A Proclamação da República
No dia 15 de novembro
de 1889, o Marechal
Deodoro da Fonseca,
com o apoio dos
republicanos, demitiu o
Conselho de Ministros e
seu presidente. Na noite
deste mesmo dia, o
marechal assinou o
manifesto proclamando
a República no Brasil e
instalando um governo
provisório.
• Após 67 anos, a monarquia chegava ao fim. No
dia 18 de novembro, D.Pedro II e a família
imperial partiam rumo à Europa. Tinha início a
República Brasileira com o Marechal Deodoro
da Fonseca assumindo provisoriamente o posto
de presidente do Brasil. A partir de então, o pais
seria governado por um presidente escolhido
pelo povo através das eleições. Foi um grande
avanço rumo a consolidação da democracia no
Brasil.
Liberdade guiando o povo
Proclamação da República no Brasil
Introdução
O período que vai de 1889 a 1930 é
conhecido como a República Velha. Este
período da História do Brasil é marcado
pelo domínio político das elites agrárias
mineiras, paulistas e cariocas. O Brasil
firmou-se como um país exportador de
café, e a indústria deu um significativo
salto. Na área social, várias revoltas e
problemas sociais aconteceram nos quatro
cantos do território brasileiro.
São Paulo e Minas “graúdos”
Demais estados “miúdos”
A República da Espada (1889 a
1894)
• Em 15 de novembro de 1889, aconteceu a
Proclamação da República, liderada pelo
Marechal Deodoro da Fonseca. Nos cinco
anos iniciais, o Brasil foi governado por
militares. Deodoro da Fonseca, tornou-se
Chefe do Governo Provisório. Em 1891,
renunciou e quem assumiu foi o vicepresidente Floriano Peixoto.
• O militar Floriano,
em seu governo,
intensificou a
repressão aos que
ainda davam apoio
à monarquia.
A Constituição de 1891 ( Primeira Constituição
Republicana)
• Após o início da República havia a necessidade
da elaboração de uma nova Constituição, pois a
antiga ainda seguia os ideais da monarquia. A
constituição de 1891, garantiu alguns avanços
políticos, embora apresentasse algumas
limitações, pois representava os interesses das
elites agrárias do pais. A nova constituição
implantou o voto universal para os cidadãos
( mulheres, analfabetos, militares de baixa
patente ficavam de fora ). A constituição instituiu
o presidencialismo e o voto aberto.
República das Oligarquias
• O período que vai de 1894 a 1930 foi
marcado pelo governo de presidentes civis,
ligados ao setor agrário. Estes políticos
saiam dos seguintes partidos: Partido
Republicano Paulista (PRP) e Partido
Republicano Mineiro (PRM). Estes dois
partidos controlavam as eleições, mantendose no poder de maneira alternada. Contavam
com o apoio da elite agrária do país.
Dominando o poder, estes presidentes
implementaram políticas que beneficiaram o
setor agrário do país, principalmente, os
fazendeiros de café do oeste paulista.
• Surgiu neste período o tenentismo, que foi
um movimento de caráter político-militar,
liderado por tenentes, que faziam
oposição ao governo oligárquico.
Defendiam a moralidade política e
mudanças no sistema eleitoral
(implantação do voto secreto) e
transformações no ensino público do país.
A Coluna Prestes e a Revolta dos 18 do
Forte de Copacabana foram dois
exemplos do movimento tenentista.
Política
• A maioria dos presidentes desta época
eram políticos de Minas Gerais e São
Paulo. Estes dois estados eram os mais
ricos da nação e, por isso, dominavam o
cenário político da república. Saídos das
elites mineiras e paulistas, os presidentes
acabavam favorecendo sempre o setor
agrícola, principalmente do café (paulista)
e do leite (mineiro).
• A política do café-com-leite sofreu duras
críticas de empresários ligados à indústria,
que estava em expansão neste período.
• Se por um lado a política do café-comleite privilegiou e favoreceu o crescimento
da agricultura e da pecuária na região
Sudeste, por outro, acabou provocando
um abandono das outras regiões do país.
As regiões Nordeste, Norte e CentroOeste ganharam pouca atenção destes
políticos e tiveram seus problemas sociais
agravados.
Política dos Governadores
Montada no governo do
presidente paulista Campos
Salles, esta política visava
manter no poder as
oligarquias. Em suma, era
uma troca de favores
políticos entre governadores
e presidente.
O presidente apoiava os candidatos dos partidos
governistas nos estados, enquanto estes políticos
davam suporte a candidatura presidencial e também
durante a época do governo.
O coronelismo
• A figura do "coronel" era muito comum
durante os anos iniciais da República,
principalmente nas regiões do interior do
Brasil. O coronel era um grande
fazendeiro que utilizava seu poder
econômico para garantir a eleição dos
candidatos que apoiava.
Era usado o voto de cabresto, em que o
coronel (fazendeiro) obrigava e usava até
mesmo a violência para que os eleitores
de seu "curral eleitoral" votassem nos
candidatos apoiados por ele.
• Como o voto era aberto, os eleitores eram
pressionados e fiscalizados por capangas do
coronel, para que votasse nos candidatos
indicados.
• O coronel também utilizava outros
"recursos" para conseguir seus objetivos
políticos, tais como: compra de votos, votos
fantasmas, troca de favores, fraudes
eleitorais e violência.
O Convênio de Taubaté
• Essa foi uma fórmula encontrada pelo
governo republicano para beneficiar os
cafeicultores em momentos de crise.
Quando o preço do café abaixava muito, o
governo federal comprava o excedente de
café e estocava. Esperava-se a alta do
preço do café e então os estoques eram
liberados. Esta política mantinha o preço
do café, principal produto de exportação,
sempre em alta e garantia os lucros dos
fazendeiros de café.
Modernização e exclusão
• A economia cafeeira trouxe alguns
desdobramentos muito importantes para a
vida do país e para a região Sudeste, em
particular, com a entrada de imigrantes,
inicialmente nas lavouras e mais tarde nas
cidades. Essas transformações alteraram
as relações sociais e políticas no país.
O Brasil passava por processo
de modernização e
paralelamente, crescia a
desigualdade social. O Sudeste
e Sul buscavam a
industrialização e o Nordeste
estava empobrecendo. As
ondas migratórias de famílias
nordestinas em busca de
trabalho, marcaram
visivelmente a desigualdade
social. Outro fator que
contribuiu para essa crise
discriminatória foi a exclusão
social relacionada à população
afro-descendente. Conflitos
sociais e trabalhistas marcaram
o fim da República Velha.
A crise da República Velha e o
Golpe de 1930
Em 1930 ocorreriam eleições para presidência e, de
acordo com a política do café-com-leite, era a vez
de assumir um político mineiro do PRM. Porém, o
Partido Republicano Paulista do presidente
Washington Luís indicou um político paulista, Julio
Prestes, a sucessão, rompendo com o café-comleite. Descontente, o PRM se junta com políticos
da Paraíba e do Rio Grande do Sul (forma-se a
Aliança Liberal ) para lançar a presidência o
gaúcho Getúlio Vargas.
Júlio Prestes sai vencedor nas
eleições de abril de 1930,
deixando descontes os
políticos da Aliança Liberal, que
alegam fraudes eleitorais.
Liderados por Getúlio Vargas,
políticos da Aliança Liberal e
militares descontentes,
provocam a Revolução de
1930. É o fim da República
Velha e início da Era Vargas.
Getúlio Vargas
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