MOTIVAÇÃO
PUC - USP
• Motivação é a chave para ensinar a
importância do estudo na vida de cada um
de nós. (...) Embora todos os educadores
saibam a importância da educação para o
desenvolvimento do ser humano, fazer com
que
crianças
e
adolescentes
compreendam isso é certamente mais
difícil. Mas está longe de ser impossível.
Ao contrário. Experiências de sucesso têm
como base uma palavra-chave: motivação.
• "Não se pode esperar que todos
os alunos queiram estudar e se
interessem, pois muitos acham
a escola chata e a frequentam
por obrigação", afirma Antonio
Santos, professor de Psicologia
Educacional da Faculdade de
Filosofia, Ciências e Letras de
Ribeirão Preto (USP).
• A indisciplina excessiva, a falta de
interesse constante e a apatia dos
estudantes são, sim, problemas enormes.
E é preciso muita disposição para superálas. Infelizmente, não existe uma receita
mágica para transformar as aulas em foco
de atração, mas com sensibilidade e
energia para enfrentar o desafio você pode
conquistar seus alunos, ganhar tempo e, o
que é melhor, trabalhar com mais prazer.
• Nesse aspecto, os especialistas são
unânimes: é fundamental mostrar que
estudar também é divertido. "Não existe
aluno sem solução. De um jeito ou de outro
se descobre algo de que ele goste", diz
Olgair Gomes Garcia, professora de
Didática da PUC-SP e coordenadora
pedagógica da rede municipal de ensino de
São Paulo. "O profissional atento valoriza o
estudante quando ele participa e, assim,
consegue trazê-lo para o grupo."
• Como explica Olgair,
a maior
dificuldade é planejar a aula de
forma a interessar a todos. "Cada
jovem traz em si características
muito diferentes. Por isso é tão
complicado criar um clima de
aprendizagem",
destaca.
Isso
acontece porque a motivação não é
apenas algo natural, mas depende
de fatores externos.
• Na linguagem dos especialistas, há uma
divisão entre a motivação intrínseca —
quando o próprio conteúdo basta para gerar
um interesse — e a extrínseca — quando se
recorre a elogios, notas ou prêmios. "As
pesquisas mostram que quanto mais idade o
aluno tem, mais se torna imprescindível a
motivação
intrínseca",
explica
Antonio
Santos. Para trabalhar essa motivação, o
mais importante é estimular o progresso do
grupo e criar um ambiente agradável em sala.
"O estudante precisa perceber que o que ele
faz é valorizado. Para a sua auto-estima isso
é essencial."
• Segundo Santos, o aluno é naturalmente
motivado para tudo aquilo que esteja
ligado ao momento de vida pelo qual está
passando. Ocorre que muitos professores
planejam as atividades apenas de acordo
com seu ponto de vista, sem definir os
desafios a partir da perspectiva da classe.
"Uma boa dica é inverter os papéis. Se o
educador descobrir o que a classe quer,
com certeza vai atrair sua atenção",
ensina.
Dicas:
• Estabeleça metas individuais. Isso permite que
os alunos desenvolvam seu próprio critério de
sucesso.
• Emoções positivas melhoram a motivação. Se
você pode tornar alguma coisa engraçada ou
emocionante, sua turma tende a aprender
muito mais.
• Demonstre por meio de suas ações que o
aprendizado pode ser agradável.
• Desperte na criança o desejo de aprender.
• Dê atenção. Mostre ao aluno que você se
importa com o progresso dele. Ser indiferente
a uma criança é um poderoso desmotivador.
• Negocie regras para o desenvolvimento
do trabalho.
• Mostre como o conteúdo pode ser
aplicado na vida real.
• Explique sempre os objetivos da
atividade.
• Em vez de recriminar respostas ou
atitudes erradas, reconheça o trabalho
bem-feito.
• Sempre que possível ofereça opções de
atividades.
• Seja flexível ao ensinar. Apresente
exemplos para estimular a reflexão.
• Use recursos áudio visuais, como
desenhos, fotos, gráficos, objetos,
computadores, data-show...
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