Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais e Educação Curso de Licenciatura Plena em Matemática Alailson João Ribeiro Formento Miguel Trócolis Lemos dos Santos Uma investigação Bibliográfica acerca do Ensino de Trigonometria no Triângulo Retângulo Belém 2014 Alailson João Ribeiro Formento Miguel Trócolis Lemos dos Santos Uma investigação Bibliográfica acerca do Ensino de Trigonometria no triângulo Retângulo Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de Licenciatura em Matemática, Universidade do Estado do Pará. Orientador: Prof. Me. Carlos Alberto Miranda Pinheiro. Belém 2014 Dados Internacionais de Catalogação na publicação Biblioteca do Centro de Ciências Sociais e Educação da UEPA Formento, Alailson João Ribeiro Uma investigação bibliográfica acerca do ensino de trigonometria no triângulo retângulo. / Alailson João Ribeiro Formento, Miguel Trócolis Lemos dos Santos. Belém, 2014. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Matemática) – Universidade do Estado do Pará, Belém, 2014. Orientação de: Carlos Alberto Miranda Pinheiro 1. Matemática – Estudo e ensino. 2. Geometria. I. Santos, Miguel Trócolis Lemos dos. II. Pinheiro, Carlos Alberto Miranda (Orientador). III. Título. CDD: 21 ed. 510.7 Alailson João Ribeiro Formento Miguel Trócolis Lemos dos Santos Uma investigação Bibliográfica acerca do Ensino de Trigonometria no triângulo Retângulo Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de Licenciatura em Matemática, Universidade do Estado do Pará. Orientador: Prof. Me. Carlos Alberto Miranda Pinheiro. Data de aprovação: Banca examinadora: ____________________________________, Orientador Profº Carlos Alberto Miranda Pinheiro Me. em Universidade ___________________________________________ ___________________________________________ RESUMO FORMENTO, Alailson; TRÓCOLIS, Miguel. Uma investigação Bibliográfica acerca do Ensino de Trigonometria no triângulo Retângulo. 2012. 178 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura Plena em Matemática) – Universidade do Estado do Pará, Belém, 2014. Este trabalho apresenta o resultado de uma investigação bibliográfica, afim de ressaltar o desenvolvimento de cursos de trigonometria no triângulo retângulo, por meio de sínteses de teses e dissertações referentes ao tema. A investigação é dada em 13 bancos de teses e/ou dissertações de instituições variadas, sendo contabilizado apenas arquivos disponíveis para download em formato de pdf; após a coleta das teses e dissertações foi realizado uma síntese de cada um dos documentos com intuito principal de ressaltar os curso de trigonometria no triângulo retângulo aplicados. Como resultado têm-se 6 dissertações e nem uma tese, sendo apenas duas exclusivas para trigonometria no triângulo retângulo, tal que o restante são relativas ao trigonometria no triângulo retângulo e trigonometria no ciclo trigonométrico. Os trabalhos investigados são os seguintes: Lidegger, que explora um curso de trigonometria no triângulo retângulo através de uma didática iniciada em problemas simples, concretos e contextualizados; Nascimento que dá ênfase em seu curso para o desenvolvimento de uma tabela trigonométrica a partir de situações problemas; Silva que dá ênfase a um curso com ensino a partir de problemas que revelam construções geométricas e tratamento figural; Borges que manifestou seu curso através do uso do Software de geometria dinâmica Geogebra; Silva, que apresentou um curso utilizado materiais manipulativos e também o uso de Geogebra; e Klein, que apresenta um curso através dos campos conceituais, levando em conta os conhecimentos prévios e gradualmente adquirido pelo aluno ao decorrer do curso. Entendeu-se que as atividades sugeridas nos cursos em maioria ainda carecem de criatividade e tratamento estrutural, entretanto, este estudo tornou-se relevante pois, ainda sim tais, cursos nos dão uma referência de um trabalho mais construtivista, e apontam em seus resultados aspectos satisfatórios e relevantes. Palavras-chave: Educação Matemática, Trigonometria no triângulo retângulo; Revisão da literatura. ABSTRACT FORMENTO, Alailson; TRÓCOLIS, Miguel. A Bibliographical Research on teaching of Trigonometry in triangle. 2012. 178 p. monography (Full Licensure in mathematics)Universidade do Estado do Pará, Belém, 2014. This paper presents the result of a bibliographical research, in order to emphasize the development of trigonometry courses in triangle, through summaries of theses and dissertations pertaining to the topic. Research is given in 13 banks of theses and/or dissertations from institutions varied, being counted only files available for download in pdf format; After the collection of the theses and dissertations was carried out a summary of each of the documents in order to highlight the main course in trigonometry right triangle applied. As a result there are 6 dissertations and even a thesis, being only two unique to trigonometry in the triangle, such that the remainder are concerning trigonometry in right triangle trigonometry and trigonometric cycle. The work investigated are the following: Lidegger that explores a trigonometry course in triangle through a didactic started in simple, concrete and contextualized problems; Birth which gives emphasis on its course for the development of a trigonometric table from situations problems; Silva (2005) that gives emphasis to a course with teaching from problems that reveal geometric constructions and figural treatment; Borges who expressed its course through the use of the dynamic geometry Software Geogebra; Silva who presented a course used manipulative materials and also the use of Geogebra; and Klein (2009) which features a course through the conceptual fields, taking into account the previous knowledge and gradually acquired by the student during the course. You understand that the activities suggested in most courses still lack creativity and structural treatment, however, this study has become relevant since, yet such courses give us a reference of a constructivist work, and stick out in their results satisfactory and relevant aspects. Keywords: mathematics education, in Trigonometry right triangle; Review of the literature. LISTA DE ILUSTRAÇÃO Fotografia 1 - Maquete com escala não informada 37 Fotografia 2 - Dispositivo de tabela trigonométrica dinâmica 38 Fotografia 3 - Arquivo 1 do Geogebra da síntese 4 120 Fotografia 4 - Arquivo 1 do Geogebra da síntese 4 121 Gráfico 1 - Resultado de acertos por questão corrigida do pós-teste da 51 síntese 1 Gráfico 2 - Resultado de acertos por questões do pós-teste da síntese 52 1 Gráfico 3 - Resultado de acertos por aluno do pós-teste da síntese 1 52 Gráfico 4 - Ocorrência de cada tipo de erro do pós-teste da síntese 1 54 Gráfico 5 - Número de acertos por questões corrigidas no pós-teste da 93 síntese 2 Gráfico 6 - Número de acertos por questão no pós-teste da síntese 2 93 Gráfico 7 - Número de acertos por questão no pós-teste da síntese 2 94 Figura 1 - Esquema de um astrolábio 167 Figura 2 - Esquema de um teodolito formado com astrolábio e uma 168 alidade LISTA DE QUASROS Quadro 1 - Referente a atividade 1 da síntese 1 27 Quadro 2 - Referente a atividade 2 da síntese 1 27 Quadro 3 - Referente a atividade 3 da síntese 1 28 Quadro 4 - Referente a atividade 4 da síntese 1 28 Quadro 5 - Referente a atividade 5 da síntese 1 29 Quadro 6 - Referente a atividade 6 da síntese 1 29 Quadro 7 - Referente a atividade 7 da síntese 1 30 Quadro 8 - Referente a atividade 8 da síntese 1 30 Quadro 9 - Referente a atividade 9 da síntese 1 31 Quadro 10 - Referente a atividade 10 da síntese 1 31 Quadro 11 - Referente a atividade 11 da síntese 1 31 Quadro 12 - Referente a atividade 12 da síntese 1 32 Quadro 13 - Referente a atividade 13 da síntese 1 32 Quadro 14 - Referente a atividade 14 da síntese 1 33 Quadro 15 - Referente a atividade 15 da síntese 1 33 Quadro 16 - Referente a atividade 16 da síntese 1 33 Quadro 17 - Referente a atividade 17 da síntese 1 34 Quadro 18 - Referente a atividade 18 da síntese 1 34 Quadro 19 - Referente a atividade 19 da síntese 1 35 Quadro 20 - Referente a atividade 20 da síntese 1 35 Quadro 21 - Referente a atividade 21 da síntese 1 35 Quadro 22 - Referente a atividade 22 da síntese 1 36 Quadro 23 - Referente a atividade 23 da síntese 1 36 Quadro 24 - Referente a atividade 24 da síntese 1 36 Quadro 25 - Referente a atividade 25 da síntese 1 37 Quadro 26 - Referente a atividade 26 da síntese 1 37 Quadro 27 - Referente a aula 1 da síntese 1 39 Quadro 28 - Referente a aula 2 da síntese 1 41 Quadro 29 - Referente a aula 3 da síntese 1 42 Quadro 30 - Referente a aula 4 da síntese 1 42 Quadro 31 - Referente a aula 5 da síntese 1 43 Quadro 32 - Referente a aula 6 da síntese 1 44 Quadro 33 - Referente a aula 7 da síntese 1 45 Quadro 34 - Referente a aula 8 da síntese 1 46 Quadro 35 - Referente a aula 9 da síntese 1 47 Quadro 36 - Referente a aula 10 da síntese 1 48 Quadro 37 - Referente a aula 11 da síntese 1 48 Quadro 38 - Configuração do pós-teste da síntese 1 50 Quadro 39 - Referente a atividade 1 da síntese 2 63 Quadro 40 - Referente a atividade 2 da síntese 2 63 Quadro 41 - Referente a leitura complementar para atividade 2 da 63 síntese 2 Quadro 42 - Referente a continuação da atividade 2 da síntese 2 64 Quadro 43 - Referente a continuação da atividade 2 da síntese 2 65 Quadro 44 - Referente a continuação da atividade 2 da síntese 2 66 Quadro 45 - Referente a continuação da atividade 2 da síntese 2 67 Quadro 46 - Referente a atividade 3 da síntese 2 68 Quadro 47 - Referente a continuação da atividade 3 da síntese 2 70 Quadro 48 - Referente a continuação da atividade 3 da síntese 2 71 Quadro 49 - Referente a continuação da atividade 3 da síntese 2 71 Quadro 50 - Referente a continuação da atividade 3 da síntese 2 72 Quadro 51 - Referente a leitura complementar da atividade 4 da síntese 72 2 Quadro 52 - Referente a atividade 4 da síntese 2 74 Quadro 53 - Referente a continuação da atividade 4 da síntese 2 75 Quadro 54 - Referente a continuação da atividade 4 da síntese 2 75 Quadro 55 - Referente a continuação da atividade 4 da síntese 2 76 Quadro 56 - Referente a continuação da atividade 4 da síntese 2 77 Quadro 57 - Referente a continuação da atividade 4 da síntese 2 78 Quadro 58 - Referente a continuação da atividade 4 da síntese 2 78 Quadro 59 - Referente a continuação da atividade 4 da síntese 2 79 Quadro 60 - Referente a continuação da atividade 4 da síntese 2 79 Quadro 61 - Referente a continuação da atividade 4 da síntese 2 83 Quadro 62 - Referente a continuação da atividade 4 da síntese 2 83 Quadro 63 - Referente a atividade 5 da síntese 2 84 Quadro 64 - Referente a aula 1 da síntese 2 85 Quadro 65 - Referente a aula 2 da síntese 2 86 Quadro 66 - Referente a aula 3 da síntese 2 88 Quadro 67 - Referente a aula 4 da síntese 2 89 Quadro 68 - Referente a aula 5 da síntese 2 89 Quadro 69 - Referente a aula 6 da síntese 2 90 Quadro 70 - Referente a aula 7 da síntese 2 91 Quadro 71 - Referente a aula 8 da síntese 2 92 Quadro 72 - Referente a atividade 1 da síntese 3 101 Quadro 73 - Referente a atividade 2 da síntese 3 102 Quadro 74 - Referente a atividade 3 da síntese 3 103 Quadro 75 - Referente a atividade 4 da síntese 3 104 Quadro 76 - Referente a aula 1 da síntese 3 107 Quadro 77 - Referente a aula 2 da síntese 3 107 Quadro 78 - Referente a aula 3 da síntese 3 108 Quadro 79 - Referente a aula 4 da síntese 3 109 Quadro 80 - Referente a atividade 1 da síntese 4 119 Quadro 81 - Referente a atividade 2 da síntese 4 120 Quadro 82 - Referente a atividade 3 da síntese 4 121 Quadro 83 - Referente a atividade 4 da síntese 4 122 Quadro 84 - Referente a aula 1 da síntese 4 123 Quadro 85 - Referente a atividade preparatória 1 da síntese 5 129 Quadro 86 - Referente a atividade preparatória 2 da síntese 5 131 Quadro 87 - Referente a atividade 1 da síntese 5 132 Quadro 88 - Referente a atividade complementar 1 da síntese 5 132 Quadro 89 - Referente a atividade 2 da síntese 5 134 Quadro 90 - Referente a atividade complementar 2 da síntese 5 135 Quadro 91 - Referente a atividade 3 da síntese 5 136 Quadro 92 - Referente a atividade complementar 3 da síntese 5 137 Quadro 93 - Referente a atividade desafio da síntese 5 137 Quadro 94 - Referente a atividade projeto da síntese 5 139 Quadro 95 - Referente ao anexo da atividade 3 da síntese 5 136 Quadro 96 - Referente ao anexo da atividade preparatória 2 e atividade 147 desafio da síntese 5 Quadro 97 - Referente a aula 1 da síntese 5 149 Quadro 98 - Referente a aula 2 da síntese 5 149 Quadro 99 - Referente a aula 3 da síntese 5 150 Quadro 100 - Referente a aula 4 da síntese 5 150 Quadro 101 - Referente a aula 5 da síntese 5 151 Quadro 102 - Descrição do teste 1 da síntese 5 156 Quadro 103 - Descrição do teste 2 da síntese 5 158 Quadro 104 - Referente ao questionário inicial da síntese 6 164 Quadro 105 - Referente a atividade 1 da síntese 6 165 Quadro 106 - Referente ao teste 1 da síntese 6 167 Quadro 107 - Referente a aula 1 da síntese 6 169 Quadro 108 - Referente a aula 2 da síntese 6 169 Quadro 109 - Referente a aula 3 da síntese 6 170 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Resultados da coleta de teses e dissertações 20 Tabela 2 - Acertos e erros de alunos do GE dados em cada questão do 53 pós-teste da síntese 1 Tabela 3 - Acertos e erros de alunos do GR dados em cada questão do 54 pós-teste da síntese 1 Tabela 4 - Acertos e erros das questões por aluno no pós-teste da síntese 94 2 Tabela 5 - Erro ou dificuldade na apreensão discursiva na atividade 1 da 110 síntese 3 Tabela 6 - Erro ou dificuldade na apreensão sequencial na atividade 1 da 111 síntese 3 Tabela 7 - Erro ou dificuldade na apreensão perceptiva na atividade 1 112 síntese 3 Tabela 8 - Estratégias de resolução da atividade 1 da síntese 3 112 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO: PROBLEMATIZAÇÃO E OBJETIVOS 12 2 METODOLOGIA 15 2.1 DAS TESES E DISERTAÇÕES SELECIONADAS 2.2 DAS SÍNTESES DAS DISSERTAÇÕES E TESES 15 15 3 DOS RESULDADOS DA COLETA DE TESES E DISSERTAÇÕES 20 4 DOS RESUTADOS DAS SÍNTESE DAS TESES E DISSERTAÇÕES 22 4.1 SÍNTESE 1 4.1.1 INTRODUÇÃO 4.1.2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 4.1.3 METODOLOGIA 4.1.4 ANÁLISE DOS RESULTADOS 4.2 SÍNTESE 2 4.2.1 INTRODUÇÃO 4.2.2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 4.2.3 METODOLOGIA 4.2.4 ANÁLISE DOS RESULTADOS 4.3 SÍNTESE 3 4.3.1 INTRODUÇÃO 4.3.2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 4.3.3 METODOLOGIA 4.3.4 ANÁLISE DOS RESULTADOS 4.4 SÍNTESE 4 4.4.1 INTRODUÇÃO 4.4.2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 4.4.3 METODOLOGIA 4.4.4 ANÁLISE DOS RESULTADOS 4.5 SÍNTESE 5 4.5.1 INTRODUÇÃO 4.5.2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 4.5.3 METODOLOGIA 4.5.4 ANÁLISE DOS RESULTADOS 4.1 SÍNTESE 6 4.6.1 INTRODUÇÃO 4.6.2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 4.6.3 METODOLOGIA 4.6.4 ANÁLISE DOS RESULTADOS 22 22 24 25 50 58 58 59 61 93 98 98 99 100 110 116 116 117 118 124 125 126 126 127 152 161 161 161 162 172 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 175 6 REFERÊNCIAS 177 12 1 INTRODUÇÃO: PLOBLEMATIZAÇÃO E OBJETIVOS Tomando nossa pouca experiência como discente e docente no ensino de matemática, somados a relatos informais de inúmeros professores que mantivemos contato, em especial nossos mentores ao decorrer da nossa graduação em Licenciatura em Matemática, podemos compreender superficialmente como encontrase o ensino de Matemática em nossa região. O Ensino de Matemática vem mostrando-se cheio de vícios e dificuldades em algumas instituições. Caracteriza-se como um ensino mecânico e monótono, de tal forma que o aluno é um mero espectador, visto que muitas vezes resume-se em decorar algoritmos e repeti-los em problemas similares. Entretanto, existem diversas obras e tendências de ensino que já vem a algum tempo querendo modificar este quadro. Logo, cabe aos futuros educadores a escolha de se acomodar ao sistema, ou recuperar todo o poder da aprendizagem Matemática. De forma a concordar com as mudanças que devem ser feitas apresenta-se esta citação de Sadovsky (2010): “O ensino de matemática hoje – Enfoques, sentidos e desafios nos alerta para a necessidade urgente de avaliar, questionar e repensar os métodos de ensino da disciplina [...]” De pleno acordo com mudanças metodológicas está também a formação de Licenciatura que nos encontramos ao decorrer destes últimos anos, isto é evidenciado principalmente pelo currículo do curso que apresenta inúmeras metodologias que se diferenciam do método tradicional (conceito - exemplos exercício de fixação). Ao estudarmos estas tendências notamos a existência de um consenso entre os muitos pensadores. Em destaque temos Piaget, que dedicou inúmeras obras para tratar do estudo da interação entre conhecimento e sujeito, buscando a análise de como se dá a construção desse conhecimento no sujeito, obras como: “O nascimento da inteligência na criança” em 1936 e “A construção do Real” em 1937. Com isso criou-se a corrente construtivista. Essa corrente aponta e investiga à construção do conhecimento atribuída pela interação sujeito e realidade (meio). Piaget não aplicou sua teoria diretamente ao ensino-aprendizagem, contudo serviu como referência para vários outros autores que abordam tal processo, como Bruner. Bruner (apud BOCK, 1999) defende, em sua teoria de aprendizagem, que o aluno, deve construir o conhecimento através da situação imposta pelo educador, 13 sendo este agora um “mediador”. Ressaltamos na análise de Bruner citado por Bock(1999): “Bruner concebeu o processo de aprendizagem como ‘captar as relações entre os fatos’, adquirindo novas informações, transformando-as e transferindo-as para novas situações. Partindo daí, ele formulou uma teoria de ensino. (...) Bruner sugere que se utilize o método da descoberta como método básico do trabalho educacional. O aprendiz tem plenas condições de percorrer o caminho da descoberta científica, investigando, fazendo perguntas, experimentando e descobrindo”. (BOCK, 1999, p. 113) Quando Bruner fala de descoberta seu discurso é similar ao método de Sócrates: maiêutica¹. Sócrates não revelava diretamente a resposta da questão principal, e sim questionava mais ainda seus discípulos, com questões chaves, que os guiariam a resposta pretendida, assim constitui-se a maiêutica. A proposta de Bruner tem a mesma finalidade: a elaboração de situações que invoquem no aluno as questões chaves, ou pelo questionamento direto, para ele mesmo chegar à resposta da questão principal, ou seja, em sua descoberta. Assim como Bruner a maioria dos pensadores que estudamos ao decorrer do curso apresentam seus métodos com essas mesmas perspectivas básicas. Esses métodos viriam desenvolver todo um lado cognitivo do aluno indo contra o atua sistema de ensino de Matemática que sufoca a criatividade do discente. Segundo Augusto Cury (2008), muito dos processos cognitivos relacionados ao processo de ensino e aprendizagem depende da situação emotiva do indivíduo, ou seja, em determinadas situações, geralmente situações apreensiva e/ou monótonas, o indivíduo tende a fechar suas “janelas de habilidades cognitivas” dificultando a compreensão e memorização do conhecimento. Logo, entende-se que uma situação que pretenda construir o conhecimento tem de ser o mais agradável possível sendo dinâmica; motivadora e curiosa. Este trabalho não pretende se aprofundar nos autores acima. Vemos esses autores apenas como indicadores de um consenso que aponta para um ensino de descobertas e motivação. Em contra partida da exigência demonstrada para o desenvolvimento de _____________ ¹ Maiêutica significa dar à luz, este nome foi dado ao método por causar uma referência metafórica ao mesmo. 14 novas metodologias, temos nosso entusiasmo quanto o ensino de trigonometria, que apresenta possibilidade de tratamento quanto o uso de software e aplicações intrigantes como na astronomia. Esse entusiasmos fora aumentado ao vermos a pesquisa de Nascimento (2005), que realizou um teste com 625 alunos da rede municipal de São Paulo, um teste apresentando a única questão: “Explique por que seno de 30° é ½”. O resultado da pesquisa fora assustador, para os quais 305 indivíduos deixaram em branco a questão; 225 escreveram que não sabiam; 86 tiveram resposta do tipo “vi na calculadora ou no livro” ou “o professor falou”, somente 35 alunos tentaram responder e desses apenas um obteve êxito. Tal experiência nos revela muitos fatos, como indícios que não é somente em nossa região que há uma falta de significado na transmissão de conceitos matemáticos. Mais o fato concreto é que tais alunos apresentam uma deficiência muito grande em conceitos básicos da trigonometria. De forma análoga criamos a hipótese de que muitos outros municípios apresentam a mesma situação, assim como o nosso. A exigência de novas metodologias que atendem uma perspectiva construtivista somadas as dificuldades em conceitos básicos da trigonometria e nossa afinidade com este conteúdo Matemático nos motivou a criar nossa questão norteadora: Quais os principais resultados apresentados pelas pesquisas que investigaram a trigonometria no triangulo retângulo? Com esta questão que nos norteia, restringimos este trabalho a uma pesquisa bibliográfica que objetiva investigar os principais resultados apresentados pelas pesquisas que investigaram a trigonometria no triangulo retângulo a partir de levantamento realizado com algumas dissertações e teses que pudemos, dentro de nosso limite, alcançar. Esse objetivo torna-se relevante por apresentar estratégias de ensino que serviram como inspiração para alunos como nós, que estão findando o curso de Matemática e desejam materiais de apoio e que incentivem a criatividade na elaboração de novas abordagens metodológicas que propiciem uma melhora no processo de ensino e aprendizagem da trigonometria, na Educação Básica. 15 2 METODOLOGIA 2.1 DAS TESES E DISERTAÇÕES SELECIONADAS Foram selecionadas todas as teses e dissertações que estiverem disponíveis nas bibliotecas virtuais das seguintes instituições: i) Universidade de Franca (UNIFRAN); ii) Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL); iii) Universidade Bandeirante de São Paulo (UNIBAN); iv) Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); v) Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); vi) Universidade Estadual Paulista (UNESP); vii) Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP); viii) Universidade federal de Juiz de Fora (UFJF); ix) Pontifícia Universidade Católica - Minas Gerais (PUC-MG); x) Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES); xi) Pontifícia Universidade Católica – Rio Grande do Sul (PUC-RS); xii) Pontifícia Universidade Católica – São Paulo (PUC-SP); xiii)Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Tais instituições apresentam os respectivos sites, os quais serão explorados afim de encontrar seus bancos de teses e dissertações (acesso realizado no dia primeiro de Dezembro): i) http://www.unifran.edu.br ii) http://www.cruzeirodosul.edu.br iii) http://www.uniban.br iv) http://ufsc.br v) http://www.ufrj.br vi) http://www.unesp.br vii) http://www.ufop.br viii) http://www.ufjf.br 16 ix) http://www.pucminas.br x) http://www.capes.gov.br xi) http://www.pucrs.br xii) http://www4.pucsp.br xiii) http://www.ulbra.br/ Logo, não é difícil de deduzir que o critério de seleção das teses e dissertações foi devido a facilidade de acesso virtual. 2.2 DAS SINTESES DAS DISSERTAÇÕES E TESES Selecionadas as teses e dissertações foi realizada uma síntese de cada uma delas, conforme descrito nos objetivos do trabalho. Lembrando que esta pesquisa bibliográfica que apresentamos foca na elaboração dos cursos, logo, não apresentaremos todos os resultados obtidos e nem exploraremos por completo o referencial teórico utilizado. Os trabalhos foram categorizados seguindo a seguinte ordem que servirá como padrão de síntese: A) INTRODUÇÃO: Tema Problematização Questões norteadoras Apesar deste tópico não ser colocado como citação, será escrito segundo as próprias palavras do autor. Estabelecemos desde já este contrato com o leitor. Objetivos Apesar deste tópico não ser colocado como citação, será escrito segundo as próprias palavras do autor. Estabelecemos desde já este contrato com o leitor. 17 B) FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Pensadores Neste tópico será exposto, um por um, os autores ou ideias tomados como referência na pesquisa em questão. Destaca-se, desde já, que tudo que escrevermos neste tópico relacionado a um pensador abordado é segundo o autor da pesquisa em questão, apesar de não ser descrito com as própria palavras do autor. Observações quanto ao referencial teórico Neste tópico caberá, se necessário, algumas observações quanto ao uso dos autores por parte dos que escrevem. C) METODOLOGIA Metodologia da pesquisa: Este macro tópico oferece uma visão superficial do desenvolvimento da pesquisa revelada através dos seguintes sub tópicos: Amostra da pesquisa Tempo do experimento Experimento Um breve resumo do experimento Coleta de dados Este tópico reserva-se para descrever como o autor apurou os dados, quais ferramentas. Metodologia das aulas Este macro tópico trata-se de uma visão mais detalhada do experimento e é dividido nos seguintes sub tópicos: Padrão da metodologia das aulas Padrão de Avaliação 18 Materiais relevantes Aqui será colocado tanto Materiais por sua relevância tanto aqueles que sua apresentação, podendo ser até mesmo visual, faz-se necessário posteriormente para facilitar a síntese da aula. Contudo, no caso de pesquisas mistas, ou seja, aquelas que falam de trigonometria no triângulo retângulo e no ciclo trigonométrico, não será exposto quaisquer materiais que fogem do ensino da trigonometria no triângulo retângulo, respeitando assim os nossos objetivos. Aula por aula Este tópico abordará aula por aula, sintetizando-as em tabelas que conterão os seguintes aspectos da aula: Tempo estimado; Objetivo; Material didático; metodologia; e se necessário Avaliação. Contudo, não apresentaremos aulas que não se referem a trigonometria no triângulo Retângulo. Objetivos das demais aulas Segue neste tópico o objetivo das aulas não apresentadas no tópico anterior. Assim o leitor saberá quais assuntos o devido pesquisador deixou para englobar apenas quando fosse visto o ciclo trigonométrico D) ANÁLISE DOS RESULDADOS Devido à grande diferenciação no tratamento de dados, os tópicos nesta etapa serão variados. Contudo, focaremos bastante nas dificuldades encontradas. Não deixamos esquecer que esse trabalho é focado na trigonometria do triângulo retângulo, logo aqui não terá espaço para resultados mais concretos na trigonometria fora do triângulo retângulo. Cabe também dizer, que os resultados que apresentamos são segundo a análise do autor, onde não se coloca reflexões próprias dos dados obtidos. E) CONSIDERAÇÕES FINAIS Considerações quanto ao resultado Neste tópico irá refletir-se sobre as questões e objetivos do trabalho relacionando-os com os resultados, sempre com a visão do autor do trabalho em questão. 19 Considerações futuras Será exposta as expectativas futuras que os resultados e conclusões trouxeram ao autor. 20 3 DOS RESULDADOS DA COLETA DE TESES E DISSERTAÇÕES Apresentamos a seguir uma tabela que traz o resultado de nossa pesquisa de acordo com os banco de dados investigados, cabe lembrar que esses resultados são para arquivos virtuais, ou seja, existe a possibilidade de adquirir o arquivo para leitura no computador. Tabela 1 – Resultados da coleta de teses e dissertações Dissertações ou teses Encontradas Nome da instituição Trigonometria no referente ao banco triângulo retângulo de dados ou triângulo qualquer Trigonometria no ciclo trigonométrico ou funções trigonométricas Trigonometria no triângulo retângulo e no ciclo trigonométrico UNIFRAN 0 0 0 UNICSUL 0 0 0 UNIBAN 0 0 0 UFSC 0 1 0 UFRJ 0 0 0 UNESP 0 1 0 UFPO 0 1 0 UFJF 0 0 0 PUC-MG 0 0 1 PUC-RS 0 0 1 PUC-SP 2 2 2 A CAPES1 não foi mencionada por apresentar seu banco de teses e dissertações em manutenção. Cabe também dizer que nem uma das pesquisas encontradas são referentes a trigonometria em triângulos quaisquer, ou seja, abordando lei do seno e cosseno. Feita a pesquisa segue abaixo a lista das teses e dissertações exploradas por esse trabalho: 1 Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. 21 1- LINDEGGER, Luiz Roberto. Construindo os conceitos básicos da trigonometria no triângulo retângulo: uma proposta a partir da manipulação de modelos. 197 pg. Dissertação (Mestrado em Educação Matemática) – PUCSP. São Paulo, 2000. 2- NASCIMENTO, Alessandra. Uma sequência de ensino para a construção de uma tabela trigonométrica. 195 pg. Dissertação (Mestrado Profissional em Ensino de Matemática) – PUC-SP. São Paulo, 2005. 3- SILVA, Silvio. TRIGONOMETRIA NO TRIÂNGULO RETÂNGULO: Construindo uma aprendizagem significativa. 176 pg. Dissertação (Mestrado em Educação Matemática) – PUC-SP. São Paulo, 2005. 4- BORGES, Carlos Francisco. Transição das razões trigonométricas do triângulo retângulo para o círculo trigonométrico: uma sequência de ensino. 144 pg. Dissertação (Mestrado Profissional em ensino de Matemática) – PUC-SP. São Paulo, 2009. 5- SILVA, Marlizete. Trigonometria, modelagem e tecnologias: um estudo sobre uma sequência didática. 233 pg. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências e Matemática) – PUC-MG. Belo Horizonte, 2011. 6- KLEIN, Marjúnia. O ensino da trigonometria subsidiado pelas teorias da aprendizagem significativa e dos campos conceituais. 99 pg. Dissertação (Mestrado em Educação em Ciências e Matemática) – PUC-RS. Porto Alegre, 2009. 22 4 DOS RESUTADOS DAS SÍNTESE DAS TESES E DISSERTAÇÕES Conforme previsto no capítulo 3, segue nas próximas páginas as síntese de cada uma das dissertações, apresentadas no capítulo 4, conforme o padrão também visto no capítulo 3. 4.1 SÍNTESE 1 Construindo os conceitos Básico da trigonometria no triângulo retângulo: Um proposta a partir da manipulação de modelos. 4.1.1 INTRODUÇÃO Tema: A investigação de um abordagem do ensino de trigonometria no triângulo retângulo através do uso de modelos matemáticos (situações contextualizadas). Problematização: Com base empírica o autor acredita que os alunos apresentam dificuldades na aquisição dos conceitos básicos da trigonometria (seno, cosseno e tangente). Logo, sem o conceituação apropriada os alunos não compreendem por completo a notação, verificando erros no uso e interpretação da mesma. O autor colocou alguns desses erros: a) Compreender cosx como um produto: cos.x; b) Considerar valores para senos e cosseno maiores ou menores que 1 e -1 respectivamente; c) Considerar por exemplo sen(a+b) = sen a +sen b; d) Não definir ao certo a distinção e os conceitos individuais de arcos e razões trigonométricas possibilitando notações como tg x = 1 ⟹ tg x = 45°; e) Problemas na notação apresentando simplificações errôneas como apenas tg e não tg x, possibilitando notações como tg x = sen/cos x; Conclui-se que os casos citados acima denunciam a falta de significado do conteúdo. Além disso os alunos apresentam muita dificuldade com problemas contextualizados o que demonstra ainda mais o vazio das contas realizadas por eles. Questões Norteadoras: Como abordar o conteúdo de trigonometria no triângulo retângulo (seno, co-seno e tangente) de forma a possibilitar que o aluno compreenda seus conceitos? 23 Objetivos: investigar a abordagem de uma sequência didática baseada em situações iniciadas em problemas simples, contextualizados e concretos. Tal que, ao resolver os problemas o aluno irá gradualmente formulando seus conceitos por conta própria, tendo o professor como mediador e “formalizador”. 4.1.2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 4.1.2.1 PENSADORES: Vygotsky (1987) O primeiro aspecto retirado das obras Vygotsky (apud LINDEGGER, 2000) vem para defender o trabalho em questão, pois Vygotsky ao discutir o processo de aprendizagem coloca que a exposição direta de conceitos ao aluno para depois utilizálos é infrutífera. Para Vygotsky a forma adequada do ensino de conceitos é colocar o aluno em uma situação que ele terá de refletir e tirar suas próprias conclusões, o que proporcionará um desenvolvimento cognitivo muito mais abrangente. É obvio que o papel do professor mediante esta situação é de mediador, um guia para os alunos, e posteriormente este irá formalizar os conceitos transferindo-os da linguagem desajeitada do aluno para uma linguagem mais apropriada. Outra ideia de Vygotsky que fundamenta o trabalho e a Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP). Segundo Vygotsky, o desenvolvimento intelectual é dado por saltos qualitativos, onde existe uma certa distância entre uma fase intelectual (a que o aluno se encontra no presente) e outra (a que o aluno tem potencial de alcançar). Essa distância deve ser percorrida por estímulos intelectuais, de tal forma que a melhor forma é quando o aluno é compelido a analisar e refletir afim de construir suas conclusões em uma determinada situação, dado o professor como auxiliador. Esse espaço entre uma etapa intelectual e outra é a própria ZDP. Para complementar as ideias acima coloca-se a ideia de conceito espontâneo: é o conceito adquiro intuitivamente sobre um objeto, logo não consegue se expressar de forma completa; e conceito científico: é o conceito formalizado sobre um objeto, é expressado de forma completa e consciente, logo podendo ser expressado com palavras. A passagem do conceito espontâneo ao conceito científico 24 é o método mais natural de apropriação de um conhecimento, logo o caminho da aprendizagem do intuitivo ao formal está justificado. Vergnaud (1987) Para Vergnaut (apud LINDEGGER, 2000) o foco da aprendizagem encontra-se na resolução de situações problemas. Como Vygotsky, ele acredita na construção do conceito pelo aluno, para tanto desenvolveu a teoria dos campos conceituais. A formulação de um conceito seria dada pela soma dos seguintes fatores: Um conjunto de situações que daria um contexto e significado ao futuro conceito, sendo possível o aluno caminhar e descobrir nesta trilha com um mínimo de autonomia; conjunto de Invariantes: é o conjunto de dados do problema somado as relações, propriedades e conceito secundários dentro da situação, seja aqueles necessários para o desenvolvimento (conhecimento prévio) seja aqueles descobertos no caminho; e conjunto de representações simbólicas para se referir aos invariantes e tratá-los. Os fatores acima formam a definição de campo conceitual: Um conjunto de situações que precisa de um conjunto de conceitos e símbolos para sua apropriação. Vergnaut também acredita que o estudo epistemológico do conceito é muito valioso. Pois, ao estudar as origens e formação histórica de um conceito é possível extrair seu significado mais puro e diversos contextos para sua utilização. Logo este estudo faz-se necessário ao professor afim de lidar lucidez e mais perícia na elaboração de suas situações problemas. Brousseau (1988) Em Brousseau (apud LINDEGGER, 2000), é utilizado a teoria da situação didática e situação a-didática, que não se difere em fundamentos das teorias citadas acima. Uma situação didática é o conjunto de instrumentos, objetos, etapas e relações entre os envolvidos, planejados para a obtenção de conhecimento, ou seja, é todo controle pedagógico implícito ou explicito. Já a situação a-didática foca no controle pedagógico implícito, de tal forma, que neste momento quem está trabalhando, formulado e compartilhando é o aluno. Logo, a situação a-didática deve estar contida na situação didática, afim que neste momento se busque uma abordagem construtivista. 25 Dentro dos aspectos do parágrafo anterior, Brousseau propõe uma situação didática dividida em quatro etapas: ação; formulação; validação; institucionalização. A ação é a fase em que o aluno opera os materiais fornecidos, afim de chegar em soluções para o problema também fornecido. A formulação é a fase em que o aluno tenta repassar suas soluções ou entendimento da situação, de forma escrita, simbólica ou oral, sem se preocupar com sua validade, eficácia, ou formalização. A validação é a etapa em que o estudante tenta fundamentar e justificar seus atos, é um processo onde deve-se confrontar as ideias. Institucionalização é a última etapa onde, com uma grande participação do professor, são formalizadas as ideias. Dado as quatro etapas, é necessário comentar que nem sempre estas vão ser facilmente identificadas e separadas pois, duas etapas ou mais podem acontecer de forma simultânea, porém a formalização sempre será bem nítida e de certa forma separada. 4.1.2.2 OBSERVAÇÕES QUANTO AO REFERÊNCIAL TEÓRICO Notamos que que o trabalho em questão, abordando Vygotsky e Vergnaud busca uma um apoio e compreensão parcial do fundamento do método utilizado que teria como essência o construtivismo, de tal forma que na prática isso quer dizer que o docente deverá partir de uma situação, no caso do trabalho de problemas escritos ou dialogados, e com uma série de estímulos, no caso discursões com outros alunos e mediação do professor, construir um novo conceito, ou seja, estabelece neste ponto uma nova ordem didática: do problema ao conceito. Contudo, é em Brosseau que nota-se mais influência quanto a metodologia aplicada a cada aula, conforme será visto na subsecção seguinte. 4.1.3 METODOLOGIA 4.1.3.1 METODOLOGIA DA PESQUISA Amostra da pesquisa: A experiência é abordada em uma escola, autarquia municipal, da cidade de Taubaté em São Paulo. Será trabalhada em duas turmas da 8ª série. A primeira turma, no período matutino e com 32 alunos, será chamada de grupo de referência (GR). A segunda turma, no período vespertino e com 24 alunos, 26 será chamada de grupo experimental (GE). Entretanto, os dados dos resultados serão apurados apenas com os alunos que participarem de toda a experiência, sem faltar uma aula, seja no GR ou GE. Tempo do experimento: Para cada grupo foram disponibilizados aulas, nos horários normais de estudo, através de encontros de duas ou três hora-aulas (uma hora-aula constitui 50 minutos) num total de 15 hora-aulas dadas em 7 encontros para o grupo de referência e 18 hora-aulas dadas em 13 encontros para o grupo experimental. Visão superficial do experimento: Grupo Referencial: Neste grupo foi ministrado aulas ditas como tradicionais: uso de pincel, quadro e livro didático com a metodologia que segue os passos: conceito, exemplos e exercícios de fixação; o método teve como base o livro didático. Não houve participação ou controle por parte do pesquisador. Grupo experimental: As aulas foram dadas de acordo com o objetivo da pesquisa. Serão mais de 25 Atividades aplicadas ao decorrer dos encontros. Coleta de dados: Serão ministrados dois testes: pré-teste e pós-teste. Ministrados aos dois grupos antes e depois das aulas referentes ao conteúdo. 4.1.3.2 METODOLOGIA DAS AULAS 4.1.3.2.1 PADRÃO METODOLÓGICO DAS AULAS A maioria das atividades da pesquisa são fundamentadas em problemas. Geralmente a resolução desses problemas é colocada através das seguintes etapas: Discursão em grupo: Os problemas sempre serão colocados em um primeiro momento a um grupo, exigindo assim o compartilhamento de ideias e estratégias. Nesta etapa, entretanto, o educador terá um papel muito presente com as seguintes tarefas: - Ajudar de forma sutil quanto a interpretação e coleta de dados se necessário; - Utilizar questões chaves para que os alunos consigam formular estratégias de resolução; - Ajudar os integrantes de um grupo a compartilhar suas ideias. 27 Compartilhamento com os demais grupos: Com a mediação do docente, cada grupo, já com sua resposta, é compelido a compartilhá-la com a sala, argumentando e justificando seus processos e resultados em seguida compara-los com os demais, buscando sempre um consenso. O docente sempre que necessário poderá interferir para corrigir discrepâncias, tirar dúvidas chaves e abrir comentários relevantes. Formalização: Neste momento o educador irá colocar a resolução correta na lousa, reforçando pontos de dúvidas e atribuindo uma linguagem mais formal. Logo já sabemos que no tópico que descreverá aula por aula quando o aluno for sujeito a uma atividade significa que passará pelas três etapas acima para resolvê-la. Ao termino dos três passos acima, dependendo do problema o professor poderá incluir junto a formalização um novo conceito pertinente no momento, que serão descritos no tópico aula por aula. 4.1.3.2.2 AVALIAÇÃO O trabalho não revela detalhes quanto a avaliação em cada aula, porém fica implícito que tal avaliação é dada de acordo com o envolvimento do aluno na situação proposta, somado com a análise do material que retorna ao professor. Entretanto, como já dito, é realizado ao fim do experimento um teste onde será fundamentada a análise dos resultados. 4.1.3.2.3 MATERIAIS RELEVANTES Ficha 1: Quadro 1 – referente atividade 1 da síntese 1 Como você mediria a altura do ___________? Fonte: Extraído de LINDEGGER, 2000. Ficha 2: Quadro 2 – referente a atividade 2 da síntese 1 (continua) Complete a tabela a seguir com dados obtido das medições dos modelos de 28 Quadro 2 – referente a atividade 2 da síntese 1 (continuação) triângulo retângulos. a c b Grupo Triângulo Medida dos lados a b a² c b² c² b² + c² c/b 1 2 3 Fonte: Extraído de LINDEGGER, 2000. Ficha 3: Quadro 3 – referente a atividade 3 da síntese 1 Construir em papel quadriculado, utilizando régua e transferidos, um triângulo retângulo com um ângulo agudo de 35ª e obter a razão c/b. a c 35º b Fonte: Extraído de LINDEGGER, 2000. Ficha 4: Quadro 4 – referente a atividade 4 da síntese 1 Determine a altura da árvore dado: 29 35° 1,7m 20m Fonte: Extraído de LINDEGGER, 2000. Ficha 5: Quadro 5 – referente a atividade 5 do da síntese 1 Completara a tabela a seguir com os valores das razões (cateto oposto de “a”)/(cateto adjacente de “a”) chamada c/b. a 5° 10° 15° 20° 25° 30° 35° 40° 45° 50° 55° 60° 65° 70° 75° 80° 85° c/b Fonte: Extraído de LINDEGGER, 2000. Ficha 6: Quadro 6 – referente a atividade 6 da síntese 1 Num certo instante, a sombra de uma vassoura mede 6,36m. A vassoura mede 1,12m. Qual é, neste instante, o ângulo ê de elevação do sol? 1,12m ê 6,36m Fonte: Extraído de LINDEGGER, 2000. 30 Ficha 7: Quadro 7 – referente a atividade 7 da síntese 1 Para medir a largura de um rio, sem atravessá-lo, um observador situado num ponto A, distante 3m da margem, visa, perpendicularmente a sua margem, um ponto B na margem oposta. De A, ele traça uma perpendicular à reta AB e marca sobre ela um ponto C distante 30m de A. Em seguida, ele se desloca para C, visa os pontos A e B e mede o ângulo ACB obtendo 40°. Qual é aproximadamente a largura do rio? A 30m B 3m 40° l B Fonte: Extraído de LINDEGGER, 2000. Ficha 8: Quadro 8 – referente a atividade 8 da síntese 1 Qual a distância entre você (numa praia) e uma ilha ou navio? Na figura, o ponto I representa uma ilha e o ponto F você deitado na praia. Com trena e teodolito, um topografo pode calcular a distância entre você e a ilha. Com o teodolito cocado em F, eles obtêm a I direção FA, formando 90° com FI. No ponto A, cravam uma estaca na praia. A distância de F até A é medida com a tren: 132m. Levando o teodolito para o ponto A, medem o ângulo F formado pelas direções AF e AI: 85°. Com esses dados, pode-se calcular a distância A 132m Fonte: Extraído de LINDEGGER, 2000. entre você e o navio. 31 Ficha 9: Quadro 9 – referente a atividade 9 da síntese 1 Um telhado foi construído de tal modo que, para cada 1m na horizontal, sobe-se 0,4m na vertical. Pergunta-se: a) Qual é o valor do tg î? b) O ângulo de inclinação î é maior, menor ou igual a 20°? Maior, menor ou igual a 25°? c) Qual é, aproximadamente, o valor de î? 0,4m î 1m Fonte: Extraído de LINDEGGER, 2000. Ficha 10: Quadro 10 – referente a atividade 10 da síntese 1 Numa indústria, deseja-se construir uma rampa de comprimento c para vencer um desnível de 2,3m. O ângulo de inclinação î da rampa deve ter, no máximo, 20°. Qual deve ser o comprimento mínimo da rampa? (Atenção para este problema!) c 2,3m î Fonte: Extraído de LINDEGGER, 2000. Ficha 11: Quadro 11 – referente a atividade 11 da síntese 1 (continua) Completar a tabela a seguir com os valores das razões indicadas, utilizando-se das construções já efetuadas quando do trabalho com a ficha de atividade 5. 32 Quadro 11 – referente a atividade 11 da síntese 1 (continuação) a c  b  5° 10° 15° 20° 25° 30° 35° 40° 45° 50° 55° 60° 65° 70° 75° 80° 85° Tg  0,09 0,18 0,27 0,36 0,47 0,58 0,70 0,84 1,00 1,19 1,43 1,73 2,14 2,75 3,73 5,67 11,43 c/a b/a Fonte: Extraído de LINDEGGER, 2000. Ficha 12: Quadro 12 – referente a atividade 12 da síntese 1 Uma escada de 2,80m de comprimento está apoiada no alto de um muro, formando com esse muro um ângulo de 60°. Qual é a altura do muro? Fonte: Extraído de LINDEGGER, 2000. Ficha 13: Quadro 13 – referente a atividade 13 da síntese 1 Um barco atravessa um rio num trecho onde a largura é 100m, seguindo uma direção que forma um ângulo de 40° em relação a margem. Determinar a distância pelo barco para atravessar o rio. Fonte: Extraído de LINDEGGER, 2000. 33 Ficha 14: Quadro 14 – referente a atividade 14 da síntese 1 Uma pipa está presa a uma linha esticada que forma um ângulo de 45° em relação ao solo. A linha tem 50m de comprimento. Determine em que altura se encontra a pipa. Fonte: Extraído de LINDEGGER, 2000. Ficha 15: Quadro 15 – referente a atividade 15 da síntese 1 Do ponto mais auto de uma torre de retransmissão de TV, será esticado um cabo de aço para sustentação da mesma. Sabendo-se que esse cabo será afixado a 15m da base da torre e que faz um ângulo de 55° com o solo, determine o comprimento do cabo. Fonte: Extraído de LINDEGGER, 2000. Ficha 16: Quadro 16 – referente a atividade 16 da síntese 1 Calcule as razões trigonométrica sen x, cos x e tg x, nos casos: a) 20 12 x 16 b) 6 8 x Fonte: Extraído de LINDEGGER, 2000. 34 Ficha 17: Quadro 17 – referente a atividade 17 da síntese 1 José Carlo mediu lados e ângulo do triângulo LUA. Depois, fez este cálculo: cos 40° = 84/96 ≅ 0,87 Quando conferiu com a tabela percebeu que algo estava errado. Descubra o erro que ele cometeu. L 96mm 60° 40° 61mm 80° A U 84mm Fonte: Extraído de LINDEGGER, 2000. Ficha 18: Quadro 18 – referente a atividade 18 da síntese 1 Consulte a tabela trigonométrica e calcule o valor aproximado de x nos seguintes casos: a) d) 70° x 10cm 8cm 5,7cm x b) e) 6cm X 3cm 65° 53mm x c) x 25° 7cm Fonte: Extraído de LINDEGGER, 2000. 35 Ficha 19: Quadro 19 – referente a atividade 19 da síntese 1 Determinar a área do triângulo: 3m 30° 6m Fonte: Extraído de LINDEGGER, 2000. Ficha 20: Quadro 20 – referente a atividade 20 da síntese 1 Sabendo que sen a=2/3, determine cos a e tg a. Fonte: Extraído de LINDEGGER, 2000. Ficha 21: Quadro 21 – referente a atividade 21 da síntese 1 Observe as figuras e determine: a) SenB, cosB, senC e cos C B 13 B=? C=? 5 A 12 C b) senH, cosH, senÎ, cosÎ H Î=? H=? 2 1 I √3 c) senE, cosE, senF, cosF D G Ê=? F=? 6 8 F E 10 Fonte: Extraído de LINDEGGER, 2000. 36 Ficha 22: Quadro 22 – referente a atividade 22 da síntese 1 Considerando o triângulo: β a c α b Pede-se: a) Em todo triângulo retângulo, qual é o valor de α+β? Por quê? b) Quando que dois ângulos são chamados de complementares? Dê exemplos. c) Determine sen α, cos α, sen β e cos β. d) Observe os resultados acima e os da ficha de atividade 21, que conclusão podemos tirar da relação entre ângulos complementares e razões trigonométricas? e) Escolha dois ângulos complementares e observe na tabela trigonométrica a relação entre seno e cosseno desses ângulos? Fonte: Extraído de LINDEGGER, 2000. Ficha 23: Quadro 23: referente a atividade 23 da síntese 1 Determine cos Â, sabendo-se que sen C=0,3675. C A B Fonte: Extraído de LINDEGGER, 2000. Ficha 24: Quadro 24 – referente a atividade 24 da síntese 1 (continua) Um professor “bolou” a seguinte questão “Dado sen α = 3/2, determine cos α e tg α”. Não percebeu que havia cometido um engano (uma vez que professor não erra). 37 Quadro 24 – referente a atividade 24 da síntese 1 (continuação) Durante a prova, um aluno percebeu e chamou a atenção do professor. Qual foi o erro (digo, o engano) cometido pelo professor? Fonte: Extraído de LINDEGGER, 2000. Ficha 25: Quadro 25 – referente a atividade 25 da síntese 1 Classifique cada afirmação como verdadeiro ou falso: a) Se um ângulo aumenta sua tangente também aumenta. b) A tangente de 70° é o dobro da tangente de 35°. c) A tangente de 60° é o triplo da tangente de 20°. d) Se um ângulo dobra, sua tangente sempre dobra também.7 e) A tangente de um ângulo é diretamente proporcional ao ângulo Fonte: Extraído de LINDEGGER, 2000. Ficha 26: Quadro 26 – referente a atividade 26 da síntese 1 Classifique cada afirmação a seguir como verdadeiro ou falsa. a) Se um ângulo aumenta, seu cosseno aumenta. b) Se um ângulo aumenta, seu seno aumenta. c) Sen80°=2.sen40° d) Sen50°=cos40° e) Cos70°=cos30°+cos40° Fonte: Extraído de LINDEGGER, 2000. Material concreto 1: Maquete (ver Fotografia 1). Fotografia 1 – Maquete com escala não informada Fonte: Extraído de LINDEGGER, 2000. 38 Material Concreto 2: Dispositivo de tabela trigonométrica (ver Fotografia 2). Fotografia 2 – Dispositivo de tabela trigonométrica dinâmica. Fonte: Extraído de LINDEGGER, 2000. 4.1.2.3.4 AULA POR AULA Segue nas próximas páginas, orientadas em modo paisagem, as tabelas referentes a cada aula. 39 Aula 1: Quadro 27 – referente a aula 1 da síntese 1 (continua) Tempo estimado Objetivos Duas horas-aulas Rever os conceitos de semelhança de triângulos, triângulo Retângulo e Teorema de Pitágoras. Modelos de conjuntos de triângulos semelhantes em cartolina, fichas 1 e 2, material concreto 1:uma maquete Materiais didáticos representando uma árvore uma bastão firmado ao solo (retirável) e suas respectivas sombras (também retiráveis), em uma escala determinada, réguas com escalas, quadro e pincel. Os alunos serão divididos em 4 grupos, a cada grupo será entregue a ficha 1. No espaço à 1ª etapa preencher seria sugerido monumentos conhecidos pelos alunos, monumentos autos tendo, como finalidade mostrar ao aluno a inacessibilidade de certas medidas. Logo, a ficha geraria uma discursão em grupo e posteriormente com a sala toda. 2ª etapa Metodologia Será realizado uma breve explanação por parte do professor sobre Tales (500 a.C.), e como ele mediu a altura de uma pirâmide através da sombra. Será apresentado aos alunos a maquete. Em seguida será aberto uma discursão de como medir a altura da árvore, depois de algumas ideias acrescentar-se-á o bastão e as sombras à maquete. Conforme a discursão prossegue a situação será esquematizada na lousa, onde ao fim o 3ª etapa professor pretende formalizar de forma generalizada que a divisão entre dois lados de um triângulo é igual a divisão dos dois lados correspondentes de um triângulo semelhante. E por último a formalização será aplicada as medidas da maquete, que serão fornecidas pelos alunos com auxílio de um régua com escalas, lembrando sempre a eles que a medida da árvore em 40 Quadro 27 – referente a aula 1 da síntese 1 (continuação) teoria é inacessível. Após, será medido a altura da árvore, afim de confirmar os fatos. Em seguida 3ª etapa será explanado que Tales verificou que quando a medida da sombra do bastão é igual a altura do bastão, a sombra da árvore equivale a sua altura. Será exposto aos aluno os modelos de triângulos, um aluno de cada grupo escolherá um triângulo 4ª etapa e terá de identificar seus semelhantes, em seguida expor a turma o porquê de sua escolha, logo essa discursão se generalizará para toda turma. Ao fim da discursão será formalizado o conceito de semelhança de triângulo. Ainda com os modelos de triângulo o professor mostrará um por um, questionando todos os alunos se é ou não um triângulo retângulo. Após isso, outra discursão será colocada, fundada Metodologia 5ª etapa nas perguntas: por que vocês consideram aqueles escolhidos como Triângulo Retângulo? Apôs a discursão o professor irá formalizar o que é triângulo retângulo. Em seguida, relembrar junto aos alunos os nomes dados aos seus lados. O professor questionará se os alunos conhecem o Teorema de Pitágoras, apôs as respostas esse teorema será exposto no quadro. Em seguida será apresentado aos alunos a ficha 2, uma para cada grupo, onde terão de escolher três triângulos retângulos dos modelos apresentados 6ª etapa anteriormente, tirar suas medidas com a régua e preencher a tabela da ficha. Apôs, os alunos findarem a atividade, eles irão compartilhar suas respostas com o professor e este irá chamar a atenção para a validação do teorema de Pitágoras e que para cada grupo de triângulos retângulos semelhantes c/b é constante. Fonte: Baseado no texto de LINDEGGER, 2000. 41 Aula 2: Quadro 28 – referente a aula 2 da síntese 1 Tempo estimado Uma hora-aula. Perceber a constante entre a razão dos catetos (tangente) de triângulos retângulo com mesmos ângulos; Objetivos introduzir a ideia de cateto oposto e adjacente; aprender a trabalhar com régua, transferidor e papel quadriculado. Materiais didáticos Ficha 3, papel quadriculado, régua, transferidor, quadro e pincel. A sala será dividida em quatro grupos. Será dado a cada grupo uma ficha 3 acompanhada de 1ª etapa papel quadriculado, transferidor e régua. Esta primeira etapa será utilizada para explorar o material fornecido, tirando dúvidas quanto ao uso. Já sabendo operar as ferramentas será requisitado que os alunos façam o que se pede na ficha. Em seguida, os alunos terão de repetir a atividade com triângulos menores e maiores. Após os alunos confirmarem a constante, o professor fará alguns questionamentos baseado nas três Metodologia 2ª etapa perguntas que segue: e se o ângulo fosse 55° o resultado iria mudar? Para todo o caso em que que o ângulo é 55° é o mesmo resultado também? Podemos generalizar esta situação? Por fim, o professor fará a formalização do conceito na lousa através de um desenho generalizado, dizendo que em todo triângulo retângulo com ângulo “x” teremos c/b constante, aproveitando o desenho introduzirá o conceito de cateto oposto e adjacente. Fonte: Baseado no texto de LINDEGGER, 2000. 42 Aula 3: Quadro 29 – referente a aula 3 da síntese 1 Tempo estimado Objetivos Materiais didáticos Uma hora-aula. Aplicar o conhecimento de “tangente”. Ficha 4, quadro e piloto. 1ª etapa Metodologia Neste momento teremos uma breve revisão da última aula. Os alunos serão divididos em quatro grupos. Os grupos receberão a ficha 4, e serão incumbido 2ª etapa de resolver o problema. Para finalizar o professor fará um breve discurso sobre medidas inatingíveis e ferramentas para medir ângulos (teodolito e transferidor). Fonte: Baseado no texto de LINDEGGER, 2000. Aula 4: Quadro 30 – referente a aula quatro da síntese 1 (continua) Tempo estimado Objetivos Materiais didáticos Duas horas-aula. Construir e conhecer uma tabela trigonométrica de tangente, utilizando-a em uma aplicação da mesma. Fichas 5 e 6, régua, transferidor, papel quadriculado, quadro e pincel. Será dividida a turma em dez grupos, onde cada grupo receberá uma ficha 5, afim de preencher Metodologia 1ª etapa a tabela. Sendo que os ângulos contidos na tabela serão divididos de tal forma que não falte nem um, entretanto que possibilite a repetição de alguns e o mesmo número de ângulos pra cada grupo (2). Ao final o professor irá completar uma mesma tabela na lousa com os resultados das 43 Quadro 30 – referente a aula quatro da síntese 1 (continuação) 1ª etapa Metodologia 2ª etapa 3ª etapa equipes, e discutir a finalidade desta tabela. As fichas serão recolhidas e as construções geométricas serão guardadas pelos alunos avisados de seu uso em uma próxima aula. Os grupos receberão a ficha 6 e terão de resolver seu problema. Será entregue aos grupos a ficha 7. O professor abrirá uma breve discursão sobre por que medir a largura de um rio. Em seguida os alunos terão um tempo para resolver o problema. Fonte: Baseado no texto de LINDEGGER, 2000. Aula 5: Quadro 31 – referente a aula 5 da síntese 1 (continua) Tempo estimado Objetivos Materiais didáticos Uma hora-aula. Definir o conceito de tangente e arco-tangente; aplicar tais conceitos em problemas; usar calculadora no cálculo de tangente e arco-tangente. Fichas 5 e 6, régua, transferidor, papel quadriculado, quadro e pincel. 1ª etapa Metodologia Será realizado um apanhado sobre os problemas já vistos nas aulas anteriores, de tal forma que ao discutir com os alunos o professor consiga leva-los a definição de tangente. Dividindo a turma em 4 grupos, será entregue a ficha 8, onde os alunos resolverão seu problema. 2ª etapa Aproveitando o problema o professor irá demonstrar como calcular tangente de um arco com a calculadora. 44 Quadro 31 – referente a aula 5 da síntese 1 (continuação) Com posse da ficha 9, novamente as equipes terão de resolver um problema. Os alunos poderão usar suas tabela trigonométrica (feita em aula anterior) e/ou calculadora. No processo de Metodologia 3ª etapa resolução o docente realizará um discurso sobre aproximação e arredondamento e quando formalizar, o pesquisador demonstrará como utilizar a função arctg na calculadora, obtendo um resultado mais preciso. Fonte: Baseado no texto de LINDEGGER, 2000. Aula 6: Quadro 32 – referente a aula 6 da síntese 1 (continua) Tempo estimado Objetivos Materiais didáticos Duas horas-aulas. Verificar a existência de mais duas constantes em triângulos retângulos semelhantes (seno e cosseno); Verificar as vantagens do uso das novas constantes em um problema. Fichas 5, 10 e 11, régua, calculadora, construções gráficas de triângulos (construídos em aula anterior pelos próprios alunos, quadro e pincel. Dividir-se-á os alunos em quatro grupos. Será exposto pelo professor um breve comentário sobre rampa, sua necessidade e a influência do ângulo de inclinação. Em seguida, cada grupo receberá Metodologia 1ª etapa a ficha 10, serão sujeitos a resolver o problema, onde por hipótese sabe-se que muitos não irão conseguir já outros utilizarão o conceito de tangente somado ao Teorema de Pitágoras. No processo de compartilhamento e formalização o professor irá introduzir a dúvida: “Será que 45 Quadro 32 – referente a aula 6 da síntese 1 (continuação) 1ª etapa somente a divisão dos catetos é uma constante?” Será entregue aos grupos a ficha 11 e devolvido a ficha 5 afim de auxiliar na atividade. Utilizando as construções da Aula 4, os alunos com réguas iram novamente medir suas construções e 2ª etapa Metodologia preencher a nova tabela. Logo os grupos compartilharam seus trabalhos, e o professor irá completar sua tabela na lousa. Logo uma nova discursão será aberta a respeito de uma análise da tabela, onde se concluirá a existência de mais duas razões constantes em triângulos semelhantes, formalizada pelo pesquisador. A ficha 10 será retomada pelos grupos, querendo-se agora uma nova solução utilizando uma das 3ª etapa novas constantes descobertas. No compartilhamento e formalização o professor chamará atenção ao processo de aproximação e o uso da calculadora. Fonte: Baseado no texto de LINDEGGER, 2000. Aula 7: Quadro 33 – referente a aula 7 da síntese 1 (continua) Tempo estimado Objetivos Materiais didáticos Duas horas-aulas Formalizar o conceito de seno e cosseno assim como suas notações; Aplicar o conceito de seno e cosseno em problemas. Fichas 12, 13, 14 e 15; lousa e pincel. 46 Quadro 33 – referente a aula 7 da síntese 1 (continuação) A turma será dividida em 4 equipes. Cada aluno receberá a ficha 12. Os alunos resolverão o 1ª etapa problema (Há duas soluções para o problema, uma utilizando “seno” e outra “cosseno”, o professor em sua formalização irá colocar as duas). Ainda em equipe os alunos receberão a ficha 13 e serão incumbidos a resolver o problema (Há 2ª etapa duas soluções para o problema, uma utilizando “seno” e outra “cosseno”, o professor em sua formalização irá colocar as duas). Metodologia 3ª etapa 4ª etapa 5ª etapa O professor irá formalizar o conceito de seno e cosseno na lousa, até então tidos apenas como constantes. Será resolvido o problema da ficha 14. Entretanto, os alunos já podem usar a notação correta de seno e cosseno. A discursão sobre aproximação e erro deve ser levada em conta mais uma vez. Será resolvido o problema da ficha 15. Fonte: Baseado no texto de LINDEGGER, 2000. Aula 8: Quadro 34 – referente a aula 8 da síntese 1 (continua) Tempo estimado Objetivos Materiais didáticos Uma hora-aula. Aplicar de forma descontextualizada as noções de seno, cosseno e tangente. Ficha 16, quadro e pincel. 47 Quadro 34 – referente a aula 8 da síntese 1 (continuação) Os alunos serão divididos em 4 equipes, receberão a ficha 16 e serão incumbidos de resolver o problema. Metodologia Nota-se que o item “b” do problema apresenta duas resoluções válidas, uma utilizando o seno de x para descobrir o valor do último lado do triângulo, e outra utilizado o Teorema de Pitágoras; as duas exploradas pelo docente no processo de compartilhamento e formalização. Fonte: Baseado no texto de LINDEGGER, 2000. Aula 9: Quadro 35 – referente a aula 9 da síntese 1 Tempo estimado Duas horas- aulas Refletir sobre a necessidade de triângulos retângulos no uso das razões trigonométricas e como obter tais Objetivos triângulos em uma situação com triângulo comum. Compreender a existência de situações em que o uso de razões trigonométricas não é o processo mais eficaz. Materiais didáticos Ficha 17, ficha 18, ficha 19, tabela trigonométrica (feita pelos alunos em aula anterior), quadro e pincel. A turma será dividia em 4 grupos, entregue a ficha 17, terão de resolver o problema. No processo 1ª etapa de compartilhamento e formalização, se não sugerido por um dos grupos, o professor poderá requisitar o cálculo da altura do triângulo, dividindo o triângulo em dois triângulos retângulos, em seguida calculando o verdadeiro cosseno de 40°. Metodologia 2ª etapa 3ª etapa Ainda em equipes, a turma irá resolver o problema da ficha 18. O professor deve dar atenção ao item “e” onde o uso das razões trigonométricas não é indicado e sim o Teorema de Pitágoras. Os grupos irão resolver o problema da ficha 19. Fonte: Baseado no texto de LINDEGGER, 2000. 48 Aula 10: Quadro 36 – referente a aula 10 da síntese 1 Tempo estimado Objetivos Materiais didáticos Duas horas-aulas Investigar ângulos complementares e as características de suas razões trigonométricas. Fichas 20, 21 e 22, tabela trigonométrica (feita pelos alunos em aula anterior), calculadora, quadro e pincel. Os alunos divididos em 4 grupos resolverão o problema da ficha 20. No processo de resolução o 1ª etapa docente irá estimular tanto a resolução através da tábua trigonométrica e/ou calculadora, quanto a resolução através de uma construção geométrica. Metodologia 2ª etapa Nos mesmos grupos será solicitado a resolução do problema da ficha 21. As equipes terão agora de resolver o problema da ficha 22. Ao final da resolução pretende-se 3ª etapa introduzir o conceito que o seno de um ângulo é igual o cosseno de seu complementar e viceversa, na formalização o pesquisador questionará o porquê. Fonte: Baseado no texto de LINDEGGER, 2000. Aula 11: Quadro 37 – referente a aula 11 da síntese 1 (continua) Tempo estimado Objetivos Materiais didáticos Metodologia Duas aulas-horas Revisar o objetivo da aula anterior. Analisar a variação do seno, cosseno e tangente. Fichas 23, 24, 25 e 26, material concreto 2, tabela trigonométrica, calculadora, quadro e pincel. 1ª etapa Os alunos, em equipes de quatro, resolverão o problema da ficha 23. Ao fim o professor irá relembrar o conceito da aula anterior. 49 Quadro 37 – referente a aula 11 da síntese 1 (continuação) Em suas equipes os alunos resolverão o problema da ficha 25. A resposta do problema vem através da ausência do valor de seno na tabela, onde verificamos o seno de forma crescente; O professor com auxílio da calculadora pode sugerir senos de arcos cada vez mais próximos de 90° 2ª etapa verificando que tenderá ao número 1. Através da construção de triângulo retângulo, também notase essa impossibilidade pois teremos uma hipotenusa menor que o cateto o que tornaria o outro cateto um valor negativo (usando o teorema de Pitágoras), algo a ser debatido também nos processos de compartilhamento e formalização. E ao fim do problema, o professor concluirá a Metodologia ideia de que os valores de seno e cosseno serão sempre menores que 1 e maiores que 0. Os aluno, em seus grupo, resolverão o problema da ficha 25. Agora terão o auxílio do dispositivo 3ª etapa para medir razões trigonométricas confeccionado pelo professor e suas tabelas trigonométricas para verificar a variação de tangente. Ainda com o auxílio do dispositivo e uso da tabela, os alunos resolverão o problema da ficha 26. 4ª etapa Ao fim, com o dispositivo o pesquisador mostrará o que acontece em um triângulo com hipotenusa igual a 1. Fonte: Baseado no texto de LINDEGGER, 2000. 50 4.1.4 ANÁLISE DOS RESULTADOS 4.1.4.1 ANÁLISE QUANTITATIVA Como já dito, o resultado foi apurado apenas com os alunos que participaram de toda a experiência, o que totalizou 11 alunos no GE e 16 no GR. Antes de iniciar, pela sua relevância, segue no quadro 38 a configuração do pós-teste. Quadro 38 – Configuração do pós-teste da síntese 1 (continua) Nº da questão É contextualizada? Apresenta ilustração? 01 Sim Sim 02 Não Sim 03 Não Sim 04 Sim 05 Não Não Sim Assunto Competência abordado Teorema de Pitágoras Seno, Cosseno e Tangente Aplicação direta do teorema de Pitágoras tendo como incógnita a hipotenusa. Descobrir as razões trigonométricas de um dos ângulos de um triângulo com os três lados dados. Seno ou Aplicação direta de seno ou cosseno para Cosseno descobrir o cateto adjacente de um ângulo. Tangente Seno, cosseno e tangente Aplicação direta da tangente, tento um dos catetos como incógnita Sabendo-se uma das razões trigonométrica descobrir as demais sem o uso da tabela. Relação entre 06 Não Sim seno e cosseno de ângulos Identificar que o cosseno de um ângulo é igual ao seno de seu complemento. complementares 07 Não Não Variação das Classificar uma razão trigonométrica como razões maior, menor ou igual a uma mesma razão, trigonométricas entretanto com outro arco. 51 Quadro 38 – Configuração do pós-teste da síntese 1 (continuação) Variação de 08 Não Não Seno e Justificar porquê seno e cosseno de um ângulo sempre são menores que 1. Cosseno Fonte: Baseado no texto de LINDEGGER, 2000. Além das questões acima, existe a nona questão, que é uma pergunta um tanto subjetiva: “O que você entendeu por Trigonometria?”. Essa pergunta será analisada exclusivamente no tópico da análise qualitativa. Resultados do pré-teste O pré-teste teve resultado de 0% e 2,27% de acertos em toda turma, no GR e GE respectivamente. Isso só evidência o desconhecimento do assunto pelos alunos de ambos os grupos. Sendo assim, este teste torna-se pouco relevante daqui para frente e não será citado na análises que seguem. Resultados do pós-teste a) Resultado Geral: Gráfico 1 – Resultado de acertos por questão corrigida do pós-teste da síntese 1 80,00% 70,00% 69,32% 60,00% 50,00% 46,09% 40,00% 30,00% 20,00% 10,00% 0,00% número de acertos/questões corrigidas GE GR 69,32% 46,09% Fonte: extraído de LINDEGGER, 2000. Layout modificado. 52 b) Resultado de acertos por questões: Gráfico 2 – resulta de acertos por questões do pós-teste da síntese 1 90% 80% 70% 82% 82% 82% 81% 75% 73% 64% 64% 56% 55% 55% 60% 50% 44% 38% 40% 31% 25% 30% 19% 20% 10% 0% GE GR Questão 1 73% 44% Questão 2 82% 81% Questão 3 64% 75% Questão 4 55% 56% Questão 5 55% 31% Questão 6 82% 25% Questão 7 64% 19% Questão 8 82% 38% Fonte: extraído de LINDEGGER, 2000. Layout modificado. c) Resultado de acertos por aluno Gráfico 3 – resultado de acertos por aluno do pós-teste da síntese 1 60% 55% 50% 50% 40% 27% 30% 20% 25% 18% 10% 0% GE GR Aluno Fraco (de 0 a 3 acertos) 18% 50% Aluno Médio (de 4 a 6 acertos) 27% 25% AlunoBom (de 7 a 8 acertos) 55% 25% Fonte: extraído de LINDEGGER, 2000. Layout modificado. 25% 53 d) Resultado das questões por aluno Legenda para as Tabelas: C – CERTO E – ERRO B – EM BRANCO OU NÃO SEI E1 – Resolução ou resposta incompleta E2 – Erro relativo as definições das razões trigonométricas (identificação dos catetos e hipotenusa e relação com a razão trigonométrica apropriada, ou seja, as fórmulas) E3 – Erro relativo as manipulações algébricas E4 – Erro relativo quanto a decisão de qual razão trigonométrica utilizar E5 – Erro relativo a competência quanto a aplicação do teorema de Pitágoras E6 – Erro quanto o entendimento da variação das razões trigonométricas, pondo de forma aleatória os sinais <, > e = E7 - Erro quanto o entendimento da variação das razões trigonométricas, associada diretamente ao ângulo independente da razão, ou seja, um maior ângulo terá razão maior. E8 – Erro quanto a limitação dos valores de seno e cosseno Tabela 2 – acertos e erros de alunos do GE dados em cada questão do pós-teste da síntese 1: Sujeito SE1 SE2 SE3 SE4 SE5 SE6 SE7 SE8 SE9 SE10 SE11 1 C C E5 E5 C C C E5 C C C 2 C C C C C C C E2 C C E2 3 C C E4 E3 C C C E2 C C E2 Fonte: extraído de LINDEGGER, 2000. Questão 4 5 C E1 C E1 E4 C E2 B E2 C C C C C E2 B C C C C E2 E4 6 C C C B C C C B C C C 7 E6 C E6 E7 C C C E6 C C C 8 B C C B C C C C C C C Rendimento (%) 65,5 87,5 50,0 12,5 87,5 100 100 12,5 100 100 50 54 Tabela 3 – acertos e erros de alunos do GR dados em cada questão do pós-teste da síntese 1 Sujeito SR1 SR2 SR3 SR4 SR5 SR6 SR7 SR8 SR9 SR10 SR11 SR12 SR13 SR14 SR15 SR16 1 C E5 E5 C C E5 E5 E5 C C E5 B C E5 E5 C 2 C C E4 C C C C E4 C C C B C C C C Questão 4 5 C C E2 E2 E2 E4 C E3 C E5 E2 E4 C E4 C E4 C C C C E2 E1 E2 B C C E3 B E2 B C C 3 C E2 C C C E2 C C C C C E2 C C E2 C 6 C E4 E4 B E4 E4 E4 C C B B B C E4 E4 E4 7 C E7 E6 E7 E7 E6 E6 E6 E7 C C E6 E7 E7 E7 E7 Rendimento (%) 100 25 12,5 50 65,5 25 37,5 50 75 87,5 37,5 0 75 25 12,5 62,5 8 C C B E4 C C B C E4 C E1 B E8 E8 E4 B Fonte: extraído de LINDEGGER, 2000. Com os dados das tabelas acima podemos montar os seguinte gráfico: Gráfico 4 – ocorrência de cada tipo de erro do pós-teste da síntese 1 Ocorrência de cada tipo de erro 35% 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% 30% 25% 22% 19% 16% 13% 11% 11% 11% 7% 4% 11% 7% 4% 0 3% GE 3% 3% GR E1 7% 3% E2 30% 16% E3 4% 3% E4 11% 25% E5 11% 13% E6 11% 7% E7 4% 11% E8 0 3% B 22% 19% Fonte: extraído de LINDEGGER, 2000. Layout modificado. 55 4.1.4.2 Análise Qualitativa Do resultado geral Este primeiro resultado já mostra a eficácia da metodologia, com quase 25% a mais nos acertos, o GE mostra-se com um aproveitamento superior. O que já obriga a uma investigação mais minuciosa para apurar os fatores. Logo, a introdução de conceitos a partir de problemas já mostra-se aparentemente proveitosa. Do resultado por questão Pode-se dividir as questões do teste em três grupos: grupo 1 - questão de avalição do conhecimento prévio (questão 1); grupo 2 - questões de aplicação direta de fórmulas e algoritmos (questões 2, 3 e 4); grupo 3 - questões com exigência de um conceito mais apurado (questões 5, 6, 7 e 8). Com isso nota-se que O GE e GR se equiparão no grupo 2, tendo o GE até mesmo um aproveitamento melhor em tais questões, entretanto o GE mostra-se com um bom aproveitamento também. Tal fato é decorrido, devido à valorização de algoritmos estimulado no GR, pois estas questões são comuns e provavelmente foram repetidas muitas vezes nos exercícios de fixação. O que fortalece a afirmação é que no grupo de questões 3 o GE se saiu muito superior, tendo o GR um aproveitamento menor que 50% em todas as questões. Já no grupo 1 o GE saiu-se melhor também, mostrando que em suas aulas o conhecimentos prévios exigidos tiveram valor e com isso foram fixados. Do resultado de acertos por aluno Levando em consideração a média escolar de aprovação que é maior ou igual 50%, observa-se que metade dos alunos do GR estariam reprovados denunciando um evidente fracasso escolar. Enquanto que, apenas 18% dos alunos do GE estariam reprovado (dois alunos) e 55% com o resultado de bom para excelente, o que mostra o sucesso e relevância do método adotado. 56 Do resultado de questão por aluno Analisando as questões, entende-se que um aluno com uma compreensão completa dos conceitos principais ali envolvidos teria de acerta as seguintes questões: 2, 3 ou 4, 5, 6, 7 e 8. Dado esse critério o GE apresenta 5 alunos (45%) e o GR apenas 1 (6%). O que mostra que uma boa parte dos alunos do GE teve uma entendimento quase que completo do assunto. Estipula-se também outro critério, a questão 5 é vista como uma questão desafiadora e que trabalha com a essência dos conceitos fundamentais, logo ela também torna-se um parâmetro importante. No GE 55% dos alunos acertarão a questão enquanto no GR foram 31%. Nota-se que o maior tipo de erro obtido no GR foi o E4, entendendo-se o ocorrido como evidência da falta de um conceito concreto. Já no GE temos como maior ocorrência o E2, ou seja, para esses alunos faltou trabalhar com mais exercícios de fixação. Análise da pergunta subjetiva Dez dos onze alunos do GE responderão a pergunta, onde nove deles associaram trigonometria diretamente como um estudo dentro do triângulo retângulo, e quatro, (contando com aquele que não citou triângulo retângulo em sua resposta) associaram ao uso de razões entre lados de triângulos. Onde a resposta mais genérica foi: “Entendo que a trigonometria serve para os cálculos de triângulo retângulo” (Aluno SE4) E a resposta mais completa: “É o estudo das razões entre os lados de triângulos retângulos semelhantes: seno, cosseno e tangente” (Aluno SE2) Nota-se que nem um aluno associou diretamente trigonometria como o estudo de ângulos. É destaque um aluno que associou sua resposta ao triângulo retângulo mostrando a utilidade de medir distâncias inacessíveis. Logo, conclui-se está bem claro para os alunos do GE que a trigonometria foi fundamentada conceitualmente no triângulo retângulo. 57 No GR um aluno deixo em branco, três deram respostas não relacionas ou sem sentido. Este grupo teve repostas muito variadas; três alunos relacionaram a trigonometria como um estudo para encontrar medidas ou números desconhecidos, o que mostra a força do fator algébrico dentro de sua aprendizagem; três relacionaram ao estudo dos ângulos; três alunos citaram o triângulo retângulo; somente um citou razões relacionadas a triângulo; um dos alunos respondeu que trigonometria é o estudo dos triângulos; três alunos associaram de forma direta ao cálculo de seno, cosseno e tangente; e assim por diante. Logo, compreende-se que por suas respostas o GR mostrou-se tendencioso para processo algorítmico, onde o alunos viam incógnitas, ângulos e triângulos. Contudo baseado em Vigotsky, entende-se que o aluno sabe muito mais do que ele pode expressar, fato que deve ser levado em conta, na interpretação do resulta por parte do leitor. 4.1.5 CONSIDERAÇÕES 4.1.5.1 CONSIDERAÇÕES QUANTO AOS RESULTADOS A metodologia desenvolvida mostrou-se eficaz para o desenvolvimento de um curso que coloca em ênfase o entendimento significativo dos conceitos fundamentais da trigonometria, de forma que comparou-se os resultados com um curso tradicional e obteve-se resultados superiores. Acredita-se que um dos fatores mais importantes, para aumentar a qualidade de ensino, encontra-se nas discursões em grupos que permitiu aos aluno refletir, organizar e transmitir suas ideias para e com os demais. Outro ponto contribuinte foi a abordagem do assunto em primeiro momento com uma linguagem mais informal, para depois formalizá-la, esse processo de refinamento da linguagem mostrou relevante. Começar o estudo pela função tangente também mostrou-se uma boa estratégia, pois muitas situações significativas estão relacionadas com esta função trigonométrica, conforme foram vistos nos problemas aplicados nas aulas. Um aspecto interessante foi que com apenas 28 problemas aplicados ao GE contra 78 aplicados ao GR (segundo registros do professor em questão) o primeiro grupo se saiu-se com vantagem quanto ao desempenho. Logo a resolução de 58 problemas como ponto de partida torna-se mais significativo ao aluno de que como exercício de fixação. Compreende-se que a falta de rigor da linguagem na resolução, tanto simbólica como natural, do pós-teste é fenômeno natural que irá ajustando-se com o decorrer da vida estudantil do aluno. 4.1.5.2 CONSIDERAÇÕES FUTURAS a) A introdução de tarefas para casa poderia tornar o trabalho mais contínuo e sanar algumas dificuldades; logo caberia aqui uma investigação sobre este recurso; b) Fazer com que os alunos apropriem-se da linguagem formal foi uma tarefa que não teve e espaço e análise, logo caberia aqui uma pesquisa de como acontece essa apropriação e quais são os fatores influentes. c) A análise do trabalho teve como base, praticamente somente o pós-teste, entretanto, encontra-se disposto os dados referentes ao decorrer do curso, que podem ser alvos de uma nova pesquisa. d) A Resolução de Problemas, como ponto de partida, mostrou-se eficiente, logo merece um estudo isolado sobre as colocações do professor e aluno nesse processo. 4.2 SÍNTESE 2 Um sequência de ensino para a construção de uma tabela trigonométrica. 4.2.1 INTRODUÇÃO Tema: A construção da tabela trigonométrica a partir de um embasamento histórico. Problematização: O interesse do autor pelo o assunto em questão (trigonometria) vem de uma pesquisa realizada pelo mesmo, que tem como amostra 652 alunos, de escolas municipais, estaduais e particulares da cidade de São Paulo. Estes alunos foram submetidos a uma única pergunta: Explique por que o cosseno de 30° é meio. Apenas um aluno da amostra gera uma explicação satisfatória, em outro lado 530 59 alunos deixaram em branco ou responderão que não sabiam, 86 responderam coisas como: “o professor falou”,” eu vi no livro” e etc; já o restante realmente tentou resolver, entretanto sem muito sucesso. Essa pesquisa fez com que o autor refletisse se realmente os conceitos básicos da trigonometria estão sendo desenvolvidos de forma significativa no vida escolar, a pesquisa nos leva a acreditar que não. Questões Norteadoras: Questão principal: Como ensinar trigonometria no triângulo retângulo de maneira significativa? Questões secundárias: Quais fatores influenciam na aquisição de tal conhecimento? Como distanciar a utilização da Trigonometria no Ensino Médio da mecanização? Objetivos: Construir uma tabela trigonométrica, com base em levantamentos históricos dos trabalhos de Ptolomeu e outros matemáticos da Grécia Antiga, para investigar a apropriação do significado dos conceitos das razões trigonométricas: seno, cosseno e tangente, no triângulo retângulo, por estudante do 1º ano do Ensino Médio. 4.2.2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Vygotsky (1985) Para Vygotsky (apud NASCIMENTO, 2005) o conhecimento é o produto entre o indivíduo e o meio que é um ambiente histórico e social. Logo, dependendo da situação, o conhecimento terá significado ou não. Recriando um ambiente histórico e social, através de uma análise histórica da síntese do conhecimento, o docente poderá resgatar o mesmo sentido que levou a criação do conhecimento em questão. Entretanto, para esse processo torna-se mais eficaz o aluno precisará a partir das necessidades impostas (o sentido da criação) criar o conhecimento adequado para facilitar ou resolver a situação, ou seja, ele deve construir o saber, para entender a fundo os processos envolvidos, e não apenas usar o conhecimento, no caso a tabela trigonométrica. Levando em conta este aspecto construtivista, coloca-se também a importância de um trabalho não individual, em duplas ou grupos. Tais condições favorecem quanto a reflexão e análise da veracidade dos argumentos, pois neste momento o aluno terá de materializar suas ideias em palavras, argumentando e colocando de forma que o outro entenda e aceite. 60 Ainda neste contexto, o diálogo professor e aluno se fortalece, entretanto com uma relação diferente. O docente passa a ser um mediador, ou seja, passa a questionar e estimular o aluno para ele construir suas hipótese, soluções e argumentos. A linguagem é um dos estímulos mais importantes nessa interação, porém não o único, o auxílio de materiais como astrolábio e teodolito, ou seja ferramentas, podem promover situações estimuladoras. Cabe aqui também colocar a teoria do conceito espontâneo, que é um conceito mais intuitivo e particular, que será adquirido nas aulas através de observações e experiências. Com os estímulos do professor este conceito ascendera para um conceito científico, ou seja, mais formalizado e generalizado. Em contra partida, depois de adquiro, o conceito científico poderá descender para casos mais particulares. E é nesta ordem que se baseia a metodologia. Vergnaud (1983) Vergnaud (apud NASCIMENTO, 2005) teve grande influência de Vygotsky, logo pensa da mesma forma construtivista. Ele diz que tudo está relacionado a resolução de problemas. Logo aqui o principal caráter do problema não é mais a aplicação e fixação do conhecimento e sim a construção de um novo. Vergnaud acrescenta a teoria dos campos conceituais, onde um conceito seria a soma de um conjunto de situações, invariantes (propriedades, objetos e relações dentro da situação) e representações simbólicas (linguagem usada para expressar a invariantes, ideia e procedimento). De tal forma que um problema ao ser resolvido e entendido ao máximo implica em adquirir um grupo de conceitos ou campo conceitual. Um grupo de situações da sentido a um conceito, e um grupo de esquemas da sentido a uma situação; esquema é a organização de comportamento para uma dada situação. Chama-se “conceito-em-ação” os conhecimentos relativos a um esquema. Cabe ao docente fazer com que um aluno adquira o máximo de esquemas, de tal forma que estes esquemas funcionem como peças de quebra cabeças se encaixando de forma diferentes ou com outros esquemas para conseguir raciocinar em diversas situações. Logo neste caminho cabe ao professor também o papel de medidor e provedor de tais situações. Conclui-se que este autor é utilizado no trabalho com o objetivo de entender a situação construtivista. 61 Parzysz (2002) Parzysz (apud NASCIMENTO, 2005) destaca quatro etapas no desenvolvimento do pensamento Geométrico: O G0, onde os elementos geométricos são visto por seus aspectos gerais, ou seja, é feita uma associação apenas visual da figura; O G1, neste nível o indivíduo é capaz de identificar as propriedades de uma figura entretanto sem poder explica-las; O G2, o indivíduo é capaz de explicar as propriedades entretanto com base em premissas intuitivas; o G3, o indivíduo consegue demonstrar a propriedade por completo e explicitar axiomas. Essas etapas são relevantes, pois as atividades aqui planejadas darão a devida atenção ao processo de desenvolvimento do pensamento Geométrico. 4.2.3 METODOLOGIA 4.2.3.1 METODOLOGIA DA PESQUISA Amostra da pesquisa: 14 alunos do 1º ano do ensino médio de uma escola da rede pública Estadual na cidade de São Paulo. Os alunos tinham de 15 à 17 anos, de classe média baixa. Um indivíduo desistiu ao decorrer do processo, e como as atividades são predominantes em duplas, eliminou-se das análises finais o outro indivíduo que fazia par com o primeiro. A partir de agora os alunos serão chamados por letra, sabendo que os alunos terão duplas fixas até o fim do processo, chamar-se-á os alunos da dupla 1 de indivíduo A e B e assim sucessivamente até a dupla 6 com os indivíduos K e L. Tempo do experimento: a experiência é dada em 8 encontros de 4 horas, totalizando 32 horas. Os encontros são realizados de forma contínua nos dias da semana, iniciados no dia 30 de novembro. Visão superficial do experimento: Será realizado um curso com o propósito de atribuir significado para aluno em relação a seno, cosseno e tangente; com a perspectiva de desapegar de um cálculo mecânico sem significado. E ao decorrer do curso será construído a tabela trigonométrica, conforme os objetivos. O curso será dado em 5 atividades, onde a atividade 5 terá um critério mais avaliativo. Coleta de dados: Presença de um observador, que exclusivamente observará, que anota os diálogos (quais os materiais utilizados, suas perguntas e dúvidas) das duplas 62 1 e 6 (escolhida de forma aleatória). Dois gravadores acompanhando as duplas 1 e 6, e as fichas de atividade. 4.2.3.1 A METODOLOGIA DO EXPERIMENTO 4.2.3.1.1 PADRÃO DE METODOLOGIA DAS AULAS As atividades são realizadas sempre em grupos, na maioria dos casos em duplas. O pesquisador não relata de forma direta e específica a metodologia aplicada, entretanto, através de seus relatos extraímos o seguinte padrão: A metodologia é baseada na resolução de problemas, onde o docente deixa livre sua resolução por parte dos alunos, contudo, o professor sempre fica interagindo com os alunos dupla por dupla, ajudando a interpretar quando necessário, questionando, apontando erros e hipóteses e etc., ou seja, fazendo um papel de mediador na resolução. Sua participação pode ser mais acentuada e significativa dependendo do problema e dificuldade do aluno em questão. Algumas vezes cabe ao professor uma observação geral a todos. Contudo, as aulas não serão apenas problemas, terão também leituras e situações que serão dadas de forma simplesmente expositiva e dialogada, entretanto, o educador sempre procura estabelecer um diálogo com os alunos através de perguntas e explorando dúvidas, apesar dele ser o centro da conversa. 4.2.3.1.2 AVALIAÇÃO O método de avaliação do aluno em cada aula não foi relatado, entretanto, pode-se concluir que é definido pelo preenchimento de suas fichas e o envolvimento nas atividades. 5.2.3.1.3 MATERIAIS RELEVANTES 63 Ficha 1: Quadro 39 – referente a atividade 1 da síntese 2 Atividade 1: Comparando e investigando triângulos Você receberá quatro triângulos. Observe e manipule para perceber algumas regularidades (características presentes em todos). Escreva abaixo o que descobrir. Fonte: extraído de NASCIMENTO, 2005. Ficha 2: Quadro 40 – referente a atividade 2 da síntese 2 Atividade 2: Semelhança de triângulos 2.1 Materiais necessários: régua, compasso, transferidor, esquadro, lápis e borracha. Sobreponha os quatro triângulos da atividade 1 do maior para o menor. Nomearemos os quatro triângulos do maior para o menos de T1, T2, T3, T4. Observe que nenhuma parte de T2 deve estar fora de T1, nenhuma parte de T3 deve estar fora de T2 e nenhuma parte de T4 deve estar fora de T3. Escolha um dos ângulo do triângulo maior e ajuste todos os demais a este ângulo. Represente a imagem obtida no papel. Escolha outro ângulo e repita o procedimento. Você pode obter ainda outra representação. Como ficará? Fonte: extraído de NASCIMENTO, 2005. Ficha 3: Quadro 41 – referente a leitura complementar para atividade 2 da síntese 2 (continua) Leitura Algumas situações não permitem calcular diretamente a distância entre dois pontos ou a amplitude de um ângulo. Imagine que seja necessário medir a altura do ponto mais elevado desta escola. Ou mesmo medir a distância entre dois pontos, cada um em uma margem do mesmo rio. Nestes dois casos você deverá pensar em outra maneira, pois a régua não será possível. 64 Quadro 41 – referente a leitura complementar para atividade 2 da síntese 2 (continuação) A B Os matemáticos da Antiguidade já se preocupavam com problemas deste tipo, e ao procurar meios menos engenhosos para solucioná-los, descobriram importantes relações entre as medidas dos ângulo e os lados de um triângulo. Estas relações mais tarde ficaram conhecidas como Trigonometria. A Trigonometria é útil para o estudo de qualquer polígono, pois qualquer um deles pode ser dividido em triângulos. Na atualidade encontram-se aplicações para a trigonometria nas telecomunicações, na música, na determinação de distâncias entre estrelas, na medicina, na física, na sociologia e em muitas outras áreas científicas. Como tal, o seu estudo é indispensável para engenheiros, físicos, informáticos e praticamente para todos os cientistas. Fonte: extraído de NASCIMENTO, 2005. Ficha 4: Quadro 42 – referente a continuação da atividade 2 da síntese 2 (continua) 2.2 Material necessário: régua, transferidor, esquadro, calculadora, lápis e borracha. Construa um triângulo retângulo OGH de catetos OH e GH e ânguloHOG qualquer. Considere três pontos B, D e F entre O e H e trace por B, D e F três perpendiculares, encontrando a hipotenusa OG nos pontos A, C e E. Assim serão determinados quatro triângulos sobrepostos. Chamaremos T1, o triângulo AOB (de base OB; T2, o triângulo COD (de base OD); T3, o triângulo EOF (de base OF); e T4, o triângulo de GOH (de base OH). Essas notações são importantes para o próximo procedimento. Conforme as medições forem realizadas complete a tabela seguinte: 65 Quadro 42 – referente a continuação da atividade 2 da síntese 2 (continuação) Lado do T1 Medida Lado do T2 Medida Lado do T3 Medida Lado do T4 AB CD EF GH OB OD OF OH OA OC OE OG Razão Resultado Razão Resultado Razão Resultado Razão Medida Resultado AB/OA CD/OC EF/OE GH/OG OB/OA OD/OC OF/OE OH/OG AO/OB OC/OD OE/OF OG/OH Você percebeu alguma similaridade com relação aos resultados obtidos por meio das razões entre lados dos triângulos? Vamos agora compartilhar os resultados que obtivemos. Cada aluno usou ângulos diferentes na construção dos seus triângulos. Mas, será mesmo que seus colegas puderam concluir o mesmo que você? Anote se sim ou se não e o porquê. Fonte: extraído de NASCIMENTO, 2005. Ficha 5: Quadro 43 – referente a continuação da atividade 2 da síntese 22.3 Dado um triângulo retângulo qualquer, o lado oposto ao ângulo reto é a hipotenusa. Então escolhemos um dos outros dois ângulos. O lado oposto ao ângulo escolhido será chamado cateto oposto e o lado vizinho (excluindo a hipotenusa) será chamado de cateto adjacente. Na ficha anterior, você percebeu que AB/AO=CD/OC=EF/OE=GH/OG (o valor encontrado chamaremos de seno de α, é um valor associado ao ângulo agudo α) e que OB/AO=OD/OC=OF/OE=OH/OG (o valor encontrado chamaremos de cosseno de α, é um valor associado ao ângulo agudo α) e que AB/OB=CD/OD=EF/OF=GH/OH (o valor encontrado chamaremos de tangente de α, é um valor associado ao ângulo agudo α. Em termos de cateto e hipotenusa, como podemos definir o seno, o cosseno e a tangente de um ângulo de medida α? Fonte: extraído de NASCIMENTO, 2005. 66 Ficha 6: Quadro 44 – referente a continuação da atividade 2 da síntese 2 2.4 Você dispõe dos mesmos materiais da atividade 2.2 Observe a figura abaixo (o procedimento utilizado para a construção, foi o mesmo da atividade 2.2). Aqui temos quatro triângulos sobrepostos a partir do ângulo de 47°. Determine a medida dos três lados de cada triângulo, com o auxílio de uma régua quadrada. G E C A 47° O B D F H Chamaremos T1, o triângulo AOB; T2, o triângulo COD; T3, o triângulo EOF e T4, o triângulo GOH. Conforme as medições forem realizadas, complete a tabela seguinte: Lado do Medida Lado do Medida Lado do Medida Lado do Medida T1 T2 T3 T4 AB CD EF GH OB OD OF OH OA OC OE OG Razão Resultado Razão Resultado Razão Resultado Razão sen47° sen47° sen47° sen47° cos47° cos47° cos47° cos47° tg47° tg47° tg47° tg47° Resultado Você percebeu alguma similaridade com relação aos resultados obtidos por meio das razões entre os lados dos triângulos? Compare com os resultados obtidos na atividade 2.2. O que podemos concluir? Fonte: extraído de NASCIMENTO, 2005. 67 Ficha 7: Quadro 45 – referente a continuação da atividade 2 da síntese 2 (continua) 2.5 Nas atividades anteriores, exploramos triângulos com ângulos congruente e lados proporcionais. Dizemos que triângulos que apresentam estas características entre si são semelhantes. É por este motivo que por exemplo, o seno de 35° em qualquer triângulo tem o mesmo valor. Isto permite construir uma tabela de senos, o que evita fazer os mesmos cálculos todas as vezes que se fizer necessário obter o seno de um determinado ângulo. O conceito de homotetia nos ajudará na compreensão da semelhança de triângulos: Uma homeotetia de centro O e razão k é uma transformação do plano em si mesmo que associa a cada ponto A, o ponto A’ tal que: 1. AO’=k.OA; 2. O, A e A’ são alinhados; 3. A’ pertence à semi-reta AO se k>0 e à semi-reta oposta a AO se k>0. Com base no exposto, responda os exercícios abaixo: a) Sobre uma reta AO, marque a partir de O, os pontos A’ e A’’, tais que A’O=1/2AO e O é o ponto médio de AA’’. b) Para k>1 temos uma ampliação. Construa um triângulo ABC e um ponto O fora dele. Trace por O, semi-retas passando pelos vértices do triângulo. Utilize uma razão k, tal que k>1. Construa o triângulo homotético A’B’C’. c) Parra 0<k<1 temos uma redução. Experimente agora reduzir uma outra figura geométrica de sua preferência pelo princípio acima. d) Para k=1 temos uma identidade, ou seja, obtemos a mesma figura. e) Para k<0 temos uma homotetia inversa. Agora será necessário utilizar retas passando por O, pois a figura deverá aparecer do lado oposto. Mas se -1<k<0 teremos uma figura homotética reduzida inversa. Escolha um dos três casos e faça sua representação gráfica. f) Agora experimente construir dois triângulos homotéticos com k>1 em que o centro da homotatia é um dos vértices dos triângulos. 68 Quadro 45 – referente a continuação da atividade 2 da síntese 2 (continuação) O que há de parecido com os triângulos da atividade 2.4? Verifique se os ângulos correspondentes dos dois triângulos são iguais. Veja se os lados correspondentes dos dois triângulos são proporcionais e preservam uma razão k. Registre suas conclusões: Na homotetia, reduzimos, ampliamos ou mantemos a identidade da figura. Em figuras poligonais homotética, os ângulos correspondentes são congruentes e os lados correspondentes são proporcionais. No entanto, nossa construção somente comprova que: AO/AO’=OB/OB’=1/k. Embora fazendo as medições vemos que: OA/AO’=OB/OB’=BA/B’A’, será necessário obter uma comprovação deste fato. Em sua última construção, trace por A, uma paralela ao segmento BB’, marcando em B’A’, o ponto X. Identifique a figura formada em BB’XA. Através da homotetia sabemos que: OB/OB’=AO/AO’ (i). BB’A’A mostra que BA e B’X possuem a mesma medida (ii). Conclua a demonstração. Observe a figura da atividade 2.4 novamente. É possível dizer que aquela construção determinou triângulos semelhantes? Utilize o que vimos a respeito de homotetia para resolver. Fonte: extraído de NASCIMENTO, 2005. Ficha 8: Quadro 46 – referente a atividade 3 da síntese 2 (continua) Atividade 3: Os instrumentos e a resolução de problemas. 3.1 Vamos agora construir um Teodolito rudimentar. Trata-se de um instrumento muito utilizado na engenharia civil para medir ângulos. Com o teodolito, é possível medir a altura de objetos perpendiculares ou paralelos ao chão. Um poste por exemplo. Material necessário: Um copo plástico (a) com tampa (b), xerox de um transferidor alinhada e colada numa base quadrada de papelão (c), um pedaço de arame fino com cerca de 15 cm de comprimento (d) e um pedaço com a mesma 69 Quadro 46 – referente a atividade 3 da síntese 2 (continuação) medida de um tubo de alumínio de antena de TV (e). Siga os passos a seguir: 1) A tampa do copo servirá de base para a rotação do teodolito e deverá ser colada, de cabeça para baixo, de modo que seu centro coincida com o centro do transferidor, o que dará mais precisão ao teodolito. Para encontrar o centro da tampa, trace nela dois diâmetros. E faça um furo onde eles se cruzarem. Tampas desse tipo geralmente trazem ranhuras na borda que podem ajudar a encontrar o ponto certo. Use o arame fino como guia para alinhar o centro da tampa com o centro do transferidor. 2) O arame fino será o ponteiro do teodolito que permitirá fazer a leitura em graus no transferidor. Para instalá-lo, faça dois furos diametralmente opostos na lateral do copo, próximo de sua boca (use o diâmetro marcado na tampa como guia para fazer esses furos), e passe o arame pelos furos deixando-o atravessado no copo. 3) O tubo de antena será a mira por onde você avistará os pontos a serem medidos. Cole o tubo na base do copo, de forma que ele fique paralelo ao ponteiro (arame fino). Para refinar essa mira, cole na extremidade do tubo dois pedaços de linha formando uma cruz. 4) Finalize encaixando o copo na tampa. A versão caseira funciona como um aparelho verdadeiro (conforme a figura). Com ele você mede, a partir da sua posição, o ângulo formado entre dois outros pontos. Na horizontal ou vertical, basta alinhar a indicação 0° do transferidor com um dos pontos e girar a mira até avistar o outro ponto. O ponteiro indica de quantos graus é a variação. Fonte: extraído de NASCIMENTO, 2005. 70 Ficha 9: Quadro 47 – referente a continuação da atividade 3 da síntese 2 3.2 Para poder navegar pelos oceanos, as embarcações precisam se localizar. Os marinheiro da Antiguidade usavam um disco de metal chamado Astrolábio. Sua invenção é atribuída ao matemático e astrônomo grego Hiparco, por volta do século II a.C. A desvantagem em relação ao Teodolito é que com o astrolábio somente é possível medir ângulos verticais. Materiais: transferidor de meia volta, tubo vazio de caneta esferográfica (ou um canudo), 20cm de fio de linha, clipe e fita adesiva. Procedimento: 1. Cole com fita adesiva o tubo da caneta (ou canudo) sobra a base do transferidor; 2. No centro do transferidor, no grau zero, prenda verticalmente com fita adesiva uma das extremidades do fio de linha e, na outra extremidade, amarre o clipe. Fonte: extraído de NASCIMENTO, 2005. 71 Ficha 10: Quadro 48 – referente a continuação da atividade 3 da síntese 2 3.3 Vamos voltar à questão da travessia do rio, mencionada na Atividade 2.2. Mas, vamos explorá-la de forma mais no pátio da escola. Você vai precisar de uma fita métrica ou de uma trena, do teodolito ou do astrolábio e dos seus materiais de anotação. B A O primeiro passo é desenhar no chão do pátio da escola duas margens paralelas do suposto rio. Determine os pontos A e B, em margens opostas, como na figura. Consiga um ponto C na mesma margem do ponto A, tal que o ângulo BCA seja reto. Com o teodolito ou o astrolábio (decida qual desses instrumentos é mais apropriado) meça o ângulo A. Com a fita métrica ou uma trena meça a distância AC. Utilizando essas medidas, noções trigonométricas e semelhança de triângulos, você poderá calcular a largura do rio. Quando concluir a atividade meça a distância BC com a trena ou com a fita métrica e compare com o resultado anterior. Relate essa experiência, descrevendo o procedimento, os dados obtidos, os cálculos e resultado. Fonte: extraído de NASCIMENTO, 2005. Ficha 11: Quadro 49 – referente a continuação da atividade 3 da síntese 2 3.4 Vamos determinar a altura do prédio escolar, com os mesmos materiais da atividade anterior. Perceba que sem os valores da tabela trigonométrica (obtidos por meio de uma calculadora) os cálculos podem se tornar um pouco demorados. Fonte: extraído de NASCIMENTO, 2005. 72 Ficha 12: Quadro 50 – referente a continuação da atividade 3 da síntese 2 3.5 É possível calcular o raio da terra usando a linha do horizonte, para isso vamos considerar que um homem esteja sobre uma torre de altura h=703m. Com o astrolábio, ele mede o ângulo α formado entre o solo, o ponto onde ele está é o horizonte, encontrado α=89,15°. Como poderia calcular o raio da Terra? Fonte: extraído de NASCIMENTO, 2005. Ficha 13: Quadro 51 – referente a leitura complementar da atividade 4 da síntese 2 (continua) Atividade 4 - A construção de uma tabela trigonométrica por Ptolomeu Leitura: Uma das questões que desafiam os matemáticos e astrônomos da Antiguidade foi a determinação do tamanho do Sol e da Lua. Para chegar a estas medidas, era necessário conhecer o tamanho da circunferência da Terra. Veja um pouco dos feitos de quatro destes matemáticos: Erastóstenes, (276-196 a.C.), natural de Cirene, mas viveu parte da juventude em Atenas. – Foi nesta época que também se destacou outro matemático grego: Arquimedes (287 – 212 a.C.), inventor da alavanca, da roldana, da catapulta, do parafuso sem fim, das rodas dentadas, entre outros. – Erastóstenes foi um atleta bastante popular, destacando-se em várias modalidades esportivas. Autor de vários livro de Astronomia e Geometria, escreveu ainda poesias e textos de teatro. Fez uma demonstração muito importante a partir da sombra projetada por uma coluna em duas cidades que ele acreditava estar ao mesmo meridiano. Erastóstenes sabia que no solstício de verão o Sol ficava completamente a pino Siena (pois esta cidade está quase sobre o trópico de câncer) e uma vareta fincada verticalmente no solo não fazia nenhuma sombra neste horário, fazendo com que o fundo de um poço ficasse completamente iluminado. Aproveitando-se deste fato, Erastóstenes dirigiuse a cidade de Alexandria e, aproximadamente no mesmo horário em que o sol ficava a pino em Siena, fincou verticalmente uma vareta ao chão. A seguir, mediu o 73 Quadro 51 – referente a leitura complementar da atividade 4 da síntese 2 (continuação/continua) ângulo formado pela ponta da vareta com a extremidade da sombra (encontrando 1/50 do círculo) e o segmento formado pela sombra. Veja o esquema abaixo: Naquele tempo, uma unidade comum para medir distâncias grandes era o estádio. O estádio era o comprimento da pista de corrida utilizada nos jogos olímpicos da antiguidade (de 776 a 394 a.C.) e era equivalente 1/10 de milha, ou seja, aproximadamente 161m. Erastóstenes sabia que a distância entre Alexandria e Siena era de 5000 estádios. Exercício: Com base nestas informações, calcule o raio da Terra. Compare com os resultados obtidos na atividade 3.5. Compartilhe suas conclusões sobre o método de Erastóstenes com seus colegas. Aristarco de Samos, (320-250 a.C.), natural de Samos, na Grécia. Propôs o modelo heliocêntrico do Universo, que afirma que a Terra e todos os planetas giravam em torno do Sol, algo muito ousado para sua época. Calculou também as distâncias Terra-Sol e Terra-Lua. Aristarco deduziu a partir do tamanho da sombra da Terra sobre a Lua (durante o eclipse lunar), que o Sol tinha que ser muito maior que a terra e que a terra é que deveria estar a uma distância muito grande. Pelo fato do Sol estar muito longe ele longe ele ilumina a Lua praticamente com feixes de retas paralelas. 74 Quadro 51 – referente a leitura complementar da atividade 4 da síntese 2 (continuação) Hiparco de Nicéia, (180-125 a.C.), mais um matemático grego. Provavelmente foi fortemente influenciado pela Matemática babilônica. Construiu uma tabela de cordas que equivale a tabela de senos. Calculou a distância TerraLua por meio de contagem de tempo e observações de um eclipse lunar. Trabalhou principalmente com semelhança de triângulos. Cláudio Ptolomeu, (85-151 d.C.), natural de Alexandria. Escreveu o Almagesto, que permaneceu por 14 séculos como a obra de astronomia mais importante. No Almagesto encontramos uma tabela trigonométrica bem mais completa que a de Hiparco, onde são fornecidas as medidas das cordas de circunferência, para ângulos que variam de meio em meio grau, entre 0° e 180°. Para determinar essas medidas, Ptolomeu utilizou a base sexagesimal, o mesmo que fez Hiparco. Em todos os seus cálculos, ele usou uma circunferência com raio de 60 unidades. Fonte: extraído de NASCIMENTO, 2005. Ficha 14: Quadro 52 – referente a atividade 4 da síntese 2 4.1 Vamos seguir os passos de Ptolomeu a fim de construir a tabela trigonométrica, partindo do ângulo de 45°. (Materiais: compasso, transferidor, régua) Desenhe um quadrado inscrito numa circunferência. Trace suas diagonais. Vamos trabalhar com um dos triângulos formados. Chamaremos a hipotenusa de L4 (L4 significa lado de um polígono regular de 4 lados). Determine L4. Seja α um dos ângulos não retos. Como vimos anteriormente, o seno de um ângulo α é a razão entre a medida do cateto oposto a este ângulo e a medida da hipotenusa. Determine o seno α. Calcule também o cos α e tg α. Fonte: extraído de NASCIMENTO, 2005. 75 Ficha 15: Quadro 53 – referente a continuação da atividade 4 da síntese 2 4.2 Por meio de um hexágono regular determinaremos as razões trigonométricas para um ângulo de 30° e 60°. Desenhe um hexágono regular inscrito numa circunferência. Trace as diagonais do hexágono que passa pelo centro da circunferência. Na figura anterior, escolha um dos triângulos. Como podemos classifica-lo quanto aos lados? Quanto mede cada ângulo? Trace a altura do triângulo escolhido. Quanto mede cada novo ângulo? Determine a altura do triângulo escolhido. Calcule o seno, o cosseno e a tangente dos ângulos: 30° e 60°. Fonte: extraído de NASCIMENTO, 2005. Ficha 16: Quadro 54 – referente a continuação da atividade 4 da síntese 2 (continua) 4.3 Vamos agora determinar o seno de um ângulo de 18°. Desenhe o decágono regular inscrito numa circunferência. Trace as diagonais que passam pelo centro da circunferência. Tomemos um dos triângulos formados, será chamado OA1A10. O lado do decágono será indicado por L10. Como podemos classificar A1A10 quanto aos lados? Quanto medem os ângulos OA10A1 e OA1A10? Traçamos a bissetriz do ângulo A1A10O, determinaremos o ponto C sobre OA1. Quais são as medidas dos ângulos internos do triângulo A1CA10? Quanto aos lados, como podemos classificar A1CA10? Sem medir determine o comprimento do segmento CA1. E o triângulo OA10C é isósceles ou equilátero? Quanto mede OC? Como seria possível exprimir CA1 em função de L10 e do raio da circunferência? Compare os triângulos OA1A10 e A1CA10. São semelhantes? Qual seria a causa imediata de sua conclusão? 76 Quadro 54 – referente a continuação da atividade 4 da síntese 2 (continuação) Aproveite-se destas característica e escolha dois segmentos de cada triângulo que sejam correspondente e encontre a medida de L10. Trace a bissetriz do ângulo em o. Determine M (ponto médio de A1A10). Assim estará determinando dois triângulos OA1M e OMA10. São triângulos retângulos? Comprove. Como fazer para calcular o seno do ângulo de 18°? Mostre. Fonte: extraído de NASCIMENTO, 2005. Ficha 17: Quadro 55 – referente a continuação da atividade 4 da síntese 2 (continua) 4.4 “A soma dos produtos das medidas dos lados opostos de um quadrilátero inscritível é igual ao produto das medidas das diagonais” AB.CD+BC.AD=AC.BD Este Teorema ficou conhecido como o Teorema de Ptolomeu, que possibilitou a obtenção das fórmulas trigonométricas. Construa um quadrilátero ABCD inscrito numa circunferência e teste o Teorema de Ptolomeu. Veja se realmente AB.CD+BC.AD=AC.BD. Compare com os resultados de seus colegas. Vamos provar que o teorema de Ptolomeu é válido para qualquer quadrilátero ABCD inscrito numa circunferência. Acompanhe a demonstração. Desenhe um quadrilátero ABCD, inscrito numa circunferência; Construir o ponto E sobre a diagonal AC, tal que o ângulo ABE seja igual ao ângulo DBC; Veja que os triângulos BCE e BDA são semelhantes pois os ângulos CBD e ABD são iguais por construção e além disso os ângulos BCA e BDA são iguais pois subtendem o mesmo arco. Portanto, BC/CE=BD/AD e então BC.AD=CE.BD*; Note que os triângulos BAE e BDC também são semelhantes pois os ângulos ABE e DBC são iguais por construção e observe que os ângulos BAC e BDC 77 Quadro 55 – referente a continuação da atividade 4 da síntese 2 (continuação) são iguais pois subtendem o mesmo arco. Assim, AB/BD=AE/DC e então AB.CD=AE.BD**; Adicionando *e** membro a membro encontramos: BC.AD+AB.CD=CE.BD+AE.BD Note que AC=AE+CE e conclua a demonstração. Fonte: extraído de NASCIMENTO, 2005. Ficha 18: Quadro 56 – referente a continuação da atividade 4 da síntese 2 4.5 Vamos aplicar o Teorema de Ptolomeu num quadrilátero inscrito numa semicircunferência para encontramos a fórmula do seno da subtração de arcos conhecidos. As diagonais deste quadrilátero determinam a triângulos retângulos. Exprima os lados AB, BC, e CD e as diagonais AC e BD em função do seno ou do cosseno dos ângulos a e b. Observe que o lado AD=2r. Para tanto, determine seno de a, de b, e de a-b, e o cosseno de a e de b. Substitua as relações encontradas em: AB.CD+BC.AD=AC.BD, para transpor a notação de Ptolomeu para a que utilizamos hoje. Você deverá encontrar sen (a-b) = sen a . cos b – sen b . cos a. Fonte: extraído de NASCIMENTO, 2005. 78 Ficha 19: Quadro 57 – referente a continuação da atividade 4 da síntese 2 4.6 De quais ângulos já conhecemos o seno? Por meio deles quais outros podemos determinar? Mostre. Fonte: extraído de NASCIMENTO, 2005. Ficha 20: Quadro 58 – referente a continuação da atividade 4 da síntese (continua) 4.7 Ptolomeu mostrou como dada a corda de um arco, podemos achar a corda de seu arco metade. Sem esta demonstração, a tabela trigonométrica de Ptolomeu teria ficado incompleta. Vamos agora descobrir que fundamentos este matemático usou. Desenhe um quadrilátero ABCD inscrito numa semicircunferência. AD é o diâmetro e r é o raio. Traçar as diagonais. BD é a corda dada; Seja C o ponto médio do arco BD. Traçar a perpendicular de C sobre AD obtendo o ponto F; Vamos mostra que FD é projeção de CD sobre AD e é igual a 1/2(AC-AB). Marque AE=AB; Note que BAC e EAC são congruentes pois os ângulos em A são iguais (C bissecta o arco BD). Portanto CE=CB, mas BC=CD. Logo CE=CD. Concluise que o triângulo EDC é isósceles; Assim CF é a altura e mediana do triângulo EDC, de maneira que EF=FD; Veja que FD=1/2(AD-AE)=1/2(AD-AB). Isto demonstra o resultado desejado; Para mostrar que DC pode ser achado; aplicamos ao triângulo ACD um teorema conhecido por Ptolomeu que diz: “Um lado do triângulo retângulo é a média proporcional entre sua projeção sobre a hipotenusa e toda a hipotenusa “. Este teorema nos leva a DC²=AD.FD; Já é conhecido FD e como AD=2r, verifique que: DC²=r(2r-AB). Numa circunferência inscreva um quadrilátero qualquer. Escolha um dos seus ângulos e observe a corda do arco determinado por ele. Calcule a corda do seu arco 79 Quadro 58 – referente a continuação da atividade 4 da síntese (continuação) metade utilizando o que vimos acima. Depois meça com a régua o arco DC e compare com o que obteve por meio da fórmula do arco metade. Compartilhe seus resultados com seus colegas. Vamos agora transpor a notação: DC²=r.(2r-AB) para a atual. Exprima DC em função do seno de β/2 e AB em função do cosseno de β. Substitua DC e AJB em DC²=r(2r-AB) para encontrar:𝑠𝑒𝑛 𝛽 2 1−cos 𝛽 =√ 2 , depois volte para a nossa tabela e complete o maior número de lacunas que puder. Fonte: extraído de NASCIMENTO, 2005. Ficha 21: Quadro 59 – referente a continuação da atividade 4 da síntese 2 4.8 Ptolomeu determinou o valor da corda de 1°. A partir desta corda, foi possível determinar todas as outras que estavam faltando em uma tábua de 1° em 1°. Seguimos o seu raciocínio para determinar o seno de 1°: Mostre como podemos chegar no seno de 1,5° e no seno de 0,75°. Fonte: extraído de NASCIMENTO, 2005. Ficha 22: Quadro 60 – referente a continuação da atividade 4 da síntese 2 (continua) 4.9 Perceba que (sem 1,5°)/2=sen0,75°. Dessa forma, é possível supor que sem 1°=sen1,5°.2/3. Ptolomeu percebeu que o valor do sem 0,75° correspondia a metade do sen1,5°, e observou que 0,75 é metade de 1,5. Então supôs que sem 1° era 2/3 do valor do sem 1,5° já que 1 é o mesmo que 2/3 de 1,5. Com um raciocínio análogo, Ptolomeu mostrou geometricamente como encontrar o valor da corda de 1°, completando assim a sua Tábua de cordas, de ½° em ½°. Mas, ele não ficou satisfeito com suposições. Então, prosseguiu em seus estudos para não deixar dúvidas e garantir a exatidão de pelo menos duas casa 80 Quadro 60 – referente a continuação da atividade 4 da síntese 2 (continuação/continua) decimais. Para fazer isso demonstrou o Teorema que Arquimedes utilizou na sua obra sobre os tamanhos e distâncias do Sol e da Lua. O teorema é o segunte: Se nos forem dadas duas cordas diferentes, com a corda α maior do que a corda β então: crd α/crd β< α/β. Vamos considerar somente arcos menores que 180°. Veja os dois arcos a e b são determinados pelas cordas AB e BC, onde AB<BC. Desejamos demonstrar que BC/AC<arcoBC/arcoAB. Em primeiro lugar, dividimos ao meio o ângulo em B, e prolongamos a bissetriz BE (com E sobre AC) até que ela encontre o círculo em D. Temos então AD=DC pois são subtendidos por ângulo iguais (traçamos a bissetriz do ângulo ABC). Traçamos por C uma paralela a BE. Prolongamos o segmento AB, determinando na paralela, o ponto C’. BE e CC’ são segmentos paralelos por construção, cortados pela transversal BC. Aplicando o Teorema de Tales, obtemos: 81 Quadro 60 – referente a continuação da atividade 4 da síntese 2 (continuação/continua) 𝐴𝐵 𝐴𝐸 𝐴𝐵 𝐴𝐸 𝐴𝐵 𝐴𝐸 𝐴𝐸 𝐴𝐵 = ⇒ = ⇒ 1+ = 1+ ⇒ = (𝑖) 𝐴𝐶′ 𝐴𝐶 𝐵𝐶 + 𝐵𝐶′ 𝐴𝐸 + 𝐸𝐶 𝐵𝐶′ 𝐸𝐶 𝐸𝐶 𝐵𝐶 , que usaremos mais tarde. O que necessitamos mostrar agora é que AE<EC, e isso segue-se de AB<EC. De D baixamos a perpendicular DF sobre AC; F é o ponto médio de AC, pois triângulo ACD é isósceles. Temos agora AD>ED>FD, de maneira que um círculo de centro D e raio ED cortará AD entre A e D e G e DF (prolongado além de F) em H. Vemos por tanto ao considerar os dois setores circulares rachurados, que: Setor DEH>triângulo DEF e setor DEG<triângulo DEA. 𝑎𝑠𝑠𝑖𝑚, 𝑡𝑟𝑖â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐷𝐸𝐹 𝑠𝑒𝑡𝑜𝑟 𝐷𝐸𝐻 < (𝑖𝑖) 𝑡𝑟𝑖â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐷𝐸𝐴 𝑠𝑒𝑡𝑜𝑟 𝐷𝐸𝐺 Veja que os dois triângulos têm a altura DF comum, de maneira que a razão de suas áreas é igual a razão de suas bases ((AE.FD/2)/(AF.FD/2)=AE/EF). O lado esquerdo de (ii) pode ser substituído por EF/EA. Além disso, as áreas dos setores de um círculo têm mesma razão que os ângulos centrais correspondentes 𝜋𝑟 2 .𝛼 𝜋𝑟 2 .𝛽 ( 360° : 360° 𝛼 = 𝛽), de maneira que o lado direito de (ii) pode ser substituído por: ângulo EDH/ângulo EDG. 𝐸𝐹 Temos assim 𝐸𝐴 < â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜𝐸𝐷𝐻 â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜𝐸𝐷𝐺 . Mas se adicionarmos 1 a cada membro da desigualdade segue que: 𝐸𝐹 + 𝐸𝐴 â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜𝐸𝐷𝐻 + â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜𝐸𝐷𝐺 𝐴𝐹 â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜𝐺𝐷𝐻 < 𝑜𝑢 < 𝐸𝐴 â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜𝐸𝐷𝐺 𝐸𝐴 â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐸𝐷𝐺 𝑃𝑜𝑟𝑡𝑎𝑛𝑡𝑜 2𝐴𝐹 2. â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜𝐺𝐷𝐻 𝐴𝐶 â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜𝐴𝐷𝐶 < 𝑜𝑢 < 𝐸𝐴 â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐸𝐷𝐺 𝐸𝐴 â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐸𝐷𝐺 Subtraindo 1 de ambos os lados desta desigualdade obtemos: 𝐴𝐶 − 𝐸𝐴 â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜𝐴𝐷𝐶 − â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜𝐸𝐷𝐺 𝐸𝐶 â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜𝐶𝐷𝐸 < 𝑜𝑢 < 𝐸𝐴 â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜𝐸𝐷𝐺 𝐸𝐴 â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐸𝐷𝐺 Observe que um ângulo em um círculo é metade do arco que ele subentende. 82 Quadro 60 – referente a continuação da atividade 4 da síntese 2 (continuação) Considere a+b=α. Vemos na figura que x+(180°-2ª)+(180°-2b)=360°. Portanto: x=2(a+b)⇒ x=2.α⇒ α=x/2. Usando (i) e o fato acima, podemos escrever 𝐵𝐶 𝐴𝐵 𝑎𝑟𝑐𝑜𝐵𝐶 = 𝑎𝑟𝑐𝑜𝐵𝐴 e a prova está completa. 𝑐𝑜𝑟𝑑𝑎𝛼 𝑎𝑟𝑐𝑜𝛼 Mas podemos escrever esta relação na forma: 𝑐𝑜𝑟𝑑𝑎𝛽 = 𝑎𝑟𝑐𝑜𝛽, lembrando que α>β. Vamos então, transpor a linguagem usada por Ptolomeu para a atual através de uma relação simples entre a corda que corresponde a um arco de α graus e o seno do ângulo: crd α=2r.senα/2. Na figura considere a=α. Basta multiplicar por 2 os dois lados da igualdade r.sen a/2=crd a/2 para verificar que crd α=2r.sen α/2. Utiliza crd α=2r.sen α/2 e mostre que crd α/crd β <α/β pode ser escrito em função de seno de α e de β. Ptolomeu aplicou este teorema a dois casos: 1. α=1,5°, β=1° 2. α=1°, β=0,75° Vejamos o primeiro caso: α=1,5°, β=1°. Quanto vale o seno de 1°? E para o segundo caso: α=1°, β=0,75°, quanto vale o seno de 1°? É possível que o seno de 1° seja ao mesmo tempo maior e menor ao valor encontrado? O que é possível concluir a partir desses resultados? Fonte: extraído de NASCIMENTO, 2005. 83 Ficha 23: Quadro 61 – referente a continuação da atividade 4 da síntese 2 4.10 Para finalizar a construção da tabela, vamos utilizar uma importante relação trigonométrica: sen²α+cos²α=1 O texto a seguir ajudará nesta demonstração. “Quando a hipotenusa é igual a 1, o seno e o cosseno estão definidos respectivamente como o lado oposto e o lado adjacente, do ângulo α” Conclua a demonstração. Fonte: extraído de NASCIMENTO, 2005. Ficha 24: Quadro 62 – referente a continuação da atividade 4 da síntese 2 4.11 Chegamos agora a parte final, que é a construção propriamente dita de uma tabela de senos, cossenos e tangentes de 0° a 90°. Utilize o que vimos até aqui para completar a tabela abaixo. ângulo seno 1° 2° 3° 4° 5° 6° 7° 8° ... 90° Fonte: extraído de NASCIMENTO, 2005. cosseno tangente 84 Ficha 25: Quadro 63 – referente a atividade 5 da síntese 2 Atividade 5: Situação de reinvestimento 1) Explique por que sem 30° é igual a ½. 2) Qual a medida do lado de um polígono regular de 20 lado, inscrito numa circunferência de raio igual a 2? (dado: sen9°=0,1564). 3) Observe o triângulo abaixo: 5cm 4cm a 3cm Descreva um método (incluindo os cálculos e instrumentos necessários) para que se possa determinar a medida do ângulo a, mas não use o transferidor. Fonte: extraído de NASCIMENTO, 2005. 5.2.3.1.4 AULA POR AULA Segue nas próximas páginas, orientadas em modo paisagem, as tabelas referentes a cada aula. 85 Aula 1: Quadro 64 – referente a aula 1 da síntese 2 (continua) Tempo estimado Objetivos Materiais didáticos 4 horas Introduzir os conceitos de seno, cosseno e tangente no triângulo retângulo; compreender a importância da semelhança de triângulos nesse estudo. Ficha 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7; compasso, régua, esquadro, pincel e quadro branco. 1ª etapa (20min) 1ª Etapa (20 min) 2ª etapa Metodologia (30 min) 3ª etapa Introdução ao curso: visão geral e apresentações. As duplas terão em mãos a ficha 1. Em um primeiro momento terão de resolvê-la sem o uso de instrumentos, em um segundo momento será dado compasso, régua, calculadora e esquadro. Ao término o professor dará sugestões sobre algumas propriedades do triângulo. A ficha 2 será entregue as duplas, e será requisitado sua resolução. A ficha 3 será entregue e realizar-se-á a leitura, e uma breve explanação sobre a importância da trigonometria. (O tempo desta etapa, por ser pequeno, não foi contabilizado) 4ª etapa Para exemplificar, o docente construirá um triângulo retângulo na lousa com auxílio de um (30 min) transferidor. Em seguida as duplas resolverão a ficha 4. 5ª etapa As duplas farão o que se pede na ficha 5. Em seguida será realizada a institucionalização local (20 min) dos conceitos de seno, cosseno e tangente. 86 Quadro 64 – referente a aula 1 da síntese 2 (continuação) 6ª etapa (50 min) Metodologia 7ª etapa (70 min) A ficha 6 será resolvida pelas duplas. O professor auxiliará os aluno para compararem as tabelas dessa ficha, com as da ficha 4, afim de que percebam que as razões trigonométricas dependem do ângulo. Com posse da ficha 7, será explicado aos alunos o texto inicial da ficha referente a homotetia de forma expositiva e dialogada. Em seguida, os alunos terão de fazer o que se pede induzindo-o a compreender e provar que na atividade da ficha 6 e 4 temos triângulos semelhantes. Fonte: baseado no texto de NASCIMENTO, 2005. Aula 2: Quadro 65 – referente a aula 2 da síntese 2 (continua) Tempo estimado 4 horas Construir e manusear um astrolábio e um teodolito; compreender a importância de tais ferramentas através Objetivos da aplicação em problemas contextualizados; identificar a necessidade de uma tabela na resolução de certos problemas. Tesoura, cola, papel cartão, copo com tampa, arame, cópia de um transferidor, fita adesiva transparente, Materiais didáticos transferidor, canudo, etiquetas, fita métrica, gizes coloridos de tonalidade intensa, calculadora, quadro, pincel e as fichas 8, 9, 10, 11 e 12. 87 Quadro 65 – referente a aula 2 da síntese 2 (continuação) 1ª etapa (90 min) pede, ou seja, construir o astrolábio e o teodolito. Afim de dominar o manuseio com o instrumento pedir-se-á aos alunos que meçam ângulos dentro da sala e posteriormente no pátio da escola. 2ª Etapa Os quartetos receberam a ficha 10, e irão para o pátio para realizar a atividade conforme relatado (40 min) na ficha. 3ª etapa Metodologia Os alunos serão disposto em quartetos. Estregado a ficha 8 e 9 aos alunos, eles farão o que se (50 min) Ainda no pátio os alunos receberão a ficha 11 e farão o que se pede. Ao final do problema o professor irá explicar a diferença dos resultados como erros de aproximação ou devido as ferramentas serem caseiras sem muita precisão. Voltando à sala, os quartetos receberão a ficha 12 e farão o que se pede. Entretanto, em certo ponto, quando os alunos estiverem tentando descobrir o seno de 85,15° desenhando um triângulo 4ª etapa retângulo semelhante, o docente interromperá, e colocará o discurso de como é incomodo ter que (60 min) desenhar este outro triângulo toda vez resolvendo os problemas análogos. Logo será sugerido a importância da tabela. Assim os alunos poderão optar agora pelo uso da calculadora para terminar o problema. Fonte: baseado no texto de NASCIMENTO, 2005. 88 Aula 3: Quadro 66 – referente a aula 3 da síntese 2 (continua) Tempo estimado Objetivos Materiais didáticos 4 horas Refletir e compreender sobre a função da trigonometria e importância da construção de uma tabela para auxiliar o estudo; começar a construir uma tabela através de demonstrações generalizadas. Quadro, pincel e fichas 13, 14 e 15. A aula iniciar-se-á com a leitura da ficha 13. Em seguida, o docente explica ideias de pensadores 1ª etapa (120 min) famosos para calcular medidas astrônomas, também falar-se-á sobre eclipse e duração de um eclipse. Logo os alunos começarão a participar da conversa e expor dúvidas, sanadas ao decorrer do diálogo. No meio do diálogo, será pedido aos alunos para encontrarem o raio da terra segundo o esquema de Eratóstenes disposto na ficha (exercício dentro da ficha de leitura). Os alunos dispostos em duplas passarão a trabalhar com a ficha 14. O professor criará um diálogo em cima da diferença entre desenhar um esquema: é a representação simbólica do real, podendo Metodologia até mesmo ser de forma generalizada, onde suas medidas não são o que se diz ser ou 2ª Etapa (60 min) proporcionais as reais, usa-se a “imaginação”; e construir uma figura: é fazer um desenho capaz de informar suas características de forma real, ou seja, se eu digo que ali tem 4 cm, lá realmente terá 4 cm, ou podendo a construção ser proporcional ao real através da utilização de escalas (ou seja, o processo de construção é mais rígido que o de desenhar). A ficha 24 será entregue para que os alunos anotem seus resultados de seno, cosseno e tangente na tabela a partir de agora, (os resultados devem apresentar quatro dígitos depois da vírgula). 89 Quadro 66 – referente a aula 3 da síntese 2 (continuação) Metodologia 3ª etapa As duplas trabalharão com a ficha 15. (60 min) Fonte: baseado no texto de NASCIMENTO, 2005. Aula 4: Quadro 67 – referente a aula 4 da síntese 2 Tempo estimado Objetivos Materiais didáticos 4 horas Continuar as demonstrações das razões trigonométricas afim de construir a tabela; Validar o Teorema de Ptolomeu, na indicativa de que este servirá como ferramenta na construção da tabela. Quadro, pincel, régua, transferidor, compasso e fichas 16 e 17. 1ª etapa Metodologia (120 min) 2ª Etapa (120 min) Os alunos em duplas farão a atividade da ficha 16. Agora as duplas passarão a trabalhar na demonstração da ficha 17. Fonte: baseado no texto de NASCIMENTO, 2005. Aula 5: Quadro 68 – referente a aula 5 da síntese 2 (continua) Tempo estimado 4 horas 90 Quadro 68 – referente a aula 5 da síntese 2 (continuação) Objetivos Materiais didáticos Metodologia Obter através do teorema de Ptolomeu duas formulas relevantes a construção da tabela trigonométrica (seno da diferença e seno do arco metade); Através das novas fórmulas descobrir senos de novos arcos Quadro, Pincel, régua, transferidor, compasso e fichas 18, 19 e 20. 1ª etapa Será esboçado no quadro o princípio da construção da figura da ficha 18, afim de que os alunos (90 min) interpretem melhor a questão. Posteriormente os alunos em dupla terão de resolver a ficha 18. 2ª Etapa (30 min) 3ª etapa (120 min) As duplas terão de fazer o que se pede na ficha 19. Agora os alunos farão o que se pede na ficha 20. Fonte: baseado no texto de NASCIMENTO, 2005. Aula 6: Quadro 69 – referente a aula 6 da síntese 2 (continua) Tempo estimado Objetivos Materiais didáticos Metodologia 4 horas Definir o seno de 1°, afim de, através desse definir senos de todos os arcos da tabela que deseja-se montar. Quadro, pincel e fichas 21 e 22. 1ª etapa (40 min) Os aluno serão dispostos em duplas e passarão a fazer o que se pede na ficha 21. 91 Quadro 69 – referente a aula 6 da síntese 2 (continuação) Metodologia 2ª Etapa Com a ficha 22 os alunos acompanharão a demonstração do professor no quadro, de forma (200 min) expositiva e dialogada. Fonte: baseado no texto de NASCIMENTO, 2005. Aula 7: Quadro 70 – referente a aula 7 da síntese 2 Tempo estimado 4 horas Demonstrar a 1ª lei fundamental da trigonometria afim de extrair o cosseno de um arco sabendo seu seno, Objetivos ou vice-versa. Completar a tabela trigonométrica; realizar um retrospectiva geral do curso afim de conceber uma visão ampla da importância do estudo e dos esforços realizados até aqui. Materiais didáticos Quadro, Pincel e todas as fichas. 1ª etapa (40 min) Metodologia 2ª Etapa (90 min) 3ª etapa (110 min) As duplas trabalharão na demonstração referente a ficha 23. Agora os alunos já poderão preencher as lacunas na tabela da ficha 24. Nessa etapa o professor demonstrará no quadro que a tangente de um arco é a razão entre o seu seno e seu cosseno, podendo agora os alunos preencherem a parte referente a tangente na tabela. O docente passa a comentar em ordem de aplicação todas as atividades feitas até agora. Fonte: baseado no texto de NASCIMENTO, 2005. 92 Aula 8: Quadro 71 – referente a aula 8 da síntese 2 Tempo estimado Objetivos Materiais didáticos 4 horas Avaliar o aluno quanto ao conteúdo; Compreender a percepção e opinião do aluno diante do curso inteiro. Ficha 25. Os alunos resolverão de forma individual a ficha 25. O docente não fornecerá qualquer tipo de 1ª etapa (150 min) ajuda. Todos os instrumentos de medidas em desenhos estarão disponíveis ao aluno incluindo a tabela. Haverá restrição quanto ao uso do transferidor na questão 3. Além da atividade os alunos estarão sujeitos a questionamentos do professor sobre o porquê da estratégia utilizada e como foi seu desenrolar. Metodologia 1ª Etapa (60 min) 2ª etapa (30 min) Será requisitado do aluno através de uma entrevistas solta uma avalição referente ao curso. Será entregue os certificados e será feito os devidos agradecimentos. Fonte: baseado no texto de NASCIMENTO, 2005. 93 4.2.4 ANÁLISE DOS RESULTADOS 4.2.4.1 ANÁLISE QUANTITATIVA O resultado quantitativo será baseado na resolução da ficha 25. a) Resultado Geral: Gráfico 5 – número de acertos por questões corrigidas no pós-teste da síntese 2 90,00% 83,33% 80,00% 70,00% 60,00% 50,00% 40,00% 30,00% 20,00% 10,00% 0,00% Acerto dos alunos número de acertos/questões corrigidas 83,33% Fonte: baseado no texto de NASCIMENTO, 2005. b) Resultado de acertos por questões: Gráfico 6 – número de acertos por questão no pós-teste da síntese 2 120% 100% 100% 83% 80% 67% 60% 40% 20% 0% Acertos na questão Questão 1 100% Questão 2 67% Questão 3 83% Fonte: baseado no texto de NASCIMENTO, 2005. 94 c) Resultado de acertos por aluno: Gráfico 7 – número de acertos por aluno no pós-teste da síntese 2 60% 50% 50% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 0% 0% GE Aluno com 0 acertos 0% Aluno com 1 acerto 0% Aluno com 2 acertos 50% Aluno com 3 acertos 50% Fonte: baseado no texto de NASCIMENTO, 2005. d) Resultado de questões por aluno Legenda para leitura da tabela 4: C – CERTO E – ERRO Tabela 4 – Acertos e erros das questões por aluno no pós-teste da síntese 2 Sujeito A B C D E F G H I J L M 1 C C C C C C C C C C C C Questão 2 C C C C C E C E C E C E Fonte: extraído de NASCIMENTO, 2005. Rendimento (%) 3 C C C E C C C C E C C C 100 100 100 66,66 100 66,66 100 66,66 66,66 66,66 100 66,66 95 B) Análise Qualitativa Análise da ficha 25 A análise das tabelas e gráficos acima demonstra que os resultados perante essas questões foram bastantes satisfatórios, segue uma análise de cada questão: Questão 01: Foram dados dois tipos de resposta para essa questão. A primeira, feita por dois alunos, teve com estratégia desenhar um triângulo equilátero, imaginar um valor aleatório ao seu lado, como 2, traçar a altura do triângulo obtendo dois triângulos retângulos e a partir de um deles realizar o cálculo do seno. A outra reposta consiste em construir um triângulo retângulo com um ângulo de 30° qualquer, com o auxílio das ferramentas, medir seus lados com uma régua e realizar a conta que define o seno. Considera-se a primeira resposta mais bem pensada por não usar auxílio de materiais, utilizando apenas imaginação e o papel, se aproximando da resposta ideal que é uma demonstração generalizada. Logo a maioria dos alunos não entendeu que uma demonstração é ideal para se provar algo de forma não local, ou seja, de forma generalizada, ou por insegurança não quiseram fazer, de qualquer forma isto torna-se uma evidência de que os alunos ainda não estão aptos a usar demonstrações, entretanto, os alunos demonstram saber de forma intuitiva o conceito. Questão 02: Os alunos que acertaram fizeram exatamente o que se esperava, alguns alunos desenharam a polígono de 20 lados completo, outros apenas um triângulo isósceles, que foi a alternativa mais esperta. O aluno L errou a questão pois esqueceu que a medida que obteve não foi a pedida desejada e sim o dobro, um caso simples de esquecimento e falta de atenção, sobre os demais erros não há mais informações por parte do autor, apenas sabe-se que houve bastantes erros algébricos na transição de um lado para outro de números na equação, e que todas as respostas apresentaram evidências de saberes trigonométricos relevantes. Esses resultados indicam que a maioria dos aluno soube aplicar o conceito de seno com eficiência na questão 96 Questão 03: cinco alunos resolveram a questão através do seno, 4 do cosseno e 1 pela tangente. Obtendo a razão trigonométrica desejada o aluno ou usou a calculadora ou a tabela (alternativa predominante) para obter o arco correspondente. Os alunos que erraram responderam que bastava usar o transferidor o que contradiz o comando da questão. Um justificou seu erro dizendo que não reparou a exigência do comando e outro apenas disse que não lembrava de nada, apenas do transferidor. Logo conclui-se que os alunos em maioria estão aptos a resolver este tipo de aplicação. Principais resultados extraídos no decorrer das atividade através dos meios de observação: a) Os alunos mostraram-se débeis no que diz respeito a conhecimentos prévios de geometria, evidenciando que este ensino foi rarefeito, anteriormente, para a turma em questão, pois não sabiam, a maioria, das propriedades das figuras, limitando-se ao nome e identificação intuitiva. b) A princípio não mostraram habilidades com o manuseio dos instrumentos fornecidos, necessitando apresentações quanto ao uso, mesmo assim o a entrosaram-se de forma tímido, entretanto, com o passar do curso o uso tornouse automático. Isso evidência a falta de utilização desses materiais em aulas comuns. c) Os aluno apresentarão dificuldades quanto a aritmética e álgebra, como não saber trabalhar com frações, não saber a ordem para efetuar as operações em um expressão, erros de sinais em especial em equações. d) Os alunos mostraram evidências de que estão acostumados com algoritmos mecanizados, pois muitas vezes faziam procedimentos aleatórios sem relevância para a situação, ou seja, eles arriscavam a sorte. e) Uma das principais dificuldades iniciais foi a interpretação dos problemas a qual o aluno não estava acostumado, entretanto, notou-se um avanço significativo ao decorrer do curso no que diz respeito análise e reflexão. f) O trabalho em equipe proporcionou muitos benefícios aos alunos, de tal maneira que ajudou este a expressar suas ideias de forma mais sólidas, e refletir em cima de suas justificativas afim de validá-las para o colega. 97 Análise da avaliação dos alunos referente ao curso O pesquisador forneceu três depoimentos, que acredita-se configurar a maioria, em resumo os alunos disseram que ficaram satisfeitos com curso, aprenderam bastante, e gostaram muito das atividades que utilizavam ferramentas em especial a que eles foram ao pátio. 4.2.5 CONSIDERAÇÕES A) Considerações quanto aos resultados Como ensinar trigonometria no triângulo retângulo de maneira significativa? Como a metodologia mostrou-se de certa forma eficiente de acordo com a análise do rendimento dos alunos na ficha 25, compreende-se que os principais aspectos do curso que contribuíram para o sucesso foram: a) O trabalho em duplas (grupos); b) A linguagem acessível entre professor e aluno, desenrolando gradativamente para termos mais formais; c) Uso de ferramentas que possibilitem o aluno um estado ação e curiosidade, destacamos em especial o teodolito e astrolábio; d) Estabelecer a relação entre o conteúdo e outras ramos, em especial astronomia, assim como investigar a criação do conhecimento, sua necessidade e desenvolvimento afim de auxiliar na elaboração das aulas e instigar a curiosidade dos alunos; e) Metodologia baseada na construção do conceito através de uma situação problema; f) Elaborar as atividades de modo que a dificuldade torna-se gradual, refletindo nos estágios de pensamento geométrico; Entende-se, entretanto, que ainda há muito o que desenvolver para que este curso torne-se perfeito. 98 Quais fatores influenciam na aquisição do conhecimento? Destaca-se aqui que é necessário o educador está avaliando continuamente o conhecimento do educando, resgatando-os e promovendo-os sempre que possível. Como distanciar a utilização da trigonometria no Ensino Médio da mecanização? O assunto deve ser apresentado de forma interessante ao aluno, destacando seus significados e funções, além do mais, deve-se evitar a apresentação dos conceitos de forma simplesmente expositiva, o educando deve ser instigado a construir o raciocínio que o leve ao conceito. B) CONSIDERAÇÕES FUTURAS a) Devido à dificuldade dos alunos, sugere-se uma pesquisa com o núcleo na álgebra e outra com o núcleo na geometria elementar; b) Ainda com o mesmo argumento, sugere-se uma pesquisa para investigar por que esses alunos apresentavam tal defasagem no ensino da álgebra e geometria elementar; c) Ainda com esses alunos caberia uma pesquisa sobre a consolidação do que foi ensinado no curso e sua defasagem com o tempo; d) É sugerido também a utilização de um software de geometria dinâmica para complementar a metodologia. 4.3 SINTESE 3: Trigonometria no triângulo retângulo: construindo uma aprendizagem significativa. 4.3.1 INTRODUÇÃO Tema: Um curso de trigonometria a partir de situações problemas e tratamento figural. Problematização: a preocupação com o ensino de trigonometria deriva da análise de pesquisas correlatas e livros didáticos, onde após a análise conclui-se que as 99 abordagens de trigonometria no triângulo retângulo não parecem ser elaboradas de forma que produza um significado concreto para o aluno. Questão Norteadora: Uma sequência de ensino enfatizando as construções e transformações geométricas articuladas ao tratamento figural proporciona uma apreensão significativa para o aluno de 1º ano do Ensino Médio dos conceitos de trigonometria no triângulo retângulo? Objetivos: Investigar uma abordagem de ensino de trigonometria no triângulo retângulo, introduzindo os conceitos fundamentais de seno, cosseno e tangente até a introdução dos conceitos no ciclo trigonométrico por meio de situações problemas que articulam construções geométricas e tratamento figural. 4.3.2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Douady (1991) Segundo Douady (apud SILVA, 2005), qualquer conhecimento já obtido torna-se em um problema uma possível ferramenta afim de aprender um novo objeto. Esse processo de descoberta de um novo conhecimento dado por uma situação problema, se resolverá com as ferramentas que são os conhecimentos antigos e os dados fornecidos. Ao resolver um problema específico acontece uma institucionalização local, ou seja, um raciocínio específico para aquela situação, tal raciocínio deve sofrer o processo de institucionalização global, ou seja, uma generalização do objeto (conhecimento). Em seguida deve sofrer o processo de familiarização e reutilização para que o indivíduo adquira aptidão e destreza com este novo objeto, e assim finalmente torna-lo uma nova ferramenta, reiniciando o ciclo. Este processo será levado em conta para a elaboração das aulas e análise dos resultados. Duval (1995) Duval (apud SILVA, 2005) trabalha com o tratamento de figuras na resolução de problemas, chamado de tratamento figural. O tratamento figural enxerga na exploração de uma figura complexos processos benéficos para o desenvolvimento do raciocínio geométrico. Saber como identificar as propriedades e explorar uma figura são ferramentas consideradas fundamentais no processo de resolução de um problema ligado à Geometria. 100 Os alunos serão orientados a usar o tratamento figural merelógico, óptico e posicional, que consistem respectivamente em combinar a figura ou completa-la, ampliar e reduzir a figura, rotacionar ou translacionar a figura. Para análise dos resultados será levado em conta as apreensões figurais, que são como habilidades no tratamento figural, classificadas em quatro tipos: perspectiva: que permite identificar imediatamente uma forma; discursiva: que permite interpretar elementos de uma figura; sequencial: que permite a construção ou descrição da construção de uma figura; operatória: que permite a apreensão de uma figura dada em suas diferentes modificações possíveis. 4.3.3 METODOLOGIA 4.3.3.1 METODOLOGIA DA PESQUISA Amostra da pesquisa: 13 alunos do 1º ano do Ensino Médio de uma escola particular de Ensino Fundamental e Médio da cidade de São Paulo, 7 meninas e 6 meninos com faixa etária entre 14 e 16 anos. Tempo do experimento: Será dado em quatro encontros com duas hora aulas, sendo uma hora aula equivalente a 50 minutos. Visão superficial do experimento: Será aplicado um curso de trigonometria, conforme os objetivos, através de 4 atividades, dispondo de uma em cada encontro. Coleta de dados: Os resultados serão baseado no preenchimento das fichas de atividades e na observação do pesquisador. 4.3.3.2 METODOLOGIA DAS AULAS 4.3.3.2.1 PADRÃO DE METODOLOGIA DAS AULAS Todas as atividades serão realizadas em duplas e os alunos poderão recorrer as estas ferramentas: compasso, transferidor e régua. O professor agirá como um mediador, apenas sugerindo e questionando, além de tirar dúvidas, ou seja, induzindo o aluno a tirar suas próprias conclusões. Quando uma questão apresentar certa dificuldade em âmbito geral, o docente fará uma intervenção, onde será disposto no quadro sugestões tanto dos alunos como do professor, tais sugestões darão 101 respaldo para uma discursão geral, que terminará até que se chegue em um consenso. Ao término da atividade o docente realizará uma discursão coletiva, com intuito de formalizar e institucionalizar os devidos conceitos. 4.3.3.2.2 AVALIAÇÃO É baseada na entrega das fichas de atividades e observação dos alunos ao decorrer da atividade. 4.3.3.2.3 MATERIAIS RELEVANTES Ficha 1: Quadro 72 – referente a atividade 1 da síntese 3 (continua) Atividade 1: Relações trigonométricas no triângulo retângulo. 1- Construa triângulo usando régua, compasso e transferidor com as especificações abaixo, seguindo a ordem entre ângulo e lados dada: a) 6 cm, 90º, 6 cm b) 90º, 5 cm, 10 cm c) 90º, 45º, 10cm d) 90º, 60], 10 cm e) 90º, 30º, 10 cm f) 8 cm, 90º, 45º g) 8 cm, 90°, 30º h) 8 cm, 90º, 60º 2- Quantos triângulos nas condições do exercício 1, são possíveis de serem construídos com as informações de cada item? Justifique. 3- Justifique as medidas obtidas de cada lado e cada ângulo (não fornecidos) do exercício 1. 4- existe alguma relação entre os lados e os ângulos de um triângulo? Justifique. Fonte: extraído de SILVA, 2005. 102 Ficha 2: Quadro 73 – referente a atividade 2 da síntese 3 (continua) Atividade 2: Relações trigonométricas no triângulo retângulo com ângulos notáveis e não notáveis. Dois jogadores de futebol A e B estão alinhados no meio do campo, quando o jogador A lança a bola em linha reta, formando um ângulo β com a linha do meio campo. Pergunta-se: 1- Se o ângulo β for de 45º e B correr numa trajetória perpendicular à linha do meio de campo, quando B percorrerá para apanhar a bola e quantos metros a bola percorre até B conseguir apanhá-la, se a distância entre A e B for de: a) 1 metro b) 2 metros c) 6 metros 2- Resolva a solução 1, com o ângulo β valendo: a) 60º b) 30º 3- Se o ângulo β for de 45º e B correr, em linha reta, a menor trajetória possível, quanto B percorrerá para apanhar a bola e quantos metros a bola percorre até B conseguir apanha-la, se a distância entre A e B for de: a) 1 metro b) 2 metros c) 6 metros 4- resolva a solução 3, com o ângulo β valendo. a) 60º b) 30º 103 Quadro 73 – referente a atividade 2 da síntese 3 (continuação) 5- Considere a distância entre A e B de 1 metro. Faça o ângulo β variar de 0º a 90º, de 5º e calcule, para cada um desses ângulos: a) Qual é a distância mínima que B percorrerá para apanhar a bola. b) Quantos metros a bola percorre até B conseguir apanhá-la, se B percorrer a distância mínima. c) Quantos metros a bola percorre até B conseguir apanhá-la, se B percorrer uma trajetória perpendicular à linha do meio campo. 6- Com base na situação 5, é verdadeiro afirma que, se B percorre a distância mínima, quanto maior o ângulo β. a) Maior a distância mínima que B percorrerá para apanhar a bola? b) Maior a distância mínima que B percorrerá até apanhá-la? 7- Esboce os gráficos, usando os valores obtidos nos itens a e b da situação 5. Fonte: extraído de SILVA, 2005. Ficha 3: Quadro 74 – referente a atividade 3 da síntese 3 (continua) Atividade 3: Relações entre perímetros de polígonos regulares e o comprimento da circunferência. 1- Para ter uma boa estimativa do comprimento de uma circunferência, os matemáticos antigos calculavam o perímetro e a área de polígonos regulares inscritos e circunscritos na circunferência. Calcule o perímetro dos seguintes. a) Um hexágono (circunferência de raio 3) b) Um octógono (circunferência de raio 4 cm) c) Um hexágono (circunferência de raio r) d) Um octógono (circunferência de raio r) e) Um decágono (circunferência de raio r) 104 Quadro 74 – referente a atividade 3 da síntese 3 (continuação) f) Um dodecágono (circunferência de raio r) g) De 20 lados (circunferência de raio r) h) De n lados (circunferência de raio r) 2- Com base no itens c a g e com base na expressão obtida no item h do exercício anterior, preencha a seguinte tabela e responda: Perímetro do Perímetro do N (nº de polígono n.sen(180º/n) polígono n.tg(180º/n) lados) inscrito circunscrito 6 8 10 12 20 100 1000 10000 a) O que ocorre com o valor de n.sen(180º/n) e n.tg(180ª/n)? b) O que ocorre com o perímetro dos polígonos inscritos e circunscrito e o comprimento da circunferência? c) Qual é a expressão que define o comprimento de uma circunferência? (Dados: sen100º=0,031411, tg100º=0,031426, sen1000º=0,0031416, tg1000º=0,0031416, sen10000º=0,000314159, tg10000º=0,000314159) Fonte: extraído de SILVA, 2005. Ficha 4: Quadro 75 – referente a atividade 4 da síntese 3 (continua) Atividade 4: Relações trigonométricas na circunferência trigonométrica. 1- Dois pontos A e B (por exemplo) de uma circunferência dividem-na em duas partes chamadas arcos, que são indicados por AB (veja a figura abaixo). 105 Quadro 75 – referente a atividade 4 da síntese 3 (continuação/continua) Sabemos, da atividade anterior, que o comprimento da circunferência é 2πr. Considerando que o raio da circunferência seja 10 m, calcule os arcos de circunferência formados pelos seguintes ângulos centras. a) 30º f) 180º b) 45º g) 270º c) 60º h) 360º d) 90º i) 450º e) 135º j) 720º 2 - Um ângulo central, em uma circunferência, pode ser medido pelo arco que ele forma numa circunferência de raio unitário (r=1). Essa unidade de medida é chamada de radianos e é representada pela abreviatura rad. a) Calcule quantos radianos tem um arco cujo ângulo central é de 360º. b) Calcule quantos radianos tem cada ângulo do exercício anterior. 3- Dados os seguintes ângulos em radianos, transforme-se para graus: a) π rad b) 2π rad c) π/2 rad d) π/3 rad e) π/6 rad f) 15π rad g) 45π rad 4- Circunferência trigonométrica é a circunferência de raio unitário. No caso da figura abaixo, significa que OE mede 1 unidade. Com base nas informações apresentadas e na figura abaixo, responda: 106 Quadro 75 – referente a atividade 4 da síntese 3 (continuação) a) calcule as projeções horizontal e vertical do segmento OE (ou seja, OF e OD) e calcule AB. b) Mostre que sen²α+cos²α=1. c) Calcule, nesta situação, o seno, o cosseno e a tangente de 30º, 45º e 60º. d) Calcule o seno, o cosseno e a tangente de 135º, 225º, 315º e 360º. e) Calcule o seno, o cosseno e a tangente de 150º, 210º, 330º e 360º. f) Calcule o seno, o cosseno e a tangente de 120º, 240º, 300º e 360º. g) Calcule o seno, o cosseno e a tangente de 90º, 180º, 270º e 360º. h) Monte uma tabela para seno, cosseno e tangente e analise o sinal e o crescimento em cada uma das tabelas no 1º,2º,3º e 4º quadrantes. i) Faça um gráfico para seno, cosseno e tangente usando valores obtidos acima. 5- Transforme em radianos os ângulos do exercício 6º e em seguida esboce os gráficos da função seno, cosseno e tangente usando esses valores. Fonte: extraído de SILVA, 2005. 4.3.3.2.4 AULA POR AULA Segue nas próximas páginas, orientadas em modo paisagem, as tabelas referentes a cada aula. 107 Aula 1: Quadro 76 – referente a aula 1 da síntese 3 Tempo utilizado Objetivos Materiais didáticos 3 horas-aulas. Construir triângulos retângulos com ângulos notáveis a fim de perceber as relações existentes entre os ângulos e os lados. Régua, compasso, transferidor, quadro, pincel e a ficha 1. Os alunos terão de fazer o que se pede na ficha 1. Para resolver a questão 3 da ficha, não será permitido Metodologia usar os materiais de medir (régua e transferidor). A questão 4 levará à discursão coletiva onde no final haverá a institucionalização dos conceitos por parte do professor, tal que o principal conceito é que triângulos retângulos semelhantes têm seus lados proporcionais. Fonte: baseado no texto de SILVA, 2005. Aula 2: Quadro 77 – referente a aula 2 da síntese 3 (continua) Tempo estimado 2 horas-aulas. Apresentar o seno, cosseno e tangente com uma constante de proporção para lados de triângulos Objetivos semelhantes; estabelecer que as razões trigonométricas estão diretamente relacionadas com os ângulos. Estudar a variação das razões trigonométricas. Materiais didáticos Compasso, transferidor, régua, quadro, pincel e ficha 2. 108 Quadro 77 – referente a aula 2 da síntese 3 (continuação) Os alunos resolverão a ficha 2. Na questão 5 da ficha o professor irá intervir e colocará os resultados em forma de tabela afim de facilitar a resolução da questão 6 e 7. Na discursão coletiva será chamada a atenção para a proporcionalidade entre lados de triângulos semelhantes. Será pedido a obtenção da constante de proporção, em seguida, irá se formalizar as constantes referentes ao seno, cosseno e tangente. O docente Metodologia irá construir uma tabela relacionando as constantes descobertas com os ângulos. Com a tabela construída será fácil chamar a atenção dos alunos para a variação das razões trigonométricas de acordo com o ângulo. Outros fatos também são esperados com a análise da tabela, como perceber que seno de um ângulo é igual ao cosseno de seu complemento e que quando o triângulo retângulo tem hipotenusa igual a 1 seus catetos são os próprios valores de seno e cosseno. Fonte: baseado no texto de SILVA, 2005. Aula 3: Quadro 78 – referente a aula 3 da síntese 3 Tempo estimado Objetivos Materiais didáticos 2 horas-aulas Apresentar aos alunos a fórmula do comprimento de uma circunferência. Compasso, transferidor, régua, quadro, pincel e ficha 3. Os alunos terão de fazer o que se pede na ficha 3. Na questão será discutido a elaboração de formulas Metodologia para facilitar o cálculo do perímetro. A discursão coletiva tenderá a fazer os alunos deduzirem o comprimento de uma circunferência. Fonte: baseado no texto de SILVA, 2005. 109 Aula 4: Quadro 79 – referente a aula 4 da síntese 3 Tempo estimado Objetivos Materiais didáticos 2 horas-aulas Apresentar os conceitos de trigonometria no ciclo trigonométrico; analisar os gráficos das funções trigonométricas. Compasso, transferidor, régua, quadro, pincel e ficha 4. Será aplicada a ficha 4. Ao decorrer da resolução da ficha, o professor irá integrando conceitos de trigonometria no ciclo trigonométrico, conhecimentos como quadrante, sentido positivo, sinais do seno, Metodologia cosseno e tangente e etc. Na discursão coletiva o professor manterá o foco nos seguintes tópicos: variação das funções trigonométricas em especial período e amplitude; funções de ângulos maiores que 360°; intercepção entre as diferentes funções trigonométricas. Fonte: baseado no texto de SILVA, 2005. 110 4.3.4 RESULTADOS 4.3.4.1 ATIVIDADE 1 4.3.4.2 ACONTECIMENTOS E AÇÕES NA APLICAÇÃO DA ATIVIDADE Houve dúvidas frequentes de alunos sobre como seguir a ordem de construção dos triângulos na questão 1. Essas dúvidas foram esclarecidas quando o professor explanou de forma coletiva um exemplo na lousa. Houve dúvidas nas construções de ângulos retos e uso do transferidor. Os alunos foram auxiliados de forma individual. Alguns alunos perceberam que os itens d e e da questão 1 tratavam do mesmo triângulo. O professor sugeriu que explicassem por que os triângulos são congruentes. Houve dificuldade em justificar a resposta da questão 2, sendo necessário a intervenção do professor. Houve dificuldade no item b, c e d da questão 3, sendo necessário novamente a intervenção do professor. 4.3.4.3 ERROS E DIFICULDADES NA ATIVIDADE 1 Tabela 5 - erro ou dificuldade na apreensão discursiva na atividade 1 da síntese 3 (continua) Erro ao segui a ordem pedida no Erro na interpretação do que está sendo enunciado pedido Questão Nº de alunos Questão Nº de alunos 1a 0 3a 1 1b 1 3b 1 1c 0 3c 1 1d 1 3d 1 1e 1 3e 1 1f 2 3f 1 111 Tabela 5 - erro ou dificuldade na apreensão discursiva na atividade 1 da síntese 3 (continuação) 1g 2 3g 1 1h 2 3h 1 Fonte: extraído de SILVA, 2005. Tabela 6 - erro ou dificuldade na apreensão sequencial na atividade 1 da síntese 3 Erro na interpretação da construção do Dificuldade na manipulação dos triângulo instrumentos Questão Nº de alunos Questão Nº de alunos 1a 0 1a 1 1b 3 1b 1 1c 0 1c 1 1d 7 1d 1 1e 1 1e 1 1f 3 1f 0 1g 2 1g 0 1h 1 1h 0 Fonte: extraído de SILVA, 2005. Os erros de manipulação de material estão presentes somente no uso dá régua onde um aluno utilizou-a começando de 1cm e não de 0. A maioria dos erros de construção de triângulos foi a imprecisão dos ângulos dos triângulos e deu-se devido à dificuldade em manter o compasso com uma mesma abertura ou manter sua ponta fixa. Tabela 7 - erro ou dificuldade na apreensão perceptiva na atividade 1 síntese 3 (continua) Dificuldade na identificação da Imaginar a autossuficiência da figura: estratégia de solução não há o que ser provado. Questão Nº de alunos Questão Nº de alunos 3a 2 4a 3 3b 2 4b 3 3c 2 4c 3 112 Tabela 7 - erro ou dificuldade na apreensão perceptiva na atividade 1 síntese 3 (continuação) 3d 2 4d 3 3e 2 4e 3 3f 3 4f 3 3g 2 4g 3 3h 3 4h 3 Fonte: extraído de SILVA, 2005. Cabe destacar que os alunos que tiveram dificuldade na identificação da estratégia não fizeram a questão 4, imagina-se que por falta de tempo. Chama-se também a atenção na quarta questão, que 4 alunos não a fizeram e dois concluíram parcialmente. Tabela 8 - estratégias de resolução da atividade 1 da síntese 3 Congruência Questão entre lados e ângulos Reflexão de Rotação de triângulos triângulo Erro ou exercício sem fazer 3a 7 - - 3 3b - 8 - 2 3c 7 - - 3 3d - 7 1 2 3e - 8 - 2 3f 7 - - 3 3g - 8 - 2 3h - 7 1 4 Fonte: extraído de SILVA, 2005. Depois de escolhida a estratégias os alunos, dependendo da questão, também aplicaram o teorema de Pitágoras e usaram o fato da soma dos ângulos de triângulo ser 180°. Apesar dos índices não tão ruins, isso só foi possível devido a intervenção do professor. 113 Tabela 9 - erros e dificuldades na estratégia de solução da atividade 1 da síntese 3 Erro na estratégia de Erro ou dificuldade na solução aplicação da fórmula 3a 1 - 3b - - 3c - - 3d - 1 3e - - Questão 3f - 3g - - 3h 1 - Fonte: extraído de SILVA, 2005. O erro no item 3a foi dado devido a conjectura de que se eu dobro o ângulo, também dobro o lado oposto, sendo assim o aluno não considerou os elementos figurais, afim de medir e testar sua hipótese. O erro no item 3h foi devido um erro ao usar o compasso o que tornou sua figura semelhante a do item b, e prejudicou sua resposta. O erro no item 3d foi quanto a aplicação do teorema de Pitágoras. 4.3.4.2 ATIVIDADE 2 4.3.4.2.1 ACONTECIMENTOS E AÇÕES NA APLICAÇÃO DA ATIVIDADE Os alunos apresentarão dificuldades na interpretação da questão 3, no que refere-se a distância mínima, necessário então a intervenção do professor para explicar qual seria essa distância mínima; Houve dificuldades na resolução da questão 5, necessário novamente a intervenção do professor, que resultou no uso da semelhança de triângulos. 4.3.4.2.2 ERROS E DIFICULDADES NA ATIVIDADE 2 As dúvidas de interpretação foram retiradas de forma coletiva, logo sobraram os erros de apreensão operatória (solução do problema). Os alunos resolveram a 114 questão 1 e 4 através do processo de transformação geométrica (utilizando os conhecimentos adquiridos na atividade 1), o que foi de certa forma satisfatório. Na questão 5, a estratégia foi o uso da semelhança de triângulos. Quatro alunos deixaram de copiar a tabela esboçada pelo professor após a questão 5, imagina-se devido à falta de tempo, o que prejudicou o desempenho nas questões 6 e 7. Também houve dificuldade na transformação dos registros em tabelas para gráficos. Três alunos erraram ao fazer a proporcionalidade entre os triângulos (questão 5) e três alunos não terminaram a atividade. 4.3.4.3 ATIVIDADE 3 4.3.4.3.1 ACONTECIMENTOS E AÇÕES NA APLICAÇÃO DA ATIVIDADE Os alunos encontraram dificuldades na apreensão discursiva: saber o que significa circunscrito e inscrito. Havendo então a intervenção do docente. Houve dificuldades em calcular o perímetro do octógono, pois necessitava de uma estratégia diferente, logo, novamente houve a intervenção do professor. 4.3.4.3.2 ERROS E DIFICULDADES NA ATIVIDADE Devido as dificuldades terem aumentado nesta atividade, o professor adotou uma metodologia em que houve uma interação mais coletiva entre todos os alunos. Mesmo assim, três alunos não fizeram a questão 2, imagina-se que devido à dificuldade em generalizar uma fórmula para o perímetro. 4.3.4.4 ATIVIDADE 4 4.3.4.4.1 ACONTECIMENTOS E AÇÕES NA APLICAÇÃO DA ATIVIDADE Houve intervenção do professor para explicar o que é projeção ortogonal. Houve uma intervenção do professor, quanto a representação no ciclo trigonométrico. 115 4.3.4.4.2 ERROS E DIFICULDADES NA ATIVIDADE Apresentou-se vários erros ligados a projeção dos ângulos de 90°, 180°, 270° e 360°, devido não formarem nada similar a um triângulo. Dois alunos não tiveram cuidado de desenhar os gráficos de forma mais convincente, por exemplo, enquanto a altura de uma linha representa o valor ½ unidade de medida, quatro linhas simbolizava o valor de 1 unidade de medida. Um aluno inverteu os gráficos de seno e cosseno, por ter invertido as projeções horizontais e verticais. 4.3.4.5 DAS DISCURSÕES COLETIVAS Devido as inúmeras dificuldades a participação do professor nas discursões coletivas foram bem mais intensa do que o esperado. Entretanto, os alunos mostraram-se envolvidos, e apresentaram indícios de que compreenderam o que estava sendo exposto, chegando muitas vezes a opinar e sugerir. 4.4.5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 4.4.5.1 CONSIDERAÇÕES QUANTO AOS RESULTADOS Partindo da teoria de Duval, encontramos uma percepção diferenciada sobre o tratamento de um problema Geométrico, que mostrou-se uma ferramenta capaz de potencializar o raciocínio do indivíduo. Os processos de translação, reflexão, rotação e semelhança (ampliação e redução) fornecerão elementos interessantes para arquitetar as situações didáticas. Entretanto, os alunos apresentaram dificuldades ao trabalhar com tratamento figural de forma autônoma, afim de elaborar estratégias que o permitissem resolver os problemas. A falta da elaboração de um contexto para os problemas é considera fator de desmotivação para o aluno em sua apreensão perceptiva sobre o problema e operação, cria-se então a hipótese de que trabalhar com problemas interdisciplinares e com experiências, criaria um ambiente mais suscetível ao sucesso do curso. Também deixa-se em evidência o método de coleta de dados para extrair os resultados. Este poderia ser mais eficaz se fosse dado um período de tempo para que o aluno descreve-se suas estratégias através de uma ficha. 116 Entretanto, o tratamento figural e a concepção ferramenta-objeto, dados na fundamentação teórica, foram capazes de estabelecer a evolução dos conceitos de trigonometria no triângulo retângulo. 4.4.5.1 CONSIDERAÇÕES QUANTO A PESQUISAS FUTURAS a) Testar a eficácia de materiais concretos (como maquetes) atribuindo um contexto experimental ao curso, materiais de construção de figuras (régua, compasso, transferidor), e problemas interdisciplinares (em especial Matemática-Física) e o uso de software; podendo ter até mesmo a perspectiva de complementar o curso aqui trabalhado; b) Deve-se investigar também que contexto contribui para uma melhor apreensão sequencial e se, a partir dessa há uma transferência para a apreensão perspectiva, discursiva e operatória. 4.4 SINTESE 4: Transição das razões trigonométricas do triângulo retângulo para o círculo trigonométrico: Uma sequência para o ensino. 4.4.1 INTRODUÇÃO Tema: Um curso de trigonometria com o uso do Geogebra, e materiais manipulativos. Problematização: Realizando uma revisão bibliográfica acerca do ensino de trigonometria a pesquisadora destaca as seguintes dissertações através de uma breve síntese: Lidegger (2000); Nascimento (2005); Martins (2003); Costa (1997); Oliveira (2006); Gernman (2004). Apoiada pelas dissertações, é fácil notar várias dificuldades no processo de ensino. Entretanto, metodologias, sobre tudo construtivistas, nestas mesmas pesquisas mostram uma certa eficiência. Logo torna-se valido investigar métodos construtivistas que favoreçam o ensino da trigonometria. Questão Norteadora: Atividades com material manipulativo e com computador podem favorecer a aprendizagem de alunos na transição das razões trigonométricas do triângulo retângulo para o ciclo trigonométrico? 117 Objetivos: Verificar se as atividades manipulativas e o computador contribuem para a aprendizagem da transição das razões trigonométricas do triângulo retângulo para o círculo trigonométrico. 4.4.2 REFERENCIAL TEÓRICO Brousseau Segundo Almouloud (apud BORGES, 2009), apoiado na teoria de Brosseau, o meio é o ponto de partida, ou seja o meio deve ser intencionalmente criado e trabalhado pelo professor com o intuito de induzir o aluno a refletir diante das dificuldades apresentadas, fazer estratégias para vencê-las e geralmente extrair um novo conhecimento da situação. Logo, temos ai uma situação didática onde existe relações explicitas e implícitas entre aluno e professor. Com isso, o aluno está sendo induzido à resposta, refletindo e construindo, tal que o professor trabalha como um mediador, questionando e sugerindo com intuito de ajudar de forma sutil, deixando o mérito para o aluno. Logo, Freitas (apud BORGES, 2009) aponta um esquema, baseado em Brossueu, que facilita no processo de elaboração de situação didática, em outras palavras a situação didática foi dividida em etapas, que são as seguintes: Situação de ação: Como o próprio nome sugere é momento em que o aluno está operando, analisando os dados e utilizando os instrumentos fornecidos na busca de resultado. Situação de formulação: é o momento de apresentação e desenvolvimento da estratégia de solução, o aluno pode muitas vezes nesta fase trocar ideias e dúvidas com os demais. Situação de validação: é a etapa em que o aluno valida seu processo de solução, justificando e comprovando seu método. Situação de institucionalização: é processo de universalização do conhecimento, aquele conhecimento local passa a se transformar em um conceito geral. Na maioria dos métodos o professor é o sujeito que tem a participação mais ativa neste processo, e assim será neste trabalho. 118 Note que as etapas acima estão intimamente ligadas e muitas vezes são impossíveis de distinguir o fim de uma e o início de outra, pois podem até mesmo acontecer simultaneamente, excerto pela institucionalização. 4.4.3 METODOLOGIA 4.4.3.1 METODOLOGIA DA PESQUISA Amostra da pesquisa: oito alunos do segundo ano do Ensino Médio do turno da noite da Escola Estadual Professor Rogério Levorin na periferia da cidade de São Paulo. Tempo do experimento: uma aula piloto mais 4 encontros de aulas duplas, sendo uma hora-aula 50 minutos. Visão superficial do experimento: Será realizado um curso de trigonometria conforme os objetivos. Para iniciar o curso será realizado uma aula piloto com apenas dois alunos fora do horário de aula habitual do aluno. Tal aula consistirá na manipulação do software de geometria dinâmica (Geogebra) por parte dos alunos, afim de investigar possíveis ajustes nas atividades. Após os ajustes, o curso iniciará, em primeiro momento através de uma conversa com os participantes sobre os objetivos e métodos da experiência, logo o curso iniciará realmente com 8 alunos e 12 atividades. Será aplicado no primeiro encontro quatro atividades referentes ao triângulo retângulo, no segundo encontro mais quatro atividades onde já haverá o estudo da trigonometria no ciclo trigonométrico, no terceiro mais duas e no último encontro as duas últimas atividades. Coleta de dados: Os resultados serão baseados na observação por meio do aplicador das atividades, pela entrega das fichas de atividades resolvidas e por material de áudio (não especificado como foi a coleta desse material). 4.4.3.2 METODOLOGIA DAS AULAS 4.4.3.2.1 PADRÃO DE METODOLOGIA DAS AULAS O professor baseia sua metodologia de acordo com teoria de situações didáticas criada por Brosseau. Ou seja, a cada problema apresentado ao aluno, o pesquisador considera as fases de ação, formulação e validação; de tal forma que o 119 mesmo agi como mediador e arquitetos das situações impostas, tirando dúvidas questionando e sugerindo afim que o aluno por ele mesmo tire suas conclusões. Quando o educador vê uma dúvida de âmbito geral ele intervém tirando a dúvida em forma de uma discursão coletiva. O educador nunca tira dúvidas no âmbito de raciocínio, neste caso agi sempre como mediador, entretanto quando são dúvidas de notação e conhecimentos prévios este intervém de forma mais direta. Depois de problemas chaves (e não após todos os problemas) o educador realiza o processo de institucionalização, onde generaliza os conceitos encontrados, e expõem a notação correta e formal convencionada pela matemática. 4.4.3.2.2 AVALIAÇÃO A avaliação será dada de acordo com o preenchimento das fichas e a observação do educador. 4.4.3.2.3 MATERIAIS RELEVANTES Ficha 1: Quadro 80 – referente a atividade 1 da síntese 4 Atividade 1: 1. Abra o arquivo triânguloret.ggb. a) Movimente o ponto B e observe a medida do ângulo α. b) O que você observou? c) O que aconteceu com as medidas dos lados do triângulo? d) Movimente os pontos A e C, registre suas observações. Fonte: extraído de BORGES, 2009. 120 Arquivo triângulo.ggb: Fotografia 3 – Arquivo 1 do Geogebra da síntese 4 Fonte: extraído de BORGES, 2009. A figura foi construída de tal forma que ao mover os vértices A e B obtémse uma infinidade de triângulos retângulos semelhantes. E ao mover o vértice C os ângulos variam junto com os lados. Ficha 2: Quadro 81 – referente a atividade 2 da síntese 4 Atividade 2: 1. Na parte inferior da tela há uma janela onde está escrito entrada. Aperte o botão esquerdo do mouse dentro dela e digite c/d, depois dê “enter” e observe na janela algébrica que aparece a letra f com o resultado da divisão da medida do lado c pela medida do lado d. a) Arraste o ponto B e observe o resultado da razão c/d representada pela letra f . O que você observou? b) A medida do ângulo α alterou? c) Movimente o ponto A observe o resultado da razão c/d. O que você observou? d) A medida do ângulo α alterou? e) Movimente o ponto C observe o resultado da razão c/d. O que você observou? f) A medida do ângulo α alterou? Fonte: extraído de BORGES, 2009. 121 Fotografia 4 – Arquivo 1 do Geogebra da síntese 4 Fonte: extraído de BORGES, 2009. Será utilizado o mesmo arquivo da atividade 1 porém com a janela algébrica visível, conforme mostra a fotografia, assim como na atividade 3 e 4. Ficha 3: Quadro 82 – referente a atividade 3 da síntese 4 Atividade 3: 1. Na janela de entrada, digite a/d e depois de “enter” aparecerá na janela algébrica a letra g que representa a razão da medida do lado a pela medida do lado d. a) Arraste o ponto B e observe o resultado da razão a/d representada pela letra g. O que você observou? b) A medida do ângulo α alterou? c) Movimente o ponto A observe o resultado da razão a/d. O que você observou? d) A medida do ângulo α alterou? e) Movimente o ponto C observe o resultado da razão a/d. O que você observou? f) A medida do ângulo α alterou? Fonte: extraído de BORGES, 2009. 122 Ficha 4: Quadro 83 – referente a atividade 4 da síntese 4 Atividade 4: 1. Digite na janela de entrada c/a. Dê “enter”. Aparecerá na janela algébrica, a letra h que representa a razão da medida lado c pela medida do lado a. a) Arraste o ponto B e observe o resultado da razão c/a representada pela letra h. O que você observou? b) A medida do ângulo α alterou? c) Movimente o ponto A observe o resultado da razão c/a. O que você observou? d) A medida do ângulo α alterou? e) Movimente o ponto C observe o resultado da razão c/a. O que você observou? f) A medida do ângulo α alterou? Fonte: extraído de BORGES, 2009. 4.4.3.2.3 AULA POR AULA Segue nas próximas páginas, orientadas em modo paisagem, as tabelas referentes a cada aula. 123 Aula 1: Quadro 84 – referente a aula 1 da síntese 4 Tempo estimado Objetivos Materiais didáticos Metodologia 2 horas aulas Apresentar os nomes dos lados de um triângulo retângulo e as razões trigonométricas seno, cosseno e tangente. Computador (trabalho com o software Geogebra), lousa, pincel e fichas 1, 2, 3 e 4. 1ª etapa Será feito o que se pede na ficha 1. 2ª etapa Será feito o que se pede na ficha 2. 3ª etapa Será feito o que se pede na ficha 3. 4ª etapa Será feito o que se pede na ficha 4. O professor irá institucionalizar os fatos, apresentará os nomes dos lados de triângulo retângulo, 5ª etapa nomeará as razões estudadas como seno, cosseno e tangente, e as colocará em função dos lados, utilizando os nomes padrões. Fonte: baseado no texto de BORGES, 2009. 124 4.4.3.2.4 OBJETIVOS DOS DEMAIS ENCONTROS Aula 2: Introduzir o conceito de seno e cosseno no ciclo trigonométrico; estender os conceitos de seno e cosseno para ângulos não agudos; estudar as transformações trigonométricas de seno e cosseno para o primeiro quadrante; Aula 3: Introduzir o conceito de tangente no ciclo trigonométrico; estudar a variações e os sinais nas funções seno, cosseno e tangente; Aula 4: Introduzir o conceito de radiano; estudar a conversão de radianos para graus; Construir um dispositivo que funcione como um tipo de tabela dinâmica para os valores de seno, cosseno e tangente (10° em 10°). 4.4.4 RESULTADOS 4.4.4.1 RESULTADOS DAS ATIVIDADES COM TRIÂNGULO RETÂNGULO Esta atividade apresentou um resultado quase perfeito, na medida do possível. Os alunos interagiram bem em duplas, e devido a simplicidade do conteúdo e tarefa, favorecida pelo uso do software, não houve problemas em chegar no objetivo proposto. 4.4.4.2 RESULTADOS SUPERFICIAIS DAS ATIVIDADES FORA DO TRIÂNGULO RETÂNGULO Não há muito o que se falar quanto os resultados também nesta fase, pois também apresentaram-se satisfatórios e previsto, entretanto devido ao aumento da complexibilidade dos problemas as dificuldades (narradas no próximo tópico) apresentaram-se com mais ênfase. 4.4.4.3 PRICIPAIS DIFICULDADE QUANTO A APLICAÇÃO DO CURSO Os alunos não apresentavam muitos dos conhecimento prévios necessários, como semelhança de triângulos, coordenadas cartesianas, retas 125 perpendiculares, entre outros; sendo assim necessário várias intervenções da parte do educador. Os alunos não apresentaram destreza quanto ao uso dos instrumentos: compasso, régua e transferidor. Falta de autoconfiança e autonomia, para refletir e analisar as atividades por si mesmo, o que os levavam a consultar o professor com frequência, esta dificuldade é explicada pela falta de costume com atividades deste tipo. O número de computadores que não possibilitou um aluno por computador. 4.4.5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 4.4.5.1 CONSIDERAÇÕES QUANTO AOS RESULTADOS Os resultas revelaram-se muito satisfatórios. Como suposto nas hipóteses e priori a utilização do software de geometria dinâmica foi um fator motivador aos alunos. Os alunos chegaram aos objetivos propostos através do uso das situações didáticas sem muitos percalços. Com isso entende-se que sim, que as atividades com materiais manipulativos e o uso do software de geometria dinâmica favoreceu em muito o curso em questão. 4.4.5.2 CONSIDERAÇÕES QUANTO A PESQUISAS FUTURAS a) Dar continuação ao trabalho, tendo como perspectiva a transição do ciclo trigonométrico para os gráficos das funções trigonométricas. b) Realizar uma pesquisa similar entretanto contextualizando as atividades com questões de astronomia. 4.5 SINTESE 5: Trigonometria, Modelagem e tecnologias: um estudo sobre uma sequência didática. 126 4.5.1 INTRODUÇÃO Tema: Uso da modelagem e tecnologias visando a melhoria do ensino de Trigonometria do triângulo retângulo e círculo trigonométrico. Problematização: A partir de sua prática docente, a pesquisadora relata que o processo de aprendizagem da trigonometria enfrenta dificuldades. E embasado em Costa (1997) e Kedal e Stacey (1998), o pesquisador vê nas metodologias aplicadas o grande fator de diferenciação. Tendo esta perspectiva a autora realizara um estudo, apresentado como relato de experiência, que apresentou, como resultado, atividades com modelos matemáticos como alternativa ampliadora do significado dos conceitos trigonométricos. Questões Norteadoras: Uma abordagem de ensino envolvendo modelagem e diferentes tecnologias de comunicação e informação pode contribuir para a aprendizagem da trigonometria no triângulo retângulo e no círculo trigonométrico? Objetivos: Analisar as possibilidades de abordagem da trigonometria no Ensino Médio, através da modelagem, com tecnologia, visando à mobilização do interesse dos alunos para melhorar compreensão dos conceitos abordados e a aplicação dos conceitos trigonométricos a situações com referência na realidade. 4.5.2 REFERENCIAL TEÓRICO Engenharia didática Segundo Coutinho (apud SILVA, 2011) A engenharia Didática é um tipo de metodologia de pesquisa, presente em uma pesquisa experimental, diz respeito a criação e desenvolvimento de um curso. Segundo Carneiro (apud SILVA, 2011) na Engenharia didática em primeiro momento é realizado o que é chamado de análises preliminares, um tipo de diagnóstico dos indivíduos envolvidos, do conteúdo e do meio. Em seguida vem o desenvolvimento das atividades e simultaneamente a análise da priori, que tenta criar hipóteses sobre as respostas comportamentais decorridas da atividade afim de que haja um planejamento e controle maior no desenvolvimento do curso. Depois, seguese a implementação da experiência, que é a aplicação do planejado sendo modificado para modelar-se a realidade, ou seja, o curso sai da teoria e vai para a ação. Logo 127 resta apenas a análise da posteriori que nada mais é que os resultados. O presente curso foi criado de acordo com essas etapas. Modelagem Matemática A sequência didática presente tem como abordagem a modelagem. Segundo Spinillo, Magina (apud SILVA, 2011) a modelagem é o processo de dar significado aos conceitos relacionando-os com objetos que já significam algo para o aluno, ou seja, oferece um “referente”. Em outras palavras é o processo de contextualização dos conceitos matemáticos. Segundo Kaiser, Sriraman (apud SILVA, 2011) o contexto é o pondo principal no ensino e aprendizagem de Matemática. O que quer dizer que deve existir uma situação contextualizada, ao qual os alunos terão de resolver de forma autônoma, tendo o professor como mediador. Segundo Kato et al (apud SILVA, 2011) a aprendizagem de novos conceitos se consolida mais rápido quando parti de um problema, seguido de generalização e formalização. Nesse processo de resolução o aluno relaciona e opera conteúdos antigos e identifica a necessidade de um novo. 4.5.3 METODOLOGIA 4.5.3.1 METODOLOGIA DA PESQUISA Amostra da pesquisa: Duas turmas do 2º ano do Ensino Médio, do período da noite, da Escola Estadual Frei Marcelino de Milão presente no município de Iapu do estado de Minas Gerais. As turmas apresentam 70 alunos com faixa etária de 15 a 16 anos. Passaremos a nos referir a partir de agora como turma A, com 36 alunos, e turma B, com 34 alunos. Tempo do experimento: O experimento será realizado 22 horas-aulas distribuída em 13 encontros. Visão superficial do experimento: Será ministra um mesmo curso para as duas turmas, tal curso de acordo com os objetivos propostos. O curso começará com duas atividades preparatórias entregues aos alunos para resolverem em casa, onde o assunto será conhecimentos prévios para o ensino de trigonometria no triângulo retângulo. Após, ocorrerá 5 encontros com atividades referentes a trigonometria do triângulo retângulo, cada encontro fornecerá uma atividade. O 6º e 7º encontro será 128 acerca da introdução de trigonometria no ciclo trigonométrico e propriedades da circunferência. O oitavo encontro será um teste. Os encontros posteriores dizem respeito ao ciclo trigonométrico, e terão aulas na sala de informática contando com 4 atividades com o uso de Geogebra. No entanto, devido problemas na estrutura escolar as aulas com atividades no Geogebra serão aplicadas apenas para metade de cada turma, tendo a outra metade que fazer tais atividades como tarefas para casa, ou seja sem a orientação do professor. Entre esses últimos encontros haverá uma feira de Matemática e um outro teste. Ao decorrer de todo o curso o professor sempre contará com atividades para casa. Coleta de dados: Os resultados serão baseados nas fichas de atividades preenchidas pelos alunos, complementados por anotações oriundas de observações; dois teste avaliativos; e na observação da feira Matemática realizada ao final do curso, que por sua vez será complementa por cartazes. 4.5.3.2 METODOLOGIA DAS AULAS 4.5.3.2.1 METODOLOGIA PADRÃO O pesquisador não deixa realmente claro sua metodologia, porém entendese sua metodologia é baseada na iniciação por um problema e que todo os problemas resolvidos em sala são trabalhados de acordo com as seguintes etapas: 1ª etapa: Deixa-se o aluno trabalhar com o problema, tendo o professor como mediador, questionando e sugerindo para assim os alunos conseguirem desenvolver a questão. Contudo, dependendo da situação o professor pode intervir de forma mais direta e coletiva. 2ª etapa: É realizado a socialização, onde os alunos confrontam seus resultados e tentam justifica-los. 3ª etapa: é feita a formalização da resolução pelo professor, e quando necessária a formalização de um novo conceito matemático. Muitas vezes esta etapa ocorre de forma simultânea com a etapa anterior. Logo quando for dito que o aluno irá resolver um problema, a partir de agora, entende-se que ele passará por essas etapas. 129 4.5.3.2.2 AVALIAÇÃO Os critérios de avalição não são dados de forma minuciosa, entretanto sabe-se que são baseados nas observações mediante a execução das atividades, na entrega das fichas que propõem as atividades, nos dois testes que serão executados e na observação da feira de Matemática (apresentação da atividade “projeto”). 4.5.3.3.2.3 MATERIAIS RELEVANTES Ficha 1: Quadro 85 – referente a atividade preparatória 1 da síntese 4 (continua) ATIVIDADE A – Investigando propriedades de polígonos de três lados 1- Desenhe um polígono (uma figura geométrica) de três lados. Você poderia dizer o nome desse polígono? 2- Escreva algumas propriedades que você observa nesta figura? 3- Num triângulo, dois ângulos medem, respectivamente, 25º e 108º. Qual é a medida do terceiro ângulo? Como você chegou a este resultado? 4- Observe os triângulos abaixo e destaque as características que você observa em cada um deles. 130 Quadro 85 – referente a atividade preparatória 1 da síntese 4 (continuação) 1- Dos triângulos que você caracterizou acima, há pares que possuem caraterísticas semelhantes. Separe as duplas que apresentam: Duplas de triângulos Que nome recebem? Os três lados iguais Dois lados iguais e um diferente Os três lados diferentes 5- Observando os triângulos abaixo, o que se pose dizer acerca dos ângulos de cada um desse triângulos? 7- Dos triângulos que você caracterizou acima, há pares que possuem características semelhantes. Separe as duplas que apresentam: Duplas de triângulos Que nome recebem Um ângulo maior que 90° Três ângulos menores que 90° Um ângulo de 90° Fonte: extraído de SILVA, 2011. 131 Ficha 2: Quadro 86 – referente a atividade preparatória 2 da síntese 4 ATIVIDADE B- Explorando a planta baixa de uma casa. Para resolver esta atividade, leia a folha e consulte a planta em anexo. A planta baixa de uma casa é a representação gráfica, num plano, da casa vista de cima, sem o telhado. Onde se evidencia apenas o chão e a distribuição dos cômodos nesse espaço. Na planta que entregamos a vocês, temos um projeto de casa popular disponibilizada pela prefeitura de Belo Horizonte, que apresenta, além da planta baixa da casa, vista das fachadas de casa, planta do telhado e vista de cortes verticais. Para resolver ás questões abaixo, observe no projeto a planta 1 quarto, que é planta baixa. 1- O que você poderia dizer sobre os cômodos dessa casa (que formas têm quantos são, etc.)? 2- Utilizando uma régua para efetuar as medidas, complete o quadro abaixo. CÔMODOS LARGURA (cm) COMPRIMENTO (cm) ÁREA (cm²) Banheiro Sala Cozinha Quarto 3- Considerando os dados até aqui coletados, é possível encontrar a área de toda a casa? Como? 4- Para que toda a extensão da casa caiba em um folha, ela precisa ser reduzida de forma proporcional, para não perder suas formas originais. Para isso usamos a escala. Nessa planta a escala utilizada é de 1/50. O que essa escala significa? 5- Uma vez que já conhecemos a escala utilizada nessa planta, complete o quadro, agora informando as medidas reais de cada cômodo, em metros. CÔMODOS LARGURA (m) COMPRIMENTO (m) Banheiro Sala Cozinha Quarto 6- Qual é a área, em m2, da casa toda? Fonte: extraído de SILVA, 2011. ÁREA (m2) 132 Ficha 3: Quadro 87 – referente a atividade 1 da síntese 4 ATIVIDADE 1- Medida da Altura da Parede. 1- Como você faria para medir a altura da parede da sala dispondo apenas de um esquadro, uma régua e um canudo de refrigerante, sem poder se aproximar da parede para medi-la diretamente? (Anote todos os passos realizados para resolver este problema e ao final faça um esboço da situação apresentada). a) Atenção, indique primeiro o tipo de esquadro que você está utilizando: ( )45/90/45 ( )30/90/60 ( )60/90/30 b) Relacione os conteúdos de Matemática que você consegue associar a atividade desenvolvida. Fonte: extraído de SILVA, 2011. Ficha 4: Quadro 88 – referente a atividade complementar 1 da síntese 4 (continua) ATIVIDADE COMPLEMENTAR 1- Semelhança de triângulos. 1- Sabendo que os pares de triângulos abaixo são semelhantes encontre os valores desconhecidos: a) c) b) d) e) 133 Quadro 88 – referente a atividade complementar 1 da síntese 4 (continuação/continua) 2- As figuras abaixo representam dos triângulos sobrepostos, que possuem um vértice em comum. Determine os valores desconhecidos de x, em cada caso: AB=7 cm, BD=4,5 cm, DE=2 cm, AC=x FG=14 cm, GI=9 cm, GJ=20cm, GH=x KM=9 cm, NO=6 cm, LN=13,5 cm, KL=x 3- No parque de uma cidadezinha havia um pinheiro e uma estaca de 1,10m, fincada a seu lado. Numa tarde ensolarada, no mesmo instante em que a sombra da estaca projetada no chão era de 85 cm, a sombra do pinheiro era de 3,72m. a) Ilustre esta situação, fazendo um desenho. b) É possível representar esta situação por meio de dois triângulos semelhantes imaginários? c) Você saberia determinar a altura do pinheiro? 4- Na figura, as retas r, s e t são paralelas e determinam dois triângulos semelhantes: 134 Quadro 88 – referente a atividade complementar 1 da síntese 4 (continuação) Nessas circunstâncias, encontre o valor de x, base do triângulo maior. 5- O telhado de uma casa é sustentado por ema estrutura de madeira em forma de triângulos semelhantes: Considerando as distâncias AB= 1,40m, AC= 2,80m, AD= 4,20 e DE= 1,20m, quanto devem medir as vigas verticais indicadas pelos segmentos BG e CF? Fonte: extraído de SILVA, 2011. Ficha 5: Quadro 89 – referente a atividade 2 da síntese 4 ATIVIDADE 2- Medindo o ângulo usando transferidor, simulando o uso de teodolito. 1- Na atividade 1 descobrimos a altura da parede da sala, utilizando um esquadro posicionado a certa distância da parede. a) Dispondo de um transferidor e um canudo de refrigerante, conhecidos as medidas da altura da parede e da distância do transferidor a mesma, como você determinaria o ângulo de inclinação relacionado a estas medidas? (Anote todos os passos realizados para resolver este problema, registre os cálculos e ao final faça um desenho da situação investigada). b) Relacione os conteúdos de Matemática que você consegue associar a atividade desenvolvida. Fonte: extraído de SILVA, 2011. 135 Ficha 6: Quadro 90 – referente a atividade complementar 2 da síntese 4 (continua) ATIVIDADE COMPLEMENTAR 2- Formalização das razões trigonométricas. Num triângulo podemos relacionar seus lados a seus ângulos. Estas relações recebem o nome de razões trigonométricas no triângulo retângulo. Chamamos de seno de ângulo agudo do triângulo retângulo a razão entre o cateto oposto a este ângulo e a hipotenusa do triângulo retângulo. Chamamos de cosseno de ângulo agudo do triângulo retângulo a razão entre o cateto adjacente a este ângulo e a hipotenusa do triângulo retângulo. Chamamos de tangente de ângulo agudo do triângulo retângulo a razão entre o cateto oposto a este ângulo e a hipotenusa do triângulo retângulo. 1- Conhecidas as definições de tais razões, responda: Entre as atividades realizadas em sala, há alguma em que você poderia ter utilizado alguma dessas razões trigonométricas? Comente. 2- Cada ângulo agudo de um triângulo retângulo apresenta um valor de seno, cosseno e tangente. A tabela abaixo apresenta três ângulos agudos e suas respectivas razões trigonométricas. Ângulos Seno Cosseno Tangente 22º ≈0,375 ≈0,927 ≈0,404 40º ≈0,643 ≈ 0,766 ≈0,839 68º ≈0,927 ≈0,375 ≈2,475 a) Consultando o quadro complete a que se pede para os triângulos dados. 136 Quadro 90 – referente a atividade complementar 2 da síntese 4 (continuação) b) Destaque semelhanças entre os triângulos acima: c) Registre outras observações sobre a tarefa 2? 3- No triângulo retângulo representado, são especificados os valores de seus lados e de dois ângulos agudos α e β. a) Determine os valores de: b) Considere os resultados encontrados nas letras I, II, V e VI. O que observou? Como se explica o que você observou? c) Compare outros resultados da tarefa 3a e registre suas observações: 4- Para triângulos 1, 2 e 3, calcule os valores de sen2α+cos2α: O que você observa? Isto é sempre verdade? Justifique. Fonte: extraído de SILVA, 2011. 137 Ficha 7: Quadro 91 – referente a atividade 3 da síntese 4 ATIVIDADE 3- Problemas aplicados. Escolha três problemas da lista, cuja solução envolva uma das razões trigonométricas. Você resolverá, assim, um problema envolvendo a razão trigonométrica seno, um problema envolvendo a razão trigonométrica cosseno e um problema envolvendo a razão trigonométrica tangente. I- a) Número do problema: b) Razão trigonométrica utilizada: c) Resolução: II- a) Número do problema: b) Razão trigonométrica utilizada: c) Resolução: III- a) Número do problema: b) Razão trigonométrica utilizada: c) Resolução: Fonte: extraído de SILVA, 2011. Ficha 8: Quadro 92 – referente a atividade complementar 3 da síntese 4 ATIVIDADE COMPLEMENTAR 3- Problemas aplicados. Elabore um problema cuja solução envolva uma das razões trigonométricas. Atenção! Você precisa saber resolver o problema, mas não precisa entregar a solução do mesmo. Fonte: extraído de SILVA, 2011. Ficha 9: Quadro 93 – referente a atividade desafio da síntese 4 (continua) Desafio da Planta do Telhado. Para resolver esta atividade, leia a folha e consulte a planta em anexo. O telhado é uma das partes importantes em uma casa. Há vários tipos de telhados, cada um composto por partes específicas. Para nosso trabalho consideremos algumas partes de um telhado de telhas de barro, apoiado sobre uma estrutura de madeira. 138 Quadro 93 – referente a atividade desafio da síntese 4 (continuação) Observe a figura que representa um telhado, especificando algumas destas partes: Na planta entregue a você há o corte AA, que mostra o telhado e suas partes, e a planta de cobertura, que mostra o telhado visto de cima e sua inclinação de i=35%. Estas partes obedecem á escala 1/50, escala utilizada na construção da planta. 1- Observando o Corte AA, complete a tabela abaixo, informando as medidas da planta, as medidas reais e o método utilizado para obter estas informações. 2- Que ralações você pode estabelecer entre a linha, o pendural e a empena de um talhado? 3- Que associações você consegue estabelecer entre esta tarefa e as atividades anteriores. 4- Para evitar goteiras, os telhados devem ser projetados com uma determinada inclinação. a) Consulte o corte AA da planta e determine o ângulo de inclinação do telhado em relação á horizontal. Explique o método utilizado para encontrar esta resposta. b) É possível determinar alguma relação entre o tamanho do pendural, o tamanho da linha e a inclinação do telhado? Explique. Fonte: extraído de SILVA, 2011. 139 Ficha 10: Quadro 94 – referente a atividade projeto da síntese 4 Projeto: Enxergando e modelando a Trigonometria das construções da cidade. Que construções da sua cidade você acha interessante? Cada grupo deverá fotografar a construção, desenhar um croqui (esboço de uma planta) utilizando a escala 1: 50, informando as devidas medidas e destacando os elementos geométricos e a trigonometria relacionada. O trabalho deverá ser entregue em duas vias: Primeira via: em folha A4 contendo a (cópia scaneada ou imagem impressa), o croqui (esboço da planta), informando as devidas medidas e os cálculos feitos para obtê-las, destacando os elementos geométricos e a trigonometria relacionada. Segunda via: em folha AG, na forma de um pôster, informando o nome do trabalho, os membros do grupos e a turma. Na folha AG será colada uma folha A4contendo as mesmas informações da folha A4 da primeira via. Atenção: Diagramar o pôster e a folha A4, colocando margem e cuidando para não cometer erros ortográficos. *A entrega das duas vias do trabalho será dia 15/03, data em que cada grupo apresentará o seu pôster. Fonte: extraído de SILVA, 2011. Ficha 11: Quadro 95 – referente ao anexo da atividade 3 da síntese 4 (continua) 1- (IMENES, LELLIS,2009, p.165) Numa indústria, deseja-se construir uma rampa de comprimento c para vencer um desnível de 2,3m. o ângulo de inclinação da rampa deve ter 20º. Qual deve ser o comprimento c da rampa, sabendo que o ângulo de i=20º, possui razões trigonométricas iguais a: sen20º=0,34, cos20º= 0,94, tg20º=0,36. 140 Quadro 95 – referente ao anexo da atividade 3 da síntese 4 (continuação/continua) 2- (IMENES, LELLIS,2009, p.168) Para instalar um teleférico, os engenheiros mediram o ângulo  e o desnível entre os pontos A e B. Sabendo que sen35º=0,57, cos35º=0,82, tg35º=0,70. Calcule a medida de AB, segmento que representa a medida do cabo do teleférico a ser instalado. 3- (IMENES, LELLIS,2009, p.164 modificado). Um rapaz observa um poste de uma determinada rua utilizando um transferidor e um canudo de refrigerante. O ângulo de inclinação sob o qual o rapaz vê o ponto mais alto do poste em relação á horizontal é de 15º. Considerando que este rapaz possui 1,5m de altura e que está a 22,5m do poste, qual é a altura aproximada do poste? (Dados: sen15º=0,26, cos15º=0,97, tg15º=0,27). 4- (IMENES, LELLIS,2009, p.277). Qual é a altura aproximada da torre? (Dados sen35º=0,57, cos35º=0,82, tg35º=0,70) . 5- (IMENES, LELLIS,2009, p.277). Qual é a altura aproximada do mastro da bandeira? (Dados sen25º=0,42, cos25º=0,91, tg25º=0,47). 141 Quadro 95 – referente ao anexo da atividade 3 da síntese 4 (continuação/continua) 6- (GIVANNI, BONJORNO, GIOVANNI JR, 1994, p. 323). Uma escada apoiada em uma parede, num ponto distante 4m do solo, forma com essa parede um ângulo de 60º. Qual é o comprimento da escada em m? (Dados sen60º=0,87, cos60º=0,5, tg60º=1,73). 7- (FERREIRA, 2001, p. 9). Um barco atravessa um rio num trecho ode a largura é 100m, seguindo uma direção que forma um ângulo de 30º com uma das margens. Calcule a distância percorrida pelo barco para atravessar o rio. (Dados sen30º=0,5, cos30º=0,87, tg30º=0,58). 8- (GIVANNI, BONJORNO, GIOVANNI JR, 1994, p. 324). Um avião levanta vôo sob um ângulo constante de 20º. Após percorrer 2000m em linha reta, a altura atingida pelo avião será de, aproximadamente: (Dados: sen20º0,34, cos20º= 0,94, tg20º=0,36) a)728m b)1880m c)1000m d)1720m e)684m 9- (GIVANNI, BONJORNO, GIOVANNI JR, 1994, p. 324). Na situação do mapa abaixo, deseja e construir uma estrada que ligue a cidade A á estrada BC. Essa estrada medirá: (Dados sen30º=0,5, cos30º=0,87, tg30º=0,58). a)15km b)20km c)25km d)30km e)40km 142 Quadro 95 – referente ao anexo da atividade 3 da síntese 4 (continuação/continua) 10- (GIVANNI, BONJORNO, GIOVANNI JR, 1994, p. 324). A fim de medir a largura de um rio, num certo local, adotou-se o seguinte procedimento: marcou-se um ponto B numa margem; 30m a direita marcou-se um ponto C, de tal forma que AB seja perpendicular à BC, e do ponto C mediu-se o ângulo BCA, encontrando-se 30º. Dessa forma concluiu-se que a 1 largura AB do rio é:(Dados: sen30º= 2, cos30º= 3 a)10 𝑚 10√3 b) 3 𝑚 c)5√3𝑚 d)10√3 m √3 , 2 tg30º= √3 ). 3 e)50√3m 11- (IEZZI et al, 2002, p. 220). Observe a figura abaixo e determine a altura h do edifício, sabendo que AB mede 25m e senθ=0,8; cosθ=0,6; tgθ=1,3. a)h=22,5m b)h=15m c)h=18,5m d)h=20m 12- (RUBIO, FREITAS, 2005, p. 209). Uma escada de 2m de comprimento está apoiada no topo de um muro, em terreno plano. Ela faz ângulo de 40º com o solo. Obtenha a altura do muro e a distância do pé da escada a base do muro. (Dados sen40º=0,64, cos40º=0,77, tg40º=0,84). 13- (IMENESE, LELLIS, 2009, p. 165, modificado). Para conhecer a largura de um rio o esquema abaixo ilustrado foi montado. Sabendo que sen63º=0,89; cos63º=0,45; tg63º=1,96; calcule a largura aproximada do rio? 143 Quadro 95 – referente ao anexo da atividade 3 da síntese 4 (continuação/continua) 14- (IMENES, LELLIS,2009, p.292). Em certo momento do dia, um poste de 5m de altura projeta uma sombra de 1,8m. De acordo com a tabela, qual é, aproximadamente, o ângulo de inclinação do Sol nesse momento? a)68º b)69º c)70º d)71º e)n.d.a. 15- (IMENES, LELLIS,2009, p.308). Na tarde em que Cicero foi pela primeira vez ao cinema, encantou-se com a grande tela da sala de projeção. O garoto ficou em pé a 15m da tela, com os olhos a 1,20m do piso horizontal, conforme mostra a figura. Nessa posição, Cicero via o ponto mais baixo da tela na altura AB de seus olhos e ponto mais alto sob um ângulo de 30º. Qual é, aproximadamente, a altura AB da tela? (Dados: sen30º= tg30º= 1 , cos30º= 2 √3 , 2 √3 ,√3=1,7) 3 16- (FERREIRA, 2001, p. 10, modificado) Uma pessoa de 1,70m de altura observa o topo de uma árvore sob um ângulo 40º. Conhecendo a distância de 6m do observador até a árvore, determinar a altura da árvore. (Dados sen40º=0,64, cos40º=0,77, tg40º=0,84). 17- (RUBIO, FREITAS, 2005, p. 210) Um avião levanta voo sob um ângulo constante de 20º com a horizontal. Após percorrer 1 km e m linha reta, em que altitude ele estará? (Dados: sen20º0,34, cos20º= 0,94, tg20º=0,36). 18- (RUBIO, FREITAS, 2005, p. 210). Um carro sobe uma ladeira de inclinação constante, que faz ângulo de 15º em relação á horizontal. Quantos metros ele terá percorrido sobre a rampa, quando a elevação vertical for de 20m? (Dados: sen15º=0,26, cos15º=0,97, tg15º=0,27). 19- (DANTE, 2005, p. 198) Um caminhão sobre uma rampa inclinada de 10º em relação ao plano horizontal. Se a rampa tem 30m de comprimento, a quantos metros o caminhão se eleva, verticalmente, após percorrer toda a rampa? (Dados: sen10º=0,17; cos10º=0,98; tg10º=0,18). 144 Quadro 95 – referente ao anexo da atividade 3 da síntese 4 (continuação/continua) 20- (SMOLE, DINIZ, 2005, p. 281). Observe o desenho. O vento conserva o fio esticado formando um ângulo de 60º com a horizontal. Quando se desenrolam 70m de fio, a que altura fica a pipa? (As mãos do menino estão a 1,80m do chão, aproximadamente). (Dados: sen60º=0,87; cos60º=0,5; tg60º=1,73). 21- (GIVANNI, BONJORNO, GIOVANNI JR, 1994, p. 320) Um avião levanta voo em B e sobe fazendo um ângulo constante de 15º com a horizontal. A que altura estará e qual a distância percorrida quando alcançar a vertical que passa por uma igreja situada a 2 km do ponto de partida? (Dados: sen15º=0,26, cos15º=0,97, tg15º=0,27). 22- 0(GIVANNI, BONJORNO, GIOVANNI JR, 1994, p. 321) Uma torre vertical de altura 12m é vista sob olhos de 30º por uma pessoa que se encontra a uma distância x da sua base e cujos olhos estão no mesmo plano horizontal dessa base. Determinar a distância x. (Dados: sen30º=0,5; cos30º= 0,87, tg30º= 0,58). 145 Quadro 95 – referente ao anexo da atividade 3 da síntese 4 (continuação/continua) 23- (DANTE, 2005, p. 197) Do alto da torre de uma plataforma marítima de petróleo, de 45m de altura, o ângulo de depressão em relação a proa de um barco é de 60º. A que distância o barco está da plataforma? (Dados: sen60º=0,87; cos60º=0,5; tg60º=1,73). 24- (DANTE, 2005, p. 198) Queremos saber a largura I de um rio sem atravessálo. Para isso, adotamos o seguinte processo: *marcamos dos pontos, A (uma estaca) e B (uma árvore), um em cada margem; *marcamos um ponto C, distante 8m de A, onde fixamos o aparelho de medir ângulos (teodolito), de tal modo que o ângulo no ponto A seja reto; *obtemos uma medida de 70º para o ângulo ACB. Nessas condições, qual a largura I do rio? (Dados: sen70º=0,94; cos70º=0,34; tg70º=2,75). 25- (IMENES, LELLIS,2009, p.277). Num certo instante, um muro de 1,82m de altura projeta uma sombra de 6,80 de largura. Qual é, nesse instante a medida aproximada do ângulo é de elevação do Sol? 146 Quadro 95 – referente ao anexo da atividade 3 da síntese 4 (continuação) 26- (DANTE, 2005, p. 199) Do alto de uma torre de 50m de altura, localizada em ilha, avista-se um ponto de praia sob um ângulo de depressão de 30º. Qual é a distância da torre até esse ponto? (Desconsidere a largura da torre). (Dados: sen30º=0,5; cos30º=0,87; tg30º=0,58). 27- (DANTE, 2005, p. 199) Um avião levanta voo em A e sobre fazendo um ângulo constante de 15º com a horizontal. A que altura estará e qual a distância percorrida quando sobrevoar uma torre situada a 2 km do ponto de partida? (Dados: sen15º=0,26, cos15º=0,97, tg15º=0,27). 28- (FERREIRA, 2001, p. 9) Um poste na vertical de 4m de altura projeta uma sombra de 4√3m sobre o solo. Qual a inclinação dos raios luminosos que originaram a sombra? Fonte: extraído de SILVA, 2011. 147 Ficha 12: Quadro 96 – referente ao anexo da atividade preparatória 2 e atividade desafio da síntese 4 Fonte: extraído de SILVA, 2011. 148 4.5.3.3.2.4 AULA POR AULA Segue nas próximas páginas, orientadas em modo paisagem, as tabelas referentes a cada aula. 149 Aula 1: Quadro 97 – referente a aula 1 da síntese 5 Tempo estimado 1 hora-aula Objetivos Materiais didáticos Rever conhecimentos prévios necessários ao curso; aplicar semelhança de triângulos na resolução de um problema. Lousa, pincel, esquadros, canudos, trenas e as fichas 1, 2, 3, 4 e 12. O professor começará formalizando na lousa os conceitos explorados nas fichas 1, 2 e 12, dadas 1ª etapa anteriormente (7 e 5 dias atrás respectivamente), que são conhecimentos prévios de triângulos, retângulos e leitura de plantas com escala. Metodologia Os alunos, divididos em 7 grupos e acompanhados da ficha 3, disponibilizarão do material citado 2ª Etapa na ficha e intenderão o problema para o caso particular da parede da sala de aula, tendo assim que resolvê-lo. Ao final da aula será dado a ficha 4 para ser resolvida em casa. Fonte: baseado no texto de SILVA, 2011. Aula 2: Quadro 98 – referente a aula 2 da síntese 5 Tempo estimado Objetivos Materiais didáticos Metodologia 1 hora-aula Relacionar o ângulo ao assunto de semelhança de triângulos, através da atividade proposta, afim de fazer uma transição para o conceito de seno, cosseno e tangente. Transferidos, canudo, trena, lousa, pincel e fichas 3, 5 e 6. Os alunos, nas mesmas equipes da aula passada e com mesmos materiais acrescentado transferidor e ficha 5, resolverão o problema da nova ficha. Ao final da aula será entregue a ficha 6 para ser resolvida em casa. Fonte: baseado no texto de SILVA, 2011. 150 Aula 3: Quadro 99 – referente a aula 3 da síntese 5 Tempo estimado 1 hora-aula Apresentar a relação fundamental da trigonometria (ficha 6); apresentar a relação que diz que seno de um Objetivos ângulo é igual o cosseno de seu complemento e vice-versa (ficha 6). Apresentar os conceitos de seno, cosseno e tangente. Materiais didáticos Lousa, pincel e fichas 6, 9 e 12. 1ª etapa Metodologia 2ª etapa O educador retomará os problemas deixados para casa nas aulas passadas, socializado as respostas e formalizando os devidos conceitos O educador irá formalizar de forma expositiva e dialogada os conceito de seno, cosseno e tangente. Ao final da aula será entregue as ficha 9 e 12 para ser resolvida em casa. Fonte: baseado no texto de SILVA, 2011. Aula 4: Quadro 100– referente a aula 4 da síntese 5 Tempo estimado Objetivos Materiais didáticos Metodologia 1 hora-aula Relacionar os conceitos já aprendidos com atividades concretas. Lousa, pincel e fichas 9, 10 e 12. 1ª etapa Será discutido a atividade da ficha 9 (socialização e formalização). 2ª etapa Será apresentado e explicado a proposta de projeto (ficha 10) Fonte: baseado no texto de SILVA, 2011. 151 Aula 5: Quadro 101 – referente a aula 5 da síntese 5 Tempo estimado Objetivos Materiais didáticos Metodologia 1 hora-aula Aplicar em problemas os conceitos de seno, cosseno e tangente. Lousa, pincel e fichas 7, 8 e 11. Os alunos, em duplas, farão o que se pede na ficha 7, com auxílio da ficha 11. Ao final da aula será entregue a ficha 8 para ser feita em casa. Fonte: baseado no texto de SILVA, 2011. 152 4.5.3.3.2.4 OBJETIVOS DOS DEMAIS ENCONTROS Aula 6: Introduzir os conceitos de seno, cosseno e tangente no círculo trigonométrico; Introduzir o conceito de radiano e conversões de unidade de unidade de arco. Introduzir conceitos referentes a circunferência: comprimento de arco, diâmetro e outros. Aula 7: Fixar os conceitos de círculo trigonométrico e arco orientado. Explorar noções de arcos côngruos e primeira determinação positiva e negativa. Aula 8: Aplicação dos teste 1. Aula 9 (aula na sala de informática): Estudar a variação das funções trigonométricas no ciclo trigonométrico; estudar os eixos no ciclo trigonométrico; estudar a identificação dos ângulos de acordo com suas devidas funções trigonométricas. Aula 10 (aula na sala de informática): Estudar os gráficos da função seno, cosseno e tangente. Aula 11: Reestudar os gráficos das funções trigonométricas com papel quadriculado. Aula 12: Aplicação dos teste 2. Aula 13: Apresentação do projeto. 4.5.4 RESULTADOS 4.5.4.1 OBSERVAÇÕES DAS ATIVIDADES RELATIVAS AO TRIÂNGULO RETÂNGULO 4.5.4.1.1 ATIVIDADE 1 Os alunos apresentaram dificuldades na resolução, imagina-se que devido não estarem acostumados com atividades investigativas. Começaram tirando medidas desnecessárias, como o perímetro da sala, somente depois de sugestões e questionamentos do professor é que os alunos começaram a refletir sobre semelhança de triângulos. A maior dificuldade estava em saber qual conteúdo utilizar para resolver o problema, ou seja, do que se tratava a questão. Nem um aluno da turma A, conseguiu acabar a atividade em sala, sendo assim incumbidos para terminarem em casa, na turma B, 5 grupos concluíram a atividade em sala, 11 dos 14 grupos realizaram a tarefa toda (mesmo alguns sendo em casa), onde 10 grupos 153 conseguiram solucionar o problema da forma esperada. Entretanto, alguns grupos, apesar de terem feito o problema com o raciocínio correto, obtiverão medidas que não condizem com a realidade, provavelmente devido ao mal uso do esquadro. Esse fato mostra que os alunos estão acostumados com problemas abstratos e que não conseguem associar e refletir com a realidade, pois estavam olhando para parede, e era obvio que não teria por exemplo 5 metros, que foi uma resposta encontrada. Entretanto, os alunos conseguiram relacionar o ângulo do esquadro a distância necessária para visualizar o topo da parede, o que foi uma observação satisfatória na socialização dos resultados. 4.5.4.1.2 ATIVIDADE 2 Sabe-se que a atividade 2 é um complemento da atividade 1, pois já com a resposta correta da atividade 1, os alunos deveriam calcular o ângulo formado pelo horizonte estabelecido pela mesa de posicionamento do esquadro e o segmento formado pelo ponto de observação e o ponto mais alto da parede, ou seja, se desse o mesmo ângulo do esquadro, os alunos iriam confirmar que a distância que estavam fornecia o ponto de observação correto. Cinco grupos concluíram que tinham se posicionado corretamente, enquanto outros cinco verificaram o erro de posição; e os demais não conseguiram verificar seus erros. Ao perguntar a que assunto referia-se aquele problema três grupos citaram figuras semelhantes, três grupos mencionaram triângulo retângulo e teorema de Pitágoras e quatro grupos associaram a razões trigonométricas. Estes quatro últimos grupos deram a “deixa” para a formalização das razões trigonométricas. 4.5.4.1.3 ATIVIDADE PREPARATÓRIA B Quanto ao reconhecimento das figuras na planta e cálculo de área os alunos não apresentaram dificuldades. Entretanto, tiveram dificuldades em apresentar o significado de escala e fazer a conversão adequada, 14 das 34 duplas apresentaram erros quanto ao significado e 18 apresentaram erros na conversão. Observa-se que os erros desta atividade foram corrigidos e discutidos na aula 1. 154 4.5.4.1.4 ATIVIDADE DESAFIO Já nesta atividade o problema no uso de escala foi amenizado, 22 das 35 duplas realizaram a conversão de forma adequada. Para calcular o ângulo de inclinação pedido, 10 duplas utilizaram as funções trigonométricas, o que chamou a atenção por ainda não ter sido trabalhado com um problema desse tipo, enquanto doze duplas usaram o transferidor. 4.5.4.1.5 ATIVIDADE COMPLEMENTAR 1 Foi de interesse analisar apenas a terceira questão desta atividade, pois essa tratava-se de um problema contextualizado e bem clássico. Das 35 duplas apenas 7 não conseguiram resolver a tarefa, os erros em maioria derivaram da interpretação, onde os alunos não conseguiam encontrar a ilustração correta, alguns fizeram um tipo de associação com as imagens da questão 2 da atividade. 4.5.4.1.6 ATIVIDADE COMPLEMENTAR 2 Para fins de análise será considerado apenas as questões 3 e 4 consideradas mais pertinentes. Na questão 3, 15 das 32 duplas que realizaram a atividade, completaram corretamente o quadro e 7 completaram parcialmente. As duplas que completaram parcialmente ou erraram tiveram erros variados, como não saber identificar os lados corretos do triângulo, ou não saber operar uma divisão entre frações (fato muito ocorrido). Isso impediu algumas duplas a chegarem a conclusão pedidas na tarefa 3b e 3c. Entretanto, todas as duplas notaram as coincidências devidas, Contudo não conseguiram associar a igualdade do seno e cosseno com ângulos complementares. Fato que só ficou explícito na formalização do professor em sala. A 4ª questão foi realizada com êxito por 17 duplas descobrindo as devidas consciências que seriam formalizadas como relação fundamental da trigonometria. 4.5.4.1.7 ATIVIDADE 3 Os alunos não apresentaram muitas dificuldades nesta atividade. Chamase a atenção para o fato de escolherem em maioria problemas que tinham ilustrações, 155 imagina-se, que por facilitar o processo de interpretação. Por aparecer em menor quantidade os problemas que envolviam cosseno tiveram certa dificuldade em sua identificação. Outros fatos curiosos: O problema 8 foi escolhido por 12 de 33 duplas (seno); O problema 22 foi escolhido por 19 de 33 duplas (tangente); O problema 27 foi escolhido por 10 de 33 duplas (9 para cosseno e 1 para tangente); O problema 7 foi escolhido por 6 de 33 duplas (cosseno). 4.5.4.1.8 ATIVIDADE COMPLEMENTAR 3 Dos 31 grupos que realizaram essa atividade, 29 grupos se referem à razões trigonométricas, 1 grupo a lei do seno e cosseno, e o 1 à ralações métricas. Os dois últimos não foram problemas aplicados o que levou a crer que foram problemas simplesmente copiados de algum livro. Tivemos 15 relacionados à tangente, 11 ao seno e 3 ao cosseno. 4.5.4.1.9 ATIVIDADE PROJETO As construções escolhidas para as atividades foram: uma escada circular, uma tesoura de terraço, a escada da igreja Matriz, uma das rampas da escola, telhado de um chalé e telhado de uma sala de aula. Os trabalhos podem ser resumidos com apresentações de esquemas desenhados e maquetes com escalas, apresentações de medições diretas e cálculos para medir ângulos ou lados de uma figura. 4.5.4.1.10 ANÁLISE DOS TESTES Foram aplicados dois testes, onde um deles apresentava 3 questões de trigonometria no triângulo retângulo, questões a quais manteremos o foco de acordo com a metodologia do trabalho de quem aqui escreve. Entretanto, com o intuito de apresentar resultados superficiais do restante do curso, abordaremos com menos ênfase o desempenho dos alunos nas demais questões. 156 Teste 1 Descrição do teste: Cabe observar que o teste apresenta a seguinte pergunta final: “Qual questão você gostou mais?”. Para as demais questões segue a descrição: Quadro 102 – descrição do teste 1 da síntese 5 (continua) 03 Sim Sim Sim Apresenta ilustração? 02 É contextualizada? Nº da questão 01 Sim Sim Sim 04 a Sim Não 04 b Sim Não 04 c Sim Não 05 Não Não Assunto Competência abordado Seno Aplicação direta do conceito de seno no (Triângulo triângulo retângulo afim de descobrir um Retângulo) cateto Seno Aplicação direta do conceito de seno no (Triângulo triângulo retângulo afim de descobrir um Retângulo) cateto. Tangente Aplicação direta do conceito de tangente no (Triângulo triângulo retângulo afim de descobrir um Retângulo) cateto Comprimento de arco Comprimento de arco Descobrir o comprimento do um arco de uma volta dado o diâmetro. Descobrir o comprimento do um arco de sete voltas dado a mesma situação da questão anterior. Comprimento Descobrir o comprimento de um arco de 45° de arco dado a mesma situação da questão anterior. Conversão radiano - graus. Provar a veracidade de uma conversão. 157 Quadro 102 – descrição do teste 1 da síntese 5 (continuação) 06 Conversão Não Não Converte um ângulo em radiano para graus radiano - graus. Ângulos no 07 Não Sim Expressar 4 ângulos em radiano no ciclo ciclo trigonométrico. trigonométrico Ângulos no 08 Sim Sim Identificar em que quadrante está um ângulo. ciclo trigonométrico Ângulos no 09 a Não Não Calcular o número de voltas de um ângulo. ciclo trigonométrico Ângulos no 09 b Não Não Identificar em que quadrante está o mesmo ciclo ângulo. trigonométrico Ângulos no 09 c Não Não Calcular a primeira determinação positiva do ciclo mesmo ângulo trigonométrico Fonte: baseado no texto de SILVA, 2011. Resultados: Gráfico 8 - acerto dos alunos por questão no teste 1 da síntese 5 35 25 20 25 19 25 23 19 12 15 11 8 10 5 30 28 30 7 7 3 0 0 3 0 0 Q 01 Q 02 Q 03 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Q 04 Q 04 Q 04 Q 09 Q 09 Q 09 Q 05 Q 06 Q 07 Q 08 a b c a b c Acerto total 19 19 12 8 7 3 25 28 23 30 25 11 7 Acerto parcial 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Fonte: extraído de SILVA, 2011. Layout modificado. Observação: o teste foi feito por 34 alunos 158 Avaliação dos resultados quanto as questões de trigonometria no triângulo retângulo: Alguns dos alunos que erraram até utilizaram o conceito geométrico adequado, entretanto se confundiam em fazer a substituição, utilizando valores incorretos ou não conseguiam distinguir os catetos. Os alunos que acertaram parcialmente a questão três, somente esqueceram de somar um simples valor ao resultado encontrado para obter o resultado final. Teste 2 Descrição do teste: Cabe observar que o teste apresenta a seguinte pergunta final: “Qual questão você gostou mais?”. Para as demais questões segue a descrição: Quadro 103 – descrição do teste 2 da síntese 5 (continua) Apresenta ilustração? É contextualizada? Nº da questão Assunto Ângulos no ciclo 01 Não Sim Competência abordado Expressar 8 ângulos dados em graus no ciclo trigonométrico. Definir se uma função trigonométrico e trigonométrica é maior ou menor que outra, variação das dado os ângulos sendo os mesmos 8. funções trigonométricas 02 Não Não Expressão trigonométrica Resolver uma subtração entre duas funções trigonométricas estando os ângulos em função de um x dado em radiano 159 Quadro 103 – descrição do teste 2 da síntese 5 (continua) 03 04 Não Não Não Não Expressão trigonométrica uma trigonométrica, grande expressão envolvendo soma, multiplicação e divisão. Estudo do sinal Descobrir o sinal de uma multiplicação entre das funções três funções trigonométricas sabendo os trigonométricas Ângulos no 05 a Não Não Resolver ciclo ângulos Descobrir qual quadrante está um ângulo bem maior que 360° trigonométrico 05 b Sim Não 06 Não Não Cosseno Cosseno e seno Calcular o cosseno do mesmo ângulo. Calcular cosseno e seno de ângulos maiores que 90°. Determinar, sem justificar, de acordo com o gráfico se: a) A função é par; 07 Não Sim Gráficos de b) Se em um determinado intervalo é funções crescente e em outro decrescente; trigonométrica c) Se é ímpar; (seno ou d) Se em um determinado intervalo é cosseno) crescente e em outro decrescente; e) Se é a função y=senx f) Se é a função y=cosx Gráficos de funções 08 Não Sim trigonométrica Determina de acordo com o gráfico a imagem, domínio e trigonométrica período e por de fim uma função definir sua (seno ou representação algébrica (está última etapa é cosseno) de múltipla escolha) Fonte: baseado no texto de SILVA, 2011. 160 Resultados: Gráfico 8 - acerto dos alunos por questão no teste 2 da síntese 5 Título do Gráfico 16 14 14 12 10 10 8 13 12 8 6 6 4 4 4 2 0 0 1 77 5 4 2 12 11 10 8 8 4 13 3 1 3 1 0 1 Q 01 Q 02 Q 03 Q Q Q Q Q Q Q Q Q 08 04 05 a 05 b 06 a 06 b 06 c 07 08 I III Q 08 III Q 08 IV Alunos que realizaram as atividades computacionais auxiliados pela professora 2 8 4 0 14 13 12 4 3 13 7 11 5 3 Alunos que realizaram as atividades computacionais em casa 4 4 8 1 10 6 10 1 1 8 7 12 0 1 Fonte: extraído de SILVA, 2011. Layout modificado. 4.5.5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 4.5.5.1 CONSIDERAÇÕES QUANTO OS RESULTADOS OBTIDOS Conclui-se que as atividades que utilizam materiais manipulativos, recursos computacionais e aquelas que fazem referência a realidade e meio em que o aluno está inserido contribuem diretamente com a motivação dos alunos. Assim como, destaca-se a ordem estabelecida pela metodologia colocando as situações problemas antecedendo os conceitos contribuiu para um desenvolvimento do significado de forma valiosa. A de se apontar em especial o uso de recursos computacionais que facilitaram a visualização de propriedades e conceitos. A utilização de casos particulares para formalizar e em seguida generalização e aplicação para os demais problemas apresentou-se como uma estratégia que permite compreender os processos de formalização de um conceito Matemático. Ou seja, validou-se o curso e as hipóteses que havia sobre o mesmo. 161 4.5.5.2 CONSIDERAÇÕES QUANTO A PESQUISAS FUTURAS É fato que o estudo da álgebra é dado com mais ênfase no currículo escolar, enquanto a Geometria é deixada de lado. Contudo, diferente do esperado, os alunos tiveram mais dificuldades em questões que requeriam conhecimentos algébricos. Logo, deixa-se a investigação deste fato como um possível estudo futuro. 4.6 SÍTESE 6: O ensino da trigonometria subsidiado pelas teorias da aprendizagem significativa e dos campos conceituais. 4.6.1 INTRODUÇÃO: Tema: Uma investigação dos conceitos prévios dos alunos baseada nas teorias dos campos conceituais Teoria da Aprendizagem Significativa (TAS) de Ausubel e a Teoria dos Campos Conceituais (TCC) de Vergnaud. Problematização: A pesquisa surgiu, segundo a autora, em função da inquietude em as dificuldades de compreender e de conceituar dos alunos e da falta de interesse em relação ao tema. Questões norteadoras: Será que os conhecimentos anteriores dos discentes, o uso de materiais relevantes e o trabalho em grupo facilitam o ensino e aprendizagem? Objetivos: Propor uma metodologia de ensino que possa contribuir para uma construção significativa dos conceitos envolvidos no campo conceitual da trigonometria. 4.6.2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Ausubel A teoria da aprendizagem significativa proposta por David P. Ausubel (apud KLEIN, 2009) e continuada. Interpretada e complementada por outros autores tem como ideia mais importante considerar aquilo que o aprendiz já sabe. Ao dizer isso, Ausubel quer enfocar a estrutura cognitiva do indivíduo, ou seja, as ideias e o conteúdo que ele tem a respeito de determinado assunto. De posse dessa informação 162 é possível fazer um mapeamento das ideias prévias do aluno com o objetivo de ensiná-lo de acordo, identificando os conceitos organizadores básicos e utilizando recursos que facilitem a aprendizagem de maneira significativa. Vergnald As teorias de Ausubel e de Vergnald (apud KLEIN, 2009) em muitos aspectos se completam. Existe a premissa de que para Vergnald, o conhecimento está organizado em campos conceituais. A teoria dos campos conceituais é uma teoria psicológica cognitivista que busca propiciar uma estrutura coerente e alguns princípios básicos ao estudo do desenvolvimento, sobretudo, às que dependem da ciência e da técnica. Sua principal finalidade é propor uma estrutura que permita compreender as filiações e rupturas entre conhecimentos, em crianças e adolescentes. Entende-se por “conhecimentos”, tanto as habilidades quanto as informações expressas. 4.6.3 METODOLOGIA 4.6.3.1 METODOLOGIA DA PESQUISA Amostra da pesquisa: a experiência teve com amostra uma turma de segunda série do Ensino Médio, composta por 28 alunos, de uma escola da rede particular de Novo Hamburgo. O grupo de alunos era composto por 16 meninas e 12 meninos, com idades entre 16 e 17 anos, da segunda série do Ensino Médio. Tempo do experimento: As atividades aconteceram no período de abril de 2008 até setembro de 2008, sempre nos períodos destinados à disciplina de Matemática, que eram quatro horas semanais e respeitaram o conteúdo programático da série. Houve a aplicação de um questionário com o tempo de duração de uma hora-aula, que corresponde a cinquenta minutos. Visão superficial do experimento: Houve a confecção de um mapa conceitual do campo conceitual da trigonometria que teve como objetivo organizar, de forma hierárquica, a estrutura conceitual do objeto de análise. A próxima etapa foi construir e aplicar um questionário, cujo objetivo era de realizar um levantamento das concepções prévias que os alunos tinham a respeito de triângulo retângulo e de como identificar seus catetos e hipotenusa. Houve também, as ditas situações 1 e 2 para o 163 melhor desenvolvimento do trabalho e dos discentes. Foram usados, também, materiais concretos. Coleta de dados: Foram usados registro oral e escrito dos conhecimentos prévios dos alunos, o registro das observações feitas em sala de aula, o registro escrito de várias situações problema, além das avaliações formais. 4.6.3.2 METODOLOGIA DAS AULAS 4.6.3.2.1 PADRÃO DA METODOLOGIA DAS AULAS Aplicação de questionário: A professora aplica questionários, onde, ela verifica os conceitos prévios para poder aproveitar esta estrutura construída para trabalhar construindo cada vez mais e lapidando melhor este conhecimento através de materiais concretos e trabalhos em grupos e outros tipos de trabalhos. Formação e discussão em grupo: A formação em grupos é provocada, através das atividades para socializar a discussão de como fazer melhor os trabalhos em materiais concretos e determinados exercícios no caderno. Formalização: Será esclarecida algumas dúvidas através de perguntas feitas pelos alunos tanto do questionário inicial quanto na situação 1 e 2 e também, verificado alguns erros das atividades escritas, será exposto no quadro. 4.6.3.2.2 AVALIAÇÃO Não ficou clara que seria feita a avaliação no desenvolvimento das atividades, somente houve avaliação escolar, porém foi feita análise das respostas do questionário e das chamadas situações. Avaliação escolar aconteceu de uma forma tradicional, pois ficou enfatizado de que não poderia haver, no decorrer da mesma, fatos que interferissem no andamento regular da escola. A avaliação, continha 10 questões envolvendo as razões trigonométricas. Ocupou o tempo de duas horas-aula. O resultado foi categorizado e analisado pela autora. 164 4.6.3.2.3 MATERIAIS RELEVANTES: Ficha 1: Quadro 104 – referente ao questionário inicial da síntese 6 Questionário inicial 1.O que você entende por triângulo retângulo? Existe alguma característica que o diferencia dos demais triângulos? _______________________________________________________________ 2. Num triângulo retângulo, como você identifica os catetos e a hipotenusa? Catetos:_________________________________________________________ Hipotenusa:______________________________________________________ 3. Com o auxílio de um transferidor e de uma régua, faça o desenho de dois triângulos retângulos, ambos com hipotenusa medindo 5,0 cm de comprimento: em um deles, um dos ângulos internos deve ser 30º e, o outro, um dos ângulos internos deve ser 45º. 4. Identifique, em cada desenho, do item 3: - o cateto adjacente (CA) ao ângulo de 30º e o cateto oposto (CO) ao ângulo de 30º; - o cateto adjacente (CA) ao ângulo de 45º e o cateto oposto ao ângulo de 45º (CO); 5.Utilizando a régua, meça (em cm) cada um dos catetos dos desenhos do item 3 e anote as medidas encontradas na tabela abaixo: (utilize uma casa decimal) 6. Responda: O cateto pode ser maior do que a hipotenusa? ( ) Sim ( ) Não Justifique:_______________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ Fonte: extraído de KLEIN, 2009. 165 Ficha 2: Quadro 105 – referente a atividade 1 da síntese 6 (continua) Situação organizada com o objetivo de definir as razões trigonométricas no triângulo retângulo. 1. Meça os ângulos internos do triângulo que você tem e anote as medidas abaixo: Ângulos: __________ Catetos:________ Hipotenusa:________ __________ ________ ________ 2. Procure o(s) colega(s) que tenha(m) os mesmos valores para ângulos internos do triângulo retângulo que você tem e forme com ele(s) um grupo. 3. No grupo, discuta e responda as perguntas abaixo: 3.1.Compare os triângulos e escrevam abaixo, quais são as suas diferenças e quais são as suas semelhanças (o que eles têm em comum). Diferenças:______________________________________________________ Semelhanças:____________________________________________________ 3.2. Faça um desenho (não necessariamente no tamanho real), que demonstre as conclusões acima, referentes à comparação entre os triângulos. 4. O grupo deve escolher um dos ângulos agudos (para os três triângulos deve ser o mesmo) e anota-lo abaixo. Em seguida, identificar e anotar as medidas do cateto adjacente ao ângulo (CA) escolhido, do cateto oposto (CO) ao ângulo escolhido e da hipotenusa. Triângulo pequeno Triângulo Médio Triângulo Grande Ângulo:______ Ângulo:_____ Ângulo:______ Cateto oposto(CO):_____ Cateto oposto(CO):____ Cateto oposto(CO)___ Cateto adjacente(CA):____Cateto adjacente(CA):___Cateto adjacen.(CA):____ Hipotenusa:________ Hipotenusa:________ 5. Efetuar, para cada triângulo, as razões sugeridas: Triângulo pequeno = Triângulo médio = Hipotenusa:______ 166 Quadro 105 – referente a atividade 1 da síntese 6 (continuação) Triângulo grande = 6. Observe e discuta com o seu grupo, procurando escrever abaixo a(s) conclusão(ões) a(s) qual(is) vocês chegaram. Conclusão(ões):____________ _______________________________________________________________ Fonte: extraído de KLEIN, 2009. Ficha 3: Quadro 106 – referente ao teste 1 da síntese 6 (continua) Primeira avaliação, envolvendo as razões trigonométricas, seno, cosseno e tangente. Responda as questões abaixo, justificando a tua resposta pelo cálculo correspondente: 1) Vamos imaginar um projétil que foi lançado formando com o solo um ângulo de 45° e que não há ação da gravidade sobre o mesmo. Depois de percorrer 1500 m em linha reta, a que altura estava do chão? 2) Um barco parte para fazer a travessia mais curta possível de um rio. No entanto, a correnteza o arrastou para 48 m além do local previsto para a sua chegada. De onde chegou avista-se o ponto de partida sob um ângulo de 60° com a margem em que está. Qual é a largura do rio? 3) Um cabo de aço está amarrado no topo de um poste, Ele se encontra preso ao chão a 6 m do pé do poste, formando um ângulo de 30°. Qual é o comprimento do cabo de aço ? Qual é a altura do poste? 4) Um triângulo equilátero tem 12 m de altura. Determine a medida aproximada de seus lados. (Lembre-se que um triângulo equilátero tem lados e ângulos iguais). 167 Quadro 106 – referente ao teste 1 da síntese 6 (continuação) 5) Uma escada de 6 m de comprimento está encostada em uma parede. A distância entre o pé da escada e parede é de 3m. Determine o ângulo formado entre a escada e a parede. 6) O mestre de uma obra estava descarregando areia de um caminhão. Sabendo que a tábua que ele colocou, apoiada na caçamba do caminhão, tem 4m e que a inclinação da rampa é de 30°, calcule a altura que a caçamba está do solo. 7) Uma antena de 18m de altura é presa ao chão por 4 cabos de aço. O ângulo formado por cada um deles com a ponta da antena mede 45°. Quantos metros de cabo de aço foram usados, aproximadamente, para prender essa antena? 8) Um avião que está a 6 500 m de altura inicia o procedimento de aterrissagem sob um ângulo constante de 10°. Se o aeroporto está no nível do mar, qual a distância entre o avião e o início da aterrissagem? 9) Se para prender um poste de 18 3 m de altura utilizarmos um cabo de aço (esticado) com 36 m, qual será o ângulo de inclinação do cabo de aço em relação ao solo? 10) Um poste vertical projeta uma sombra de 10 m sobre o solo. Se o poste tem 10 m de altura, determine a inclinação dos raios solares em relação ao solo. Fonte: extraído de KLEIN, 2009. Material concreto 1: Figura 1: Esquema de um astrolábio Fonte: extraído de KLEIN, 2009. 168 Material concreto 2: Figura 2 – Esquema de um teodolito formado com astrolábio e uma alidade Fonte: extraído de KLEIN, 2009. 4.6.3.3.4 AULA POR AULA Segue nas próximas páginas, orientadas em modo paisagem, as tabelas referentes a cada aula. 169 Aula 1: Quadro 107 – referente a aula 1 da síntese 6 Tempo estimado Objetivos Materiais didáticos Metodologia Uma hora-aula Realizar um levantamento sobre os conhecimentos prévios dos alunos a respeito do triângulo retângulo e como identificar seus catetos e hipotenusa, bem como da habilidade de representá-lo com ângulos e comprimentos de lados específicos, usando transferidor e régua. Questionário (ficha 1), régua e transferidor. Questionário para os alunos responderem de forma individual com uso da régua e transferidor. Fonte: baseado no testo de KLEIN, 2009. Aula 2: Quadro 108 – referente a aula 2 da síntese 6 (continua) Tempo estimado Objetivos Materiais didáticos Não informado pela autora Introduzir as definições de razões trigonométricas Questionário (apêndice C), Triângulos retângulos feitos de material E.V.A., Transferidor e régua. Trinta triângulos retângulos serão distribuídos aos alunos da turma de forma individual, logo após Metodologia 1ª etapa a pesquisadora fará perguntas sobre quem tem triângulos retângulos de ângulos internos de dez graus, vinte graus e assim por diante até que os alunos se reúnam formando seus grupos de trabalho. 170 Quadro 108 – referente a aula 2 da síntese 6 (continuação) Os grupos formados responderão ao questionário utilizando os triângulos semelhantes por meio 2ª etapa dos materiais concretos para medir ângulos e medir os lados, realizando aproximações sempre que necessário. Metodologia Discussão, com toda a turma, sobre as conclusões obtidas pelos grupos e definir as razões seno, 3ª etapa cosseno e tangente para um triângulo retângulo, bem como os ângulos chamados de ângulos notáveis, além de os valores das razões trigonométricas para esses ângulos e cada aluno fazer as devidas anotações, no seu caderno. Fonte: baseado no testo de KLEIN, 2009. Aula 3: Quadro 109 – referente a aula 3 da síntese 6 (continua) Tempo estimado Não informado pela autora - Construção de astrolábio; Objetivos - Identificação das razões o trigonométricas conveniente para determinar a altura da cesta de basquete, localizada na escola. Uma caneta esferográfica “bic” sem o refil, para servir de ponto de mira; um transferidor de meia-volta ou Materiais didáticos volta inteira; um peso, poderia ser a própria borracha, para dar prumo; um pedaço de cordão ou fio onde seria amarrado o peso; fita métrica ou trena para realizar as medições. 171 Quadro 109 – referente a aula 3 da síntese 6 (continuação) Os alunos serão divididos em grupos de 4 alunos, logo em seguida será passada a eles algumas 1ª etapa informações históricas sobre o instrumento que irão confeccionar, o astrolábio, logo após, eles o construirão. Será dada informações sobre seu uso e, com as informações dada pela professora, os discentes Metodologia 2ª etapa irão para o pátio da escola com o desfio de medir a altura da cesta de basquete, utilizando o astrolábio, e a trena ou fita métrica. Entrega de um relatório para a pesquisadora contendo título (a ser discutido pelo grupo) e em 3ª etapa seguida, promover também exercícios de fixação do assunto sobre as razões trigonométricas no livro-texto e por meio de questões de vestibular. Fonte: baseado no testo de KLEIN, 2009. 6 172 4.6.3.3.5 OBJETIVOS DOS DEMAIS ENCONTROS Aula 4: Chamada de situação 3, cujo objetivo era estabelecer uma relação entre o grau e o radiano. Aula 5: Com nome de situação 4, foi planejada para que os alunos pudessem dar significado ao raio unitário e à representação das funções trigonométricas no Círculo Trigonométrico (CT). Aula 6: Situação 5 cujo o principal objetivo era a tarefa de redução ao primeiro quadrante, utilizando o CT construído na situação 4. Aula 7: O objetivo era a visualização dos gráficos das funções seno, cosseno e tangente nos eixos coordenados. 4.6.4 ANÁLISE DOS RESULDADOS 4.6.4.1 QUESTIONÁRIO INICIAL A questão 1 apresentou 6 categorias no qual, os alunos acertaram somente 3. A questão de número dois, de quatro categorias, houve acerto de duas. A questão de número 3, possui 4 categorias, porém acertaram somente uma. Conforme a autora, em outras categorias os alunos tinham os conceitos exigido, porém, haviam representado os triângulos de forma incorreta. A Questão de número 5, segundo autora, apenas 25% dos alunos completaram o que foi pedido. E a questão 6, aparentemente não foi feito categorias. A maioria errou. Percebe-se que os alunos possuem vários conceitos sobre o triângulo retângulo, porém não tem um conceito formal, percebendo essa falha a professora esclareceu os conceitos de catetos e hipotenusa, o motivo de o triângulo ser retângulo e de como usar o transferidor. Partindo dos conceitos formalizados para os alunos, ela elaborou as próximas atividades. 4.6.4.2 SITUAÇÃO 1 Não houve categorização e nem comentários sobre as questões de número 1 e 2. A questão 3 que se subdividiu em 3.1 e 3.2, os 10 grupos acertaram a 3.1 e somente nove acertam a 3.2 houve categorização. As questões de número quatro e 173 cinco não foram categorizadas, pois o de número seis faria retorno a ela. Essa questão foi respondida por oito grupos e dois não fizeram o que foi pedido. Na situação de número dois, toda a turma acertou o cálculo do trabalho. O uso de material concreto foi amplamente proveitoso no trabalho sobre razões trigonométricas. 4.6.4.3 SITUAÇÃO 2 Com os conceitos já formalizados, outra vez, o uso do material concreto foi útil para o trabalho. Eles usaram a razão tangente e procederam de forma correta na montagem da razão e no cálculo. Pelo que se percebe é que o teodolito foi construído de forma correta, pois foi dada uma série de informações de como manuseá-lo. 4.6.4.4 AVALIAÇÃO ESCOLAR Somente a segunda questão teve resultado, menos que 50% de acerto. No geral a média de alunos que acertaram as questões foi de 18,9 para uma turma de 27 alunos. Apesar de os alunos passarem por 3 etapas anteriores sendo esclarecidos sobre o triângulo retângulo, a minoria ainda tinha dificuldade em identificar os catetos e hipotenusa trocando um pelo outro, fez erros de cálculo, alguns não souberam representar os dados e conceituou equivocadamente as razões, porém no geral a prova foi muito boa, havendo muitos acertos. 4.6.5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 4.6.5.1 CONSIDERAÇÕES QUANTO AO RESULTADO O objetivo geral desta pesquisa era propor uma metodologia de ensino baseada na TAS de Ausubel e na TCC de Vergnaud, que pudesse contribuir para a construção significativa dos conceitos envolvidos no campo conceitual da trigonometria. Os objetivos específicos auxiliaram na delimitação das etapas da pesquisa. 174 Pelo envolvimento dos alunos e da pesquisadora, pode-se afirmar que uma metodologia baseada na Teoria da Aprendizagem Significativa de Ausubel (TAS) e na Teoria dos Campos Conceituais (TCC) de Vergnaud provoca uma significativa mudança no processo de ensino e aprendizagem. Contribui para uma educação inovadora, mais humana, que desperta, no estudante, o interesse em participar da aula, transforma a sala de aula num rico laboratório, provocando o seu crescimento pessoal e cognitivo, considerando o aluno como um ser ativo, durante todo o processo. 4.6.5.2 CONSIDERAÇÕES FUTURAS Usar a essa metodologia da pesquisadora baseada na Teoria da Aprendizagem Significativa de Ausubel (TAS) e na Teoria dos Campos Conceituais (TCC) de Vergnaud em sala de aula, pois pareceu bem simples e proveitosa, porém readequando o tempo, pois aparentemente os alunos iria ter um proveito muito melhor. 175 5 CONSIDERAÇÕES FINAL Neste trabalho procuramos investigar teses e dissertações desenvolvidos com intuito de explorar novas abordagens no campo do ensino da Trigonometria. Através de sínteses de cada um dos estudos vimos referencias de cursos que tratavam uma abordagem mais significativa aos olhos do pesquisador. Observamos que conforme nossas expectativas, todas as pesquisas encontradas, tratavam explicita ou implicitamente da investigação de um curso com perspectiva construtivista. Ou seja, tal indício aponta uma corrente que está sendo fortemente defendida. Contudo, vimos que são apresentadas poucas pesquisas referentes ao assunto do trabalho, sendo que não fora encontrado nem uma tese e fora apresentada 6 dissertações, número muito abaixo da expectativa inicial. Notamos que todas as pesquisas usaram problemas como principal proposta para investigação inicial do conceito, e todas elas apresentam este aspecto como um fator potencializado do ensino de Matemática. A pesquisa de Lindegger (2000) chega até mesmo a comparar a metodologia tradicional com a proposta, e mostra em seus resultados evidências que indicam que seu curso estabeleceu um padrão de aprendizagem mais elevado. Contudo, entendemos que em todas as pesquisas houve uma falta de padrão científico na coleta e tratamento de dados, por exemplo, no teste exibido por Lindegger (2000), para a apuração dos resultados, não notamos que este avaliava de forma proposital e bem dirigida competências específicas compreendidas ao decorrer de seu curso, assim como outro exemplo, temos Silva (2011) que em um de seus testes apresenta apenas 4 questões de trigonometria no triângulo retângulo, e as quatro avaliam praticamente a mesma competência. Assim como, nos autores que trabalharam apenas com observação das aulas onde notou-se, um certo desleixo similar no tratamento dos dados. Também notou-se a falta de orientação quanto a avalição continua do aluno ao decorrer do curso, por exemplo, não houve em momento algum a apresentação de fichas avaliativas preenchidas de acordo com as observações nas atividades para estabelecer um padrão de tratamento de dados e avaliação do discente. Entendemos também que as atividades apresentadas não são realmente perfeitas, estando carente de mais criatividade e estruturação apropriada. Por exemplo algumas atividades poderiam apresentar mais etapas, de modo a torná-las 176 mais dirigidas e simples, tendo assim um processo de indução mais suave, em especial esta crítica cabe nas atividades que o professor teve de intervir de forma mais significativa. Com todas essas críticas, ainda assim, vemos na elaboração dos cursos apresentados uma fonte de inspiração com poder de auxiliar o educador. Entretanto compreendemos que ainda é preciso desenvolver muitas características para alcançar uma perfeição. Deixamos como objetivo para uma futura pesquisa uma análise e avaliação fundamentada e bem dirigida das dissertações aqui apresentadas, e não somente a exposição, como foi feito neste trabalho. O suposto sucesso da pesquisa de Borges (2009), nos deixou intrigados e maravilhados quanto ao uso do software de Geometria dinâmica. Logo, uma pesquisa que trata da investigação do poder deste Software como ferramenta contribuinte para o ensino de trigonometria no triângulo retângulo é bem-vinda. Nem um pesquisador, apesar de todos usarem essa metodologia, deixo claro o processo de indagação que induz o aluno a resposta do problema. Com isso cabe aqui uma pesquisa com o foco no diálogo aluno e professor. 177 6 REFERÊNCIAS BOCK, Ana Mercês. Psicologias: uma introdução ao estudo da Psicologia. São Paulo: Saraiva, 1999. BORGES, Carlos Francisco. Transição das razões trigonométricas do triângulo retângulo para o círculo trigonométrico: uma sequência de ensino. 144 pg. Dissertação (Mestrado Profissional em ensino de Matemática) – PUC-SP. São Paulo, 2009. CURY, Augusto. O código da inteligência: a formação de mentes brilhantes e a busca pela excelência emocional e profissional. Thomas Nelson Brasil/Ediouro: Rio de Janeiro, 2008. KLEIN, Marjúnia. O ensino da trigonometria subsidiado pelas teorias da aprendizagem significativa e dos campos conceituais. 99 pg. Dissertação (Mestrado em Educação em Ciências e Matemática) – PUC-RS. Porto Alegre, 2009. LINDEGGER, Luiz Roberto. Construindo os conceitos básicos da trigonometria no triângulo retângulo: uma proposta a partir da manipulação de modelos. 197 pg. Dissertação (Mestrado em Educação Matemática) – PUC-SP. São Paulo, 2000. NASCIMENTO, Alessandra. Uma sequência de ensino para a construção de uma tabela trigonométrica. 195 pg. Dissertação (Mestrado Profissional em Ensino de Matemática) – PUC-SP. São Paulo, 2005. SADOVSKY, P. O ensino de Matemática de Hoje: Enfoques, sentidos e desafios. São Paulo: Ática, 2010. SILVA, Marlizete. Trigonometria, modelagem e tecnologias: um estudo sobre uma sequência didática. 233 pg. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências e Matemática) – PUC-MG. Belo Horizonte, 2011. 178 SILVA, Silvio. TRIGONOMETRIA NO TRIÂNGULO RETÂNGULO: Construindo uma aprendizagem significativa. 176 pg. Dissertação (Mestrado em Educação Matemática) – PUC-SP. São Paulo, 2005.