2.1 2.1A Diferenciabilidade Um campo escalar f é de…nido em Rn pela equaçãof (x) = ha; xi, onde a é um vetor constante. Calcule a derivada direcional Dv f (x) no ponto x e direção v arbitrários. 2.1B Resolva o exercício precedente no caso em que f (x) = kxk4 : Considere n = 2 e determine todas as direções v para as quais Dv f (2; 3) = 6: 2.1C Considere uma transformação linear T : Rn ! Rn e de…na o campo escalar f em Rn por f (x) = hT x; xi. Calclule Dv f (x) : 2.1D Suponha que um campo escalar f tem a seguinte propriedade: Dv f (x) = 0, em qualquer direção v e em todos os pontos da bola B (a). Mostre que f é constante nessa bola. O que se pode deduzir no caso em que a propriedade é válida em todo ponto de B (a), mas em uma direção …xa? 2.1E Prove que não existe um campo escalar f tal que Dv f (a) > 0; em um ponto …xo a e toda direção não nula v. Dê exemplo de uma campo escalar com a seguinte propriedade: Dv f (x) > 0, em uma direção …xa ~v e todo ponto x: 2.1F Considere a função f (x; y) = 3x2 + y 2 , restrita ao círculo x2 + y 2 = 1: Determine os pontos e as direções para os quais a derivada direcional de f é máxima. 2.1G Determine os valores das constantes a; b e c de modo que a derivada direcional de f (x; y; z) = axy 2 + byz + cz 2 x3 no ponto (1; 2; 1) tenha valor máximo 64, na direção do eixo z: 2.1H Em R3 seja ~r (x; y; z) = x~i + y~j + z~k e deixe r representar a norma de ~r, isto é, r = k~rk : Mostre que: (a) rr (x; y; z) é um vetor unitário colinear com ~r; (b) r (rn ) = nrn 2.1I 2~ r. Suponha que f é diferenciável em cada ponto da bola B (a) e que v1 ; v2; : : : ; vn são n vetores linearmente independentes tais que Dvj f (x) = 0; para cada j = 1; 2; : : : ; n; em qualquer ponto x de B (a) : Mostre que f é constante em B (a) : 2.1J Seja f um campo escalar diferenciável em cada ponto da bola B (a). COMPLEMENTOS 2 CAMPOS DIFERENCIÁVEIS 7 (a) Se rf (x) = 0 para todo x em B (a), mostre que f é constante em B (a) ; (b) Se f (x) 2.1K f (a) para todo x em B (a) ; mostre que rf (a) = 0: Mostre que r (kxk) é um vetor unitário na direção de x e que r kxkk = k kxkk 2 x; k = 1; 2; 3; : : : : Calcule r (1= kxk) ; para x 6= 0: 2.1L A Regra da Cadeia Seja h (x) = f [g (x)], onde g = (g1 ; g2 ; : : : ; gn ) é um campo diferen- ciável em a; e f é um campo escalar diferenciável em b = g (a). Mostre que: rh (a) = 2.1M n X k=1 Dk f (b) rgk (a) : Considere dois campos diferenciáveis ' : Rn Rn por (x0 ; xn ), sendo x0 = (x1 ; x2 ; : : : ; xn 1 ). 1 ! R e f : Rn ! R e represente os pontos do : Rn Se 1 ! Rn é de…nida por (x0 ) = (x0 ; ' (x0 )), mostre que: D (g 2.2 ) x0 = @g (x) @x0 + 1 (n 1) @g (x) r' x0 : @xn Exemplos do Cálculo 2.2A xy De…na os campos f e g em R2 por: f (x; y) = p x2 + y 2 e g (x; y) = xy x2 y 2 ; se x2 + y 2 (x; y) 6= (0; 0) ; e f (0; 0) = g (0; 0) = 0: Calcule as derivadas parciais fx (0; 0) ; fy (0; 0) ; gxy (0; 0) e gyx (0; 0) : O campo f é diferenciável na origem? E o campo g? 2.2B Determine um vetor V (x; y; z) normal a superfície z = genérico (x; y; z) 6= ~0. Se p x2 + y 2 + x2 + y 2 3=2 , em um ponto (x; y; z) representa o angulo entre V (x; y; z) e o eixo z, determite o limite de cos quando (x; y; z) ! ~0: 2.2C Considere as funções u (x; y) e v (x; y) de…nidas pelas equações x = eu cos v e y = eu sen v. Mostre que os vetores gradientes ru (x; y) e rv (x; y) são perpendiculares em cada ponto (x; y) ; com x > 0: 2.2D Seja f (x; y) = p jxyj: (a) Veri…que que @x f (0; 0) = 0 e @y f (0; 0) = 0; 8 CÁLCULO AVANÇADO MARIVALDO P. MATOS (b) A função f admite plano tangente na origem? (sugestão: considere a seção da superfície com o plano x = y): 2.2E Encontre a equação do plano tangente à superfície xyz = a3 ; a > 0; no ponto (x0 ; y0 ; z0 ) e mostre que o volume do tetraedro limitado por este plano e os três planos coordenados é 9a3 =2: 2.2F Se rf (x; y; z) é sempre paralelo ao vetor x~i + y~j + z~k, mostre que f assume valores iguais nos pontos (0; 0; a) : 2.2G As equações u = (x y) =2 e v = (x + y) =2 transformam f (u; v) em F (x; y). Use uma forma apropriada da regra da cadeia para expressar as derivadas Fx e Fy em termos das derivadas fu e fv : 2.2H Seja f : Rn ! R dada por f (x) = 1 2 kxk2 . Mostre que f é diferenciável e calcule a derivada Df (x) : 2.2I Sejam f; g : Rn ! Rn dois campos vetoriais diferenciáveis e de…na F : Rn ! R por F (x) = hf (x) ; g (x)i. Mostre que F é diferenciável e calcule a derivada DF (x) : 2.2J Mostre que a função f : R2 ! R de…nida por 8 x jyj > < p ; se (x; y) 6= (0; 0) x2 + y 2 f (x) = > : 0; se (x; y) = (0; 0) é do tipo considerado no exercício precedente, e conclua que f não é diferenciável na origem. kxk2 ; 8x; mostre que f é diferenciável na origem. 2.2K Se f : Rn ! R satisfaz à condição jf (x)j 2.2L Considere a função f : R2 ! R de…nida por 8 1 > < x2 + y 2 sen p ; se (x; y) 6= (0; 0) 2 x + y2 f (x; y) = > : 0; se (x; y) = (0; 0) : Mostre que f é diferenciável em (0; 0) e que as derivadas parciais de primeira ordem de f , embora existam em todo R2 , não são contínuas na origem. 2.2M Dê exemplo de um campo escalar f : R2 ! R, descontínuo na origem, mas com derivada direcional D~v f (0; 0) em qualquer direção ~v : Respostas & Sugestões