A AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA COMO ALIADA NA CONSTRUÇÃO DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA Jeane Maria Maia Ferreira Lima da Silva1 RESUMO Esse artigo tem como objetivo iniciar uma reflexão acerca da avaliação da aprendizagem. A intenção é fornecer informações ao docente para que este a veja como um instrumento aliado na construção do processo de ensino e aprendizagem, e, sobretudo, levar este profissional, a perceber a importância da avaliação diagnóstica como uma aliada à construção da aprendizagem bem sucedida, possibilitando-o a refletir sobre a sua postura pedagógica e eficiência do seu trabalho, por conseguinte, os níveis de aprendizagem de seus alunos. Para tanto, para fundamentar nossas proposições, tomamos como referencial teórico inicial as concepções de Ferreira (2009), Luckesi (2009), Méndez (2002), Raphael (1998) entre outros. Palavras – chaves: avaliação, diagnóstica, ensino e aprendizagem. INTRODUÇÃO Ao penar em escrever artigo, questionei-me: Por que não escrever sobre avaliação da aprendizagem, mesmo que já assunto debatido exaustivamente no meio educacional? Pois bem, assim o farei. Vejamos então! 1 Professora pedagoga (UVA), especialista em Ensino de Língua Portuguesa (UECE), especialista em Gestão Escolar (UECE), finalizando curso de especialização em Gestão e Avaliação da Escola Pública (CAED/UFJF), mestranda em Ciências da Educação (UNIAMERICAS), vice-diretora em escola pública da rede municipal de Fortaleza. E-mail: [email protected] 2 Quando se fala em avaliação, geralmente nos reportamos ao ambiente escolar, e é exatamente neste ambiente em que o ato de avaliar ainda é foco de discussões, visto que a avaliação da aprendizagem envolve um leque de procedimentos que dependem de ações conjuntas de todos os partícipes – pais, alunos, gestores, coordenadores pedagógicos, em especial, o professor, por ser este o responsável direto pela dinâmica do processo de ensino e aprendizagem e aplicabilidade da avaliação. Assim, avaliar sugere levantar dados, analisá-los e sistematizá-los em função do objeto da avaliação, adicionado de uma imputação de valor, e na escola, a prática da avaliação é considerada, mesmo que nos tempos contemporâneos um grande desafio. Atribuir valor não é tarefa fácil! Avaliar não fica por menos! A tarefa de avaliar requer atenção especial devido às suas especificidades, aos seus múltiplos e distintos problemas que se afloram em seu torno, e que resultam negativamente no real sentido da ação educativa. O referencial de valor atribuído à avaliação da aprendizagem se apresenta, empiricamente, de forma incoerente, autoritária e sentenciva. A forma de como a avaliação vem sendo conduzida desvirtua a sua verdadeira função, pois o que se é observável, é que os professores avaliadores estão voltados a “fazer a prova”, “dar a nota” e “registrar a nota”, utilizando-se do instrumento prova como um mecanismo único de controle, onde o avaliador (professor) é o sabe tudo, enquanto que o avaliado (aluno) se limita a cumprir o seu papel. Nesta linha, na escola, o ensino se consolidou sobre uma prática monoculturalista, em que a avaliação tem uma relação direta com a autoridade e formação docente, resultando numa infeliz prática de ensino centrada na figura do professor, por conseguinte, em uma prática avaliativa de caráter somatório, classificatório, e como já referido, sentencivo. Considerando por então, a escola como espaço de ações pedagógicas, este artigo pretende iniciar discussões que possam contribuir para desmistificar a problemática acerca da avaliação da aprendizagem, e o que a avaliação diagnóstica poderia auxiliar para a melhoria no rendimento escolar. Problemática que muito me inquieta como aluna, professora e enquanto gestora de escola pública, pois observo o quão foi falho ou insuficiente minha formação ao longo da vida acadêmica no que diz respeito à avaliação e sua 3 complexidade. Observo ainda que urge me envolver com investigações e reflexões para sair da redoma das concepções sobre avaliação em que fui “treinada”. Por estes motivos, o artigo legitima-se como ponto inicial para uma positiva e entusiasta mudança de concepção para reflexão às vantagens que a avaliação diagnóstica traz ao rendimento escolar, considerando contribuir para uma possível renovação em nossa cultura escolar, para uma inovação das práticas avaliativas docentes. Desta forma, serão apresentadas algumas proposições teóricas basilares da avaliação que se convergem reconhecendo o aluno como um ser formado pelo intelectual e o afetivo, respeitando-se o seu ritmo próprio, a fim de contextualizar o processo de ser avaliado. Em primeiro tempo, serão abordadas teorias que irão aclarar elementos relacionados ao processo educativo, por conseguinte, às reflexões sobre a avaliação da aprendizagem exitosa. Uma breve linha do tempo acerca do histórico legal da avaliação e como esta apesar de discutida, não sofreu mudanças significativas. Contudo, serão explanados pressupostos de educadores brasileiros que buscam colaborar para se rever as posturas hoje praticadas. Ainda sobre avaliação, conceitos e funções ou modalidades serão mencionados, enfatizando a avaliação diagnóstica, e como esta pode conduzir o desenvolvimento do professor para garantir uma aprendizagem eficaz ao aluno, por conseguinte, à promoção do sucesso. A intenção é que o docente possa ver na avaliação diagnóstica um mecanismo aliado à construção da aprendizagem significativa. Momento oportuno para perceber que a avaliação, que faz parte da rotina da sala de aula, está sob sua responsabilidade e por mais esta razão, deve aperfeiçoar ou mesmo refazer suas técnicas, diversificar seus instrumentos avaliativos, por fim, se permitir a entender o que representa a ação do ato de avaliar. Acredito que através das consultas realizadas e das contribuições de Ferreira (2009), Luckesi (2009), Raphael (1998), Canen (2009) entre outros autores, o desejo é minimizar o problema em foco. 4 Contribuições teóricas: abordagens possíveis A teoria construtivista de Jean Piaget2, estudioso do desenvolvimento cognitivo, e a teoria sócio-histórica de Lev Vygotsky3 estão muito presente no cenário educacional brasileiro. Para Piaget, a aprendizagem ocorre através da equilibração e desequilibração. O processo da aprendizagem começa com a assimilação do novo objeto, incorporando-se às estruturas já esquematizadas através da interação. Temse início o processo de acomodação, que aos poucos chega à organização interna. É um processo contínuo e permanente de reajustamento e equilibração das quais surge à adaptação, daí a construção do “conhecimento não está no objeto nem na mente do sujeito, mas resulta da interação do sujeito com o objeto.” (RABELO, 2009, p.52). Sucintamente, a construção do conhecimento ocorre através da relação sujeito-objeto. Já para Vygotsky o desenvolvimento e aprendizagem são processos que se influenciam reciprocamente, ou seja, quanto mais aprendizagem, mais desenvolvimento, e nesse sentido, “a ação do sujeito sobre os objetos é socialmente, mediada pelo outro e através dos instrumentos e dos signos”. (RABELO, ibidem, p.56). Ao longo das consultas realizadas em torno das teorias de Piaget e Vygotsky percebe-se que há pontos divergentes, contudo, os dois estudiosos entendem o conhecimento como um processo que requer adaptação e construção individual; a aprendizagem e o desenvolvimento do sujeito como auto-reguladores. Mesmo que discordem quanto à construção do conhecimento, as ideias convergem para o que nos interessa, a priori, para este artigo: o reconhecimento que a criança é um ser ativo, que seu desenvolvimento e aprendizagem não ocorrem de forma automatizada e para que ocorra a construção do conhecimento devem-se haver condições sociais concretas. 2 Jean William Fritz Piaget é considerado no cenário educacional como o maior expoente da Teoria Cognitiva, onde defende a existência de quatro estágios de desenvolvimento cognitivo no ser humano: o sensório-motor, o pré-operatório, operatório concreto e o operatório formal. 3 Lev Semenovitch Vygotsky foi o defensor da teoria sócio-histórica, ou seja, defende que o desenvolvimento intelectual da criança ocorre devido às interações sociais e condições de vida em que está inserida. 5 Contemplando as teorias em considerar a criança como ser ativo e participativo, acreditamos para que o desenvolvimento e a aprendizagem sejam exitosos, a criança deve participar de ambientes que promovam a socialização. Pensamos ser a escola, o ambiente propício para que a criança, enquanto aluno, participe da socialização, pois é exatamente neste ambiente, que oferece o ensino sistematizado, onde as relações de cooperação, as trocas de ideias, respeito e interação com o outro podem ocorrer de forma construtiva. Cabe à escola promover para o aluno as condições para ele desenvolver a sua “ação motora, verbal, mental e afetiva” (FERREIRA, 2009, p.15), respeitando-se seu nível mental em todas as etapas de seu desenvolvimento, inclusive o que envolve a avaliação da aprendizagem. Nessa linha de concepção, a teoria de Carl Rogers4 que apresenta uma abordagem humanista, considera o homem como pessoa toda, levando em consideração seus aspectos cognitivo, afetivo e psicomotor. Assim, Rogers nos leva a refletir que como “pessoa toda”, o aluno deve ser respeitado como tal e, “seus sentimentos e potencialidades de aprender,” (FERREIRA, ibidem, p.19) se observados pelo professor serão fatores primordiais para o processo da aprendizagem. Sob este prisma, parece-nos que a cumplicidade na relação aluno / professor é inevitável para eliminar as dificuldades em torno da aprendizagem, como também o paradigma em volta da avaliação. Advento aos pressupostos teóricos comentados sucintamente, recomenda-se leitura aprofundada para melhor entendimento em obras específicas, visto que nos utilizamos destes até o ponto que nos respaldariam para tratar sobre avaliação da aprendizagem. O que trataremos em breve linha histórica enfatizará os estudos e procedimentos, assim, como também os aspectos legais subjacentes à avaliação da aprendizagem no cenário educacional. Em consonância, as influências teóricas norte-americanas e brasileiras que podem oferecer suporte para redimensionar as concepções e procedimentos praticados no contexto atual. 4 Carl Ranson Rogers foi o pioneiro no desenvolvimento da Psicologia Humanista. No que diz respeito à aprendizagem, Rogers respaldava suas ações psicoterapêuticas centradas no cliente através da fenomenologia. Ciência que estuda a consciência e dos objetos da consciência. 6 Abordagens legais e influências teóricas: linha histórica Praticamente, toda proposta voltada para a educação, finda no ato de avaliar. Avaliar no processo educativo é inerente e cogente, por isso, requer constante vigília no trabalho didático realizado pelo professor, através do movimento ação-reflexãoação-autoavaliação. Neste prisma, o fato de se lidar com a avaliação, para nós, seria sensato que gestores escolares e, em especial, o professor seja conhecedor das teorias e das bases legais que normatizam a prática da avaliação da aprendizagem. Buscaremos em breve abordagem, a princípio, apontar os estudos relativos à avaliação da aprendizagem que se desenvolveram ao longo dos tempos. Comecemos pelo modelo de avaliação de Robert Thorndike5 que tinha como objetivo aplicar teste e medidas educacionais para medir mudanças no comportamento humano. Através dos testes padronizados eram medidas as habilidades e aptidões dos alunos. Esse modelo aplicado nos Estados Unidos se perpetuou durante duas décadas deste século. As informações acerca do rendimento dos alunos foram eixo de estudos da concepção de modelo de avaliação introduzido por Ralph Tyler6. Seu modelo ampliava a ideia de mensuração e os dados obtidos tinham como referência os objetivos curriculares. A avaliação nesse modelo introduziu procedimentos avaliativos mais abrangentes, como por exemplo, os “testes, escala de atitudes, inventários, questionários, fichamentos e outras formas de coletar evidências sobre o rendimento dos alunos” (FERREIRA, 2009, p.25). A influência da teoria tyleriana (1930 – 1945) consolidou a concepção sobre a avaliação da aprendizagem, não somente na visão norte-americana, através de Bloom, Ebel e Ansubel, por exemplo, como também, no cenário brasileiro, a influência do teórico foi bastante difundida e criticada. 5 Robert Thorndike elaborou e aplicou testes de habilidade cognitiva para medir o desempenho dos estudantes de diversos países. 6 Ralph Tyler educador norte-americano que se dedicou à avaliação, dedicando-se à qualidade do ensino, que esse fosse eficiente. A denominação “avaliação da aprendizagem” é atribuída a esse educador. 7 Medeiros (1971), Vianna (1973), Saul (1988), e Depresbíteris (1989) apresentam publicações que abordam a concepção de Tyler sobre o processo avaliativo, como mecanismo de verificação do desempenho dos alunos ante os objetivos propostos, e apesar da sua forte influência acerca da avaliação da aprendizagem e o uso de diferentes procedimentos avaliativos, sua teoria foi alvo de severas críticas, visto evidenciar-se à tendência comportamentalista- positivistatecnicista. Explica-se: comportamentalista, pois o objetivo é a mudança do comportamento humano; positivista, porque se limita aos resultados do que se foi testado e, tecnicista, já que valoriza o resultado final dos objetivos antes propostos, dando à avaliação “uma noção simplista, inflexível e limitada”, (Saul, 1988 apud FERREIRA, 2009, p.25), e neste ângulo, um mero papel secundário. Além das contribuições de Tyler, destacaremos a de Bloom, que mesmo não descartando a concepção positivista e tecnicista do primeiro, na literatura educacional do país foi bastante difundida e aceita. Bloom citado por Depresbíteris (1988 apud FERREIRA, ibidem, p.26) sinaliza que teoricamente, a aprendizagem está aberta a todos, que o ritmo de aprender é próprio de cada um, portanto, devem-se ponderar as diferenças individuais. Considera a aplicabilidade de testes curtos para levantar dados diagnósticos a fim de fornecer informações para a melhoria do desempenho do aluno. Essas proposições são compartilhadas em nosso pensamento, pois se o propósito da avaliação é proporcionar julgamento sobre uma realidade concreta visando tomada de decisão, por que então não utilizá-la como ferramenta a serviço do desenvolvimento da aprendizagem? Diante do exposto, não poderíamos nos silenciar sobre as valiosas contribuições de Souza (2000), Hoffmann (1997), Luckesi (2009), Demo (1996) entre outros que se destacaram na literatura nacional a fim de intensificar reflexões para, no mínimo, repensarmos a concepção ou prática em torno da avaliação da aprendizagem como é observável e praticado no contexto tradicional, ou seja, de forma “seletiva, eliminatória e classificatória.” (FERREIRA, 2002, p.27). Tomemos a proposta propagada por Luckesi (2009, p. 172) que enfatiza a avaliação a favor do crescimento do professor e do aluno. Sendo este processo algo dinâmico e integrativo. No entanto, para entendimento, vale-se apontar a diferença entre avaliação e julgamento. 8 Acresce o autor que julgamento é “um ato que distingue o certo do errado, incluindo o primeiro e excluindo o segundo.” Já a avaliação, detalha, teria como “base acolher uma situação, para, então (e só então), ajuizar a sua qualidade, tendo em vista dar-lhe suporte de mudança, se necessário”. Essa proposta vem em consonância com a de Hoffmann (1997, p.42) que considera a avaliação da aprendizagem um “processo dialógico e cooperativo através do qual educandos e educadores aprendem sobre sim mesmos no ato próprio da avaliação.” Esse suporte de mudança dialógica, segundo Hoffmann (1996) seria o ponto de partida para uma avaliação mediadora que contribuiria para inverter a hierarquia tradicional onde o acerto é valorizado na escola e o erro punido em todas as circunstancias e, ao mesmo tempo, de ultrapassar o significado da correção/retificação para o de interpretação da lógica possível do aluno diante da área do conhecimento em questão. (HOFFMANN, 1996, p.13). Nessa visão, parece-nos ser possível através da avaliação proposta pela educadora que é um espaço propício para que alunos e professores possam expressar suas ideias, socializar suas dificuldades. Na verdade, quando se há espaço para o diálogo, a relação entre avaliado (aluno) /avaliador (professor) e avaliado/avaliado a cumplicidade para a construção do conhecimento é espontânea. Outro aspecto relevante sobre avaliação e suas especificidades, acreditamos que ter conhecimento das concepções conceituais sobre esta, poderá contribuir para que professores possam reconhecer o verdadeiro significado e funções da avaliação da aprendizagem, desta forma, operacionalizar seu ato pedagógico sem vicissitudes, pois é pilar que este educador seja “competente na elaboração de instrumentos de avaliação que meçam confiança e validade todos os objetivos de avaliação que visa alcançar”. (Mediano, 1996 apud FERREIRA, 2009, p.51). Avaliação: traços conceituais Avaliar. Palavra por si só já nos reporta a um valor. O termo provém do latim, a-valere o que significa “dar valor a...”. Ao juízo de averiguar um objeto, e no caso da 9 educação, o conceito de avaliação é pautado a partir da conduta de verificar ou julgar os saberes do aluno, atribuindo-lhe um valor, uma nota. Avaliar sugere, então, levantar dados, analisá-los e sintetizá-los em função do objeto da avaliação, adicionado de uma imputação de valor. O valor resultante será comparado com um que fora estabelecido para àquele tipo de objeto. Este por sua vez, conduz a uma tomada de decisão, contra ou a favor dele, por conseguinte, a uma nova decisão. É o momento onde pode surgir um dilema, pois a ação recai em manter ou atuar sobre este objeto, positivo ou negativamente. Mesmo que alvo das distintas alterações nas legislações educacionais, a avaliação da aprendizagem tem, ainda, nos tempos atuais, uma conotação que precisa ser repensada, pois historicamente no nosso país, as práticas avaliativas são conteudistas, voltadas para as disciplinas curriculares, considerando o foco meramente de julgar, classificando o desempenho do estudante. Sob este ponto conceitual, sem redundância, a avaliação é “um julgamento sobre uma realidade concreta ou sobre uma prática, à luz de critérios claros, estabelecidos prévia ou concomitantemente, para tomada de decisão.” (CANEN, 2009, p.44). Analisando o conceito exposto e outros que nos fizeram refletir, parece-nos que os conceitos voltados para avaliação da aprendizagem, além de complexos, têm cunho ideológico. Cada conceito e interpretação descrevem distintos significados, normas ou princípios adequados para o contexto. De cada lado, avaliador ou avaliado tem suas acepções e perspectivas. Para o avaliador cabe às responsabilidades de desempenhar sua profissão com compromisso e entendimento sobre currículo e sua efetividade, fazendo uso de técnicas e recursos que possam melhorar o desempenho do rendimento escolar de seus alunos para as tomadas de decisões, inclui-se aí, o processo avaliativo. Para o avaliado cabe a responsabilidade de se envolver, dialogar, interagir durante seu processo educativo, por conseguinte, no processo avaliativo. Ter discernimento da sua trajetória na construção dos saberes, em palavras finais. Luckesi (2009, p.69) entende que a avaliação trata de um “juízo de qualidade sobre dados relevantes, tendo em vista uma tomada de decisão”, ou seja, a avaliação não é algo estático, é um procedimento que envolve sujeitos, ações, ideologias, opções e para que dê certo, idealmente, segundo o autor, é que as três variáveis devem estar presentes no ato de avaliar. 10 É evidente que não se pode conceber a avaliação separado das concepções voltadas à educação, e diante do leque das acepções teóricas, consideramos os conceitos mencionados válidos do ponto de vista do processo de avaliar. Pois como já explicitado, independente da amplitude conceitual de avaliação, todo o sentido desta “deve estar pautado na descoberta do crescimento e do progresso do aprendiz. Isso dá outra conotação às práticas avaliativas, passando de simples fotografias a verdadeiros filmes de ação.” (Ribeiro apud McDONALD, 2006, p.11). O ponto de partida para a descoberta e o progresso no processo da aprendizagem pode estar voltado para um olhar diagnóstico. Luckesi (p.35) apresenta a avaliação com a função diagnóstica, constituindo-se em “um momento dialético do processo de avançar no desenvolvimento da ação, do crescimento para autonomia, do crescimento para a competência etc.” Quanto a essa posição, nos deteremos mais adiante! A partir das considerações feitas, certamente se fôssemos pesquisar mais sobre concepções acerca da avaliação, outras tantas afluiriam, e independentes de suas interpretações provavelmente, seriam válidas para se redimensionar o fazer pedagógico do processo de ensino-aprendizagem: a relação professor / aluno, a relação entre o ensino e a aprendizagem e o papel do professor à frente deste processo. Avaliação diagnóstica: contribuição para o rendimento escolar A avaliação da aprendizagem é um mecanismo dinâmico, sendo fundamental se compreender as mudanças acerca dela. A desprofissionalização ou falha no preparo docente, ou ainda, pela tradicional cultura da escola e do entendimento que se estabeleceu em volta desta, foi sedimentada no cenário educacional como classificatória e seletiva, como fator de exclusão e fracasso escolar. Diga-se, nos tempos atuais, a prática avaliativa determina as aprendizagens em certas ou erradas, É basilar compreender que a avaliação não deve ser entendida nem aplicada como mecanismo de mensurar a qualidade da assimilação do conhecimento discente, nem tão pouco como padrão de diferenças prédeterminado ao erro. 11 A prática da avaliação pode acontecer de diferentes maneiras, para tanto, se faz necessário um esforço para a ruptura de paradigmas. Mudanças são necessárias. Não somente nos atores escolares, mas também na relação família – escola, para que a primeira possa se tornar aliada à melhoria nos procedimentos do ensino-aprendizagem. O professor, por sua vez, deve, à priori, se permitir aos novos conhecimentos acerca da avaliação, e no espaço escolar, no “chão da escola”, é um bom começo para abolir a “falta de preparo específico e de atualização para exercer a difícil tarefa de avaliar.” (FERREIRA, 2009, p.50), e seguramente, enfrentar o desafio de promover a redimensão dos conceitos e práticas em torno desta. Nesta direção, depositamos créditos ao gestor, em dar uma nova face à escola, à concepção de avaliação e sua aplicabilidade no âmbito escolar, sendo uma boa ideia ofertar momentos de estudos aos docentes, não somente nos momentos de planejamento, mas em encontros destinados para tal fim, e ao professor, enfatizando, a fim de se atualizar, se permitir às novas reflexões e discussões, interagindo nos cursos de formação continuada em serviço. Longe de darmos fórmulas com vistas à efetividade da quebra de paradigmas acerca da avaliação, seria sensato que o gestor escolar e professores se apropriassem de início, sobre a complexidade desta, seja ela interna ou externa, seus conceitos e modalidades, com o intuito de conhecer e buscar elementos que fundamentem as tomadas de decisões futuras a serem aplicadas pelo docente durante todo o processo de avaliação de seus alunos. Podemos dizer que é fundamental que gestores e professores percebam que a avaliação vem para somar, contribuir e não apenas para controlar ou fiscalizar, ou ainda, somente para constatar. O que se é verificado nas escolas - mesmo que muitos professores estejam dispostos a enriquecer seu trabalho pedagógico e postura acerca da avaliação-, destaca-se, que o professor elabora e aplica provas e exames, constata as dificuldades de aprendizagens do aluno e por fim, acaba arquivando resultados. O que não é satisfatório, pois quanto mais elementos o professor tiver do aluno em relação ao seu conhecimento, mais ele próximo estará de uma avaliação justa e confiável que possa melhorar a aprendizagem. Assumir a avaliação com novas funções, como um meio de diagnosticar e de verificar como se dará o processo ensino- aprendizagem é uma alternativa viável, pois essa abordagem à avaliação assumirá uma dimensão de orientar, de dá 12 subsídio ao professor, tornando-o apto a decidir que rumo tomar no que diz respeito ao avanço no processo de aprendizagem do aprendiz. Com essas questões, Luckesi (2009, p.81) reconhece possibilidades na avaliação diagnóstica como “um instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra o aluno, tendo em vista tomar decisões suficientes e satisfatórias para que possa avançar no seu processo de aprendizagem”. Nessa linha de pensamento, a função de “diagnosticar” viria a ser uma ferramenta dialética, ou seja, um processo sucessivo que provoca ação, reflexão e interpretação dos acontecimentos ocorridos ao longo do processo da aprendizagem, sendo, portanto, para o docente uma oportunidade de (re) definição de sua postura à frente do processo de aprendizagem, validando e/ou revendo o seu fazer pedagógico. Quando se propõe a avaliar, é necessário traçar um objetivo no que diz respeito à construção exitosa do conhecimento discente. É imprescindível, contudo, que o professor tenha ciência da sua responsabilidade. Esteja esse educador então, munido de informações que possam lhe guiar para efetivar suas ações diante da avaliação. Distinguir as funções da avaliação é um bom começo. Para isso, o estudo de Bloom (1983) detalha em Raphael (1998, p.27) as três modalidades da avaliação da aprendizagem, assinalando a avaliação formativa como “testes de diagnósticos do progresso do aluno para determinar se cada aluno havia dominado a unidade e, caso contrário, o que ele ainda deveria fazer para dominá-la”. Enquanto que na avaliação formativa há oportunidades de verificar o progresso do aluno, respeitando-se seu ritmo, a avaliação somativa, segundo Rabelo (2009, p.72) é pontual, finalizando-se em um “inventário com o objetivo social de pôr à prova, de verificar”. Além destes objetivos, esta função, para Bloom (1983, p. 67 apud RAPHAEL, 1998, p.28) contribui para “classificar os alunos e transmitir os resultados para pais e administradores”, reportando à noção de medir e determinar o que se foi aprendido ou não pelo aluno, ou seja, sentencia-o em aprovado ou não. Ressalta-se que cada modalidade possui suas especificidades. Mas, baseando-se nas experiências em ambiente escolar, observa-se que essa modalidade ainda se destaca nas escolas, porque esse tipo de avaliação proporciona certa segurança, ao professor avaliador, visto confiar nas medidas e nos 13 parâmetros utilizados para a atribuição das notas às atividades avaliativas dos aprendizes, considerando-se estas atividades avaliativas, comumente, à limitação de prova ou exame. Em menção à avaliação formativa esta proporciona ao aluno tomar conhecimento dos erros, acertos e dificuldades, e para o professor, uma orientação para seu trabalho, permitindo-o a detectar e identificar deficiências na forma de ensinar. Sob este prisma, esta modalidade de avaliação contribui para a autoconceito de um e de outro. Orientando ainda o professor na reformulação do seu trabalho didático, visando dá excelência na aprendizagem do aprendiz, motivo pelos quais esta avaliação é vista como motivadora, pois pode evitar os constrangimentos e tensões causadas pelas avaliações outrora cristalizadas nas escolas. De forma congruente, a avaliação formativa vem para auxiliar ao professor a reconhecer as dificuldades de aprendizagens do aluno. É um mecanismo de contribuição para as ações didáticas do docente e de autoavaliação do aluno. Nesse processo, os partícipes estariam voltados para as informações do ir e vir, do ‘feedback’, e a organização dos saberes, seria gerida de forma salutar e em cumplicidade. Sendo indispensável o conhecimento em torno das modalidades da avaliação, mesmo que neste artigo de forma sucinta, o que se indica leituras mais acentuadas, destacamos a relevância da avaliação diagnóstica como ponto de partida para ações didáticas a ser perseguida pelo professor, todavia, é desejável que este profissional consinta em compreendê-la para realizá-la com precisão. No contexto do exposto, aos dois tipos de função da avaliação da aprendizagem, Bloom (1983) acrescenta a avaliação diagnóstica, defendendo a ideia de que se aplicada logo no início do ano letivo poderá “oferecer a situação de cada um dos alunos, para um trabalho posterior” (p. 67 apud RAPHAEL, 1998, p.29), realizado pelo o aluno e fundamentalmente, pelo professor. Sendo assim, um instrumento possível para detectar as dificuldades iniciais ou ao longo do processo da aprendizagem. Toda informação sobre o rendimento dos alunos, a fim de se obter a eficiência na aprendizagem é validada, e sobre este ponto Luckesi (2003) nos alerta que a avaliação diagnóstica deve ser 14 comprometida com uma proposta pedagógica histórico-crítica, uma vez que esta concepção está preocupada com a perspectiva de que o educando deverá apropriar-se criticamente de conhecimentos e habilidades necessárias à sua realização como sujeito crítico dentro desta sociedade que se caracteriza pelo modo capitalista de produção. (LUCKESI, 2003, p.82). Nessa perspectiva de que o educando deva se apropriar-se com criticidade dos conhecimentos, a avaliação diagnóstica é um mecanismo que possa vir a contribuir para mensurar a qualidade de assimilação do seu conhecimento, e claro, para a compreensão do professor em relação ao estágio que a aprendizagem dele se encontra. Para reforçar o exposto, Rabelo (2009, p.72) justifica que a avaliação diagnóstica identifica a realidade dos alunos fazendo um prognóstico sobre os conhecimentos individuais destes, assim, pode auxiliar o professor a conceber estratégias de ação para o desenvolver do processo de ensino e de aprendizagem. Portanto, momento oportuno de as ações educativas discentes, sobretudo, docente para solução de problemas no processo de ensino e aprendizagem. Porque os dados obtidos através da diagnóstica serão norteadores das intervenções pedagógicas, motivos dos quais não devem ser somente constatados, nem tampouco arquivados pelo professor. Vale lembrar que, a avaliação diagnóstica é um instrumento que se realizado no início do ano letivo, pode orientar o professor como se encontra o seu aluno. A avaliação diagnóstica seria então, seu ponto de partida para os ciclos de estudos propostos. Considerada, portanto, como uma atividade educativa que possibilita obtenção de resultados da qualidade da assimilação do conhecimento do aprendiz, entendimento por parte do docente, esse instrumento, fornece dados para tomadas de decisões precisas diante do processo avaliativo, seja por parte do avaliador, seja pelo avaliado. Nesse prisma, pensar em avaliação diagnóstica, sua proposição e funções, implica em um movimento conjunto de ação, reflexão e autocompreeensão dos envolvidos em todo processo avaliativo. Parte do sistema de ensino, segue pelo professor e pelo o aluno. Na escola, esta tarefa pode ser coordenada com empenho dos gestores escolares, proporcionando períodos de estudos ao professor para 15 desmistificar a cultura monoculturista voltada à avaliação. Este por sua vez, ciente de suas responsabilidades e atribuições, estará suscetível às variáveis formas de avaliar, compreendendo, oxalá! a postura do seu aluno diante do mecanismo avaliativo. A autocompreensão necessária para o entendimento da avaliação diagnóstica se faz presente para que os envolvidos promovam reflexões acerca dos seus objetivos. Realizá-la com os alunos permite que o sistema de ensino verifique se está atingindo seus objetivos; para o professor, a probabilidade de verificar sua performance, visando a melhora da qualidade do seu trabalho, e para o aluno, a descoberta em que nível de aprendizagem se encontra, seus avanços e limitações. Para a família, o entendimento de não rotular, menosprezar seus filhos quando nas dificuldades de aprendizagens ou na obtenção das notas ou conceitos. Em razão da relevância em torno da avaliação diagnóstica, acredita-se que ajam critérios a serem considerados pelo professor, visto que tudo que deve ser levado a sério, e, como já citado, requer estudo, reflexão, ação e avaliação. Desta forma, cumprir algumas exigências para que a aplicabilidade da avaliação diagnóstica seja exitosa se faz necessário. Alguns princípios de cumprimento técnico são mencionados por Luckesi (2009): - medir resultados de aprendizagem claramente definidos, que estivessem em harmonia com os objetivos instrucionais; - medir uma amostra adequada dos resultados de aprendizagem e o conteúdo da matéria incluída na instrução; - conter os tipos de itens que são mais adequados para medir os resultados de aprendizagem desejados; - ser planejados para se ajustar aos usos particulares a serem feitos dos resultados; - ser construídos tão fidedignos quanto possível e, em conseqüência, ser interpretados com cautela; - ser utilizados para melhorar a aprendizagem do estudante e do sistema de ensino. (LUCKESI, p.83, 2009). Para que os princípios sejam executados, no entanto, precisa-se um tempo para planejá-los, pois requerem planejamento técnico nos instrumentos avaliativos, já que devem perpassar por uma elaboração bem estruturada, objetiva e concisa das questões. Dubiedade ou questões mal elaboradas nada contribuem para os objetivos que se buscam em uma avaliação diagnóstica. Clareza de comunicação 16 para o entender do aluno, ou seja, do que se é solicitado, quanto da resposta que se espera, é fundamental. Do exposto, é imprescindível discutir a avaliação, sendo pilar, a princípio, que as três modalidades da avaliação devam estar em consonância para garantir a eficiência e excelência do sistema de avaliação. Sejam elas utilizadas para corroborar com a formação integral do sujeito, respeitando suas especificidades para que ele seja capaz de resolver os conflitos e divergências encontradas no dia a dia. Nas explicitações expostas e nas leituras futuras que se requer para aprofundamento do assunto em foco, espera-se que o leitor, em especial, o professor, possa a vir considerar a relevância da avaliação diagnóstica como subsídio de ratificar sua postura pedagógica acerca da avaliação, observando nesta modalidade, uma aliada à melhoria no rendimento do seu trabalho, por conseguinte e, sobretudo, no rendimento escolar de seu aluno. À tessitura das considerações... A cultura avaliativa praticada no cotidiano escolar muito se afasta do verdadeiro sentido da avaliação, e isto é ainda é observável! O que se prioriza é uma avaliação que se legitima a classificação, a mensuração e a quantidade de conhecimentos adquiridos ou não na escolarização. E nesse contexto, a avaliação se resume à análise de desempenho e julgamento de resultados. No entanto, a avaliação como prática de investigação revela um instrumento que proporciona ao professor uma parada crítica, que possibilita uma mudança, um novo olhar sobre avaliação. Porque a avaliação diagnóstica significa uma possibilidade cabível de aprendizagem, de reajustar a ação docente, possibilitando ao avaliador e ao avaliado uma oportunidade de detecção das dificuldades, desvios ou avanços ao longo do processo de aprendizagem, com o intuito de buscar estratégias e procedimentos para a melhoria deste. Muito se responsabiliza o professor em relação às mudanças em torno da avaliação, todavia, viabilizá-las não depende exclusivamente do seu comprometimento, contudo existem alguns fatores que colaboram para as resistências. Professores (mesmo que familiarizados com as novas concepções de avaliação, não as tornam funcionais em suas práticas), pais, alunos, coordenadores 17 pedagógicos, a própria escola através de sua proposta pedagógica, e o sistema escolar se mantêm em suas posturas tradicionais, resistindo às mudanças, utilizando a avaliação como um fim, e não como um meio que contribui para o sucesso no processo educativo. Assim, por então, a função da avaliação investigativa, diagnóstica pode romper com a concepção da prática classificatória. Contudo, romper algo não é tarefa fácil, sobretudo, algo perpetuado há tempos dentro do ambiente escolar. Então, para que ela se valide sem transtornos e limitações, urge compreendêla e realizá-la em sintonia com a concepção pedagógica. Nessas considerações, avaliar não é tarefa fácil. Romper com paradigmas? Também não! Todavia, não é impossível! Jocosamente depende de cada um de nós: enquanto cidadãos, ao fiscalizar e exigir dos governantes educação de qualidade; enquanto pais, acompanhar a vida escolar dos filhos sem pressão pela melhor nota, e sim, pela melhor aprendizagem; ao sistema e a escola, oferecer como forma legitima a inclusão social - educacional do aluno, redimensionando conceitos e posturas negativas que dificultam o acesso e a permanência deste na escola; gestores e professores; não reproduzir a ideologia dominante, promovendo no espaço escolar o acolher, a possibilidade da melhoria na construção dos saberes, do bem-estar, e nessa oportunidade, perceber que o aluno é uma “pessoa toda”, com limitação individual, mas capaz de se fazer entendida, se assim, o permitir! Diante das abordagens, e sem pretensões de listar receitas formadas, indicam-se leituras teóricas e reflexivas que compartilham da mesma linha de pensamento no que se refere à avaliação, no caso específico, da diagnóstica. Tomemos por exemplo Bloom (1983) citado em Ferreira (2009, p.32) onde menciona que “a avaliação diagnóstica pode ser levada a efeito com a formativa, para detectarem as falhas e descobrirem as causas.” Candau cita Mediano (1988, p.137 apud FERREIRA, ibidem, p.34) e este por sua vez, refere-se à função diagnóstica da avaliação como “principal objetivo de diagnosticar as dificuldades do processo de transmissão/aquisição do conhecimento, buscar as falhas tanto na transmissão, como na aquisição, para tomar decisões acerca da próxima etapa. Pautou-se em nossas ponderações neste artigo, ter contribuído com uma singela, mas promissora parcela para somar aos esforços dos que aspiram fazer da avaliação um ato educativo, relevando a contribuição da avaliação diagnóstica como 18 contribuinte no sucesso do desempenho e rendimento escolares, onde se respeitem as diferenças, o individual e o coletivo; as reflexões, resultem em práticas pedagógicas vislumbrando a educação de qualidade a serviço do aprendiz. Referências bibliográficas BOAS, Benigna Maria de Freitas Villas. (Org.). Avaliação: políticas e práticas. Coleção Magistério. Formação e Trabalho Pedagógico. Papirus. [s.d]. CANEN, Ana (Org.). Educação multicultural: teoria e prática para professores e gestores em educação. Rio de Janeiro: Editora Ciência Moderna Ltda., 2009. FERREIRA, Lucinete Maria Sousa. Retratos da avaliação: conflitos, desvirtuamentos e caminhos para a superação. 3 ed. Porto Alegre: Mediação, 2009, HOFFMANN, Jussara Maria Ler. Avaliação mediadora: uma prática em construção de pré-escola à universidade. Porto alegre: Educação e realidade, 1993. _____. Avaliação: mito e desafio: uma perspectiva construtivista. 22. ed. Porto Alegre: Mediação, 1997. LUCKESI, Cipriano C. A avaliação da aprendizagem na escola: reelaborando conceitos e recriando a prática. Salvador: Malabares Comunicação e Eventos, 2003. _____. Avaliação da aprendizagem escolar. 20. ed. São Paulo: Cortez, 2009, McDONALD, Brendan Coleman. (Org.). Avaliação: perspectivas em debate. Fortaleza: RDS, 2006. RABELO, Edmar Henrique. Avaliação: novos tempos, novas práticas. 8 ed. Petropólis, RJ: Vozes, 2009. RAPHAEL, Hélia Sonia. Avaliação escolar: em busca de sua compreensão. São Paulo: Brasiliense, 1998, p. 172. VASCONCELOS, Celso dos S. Avaliação: concepção dialética-libertadora do processo de avaliação escolar. 16. ed. Cadernos Pedagógicos do Libertad, v.3, São Paulo: Libertad, 2006, p. 133. 19