1 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA CATARINENSE - CAMPUS CAMBORIÚ CURSO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO (BACHARELADO) JANIO LUIZ ANTUNES MODELO PARA AVALIAÇÃO COMPARATIVA DE FERRAMENTAS OPEN SOURCE BASEADAS NA ITIL PARA GERENCIAMENTO DE INCIDENTES EM MICRO E PEQUENAS EMPRESAS CAMBORIÚ (SC) 2013 2 JANIO LUIZ ANTUNES MODELO PARA AVALIAÇÃO COMPARATIVA DE FERRAMENTAS OPEN SOURCE BASEADAS NA ITIL PARA GERENCIAMENTO DE INCIDENTES EM MICRO E PEQUENAS EMPRESAS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito para a obtenção do título de Bacharel em Sistemas de Informação do Instituto Federal Catarinense Campus Camboriú. Orientador: Profº. Aujor Tadeu Cavalca Andrade Camboriú (SC), Novembro de 2013 3 JANIO LUIZ ANTUNES MODELO PARA AVALIAÇÃO COMPARATIVA DE FERRAMENTAS OPEN SOURCE BASEADAS NA ITIL PARA GERENCIAMENTO DE INCIDENTES EM MICRO E PEQUENAS EMPRESAS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito para a obtenção do título de Bacharel em Sistemas de Informação do Instituto Federal Catarinense Campus Camboriú. Camboriú, 18 de Novembro de 2013. BANCA EXAMINADORA: _____________________________________________ Profº. Aujor Tadeu Cavalca Andrade, M.Sc. – Orientador _____________________________________________ Profª. Cátia dos Reis Machado, Dra. _____________________________________________ Profº. Cristian Koliver, Dr. 4 Dedico este trabalho aos meus pais e a minha amada esposa. 5 AGRADECIMENTOS Agradeço a DEUS, criador dos céus e da Terra, por me dar sabedoria e forças para seguir na minha infindável caminhada; Aos meus pais por sempre me incentivarem a estudar e lutar, com honestidade, por um futuro e uma vida cada vez melhor; A minha amada esposa por estar ao meu lado, me apoiando e incentivando na minha busca por bons resultados, mesmo em momentos de dificuldades em que estive ausente devido às viagens a eventos ou pelas noites em que fiquei estudando e não dei a ela a devida atenção. Obrigado por ser tão paciente e compreensiva meu amor; Ao meu grande amigo de longa data, Luiz Carlos Berlim, por nunca dizer não aos meus pedidos de ajuda, mesmo quando ocupado, e por sempre ter tempo para um café; Ao meu colega de turma, e agora amigo, Marcel Vinicius Kohls, por sempre ter me ajudado nas disciplinas que tive dificuldade, e por seus sábios conselhos na hora do café; A minha colega e também amiga, Juliana C. G. Rohrbacher, por ter compartilhado o seu conhecimento e enriquecido nossos trabalhos acadêmicos; A todos os professores do curso de Sistemas de Informação que, ao longo destes quatro anos, repassaram seus conhecimentos e proporcionaram diversos aprendizados; A profª Sônia Regina Lamego Lino por sempre ter um tempo para me ouvir e me aconselhar nas minhas escolhas, além de me incentivar a seguir meus sonhos profissionais; Ao profº Aujor Tadeu Cavalca Andrade, pelas seis disciplinas ministradas, pela orientação no projeto de pesquisa, pela orientação neste trabalho de conclusão de curso e, em especial, por todas as palavras de apoio e incentivo, que fizeram com que eu não desistisse mesmo nos piores momentos. Agradeço, também, por acreditar no meu potencial e sempre ter me apoiado e incentivado a seguir a carreia que desejo; Por fim, a todos familiares, amigos, colegas e demais pessoas que de alguma forma contribuíram com ideias, criticas e sugestões. 6 “Se o conhecimento pode criar problemas, não é através da ignorância que podemos solucioná-los.” Isaac Asimov 7 RESUMO O processo de gerenciamento de incidente é responsável pelo tratamento e pela resolução de todos os incidentes observados nos serviços de TI, minimizando os impactos decorrentes do efeito sobre o nível de serviço ou, até mesmo, da indisponibilidade total. O registro dos incidentes geram informações que podem ser utilizadas em diversas análises como, por exemplo, a carga de serviço dos técnicos e os equipamentos que mais apresentam defeitos. As micro e pequenas empresas têm forças de trabalho menores, orçamentos reduzidos e ambientes de TI menos complexos que os das organizações de maior porte, mas precisam atender aos mesmos tipos de demanda das outras organizações e otimizar os níveis de serviços de TI. A utilização de ferramentas de gerenciamento de incidentes permite avaliar o suporte de infraestrutura de TI nestas empresas, propiciando a obtenção de ROI por meio do aumento de produtividade, proporcionando melhoras nos resultados para a empresa, sejam eles tangíveis ou intangíveis. O objetivo deste trabalho é criar um modelo para avaliar ferramentas open source de gerenciamento de incidentes baseadas na ITIL, destinadas à micro e pequenas empresas, fazendo com que estas empresas possam optar pelo melhor investimento para sua infraestrutura. Por meio do estudo sobre a importância das métricas de ferramentas de gerenciamento de incidentes, foi desenvolvido o modelo para auxiliar os gestores das empresas a escolherem a ferramenta que melhor se adapta as suas necessidades, reduzindo esforços e recursos aplicados nesta atividade. Palavras-chave: Ferramentas de Gerenciamento de Incidentes; ITIL; open source; Micro e pequenas empresas. 8 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 – Processos da Operação de Serviço ...............................................................26 Figura 2 – Visão da ferramenta GLPI em funcionamento ............................................46 Figura 3 – Visão da aplicação Ocomon em funcionamento ..........................................48 Figura 4 – Visão da aplicação OTRS em funcionamento .............................................49 Figura 5 – Visão da aplicação Quaizer em funcionamento ...........................................50 Figura 6 – Visão da ferramenta Trellis Desk em funcionamento..................................52 Figura 7 – Exemplo do fluxo das questões na pesquisa ................................................76 Figura 8 – Tela de apresentação da pesquisa.................................................................77 Figura 9 – Elaboração do gabarito (etapa 1) .................................................................84 Figura 10 – Elaboração do gabarito (etapa 2) ...............................................................85 Figura 11 – Elaboração do gabarito (etapa 3) ...............................................................85 Figura 12 – Avaliação comparativa (etapa 1)................................................................86 Figura 13 – Avaliação comparativa (etapa 2)................................................................87 Figura 14 – Modelo de avaliação comparativa para FGI ..............................................88 Figura 15 – Apêndice E – Fluxo das questões 01 a 18................................................108 Figura 16 – Apêndice E – Fluxo das questões 19 a 33................................................109 Figura 17 – Apêndice E – Fluxo das questões 34 a 39................................................110 Figura 18 – Apêndice F – Tela de apresentação da pesquisa ......................................111 Figura 19 – Apêndice F – Tela de cadastro de dados e questão 01 .............................112 Figura 20 – Apêndice F – Questões 2 a 4 ....................................................................113 Figura 21 – Apêndice F – Questões 5 a 7 ....................................................................114 Figura 22 – Apêndice F – Questões 8 a 11 ..................................................................115 Figura 23 – Apêndice F – Questões 12 a 13 ................................................................116 Figura 24 – Apêndice F – Questões 14 a 16 ................................................................117 Figura 25 – Apêndice F – Questões 17 a 19 ................................................................118 Figura 26 – Apêndice F – Questões 20 a 22 ................................................................119 Figura 27 – Apêndice F – Questões 23 a 25 ................................................................120 Figura 28 – Apêndice F – Questões 26 a 29 ................................................................121 Figura 29 – Apêndice F – Questões 30 a 34 ................................................................122 Figura 30 – Apêndice F – Questões 35 a 38 ................................................................123 Figura 31 – Apêndice F – Questão 39 e finalização da pesquisa ................................124 9 LISTA DE GRÁFICOS E QUADROS Gráfico 1 – Estatísticas de acesso à pesquisa ................................................................80 Quadro 1 – Estrutura Organizacional e ITIL .................................................................28 Quadro 2 – Etapas do gerenciamento de incidentes e respectivos procedimentos .......33 Quadro 3 – Classificação das MPE de acordo com o número de empregados. ............36 Quadro 4 – Categorias, Produtos e Problemas ..............................................................41 Quadro 5 – Perfil x Nível x Categoria ...........................................................................42 Quadro 6 – Formato de apresentação das métricas .......................................................56 Quadro 7 – Exemplos de incidentes utilizados nos testes .............................................73 Quadro 8 – Métricas da categoria interface presentes nas ferramentas .......................74 Quadro 9 – Exemplo de métricas presentes em todas as ferramentas ...........................74 Quadro 10 – Exemplo de Métricas não presentes nas ferramentas ...............................75 Quadro 11 – Apêndice A – Quadro de categorias, produtos e problemas ..................100 Quadro 12 – Apêndice A – Quadro de categorias, produtos e problemas (continuação) ...............................................................................................................................101 Quadro 13 – Apêndice B – Avaliação com base nas métricas ....................................102 Quadro 14 – Apêndice B – Avaliação com base nas métricas (continuação) .............103 Quadro 15 – Apêndice B – Avaliação com base nas métricas (continuação) .............104 Quadro 16 – Apêndice B – Avaliação com base nas métricas (continuação) .............105 Quadro 17 – Apêndice C – Métricas presentes em todas as FGI ................................106 Quadro 18 – Apêndice D – Métricas não presentes nas FGI ......................................107 10 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Dados referentes ao perfil das empresas dos participantes da pesquisa ........81 Tabela 2: Integração com sistemas de diretórios ...........................................................82 Tabela 3: Atendimento de mais de uma empresa ..........................................................82 Tabela 4: Limitação de cadastro de clientes, usuários e técnicos. ................................82 Tabela 5: Métricas mais relevantes ...............................................................................83 Tabela 6: Apêndice G – Integração com sistemas de diretórios .................................125 Tabela 7: Apêndice G – Atendimento de mais de uma empresa.................................125 Tabela 8: Apêndice G – Limitação de cadastro de clientes, usuários e técnicos ........126 Tabela 9: Apêndice G – Idioma da FGI ......................................................................127 Tabela 10: Apêndice G – Idioma da FGI ....................................................................127 Tabela 11: Apêndice G – Compatibilidade com browsers ..........................................128 Tabela 12: Apêndice G – Compatibilidade com dispositivos móveis ........................128 Tabela 13: Apêndice G – Personalização através de módulos ....................................129 Tabela 14: Apêndice G – Gerenciamento de inventário .............................................129 Tabela 15: Apêndice G – Limitação de chamados ......................................................130 Tabela 16: Apêndice G – Acessos simultâneos ...........................................................130 Tabela 17: Apêndice G – Tipos de suporte .................................................................131 Tabela 18: Apêndice G – Relatórios ...........................................................................132 Tabela 19: Apêndice G – Dashboard...........................................................................132 Tabela 20: Apêndice G – Pesquisas de satisfação .......................................................133 Tabela 21: Apêndice G – Tipo de chamado ................................................................133 Tabela 22: Apêndice G – Associações aos chamados .................................................134 Tabela 23: Apêndice G – Autoatendimento ................................................................135 Tabela 24: Apêndice G – Registros de atendimento ...................................................136 Tabela 25: Apêndice G – Histórico completo .............................................................136 Tabela 26: Apêndice G – Feedback.............................................................................137 Tabela 27: Apêndice G – Gerenciamento de SLA ......................................................137 Tabela 28: Apêndice G – Fluxos de aprovação configuráveis ....................................138 Tabela 29: Apêndice G – Escalonamento de incidentes .............................................139 Tabela 30: Apêndice G – Scripts de atendimento .......................................................139 Tabela 31: Apêndice G – Controle de prioridades de atendimento ............................140 Tabela 32: Apêndice G – Agendamento de abertura de chamados .............................141 Tabela 33: Apêndice G – Contabilização de despesas de atendimento ......................141 Tabela 34: Apêndice G – Campos adicionais .............................................................142 Tabela 35: Apêndice G – Confirmação de encerramento de chamados .....................142 Tabela 36: Apêndice G – Restrição de acesso aos chamados .....................................143 Tabela 37: Apêndice G – Mensageria .........................................................................143 Tabela 38: Apêndice G – Chamados como parte de projetos .....................................144 Tabela 39: Apêndice G – Atendimento online através de chat ...................................144 Tabela 40: Apêndice G – Gestão do conhecimento ....................................................145 Tabela 41: Apêndice G – Alimentar a base de conhecimento (GC) ...........................145 Tabela 42: Apêndice G – Compatibilidade da FGI com a ITIL ..................................146 11 Tabela 43: Apêndice H – Categorização de relevância das métricas ..........................148 Tabela 44: Apêndice H – Categorização de relevância das métricas (continuação) ...149 Tabela 45: Apêndice H – Categorização de relevância das métricas (continuação) ...150 Tabela 46: Apêndice I – Gabarito usado no modelo de avaliação de FGI ..................151 Tabela 47: Apêndice I – Gabarito usado no modelo de avaliação de FGI (continuação) ...............................................................................................................................152 12 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AD Active Directory AJAX Asynchronous Javascript and XML ANAC Agência Nacional de Aviação Civil ASP Active Server Pages BSD Berkeley Software Distribution CCTA Central Communications and Telecom Agency CMMI Capability Maturity Model COBIT Control Objectives for Information and related Technology EFQM European Foundation for Quality Management eSCM-SP eSourcing Capability Model for Service Providers FAPESP Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo FAQ Frequently Asked Questions FGI Ferramenta de Gerenciamento de Incidentes FTP File Transfer Protocol GB Giga Bytes GHz Giga Hertz GITIM Government Information Technology Infrastructure Management GLPI Gestion Libre de Parc Informatique GPL General Public License HD Hard Disk HDI Help Desk Institute HSBC Hong Kong and Shanghai Banking Corporation HTML HyperText Markup Language HTTP Hypertext Transfer Protocol IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas IBM International Business Machines IFPA Instituto Federal do Pará IEC International Electrotechnical Commission ISO International Organization for Standardization ITIL Information Technology Infrastructure Library 13 LDAP Lightweight Directory Access Protocol MB Mega Bytes MIT Massachusetts Institute of Technology MS Microsoft MTE Ministério do Trabalho e Emprego MPE Micro e Pequena Empresa NASA National Aeronautics and Space Administration OGC Office of Government Commerce OTRS Open source Ticket Request System PCMG Polícia Civil de Minas Gerais PERL Practical Extraction And Report Language PHP Hypertext Preprocessor PMBOK Project Management Body of Knowledge RAIS Relação Anual de Informações Sociais RAM Random Access Memory ROI Return On Investment RPM Red Hat Package Manager RSS Really Simple Syndication SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas SLA Service Level Agreement SP Service Pack SPOC Single Point of Contact SQL Structured Query Language TGZ Tape Archive Gzipped File TI Tecnologia da Informação TJES Tribunal de Justiça do Estado do Espirito Santo UEG Universidade Estadual de Goiás ULBRA Universidade Luterana do Brasil VM Virtual Machine XML eXtensible Markup Language WWW World Wide Web 14 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................16 1.1 Apresentação ...........................................................................................................16 1.2 Descrição do problema ............................................................................................17 1.3 Justificativa ..............................................................................................................18 1.4 Objetivo geral ..........................................................................................................20 1.5 Objetivos específicos ...............................................................................................21 1.6 Metodologia .............................................................................................................21 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................22 2.1 ITIL ..........................................................................................................................22 2.2 Operação de Serviço ................................................................................................25 2.3 Central de serviços ..................................................................................................27 2.3.1 Estrutura organizacional................................................................................................. 28 2.3.2 Níveis de suporte ............................................................................................................. 29 2.4 Gerenciamento de incidente ....................................................................................31 2.4.1 Modelos de incidentes ou scripts de incidentes ............................................................... 33 2.4.2 Escalonamento de incidentes .......................................................................................... 34 2.4.3 Prioridade de incidentes .................................................................................................. 34 2.4.4 Gravidade ou severidade de incidentes ........................................................................... 34 2.5 Software Open Source .............................................................................................34 2.6 Micro e Pequenas Empresas ....................................................................................36 3 DESCRIÇÃO CENÁRIO PARA REALIZAÇÃO DOS TESTES ......................39 3.1 Definição do ambiente .............................................................................................40 3.1.1 Base Categorias............................................................................................................... 40 3.1.2 Base Perfis ....................................................................................................................... 42 3.2 Preparação do ambiente ...........................................................................................42 4 FERRAMENTAS SELECIONADAS .....................................................................45 4.1 GLPI – Gestion Libre de Parc Informatique ...........................................................45 4.2 Ocomon ...................................................................................................................47 4.3 OTRS – Open source Ticket Request System .........................................................48 4.4 Quaizer.....................................................................................................................49 4.5 Trellis Desk..............................................................................................................51 5 CONCEPÇÃO DO MODELO DE AVALIAÇÃO DE FGI .................................53 5.1 Métricas ...................................................................................................................53 5.1.1 Definição de métricas ...................................................................................................... 53 5.1.2 Seleção das métricas ....................................................................................................... 55 5.2 Comparativo entre as ferramentas ...........................................................................69 5.2.1 Implantação das ferramentas .......................................................................................... 70 5.2.2 Avaliação comparativa com base nas métricas .............................................................. 73 5.3 Pesquisa para Avaliação das Métricas .....................................................................75 5.3.1 Definição da pesquisa ..................................................................................................... 75 5.3.2 Aplicação da pesquisa ..................................................................................................... 78 15 5.3.3 Tabulação e análise dos dados........................................................................................ 81 6 MODELO PARA AVALIAÇÃO COMPARATIVA DE FGI .............................84 6.1 Elaboração do gabarito ............................................................................................84 6.2 Avaliação comparativa ............................................................................................86 6.3 Considerações sobre o modelo ................................................................................88 7 CONCLUSÃO ...........................................................................................................90 8 TRABALHOS FUTUROS .......................................................................................92 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................94 APÊNDICE A – QUADRO DE CATEGORIAS, PRODUTOS E PROBLEMAS .....................................................................................................................................100 APÊNDICE B – AVALIAÇÃO COM BASE NAS MÉTRICAS ..........................102 APÊNDICE C – MÉTRICAS PRESENTES EM TODAS AS FGI ......................106 APÊNDICE D – MÉTRICAS NÃO PRESENTES NAS FGI ...............................107 APÊNDICE E – FLUXO DE TODAS AS QUESTÕES DA PESQUISA.............108 APÊNDICE F – QUESTÕES DA PESQUISA NO GOOGLE DOCS .................111 APÊNDICE G – TABULAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS ................................125 APÊNDICE H – CATEGORIZAÇÃO DE RELEVÂNCIA DAS MÉTRICAS ..148 APÊNDICE I – TABELA GABARITO ..................................................................151 16 1 INTRODUÇÃO 1.1 Apresentação A crescente complexidade dos sistemas de informação utilizados pelas empresas, aliada à necessidade de rápida adaptação às demandas do negócio, gera dificuldades consideráveis para a gestão efetiva dos serviços e estrutura de Tecnologia da Informação. Tal fato indica, para as empresas, a necessidade de uma estrutura bem definida de processos e procedimentos, organizados em disciplinas, que orientam o uso dos recursos tecnológicos e humanos disponíveis, visando à qualidade dos serviços prestados e à promoção do alinhamento da TI ao negócio. A ITIL (Information Technology Infrastructure Library) consiste no modelo de gerenciamento de processos de TI (Tecnologia da informação), sendo uma referência reconhecida e recurso mais aceito mundialmente. Sua estrutura foi criada na Inglaterra pela OGC (Office of Government Commerce), antiga secretaria do comércio do governo inglês. É o conjunto de processos, normas e orientações que reúne as melhores práticas para se adotar no gerenciamento dos serviços de TI em uma organização. O gerenciamento de incidentes tem como foco principal restabelecer o serviço o mais rápido possível, minimizando o impacto negativo no negócio, podendo ser por meio de uma solução de contorno, fazendo com que o cliente volte a trabalhar de modo alternativo. Um incidente é definido como uma interrupção não planejada ou diminuição da qualidade de um serviço de TI. 17 É, também, uma tarefa da gerência de incidentes garantir que os melhores níveis de disponibilidade e de qualidade dos serviços sejam mantidos, conforme os acordos de nível de serviço. Assim, é importante que o gerenciamento de incidentes conheça e seja informado de quaisquer mudanças que ocorram na estrutura da empresa. Existem trabalhos com temas semelhantes a este, porém o principal foco dos outros autores é efetuar o levantamento de apenas uma ferramenta open source para gerenciamento de incidentes baseado na ITIL, aplicando em casos específicos, mas estes autores não realizam o comparativo entre as ferramentas de gerenciamento de incidentes (FGI) disponíveis no mercado para ver qual se adapta melhor às suas necessidades. O capítulo 2 deste trabalho apresenta a revisão bibliográfica, que aborda as definições dos conceitos utilizados, como a metodologia ITIL e outros conceitos provenientes desta biblioteca, além de outras definições. O capítulo 3 apresenta a descrição do cenário para a realização dos testes, abordando conceitos e descrevendo a preparação do ambiente. O quarto capítulo apresenta um levantamento de cinco FGI disponíveis para uso, sendo que todas são open source. Após a apresentação das características de cada FGI, o capítulo 5 apresenta as etapas para a concepção do modelo de avaliação de FGI, aonde serão definidas as métricas para a avaliação, que serão aplicadas em uma pesquisa e, após a tabulação dos dados, será realizado o comparativo entre as FGI. O capítulo 6 apresenta a descrição do modelo desenvolvido. O capítulo 7 apresenta a conclusão deste trabalho e o capítulo 8 apresentas as propostas para trabalhos futuros. 1.2 Descrição do problema As micro e pequenas empresas enfrentam problemas e desafios gerenciais de natureza diferente dos problemas das empresas maiores. Em geral, têm forças de trabalho menores, orçamentos reduzidos e ambientes de TI menos complexos que os das organizações de maior porte. Além disso, as micro e pequenas empresas precisam 18 atender aos mesmos tipos de demanda das outras organizações e otimizar os níveis de serviços, para atingir os objetivos comerciais, controlar custos e ajustar o departamento de TI às necessidades da empresa. É necessário, então, que estas empresas se adaptem a modelos de boas práticas de gestão, visando a melhoria na prestação de serviço de TI e obtendo o retorno sobre o investimento realizado com essa adequação. Esta adaptação favorece a utilização de FGI, pois sua utilização permite avaliar (qualificar e quantificar) o suporte de infraestrutura de TI, como o Service Desk. A avaliação do Service Desk propicia a obtenção de ROI (retorno de investimento) por meio do aumento de produtividade ou de melhoria de processo, em que ocorre a otimização dos investimentos, proporcionando melhoras nos resultados para a empresa, sejam eles tangíveis ou intangíveis. 1.3 Justificativa Conforme a 24ª Pesquisa Anual do Uso de TI, realizada por Meirelles (2013) da Fundação Getúlio Vargas, as empresas gastam e investem 7,2% do faturamento líquido em TI, valor que triplicou em 18 anos. É fundamental a utilização de metodologias e modelos para gerir tais investimentos em uma área estratégica para qualquer negócio. Quando uma empresa se adapta a um modelo de gerenciamento, ela obtém maior visibilidade no setor em que atua e também consegue um melhor acompanhamento da área de TI quando há o crescimento desta empresa. A migração de software proprietário para software open source em instituições públicas e empresas privadas, não é mais simplesmente um modismo, mas uma realidade há aproximadamente uma década. Como softwares open source não possuem custo de licença, é possível investir mais em serviços e treinamentos, e assim, garantir melhor o retorno dos investimentos em TI. Software proprietário, embora às vezes possa ser distribuído gratuitamente, não permite modificações em seu código para adaptar a uma necessidade específica. 19 Deve-se, então, sempre esperar o lançamento da próxima versão e torcer para que venha com melhorias significativas, o que nem sempre acontece. Já os softwares open source ou código aberto, por sua vez, são distribuídos gratuitamente e permitem a modificação do seu código original. Isto facilita, a quem desejar, agregar funcionalidades específicas que o software ainda não faz ou corrigir erros existentes, proporcionando economia às empresas devido ao fato de não ter que pagar os valores cobrados pelas licenças dos softwares proprietários que, para as micro e pequenas empresas, é um valor significativo de seu orçamento. Ao implementar a ITIL em uma organização, a área de TI não é mais vista como um departamento, mas sim como parte integrante do negócio. Conforme Palma (2009), podem ser citados como exemplos das vantagens da aplicação da ITIL: Benefícios para o Negócio: As práticas definidas pela ITIL refletem em processos de negócio eficientes, com maior garantia de qualidade, produtividade e crescimento, pois o gerenciamento efetivo dos serviços de tecnologia é considerado uma questão de sobrevivência da empresa; Benefícios Financeiros: Os objetivos do processo de gerenciamento de problemas são eliminar tendências de incidentes, diminuir custos de incidentes e prevenir incidentes futuros. Assim, é possível obter um maior retorno financeiro sob a utilização dos serviços de tecnologia além de justificar melhor os gastos em infraestrutura de TI. Benefícios de Inovação: A gestão de serviços de TI, quando bem aplicada, traz maior transparência e compreensão para a empresa, o que possibilita uma maior facilidade de mudar processos para obter melhorias. Benefícios para os profissionais: Os benefícios que podem ser obtidos pelos profissionais ao aplicar as boas praticas ITIL são: motivação (visão de que as coisas funcionam bem e de forma organizada), produtividade (garantia de que existem recursos 20 suficientes para execução de atividades) e transparência (possibilita o conhecimento do funcionamento de outros setores e o profissional é treinado, educado e conhece padrões que são rigorosamente seguidos). Considerando que a área de TI é essencial em uma estrutura organizacional, a ITIL propõe abranger a coordenação de todos os segmentos. A FGI sugere a medição de níveis de serviços e de metas, assim é possível saber o que se tem e o que é necessário melhorar, possibilitando à empresa obter o retomo sobre o investimento realizado na TI. Estudo realizado pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology) com 250 empresas em 23 países revelou que as empresas com governança de TI, melhores do que a média, conseguem um retorno pelo menos 20% maior sobre seus bens do que as organizações com uma governança mais fraca (NEXT GENERATION CENTER, 2013). Gartner (2012 apud COMPUTERWORLD, 2012), declara que sem gestão adequada, as empresas não investirão em TI. Tecnologias, sozinhas, não geram resultados se não forem implementadas em conjunto com processos e estratégia. Por fim, a avaliação comparativa das FGI permite a escolha da que melhor atende as necessidades do negócio, além de propor a redução de gastos por meio do gerenciamento do conhecimento sobre os incidentes. No sentido do direcionamento correto de investimentos na área da TI para que se possa tratar o gerenciamento dos incidentes de maneira proativa, e não reativa como é feito pela maioria das empresas. 1.4 Objetivo geral O objetivo deste trabalho é criar um modelo para avaliar ferramentas open source de gerenciamento de incidentes baseadas na ITIL, destinadas à micro e pequenas empresas, que desejem adequar-se ao modelo das boas práticas de TI, fazendo com que estas empresas possam optar pelo melhor investimento e conhecimentos sobre os processos (fluxo informacional e financeiro). 21 1.5 Objetivos específicos Para este trabalho, têm-se como objetivos específicos: a) Definir as principais métricas a serem avaliadas nas FGI; b) Obter as FGI open source que estão disponíveis para uso comercial; c) Definir o ambiente e realizar os testes com as FGI selecionados; d) Criar o modelo de avaliação para FGI open source para gerenciamento de incidentes; e) Gerar base de conhecimento financeiro e informacional da organização. 1.6 Metodologia Este projeto está alinhado em três etapas: descrição da pesquisa e bibliografia; definição das FGI e métricas, e aplicação de pesquisa com gestores de TI; e avaliação das informações para o desenvolvimento do modelo, respectivamente. Na descrição da pesquisa é realizado todo o levantamento bibliográfico referente ao tema ITIL, envolvendo gerenciamento de incidentes e Central de Serviços e, também, a descrição de softwares open source e a definição de micro e pequenas empresas. Na segunda etapa, é realizado o levantamento das métricas para avaliação das FGI; a listagem do conjunto de FGI open source, sendo que sua utilização é baseada nos critérios previamente estabelecidos na primeira etapa e a criação do ambiente de testes para a instalação das FGI selecionadas. Em paralelo, ainda na segunda etapa, é realizada a pesquisa com os gestores de TI para identificar a relevância das métricas elencadas nesta etapa. Na terceira etapa, é realizada a criação do modelo de avaliação para FGI, definindo sua utilização com base nos estudos realizados nas etapas anteriores. Ao final deste trabalho, são apresentadas as conclusões e propostas para trabalhos futuros. 22 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Este capítulo apresenta a revisão bibliográfica realizada para fundamentação teórica deste trabalho. Na primeira seção deste capítulo, será apresentado o conceito de ITIL. A segunda seção aborda a definição de operação de serviço e a terceira seção apresenta a central de serviço. O gerenciamento de incidentes é apresentado na quarta seção. A definição de software open source é apresentada na quinta seção e a sexta seção apresenta a classificação de micro e pequenas empresas. 2.1 ITIL A biblioteca ITIL foi desenvolvida no final da década de 1980 pela CCTA (Central Communications and Telecom Agency), atual OGC, órgão responsável pela evolução e divulgação da ITIL. Seu desenvolvimento foi um esforço para disciplinar e permitir a comparação entre as propostas dos diversos proponentes e prestadores de serviço de TI para o governo britânico, que não estava satisfeito com o nível de qualidade dos serviços de TI prestados a ele (MAGALHÃES & PINHEIRO, 2007; MELENDEZ FILHO, 2001; LUNA, 2011). Em sua primeira versão, a ITIL era composta de aproximadamente 40 livros. Daí o fato de ser conhecida por biblioteca. Esta primeira versão era bastante diferente da versão atual, publicada em 2011 e apresentada no decorrer desta seção, e era conhecida como GITIM (Government Information Technology Infrastructure Management). Como a ITIL foi concebida como um padrão aberto e, sobretudo, pelo grande enfoque em qualidade, passou a ser adotada pelas organizações europeias 23 privadas, durante a década de 1990. Sua garantia pela definição de processos e a proposição das melhores práticas para o gerenciamento de serviços de TI, que viabilizavam a sua aderência a ISO 9000 e ao modelo de referencia EFQM (European Foundation for Quality Management), fez com que a ITIL passasse a ser adotada, também, pelos países da América do Norte, tornando-se o padrão da atualidade no seguimento de TI. Dentre os fatores motivadores pela adoção das práticas reunidas na ITIL, pode-se citar o incremento dos seguintes aspectos (MAGALHÃES e PINHEIRO, 2007): Custos de entrega e manutenção dos serviços de TI; Requerimentos da organização em relação à qualidade e ao custo/beneficio dos serviços de TI; Demanda em obter a medição do retorno dos investimentos em TI; Complexidade da Infraestrutura de TI; Ritmo de mudanças nos serviços de TI; Necessidades de disponibilidade dos serviços de TI; Aspectos relacionados com segurança. Entre 2000 e 2002, a biblioteca sofreu uma completa revisão e reformulação, sendo as práticas reunidas em oito volumes principais, também chamados de livros, conforme relação a seguir, passando a ser conhecida como a versão 2 da ITIL. Suporte aos Serviços (Service Support); Entrega de Serviços (Service Delivery); Planejamento e Implementação (Planning and Implemention); Gerenciamento de Aplicações (Applications Management); Gerenciamento da Segurança (Security Management); Gerenciamento da Infraestrutura de TI e Comunicações (Information and Communication Technology Infrastructure Management); Perspectiva do Negócio (Business Perpective); 24 Gerenciamento dos Ativos de Software (Software Asset Management); Mesmo que cada livro da biblioteca seja lido e implementado separadamente, a otimização ocorre quando cada processo é considerado como parte de um todo (ITSMF, 2008). Em maio de 2007, foi lançada a versão 3 da ITIL (denominada V3). Esta versão representa uma grande evolução em relação a versão 2, pois organiza os processos de gerenciamento de serviços em uma estrutura de ciclo de vida de serviço, além de trazer e enfatizar conceitos como integração da TI ao negócio e mensuração de valor ao negócio, demonstrando a maturidade que a disciplina de gerenciamento de serviços adquiriu ao longo do tempo (FERNANDES & ABREU, 2012). A ITIL V3 incorpora todo o conhecimento da versão anterior em cinco livros, que abordam o ciclo de vida do gerenciamento de serviços de TI (MELENDEZ FILHO, 2011): Estratégia de Serviços (Service Strategy); Desenho de Serviço (Service Design); Entrega de Serviços (Service Delivery); Operação de Serviços (Service Operation); Melhoria Contínua de Serviço (Continual Service Improvement) A ITIL fornece, também, uma base sólida para a convergência com outros padrões e modelos de gestão e governança, tais como ISO/IEC 20000, COBIT, CMMI, PMBOK, eSCM-SP, etc. Entre as extensões que a ITIL V3 traz em relação à versão anterior, estão estratégias de serviços para modelos de sourcing e de compartilhamento de serviços, abordagens de ROI (Return on investment) para serviços, práticas de desenho de serviços. Um sistema de gerenciamento de conhecimento sobre serviços e o gerenciamento de requisições. Em 2011 o OGC publicou uma atualização da ITIL V3, composta por mudanças relativamente leves, visando, sobretudo: 25 Corrigir alguns erros e inconsistências identificadas no texto, nas figuras e nos relacionamentos entre os cinco livros; Incorporar sugestões de melhorias e soluções de problemas apresentadas pela comunidade (usuários, fornecedores e instrutores), analisadas e recomendadas pelo Comitê de Controle de Mudanças e aprovadas pelo OGC, no sentido de aumentar a clareza, a consistência, a precisão e a completude; Revisar o livro de Estratégia de Serviço para tornar a explicação de alguns conceitos mais clara, concisa e acessível (FERNANDES e ABREU, 2012). As práticas da ITIL são compatíveis com várias modalidades de prestação de serviços de TI, tanto locais quanto remotas, que necessitem de uma forte abordagem de gestão. Não há uma predefinição dos processos que podem ser implementados dentro da TI, porém, é demonstrado por meio das melhores práticas o que pode ser utilizado para esta definição (MAGALHÃES e PINHEIRO, 2007). Pela ênfase dada aos aspectos tecnológicos e à sua abordagem de integração aos requisitos do negócio, Fernandes e Abreu (2012) afirmam que a ITIL tem sido bastante utilizada em projetos e operações contínuas envolvendo itens de infraestrutura, tais como manutenção de equipamentos, gerenciamento de redes, suporte à utilização de aplicações e outsourcing de processos de impressão, entre outros. 2.2 Operação de Serviço Neste livro da ITIL, está descrita a fase do ciclo de vida do gerenciamento de serviços que é responsável pelas atividades do dia a dia, orientando sobre como garantir a entrega e o suporte a serviços de forma eficiente e eficaz e detalhando os processos de gerenciamento de eventos, incidentes, problemas, acesso e de execução de requisições (FERNANDES e ABREU, 2012). 26 A Operação de Serviço é mais do que a execução repetitiva de um padrão de procedimentos ou atividades. Todas as funções, processos e atividades são definidos para possibilitar a entrega de serviços específicos de acordo com seus respectivos níveis de serviço. Um dos papéis chave da Operação de Serviço é gerenciar o potencial conflito de papéis entre as visões externas e internas relacionadas aos serviços, que é resultado de diversas variáveis, encontrando um balanceamento entre um conjunto de prioridades conflitantes. Segundo Fernandes e Abreu (2012), o estágio de Operação de Serviço é suportado por um conjunto de cinco processos de Gerenciamento de Serviços, que são: Gerenciamento de Eventos, Gerenciamento de Incidentes, Gerenciamento de Problemas, Cumprimento de Requisições e Gerenciamento de Acessos. A Figura 1 mostra como os processos da operação de serviço se relacionam. Conforme Mendonça (2011), como parte do ciclo de vida do serviço, o módulo de Operação de Serviço é responsável por executar e desempenhar processos que otimizem o custo e a qualidade dos serviços. Figura 1 – Processos da Operação de Serviço Fonte: Fernandes e Abreu (2012). Como parte da organização, a Operação de Serviço é responsável por permitir que o negócio atinja os seus objetivos, conforme a estratégia que foi definida nos módulos anteriores. E por último, como parte da tecnologia, este módulo é 27 responsável pela manutenção efetiva das funcionalidades dos componentes de infraestrutura que suportam os serviços de TI. Isto é possível por meio do gerenciamento proativo de eventos no ambiente, problemas de infraestrutura, correção e prevenção de falhas e o suporte necessário para que tais condições recebam a devida importância e sejam tratadas conforme os processos estabelecidos, gerando valor ao negócio. Estes princípios ajudam a Operação de Serviço a atingir um equilíbrio entre todos os papéis pelos quais é responsável, focando no gerenciamento efetivo dos aspectos do dia-a-dia das operações de TI, enquanto mantém uma perspectiva de um contexto mais amplo, levando em consideração questões como melhoria contínua dos serviços, identificação proativa de problemas de infraestrutura e padrões de comportamento do ambiente produtivo. Todas as fases do ciclo de vida da ITIL geram valor para o negócio, mas é nesta fase onde o valor se realiza, pois a Operação de Serviço é responsável por entregar níveis de serviço para seus clientes e usuários, enquanto que, ao mesmo tempo, deve manter os custos e a utilização de recursos balanceados. O livro cobre tópicos como os princípios e o ciclo de vida da operação de serviços, fundamentos do processo, administração de aplicação, infraestrutura e operações, fatores de sucesso e controle e funções de processos. 2.3 Central de serviços A Central de Serviço não é um processo e sim uma função, aliás, essencial para o gerenciamento de serviços de TI. Função é um conceito lógico referente a pessoas e medidas automatizadas que executam um determinado processo, atividade ou uma comunicação entre eles. Ela é o primeiro contato dos usuários ao notarem imprevistos e visa responder rapidamente às questões, reclamações e problemas deles. Pode ser centralizada, local ou virtual, nas modalidades: Central de Atendimentos (Call Center): Foco no atendimento de grandes volumes de transações; 28 Central de Suporte (Help Desk): Foco no gerenciamento, coordenação e resolução de incidentes, mitigando perda de requisições e tempo de espera demasiado; Central de Serviços (Service Desk): Trata incidentes e demais processos de negócio, sendo ponto único de contato (Single Point of Contact – SPOC). O SPOC é uma evolução do conceito de Central de Serviços. É a implementação de um ponto único de contato, o que eleva a qualidade e o controle dos serviços na empresa. A partir dele é possível também implementar o conceito de catálogo de serviços. A central de serviços é responsável, principalmente, pelo gerenciamento e comunicação de incidentes. Por meio dela são feitas as suas classificações, conforme será apresentado, nesta seção. 2.3.1 Estrutura organizacional Magalhães e Pinheiro (2007) definiram os seguintes fatores para a escolha do tamanho da central de serviços: Tamanho da organização; Grau de distribuição da estrutura organizacional; Nível de heterogeneidade da infraestrutura de TI. Baseando-se nestas informações, montaram um quadro como proposta de seleção da estrutura organizacional da central de serviços (Quadro 1). Quadro 1 – Estrutura Organizacional e ITIL Tamanho da Organização Pequena Pequena Pequena Pequena Grande Grande Grande Grande Estrutura Organizacional Centralizada Centralizada Distribuída Distribuída Centralizada Centralizada Distribuída Distribuída Heterogeneidade da Infraestrutura de TI Baixa Elevada Baixa Elevada Baixa Elevada Baixa Elevada Fonte: Magalhães e Pinheiro (2007). Arquitetura da central de serviços Local Local Centralizada Centralizada Local Centralizada Centralizada / Virtualizada Virtualizada 29 Conforme apresentado no Quadro 1, existem três tipos principais de estruturas: Central de Serviços Local: Este tipo tem toda sua infraestrutura localizada no mesmo espaço físico dos usuários dos serviços de TI. Isso permite uma maior visibilidade dos acontecimentos; Central de Serviços Centralizada: Quando toda a sua infraestrutura estiver em um local físico diferente da localização dos usuários dos serviços de TI; Central de Serviços Virtualizada: Este tipo de arquitetura está distribuída geograficamente. As centrais de serviço ainda podem ser classificadas conforme o tipo de atendimento: Atendimento 24 horas: algumas organizações por possuírem sedes em várias partes do globo poderão ter o serviço de suporte disponibilizado 24 horas; Grupos especializados: Através de gravações telefônicas os grupos de incidentes serão informados e o usuário selecionará para que tipo deseja atendimento. A ligação redirecionará o usuário para o especialista no atendimento daquele incidente. Uma organização pode utilizar uma estrutura que seja resultada da combinação de mais de uma destas opções com o objetivo de satisfazer plenamente as necessidades do negócio. 2.3.2 Níveis de suporte Os níveis de suporte são camadas especializadas de técnicos que colaboram para resolver os incidentes enviados para a central de serviços. Uma organização deve assegurar que os funcionários sejam atendidos por um número suficiente de analistas e estes estejam sempre disponíveis conforme a demanda. 30 Para definição dos níveis é importante que sejam considerados alguns fatores (TAYLOR et al, 2007): Expectativas dos clientes e usuários; Número de clientes e usuários; Tipos de incidentes e requisições de serviços; O período de tempo necessário para suporte aos usuários (Zonas de tempo, jornada padrão de trabalho e requisitos solicitados fora do expediente); Tipos de comunicação com os usuários (Telefone, e-mail, salas de bate-papo); Entendimento dos processos e procedimentos do negócio. Todos estes itens devem ser cuidadosamente estudados antes de qualquer decisão da definição dos níveis. A organização deve definir que faixas de habilidades são necessárias para os níveis da central de serviços. A maioria dos departamentos de TI possui no máximo 3 níveis de suporte. O primeiro nível de suporte é constituído pelos analistas da central de serviços, que é responsável pela demanda dos incidentes e requisições de serviços. É o ponto único de contato com a TI (SPOC – Single Point Of Contact). Tradicionalmente existem 3 estilos neste nível (COHEN, 2008): Solucionador: o perfil destes analistas é bastante desenvolvido em termos técnicos. O objetivo é que o incidente seja solucionado no momento do recebimento; Direcionador: a função deste analista é de simplesmente registrar o incidente de uma forma detalhada e encaminhar para o nível responsável; Solucionador + Direcionador: nesta combinação o analista registra o incidente e tenta resolver apenas com o auxílio da base de incidentes e scripts de análise. 31 O segundo nível de suporte pretende resolver os incidentes que não são resolvidos de forma remota. Os técnicos deste grupo intervêm nos incidentes que necessitam da presença física. Geralmente os incidentes resolvidos por este nível são problemas de hardware, infraestrutura de rede e de banco de dados. O terceiro nível de suporte é composto por desenvolvedores de software e fabricantes de hardware, especialistas externos e consultores. Os incidentes chegam a este nível quando o suporte local necessita de um auxílio externo para resolução do incidente. 2.4 Gerenciamento de incidente O processo de gerenciamento de incidente é apoiado pela Central de Serviços, sendo que este é o processo responsável pelo tratamento e pela resolução de todos os incidentes observados nos serviços de TI, minimizando os impactos decorrentes do efeito sobre o nível de serviço ou, até mesmo, da indisponibilidade total. Conforme afirmado por Magalhães e Pinheiro (2007), a resolução de um incidente o mais prontamente possível é o foco principal do Gerenciamento de Incidente, o que pode ser alcançado pela aplicação de uma solução de contorno (workaround). Ainda para Magalhães e Pinheiro (2007), os objetivos do processo de Gerenciamento de Incidente são: Resolver o incidente do modo mais rápido possível, ao menos dentro do tempo estabelecido pelo Acordo de Nível de Serviço celebrado com a área-cliente do serviço de TI; Minimizar a adversidade do impacto ocasionado pelo incidente sobre as operações do negócio; Manter a comunicação entre a área de TI e suas áreas usuárias sobre o estado do incidente (escalonamento, tempo estimado para a resolução, solução de contorno etc.); 32 Avaliar um incidente para determinar se é provável que volte a ocorrer ou se é um sintoma de um problema crônico. Se for isto, informar à equipe de Gerenciamento de Problema a respeito; Assegurar os melhores níveis de disponibilidade e de desempenho dos serviços de TI; Segundo Melendez Filho (2011), há dois métodos ou modos de implementação do processo de gerenciamento de incidentes, que são os seguintes: Modo receptivo: o usuário entra em contato com a Central de Serviço; Modo ativo: a Central de Serviço entra em contato com o usuário, oferecendo serviços como retorno de chamados de incidentes e realização de pesquisa de satisfação de usuários. O gerenciamento de incidentes contempla as falhas e interrupções reportadas pelo usuário (modo receptivo), a adoção de procedimentos rápidos de resolução recuperação, acompanhamento da solução até o fechamento do registro de incidente de serviço (ordem de serviço), que será efetivado com o aceite final do usuário. O Quadro 2, apresentado por Melendez Filho (2011), descreve detalhadamente o ciclo de vida do incidente, que vai desde o atendimento inicial do usuário até o fechamento da ordem de serviço. O registro dos incidentes, citado na etapa 8 do Quadro 2, conforme Cohen (2008), geram informações que podem ser utilizadas em diversas análises como, por exemplo, as apresentadas a seguir: Carga de serviço dos técnicos; Tipo de problemas corriqueiros; Período (dia, semana ou mês) com o maior fluxo de contatos e solicitações; Equipamentos que mais apresentam defeitos; Usuários com o maior nível de dificuldade no uso da tecnologia. 33 Quadro 2 – Etapas do gerenciamento de incidentes e respectivos procedimentos Etapa ITIL® 1. Identificação 2. Registro 3. Categorização 4. Priorização 5. Diagnóstico Inicial 6. Investigação e Diagnóstico 7. Resolução e Recuperação 8. Fechamento Procedimentos Detalhados Identificação do usuáro, seu perfil e itens de configuração a ele entregues. Entendimento da demanda e abertura de registro do contato. Verificação do histórico de soluções adotadas e pendências. Determinação e registro da priorização da Ordem de Serviço, conforme perfil, Itens de configuração e histórico de soluções adotadas. Diagnóstico das possíveis causas. Verificação se o usuário deseja participar do procedimento de recuperação do incidente. Caso negativo, vai para a etapa 8. Localização/verificação de possíveis soluções na base de conhecimento. Localização/verificação de possíveis informações e orientações no "diário de bordo". Orientação do usuário para solução de demanda ou solicitação para acesso à estação de trabalho do usuário. Tentativa de solução do incidente. Não solucionado o incidente, volta à etapa 5. Efetua o registro da solução do incidente ou do entendimento do incidente. Envio do registro para a equipe de telessuporte de 2º nível, para a equipe de field service ou para assistência técnica/garantia. Solicita e registraa avaliação da satisfação do usuário e encerra o contato/demanda. Registro final da demanda no sistema de gerenciamento de incidentes. Fonte: Melendez Filho (2011) Há, ainda, alguns outros conceitos relevantes que devem ser considerados e praticados dentro do escopo do gerenciamento de incidentes. Estes conceitos serão apresentados nas subseções a seguir. 2.4.1 Modelos de incidentes ou scripts de incidentes São scripts que os atendentes e analistas da Central de Serviço podem consultar, que contêm procedimentos a serem utilizados durante o ciclo de vida do incidente e que agilizam a identificação de ações a serem tomadas. 34 Estes scripts costumam ser dicas e truques que foram documentados por outros atendentes e analistas, após horas de investigação e de ações de resolução de incidentes já conhecidos porque se repetem (MELENDEZ FILHO, 2011). 2.4.2 Escalonamento de incidentes Corresponde à passagem do incidente de um nível de atendimento para outro, com o objetivo de atender as metas de SLA, que são os direitos dos clientes aplicados às relações entre organizações, ou seja, são as garantias legais de níveis de desempenho dos serviços de TI oferecidos e de infraestrutura por parte de seus fornecedores (MAGALHÃES E PINHEIRO, 2007). O escalonamento pode ser funcional, que é quando o incidente é transferido para uma área que possui mais conhecimento técnico; ou pode ser hierárquico, onde o incidente é transferido para níveis hierárquicos superiores. 2.4.3 Prioridade de incidentes Com base em critérios que analisam o impacto do incidente em relação do negócio da organização, é definida a prioridade de atendimento para o incidente. 2.4.4 Gravidade ou severidade de incidentes São incidentes que, geralmente, são atendidos por equipes especificas. Estas equipes atuam em incidentes graves ou com alto grau de severidade, como aqueles que ocorrem com ativos de serviço considerados críticos, em que sua interrupção ou falha causam um maior impacto para a organização. 2.5 Software Open Source Todo software existe em duas formas: uma lida somente por computadores e outra que pode ser lida pelas pessoas. A forma que o computador lê é a forma que é executada por ele. Esta forma é chamada de código binário ou executável. A forma 35 que pode ser lida por humanos é chamada de código fonte. É assim que os programas são desenvolvidos e, através de um compilador, é que se gera o código binário ou executável (CHASSELL, 2013). Inicialmente, todo software era livre e qualquer programador tinha o direito legal de copiar, estudar, modificar e redistribuir os programas gerados. Entre os anos de 1968 e 1969, a IBM anunciou o unbundling (desagregação) de seus produtos, separando o software do hardware, e já haviam empresas que focavam no desenvolvimento de software (SABINO, 2011). A partir do final dos anos 70, tornouse possível proteger os programas de computador com a licença copyright e, também, obter a patente sobre algum algoritmo matemático existente (CHASSELL, 2013). A possibilidade de proteger os programas de computador por meio da licença copyright motivou os membros da cultura hacker americana a criar o termo software livre (free software), entre as décadas de 60 e 70. Segundo Rasch (2000), sua criação teve origem nos laboratórios de informática de algumas universidades, como Stanford, Berkeley, Carnegie Mellon e MIT. O movimento pelo open source foi iniciado no final dos anos 90, por algumas pessoas que admiravam os benefícios técnicos e econômicos do código fonte aberto e desenvolvimento aberto, sendo que pouco ou nada se importavam com os aspectos relativos à liberdade. Existe muito pouco software reconhecido pela iniciativa open source que não é simultaneamente software livre, e a sigla FOSS (Free and Open Source Software) é usada para especificar estes softwares (OPENSUSE, 2013). Para Augusto (2003), o ponto em comum entre as diversas licenças que atendem a definição Open Source é a negação de quaisquer garantias sobre o produto. “A intenção é proteger o autor do software de qualquer obrigação ou passivo legal ligado aos programas. Uma vez que os programas normalmente são distribuídos sem custo, é razoável fixar esta ausência de garantias, pois o autor não obtém receitas com os programas a fim de custear seguros ou honorários legais.” (AUGUSTO, 2003, pg. 13) Qualquer indivíduo pode tomar o programa como sua propriedade particular, retirar a indicação da autoria, tratá-lo como sua produção intelectual e relicenciá-lo (PERENS, 2013). 36 2.6 Micro e Pequenas Empresas A classificação para micro e pequenas empresas não segue um padrão único, havendo vários métodos para isto. De acordo com Longenecker et al (2007 apud NOGUEIRA, 2012), não há uma definição universalmente aceita, pois depende da finalidade a qual a empresa se destina. Para o SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), o número de funcionários é o critério utilizado para a classificação de empresas de comércio e de indústria, conforme apresentado no Quadro 3. Quadro 3 – Classificação das MPE de acordo com o número de empregados. Setor . Porte Micro empresas Empresas de pequeno porte Médias empresas Grandes empresas Indústria Comércio e Serviços Até 19 De 20 a 99 De 100 a 499 500 ou mais Até 9 De 10 a 49 De 50 a 99 100 ou mais Fonte: www.sebrae.com.br. Acesso em: 30 de maio de 2013 Nesta classificação, microempresas de comércio e serviços são aquelas que possuem até nove funcionários, e pequenas empresas da mesma categoria são as que possuem de dez a quarenta e nove funcionários. Este número sobe para até 19 funcionários nas microempresas e até 49 funcionários para pequenas empresas da categoria indústria. A lei complementar nº 123/2006 do Governo Federal que revoga a Lei do Simples Federal (Lei nº 9.317/96), que dá benefícios do ponto de vista tributário e fiscal, classificam as micro e pequenas empresas pelo faturamento bruto anual, sendo de até R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) para microempresas e, acima desse valor, até R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais) para empresas de pequeno porte. Já o Estatuto da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (Lei nº 9.841/99), que estabelece incentivo através da simplificação de suas obrigações administrativas, previdenciárias e creditícias e pela eliminação ou redução destas por 37 meio de lei, define a classificação de micro e pequenas empresas conforme o Decreto nº 5.028/04: Microempresa é a pessoa jurídica com receita bruta anual igual ou inferior a R$ 433.755,14. Empresa de pequeno porte é a que possui renda bruta anual de R$ 433.755,15 a R$ 2.133.222,00. Em 2009, as micro e pequenas empresas representavam 99,6% das empresas nacionais, e eram responsáveis por 77,6% dos postos de trabalho. Esses dados comprovam a força que elas possuem no mercado brasileiro (SEBRAE, 2009). As empresas de pequeno porte têm se mostrado propulsoras de empregos e crescimento econômico. Segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais do Ministério do Trabalho e Emprego (RAIS/MTE), de 2000, 93% do total dos estabelecimentos empregadores do Brasil são constituídos por empresas de micro e pequeno porte (com até 100 empregados), e nos anos de 1999 e 2000 foram responsáveis por 96% dos empregos. As micro e pequenas empresas são as maiores geradoras de emprego e renda e contribuem para o desenvolvimento das regiões menos desenvolvidas. Dai a sua importância para o desenvolvimento econômico e social de um país. Segundo o SEBRAE (2006), no Brasil existem 5,1 milhões de empresas. Desse total, 98% são micro e pequenas empresa, responsáveis por 67% do pessoal ocupado no setor privado. Os pequenos negócios (formais e informais) respondem por mais de dois terços das ocupações do setor privado. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) desenvolveu, em 2001, um amplo estudo sobre as principais características de gestão das micro e pequenas empresas brasileiras. Algumas características encontradas neste estudo são: Baixo volume de capital empregado; Contratação direta de mão-de-obra; Baixo emprego de tecnologias sofisticadas; Baixo investimento em inovação tecnológica. 38 Cavalcante (2010) aponta que umas das características marcantes é que as micro e pequenas empresas geralmente possuem gerencia e administração ligadas aos seus proprietários, sendo representadas individualmente ou por um grupo pequeno de pessoas. 39 3 DESCRIÇÃO CENÁRIO PARA REALIZAÇÃO DOS TESTES O objetivo de realizar testes das ferramentas de gerenciamento de incidentes é avaliar suas funcionalidades por igual, para que, ao final dos testes, seja possível obter a relação das características presentes em cada FGI. Segundo Vieira (2010), para a realização de testes é necessário oferecer um ambiente com infraestrutura similar ao de produção, com bases de dados reduzidas, descaracterizadas e íntegras, utilizando processos automáticos de carga e validação de informações. Os testes a serem realizados são de validação, que são executados em um ambiente preparado exclusivamente para as atividades de teste. Testes de validação, segundo Bartié (2002 apud MARINHO, 2009), são baseados no comportamento do software, segundo diversas condições que serão simuladas, para que sejam comparadas com as especificações produzidas pela área de negócios. Na fase de validação de software, devem ser utilizados vários métodos, para garantir que esta fase seja completa e eficaz, pois, segundo Cybis (2007), ela é bem sucedida quando o software funciona de uma maneira razoavelmente esperada pelo cliente. Os testes a serem realizados neste trabalho serão do tipo Caixa Preta, também conhecidos por testes funcionais e, para Maldonado (2009), são conhecidos por testes baseados em especificações, que são bastante utilizados nas fases de testes de sistemas e de aceite. Este tipo de testes analisa a interface, funções, desempenho, performance e dados do sistema (MARINHO, 2009). Segundo Sommerville (2007), no teste de caixa preta, o testador apresenta o caso de teste, ou seja, as entradas de dados para os testes no sistema e examina se a saída dos resultados dos testes são aquelas previstas, caso não seja, o teste detectou um problema com o software. 40 Esta seção apresenta a definição e a preparação do ambiente de teste, abordando detalhes como a elaboração das categorias de produtos a serem cadastradas nas FGI, a infraestrutura para sua implantação e modelos de chamados, com diferentes especificações, que servirão como guia para os testes. 3.1 Definição do ambiente A primeira etapa desta seção é desenvolver a base inicial com as informações para popular as FGI. Esta base será desenvolvida em duas etapas: 1. Categorias: base com as categorias, produtos e problemas que servirão para categorização dos incidentes de teste; 2. Perfis: base com perfis de atendentes e analistas que atuarão nos incidentes abertos. Depois de criadas, as bases serão cadastradas em todas as FGI a serem avaliadas neste trabalho, assim haverá o subsídio inicial para que os testes sejam realizados. 3.1.1 Base Categorias Para a criação da base categorias, será utilizada a estrutura de uma empresa real, em que concordou em fornecer a base de categorias da sua FGI, mas não terá seu nome divulgado por questões burocráticas. O Quadro 4 apresenta um exemplo de como será a classificação de categorias, produtos e problemas. Este quadro é apresentado integralmente no Apêndice A. A criação de categorias, produtos e problemas é importante, pois, ao trabalhar com uma FGI, é possível categorizar melhor os incidentes registrados. 41 Quadro 4 – Categorias, Produtos e Problemas Categoria Produto Problema Configuração Instala,Move,Altera Equipamento Access Point Mal Funcionamento Equipamentos/Acess. Reset Instalar Estabilizador Mal funcionamento Ad/Rem backup de um servidor Atender auditoria Backup e restore Cancelamento de backup Infra Backup/Restore Movimentação de dados históricos Solicitação de restore Tape library Adic/Rem tape library Gerencia Router Configuração IP Solicitação de IP Fixo Configuração Infra WAN Enviar relatório de alto consumo Roteadores Solicitação relatório de consumo WAN inop troubleshooting Fonte: Desenvolvimento próprio (2013). Para Magalhães e Pinheiro (2007), a categorização permite um gerenciamento eficiente do ciclo de vida de serviço proposto na ITIL, permitindo: Localizar o incidente ao longo do seu ciclo de vida; Adicionar informação útil que possa auxiliar, informar ou assistir a equipe de suporte técnico, objetivando encontrar a solução permanente ou uma solução de contorno; Registrar informações para a formação de histórico para uso futuro; Colecionar informação sobre a quantidade de incidentes, eficiência na resolução, disponibilidade dos serviços de TI e análise de tendências para utilização pelos outros processos definidos na ITIL. Outros benefícios da categorização de incidentes, conforme Magalhães e Pinheiro (2007), são: melhor definição de impacto do incidente para o negócio, melhor gerencia de escalonamento de incidentes e relatórios gerenciais mais precisos. 42 3.1.2 Base Perfis A criação da base perfis consiste em definir os atendentes e analistas responsáveis pelo atendimento de primeiro, segundo e terceiro nível, conforme apresentado na seção 2.3.2. É definida, também, a associação dos perfis criados como responsáveis pelo atendimento de categorias especificas criadas na seção 3.1.1. O Quadro 5 apresenta os perfis a serem cadastrados nas FGI, associados às categorias em que serão responsáveis pelo atendimento. Quadro 5 – Perfil x Nível x Categoria Perfil Suporte 1 Suporte 2 Suporte 3 Suporte 4 Suporte 5 Suporte 6 Suporte 7 Suporte 8 Suporte 9 Suporte 10 Suporte 11 Suporte 12 Suporte 13 Suporte 14 Suporte 15 Nível de atendimento 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 3 3 3 3 3 Categoria Atendimento inicial e registro de incidentes Atendimento inicial e registro de incidentes Atendimento inicial e registro de incidentes Atendimento inicial e registro de incidentes Atendimento inicial e registro de incidentes Equipamentos/Acess, Infra WAN Infra Storage, Infra Servidores Infra WAN, Infra Internet Segurança da Informação, Telefonia Infra Backup Restore, Infra Banco de Dados Telefonia Internet Servidores Antivírus Manut. Hardware Fonte: Desenvolvimento próprio (2013). A próxima seção aborda a preparação do ambiente para a instalação das FGI e para a o preenchimento das bases de categorias e perfis. 3.2 Preparação do ambiente As FGI serão instaladas em servidores virtuais, de igual configuração, para a realização dos testes. O software de virtualização utilizado é o Oracle Virtual Box versão 4.2.18, que permite a instalação e utilização de um sistema operacional dentro 43 de outro, assim como seus respectivos softwares. O Virtual Box Possibilita o uso de dois ou mais computadores independentes, que compartilham fisicamente o mesmo hardware (VIRTUALBOX, 2013). O sistema operacional escolhido para estes servidores virtuais é o Debian. O Projeto Debian é uma associação de pessoas que têm como causa comum criar um sistema operacional livre. O sistema operacional é chamado Debian GNU/Linux, ou simplesmente Debian (DEBIAN, 2013). A versão utilizada é a 6.0.8 netinst. Nesta versão o método de instalação do Debian requer uma conexão permanente à Internet durante a instalação. Comparado com outros métodos, este realiza o download de menos dados, já que o processo é adaptado às necessidades do utilizador. Para a instalação das FGI, é necessário fazer com que estes servidores sejam do tipo web, que, para Technet (2013), são computadores com software específico que permitem a aceitação de solicitações de computadores de clientes e retornam respostas a essas solicitações. Os servidores web permitem o compartilhamento de informações pela Internet ou por uma intranet ou extranet. Os softwares específicos para o funcionamento dos servidores web, utilizados neste trabalho, são: Apache HTTP Server (versão 2.2.16): O servidor HTTP Apache é capaz de executar código em PHP, PERL, Shell Script e até em ASP e pode atuar como servidor FTP, HTTP, entre outros. Sua utilização mais conhecida é a que combina o Apache com a linguagem PHP e o banco de dados MySQL (ALECRIM, 2006). MySQL (versão 5.1.72): Sistema gerenciador de banco de dados relacional, open source, usado na maioria das aplicações gratuitas para gerir suas bases de dados. O serviço utiliza a linguagem SQL, que é a linguagem mais popular para inserir, acessar e gerenciar o conteúdo armazenado num banco de dados (PISA, 2012). PHP (versão 5.3.3-7): Linguagem de programação de ampla utilização, interpretada e interessante para o desenvolvimento de páginas web. Pode ser mesclada dentro do código HTML. A sintaxe 44 da linguagem PHP lembra C, Java e PERL, e é fácil de aprender. O objetivo principal da linguagem, é permitir que desenvolvedores escrevam páginas que podem ser geradas dinamicamente e rapidamente, mas é possível fazer muito mais do que isso com PHP (PHP, 2013). Os servidores virtuais serão instalados no mesmo equipamento físico, que possui as seguintes configurações: Processador: Intel Core i3 M350 2,27 GHz; Memória principal (RAM): 3GB; Memória secundária (HD): 500GB; Sistema Operacional: MS Windows 7 SP1 Home Basic 32 bits. Cada servidor virtual possuirá a mesma configuração: Processador: 1 Core; Memória principal (RAM): 384 MB; Memória secundária (HD): 8 GB; Sistema Operacional: Debian 6.0.5. Após a instalação e configuração do ambiente citado nesta seção, os servidores virtuais estarão prontos para a instalação dos softwares de gerenciamento de incidentes. 45 4 FERRAMENTAS SELECIONADAS Este capítulo apresenta as FGI open source selecionados para serem submetidas à avaliação comparativa, que será realizada no ambiente proposto no capítulo 3 deste trabalho. A seleção dos softwares atendeu os seguintes critérios: Código aberto: A FGI é distribuída sobre a licença de código aberto (open source). Seu código pode ser alterado, customizado e melhorado para melhor atender as micro e pequenas empresas; Confiabilidade: As FGI devem possuir confiabilidade. Isto é quando a FGI é adotada por grandes instituições ou se é desenvolvida e mantido por empresas privadas que possuem outros produtos como fonte de renda; Conformidade: As FGI devem estar alinhadas com as melhores práticas contidas na biblioteca ITIL. Através destes três critérios, é possível garantir que as estejam de acordo com o propósito deste trabalho. 4.1 GLPI – Gestion Libre de Parc Informatique O GLPI (Gestion Libre de Parc Informatique) é um sistema desenvolvido com o intuito de fornecer uma poderosa ferramenta para gerenciamento de TI e parques computacionais, tendo como principais funcionalidades o gerenciamento de centros de suporte e inventário de equipamentos de informática de forma integrada. Para Passamani (2010), GLPI é uma solução web open source completa para gestão de ativos e help desk. O mesmo gerencia todos os seus problemas de 46 inventário de ativos, hardwares, software e suporte ao usuário (help desk). Segundo Salles (2013), trata-se de um sistema totalmente livre licenciado pelos termos da licença pública geral, GPL (General Public License) V2, desenvolvido oficialmente na França e presente em mais de 24 países. O sistema foi especialmente projetado com o intuito de criar um banco de dados contendo todas as informações possíveis sobre a vida de cada componente de sua infraestrutura de TI. Com o GLPI é possível conhecer precisamente todo e qualquer manejo realizado sobre todos os itens da rede, incluindo hardware e software, os quais são automaticamente registrados e contabilizados no custo total de propriedade dos itens de configuração, gerando informações valiosas sobre o seu custo real aos administradores da empresa. O GLPI é utilizado por diversas instituições publicas e privadas. Algumas dessas instituições, que estão no Brasil, são apresentadas como utilizadoras desta FGI em seu site oficial (GLPI, 2013): Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG); Universidade Luterana do Brasil (ULBRA); Tribunal de Justiça do Estado do Espirito Santo (TJES); Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). A Figura 2 apresenta uma visão da aplicação em funcionamento. Figura 2 – Visão da ferramenta GLPI em funcionamento Fonte: http://www.glpi-project.org/. Acesso em: 15 jul. 2013. 47 A versão mais recente do GLPI é a 0.84.2 que foi liberada em 12 de setembro de 2013. O download do código fonte está disponível apenas no formato TGZ (Tape Archive Gzipped File) e seu tamanho é de 9.3 MB. 4.2 Ocomon Ocomon é uma FGI em que é possível organizar e cadastrar um parque de ativos e utilizá-los associando estes aos usuários para abertura de chamados (BYEGMANN, 2009). Conforme apresentado em seu site oficial (RIBEIRO, 2013), “O Ocomon surgiu em Março de 2002 como projeto pessoal do programador Franque Custódio, tendo como características iniciais o cadastro, acompanhamento, controle e consulta de ocorrências de suporte e tendo como primeiro usuário o Centro Universitário La Salle (UNILASALLE). A partir de então, o sistema foi assumido pelo Analista de Suporte Flávio Ribeiro que adotou a ferramenta e desde então a tem aperfeiçoado e implementado diversas características buscando atender a questões de ordem prática, operacional e gerencial de áreas de suporte técnico como help desk e service desk.” (RIBEIRO, 2013). O Ocomon é utilizado por diversas instituições brasileiras, publicas e privadas. Algumas dessas instituições são apresentadas como utilizadoras desta FGI em seu site oficial (RIBEIRO, 2013): Instituto Federal do Pará (IFPA); Prefeitura Municipal de Gramado – RS; Secretaria da Fazenda do Estado do Piauí; Secretaria de Saúde de Botucatu – SP; Universidade Estadual de Goiás (UEG). O Ocomon possui uma interface web amigável, que utiliza as tecnologias PHP e MySQL. Implantando este sistema e treinando os usuários e o pessoal de TI, é possível realizar atividades como a visualização e interação com chamados, sem grandes dificuldades. A Figura 3 apresenta uma visão da aplicação em funcionamento. 48 Figura 3 – Visão da aplicação Ocomon em funcionamento Fonte: http://ocomonphp.sourceforge.net/. Acesso em: 15 jul. 2013. A versão mais recente do Ocomon é a 2.0RC6 que foi liberada em 11 de setembro de 2009. O download do código fonte está disponível nos formatos TGZ (Tape Archive Gzipped File) e ZIP, e seu tamanho é de 3.02 MB. 4.3 OTRS – Open source Ticket Request System O OTRS, projeto em código aberto líder em Help Desk e IT Service Management, é um sistema que permite transparência e colaboração para o Service Desk e equipes de suporte ao cliente e usuário, incluindo implementações das melhores práticas de ITIL (LOPES, 2012). É utilizado por milhares de organizações, em todo o mundo, permitindo transparência e colaboração entre as equipes de suporte e os clientes (OP SERVICES, 2013). O OTRS é muito funcional para gerenciar call centers ou qualquer outra configuração de atendimento em equipe. É desenvolvido pelo OTRS Group, empresa alemã com filiais e parceiros em todos os continentes. O OTRS é utilizado por diversas instituições publicas e privadas. Em seu site oficial, é apresentada a lista de instituições utilizadoras, sendo algumas delas (OTRS, 2013): Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP); International Business Machines (IBM); 49 National Aeronautics and Space Administration (NASA); Porsche Hungaria Kereskedelmi Kft. A Figura 4 apresenta uma visão da aplicação em funcionamento. Figura 4 – Visão da aplicação OTRS em funcionamento Fonte: http://www.otrs.com. Acesso em: 15 jul. 2013. A versão mais recente do OTRS é a 3.2.11 que foi liberada em 07 de outubro de 2013. O download da instalação está disponível nos formatos RPM (Red Hat Package Manager) para instalação em sistemas Linux, EXE para as instalação em sistemas MS Windows. O código fonte pode ser baixado em formatos compactados (TGZ e ZIP) com o tamanho de 21.344 MB. 4.4 Quaizer Para Chiari (2013), o Quaizer é uma combinação de módulos que podem ser configurados à vontade e livremente para atender as necessidades dos utilizadores. O Quaizer pode ser utilizado na gestão de atendimento, ou de serviços de TI ou em outras áreas similares, como suporte a clientes, Help Desk e Service Desk. 50 Extremamente atual e flexível, permite registro de incidentes (chamados) e requisições (pedidos), integração com base de conhecimento de pesquisa textual e outras funcionalidades (QUAIZER, 2013). O Quaizer é o produto open source da empresa Sial Software que, em seu site oficial, apresenta algumas características deste sistema (QUAIZER, 2013): "Sendo um produto avançado, baseado na tecnologia Drupal 7. Compatível com HTML 5, AJAX, RSS, temas visuais, modularizado, integrado com geração de gráficos do Google, single sign-on, personalização do layout de páginas, mais de 150 idiomas, milhares de módulos plug-and-play e uma série de outras tecnologias que se traduzem em alta produtividade para os analistas." (QUAIZER, 2013) A Figura 5 apresenta uma visão da aplicação em funcionamento. Figura 5 – Visão da aplicação Quaizer em funcionamento Fonte: http://www.quaizer.org/. Acesso em: 15 jul. 2013. A versão mais recente do Quaizer é a 1.1 que foi liberada em 06 de agosto de 2013. O download do código fonte está disponível nos formatos TGZ para instalação em sistemas Linux e ZIP para instalação em sistemas MS Windows, com o tamanho de 37.887 MB. 51 4.5 Trellis Desk Trellis Desk é uma FGI open source de suporte por tickets. Com ele é possível implantar suporte online em sites sem custo, de forma simples, rápida e com um visual profissional (COSTA, 2013). Trellis Desk é uma solução de help desk poderosa e robusta para o seu negócio. Melhora o serviço de sua empresa, permitindo que seus clientes enviem rapidamente e facilmente tickets de suporte à sua equipe (ACCORD5, 2013). É muito útil para empresas que realizam atendimento ao cliente (suporte), devido o registro e acompanhamento de incidentes incluso nesta ferramenta e também por ser uma forma rápida de solucionar problemas. Seu funcionamento é baseado no envio de tickets para os departamentos do sistema, inclusive com níveis de prioridade e status do ticket. Em seu site oficial, é realizada a divulgação das instituições que utilizam esta FGI (ACCORD5, 2013): Intel Corporation; Hong Kong and Shanghai Banking Corporation (HSBC); United States Army. É possível, também, encontrar em diversos fóruns e blogs internacionais e nacionais, discussões e tutoriais sobre a instalação e manutenção do Trellis Desk. A Figura 6 apresenta uma visão da ferramenta em funcionamento. 52 Figura 6 – Visão da ferramenta Trellis Desk em funcionamento Fonte: http://www.accord5.com/trellis. Acesso em: 15 jul. 2013. A versão mais recente do Trellis Desk, na versão livre, é a 1.0.4. O download do código fonte está disponível nos formatos ZIP para instalação em sistemas Linux e MS Windows, com o tamanho de 1.04 MB. 53 5 CONCEPÇÃO DO MODELO DE AVALIAÇÃO DE FGI Este capítulo apresenta as etapas para o desenvolvimento do modelo de avaliação proposto, na qual é necessário selecionar as métricas que serão avaliadas nas FGI, analisar em quais delas as métricas estão presentes e avaliar a importância das métricas para as empresas por meio da realização de uma pesquisa. A primeira seção deste capítulo apresenta as métricas selecionadas para este trabalho, a segunda seção apresenta o comparativo das FGI e a terceira seção apresenta a pesquisa realizada com os profissionais de TI, para identificar a importância das métricas nas organizações. 5.1 Métricas As métricas possuem um papel importante para a criação do modelo, pois, diante de um trade-off (implicação de uma decisão feita com completa compreensão tanto do lado bom, quanto do lado ruim de uma escolha em particular) em que é preciso decidir por uma das opções de FGI apresentadas, as métricas servirão como variáveis de entrada para que o modelo decida entre as FGI, selecionando uma e abrindo mão das demais. Esta seção apresentará a definição e a seleção das métricas a serem utilizadas para a avaliação de funcionalidades das FGI. 5.1.1 Definição de métricas Conforme Farris et al (2013), uma métrica é um sistema de mensuração que quantifica uma tendência, uma dinâmica ou uma característica. Praticamente em todas 54 as disciplinas, são utilizadas métricas para explicar fenômenos, diagnosticar causas, compartilhar descobertas e projetar os resultados de eventos futuros. Para Krieser (2010), métrica significa uma indicação quantitativa de algum item específico através de uma unidade de medida padronizada. Já para Ferrari (2013), uma métrica é uma definição operacional que descreve, em termos muito específicos, o que é alguma coisa e como ela é medida pelo processo de controle da qualidade. Cohen (2008) apresenta dois conjuntos básicos de métricas existentes: Quantitativo: As métricas do conjunto quantitativo baseiam-se em números, resultados e valores que podem servir como base para a tomada de decisão dentro das empresas, como a contratação ou demissão de funcionários e o investimento e corte de gastos em setores; Qualitativo: As métricas do conjunto qualitativo revelam um universo imperceptível aos números, podendo contrariar as métricas quantitativas em seus resultados. Mas, em outros casos, são métricas que não poderiam ser avaliadas quantitativamente, servindo, então, para expressar resultados que sejam de fácil compreensão. Para Minayo et al (2011), a pesquisa qualitativa responde a questões muito particulares. Ela se preocupa com um nível de realidade que não pode ser quantificado. Caetano (2012) apresenta os obstáculos para uma boa análise qualitativa: Ilusão do pesquisador em achar as conclusões transparentes (excessiva intimidade com o tema); Excesso de refinamento do método levando ao esquecimento do significado; Dificuldade de articular as conclusões a conhecimentos mais amplos. As métricas utilizadas nesta pesquisa serão do grupo quantitativo, pois o objetivo é quantificar as métricas através da quantidade de entrevistados que irão responder a pesquisa proposta na seção 5.3 deste trabalho. 55 5.1.2 Seleção das métricas As métricas selecionadas para este estudo originaram-se do conjunto de métricas das FGI mais utilizadas pelos centros de suporte das empresas participantes da Pesquisa de Melhores Práticas 2011/2012 da HDI Brasil (Help Desk Institute, 2012). Dentre as métricas apresentadas em cada FGI, foram elencadas as que são comuns entre elas, sendo desconsideradas as métricas que são particularidades e/ou diferenciais das ferramentas, já que a pesquisa, antes citada, lista ferramentas open source e proprietárias. Com o objetivo de agrupar as métricas para proporcionar um melhor entendimento sobre elas, foram criadas 14 categorias diferentes, baseando-se na experiência do autor com FGI durante o desenvolvimento de projeto de pesquisa com a mesma temática (ANTUNES e ANDRADE, 2013). As categorias criadas são: 1) Integração: Esta categoria trata da integração do com serviços de diretório para autenticação dos usuários da ferramenta de gerenciamento de incidentes; 2) Ambiente: Esta categoria identifica a atuação da empresa em relação aos seus clientes. Um cliente pode ser externo (outras empresas), podendo haver um (monoempresa) ou mais clientes (multiempresa); ou interno, que é quanto a central de suporte atua como um setor para atender outros setores da mesma empresa. O cliente é a entidade contratante dos serviços da central de suporte; 3) Cadastros: Esta categoria aborda a quantidade de cadastros que podem ser realizados na ferramenta de gerenciamento de incidentes; 4) Interface: Esta categoria identifica o tipo de interface que a ferramenta de gerenciamento de incidentes precisa ter para atender a necessidade da empresa; 5) Inventário: Esta categoria identifica o inventário de equipamentos e softwares da empresa; 6) Incidentes: Esta categoria aborda a quantidade de incidentes que podem ser registrados na ferramenta de gerenciamento de incidentes; 56 7) Acessos simultâneos: Esta categoria aborda a limitação de acessos simultâneos a ferramenta de gerenciamento de incidentes. Acesso simultâneo representa a quantidade de técnicos e usuários que podem efetuar acesso ao mesmo tempo; 8) Suporte: Esta categoria aborda a forma como a empresa utilizadora da ferramenta de gerenciamento de incidentes pode receber suporte da empresa desenvolvedora / fornecedora da ferramenta; 9) Relatórios: Esta categoria aborda a geração de relatórios pela ferramenta de gerenciamento de incidentes; 10) Dashboard: Esta categoria aborda o dashboard (painel de bordo) da ferramenta de gerenciamento de incidentes, que é utilizado para gerar um "painel de indicadores"; 11) Pesquisa de Satisfação: Esta categoria aborda o gerenciamento de pesquisa de satisfação dos usuários em relação aos atendimentos; 12) Atendimento: Esta categoria aborda diversas métricas relacionadas aos atendimentos dos usuários; 13) Gestão de conhecimento: Esta categoria aborda a funcionalidade de gestão do conhecimento da ferramenta de gerenciamento de incidentes; 14) ITIL: Esta categoria aborda a integração da ferramenta de gerenciamento de incidentes com as melhores práticas da biblioteca ITIL. As métricas são apresentadas no formato demonstrado no Quadro 6. Quadro 6 – Formato de apresentação das métricas Nº. Categoria – Métrica: Descrição. Pergunta principal. Pergunta adicional. Fonte: Desenvolvimento próprio (2013). Sendo que: Nº.: Valor sequencial para a métrica; 57 Categoria: Indica a categoria (apresentada anteriormente) na qual a métrica faz parte; Métrica: Nome da métrica; Descrição: Breve descrição sobre a métrica para facilitar o entendimento sobre ela; Pergunta principal: Pergunta sobre a métrica que pode ser objetiva (Sim e Não) ou discursiva; Pergunta adicional: Pergunta que possui relacionamento com uma pergunta principal. Utilizada nos casos em que é necessário descrever algo para complementar a resposta. As métricas selecionadas para avaliar as ferramentas de gerenciamento de incidentes estão enumeradas abaixo: Métricas da categoria 1 (Integração): 1. Integração – Integração: A ferramenta de gerenciamento de incidentes deve permitir integração com serviços de diretório. Deve permitir integração com Serviços de Diretório? 2. Integração - Active Directory: É um serviço de diretório que armazena informações sobre objetos em rede de computadores e disponibiliza essas informações a usuários e administradores desta rede. É um software da Microsoft utilizado em ambientes Windows. Deve Permitir integração com AD (Windows)? 3. Integração – OpenLDAP: OpenLDAP é o projeto que mantém uma implementação completa em Software Livre de um servidor de serviços de diretórios LDAP e ferramentas e bibliotecas auxiliares. O OpenLDAP está presente em todas as principais distribuições Linux e BSD (Berkeley Software Distribution). Deve permitir integração com OpenLDAP (Linux)? Métricas da categoria 2 (Ambiente): 58 4. Ambiente – Multiempresa: Quando a central de suporte atende mais de uma empresa. A central de suporte atente mais de uma empresa? 5. Ambiente – Monoempresa: Quando a central de suporte atende apenas uma empresa (podendo ser a sua própria empresa). A central de suporte atente uma única empresa? Métricas da categoria 3 (Cadastros): 6. Cadastros – Limitação de cadastros de clientes: Há um limite para a quantidade máxima de clientes a serem cadastrados. Esta métrica só se aplica quando a central de suporte atua em um ambiente multiempresa. Pode possuir limite de cadastros de clientes? Quantos? 7. Cadastros – Limitação de cadastros de usuários: Há um limite para a quantidade máxima de usuários a serem cadastrados. Usuário é quem receberá o serviço e o atendimento da central de suporte. São as pessoas autorizadas a abrir novos chamados. Pode possuir limite de cadastro de usuários? Quantos? 8. Cadastros – Limitação de cadastros de técnicos: Há um limite para a quantidade máxima de técnicos a serem cadastrados. Técnico é quem atua no atendimento dos chamados, podendo ser de primeiro, segundo ou terceiro nível. Pode possuir limite de cadastro de técnicos? Quantos? Métricas da categoria 4 (Interface): 9. Interface – Windows: A ferramenta de gerenciamento de incidentes deve possuir clients para serem instalados em equipamentos com Windows. Deve ser aplicativo para Windows? 10. Interface – Multiplataforma (JAVA): A ferramenta de gerenciamento de incidentes deve possuir clients para serem instalados em equipamentos com Windows e/ou Linux. Deve aplicativo multiplataforma (JAVA)? ser 59 11. Interface – Web: A ferramenta de gerenciamento de incidentes deve permitir acesso através de browsers, em qualquer sistema operacional. Deve ser aplicativo no formato web? 12. Interface – Compatibilidade com browsers: A ferramenta de gerenciamento de incidentes deve possuir compatibilidade com os browsers utilizados pela empresa. Deve possuir compatibilidade com quais browsers? 13. Interface – Mobile: A ferramenta de gerenciamento de incidentes deve possuir interface web compatível com dispositivos móveis. Deve possuir interface mobile? 14. Interface – Idioma: A ferramenta de gerenciamento de incidentes deve estar em um idioma que seja compreensível pelos técnicos e usuários. Quais idiomas a interface deve possuir? 15. Interface – Personalização através de suporte a complementos: A ferramenta de gerenciamento de incidentes deve permitir a personalização de sua interface através da instalação de módulos compatíveis com ela. Deve permitir a personalização da interface através de módulos? Métricas da categoria 5 (Inventário): 16. Inventário – Gerenciamento de inventário: A ferramenta de gerenciamento de incidentes deve possuir gerenciamento de inventário. Deve possuir gerenciamento de inventário? 17. Inventário – Alerta mudanças súbitas: A ferramenta de gerenciamento de incidentes gera alertas quando ocorrem mudanças súbitas no parque de máquinas. Deve possuir alerta de mudanças súbitas no inventário (detecção automática)? 18. Inventário – Alertas sobre softwares proibidos instalados: A ferramenta de gerenciamento de incidentes gera alertas quando um software proibido for detectado no parque de máquinas. Deve possuir alerta sobre softwares proibidos? 60 19. Inventário – Alertas sobre softwares obrigatórios não instalados: A ferramenta de gerenciamento de incidentes deve gerar alertas quando for detectado que um software obrigatório não está instalado no parque de máquinas. Deve possuir alerta sobre softwares obrigatórios não instalados? Métrica da categoria 6 (Incidentes): 20. Incidentes – Limitação de quantidade de incidentes: Há um limite de chamados que pode ser registrado na ferramenta de gerenciamento de incidentes. Pode possuir limitação de incidentes? Quantos? Métricas da categoria 7 (Acessos simultâneos): 21. Acessos simultâneos – Limitação de acessos simultâneos no ambiente Windows: Há um limite de acessos simultâneos que pode ser realizado na interface do ambiente Windows. Pode possuir limitação de acessos simultâneos no ambiente Windows? Quantos? 22. Acessos simultâneos – Limitação de acessos simultâneos no ambiente Multiplataforma (JAVA): Há um limite de acessos simultâneos que pode ser realizado na interface do ambiente Multiplataforma (JAVA). Pode possuir limitação de acessos simultâneos no ambiente Multiplataforma (JAVA)? Quantos? 23. Acessos simultâneos – Limitação de acessos simultâneos no ambiente web: Há um limite de acessos simultâneos que pode ser realizado na interface do ambiente web. Pode possuir limitação de acessos simultâneos no ambiente web? Quantos? Métricas da categoria 8 (Suporte): 24. Suporte – Suporte via fóruns: O suporte é fornecido em fóruns com a participação de outros usuários, em que há a troca de experiências sobre a utilização da ferramenta e, também, o auxilio da comunidade quando houver dúvidas. Deve possuir suporte via fóruns 61 alimentados pela comunidade de usuários/desenvolvedores da ferramenta? 25. Suporte – Suporte via tutoriais em Flash: O suporte é fornecido através de tutoriais em flash, fornecidos pela empresa desenvolvedora/fornecedora da ferramenta. Deve possuir suporte via tutoriais em Flash? 26. Suporte – Suporte via FAQ's: O suporte é fornecido através de FAQ's (Frequently Asked Questions) localizadas no portal do desenvolvedor/fornecedor da ferramenta. Deve possuir Suporte suporte via FAQ's (Frequently Asked Questions)? 27. Suporte – Suporte via Wiki (manuais): O suporte é fornecido através de um portal Wiki, que contem manuais desenvolvidos pela empresa desenvolvedora/fornecedora da ferramenta e, também, por utilizadores que fazem parte da comunidade de usuários. Deve possuir suporte via portal Wiki com manuais desenvolvidos pelos usuários/desenvolvedores da ferramenta? 28. Suporte – Suporte por telefone: O suporte é fornecido através de um canal de comunicação telefônico, podendo se nacional ou internacional, tarifado ou não. Deve possuir suporte via telefone com os desenvolvedores da ferramenta? 29. Suporte – Suporte e-mail: O suporte é fornecido através de um canal de comunicação via e-mail, podendo se nacional ou internacional, tarifado ou não. Deve possuir suporte via e-mail com os desenvolvedores da ferramenta? Métrica da categoria 9) Relatórios: 30. Relatórios – Gerar relatórios: A ferramenta de gerenciamento de incidentes permite gerar relatórios gerenciais com informações básicas sobre os registros de atendimentos realizados durante determinado período. Deve permitir a geração de relatórios? Métrica da categoria 10 (Dashboard): 62 31. Dashboard – Configurar dashboard: A ferramenta de gerenciamento de incidentes permite configurar um dashboard com informações dos registros de atendimentos realizados pelos técnicos. Deve possuir interface com dashboard configurável? Métricas da categoria 11 (Pesquisa de satisfação): 32. Pesquisa de Satisfação – Pesquisa de satisfação: A ferramenta de gerenciamento de incidentes permite gerenciar pesquisas de satisfação. Deve possuir gerenciamento de pesquisas de satisfação? 33. Pesquisa de Satisfação – Por chamado encerrado: Quando os chamados são encerrados, os usuários associados a ele recebem uma pesquisa de satisfação em relação ao atendimento recebido. Deve realizar pesquisas de satisfação por chamado encerrado? 34. Pesquisa de Satisfação – Proativas: A ferramenta de gerenciamento de incidentes gera pesquisas de satisfação proativas, ou seja, o usuário pode receber as pesquisas mesmo que seu último chamado não seja recente, mas em alguma oportunidade ele recebeu atendimento e poderá, então, avaliar sua qualidade. Deve realizar pesquisas de satisfação proativas (sem chamado relacionado)? Métricas da categoria 12 (Atendimento): 35. Atendimento – Incidentes: A ferramenta de gerenciamento de incidentes permite registrar chamados do tipo incidente. Um incidente é uma interrupção/falha inesperada ou redução na qualidade de um serviço de TI. Deve permitir a abertura de chamados do tipo incidentes? 36. Atendimento – Solicitações de serviço: A ferramenta de gerenciamento de incidentes permite registrar chamados do tipo solicitação de serviço. Uma solicitação de serviço é qualquer solicitação, contato, pedido de informação ou dúvida para acessar um serviço de TI. Deve permitir a abertura de chamados do tipo solicitação de serviços? 63 37. Atendimento – Abertura de chamados via web: A ferramenta de gerenciamento de incidentes deve permitir a abertura de chamados através de interface web. Deve permitir a abertura de chamados via web? 38. Atendimento – Autosserviços para usuários finais: A interface web de abertura de chamados possui uma área de autosserviço para que os próprios usuários registrem seus chamados, sem a necessidade de intermediação da central de serviços durante a sua abertura. Deve permitir a abertura de chamados diretamente pelos usuários? 39. Atendimento – Abertura de chamados via e-mail: A ferramenta de gerenciamento de incidentes permite a abertura de chamados através do recebimento de e-mails, enviados pelos usuários, sem a necessidade de intermediação da central de suporte durante sua abertura. Deve permitir a abertura de chamados via e-mail? 40. Atendimento – Registro de horas de atendimento: A ferramenta de gerenciamento de incidentes permite aos técnicos registrarem suas horas de atendimento diretamente nos chamados, para que seja possível quantificar o tempo que cada técnico gastou no atendimento. Deve permitir o registro de horas de atendimento dos atendentes/analistas? 41. Atendimento – Registro de atividades de atendimento: A ferramenta de gerenciamento de incidentes permite aos técnicos registrarem as atividades realizadas no atendimento dos chamados, gerando um histórico que poderá ser utilizado para diversas finalidades. Deve permitir o registro de atividades de atendimento dos atendentes/analistas (histórico)? 42. Atendimento – Feedback: A ferramenta de gerenciamento de incidentes fornece um feedback (podendo ser por e-mail) ao usuário 64 quando o chamado relacionado a ele é encerrado. Deve permitir o feedback aos usuários após o encerramento dos chamados? 43. Atendimento – Envio programado: O envio de feedbacks aos usuários é programado, podendo ser realizado em momentos que não impactem negativamente na infraestrutura da empresa, como por exemplo, no tráfego de e-mails e consumo de banda de Internet em horário comercial. Deve permitir a programação de envio de feedbacks? 44. Atendimento – Envio automático: O envio de feedbacks aos usuários é automático, ou seja, assim que o chamado é encerrado, o próprio sistema se encarrega de enviar o feedback. Deve permitir o envio automático de feedbacks? 45. Atendimento – Envio periódico: O envio de feedbacks aos usuários é periódico, na qual os feedbacks referentes a determinado período de tempo são enviados de uma só vez. Deve realizar o envio periódico de feedbacks? 46. Atendimento – Chamados por solicitante: A ferramenta de gerenciamento de incidentes associa solicitante (usuários) aos chamados. Deve permitir a abertura de chamados associados a um solicitante? 47. Atendimento – Chamados por equipamento: A ferramenta de gerenciamento de incidentes associa equipamento (do inventário) aos chamados. Deve permitir a abertura de chamados associados a um equipamento? 48. Atendimento – Chamados por produto: A ferramenta de gerenciamento de incidentes associa produtos (itens de uma categoria) aos chamados. Deve permitir a abertura de chamados associados a um produto? 49. Atendimento – Histórico completo: A ferramenta de gerenciamento de incidentes gera o histórico completo dos chamados 65 atendidos. Deve registrar o histórico completo do atendimento dos chamados? 50. Atendimento – Controle de SLA: A ferramenta de gerenciamento de incidentes possui configuração para controle de SLA (Service Level Agreement). Deve permitir a configuração de SLA? 51. Atendimento – SLA por categoria: A ferramenta de gerenciamento de incidentes possui configuração para controle de SLA por categoria de atendimento. Deve permitir a configuração de SLA por categoria? 52. Atendimento – SLA por departamento: A ferramenta de gerenciamento de incidentes possui configuração para controle de SLA por departamento atendido. Deve permitir a configuração de SLA por departamento? 53. Atendimento – SLA por localidade: A ferramenta de gerenciamento de incidentes possui configuração para controle de SLA por localidade atendida. Deve permitir a configuração de SLA por localidade? 54. Atendimento – Fluxos de aprovação configuráveis: A ferramenta de gerenciamento de incidentes possui fluxos de aprovação (autorizações, orçamentos, etc.) configuráveis. Deve permitir a configuração dos fluxos de aprovação? 55. Atendimento – Escalonamento: A ferramenta de gerenciamento de incidentes possui a funcionalidade de escalonamento funcional ou hierárquico. Deve permitir o escalonamento de chamados? 56. Atendimento – Definido por classificação de chamado: A ferramenta de gerenciamento de incidentes possui escalonamento configurável pela classificação dos chamados. Deve permitir o escalonamento de chamados conforme sua classificação? 57. Atendimento – Definido pela localidade de atendimento: A ferramenta de gerenciamento de incidentes possui escalonamento 66 configurável pela localidade de atendimento. Deve permitir o escalonamento de chamados conforme sua localidade? 58. Atendimento – Escalonamento automático de chamados para equipe seguinte ao expirar o prazo: A ferramenta de gerenciamento de incidentes possui escalonamento automático após a expiração de prazo configurado. Deve permitir o escalonamento automático de chamados para equipe seguinte ao expirar o prazo? 59. Atendimento – Scripts (roteiros) de atendimento: A ferramenta de gerenciamento de incidentes possui scripts de atendimento configuráveis, para auxiliar os técnicos durante os atendimentos. Deve permitir a configuração de scripts de atendimento? 60. Atendimento – Controle de prioridades de atendimento: A ferramenta de gerenciamento de incidentes possui configuração de controle de prioridade de atendimentos, podendo ser priorizado chamados de determinadas categorias, produtos, equipamentos ou usuários. Deve permitir o controle de prioridades de atendimento? 61. Atendimento – Agendamento de abertura de chamados em lote: A ferramenta de gerenciamento de incidentes possui a funcionalidade de agendamento de abertura de chamados em lote, como por exemplo, agendamento de movimentação de equipamentos de um setor. Deve permitir o agendamento de abertura de chamados em lote? 62. Atendimento – Contabilização de despesas de atendimento: A ferramenta de gerenciamento de incidentes possui a funcionalidade de contabilizar as despesas de atendimento, como por exemplo, o valor da hora x horas de atendimento de um técnico. Deve permitir a contabilização de despesas de atendimento? 63. Atendimento – Confirmação de encerramento de chamados pelos solicitantes: A ferramenta de gerenciamento de incidentes possui a funcionalidade de confirmar com os solicitantes, o 67 encerramento do chamado. Isto evita que sejam encerrados chamados erroneamente. Deve permitir a confirmação de encerramento de chamados pelos solicitantes? 64. Atendimento – Recurso de agendamento para criação periódica automática de chamados: A ferramenta de gerenciamento de incidentes possui a funcionalidade de agendamento para a criação de chamados periódicos, para atividades que devem ser executadas periodicamente. Deve possuir recurso de agendamento para criação periódica automática de chamados? 65. Atendimento – Possibilidade de restrição de acesso a chamados por equipe: A ferramentas de gerenciamento de incidentes possui a funcionalidade de restringir os chamados de determinadas categorias somente para a equipe responsável pelo seu atendimento. Deve permitir a restrição de acesso a chamados por equipe? 66. Atendimento – Configuração de Mensageria e envio de avisos por e-mail: A ferramenta de gerenciamento de incidentes possui a funcionalidade de configuração de mensageria e envio de avisos por e-mail. Por exemplo, envio de e-mail aos usuários informando que determinado serviço está indisponível por estar havendo uma manutenção no sistema. Deve permitir a configuração de Mensageria e envio de avisos por e-mail? 67. Atendimento – Chamados agrupados como projeto: A ferramenta de gerenciamento de incidentes possui a funcionalidade de agrupar chamados como parte de projetos. Deve permitir a abertura de chamados agrupados como projeto? 68. Atendimento – Atendimento online (chat): A ferramenta de gerenciamento de incidentes possui a funcionalidade de atendimento online, através de um chat. Deve permitir o atendimento online (chat)? 68 69. Atendimento – Campos adicionais para chamados: A ferramenta de gerenciamento de incidentes permite a configuração de campos adicionais para chamados específicos. Deve possuir a funcionalidade de configurar campos adicionais para chamados específicos? Métricas da categoria 13 (Gestão do conhecimento): 70. Gestão de conhecimento – Gestão do conhecimento: A ferramenta de gerenciamento de incidentes deve possuir gestão do conhecimento. Deve possuir gestão do conhecimento? 71. Gestão de conhecimento – Base de conhecimento: A ferramenta de gerenciamento de incidentes possui a funcionalidade de criação de base de conhecimento, que são bases de dados ou conhecimento acumulados sobre um determinado assunto, gerando informações que podem ser utilizadas na solução de problemas futuros. Deve permitir a criação de base de conhecimento? 72. Gestão de conhecimento – Base de documentos: A ferramenta de gerenciamento de incidentes possui a funcionalidade de criação de base de documentos, que permite inserir documentos específicos para consulta durante o atendimento dos chamados, como por exemplo, contratos de SLA. Deve permitia a criação de base de documentos? 73. Gestão de conhecimento – Anexos: A ferramenta de gerenciamento de incidentes possui a funcionalidade de inserção de anexos aos chamados e a base de conhecimento, com a finalidade de orientar sobre informações especificas, como por exemplo, o print screen de uma mensagem de erro. Deve permitir a adição de anexos? 74. Gestão de conhecimento – Busca textual: A ferramenta de gerenciamento de incidentes possui a funcionalidade de efetuar buscas textuais na base de conhecimento e de documentos, buscando por sentenças especificas. Deve permitir a busca textual na base de conhecimento? 69 75. Gestão de conhecimento – Solução de chamados pode alimentar a base de conhecimento automaticamente: A ferramenta de gerenciamento de incidentes possui a funcionalidade de utilizar o histórico de atendimento de chamados para alimentar a base de conhecimento. Deve permitir que as soluções dos chamados alimentem a base de conhecimento automaticamente? Métricas da categoria 14 (ITIL): 76. ITIL – Gerenciamento de Configuração: A ferramenta de gerenciamento de incidentes é compatível com o processo de gerenciamento de configuração da ITIL. Deve permitir o gerenciamento de configuração? 77. ITIL – Gerenciamento de Mudanças: A ferramenta de gerenciamento de incidentes é compatível com o processo de gerenciamento de mudanças da ITIL. Deve permitir o gerenciamento de mudanças? 78. ITIL – Gerenciamento de Problemas: A ferramenta de gerenciamento de incidentes é compatível com o processo de gerenciamento de problemas da ITIL. Deve permitir o gerenciamento de problemas? 79. ITIL – Catálogo de Serviços: A ferramenta de gerenciamento de incidentes é compatível com o catálogo de serviços da ITIL. Deve permitir o gerenciamento de catálogo de serviços? As 79 métricas apresentadas são utilizadas, nas próximas seções deste capítulo, para realizar o comparativo entre as FGI e para identificar a sua importância para os profissionais de TI de empresas, através de uma pesquisa. 5.2 Comparativo entre as ferramentas Esta seção aborda a implantação das FGI nos servidores virtuais, apresentados na seção 3.2, na qual são apresentadas as considerações sobre a 70 implantação de cada uma, possibilitando ao leitor a compreensão sobre as características de instalação das FGI. Após a implantação, é realizada a avaliação comparativa das FGI com base nas métricas apresentadas na seção 5.1.2. 5.2.1 Implantação das ferramentas As FGI apresentadas no capítulo 4 foram implantadas nos servidores virtuais propostos na seção 3.2 deste trabalho. Apesar de todas as FGI serem open source, as características de instalação mudam entre elas. Mesmo que elas apresentem diferentes pacotes de instalação, conforme descrição realizada no capítulo 4, a fim de facilitar a instalação em ambientes específicos, a implantação realizada neste trabalho será com os códigos fonte descompactados nos servidores e, então, será realizado a configuração conforme as especificações de cada desenvolvedor. Abaixo, os comentários sobre a implantação das FGI são apresentados: GLPI – Gestion Libre de Parc Informatique: A instalação do GLPI é simples e intuitiva, não sendo necessário seguir manual ou guia de instalação. Após a descompactação dos arquivos no diretório www do Apache, é realizado o acesso ao arquivo index.php através de qualquer browser. Durante o processo de configuração, o GLPI permite a seleção do idioma Português, que é um dos idiomas nativos desta ferramenta. É realizada a aceitação do contrato de software. Os dados de conexão com o banco de dados, como usuário, senha e nome da base de dados são definidos pela mesma interface gráfica do GLPI. Ao fim da instalação, o sistema avisa que, por questões de segurança, é necessário excluir o arquivo install.php do diretório install. Ocomon: A instalação do Ocomon é simples, mas exige a consulta ao arquivo LEIAME.txt localizado dentro do diretório da ferramenta. Após a descompactação dos arquivos no diretório www do Apache, é necessário importar o script SQL, por meio do prompt de comando, para a criação da base de dados, na qual este script cria o nome da 71 base, todas tabelas necessárias e um usuário especifico do Ocomon para a utilização do banco de dados. Após a criação da base dados, é possível acessar a interface gráfica de configuração através do arquivo index.php, na qual são realizadas as últimas configurações para o funcionamento do sistema. Por ser uma ferramenta brasileira, o Ocomon possui o Português como idioma nativo, mas há, também, o pacote com o idioma Espanhol da Colômbia disponível para download. Ao fim da instalação, o sistema avisa que, por questões de segurança, é necessário excluir o diretório install. Há um patch de correção no site oficial do Ocomon e, a única orientação em relação a ele, é que deve ser descompactado no diretório do Ocomon. OTRS – Open source Ticket Request System: Por se tratar de uma ferramenta que foi desenvolvido em PERL, a instalação do OTRS é mais complexa em relação as outras ferramentas instaladas. Isto implica na necessidade de mais conhecimento de servidores, da parte do profissional que realiza a instalação, por conta das exigências de instalação desta ferramenta. A consulta ao manual de instalação oficial é necessária. Através do prompt de comando, os códigos fonte devem ser descompactados no diretório /opt/otrs do servidor. Antes de prosseguir com a instalação, há a necessidade de instalar os pacotes PERL do sistema operacional Debian. Ainda pelo prompt, o usuário e o grupo de usuários são criados e recebem as permissões necessárias para funcionarem. É realizada a preparação do arquivo de configuração do OTRS e a configuração do OTRS no diretório do Apache, antes de acessar o arquivo index.pl para acessar a interface gráfica de configuração. Através desta interface, é realizada a criação da base de dados. A finalização da configuração se dá pela configuração dos dados de acesso ao banco de dados no arquivo apache2-perl-startup.pl e, também, pela configuração da crontab. O OTRS possui o Português como idioma nativo. 72 Quaizer: A instalação do Quaizer é simples, mas é recomendada a leitura do guia de instalação disponível na página de downloads do site oficial. O Quaizer é desenvolvido com Drupal, mas o arquivo de instalação contem todos os pacotes necessários para seu funcionamento, não sendo necessário realizar o download de pacotes adicionais. Após a descompactação dos arquivos de instalação e dos scripts SQL no diretório www do Apache, é necessário importar os scripts SQL através do prompt de comando, para que a base de dados seja criada. Ao concluir a criação da base de dados, é realizado o acesso ao arquivo index.php através de qualquer browser. Este deveria ser a última etapa para a instalação do Quaizer, mas podem ocorrer alguns erros. Fato que motivou os desenvolvedores a publicar, junto ao guia de instalação, os erros comuns que podem ocorrer e quais as respectivas soluções. Esta iniciativa permite uma rápida solução por parte dos profissionais que realizarem a instalação do Quaizer. Por ser uma ferramenta brasileira, o Quaizer possui o Português como idioma nativo. Trellis Desk: A instalação do Trellis Desk é simples, não sendo necessário seguir manual ou guia de instalação. Após a descompactação dos arquivos no diretório www do Apache, é necessário acessar o arquivo index.php através de qualquer browser. A instalação orienta a criar uma base de dados através do prompt de comando. Assim que a base de dados for criada, é possível retornar à instalação e concluí-la. Esta ferramenta está disponível no idioma Inglês, mas há um pacote de idioma em Português, que é oferecido por meio da comunidade de utilizadores do Trellis Desk. O pacote de idioma em Português foi importado para a ferramenta, mas só funcionou após a exclusão do pacote de idioma em Inglês, mesmo que o idioma Português estivesse definido como padrão. 73 5.2.2 Avaliação comparativa com base nas métricas As FGI são submetidas a testes para identificar as métricas contidas neles. Além dos testes, são utilizadas as informações apresentadas pelos desenvolvedores, pois algumas métricas só poderiam ser identificadas através da instalação de serviços específicos como, por exemplo, o sistema operacional MS Windows Server com o serviço AD. Os testes práticos são definidos através de sequencias, que são exemplos de incidentes a serem implementados nas FGI, com o objetivo de utilizar e identificar os recursos disponíveis. O Quadro 7 apresenta alguns exemplos de incidentes utilizados nos testes. Quadro 7 – Exemplos de incidentes utilizados nos testes Categoria Infra Storage Produto Problema Storage Adicionar disco Descrição N1 N2 Adicionar novo Suporte Suporte disco no 2 7 storage AB Teclado do aparelho Aparelho Suporte Suporte Telefonia Manutenção telefônico do telefônico 5 12 setor C não funciona Roteador do 3º não aceita Suporte Suporte Infra WAN Roteadores Configuração nosvas 1 8 conexões Fonte: Desenvolvimento próprio (2013). A avaliação gerou uma tabela que identifica as métricas presentes em cada FGI. O Quadro 8 apresenta, como exemplo, as métricas da categoria interface que estão presentes nas FGI. 74 Quadro 8 – Métricas da categoria interface presentes nas ferramentas Nº Categoria Interface 9 Windows 10 Multiplataforma (JAVA) 11 Web 12 GLPI – – X Chrome Firefox IE Outros X Compatibilidade com browsers 13 Mobile OTRS – – X Chrome Firefox IE Outros – Quaizer – – X Chrome Firefox IE Outros X Português Português Português Português Inglês Inglês Inglês Inglês Espanhol Espanhol Espanhol Espanhol Outros Outros Outros 14 Idioma 15 Ocomon – – X Chrome Firefox IE Outros – Personalização, através de suporte a complementos X – X Trellis Desk – – X Chrome Firefox IE Outros – Inglês X – Fonte: Desenvolvimento próprio (2013). A quadro completo, gerado nesta etapa, é apresentado no Apêndice B. Através desta avaliação, foi constatado que diversas métricas estão presentes em todas as FGI de gerenciamento de incidentes, conforme exemplo apresentado no Quadro 9, e outras não estão presentes em nenhum deles. O Quadro 10 apresenta um exemplo de métricas que não estão presentes nas FGI. Quadro 9 – Exemplo de métricas presentes em todas as ferramentas Nº 5 Nº 11 Nº 31 Categoria Ambiente Monoempresa Categoria Interface Web Categoria Dashboard Configurar dashboard GLPI X GLPI X GLPI X Ocomon X Ocomon X Ocomon X OTRS X OTRS X OTRS X Fonte: Desenvolvimento próprio (2013). Quaizer X Quaizer X Quaizer X Trellis Desk X Trellis Desk X Trellis Desk X 75 Quadro 10 – Exemplo de Métricas não presentes nas ferramentas Nº Categoria Cadastros Limitação de cadastros de 6 clientes Nº Categoria Interface 9 Windows Nº Categoria Atendimento 68 Atendimento online (chat) GLPI – GLPI – GLPI – Ocomon OTRS Quaizer – – – Ocomon OTRS Quaizer – – – Ocomon OTRS Quaizer – – – Trellis Desk – Trellis Desk – Trellis Desk – Fonte: Desenvolvimento próprio (2013). O quadro completo das métricas presentes em todas as FGI é apresentado no Apêndice C, e o quadro completo das métricas que não estão presentes nas FGI, é apresentado no Apêndice D. 5.3 Pesquisa para Avaliação das Métricas Para Belloni (2000 apud PAIVA, 2011), avaliação é um processo sistemático de análise de uma atividade, fatos ou coisas que permite compreender, de forma contextualizada, todas as suas dimensões, com vistas a estimular seu aperfeiçoamento. A pesquisa para avaliação das métricas tem como objetivo identificar quais métricas, dentre as apresentadas na seção 5.1.2, são mais relevantes para o mercado, pois será realizada com profissionais que atuam na área de suporte de serviços de TI. Esta seção apresenta a definição e a aplicação da pesquisa e, logo ao fim, seus resultados. 5.3.1 Definição da pesquisa Para formulação da pesquisa, as 79 métricas apresentadas na seção 5.1.2 foram agrupadas em 39 questões, conforme suas categorias. A Figura 7 apresenta um exemplo do fluxo das questões na pesquisa, identificando as métricas abordadas em cada questão. 76 Figura 7 – Exemplo do fluxo das questões na pesquisa Fonte: Desenvolvimento próprio (2013). O fluxo de todas as questões da pesquisa é apresentado no Apêndice E. Foi escolhida a plataforma Google Docs para aplicar a pesquisa, pois automatiza o processo de design da página, traz vários estilos de perguntas pré-construídos e não há nenhum custo para utilizá-la. A Figura 8 apresenta a tela de apresentação da pesquisa no Google Docs. As telas de todas as questões são apresentadas no Apêndice F. 77 Figura 8 – Tela de apresentação da pesquisa Fonte: Desenvolvimento próprio (2013). Todas as questões criadas possuem um campo adicional, para que os participantes deixem comentários, se julgarem necessário. Os comentários podem ser sugestões de novos parâmetros para as métricas apresentadas ou a percepção pessoal do participante sobre a questão. 78 5.3.2 Aplicação da pesquisa A pesquisa, denominada 1ª Pesquisa de métricas para softwares de gerenciamento de incidentes – 2013, foi iniciada no dia 23/09, sendo vinculada ao blog pessoal do autor (ANTUNES, 2013) e divulgada na rede social LinkedIn, que é considerada a maior rede social na Internet voltada para o mercado profissional. A divulgação foi realizada por meio dos seguintes grupos: CooperaTI - Profissionais Certificados em TI. Descrição do perfil do grupo: “Um grupo para reunir os melhores em TI que possuem certificações e querem ter mais informações sobre outras provas, sem defender esta ou aquela plataforma ou tecnologia. O intuito do grupo é discutir o que há de melhor em oportunidades na carreira, tanto para que começa quanto para quem já está aí, para mostrar vantagens e desvantagens, se existirem, de algumas provas. A ideia é nos manter atualizados e em sintonia com o mercado, não só no agora, mas também poder saber as tendências de tecnologia que entrarão em demanda” (LINKEDIN, 2013a); Governança de TI. Descrição do perfil do grupo: “Este grupo é focado na troca de experiências nas áreas que compõem a Governança de TI, promovendo sinergia para o desenvolvimento de novas ideias, estratégias e oportunidades.” (LINKEDIN, 2013b); HDI Brasil. Descrição do perfil do grupo: “O HDI Brasil é representante do maior instituto do mundo para profissionais de Service Desk, Centros de Suporte e Centrais de Serviços. Com 7.500 membros espalhado pelo planeta, o HDI fornece conteúdos, publicações, newsletters, pesquisa de melhores práticas, treinamentos e consultorias, além do maior evento da América Latina focado para essa indústria, realizado anualmente em São Paulo. O foco do HDI vai além da disseminação de melhores práticas em processos e procedimentos. O instituto integra essas duas 79 variáveis com o recurso mais importante que há na sua empresa: os recursos humanos. A satisfação do profissional de suporte é a razão de viver do HDI, pois sabemos que só assim os serviços prestados aos clientes serão eficientes.” (LINKEDIN, 2013c); ITSM na Prática. Descrição do perfil do grupo: “O grupo ITSM na Prática foi criado para discutir toda a teoria que é proposta nas práticas e frameworks de gerenciamentos de serviços, como ITIL®, CobiT, ISO20000, TOGAF, PRINCE2®, e-SCM, entre outros. Este grupo é indicado para o público interessado em governança e gestão de serviços de TI em uma abordagem prática e operacional.” (LINKEDIN, 2013d); TI Especialistas – Brasil. Descrição do perfil do grupo: “O grupo é um espaço onde profissionais da área de tecnologia da informação podem compartilhar conhecimento e experiências, onde as empresas podem buscar oportunidades de negócio e onde podem ser encontrados talentos.” (LINKEDIN, 2013e). No dia 08/10/2013, a pesquisa foi encerrada e foi possível obter os seguintes números: 142 acessos à postagem de divulgação da pesquisa no blog pessoal do autor; 56 acessos ao formulário da pesquisa na plataforma Google Docs; 17 participantes que chegaram ao fim da pesquisa. O Gráfico 1 apresenta as estatísticas de acesso à pesquisa. A etapa de realização da pesquisa apresentou algumas dificuldades na coleta dos resultados, que se justifica no baixo índice de participantes que concluíram a pesquisa em relação ao total de participantes que a iniciaram. Devido a configuração do formulário de pesquisa, não foi possível obter o feedback dos participantes que desistiram para entender o motivo da desistência. 80 Gráfico 1 – Estatísticas de acesso à pesquisa Fonte: Desenvolvimento próprio (2013). Estima-se que tal fato seja devido a quantidade de questões e ao tamanho das questões, o que exigia um tempo de aproximadamente 30 minutos para responder o questionário por completo. A Tabela 1 apresenta os dados referentes ao perfil das empresas dos participantes da pesquisa. 81 Tabela 1: Dados referentes ao perfil das empresas dos participantes da pesquisa Área / Setor de atuação da empresa: Tecnologia da Informação Suporte TI Desenvolvimento Softwares Certificações Suporte Setor público TI-Infra Bebidas Customer Service End Users Service Outsourcing Service Desk TI Alimentos TI Infraestrutura Informatica Função Quantidade de Quantidade de funcionários da funcionários que atuam sua empresa no suporte técnico Proprietario/Consultor 1 1 Gerente Desenvolvedor Diretor Gerente de Projetos Analista de Suporte analista de sistemas Lider de FieldService Coord. Service Desk Coordenador Gerente Operacional Diretor Líder de Atendimento Analista de Suporte Analista de Aplicação Gerente de Infraestrutura TI lider de suporte e Gestão de incidentes 9 12 20 20 1000 1500 5000 5600 6000 6200 8000 9000 15000 45000 4 2 4 5 1000 9 58 150 80 3900 700 35 500 50 45000 130 90000 100 Fonte: Desenvolvimento próprio (2013). A próxima seção deste capítulo apresenta a tabulação e análise dos dados obtidos na 1ª Pesquisa de métricas para softwares de gerenciamento de incidentes – 2013. 5.3.3 Tabulação e análise dos dados Esta seção apresenta os dados obtidos na pesquisa apresentada neste capítulo. Aqui são descritos os resultados da pesquisa online com o objetivo de verificar a importância das métricas, apresentadas na seção 5.1.2, para o mercado de suporte de TI. Os resultados apresentados são originários das questões 1 a 5 da pesquisa. Os resultados completos são apresentados no apêndice G. 82 A questão 1, que trata sobre a integração FGI com sistemas de diretórios, identificou que 82% dos entrevistados necessitam de integração com algum dos serviços apresentados na Tabela 2. Tabela 2: Integração com sistemas de diretórios Nº 1 2 3 Categoria Integração Integração Active Directory OpenLDAP Sim 14 14 2 Não 3 Fonte: Desenvolvimento próprio (2013). A questão 2, que trata sobre o atendimento de mais de uma empresa pela central de suporte, identificou que 76% dos entrevistados possuem a necessidade de atender diferentes empresas com a mesma FGI, conforme apresentado na Tabela 3. Tabela 3: Atendimento de mais de uma empresa Nº 4 5 Categoria Ambiente Multiempresa 13 Monoempresa 4 Fonte: Desenvolvimento próprio (2013). As questões 3, 4 e 5, que tratam sobre a limitação de cadastro de clientes, usuários e técnicos, respectivamente, identificaram que 8% dos entrevistados que atentem mais de uma empresa, podem possuir limitação de cadastros para as mesmas. Para o cadastro de usuários, 100% dos entrevistados consideram que não pode haver limitação. Já para o cadastro de técnicos, 12% dos entrevistados informaram que pode haver limitação de cadastro, conforme apresentado na Tabela 4. Tabela 4: Limitação de cadastro de clientes, usuários e técnicos. Nº 6 7 8 Categoria Cadastros Limitação de cadastros de clientes Limitação de cadastros de usuários Limitação de cadastros de técnicos Sim 1 0 2 Não 12 17 15 Fonte: Desenvolvimento próprio (2013). Os comentários realizados no campo adicional de cada questão são apresentados Apêndice G. 83 Por meio da tabulação e análise dos dados, foi possível definir uma escala de importância das métricas. Considerando que as métricas que foram escolhidas por mais participantes, foram categorizadas como sendo mais importantes e as métricas que foram escolhidas por menos participantes, foram categorizadas como menos importantes. A Tabela 5 apresenta as 10 métricas categorizadas como sendo as mais importantes ou relevantes nas FGI. A relação completa da categorização das 79 métricas é apresentada no Apêndice H. Tabela 5: Métricas mais relevantes Nº Categoria 7 Cadastros 20 Incidentes 32 Pesquisa de Satisfação 35 Categoria Atendimento 37 Categoria Atendimento 41 Categoria Atendimento 42 46 49 59 Categoria Atendimento Categoria Atendimento Categoria Atendimento Categoria Atendimento Métrica Limitação de cadastros de usuários (Não possuir limitação) Limitação de quantidade de incidentes (Não possuir limitação) Pesquisa de satisfação Incidentes Abertura de chamados via web Registro de atividades de atendimento Feedback Chamados por solicitante Histórico completo Scripts de atendimento Peso 17 17 17 17 17 17 17 17 17 17 Fonte: Desenvolvimento próprio (2013). Conforme apresentado na Tabela 5, a coluna que contabiliza a quantidade de escolhas dos participantes em relação as métricas, foi denominada “Peso”, pois a mesma será utilizada como fator de multiplicação no modelo de avaliação de FGI. 84 6 MODELO PARA AVALIAÇÃO COMPARATIVA DE FGI Para o desenvolvimento do modelo para avaliação de FGI open source, foram utilizados os passos abordados no capítulo 5. Este capítulo apresenta o modelo proposto como objetivo geral deste trabalho, sendo que o modelo é composto de duas partes: Elaboração do gabarito e Avaliação comparativa. 6.1 Elaboração do gabarito O modelo é iniciado com a fase de elaboração do gabarito, que utiliza as FGI apresentadas no capítulo 4 e as métricas apresentadas na seção 5.1.2. O gabarito é a parte do modelo que define as características das FGI, sendo por meio da quantidade de métricas existentes em cada uma delas ou pela pontuação atribuída pelo peso das métricas, conforme apresentado na Figura 9. A tabela de compatibilidade, resultado desta etapa, é apresentada no Apêndice B. Figura 9 – Elaboração do gabarito (etapa 1) Fonte: Desenvolvimento próprio (2013). 85 A etapa seguinte é a definição da pesquisa com base nas métricas, conforme apresentado na seção 5.3.1, que possui o objetivo de identificar quais métricas, dentre as apresentadas na seção 5.1.2, são mais relevantes para o mercado. A representação gráfica desta etapa no modelo, é apresentada na Figura 10. Figura 10 – Elaboração do gabarito (etapa 2) Fonte: Desenvolvimento próprio (2013). As respostas da pesquisa, utilizadas na terceira etapa, são analisadas e tabuladas, conforme apresentado na seção 5.3.3, gerando a tabela de categorização apresentada no Apêndice H, em que é associado um peso para cada métrica conforme o resultado da pesquisa. A tabela categorização é unida a tabela de compatibilidade (Apêndice B), gerando o gabarito. A tabela gabarito contem as informações da tabela compatibilidade e, também, a classificação das FGI conforme o peso atribuído pela pesquisa. Esta tabela é apresentada no Apêndice I e esta etapa é representada na Figura 11. Figura 11 – Elaboração do gabarito (etapa 3) Fonte: Desenvolvimento próprio (2013). O gabarito é o produto final da primeira etapa do modelo e é utilizado na segunda etapa do modelo para realizar a avaliação comparativa. Esta etapa deve ser executada quando for necessário incluir ou remover FGI e métricas. É necessário, 86 também, executar esta etapa quando as FGI forem atualizadas por seus desenvolvedores, pois as suas características podem mudar. 6.2 Avaliação comparativa A segunda parte do modelo, denominada avaliação comparativa, é a que apresenta qual é a FGI ideal conforme informações inseridas na pesquisa. Esta parte utiliza informações da primeira parte do modelo, como a pesquisa, o gabarito e as FGI. A primeira etapa é submeter as respostas da pesquisa à avaliação, que utiliza o gabarito, gerado na primeira parte do modelo, para definir a FGI ideal. Esta etapa é representada na Figura 12. Figura 12 – Avaliação comparativa (etapa 1) Fonte: Desenvolvimento próprio (2013). No processo de avaliação, apresentado na Figura 12, ocorre uma série de testes lógicos. Estes testes definem a compatibilidade das FGI através da quantidade de métricas desejadas pelos gestores das micro e pequenas empresas e, também, pela pontuação atribuída à avaliação, ou seja, é avaliada a importância das métricas, e não a quantidade. Os testes lógicos são representados conforme sequencia abaixo: 1) 2) Se mais de uma FGI for considerada a ideal, siga na etapa 2, senão siga na etapa 12; Verifica qual das FGI é apontada como ideal pela quantidade de métricas e pela 87 3) 4) 5) 6) 7) 8) 9) 10) 11) 12) pontuação, siga no passo 3; Se mais de uma FGI é apontada como ideal pela quantidade de métricas e pela pontuação, siga a etapa 4, senão sai a etapa 12; Necessário e escolher entre os seguintes critérios de desempate: a. FGI com maior quantidade de métricas; b. FGI com maior pontuação; c. FGI maior % de compatibilidade (métrica ou pontuação); Se escolhido “FGI com maior quantidade de métricas”, siga no passo 6, senão siga no passo 7; Resultado = FGI que possui a maior quantidade de métricas, siga no passo 12; Se escolhido = “FGI com maior pontuação”, siga no passo 8, senão siga no passo 9; Resultado = FGI que possui a maior pontuação, siga no passo 12; Se Quantidade de métricas for maior que a pontuação, siga no passo 10, senão siga no passo 11; Resultado = FGI com maior quantidade de métricas, siga no passo 12; Resultado = FGI com maior pontuação, siga no passo 12; O FGI apresentado no resultado é o ideal. A Figura 13 representa o resultado desta, que é a última etapa da segunda parte do modelo. Figura 13 – Avaliação comparativa (etapa 2) Fonte: Desenvolvimento próprio (2013). A FGI ideal é o resultado da segunda etapa, que é obtida por meio dos testes lógicos e do grupo de ferramentas, definido na primeira parte do modelo. 88 6.3 Considerações sobre o modelo O modelo de avaliação comparativa para FGI, apresentado na Figura 14, propõe a melhoria no processo de escolha de FGI. A estrutura é apresentada de maneira que não seja necessário alterar os fluxos nem adicionar ou remover elementos, pois o dinamismo do modelo se dá pelo fato dele trabalhar com mais ou menos métricas ou FGI, sem que seu funcionamento não seja afetado. Figura 14 – Modelo de avaliação comparativa para FGI Fonte: Desenvolvimento próprio (2013). A possibilidade de adicionar mais métricas e FGI proporciona um range maior de opções aos gestores que utilizarem o modelo, pois aumenta a probabilidade de encontrar a FGI com a maior compatibilidade possível, atendendo melhor as necessidades das micro e pequenas empresas. Para que o modelo seja eficiente, é necessário realizar um trabalho de 89 manutenção constante. Esta manutenção se aplica a primeira parte do modelo por meio da verificação de atualizações e do surgimento de novas FGI e, também, por meio da atualização das métricas, pois o surgimento de novas tecnologias e de novas possibilidades de negócios podem acarretar alterações nas necessidades das empresas, o que pode afetar o índice de relevância das métricas. Ao realizar a manutenção constante na primeira parte do modelo, a segunda parte ficará atualizada, pois as informações utilizadas na segunda parte são resultantes da primeira, que são o gabarito o conjunto de FGI. 90 7 CONCLUSÃO O objetivo deste trabalho de conclusão de curso foi desenvolver um modelo para avaliação comparativa de ferramentas open source de gerenciamento de incidentes em micro e pequenas empresas, a fim de auxiliar os gestores destas empresas a escolherem a ferramenta que melhor se adapta as suas necessidades, reduzindo esforços e recursos aplicados nesta atividade. Para o desenvolvimento do modelo, na primeira fase deste trabalho, foram seguidas as etapas metodológicas de levantamento bibliográfico, o que constituiu o capítulo 2; na segunda etapa foi realizado o levantamento do ambiente, ferramentas e métricas, que atendam aos critérios estabelecidos na primeira fazer, o que constituiu os capítulos 3, 4 e 5. A última etapa, então, foi realizada a união de todas as informações para a definição do modelo proposto, apresentado no capítulo 6. O desenvolvimento do modelo foi possível a partir dos objetivos definidos para este trabalho, como a definição das métricas, a obtenção das ferramentas open source e a definição do ambiente para realização dos testes das ferramentas, o que possibilitou a criação do gabarito, que é o produto final da primeira parte do modelo. A segunda parte utiliza o gabarito, mas como elemento principal para a definição da ferramenta ideal conforme a necessidade das micro e pequenas empresas. O estudo das métricas pode ser considerado o principal elemento para a criação do gabarito, pois elas são utilizadas como entrada de dados para o modelo, sendo que, se não estiverem bem alinhadas com a realidade das empresas e das ferramentas, o modelo não poderá apresentas resultados significativos. As ferramentas que foram avaliadas são open source e sem custo, o que possibilita às empresas a alterarem seu funcionamento, caso necessário. O modelo 91 pode ser aplicado com ferramentas proprietárias, mas, como este trabalho é focado em micros e pequenas empresas, não é viável devido a existência de custos para aquisição destas ferramentas. A maior dificuldade encontrada na elaboração deste trabalho foi a realização da pesquisa, pois a quantidade de entrevistados que concluíram a pesquisa foi pouca. Quanto maior for o número de respostas, maior será a confiabilidade das informações, o que afeta diretamente no modelo proposto que utiliza as respostas para definir a relevâncias das métricas avaliadas. Para a análise de retorno de investimento através da utilização do modelo e implantação da ferramenta de gerenciamento de incidentes, é necessário a aplicação de um estudo de caso com o acompanhamento das atividades, para poder mensurar o ROI, seja ele tangível ou intangível. A aplicação de estudo de caso é uma das propostas de trabalhos futuros, apresentado no próximo capítulo. 92 8 TRABALHOS FUTUROS Este estudo possibilita a sua continuidade por meio das seguintes propostas de trabalhos futuros: Reavaliação das métricas: As métricas apresentadas neste trabalho podem perder sua devida importância no futuro, devido a mudanças de mercado, o que exige que a relação de métricas apresentadas seja periodicamente avaliada, para que sejam retiradas as defasadas e incluídas novas métricas; Aplicação da pesquisa: É necessário que esta pesquisa seja aplicada periodicamente para que alcance um maior número de participantes a cada edição, proporcionando então uma maior confiabilidade dos dados, devido a um número maior de entrevistados, o que possibilitará a definição mais certeira da relevância das métricas no mercado; Verificação das ferramentas: As ferramentas open source para gerenciamento de incidentes podem ser atualizadas sem haver um período determinado para isto. É necessário que seja realizada a verificação periódica das ferramentas para acompanhar possíveis atualizações, pois assim será possível manter atualizada a tabela de compatibilidade, apresentada na seção 6.1. Atualização do gabarito: Sempre que houver modificações nos tópicos citados acima, neste mesmo capítulo, o gabarito, apresentado na seção 6.1, deve ser atualizado, permitindo com que o modelo seja eficiente ao efetuar a avaliação das ferramentas; 93 Validação do modelo: Para que o modelo seja validado, é necessário aplicá-lo em um estudo de caso em cenários de micro e pequenas empresas, como proposto neste trabalho, acompanhando as etapas que antecedem e sucedem a utilização do modelo, possibilitando a validação da ferramenta proposta pelo modelo como sendo a ideal para determinado cenário; Interface computacional: A codificação do modelo para um sistema computacional é necessária para que o modelo esteja disponível e acessível a diversas micro e pequenas empresas, independente da região em que se encontram. Isto favorecerá a difusão e utilização do modelo, o que pode ser utilizado para validação do mesmo. Trabalhos futuros com esta temática não se limitam apenas aos tópicos aqui apresentados. Existem diversas possibilidades para utilização e aplicação do modelo criado, cada uma conforme a necessidade e visão de que o adotará. 94 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ACCORD5. Trellis Desk. Disponível em: <http://www.accord5.com/trellis>. Acesso em: 15 jul. 2013. ALECRIM, Emerson. Conhecendo o Servidor Apache (HTTP Server Project). Disponível em: <http://www.infowester.com/servapach.php>. Acesso em: 05 set. 2013. ANTUNES, Janio Luiz. 1ª Pesquisa de métricas para softwares de gerenciamento de incidentes – 2013. Disponível em: <http://janioantunes.wordpress.com/2013/09/23/1a-pesquisa-de-metricas-parasoftwares-de-gerenciamento-de-incidentes-2013/>. Acesso em: 23 set. 2013. ANTUNES, Janio Luiz; ANDRADE, Aujor Tadeu Cavalca. Avaliação Comparativa de ferramentas open source Baseadas no ITIL para Gerenciamento de Incidentes em micro e pequenas empresas. Camboriú: IFC – Camboriú, 2013. 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Impressoras Laptop Monitor Infra Backup/Restore Backup e restore Tape library Infra Banco de Dados Banco de Dados Problema Configuração Instala,Move,Altera Equip Mal Funcionamento Reset Configuração IMAC Instalar acessórios Instalar aplicativos Mal funcionamento Manutenção preventiva Mapeamento de Disco Instalar Mal funcionamento Configurar driver Remover Papel Atolado Troca de Tonner Configuração IMAC Instalar acessórios Instalar aplicativos Mal funcionamento Manutenção preventiva Configuração IMAC Instalar Mal funcionamento Ad/Rem backup de um serv Atender auditoria Cancelamento de backup Movimentação de dados his Solicitação de restore Adic/Rem tape library Criação usuário Erro acesso usuário BD Erros do banco de dados Execução de scripts no BD 101 Quadro 12 – Apêndice A – Quadro de categorias, produtos e problemas (continuação) Categoria Infra Internet Infra Operação Infra Servidores Infra Storage Infra WAN Segurança da informação Telefonia Produto Problema ADSL inoperante ADSL Internet inoperante Abrir Fila Alterar Job de Fila AuxTéc Impressões Mtspool CancSessãoPresaUsuariUnix Desbloq Senh Netterm/Unix Operação Erro de VMware Executar Restore Liberar prog/script subm Matar Processo/JOB/prog Suporte a Integral Verificar Lock Alterar config. lâminas Bladecenter Problema de hardware Servidores Manutenção Adicionar disco Storage Apresentar nova LUN Gerencia Router Configuração IP Solicitação de IP Fixo Configuração Enviar relat alto consumo Roteadores Solicitação relat consumo WAN inop troubleshooting Adminstrar serv/estações Analise e-mails/notific Comunicação-cliente/serv Configurar exceções Controle de licenças Antivírus Desinfecção de hosts Instalação Liberar modem 3G Upgrade da base Verificar atualizações Liberação Firefox Solicitação Atividade Aparelho telefônico Manutenção Atividade Call Center Manutenção Manutenção Canal de Voz / VoIP Performance Atividade Central Telefônica Manutenção Tarefa 102 APÊNDICE B – AVALIAÇÃO COM BASE NAS MÉTRICAS Quadro 13 – Apêndice B – Avaliação com base nas métricas Nº 1 2 3 Nº 4 5 Nº 6 7 8 Nº 9 10 11 Categoria Integração Integração Active Directory OpenLDAP Categoria Ambiente Multiempresa Monoempresa Categoria Cadastros Limitação de cadastros de clientes Limitação de cadastros de usuários Limitação de cadastros de técnicos Categoria Interface Windows Multiplataforma (JAVA) Web 12 Compatibilidade com browsers 13 Mobile 14 Idioma 15 Nº 16 17 18 Personalização, através de suporte a complementos Categoria Inventário Gerenciamento de inventário Alerta mudanças súbitas Alertas sobre softwares proibidos instalados Continua GLPI X X X GLPI – X GLPI Ocomon X X X Ocomon – X Ocomon OTRS X X X OTRS – X OTRS Quaizer X X X Quaizer X X Quaizer Trellis Desk – – – Trellis Desk – X Trellis Desk – – – – – – – – – – – – – – – GLPI Ocomon OTRS Quaizer Trellis Desk – – – – – – – – – – X X X X X Chrome Chrome Chrome Chrome Chrome Firefox Firefox Firefox Firefox Firefox IE IE IE IE IE Outros Outros Outros Outros Outros X – – X – Portugues Portugues Portugues Portugues Inglês Inglês Inglês Inglês Inglês Espanhol Espanhol Espanhol Espanhol Outros Outros Outros X – X X – GLPI X X Ocomon X – OTRS – – Quaizer X – Trellis Desk – – – – – – – 103 Quadro 14 – Apêndice B – Avaliação com base nas métricas (continuação) 19 20 Nº 21 22 23 Nº 24 25 26 27 28 29 Nº 30 Nº 31 Nº 32 33 34 Nº 35 36 37 38 39 40 41 42 43 Categoria Incidentes Alertas sobre softwares obrigatórios não instalados Limitação de quantidade de incidentes Categoria Acessos simultâneos Limitação de acessos simultâneos no ambiente Windows Limitação de acessos simultâneos no ambiente Multiplataforma (JAVA) Limitação de acessos simultâneos no ambiente Web Categoria Suporte Suporte via fóruns Suporte via tutoriais em flash Suporte via FAQ's Suporte via Wiki (manuais) Suporte por telefone Suporte e-mail Categoria Relatórios Gerar relatórios Categoria Dashboard Configurar dashboard Categoria Pesquisa de Satisfação Pesquisa de satisfação Por chamado encerrado Proativas Categoria Atendimento Incidentes Solicitações de serviço Abertura de chamados via web Autosserviços para usuários finais Abertura de chamados via email Registro de horas de atendimento Registro de atividades de atendimento Feedback Envio programado Continua GLPI Ocomon OTRS Quaizer Trellis Desk – – – – – – – – – – GLPI Ocomon OTRS Quaizer Trellis Desk – – – – – – – – – – – – – – – GLPI X – X X – X GLPI X GLPI X Ocomon X – – X – – Ocomon X Ocomon X OTRS X X X X X X OTRS X OTRS X Quaizer X X X X X X Quaizer X Quaizer X Trellis Desk X – – X – – Trellis Desk – Trellis Desk X GLPI Ocomon OTRS Quaizer Trellis Desk X X – GLPI X X X – – – Ocomon X – X X X X OTRS X – X X X X Quaizer X X X – – – Trellis Desk X – X X X – X – X X – X X X – X X – X X X X X X – X – – – X X – – 104 Quadro 15 – Apêndice B – Avaliação com base nas métricas (continuação) Nº 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 Categoria Atendimento Envio automático Envio periódico Chamados por solicitante Chamados por equipamento Chamados por produto Histórico completo Controle de SLA SLA por categoria SLA por departamento SLA por localidade Fluxos de aprovação configuráveis Escalonamento Definido por classificação de chamados GLPI Ocomon OTRS Quaizer Trellis Desk X X – X – – – – X – X X X X X X X – – – X – – – – X X X X X X X X X – X X X X – – – – – – – – – – – X – – X – X X X X X X X X X X 57 Definido pela localidade de atendimento – – – – – Escalonamento automático de chamados para equipe seguinte ao expirar o prazo – – X X – 59 Scripts de atendimento X X X X X 60 Controle de prioridades de atendimento X X X X X Agendamento de abertura de chamados em lote – – – – – 62 Contabilização de despesas de atendimento X – – – – X – – – – – – – – – X X X X X X X X X X X – X X – – X – X – – X – – X 58 61 63 64 65 66 67 68 69 Confirmação de encerramento de chamados pelos solicitantes Recurso de agendamento para criação periódica automática de chamados Possibilidade de restrição de acesso a chamados por equipe Configuração de Mensageria e envio de avisos por e-mail Chamados agrupados como projeto Atendimento online (chat) Campos Adicionais Para Chamados Continua 105 Quadro 16 – Apêndice B – Avaliação com base nas métricas (continuação) Nº 70 71 72 73 74 75 Nº 76 77 78 79 Categoria Gestão de conhecimento GLPI Ocomon OTRS Quaizer Trellis Desk Gestão do conhecimento X X X X X Base de conhecimento X – X X X Base de documentos X – X X – Anexos X X X X – Busca textual X X X X X Solução de chamados pode alimentar a base de conhecimento X X – – – automaticamente Categoria ITIL GLPI Ocomon OTRS Quaizer Trellis Desk Gerenciamento de Configuração X X X X X Gerenciamento de Mudanças X X X X X Gerenciamento de Problemas X X X X X Catálogo de Serviços X X X X X Conclusão 106 APÊNDICE C – MÉTRICAS PRESENTES EM TODAS AS FGI Quadro 17 – Apêndice C – Métricas presentes em todas as FGI Nº 5 Nº 11 Categoria Ambiente Monoempresa Categoria Interface Web 12 Compatibilidade com browsers Nº 24 27 Nº 31 Nº 35 37 41 46 49 55 56 59 60 65 66 Nº 70 74 Nº 76 77 78 79 Categoria Suporte Suporte via fóruns Suporte via Wiki (manuais) Categoria Dashboard Configurar dashboard Categoria Atendimento Incidentes Abertura de chamados via web Registro de atividades de atendimento Chamados por solicitante Histórico completo Escalonamento Definido por classificação de chamados Scripts de atendimento Controle de prioridades de atendimento Possibilidade de restrição de acesso a chamados por equipe Configuração de Mensageria e envio de avisos por e-mail Categoria Gestão de conhecimento Gestão do conhecimento Busca textual Categoria ITIL Gerenciamento de Configuração Gerenciamento de Mudanças Gerenciamento de Problemas Catálogo de Serviços GLPI X GLPI X Chrome Firefox IE Outros GLPI X X GLPI X GLPI X X Ocomon OTRS Quaizer Trellis Desk X X X X Ocomon OTRS Quaizer Trellis Desk X X X X Chrome Chrome Chrome Chrome Firefox Firefox Firefox Firefox IE IE IE IE Outros Outros Outros Outros Ocomon OTRS Quaizer Trellis Desk X X X X X X X X Ocomon OTRS Quaizer Trellis Desk X X X X Ocomon OTRS Quaizer Trellis Desk X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X GLPI X X GLPI X X X X Ocomon X X Ocomon X X X X OTRS X X OTRS X X X X Quaizer Trellis Desk X X X X Quaizer Trellis Desk X X X X X X X X 107 APÊNDICE D – MÉTRICAS NÃO PRESENTES NAS FGI Quadro 18 – Apêndice D – Métricas não presentes nas FGI Nº Categoria Cadastros Limitação de cadastros de 6 clientes Limitação de cadastros de 7 usuários Limitação de cadastros de 8 técnicos Nº Categoria Interface 9 Windows 10 Multiplataforma (JAVA) Nº Categoria Inventário Alertas sobre softwares 18 proibidos instalados Alertas sobre softwares 19 obrigatórios não instalados Categoria Incidentes Limitação de quantidade de 20 incidentes Nº Categoria Acessos simultâneos Limitação de acessos 21 simultâneos no ambiente Windows Limitação de acessos 22 simultâneos no ambiente Multiplataforma (JAVA) Limitação de acessos 23 simultâneos no ambiente Web Nº Categoria Atendimento 52 SLA por departamento 53 SLA por localidade Definido pela localidade de 57 atendimento Agendamento de abertura de 61 chamados em lote Recurso de agendamento para 64 criação periódica automática de chamados 68 Atendimento online (chat) GLPI Ocomon OTRS Quaizer Trellis Desk – – – – – – – – – – – – – – – GLPI – – GLPI Ocomon OTRS Quaizer Trellis Desk – – – – – – – – Ocomon OTRS Quaizer Trellis Desk – – – – – – – – – – GLPI – GLPI Ocomon OTRS Quaizer Trellis Desk – – – – Ocomon OTRS Quaizer Trellis Desk – – – – – – – – – – – – – – – GLPI – – Ocomon OTRS Quaizer Trellis Desk – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – 108 APÊNDICE E – FLUXO DE TODAS AS QUESTÕES DA PESQUISA Figura 15 – Apêndice E – Fluxo das questões 01 a 18 109 Figura 16 – Apêndice E – Fluxo das questões 19 a 33 110 Figura 17 – Apêndice E – Fluxo das questões 34 a 39 111 APÊNDICE F – QUESTÕES DA PESQUISA NO GOOGLE DOCS Figura 18 – Apêndice F – Tela de apresentação da pesquisa 112 Figura 19 – Apêndice F – Tela de cadastro de dados e questão 01 113 Figura 20 – Apêndice F – Questões 2 a 4 114 Figura 21 – Apêndice F – Questões 5 a 7 115 Figura 22 – Apêndice F – Questões 8 a 11 116 Figura 23 – Apêndice F – Questões 12 a 13 117 Figura 24 – Apêndice F – Questões 14 a 16 118 Figura 25 – Apêndice F – Questões 17 a 19 119 Figura 26 – Apêndice F – Questões 20 a 22 120 Figura 27 – Apêndice F – Questões 23 a 25 121 Figura 28 – Apêndice F – Questões 26 a 29 122 Figura 29 – Apêndice F – Questões 30 a 34 123 Figura 30 – Apêndice F – Questões 35 a 38 124 Figura 31 – Apêndice F – Questão 39 e finalização da pesquisa 125 APÊNDICE G – TABULAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS Este apêndice apresenta a tabulação dos resultados obtidos na por meio da pesquisa realizada com os gestores e profissionais de TI, conforme a seção 5.3 deste trabalho. É apresentado um descritivo sobre as questões e seus resultados, juntamente com os resultados em formato de tabela e os comentários relacionados a cada questão, que foram realizados pelos participantes da pesquisa. A questão 1, que trata sobre a integração da FGI com sistemas de diretórios, identificou que 82% dos entrevistados necessitam de integração com algum dos serviços apresentados na Tabela 6. Tabela 6: Apêndice G – Integração com sistemas de diretórios Nº 1 2 3 Categoria Integração Integração Active Directory OpenLDAP Sim 82% (14) 82% (14) 12% (2) Não 18% (3) Comentários relacionados a questão 1: “Além desse, deve ser previsto outras formas de autenticação dos usuários de sistemas uma vez que existem exceções como funcionários remotos e não online etc.” A questão 2, que trata sobre o atendimento de mais de uma empresa pela central de suporte, identificou que 76% dos entrevistados possuem a necessidade de atender diferentes empresas com a mesma FGI, conforme apresentado na Tabela 7. Tabela 7: Apêndice G – Atendimento de mais de uma empresa Nº 4 5 Categoria Ambiente Multiempresa 76% (13) Monoempresa 24% (4) Comentários relacionados a questão 2: 126 “Nosso Service desk atua como suporte ao usuário interno (níveis 1, 2, 3) e também disponibiliza serviço ao cliente externo (cidadão).” “Suporte dedicado por cliente e também célula compartilhada entre vários clientes.” “Sim deve estar preparada para tratar cada unidade ou estrutura como um cliente independente, possibilitando que os resultados sejam isolados e avaliados por grupo de interesse e isento de interferência.s” As questões 3, 4 e 5, que tratam sobre a limitação de cadastro de clientes, usuários e técnicos, respectivamente, identificaram que 8% dos entrevistados que atentem mais de uma empresa, podem possuir limitação de cadastros para as mesmas. Para o cadastro de usuários, 100% dos entrevistados consideram que não pode haver limitação. Já para o cadastro de técnicos, 12% dos entrevistados informaram que pode haver limitação de cadastro, conforme apresentado na Tabela 8. Tabela 8: Apêndice G – Limitação de cadastro de clientes, usuários e técnicos Nº 6 7 8 Categoria Cadastros Limitação de cadastros de clientes Limitação de cadastros de usuários Limitação de cadastros de técnicos Sim 6% (1) 0% (0) 12% (2) Não 71% (12) 100% (17) 88% (15) Comentários relacionados a questão 3: “Não deve haver limite para inclusão de clientes. Isso vai depender das características do negocio.” “A empresa possui uma ferramenta de gestão de chamados que atua em todos os países de atuação da empresa. Interface via web.” Comentários relacionados a questão 4: “Não deve haver limite para o cadastro de usuários. A quantidade dependerá das características do serviço e das empresas.” Comentários relacionados a questão 5: 127 “Não deve haver limite para cadastro técnico, entendido aqui como sendo os recursos de informática que podem ser controlados pelo sistema.” A questão 6, que trata sobre o idioma da FGI de incidentes, identificou que 88% dos entrevistados necessitam do idioma Português, 82% do idioma Inglês, 35% do idioma Espanhol e 12% necessitam de outros idiomas, conforme apresentado na Tabela 9. Tabela 9: Apêndice G – Idioma da FGI Nº Categoria Interface 14 Idioma Português Inglês Espanhol Outros 88% (15) 82% (14) 35% (6) 12% (2) Comentários relacionados a questão 6: “O sistema deve estar preparado para exibir as interfaces com os usuários no idioma dos mesmos a partir do seu cadastro.” A questão 7, que trata da interface da FGI, identificou que 18% dos entrevistados necessitam da FGI para plataforma Windows, 12% para multiplataforma e 82% para plataforma web, conforme apresentado na Tabela 10. Tabela 10: Apêndice G – Idioma da FGI Nº 9 10 11 Categoria Interface Windows Multiplataforma (JAVA) Web 18% (3) 12% (2) 82% (14) Comentários relacionados a questão 7: “Deve na medida do possível automatizar as instalações para todos os ambientes existentes nas empresas. Isso trará produtividade.” “Quanto mais abrangente for os recursos de instalação mais independente este trabalho será da equipe de suporte. Deve prever também possibilidade de instalações manuais.” 128 A questão 8, que trata da utilização de plataforma web, identificou que 29% utilizam o browser Google Chrome, 26% utilizam o Mozilla Firefox, 36% utilizam o MS Internet Explorer e 10% utilizam outros browsers, conforme apresentado na Tabela 11. Tabela 11: Apêndice G – Compatibilidade com browsers Nº Categoria Interface Browser Google Chrome Compatibilidade com Mozilla Firefox 12 browsers MS Internet Explorer Outros Quantidade 71% (12) 65% (11) 88% (15) 24% (4) Comentários relacionados a questão 8: “Qualquer browser.” “Atenção especial para os browsers mobiles, pois a demanda está aumentando neste segmento.” “Importante que o sistema tenha acesso via web e seja compatível com os principais navegadores de mercado considerando também a realidade mobile.” A questão 9, que trata da compatibilidade da interface web da FGI com dispositivos móveis, identificou que 82% dos entrevistados necessita deste recurso, conforme apresentado na Tabela 12. Tabela 12: Apêndice G – Compatibilidade com dispositivos móveis Nº 13 Categoria Interface Mobile Sim 82% (14) Não 18% (3) Comentários relacionados a questão 9: “Sim com certeza. Hoje isso é uma realidade que veio pra ficar e seu uso deve ser ampliado com novos recursos.” “Na minha realidade hoje não é necessário, mas futuramente, quem sabe seja um diferencial da ferramenta.” 129 A questão 10, que trata da personalização das FGI através de módulos, identificou que 88% dos entrevistados necessitam deste recurso, conforme apresentado na Tabela 13. Tabela 13: Apêndice G – Personalização através de módulos Nº 15 Categoria Interface Personalização, através de suporte a complementos Sim Não 88% (15) 12% (2) Comentários relacionados a questão 10: “Acredito que os módulos devam estar presentes, independentes e integrados. Isso deve ajudar o processo de trabalho e as eventuais avaliações e analises dos resultados.” “Isso deixa a aplicação mais customizável com a realidade da empresa e adaptável a qualquer ambiente e visão.” “É interessante quando a ferramenta permite ao técnico a parametrização dos principais indicadores na tela.” A questão 11, que trata sobre o gerenciamento de inventário, identificou que 95% dos entrevistados necessitam deste recurso, sendo que 94% deles necessitam, também, de algum tipo de alerta no gerenciamento do inventário, conforme apresentado na Tabela 14. Tabela 14: Apêndice G – Gerenciamento de inventário Nº 16 17 18 Categoria Inventário Gerenciamento de inventário Alerta mudanças súbitas Alertas sobre softwares proibidos instalados Sim 94% (16) 88% (15) 76% (13) Não 6% (1) 19 Alertas sobre softwares obrigatórios não instalados 76% (13) Comentários relacionados a questão 11: “O Gerenciamento de incidentes deve ter acesso aos históricos do equipamento (inventario).” 130 “Imagino que sistemas devem prevenir situações anômalas. Aviso depois que a situação não prevista aconteceu faz menos efeito e não permite muita margem de manobra.” “Os alertas na medida do possível devem ser parametrizados para prevenir situações e serem disparados em tempo de reação. Isso além de outros alertas.” A questão 12, que trata da limitação de registros de chamados na FGI, identificou que para 100% dos entrevistados, não pode haver esta limitação, conforme apresentado na Tabela 15. Tabela 15: Apêndice G – Limitação de chamados Nº Categoria Incidentes 20 Limitação de quantidade de incidentes Sim 0% (0) Não 100% (17) Comentários relacionados a questão 12: “Deve-se ter um controle, mas não um limite.” “Nas empresas onde tive contato com esses sistemas, o volume de chamados variava de 500 a perto de 2000 chamados mensais. Esse número dependia do número e tipo de sistemas que o serviço abrangia. (client Server, ERP, etc).” A questão 13, que trata da limitação de acessos simultâneos a FGI, identificou que para 71% dos entrevistados não pode haver esta limitação, conforme apresentado na Tabela 16. Tabela 16: Apêndice G – Acessos simultâneos Nº 21 22 23 Categoria Acessos simultâneos Sim Não Limitação de acessos simultâneos no ambiente Windows 24% (4) Limitação de acessos simultâneos no ambiente Multiplataforma 18% (3) 71% (12) (JAVA) Limitação de acessos simultâneos no ambiente Web 24% (4) Comentários relacionados a questão 13: “Não há como estabelecer antecipadamente o limite de acessos que deve existir.” 131 “Esse assunto está ligado a estratégia de atuação da central de atendimento e do serviço a ser realizado. O que se deve estabelecer é um balanceamento unindo o útil ao agradável na questão necessidade de acesso e custo envolvido. É fato que se deve evitar o artifício de logins genéricos para reduzir custo de licenças. Eles prejudicam e interferem diretamente na qualidade das informações registradas e na segurança de informação.” “Logins genéricos não permitem identificarmos claramente quem efetivamente foi o autor de algo não em conformidade. Portanto devem ser evitados.” A questão 14, que trata do suporte oferecido pelo desenvolvedor / fornecedor da FGI, identificou que 100% dos entrevistados necessitam de algum tipo de canal de suporte, sendo que 82% necessitam de suporte por telefone, conforme apresentado na Tabela 17. Tabela 17: Apêndice G – Tipos de suporte Nº 24 25 26 27 28 29 Categoria Suporte Suporte via fóruns Suporte via tutoriais em flash Suporte via FAQ's Suporte via Wiki (manuais) Suporte por telefone Suporte e-mail 53% (9) 47% (8) 71% (12) 65% (11) 82% (14) 71% (12) Comentários relacionados a questão 14: “Dependendo da complexidade dos processos oferecidos é fator critico para o sucesso que a empresa desenvolvedora do SW coloque à disposição da utilizadora recursos de treinamento e suporte que possibilitem a ela o perfeito entendimento da ferramenta que terá em mãos. Tanto na questão funcional como na conceitual, pois o entendimento do conceito sob o qual a ferramenta foi construída é mais de 50% do sucesso do trabalho. A escolha do tipo de suporte a 132 ser prestado deve ser um exercício em conjunto da empresa utilizadora e da experiência da empresa fornecedora do aplicativo.” “Quanto maior o volume de canais a disposição do usuário melhor.” A questão 15, que trata do recurso de geração de relatórios, identificou que 94% dos entrevistados necessitam deste recurso, conforme apresentado na Tabela 18. Tabela 18: Apêndice G – Relatórios Nº 30 Categoria Relatórios Gerar relatórios Sim 94% (16) Não 6% (1) Comentários relacionados a questão 15: “A ferramenta deve municiar de informações todos os níveis participantes do serviço. Tanto operacional como gerencial, respeitando a característica de cada um devem ter informações à sua disposição para tocar o negocio com confiabilidade.” A questão 16, que trata do recurso de dashboard, identificou que 94% dos entrevistados necessitam deste recurso, conforme apresentado na Tabela 19. Tabela 19: Apêndice G – Dashboard Nº 31 Categoria Dashboard Configurar dashboard Sim 94% (16) Não 6% (1) Comentários relacionados a questão 16: “Informações gerenciais devem estar disponíveis constantemente para que os gestores acompanhem com facilidade e tranquilidade o andamento do serviço e tomem medidas corretivas ou adaptativas à medida em que algum indicador apresentar desvios.” A questão 17, que trata sobre pesquisas de satisfação, identificou que 100% dos entrevistados necessitam que a FGI possua este recurso, conforme apresentado na Tabela 20. 133 Tabela 20: Apêndice G – Pesquisas de satisfação Nº 32 33 34 Pesquisa de Satisfação Pesquisa de satisfação Por chamado encerrado Proativas Sim 100% (17) 94% (16) 53% (9) Não 0% (0) Comentários relacionados a questão 17: “Além de Pesquisa de satisfação seria bom que o usuário que foi atendido possa avaliar o atendimento e o atendente Pesquisa não é igual a Avaliação!” “Pesquisa de satisfação é uma coisa muito delicada. Pesquisas enviadas a cada chamado encerrado pode gerar insatisfação de quem responde, principalmente, se este abrir muitos chamados num curto espaço de tempo. Pesquisas enviadas sobre chamados encerrados não recentes pode forçar que o usuário não seja fiel na resposta em razão de não recordar-se do que ocorreu. O sistema deve possibilitar que pesquisas possam ser customizadas de acordo com a realidade do negocio e do serviço. Deve permitir que um gestor avalie qual será a maneira mais adequada na situação para coletar as pesquisas.” A questão 18, que trata do tipo de chamado, identificou que 100% dos entrevistados necessitam que a FGI registre chamados do tipo incidentes e 94% dos entrevistados necessitam que a FGI registre chamados do tipo solicitação de serviço, conforme apresentado na Tabela 21. Tabela 21: Apêndice G – Tipo de chamado Nº 35 36 Categoria Atendimento Incidentes Solicitações de serviço 100% (17) 94% (16) Comentários relacionados a questão 18: “Os tipos de chamados devem espelhar a necessidade de controle do serviço. Entendo que uma divisão razoável seria: Incidentes, 134 Problemas e Solicitações. Sou partidário também de que essa classificação não seja exigida na abertura do chamado. Esse é um conceito interno e mais ligado ao IT do que aos responsáveis de negocio. Deixar que isso seja classificado dentro de IT é dar mais confiabilidade ao trabalho e garantia de que os resultados terão menor interferência.” A questão 19, que trata do tipo de associações aos chamados, identificou que 100% dos entrevistados necessitam que a FGI registre chamados por solicitante, 76% dos entrevistados necessitam que a FGI registre chamados por equipamento, 71% necessitam que a FGI registre chamados por produto e 12% necessitam de outro tipo de associação aos chamados, conforme apresentado na Tabela 22. Tabela 22: Apêndice G – Associações aos chamados Nº 46 47 48 -- Categoria Atendimento Chamados por solicitante Chamados por equipamento Chamados por produto Outros 100% (17) 76% (13) 71% (12) 12% (2) Comentários relacionados a questão 19: “Essa questão não ficou muito clara. Essa associação que você se refere seria com a finalidade de se criar um histórico e/ou um relatório ou uma pesquisa futura? Se sim, além das opções disponibilizadas, há outras inúmeras opções que podemos considerar.” “Na minha visão o foco principal do serviço são os recursos de informática. Os incidentes, problemas e solicitações são gerados pelos usuários no manuseio ou utilização dos referidos recursos. Portanto, um sistema que seja rico em informações que permitirão ao IT acompanhar sua performance, deve focar em primeiro plano ao RECURSO e depois (não menos importante) a quem o utiliza. É 135 nesse cruzamento Recurso x Usuário é que devem se basear as analises no sentido de produtividade, eficiência, etc.” A questão 20, que trata do recurso autoatendimento, identificou que 94% dos entrevistados necessitam que a FGI possua autosserviços para usuários finais, 71% dos entrevistados necessitam que a FGI permita a abertura de chamados por e-mail, e 12% necessitam que a FGI possua outros tipos de recursos para a abertura de chamados, conforme apresentado na Tabela 23. Tabela 23: Apêndice G – Autoatendimento Nº 38 39 -- Categoria Atendimento Autosserviços para usuários finais Abertura de chamados via email Outros Sim 94% (16) 71% (12) 12% (2) Não 0% (0) Comentários relacionados a questão 20: “Ideal seria que todos os usuários fossem capazes de abrir seus próprios chamados com qualidade suficiente para que a central de atendimento pudesse dar andamento. O sistema deve prever varias formas de captação de chamados. Os gestores devem escolha o que melhor se adequar ao perfil dos usuários dentro do ciclo de vida do suporte. O autoatendimento minimiza a primeira vista o volume de atendimento do primeiro nível. Mas, pode provocar um trabalho extra ao nível que fará o entendimento da situação para tomar as providencias necessárias.” “Abertura de chamados via e-mail desde que seja predefinido as informações básicas necessárias ao atendimento do chamado.” A questão 21, que trata dos registros de atendimentos, identificou que 100% dos entrevistados necessitam que a FGI registre as atividade de atendimento e 88% dos entrevistados necessitam que a FGI registre as horas de atendimento, conforme apresentado na Tabela 24. 136 Tabela 24: Apêndice G – Registros de atendimento Nº 40 41 -- Categoria Atendimento Registro de horas de atendimento Registro de atividades de atendimento Outros 88% (15) 100% (17) 0% (0) Comentários relacionados a questão 21: “O sistema deve permitir um log do atendimento realizado. Horário de inicio, identificação do técnico/atendente, descrição do que foi feito e outras informações são muito úteis para que se mantenha um acompanhamento histórico que serve para analises pontuais principalmente. Nesse aspecto uma grande falha dos sistemas no mercado é o de não tratar de uma forma mais conveniente o registro do inicio e final do atendimento.” A questão 22, que trata do registro de históricos de atendimento, identificou que 100% dos entrevistados necessitam que a FGI registre o histórico completo dos chamados atendidos, conforme apresentado na Tabela 25. Tabela 25: Apêndice G – Histórico completo Nº 49 Categoria Atendimento Histórico completo Sim 100% (17) Não 0% (0) Comentários relacionados a questão 22: “Histórico do chamado possibilita uma visão clara do que ocorreu com cada um dos atendimentos. Isso é útil principalmente quando algo sai fora do esperado e há alguma reclamação de usuários.” A questão 23, que trata do recurso de feedback da FGI, identificou que 100% dos entrevistados necessitam que a FGI registre o histórico completo dos chamados atendidos, conforme apresentado na Tabela 26. 137 Tabela 26: Apêndice G – Feedback Nº 43 44 45 -- Categoria Atendimento Envio Programado Envio Automático Envio Periódico Outros Sim 41% (7) 76% (13) 29% (5) 6% (1) Não 0% (0) Comentários relacionados a questão 23: “Passo importante do processo de atendimento é o retorno ao usuário. Muitas vezes ele fica "feliz" em receber um retorno mesmo que este seja um aviso de que o trabalho vai atrasar. Portanto, quanto mais automatizado forem os feedbacks, sem que com isso os avisos se tornem banais e sejam desconsiderados por quem os recebe, devem ser instalados em pontos estratégicos do fluxo de atendimento (abertura, inicio de atendimento, mudança de status, resolução e encerramento).” “Devera ter um bom descritivo no chamado para que o usuário facilmente identifique qual o chamado ele esta avaliando. Também importante criar uma regra que repita por um período determinado o envio da pesquisa ate expirar o tempo ou ser aprovado pelo usuário.” A questão 24, que trata do recurso de gerenciamento de SLA, identificou que 94% dos entrevistados necessitam que a FGI possua algum tipo de gerenciamento de SLA, conforme apresentado na Tabela 27. Tabela 27: Apêndice G – Gerenciamento de SLA Nº 51 52 53 -- Categoria Atendimento SLA por categoria SLA por departamento SLA por localidade Outros Sim 94% (16) 53% (9) 35% (6) 12% (2) Não 6% (1) 138 Comentários relacionados a questão 24: “Todas as opções são importantes porque o SLA pode ser determinante conforme o perfil de atuação da empresa.” “O nível de serviço deve ser combinado de acordo com a característica de cada serviço a ser realizado e também por tipo de chamado. Normalmente deve ser uma estrutura hierarquicamente definida a partir do grande grupo dos chamados (incidentes, problemas, solicitações, etc) Fato é que o nível de serviço está ligado à expectativa de realização do trabalho por parte de TI e o SLA é a combinação com o usuário, de quanto desses serviços devem estar dentro do que foi previsto.” A questão 25, que trata dos fluxos de aprovação, identificou que 88% dos entrevistados necessitam que a FGI permita a configuração de fluxos de aprovação, conforme apresentado na Tabela 28. Tabela 28: Apêndice G – Fluxos de aprovação configuráveis Nº 54 Categoria Atendimento Fluxos de aprovação configuráveis Sim 88% (15) Não 12% (2) Comentários relacionados a questão 25: “Dependendo do chamado aberto, pode ser necessário planejamento de compra, e, por isso, o software deve prever esses fluxos (especialmente no serviço público, em que um processo de aquisição de insumos e/ou ativos é demorado e tramita por várias instancias).” “Seria recomendável que uma ferramenta que se propõe a cuidar de incidentes, problemas e solicitações pudessem integrar um fluxo de aprovação para tornar o processo mais ágil, integrado e menos burocrático no sentido negativo da palavra.” “É um facilitador nos processos de requisições onde dependem de aprovações de alçadas.” 139 A questão 26, que trata do escalonamento de incidentes, identificou que 94% dos entrevistados necessitam que a FGI permita o escalonamento de incidentes por classificação de chamados, 47% dos entrevistados necessita que a FGI permita o escalonamento de incidentes pela localidade de atendimento e 53% necessita que o escalonamento seja realizado ao expirar o prazo de atendimento, conforme apresentado na Tabela 29. Tabela 29: Apêndice G – Escalonamento de incidentes Nº 56 57 58 -- Categoria Atendimento Por classificação de chamados Pela localidade de atendimento Ao expirar o prazo Outros Sim 94% (16) 47% (8) 53% (9) 6% (1) Não 6% (1) Comentários relacionados a questão 26: “O sistema deve prever de forma abrangente uma customização do escalonamento de acordo com as características do serviço. O estudo do que será o serviço de suporte é que dará o tom para a definição de cada escalonamento. Normalmente deve ser estruturado também de acordo com uma hierarquização a partir do topo da pirâmide de categorização do serviço.” A questão 27, que trata dos scripts de atendimento, identificou que 100% dos entrevistados necessitam que a FGI permita a configuração de scripts de atendimento, conforme apresentado na Tabela 30. Tabela 30: Apêndice G – Scripts de atendimento Nº 59 Categoria Atendimento Scripts de atendimento Sim 100% (17) Não 0% Comentários relacionados a questão 27: “Devem ter scripts de atendimento para permitir que determinados casos sejam resolvidos na linha de frente ou em grupos intermediários de atendentes. Isso evitará que níveis mais 140 especializados sejam onerados com assuntos que poderiam ser resolvidos em níveis anteriores. O segredo é que a ferramenta tenha uma forma adequada e dinâmica para gerenciar esses scripts. Esse dinamismo deve estar presentes para facilitar a manutenção dos scripts inclusive passando pelos níveis técnicos que deverão completar as informações dos mesmos e finalmente uma aprovação do gestor imediato.” A questão 28, que trata do controle de prioridades de atendimento, identificou que 94% dos entrevistados necessitam que a FGI permita a configuração de controle de prioridade de atendimentos, conforme apresentado na Tabela 31. Tabela 31: Apêndice G – Controle de prioridades de atendimento Nº 60 Categoria Atendimento Controle de prioridades de atendimento Sim 100% (17) Não 0% (0) Comentários relacionados a questão 28: “Controle de prioridades é outro fator critico do serviço. Cada usuário entende que o seu próprio trabalho é importante, vital e prioritário. Se não houver uma possibilidade de classificar e deixar muito claro qual será a regra de prioridade que os atendimentos usarão haverá insatisfação dos usuários. Uma boa ferramenta de priorização deve se basear na hierarquização do serviço e também de eventos que possam interferir no negocio no momento em que o atendimento for aberto (ex: Fechamento de mês, fechamento de folha, faturamento, etc).” A questão 29, que trata do agendamento de abertura de chamados, identificou que 76% dos entrevistados necessitam que a FGI permita a abertura de chamados em lote e 88% dos entrevistados necessitam que a FGI permita o agendamento para criação de chamados periódicos, conforme apresentado na Tabela 32. 141 Tabela 32: Apêndice G – Agendamento de abertura de chamados Nº 61 64 Categoria Atendimento Abertura de chamados em lote Chamados periódicos Sim 76% (13) 88% (15) Não 24% (4) 12% (2) Comentários relacionados a questão 29: “Chamados periódicos: Apesar de não ser vitalmente necessário, é uma funcionalidade que pode facilitar.” “Criar alguma inteligência que avise o responsável pela área, que existe uma rotina a ser criada quando um chamado é aberto por um período determinado com o mesmo produto.” “Dependendo da característica do serviço de atendimento essas possibilidades são úteis. O sistema deve ter a capacidade de controlar as datas em que os casos serão agendados e disparar avisos tanto para que o trabalho comece como para não deixa-lo no cadastro eternamente.” A questão 30, que trata da contabilização de despesas de atendimento, identificou que 76% dos entrevistados necessitam que a FGI possua a funcionalidade de contabilização de despesas de atendimento, conforme apresentado na Tabela 33. Tabela 33: Apêndice G – Contabilização de despesas de atendimento Nº 62 Categoria Atendimento Despesas de atendimento Sim 76% (13) Não 24% (4) Comentários relacionados a questão 30: “Esta opção de contabilização é útil para controle interno da empresa. Para efeito de contratação de serviços o valor é fechado no momento da contratação. Essa contabilização pode ser muito útil. Mas o assunto é muito mais complexo do que isso e deve ser tratado com cuidado. No que se refere à pergunta, esse recurso seria útil.” 142 A questão 31, que trata do recurso de campos adicionais, identificou que 94% dos entrevistados necessitam que a FGI permita a configuração de campos adicionais para chamados específicos, conforme apresentado na Tabela 34. Tabela 34: Apêndice G – Campos adicionais Nº 69 Categoria Atendimento Campos adicionais Sim 94% (16) Não 6% (1) Comentários relacionados a questão 31: “Campos adicionais são um recurso usados por aplicativos generalistas, mas são úteis para determinadas ocorrências.” “Campos adicionais podem ser importantes se tiverem regras de conteúdo para valida-los.” “Isso é uma funcionalidade que faz muita falta em outros softwares de gerenciamento de chamados” A questão 32, que trata do recurso de confirmação de encerramento de chamados, identificou que 88% dos entrevistados necessitam que a FGI possua a funcionalidade de confirmação de encerramento de chamados, conforme apresentado na Tabela 35. Tabela 35: Apêndice G – Confirmação de encerramento de chamados Nº 63 Categoria Atendimento Confirmação de encerramento Sim 88% (15) Não 12% (2) Comentários relacionados a questão 32: “Apesar de não ser um requisito funcional, essa funcionalidade permite minimizar o risco de erros ou boicote ou ingerência.” “Os atendimentos devem ser encerrados em duas etapas. Ao concluir o trabalho solicitado o chamado deve permanecer como Resolvido e o usuário convidado a confirmar que tudo esta em ordem. Uma vez confirmado ou depois de algum tempo em que o usuário foi convidado a responde e não o fez, o chamado deve ser 143 considerado Encerrado sem a possibilidade de reabertura. Na situação resolvido o chamado pode voltar ao retrabalho caso as razões apresentadas pelo usuário tenham fundamento.” A questão 33, que trata do recurso de restrição de acesso aos chamados, identificou que 76% dos entrevistados necessitam que a FGI permita restringir o acesso aos chamados de determinadas categorias somente para a equipe responsável, conforme apresentado na Tabela 36. Tabela 36: Apêndice G – Restrição de acesso aos chamados Nº 65 Categoria Atendimento Restrição de acesso aos chamados Sim 76% (13) Não 24% (4) Comentários relacionados a questão 33: “Importante que o sistema permita níveis de acesso diferenciados tanto para usuários como para equipe técnica.” “Este processo dependerá do fluxo do atendimento.” A questão 34, que trata do recurso de mensageria, identificou que 88% dos entrevistados necessitam que a FGI permita a configuração de mensageria para o envio de mensagens e avisos por e-mail, conforme apresentado na Tabela 37. Tabela 37: Apêndice G – Mensageria Nº 66 Categoria Atendimento Mensageria Sim 88% (15) Não 12% (2) Comentários relacionados a questão 34: “Nesta funcionalidade pode incluir a questão do chamado pai Gerenciamento de Problemas CMC.” “Não vejo necessidade de encaminhamento de e-mail. Apenas mensagem na tela inicial do sistema é o suficiente na minha opinião.” “Parte do fluxo de trabalho de atendimento pode ser garantido, ajudado ou suportado pelo esquema de mensageria. A cobrança de 144 uma determinada ação pendente por parte de alguém pode ser feita via e-mail padronizado e disparar varias outras ações de atendimento.” A questão 35, que trata do recurso de abertura de chamados como parte de projetos, identificou que 94% dos entrevistados necessitam que a FGI permita a abertura de chamados como parte de projetos, conforme apresentado na Tabela 38. Tabela 38: Apêndice G – Chamados como parte de projetos Nº 67 Categoria Atendimento Chamados como parte de projetos Sim 94% (16) Não 6% (1) Comentários relacionados a questão 35: “É útil para o negocio que determinados chamados sejam associados a projetos. Isso pode facilitar, por exemplo, a atuação e a identificação dos problemas e tratamento deles na fase de garantia de implementação de sistemas onde a responsabilidade ainda está com a equipe de projeto e não deve onerar a equipe de suporte.” “Essa funcionalidade é bacana, mas não se aplica em todas as organizações, porque seu uso dependerá do nível de maturidade da empresa. Minha sugestão é que seja um módulo a parte (opcional).” A questão 36, que trata do recurso de atendimento online através de chat, identificou que 82% dos entrevistados necessitam que a FGI possua este recurso, conforme apresentado na Tabela 39. Tabela 39: Apêndice G – Atendimento online através de chat Nº 68 Categoria Atendimento Atendimento online Sim 82% (14) Não 18% (3) Comentários relacionados a questão 36: “Essa seria uma outra modalidade de recepção e tratamento do chamado. Aliada ao acesso remoto ao usuário isso seria importante aliado para agilizar o atendimento.” 145 A questão 37, que trata do recurso de gestão do conhecimento, identificou que 94% dos entrevistados necessitam que a FGI possua este recurso, conforme apresentado na Tabela 40. Tabela 40: Apêndice G – Gestão do conhecimento Nº 71 72 73 74 Categoria Atendimento Base de conhecimento Base de documentos Anexos Busca textual Sim 94% (16) 94% (16) 88% (15) 88% (15) Não 6% (1) Comentários relacionados a questão 37: “Bases de conhecimento são importante aliadas ao processo de atendimento. Facilitam em grande parte o trabalho. Porem, devem ser pensadas e iniciadas desde que o trabalho de suporte se inicia. É comum bases de conhecimento não registrarem situações importante ou ficarem desatualizadas. Entendo que deve haver um gestor responsável pelo acompanhamento desse trabalho com autonomia para avaliar e gerenciar o que é publicado. Além disso o sistema deve pontuar os chamados cujos casos são passiveis de registro na base e gerar alertas de acompanhamento desse trabalho.” A questão 38, que trata do recurso de gestão do conhecimento, identificou que 88% dos entrevistados necessitam que a FGI permita utilizar o histórico de atendimento de chamados para alimentar a base de conhecimento, conforme apresentado na Tabela 41. Tabela 41: Apêndice G – Alimentar a base de conhecimento (GC) Nº 75 Categoria Atendimento Alimentar a base de conhecimento (GC) Sim 88% (15) Não 12% (2) Comentários relacionados a questão 38: “Deve desde que o processo não seja automático pois nem tudo o que é registrado no histórico é inteligível ou faz parte do processo 146 de solução. A ideia aqui do gestor da base que libera o que entrará nela é importante.” “A base de conhecimento deve contemplar documentos seguindo o template definido pela empresa.” A questão 39, que trata da compatibilidade da FGI com a ITIL, identificou que 94% dos entrevistados necessitam que a FGI possua compatibilidade com o processo de gerenciamento de problemas, sendo que apenas 6% dos entrevistados não necessitam que a FGI possua compatibilidade com os processos ITIL, conforme apresentado na Tabela 42. Tabela 42: Apêndice G – Compatibilidade da FGI com a ITIL Nº 78 77 79 76 -- Categoria Atendimento Gerenciamento de problemas Gerenciamento de mudanças Catálogo de serviços Gerenciamento de configuração Outros Sim 94% (16) 82% (14) 65% (11) 59% (10) 6% (1) Não 6% (1) Comentários relacionados a questão 39: “Não consigo ver uma ferramenta que não seja integrada e compatível com as praticas ITIL.” Comentários relacionados a questão 39: “Muito boa essa pesquisa, mostra muita coisa que podemos mudar em nossas ferramentas.” “Na minha opinião, mais relevante que o processo de trabalho suportado pela ferramenta é a qualidade dos dados que ela registra. É importante que as categorizações, e os demais itens de parametrização sejam bem tratados e estudados para que se possa tirar proveito do que será registrado. De nada adianta um histórico de chamados que não tenha informações validas para ser analisado. Muitos sistemas de incidentes existentes no mercado somente cuidam da ponta do iceberg. Ou melhor, a equipe de implementação das ferramentas estão preocupadas com que ela seja adotada e deixam para um segundo plano o tratamento dos dados que serão 147 armazenados. Já tive diante de situações em que ao realizar uma analise de qualidade no material gerado pelo sistema concluiu-se que um grande período de registro não poderia ser usado por falta de qualidade nas informações. Via de regra, os sistemas não permitem que essas anomalias sejam regularizadas. Por esse motivo, em paralelo à parametrização do sistema deve-se garantir a qualidade do que será armazenado pois será através essas informações que os indicadores serão apurados e que se tomará decisões que afetarão o negocio tanto de TI como das demais áreas usuárias.” “A Ferramenta deve prever também níveis de atendimento (nível 1, nível 2, nível 3, ...). Parabéns pela pesquisa e deixe-nos saber, quando oportuno, o resultado e as consequências dessa pesquisa. Além disso é importante sabermos a qual destino levaram os dados levantados aqui. Ou seja: dê-os feedback!!!!! Abraço.” “Os gráficos gerados devem permitir drildow, ou seja, ao clicar no gráfico abrir as informações até chegar à lista de chamados.” 148 APÊNDICE H – CATEGORIZAÇÃO DE RELEVÂNCIA DAS MÉTRICAS Tabela 43: Apêndice H – Categorização de relevância das métricas Nº Categoria 7 Cadastros 20 Incidentes 32 35 37 41 42 46 49 59 16 30 31 33 36 Pesquisa de Satisfação Categoria Atendimento Categoria Atendimento Categoria Atendimento Categoria Atendimento Categoria Atendimento Categoria Atendimento Categoria Atendimento Inventário Relatórios Dashboard Pesquisa de Satisfação Categoria Atendimento 38 Categoria Atendimento 50 Categoria Atendimento 51 Categoria Atendimento 55 Categoria Atendimento 56 Categoria Atendimento 60 67 69 70 71 72 78 Categoria Atendimento Categoria Atendimento Categoria Atendimento Gestão de conhecimento Gestão de conhecimento Gestão de conhecimento ITIL 8 Cadastros 15 Interface Continua Métrica Limitação de cadastros de usuários (Não possuir limitação) Limitação de quantidade de incidentes (Não possuir limitação) Pesquisa de satisfação Incidentes Abertura de chamados via web Registro de atividades de atendimento Feedback Chamados por solicitante Histórico completo Scripts de atendimento Gerenciamento de inventário Gerar relatórios Configurar dashboard Por chamado encerrado Solicitações de serviço Abertura de chamados via web - Autosserviços para usuários finais Controle de SLA Controle de SLA por categoria Escalonamento Escalonamento Definido por classificação de chamados Controle de prioridades de atendimento Chamados agrupados como projeto Campos Adicionais Para Chamados Gestão do conhecimento Base de conhecimento Base de documentos Gerenciamento de Problemas Limitação de cadastros de técnicos (Não possuir limitação) Personalização, através de suporte a complementos Peso 17 17 17 17 17 17 17 17 17 17 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 15 15 149 Tabela 44: Apêndice H – Categorização de relevância das métricas (continuação) Nº Categoria 17 Inventário 40 Categoria Atendimento 54 Categoria Atendimento 63 Categoria Atendimento 64 Categoria Atendimento Métrica Alerta mudanças súbitas Registro de horas de atendimento Fluxos de aprovação configuráveis Confirmação de encerramento de chamados pelos solicitantes Recurso de agendamento para criação periódica automática de chamados Peso 15 15 15 15 15 66 Categoria Atendimento Configuração de Mensageria e envio de avisos por e-mail 15 73 Gestão de conhecimento 74 Gestão de conhecimento Anexos Busca textual Solução de chamados pode alimentar a base de conhecimento automaticamente Integração Active Directory Web Web - Compatibilidade com browsers Web - Mobile Idioma (Português) Suporte por telefone Atendimento online (chat) Gerenciamento de Mudanças Multiempresa Alertas sobre softwares proibidos instalados Alertas sobre softwares obrigatórios não instalados Feedback - Envio automático Chamados por equipamento Agendamento de abertura de chamados em lote Contabilização de despesas de atendimento Possibilidade de restrição de acesso a chamados por equipe 15 15 75 Gestão de conhecimento 1 2 11 12 13 14 28 68 77 4 18 19 44 47 61 62 Integração Integração Interface Interface Interface Interface Suporte Categoria Atendimento ITIL Ambiente Inventário Inventário Categoria Atendimento Categoria Atendimento Categoria Atendimento Categoria Atendimento 65 Categoria Atendimento 6 Cadastros 21 Acessos Simultâneos 22 Acessos Simultâneos 23 26 29 39 Acessos Simultâneos Suporte Suporte Categoria Atendimento Continua Limitação de cadastros de clientes (Não possuir limitação) Limitação de acessos simultâneos no ambiente Windows (não possuir) Limitação de acessos simultâneos no ambiente Multiplataforma (JAVA) Limitação de acessos simultâneos no ambiente Web Suporte via FAQ's Suporte e-mail Abertura de chamados via e-mail 15 14 14 14 14 14 14 14 14 14 13 13 13 13 13 13 13 13 12 12 12 12 12 12 12 150 Tabela 45: Apêndice H – Categorização de relevância das métricas (continuação) Nº 48 27 79 76 24 34 52 Categoria Categoria Atendimento Suporte ITIL ITIL Suporte Pesquisa de Satisfação Categoria Atendimento 58 Categoria Atendimento 25 Suporte 57 Categoria Atendimento 43 53 45 5 9 3 10 Categoria Atendimento Categoria Atendimento Categoria Atendimento Ambiente Interface Integração Interface Conclusão Métrica Chamados por produto Suporte via Wiki (manuais) Catálogo de Serviços Gerenciamento de Configuração Suporte via fóruns Proativas Controle de SLA por departamento Escalonamento automático de chamados para equipe seguinte ao expirar o prazo Suporte via tutoriais em flash Escalonamento Definido pela localidade de atendimento Feedback - Envio programado Controle de SLA por localidade Feedback - Envio periódico Monoempresa Windows OpenLDAP Multiplataforma (JAVA) Peso 12 11 11 10 9 9 9 9 8 8 7 6 5 4 3 2 2 151 APÊNDICE I – TABELA GABARITO Tabela 46: Apêndice I – Gabarito usado no modelo de avaliação de FGI Métrica 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 Continua Peso 14 14 2 13 4 12 17 15 3 2 14 14 14 14 15 16 15 13 13 17 12 12 12 9 8 12 11 14 12 16 16 17 16 9 X X X X X X X X – – X X X X X X X – – – – – – X – X X – X X X X X – GLPI 0,14 0,14 0,02 0,13 0,04 0,12 0,17 0,15 0 0 0,14 0,14 0,14 0,14 0,15 0,16 0,15 0 0 0 0 0 0 0,09 0 0,12 0,11 0 0,12 0,16 0,16 0,17 0,16 0 Ocomon X 0,14 X 0,14 X 0,02 X 0,13 X 0,04 X 0,12 X 0,17 X 0,15 – 0 – 0 X 0,14 X 0,14 – 0 X 0,14 – 0 X 0,16 – 0 – 0 – 0 – 0 – 0 – 0 – 0 X 0,09 – 0 – 0 X 0,11 – 0 – 0 X 0,16 X 0,16 – 0 – 0 – 0 OTRS X 0,14 X 0,14 X 0,02 X 0,13 X 0,04 X 0,12 X 0,17 X 0,15 – 0 – 0 X 0,14 X 0,14 – 0 X 0,14 X 0,15 – 0 – 0 – 0 – 0 – 0 – 0 – 0 – 0 X 0,09 X 0,08 X 0,12 X 0,11 X 0,14 X 0,12 X 0,16 X 0,16 X 0,17 X 0,16 X 0,09 Quaizer X 0,14 X 0,14 X 0,02 X 0,13 X 0,04 X 0,12 X 0,17 X 0,15 – 0 – 0 X 0,14 X 0,14 X 0,14 X 0,14 X 0,15 X 0,16 – 0 – 0 – 0 – 0 – 0 – 0 – 0 X 0,09 X 0,08 X 0,12 X 0,11 X 0,14 X 0,12 X 0,16 X 0,16 X 0,17 X 0,16 X 0,09 Trellis Desk – 0 – 0 – 0 X 0,13 X 0,04 X 0,12 X 0,17 X 0,15 – 0 – 0 X 0,14 X 0,14 – 0 – 0 – 0 – 0 – 0 – 0 – 0 – 0 – 0 – 0 – 0 X 0,09 – 0 – 0 X 0,11 – 0 – 0 – 0 X 0,16 – 0 – 0 – 0 152 Tabela 47: Apêndice I – Gabarito usado no modelo de avaliação de FGI (continuação) Métrica 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 Conclusão Peso 17 16 17 16 12 15 17 17 7 13 5 17 13 12 17 16 16 9 6 15 16 16 8 9 17 16 13 13 15 15 13 15 16 14 16 16 16 16 15 15 15 10 14 16 11 X X X X X X X X – X – X X X X X X – – X X X – – X X – X X – X X X – X X X X X X X X X X X GLPI 0,17 0,16 0,17 0,16 0,12 0,15 0,17 0,17 0 0,13 0 0,17 0,13 0,12 0,17 0,16 0,16 0 0 0,15 0,16 0,16 0 0 0,17 0,16 0 0,13 0,15 0 0,13 0,15 0,16 0 0,16 0,16 0,16 0,16 0,15 0,15 0,15 0,1 0,14 0,16 0,11 Ocomon X 0,17 – 0 X 0,17 X 0,16 X 0,12 – 0 X 0,17 X 0,17 – 0 X 0,13 – 0 X 0,17 X 0,13 – 0 X 0,17 X 0,16 X 0,16 – 0 – 0 – 0 X 0,16 X 0,16 – 0 – 0 X 0,17 X 0,16 – 0 – 0 – 0 – 0 X 0,13 X 0,15 X 0,16 – 0 – 0 X 0,16 – 0 – 0 X 0,15 X 0,15 X 0,15 X 0,1 X 0,14 X 0,16 X 0,11 X – X – – X X – – – – X – – X X X – – – X X – X X X – – – – X X X – X X X X X X – X X X X OTRS 0,17 0 0,17 0 0 0,15 0,17 0 0 0 0 0,17 0 0 0,17 0,16 0,16 0 0 0 0,16 0,16 0 0,09 0,17 0,16 0 0 0 0 0,13 0,15 0,16 0 0,16 0,16 0,16 0,16 0,15 0,15 0 0,1 0,14 0,16 0,11 Quaizer X 0,17 X 0,16 X 0,17 X 0,16 X 0,12 X 0,15 X 0,17 X 0,17 X 0,07 X 0,13 X 0,05 X 0,17 – 0 – 0 X 0,17 X 0,16 X 0,16 – 0 – 0 X 0,15 X 0,16 X 0,16 – 0 X 0,09 X 0,17 X 0,16 – 0 – 0 – 0 – 0 X 0,13 X 0,15 – 0 – 0 X 0,16 X 0,16 X 0,16 X 0,16 X 0,15 X 0,15 – 0 X 0,1 X 0,14 X 0,16 X 0,11 Trellis Desk X 0,17 – 0 X 0,17 – 0 X 0,12 – 0 X 0,17 – 0 – 0 – 0 – 0 X 0,17 – 0 – 0 X 0,17 – 0 – 0 – 0 – 0 – 0 X 0,16 X 0,16 – 0 – 0 X 0,17 X 0,16 – 0 – 0 – 0 – 0 X 0,13 X 0,15 – 0 – 0 X 0,16 X 0,16 X 0,16 – 0 – 0 X 0,15 – 0 X 0,1 X 0,14 X 0,16 X 0,11