ Δθδ ∂α ⎝ ∂δ ⎞ ⎟ = Kθ Δθδ ⎠ A partir desta expressão, obtém-se a mudança na torção elástica correspondente, ou seja, a Torção Elástica Adicional causada pela deflexão do aileron. Assumindo-se que δ seja conhecido, ∂CM AC ∂CL +c e a expressão para a Torção Elástica ∂δ δ Δθ δ = ∂δ Adicional é dada por: Kθ ∂CL −e qS ∂α . Eficiência dos comandos Com isso, pode-se calcular as mudanças adicionais no carregamento aerodinâmico do perfil devido à deflexão do aileron: ∂CM AC ⎞ ⎛ ∂CL ⎟ ⎜e +c ∂CL ∂CL ⎜ ∂δ ∂δ δ ⎟ ∴ δ + qS ΔLa = ΔLδ + ΔLΔθ δ ∴ ΔLa = qS ⎟ ∂δ ∂α ⎜ Kθ − e ∂CL ⎜ qS ⎟ α ∂ ⎠ ⎝ ⎛ ∂CL ⎜ ∂δ ΔLa = qSδ ⎜ ⎜ ⎜ ⎝ ∂CL ∂CM AC Kθ +c ∂α ∂δ qS ∂CL Kθ −e ∂α qS ⎞ ⎟ ⎟ ⎟ ⎟ ⎠ Eficiência dos comandos devido à deflexão do aileron ⎛ ∂CL ⎜ ∂δ ⎜ ΔLa = qSδ ⎜ ⎜ ⎝ ∂CL ∂CM AC Kθ +c ∂α ∂δ qS ∂CL Kθ −e ∂α qS ⎞ ⎟ ⎟ ⎟ ⎟ ⎠ devido à torção na asa, por causa da deflexão do aileron A uma determinada pressão dinâmica (q) não muito pequena, pode ocorrer do termo no numerador zerar, ou seja ΔLa será nulo, o que será um bom critério para adotar a condição de reversão do comando Limite da reversão ⎛ ∂CL Kθ ∂CL ∂CM AC 0=⎜ +c ∂α ∂δ ⎝ ∂δ qS = CLδ Kθ + cCLα CM ACδ qS = 0 CLδ Kθ qR = − ScCLα CM ACδ ⎞ ⎟ qSδ = ⎠ ⇒ Eficiência dos comandos Esta pressão é denominada Pressão Dinâmica de Reversão de Controle (qR). ∂CL Kθ ∂δ qR = − Sc ∂CL ∂CM AC ∂α ∂δ Ângulo de velocidade de rolamento do aileron Eficiência dos Comandos 12 8 Velocidade de Reversão do aileron 4 Mach 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 Efeito da velocidade na eficiência do aileron