“(...)Com palavras dissolutas me concluís na verdade, que as lidas todas de um Frade são Freiras, Sermões, e Putas. (...)” “(...)Dou ao demo os insensatos, dou ao demo a gente asnal, que estima por cabedal Pretos, Mestiços, Mulatos. (...)” “(...)Notável desventura de um povo néscio, e sandeu, que não sabe, que o perdeu Negócio, Ambição, Usura. (...)” Nestes trechos, há uma critica óbvia à promiscuidade e a libertinagem ,ao racismo, imoralidade, assim como também, à incompetência e à desonestidade. Portanto, o discurso satírico de Gregório serve para criticar os costumes e preconceitos de uma sociedade e muitas vezes, a crítica feita a comportamentos explícitos ou encobertos, pode-se transformar em uma denúncia a atos dissimulados que contrariam a ordem e as normas humanas, mostrando forte característica da Literatura Engajada. Que falta nesta cidade?................Verdade Que mais por sua desonra?...........Honra Falta mais que se lhe ponha..........Vergonha. Manuscritos Século XVII Crítica à sociedade “Eu sou aquele, que com os passados anos Cantei na minha lira maldizente Torpezas do Brasil, vícios e enganos.” Gregório de Matos TEMAS: Poesia sacra Lírica Amorosa Poesia Satírica Poesia Burlesca Poesia Sacra A Jesus Cristo Nosso Senhor Poesia Satírica “[...]Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada, Cobrai-a; e não queirais, Pastor Divino, Perder na vossa ovelha a vossa glória.” “Senhora Dona Bahia, nobre e opulenta cidade, madrasta dos naturais, e dos estrangeiros madre.” Descrição da cidade da Bahia. A cada canto um grande conselheiro, Que nos quer governar cabana e vinha; Não sabem governar sua cozinha, E podem governar o mundo inteiro. Em cada porta um bem frequente olheiro, Que a vida do vizinho e da vizinha Pesquisa, escuta, espreita e esquadrinha, Para levar à praça e ao terreiro. Muitos mulatos desavergonhados, Trazidos sob os pés os homens nobres, Posta nas palmas toda a picardia, Estupendas usuras nos mercados, Todos os que não furtam muito pobres: E eis aqui a cidade da Bahia. No poema, podemos analisar que Gregório de Matos critica na primeira estrofe os governantes da Bahia e seu modo de administrar. Na segunda estrofe, vemos que ele critica o mau hábito de as pessoas na Bahia ficarem falando da vida alheia, fazendo fuxico. Na terceira, ele dirige sua pena contra os mulatos que os julga como desleais e dissimulados. Na última estrofe ele se refere aos juros altos cobrados sobre as coisas nos mercados. Os comerciantes honestos, nem usurários, nem furtadores, ficavam pobres. Podemos concluir que, neste poema, Gregório de Matos critica a organização política e social da cidade da Bahia, assim como regra em seus textos. BIBLIOGRAFIA Poesias Selecionadas – Gregório de Matos A Literatura No Brasil – Volume 2 – Parte II Afrânio Coutinho / Eduardo de Faria Coutinho www.mundoeducacao.com.br www.infoescola.com www.brasilescola.com www.professorparaense.com/aut.gregoriomatos www.soliteratura.com.br www.artigonal.com Colégio dos Santos Anjos de Juiz de Fora Grupo: Gabriela Navarro dos Reis Gustavo Augusto Paiva Canedo Iara Renault de Medeiros Larissa Ferreira Serbêto Melissa Sabino Corrêa Professora: Mariana Barata Turma: 101 14 16 17 23 36