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CONCEPÇÕES DE GRAMÁTICA E A PRÁTICA DOCENTE NA AULA DE PORTUGUÊS
Bruna Rodrigues da Silva1
Orientadora Dra: Iveuta de Abreu Lopes2
Universidade Estadual do Piauí-UESPI
INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, uma gama considerável de pesquisas vem mostrando que o ensino de
Língua Portuguesa nas escolas ainda privilegia os saberes relacionados à tradição da gramática
normativa. Todavia a compreensão de língua evoluiu no sentido de ser vista como instrumento de
interação social. Os resultados desses estudos mostram que, na escola, as atividades não são
conduzidas no sentido de desenvolver as habilidades necessárias à plena competência dos saberes
relativos aos usos sociais da língua.
A presente pesquisa tem como foco principal investigar a coleção heterogênea de saberes
que são transmitidos em uma sala de aula de 9º ano do Ensino Fundamental, observando os
registros e as modalidades linguísticas que prevalecem nesse contexto específico.
A pesquisa foi realizada através da observação in loco, com objetivo de conhecer quais
saberes são veiculados durante as aulas de Língua Portuguesa, sendo adotada como metodologia a
aplicação de questionário tanto ao professor-regente quanto aos alunos da sala. Para tanto, estudos
empreendidos por Antunes (2003), Batista (1997) , Bechara (1993), Geraldi (1999), focalizando
esse
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tema,
nortearam
este
estudo.
Graduanda de Licenciatura Plena em Letras – Português na Universidade Estadual do Piauí.
Professora doutora da Universidade Federal do Piauí e da Universidade Estadual do Piauí, com a área de pesquisa no
ensino de Língua materna.
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2
METODOLOGIA
Inicialmente, realizou-se um levantamento da bibliografia pertinente às discussões e às
propostas teóricas e metodológicas relativas ao processo de ensino-aprendizagem de língua
materna, especialmente aquela que contempla os saberes a partir dos quais se desenvolve o discurso
que permeia o trabalho com a Língua Portuguesa, incluindo nesse levantamento, os itens relativos
ao registro e às modalidades linguísticas.
No âmbito específico da pesquisa de campo, em primeiro lugar, foi feito um levantamento das
escolas da rede estadual de ensino para que, dentre essas escolas públicas, pudesse ser selecionada
uma unidade que oferecesse a série específica proposta para estudo nesta pesquisa, o 9º ano do
Ensino Fundamental.
Uma vez selecionada a escola Unidade Escolar Martins Napoleão, foram feitas vinte visitas a
essa instituição e ali estabeleceu-se contato com a direção da escola e com professores de Língua
Portuguesa, especialmente aqueles que ministram suas aulas no 9º ano, a fim de solicitar a
permissão desses profissionais para realizar o estudo na sala de aula.
Obtida a permissão de acesso à sala de aula, procedeu-se à fase de adaptação com o contexto,
da mesma forma a observação e as anotações com ênfase no que se refere à maneira como a
professora transmitia os conhecimentos de Língua Portuguesa.
No decorrer das vinte aulas, foram observadas dez, sendo feito o registro diário. Também
foram aplicados o questionário com seis perguntas a quinze alunos e a entrevista com oito perguntas
à professora.
O contato com a professora e com os alunos participantes da amostra da pesquisa se deu de
forma pessoal e individual.
De posse de todos os dados obtidos por meio do questionário, observação e entrevista, foi
criada uma planilha e nela foram registrados todos os dados para uma posterior análise e seleção
dos sujeitos.
A coleta dos dados realizou-se no período de novembro de 2009 a maio de 2010. Os
instrumentos utilizados foram os seguintes: questionários, como já descrito anteriormente,
entrevista, registro e observação das aulas.
Durante a observação das aulas analisou-se se era realizada leitura e produção de textos, se ao
ser realizada o que era priorizado, qual o enfoque dessa leitura e em torno de que se voltava a
produção textual, para a partir disso chegar à conclusão do que o professor privilegia na aula de
língua portuguesa, se a disciplina gramatical, seus conceitos, sua estrutura e coerência interna ou se
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as reflexões críticas a respeito do ensino de Português e das concepções de língua e gramática que
veicula.
ANÁLISE DOS DADOS
A tabela abaixo representa uma síntese da amostra dos dados coletados através do questionário
aplicado aos alunos
Questões
1ª
2ª
3ª
4ª
5ª
6ª
a) %
15%
45%
5%
5%
0%
25%
b) %
55%
25%
45%
15%
25%
25%
c) %
5%
25%
45%
65%
55%
25%
d) %
25%
5%
5%
15%
25%
25%
Considerando as propostas dos estudos para o ensino de língua a análise desta pesquisa
desdobrou-se em torno de alguns objetivos, são eles: a descrição da prática do professor de
português, tendo em vista o ensino dos conteúdos gramaticais e caracterizar as concepções de
gramáticas que subjazem às aulas.
A partir do questionário aplicado a 15 alunos do 9º ano foi possível inferir significativamente
sobre o ensino de língua, haja vista a objetividade das perguntas e respostas.
Os questionários contêm perguntas que revelam o que a professora prioriza em sua prática,
qual a importância do ensino de português para os discentes, quais os recursos utilizados pela
docente, qual o nível das provas. Enfim, levantaram-se questões pertinentes à compreensão de qual
prática a professora utiliza para ministrar suas aulas.
Ao serem questionados sobre a importância do ensino de língua portuguesa, 55% dos alunos
responderam que serve para dominar e ampliar seus conhecimentos sobre a norma padrão da língua.
Sobre a forma como a professora ensina os conteúdos, 45% responderam que ela ensina bem, pois
tenta ensinar com clareza.
Quanto ao que eles consideravam ser mais importantes para a formação dos alunos, 45%
concordaram que o conhecimento de mundo é de suma importância e sobrepõe-se ao gramatical e
até ao textual.
A respeito do nível das provas, 65% confirmaram que é razoável por que envolvem apenas o
conhecimento gramatical e as questões são decorativas.
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No que se refere à participação dos alunos durante as aulas , 25% dos alunos disseram que há
esforço por parte da professora ao incentivar os alunos a participarem das aulas e outros , 25%
confirmaram que há apatia , pois para ela não há importância se os alunos são ou não participativos
na ministração dos conteúdos.
Os recursos didáticos, geralmente utilizados pela professora são: pincel, quadro e o conteúdo
xerocopiado, caso trabalhasse com algum gênero que não tenha no livro para poder fazer a
exposição à turma.
Para analisar o método de ensino da docente, observou-se qual concepção de gramática a
professora utiliza. Para tanto, têm-se o tipo de professor que afirma que o ensino gramatical é
necessário ao aluno para que ele possa refletir a respeito de sua língua. Para outro grupo o ensino
gramatical é necessário para habilitar os alunos ao manejo dos conhecimentos e regras gramaticais,
esses seriam os que ensinam regras descontextualizadas, exercícios isolados, várias nomenclaturas
metalinguisticas.
O que responderá à colocação feita acima será o detalhamento do procedimento da professora
em sala. Para tanto, optou-se por descrever a análise e observação de dois conteúdos, o de figuras de
linguagem e o de gênero textual canção popular.
Sobre a didática da professora, observou-se que ela tem o frequente hábito de inicialmente
fazer a chamada e em seguida anotar o conteúdo, ainda que esteja no livro, haja vista alguns alunos
não possuírem e por isso cobram a professora que o faça. Em seguida ela procede a explicação do
conteúdo.
Na 1ª aula, sobre figuras de linguagem o tempo foi suficiente apenas para tentar fazer com
que os alunos mantivessem a calma, haja vista a euforia de ter encerrado o horário do lanche. Em
seguida leva mais alguns minutos para fazer a chamada e o resto do tempo foi para copiar o
conteúdo.
Na aula seguinte, a professora explicou o conteúdo tal qual o copiou, sua forma de
exemplificar os tipos de figuras de linguagem era através de frases feitas.
À guisa de ilustração, cabe aqui ressaltar um dos poucos momentos em que uma aluna
manifestou-se por ter uma dúvida quanto à figura de construção- polissíndeto em que a professora
fez a seguinte anotação :
Polissíndeto: consiste na repetição de conectivos ligando termos da oração ou elementos do
período.
Ex: “ E sob as ondas ritmadas
E sob as nuvens e os ventos
E sob as pontes e sob o sarcasmo
E sob a gosma e sob o vômito (...)”
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A observação do aluno sobre essa anotação foi a seguinte: “ professora, então aí tem
polissíndeto por que tem a repetição de 3 conectivos : o e, as, e o o”?
Através da pergunta ficou evidente que o aluno não compreendeu a definição da professora do
que seria polissíndeto , ou mesmo que aquela aluna não domina qual a função de um conectivo, o
que é uma oração e nem um artigo, já que afirmou que “as e os” são conectivos.
Naquela situação a atitude da professora foi a de tentar esclarecer que “as e os” não são
conectivos, mas artigos.
Para verificar o nível de aprendizagem dos alunos a professora passou um exercício para casa.
Na aula seguinte o que se observou foi que apenas quatro alunos responderam a atividade e
interagiram com a professora, os demais simplesmente anotaram as respostas.
Na ministração da aula sobre o gênero textual cantiga popular, a professora planejou algo
atrativo aos alunos, pois levou um CD e em uma folha xerocopiada as canções que seriam
trabalhadas. Todavia, o aparelho de som não foi disponibilizado por estar trancado na sala da
biblioteca e o funcionário que tem a chave não haver ido no dia.
A aula aconteceu a partir da observação da letra da música feita em leitura silenciosa, já que
não havia som, em seguida a professora estimulou os alunos a tentarem interpretar sobre o que
falava a música em qual espaço acontecia, quais as características e se nela havia marcas orais.
Após isso, a professora fez a anotação das características que são peculiares ao gênero canção
popular e mostrou-as dentro do texto trabalhado.
Durante a atividade ela utilizou o texto para explorar o conteúdo de Orações Subordinadas
que foi ministrado em aulas anteriores e que estava programado para ser conteúdo de prova.
Na conclusão desta análise, cabe citar Geraldi (1993) que diz que se perde de vista a relação
que se deveria estabelecer entre o conteúdo ensinado na escola e o conteúdo vivido fora dela. Há
conteúdos que não são necessários para responder a qualquer necessidade dos alunos e mesmo
estando em desuso nas pesquisas, mas continuam a serem listados nos programas de ensino e há os
que são necessários, mas não estão ao alcance deles por que não serão cobrados em testes ou em
provas de vestibulares.
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RESULTADOS OBTIDOS
No processo de observação dos dados, tentou-se vincular as teorias sobre a didática do ensino
de Língua Portuguesa e o universo de sala de aula, com vistas a investigar como o professor
transmite o conhecimento de português, para tanto observou-se os estudos realizados por
Antunes(2003), Batista (1997), Geraldi (1999), Ilari (1996), Possenti (1996), Travaglia (2003),
Brito (1998), PCN (1998).
Os fatores que tornam coerente este estudo dizem respeito aos objetos da aula de português,
são eles: a gramática, a leitura, a produção de textos, a enunciação de textos orais e escritos? O
objetivo do ensino de língua portuguesa é o domínio de uma língua considerada correta e lógica em
si mesma? Ou o domínio de uma variedade linguística prestigiada socialmente?
Outro fator que também é preponderante investigar para chegar a uma resposta, é observar a
prática de ensino como resultado de pontos de vista sobre o fenômeno da língua e sobre o papel de
ensino. “ Dependendo das respostas que forem dadas a essas questões , diferentes práticas ensinarão
diferentes objetos, com diferentes objetivos. Todas essas práticas giram em torno da designação
„português‟ e assim faz sentido querer saber o que se ensina ao ensinar essa disciplina”(BATISTA,
1997, p.4)
Foi buscando compreender tal questão que a presente pesquisa seguiu alguns critérios para a
investigação do tema em questão:
1º Conhecer quais fatores o professor leva em consideração ao planejar suas aulas, como
contexto, conhecimento prévio do aluno, gramaticalidade.
2º Observou-se como o professor, vê a organização dos conteúdos de língua materna no livro
didático e se ele sabe adequar essa realidade ao contexto de sala de aula, de forma a suprir as
possíveis deficiências que o livro possua.
3º E por fim o uso de recursos que concedam à aula uma forma inovadora de trabalhar os
conhecimentos relativos à língua.
Na concepção de Batista (1999, p.101) quando se ensina Português na escola, "ensina-se,
fundamentalmente, a disciplina gramatical". Embora os professores trabalhem com diversos saberes
(conteúdos gramaticais, elementos da teoria da comunicação, leitura, escrita, vocabulário,
linguagem oral, valores morais e ideológicos), o que é priorizado é o ensino da gramática
tradicional normativa.
O convívio oportunizado pela pesquisa com o ambiente da sala de aula proporcionou o
fornecimento de dados que reafirmam o que diz Batista, uma vez que os professores sistematizam o
conhecimento de língua portuguesa, em torno do eixo gramatical como se este fosse o alvo do
ensino.
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Há duas formas de os alunos verem o ensino de língua portuguesa, uma como acessível e
funcional e a outra como abstrata e metalinguística, por que aquela forma seria a do português como
língua útil para comunicar e a outra seria o português de dentro da escola que se restringe
meramente à gramática prescritiva. Essa idéia se afirma pela visão de Batista (1997, p.5) ao afirmar
que “no ensino de português o que se ensina é o produto de uma visão, entre outras coisas do
fenômeno da língua e do papel de seu ensino numa determinada sociedade.”
Durante a pesquisa esperava-se que houvesse o maior contato com os diferentes gêneros
textuais, pois tornariam as aulas muito mais interessantes e significativas, desenvolveria nos alunos
sua competência textual e contribuiria para que eles se habilitassem para usar a comunicação nas
muitas esferas da atividade humana que constituem a interação social.
O fato que permeou a observação de todas as etapas da pesquisa foi a pouca utilização do
texto, como o fator principal que veicula o saber de forma concreta e palpável aos alunos, a única
tentativa de apresentá-los um gênero textual foram as cantigas populares, que ainda sim não houve
sucesso pela ausência do recurso.
Em relação às exigências para o ensino de Língua Portuguesa, os PCNs (1998, p.22) apontam
três variáveis para o desenvolvimento da atividade linguística, a saber, o “aluno como sujeito da
ação de aprender, atuando sobre o saber, o objeto de conhecimento que são as práticas da linguagem
e a prática educacional do professor e da escola que organizam a mediação entre sujeito e
conhecimento”. O trabalho em sala de aula, concebido a partir dessa dinâmica, torna o professor de
Língua Portuguesa o responsável por dedicar-se em adotar novos recursos didáticos, a fim de
garantir um ensino eficaz que leve o aluno a ter verdadeiramente uma aprendizagem significativa já
que terá a sua competência discursiva em realce.
Mas, diante do que é apresentado ao aluno em sala de aula, observa-se por parte dos
estudiosos, as mais diversas críticas quanto à metodologia de ensino e aos conteúdos abordados no
processo escolar, pois as práticas são desenvolvidas em torno de uma gramática descontextualizada
da língua, fragmentada em frases isoladas sem função nem contexto. Essas observações não são
feitas no sentido de defender um ensino que não trabalhe a gramática normativa, mas que se tenha a
consciência de que essa gramática, em si mesma, não é capaz de ampliar a competência
comunicativa do aluno.
Os órgãos interessados no processo de ensino-aprendizagem da língua materna defendem um
lugar de destaque para o desenvolvimento de habilidades linguísticas através do uso dos mais
diversos gêneros textuais em sala de aula e dos usos da língua, enquanto mediadora de práticas
sociais as mais diversas. Tais atitudes, na verdade, questionam frontalmente o ensino veiculado nas
aulas de Língua Portuguesa, que se desenvolvem, sobretudo, através de práticas que privilegiam na
maioria das vezes os conteúdos de gramática normativa.
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O presente trabalho, através da análise dos dados, reafirmou o que mostram as estatísticas
sobre o ensino de Língua materna, que as escolas ainda privilegiam os saberes relacionados à
tradição da gramática normativa em detrimento de outras habilidades necessárias à plena
competência dos saberes relativos aos usos sociais da língua.
Com a difusão dos resultados do Exame Nacional do Ensino Médio, buscou-se compreender a
causa das críticas dos alunos sobre as provas ao afirmarem: “a prova estava muito longa”, “a
questão era tão grande que ao final eu nem sabia o que ela queria”. Ao realizar a pesquisa também
priorizou-se colocar em evidência os resultados do mal sucesso dos alunos nas provas por conta do
que eles vivenciam em sala de aula.
Já que o ENEM tenta seguir algumas propostas dos PCN para o ensino de língua, por
privilegiar as competências e habilidades dos alunos, seria natural que se visse por parte dos
discentes o conforto em saber que têm a oportunidade de mostrarem o conhecimento adquirido no
decorrer de três anos, todavia o que se observa é que há uma grande insatisfação pela maioria deles.
Sendo assim, essa insatisfação é reflexo de uma não realização em sala de aula do que se propõe
nos PCN e sim uma teorização que se aplica apenas em um exame de nível nacional.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Portanto, a partir do objetivo geral dessa pesquisa de investigar a coleção heterogênea dos
saberes que são transmitidos nas aulas de Língua Portuguesa, observando os registros e as
modalidades linguísticas a partir das quais se atualiza a produção dos discursos nesse contexto
específico, concluímos que o ensino da leitura, da produção de textos e da "gramática"
compreendidos como uma prática de reflexão sobre a língua e seus usos, necessários para habilitar
os alunos para leitura e a produção de textos, ainda necessitam de mudanças no que se refere às
concepções de língua, linguagem e gramática, subjacentes ao ensino da disciplina Língua
Portuguesa.
Quanto à forma de trabalhar a gramática na escola, parece oportuno enfatizar a necessidade de
uma mudança na metodologia e prática docente. O estudo gramatical deveria ser transformado de
um trabalho mecânico, teórico e estéril em um processo de reflexão que levasse à melhor
compreensão de fatos linguísticos encontrados no texto. Para que essa compreensão seja obtida é
necessário, certamente, que o estudo gramatical seja feito através de uma metodologia nascida da
própria natureza da língua. (SEECD-PCM – Português 1ª a 8ª séries, 1992, p.55).
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REFERÊNCIAS
ANTUNES, Irandé. Aula de Português: encontro e interação. São Paulo: Parábola Editorial,
2003.
ANTUNES, Irandé. Língua, Texto e Ensino: outra escola possível. São Paulo: Parábola Editorial,
2009.
BATISTA, Antônio Augusto G. Aula de Português: Discurso e Saberes Escolares. São Paulo:
Martins Fontes, 1997.
BECHARA, Evanildo. Ensino da Gramática. Opressão? Liberdade?. São Paulo: Ática, 1993
BRITTO, Luiz Percival Leme. A sombra do Caos. Ensino de Língua X Tradição Gramatical.
Campinas, 1998. SP: Mercado de Letras.
GERALDI, João Wanderley. O Texto em Sala de Aula. São Paulo: Ática, 1999
GERALDI, João Wanderley. Linguagem e Ensino: Exercícios de Militância e Divulgação.
Campinas, SP: Mercado de Letras, 1996.
ILARI, Rodolfo. A Lingüística e o Ensino de Língua Portuguesa. São Paulo: Martins Fontes,
1996.
NEVES, Maria Helena Moura. A Gramática: História, Teoria e Análise, Ensino. São Paulo: Ed.
UNESP, 2002.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e
quarto ciclos do ensino fundamental: língua portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1998.
POSSENTI, Sírio. Por que (não) ensinar Gramática na Escola. Campinas-SP: Mercado de
Letras, 1996.
TRAVAGLIA,
Luis
Carlos.
Gramática:
Ensino
Plural.
São
Paulo:
Cortez,
2003
11
Questionário da professora
1-Para você o ensino da gramática normativa torna o aluno apto:
a) A ler e compreender os mais diversos tipos de textos
b ) A dominar e ampliar seus conhecimentos da norma padrão da língua
c) A saber adequar sua fala às diferentes situações comunicativas .
d ) A saber falar melhor e a produzir bons textos
2- Você considera que seu método de ensino está atualizado e é condizente com as teorias
lingüísticas para o ensino? Por que?
3- Quais estratégias de ensino você utiliza para aliar os conhecimentos prévios do aluno, ao
conteúdo a ser ministrado?
4- Durante as suas aulas, você prioriza pelo (a):
(
) ensino da gramática normativa
(
) texto
(
) conhecimentos prévios dos alunos
(
) produção textual
5- Qual a relação que você estabelece entre os conteúdos ministrados sobre gramática normativa e a
interpretação de texto? Como esses dois aspectos podem ser trabalhados?
6- Como você planeja suas aulas para produção textual, leitura e interpretação de texto e ainda
ensino de gramática?
7- No que se refere ao seu método de ensino os alunos demonstram:
(
) satisfação, mas não conseguem assimilar bem os conteúdos.
(
) desestímulo, porém tentam estarem atentos às aulas.
(
) desinteresse e acham os conteúdos sem importância.
(
) prazer e gostam dos conteúdos ministrados.
8- Nas avaliações você prefere:
(
)Cobrar apenas os conteúdos ministrados
12
(
)Fazer com que os alunos assimilem conhecimentos prévios aos assuntos transmitidos
(
)Fazer com que o aluno relacione os conhecimentos textuais aos conteúdos ministrados.
(
)Explorar a gramática dentro do texto.
Questionário do aluno
1-Para você o Ensino de Língua Portuguesa é importante para:
a)Ler e compreender os diversos tipos de textos
b)Dominar e ampliar seus conhecimentos sobre a norma padrão da língua
c)Saber adequar sua fala às diferentes situações comunicativas
d)Saber falar melhor e produzir bons textos.
2- Você considera que a forma como a professora ensina os conteúdos é:
a)Boa, por que tenta ensinar com clareza
b)Ótima, por que ela adéqua os conteúdos à realidade e traz novidades para a sala de aula.
c)Regular, por que ministra as aulas sem inovar.
d)Péssima , por que transmite os conteúdos sem preocupar-se se o assunto está sendo
apreendido.
3- Quais desses elementos você acredita serem mais importantes para a sua formação como aluno?
a)O conhecimento textual
b)O conhecimento gramatical
c)O conhecimento de mundo
d)O conhecimento dos usos e práticas linguísticas.
4- Você considera o nível das provas:
a) Fácil, por que exige apenas os conteúdos ministrados nas aulas
b) Bom , por que exige o uso do conhecimento de mundo, textual e o gramatical
c) Razoável, por que envolvem apenas o conhecimento gramatical e as questões são decorativas.
d) Difícil, por que usa uma linguagem complicada e as questões são longas
5- Você considera que ao dar aula sua professora utiliza:
a)Um método inovador, por que usa recursos visual, sonoro ou midiático
b)Um método tradicional, por que parece querer que os alunos decorem o que ensina
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c)Um método básico, pois só ensina gramática
d)Um método razoável por que aceita a participação do aluno na construção da aula.
6- No que se refere à participação dos alunos durante as aulas, a professora demonstra:
a)Esforço em incentivar os alunos a participarem das aulas
b)Apatia, pois não há importância na participação ou não dos alunos
c)Satisfação, pois estimula o envolvimento dos alunos na aula
d)Desinteresse, pois parecia querer terminar o conteúdo estabelecido no Plano de aula.
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