Registrado sob nº 413
ISSN 1807-3441
Fernando Pessoa: O amor como sensação estética
ROSILDA DE FÁTIMA SCHIMANSKI TABORDA
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Prof(ª) MARIA NÁTALIA FERREIRA GOMES
Universidade Estadual do Centro-Oeste
SIRLEY ANTONIACK
Palavras-chave: IMPEDIMENTOS, TRANSFERÊNCIA, MEDO, CUMPLICIDADE, NÃO-AMOR
O mais enigmático poeta do século XX da língua portuguesa, Fernando Pessoa, o que se
multiplicou para poder "sentir tudo de todas as maneiras" oferece uma grandiosa obra
poética
e
filosófica
aos
estudiosos
que
desafiam
os
vários
saberes,
da
Estética
à
Psicanálise. A questão do amor na obra pessoana, estendida a todas as suas "máscaras" -
Campos, Reis, Caeiro e o ortônimo- é o objeto do presente estudo. Na poesia ortônima e
heterônima, observa-se, quanto ao amor, uma parceria e cumplicidade na rejeição desse
sentimento, pois Fernando Pessoa ele mesmo prima pela liberdade; Alberto Caeiro diante do
amor treme e enfraquece, Ricardo Reis abdica para ser "rei de si próprio" e para Campos,
"todas as cartas de amor são ridículas". Analisar-se-ão alguns poemas em que serão
demonstradas as desculpas e impedimentos para que prevaleça o não-amor, destacando-se a
tranferência, a rejeição, o medo da opressão. O propósito deste estudo é comprovar que,
na poética de Fernando Pessoa, o amor é só uma sensação estética.
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Fernando Pessoa: O amor como sensação estética