PREVENÇÃO AO USO INDEVIDO DE
ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS
NÍVEIS DE PREVENÇÃO
FAMÍLIA E REDES DE APOIO
ALGUMAS REFLEXÕES
 O uso de drogas, aqui chamadas de substâncias
psicoativas (SPA), acontece há milhares de anos e
provavelmente vai acompanhar
toda a história da
.
humanidade.
O Uso acontece por diversas razões:
 culturais ou religiosas;
 por recreação;
 como forma de enfrentamento de problemas;
 para transgredir ou transcender;
 como meio de socialização ou para se isolar

Visões simplistas e reducionistas, quando não
moralistas, preconceituosas e dogmáticas, ainda
perpassam muitos discursos antidrogas, presentes
nos diversos espaços sociais.
Apesar dos avanços perceptíveis na maneira de
compreender e intervir nessa questão, por
intermédio da incorporação das estratégias de
redução de danos, ainda temos um longo caminho
à ser percorrido.

TEMOS QUE REFLETIR:
O que está em questão não é a droga e
sim, o SER HUMANO, que deve ser visto e
compreendido na sua subjetividade e sua
integralidade, com toda a complexidade
que o assunto requer.
ELEMENTOS BÁSICOS PARA O USO DE
DROGAS
Pessoa
Contexto
Sócio cultural
Droga
As drogas não podem ser consideradas
boas ou más em si mesmas. O que pode
ser problemático é a relação do indivíduo
com elas.
O consumo de drogas não depende
somente da oferta, mas também de
fatores ligados às necessidades do
indivíduo e do ambiente em que ele
vive.
PREVENÇÃO:
Em relação ao consumo de álcool e
outras drogas, pode-se considerar
PREVENÇÃO tudo aquilo que possa ser
feito para evitar, impedir, retardar,
reduzir ou minimizar o uso, o abuso ou
a
dependência
e
os
prejuízos
relacionados ao padrão de consumo de
substâncias psicoativas.
NÍVEIS DE PREVENÇÃO
PREVENÇÃO PRIMÁRIA:
O objetivo é evitar a ocorrência do
problema-alvo, isto é, evitar ao máximo
possível a incidência de novos
casos de uso de drogas.
Oferecer o maior número possível de ações
de PROMOÇÃO À SAÚDE como:




atividades culturais;
educativas, esportivas, recreativas e tantas
outras que facilitem a inserção dos jovens na
vida da comunidade;
atividades profinalizantes;
atividades que valorizem o ser humano,
principalmente aqueles mais susceptíveis ao
uso de drogas.
ONDE DEVE SER REALIZADA A
PREVENÇÃO PRIMÁRIA?
Em todos os espaços sociais: família,
escolas, igrejas, centros comunitários,
instituições públicas e privadas, no
trabalho, associação de moradores,
clubes, academias, etc.
QUANDO
SE
DEVE
TRABALHAR
PREVENÇÃO PRIMARIA?
A
Quanto mais cedo começar melhor,
adequando-se pedagogicamente o programa
de prevenção a cada nível escolar.
AÇÕES DE VALORIZAÇÃO
Devemos trabalhar com a valorização
profissional, a formação educacional, o
reforço da auto-estima, a ampliação do
censo – crítico, o engajamento do jovem na
vida política- social, cultural e econômica
como formas de comprometimento pela
vida.
O que deve ser feito para que o
Programa de Prevenção possa dar certo?
Transdisciplinaridade, sensibilizar a
comunidade e escola para obter apoio e
comprometimento das ações;
 Promover um amplo estudo da realidade
local;
 Formação de comissões para definição de
objetivos e metas para o programa de
prevenção;
 Capacitação e avaliação sistemática devem
ser preocupações constantes.

PREVENÇÃO SECUNDÁRIA


Neste nível trabalhamos com a
existência do uso de drogas e o que se
pretende é que esse consumo não se
sistematize nem se intensifique. Não se
verifica
aqui
a
existência
de
dependência.
Os esforços devem ser feitos por
técnicos coadjuvados por familiares,
por
grupos
de
auto-ajuda
ou
instituições especializadas.
Algumas ações de prevenção secundária:
Estimular a abstinência da droga, motivar
para uma vida saudável, trabalhar a autoestima e as relações familiares, sociais e
buscar
conhecimento
“malefícios”
da
droga
sobre
os
consumida.
Introduzir ações de redução de danos.
PREVENÇÃO TERCIÁRIA




Já existe a dependência de droga. Aqui
os esforços são no sentido de
incentivar terapias adequadas para
cada pessoa.
Incentivar para o diálogo franco e
aberto com o dependente e com a
família.
Acreditar e apoiar a recuperação
Introduzir ações de redução de danos
Comportamentos POSITIVOS E NEGATIVOS
EM RELAÇÃO AO USO DE DROGAS/ FAMÍLIA/
PROFISSIONAIS
Comportamentos negativos
Vigilância – perseguir para vigiar
Agravamento – dramatizar as
situações de risco, lapsos e
recaídas
Cul pa – reprovar e regriminar as
atitudes
Vitimização – fazer de si próprio uma
vítima do usuário
Passividade – submeter-se a
chantagens ou ameaçãs
Indiferença - fingir que não dá
importância ao problema
Comportamentos positivos
Reconhecimento – valorizar
pequenas conquistas
Disponibilidade – mostrar-se solidário
e comprometido com todo o
processo
Diálogo - ouvir, discutir e refletir
Inexistência de soluções mágicas –
conscientizar-se de que a
recuperação é um processo longo
e gradadtivo
Limites - impor um mínimo de regras
e disciplina
Acolhimento – demonstrar afeto e
compreensão pela situação do
usuário
ABORDAGEM FAMILIAR - OBJETIVOS
Acolher a família como unidade que precisa de cuidados;
Conhecer a estrutura e a dinâmica familiar;
Levar conhecimentos sobre o processo do uso de drogas;
Reforçar a importância do estabelecimento ou do resgate
de uma rede de suporte mínimo para auxiliar todo o
processo;
Projeto de Vida – Implica o estabelecimento
de ações contínuas que interligam de forma
harmônica os aspectos necessários ao
estabelecimento ou resgate da rede social .
Aspectos Familiares
Aspectos
profissionais
Aspectos Médicos e
Psicológicos
Aspectos
Econômicos
Aspectos Espirituais
Aspectos Comunitários
O TRABALHO COM REDES
A intervenção em rede é expressa por meio
dos
profissionais,
dos familiares, das
organizações
governamentais
e
nãogovernamentais em interação constante,
cada um com seu núcleo específico de
ação,
mas
apoiando-se
mutuamente,
alimentando-se enquanto rede, com a
possibilidade de criar alternativas para lidar
com o problema, já que ela cria acessos
variados,
acolhe,
encaminha,
trata,
reconstrói existências, e cria efetivas
alternativas.
REDES PRIMÁRIAS:
São consideradas como a encruzilhada da
vida privada e pública e são formadas
pelo conjunto de indivíduos que se
relacionam a partir de laços afetivos. É
definida a partir de uma pessoa e é
constituída por parentes, amigos e
vizinhos.
Redes Secundárias:
Se definem a partir de instituições e
são formadas pelo conjunto de
pessoas reunidas em torno de uma
mesma função, dentro de um marco
institucionalizado (serviços de saúde,
de assistência social, escolas, igrejas,
empresas, grupos de auto- ajuda,
ONGs, organizações sociais, etc.)
OBJETIVOS DO TRABALHO EM REDE
Favorecer estabelecimento de vínculos positivos através da
interação entre os indivíduos;
▪ Oportunizar espaço p/ reflexão, troca de experiências e busca
de soluções p/ problemas comuns;
▪ Estimular o exercício da solidariedade e da cidadania;
▪ Mobilizar pessoas, grupos, instituições p/ utilização de
recursos existentes na própria comunidade;
▪ Estabelecer parcerias entre setores governamentais e não
governamentais p/ implementar ações e programas de
promoção da saúde e de prevenção.
Referências Bibliográficas:
Mioto, Regina C.T, O trabalho com Redes como procedimento de
intervenção profissional: o desafio da requalificação dos serviços.
Revista Katalysis, Exclusão social, violência e cidadania.Vol.5, nº1 –
2002. Editora UFSC- SC, p.54,55
Santa Catarina. Políticas Públicas sobre Drogas.Secretaria de
Segurança Pública e defesa do Cidadão,Conselho Estadual de
Entorpecentes – CONEN/SC,p. 16,17.
Bravo, Maria Inês de S ouza (org). Oliveira,Claudete J. Saúde e Serviço
Social. O enfrentamento da dependência de álcool e outras drogas
pelo Estado Brasileiro. Editora Cortez. Rio de Janeiro , 2004 p.191.
Referências Bibliográficas
Bravo, Maria Inês de Souza. (org) ,Veloso, Laís. Carvalho, Jane. Luciana,
Santiago. Saúde e Serviço Social. Redução de danos decorrentes do
uso de drogas: uma proposta educativa no âmbito das políticas
públicas. p. 166, 167,174. editora Cortez, 2004
Duarte, Paulina do Carmo Arruda Vieira. Abordagem, atendimento e
reinserção social . Prevenção ao Uso de Álcool e Outras Drogas no
Ambiente de Trabalho. Conhecer para Ajudar.SENAD, 2006,
p.171,172,173
SENAD. Aspectos básicos do tratamento das dependências químicas.
Curso à distância. V. I e II, Brasília:2002.
Universidade de Brasília. Prevenção ao uso indevido de drogas: diga
SIM à Vida. V. 1 e 2. Brasília:CEAD/UnB; SENAD/SGI/PR, 2000.
([email protected] e http://www.unb.br/cead)
SENAD. Aspectos básicos do tratamento das dependências químicas.
Curso à distância. V. I e II, Brasília:2002.
Universidade de Brasília. Prevenção ao uso indevido de drogas: diga
SIM à Vida. V. 1 e 2. Brasília:CEAD/UnB; SENAD/SGI/PR, 2000.
([email protected] e http://www.unb.br/cead)
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Prevenção ao Uso Indevido de Álcool e Outras Drogas