BARROCO NO BRASIL ARTES PLÁSTICAS Nas artes plásticas, o artista mais expressivo é Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho O ALEIJADINHO Caminho para o calvário Vida Aleijadinho, Antônio Francisco Lisboa, nasceu em Vila Rica no ano de 1730. Era filho de uma escrava com um mestre de obras português. Iniciou sua vida artística ainda na infância, observando seu pai que também era entalhador. Doença Por volta de 40 anos de idade começa a desenvolver uma doença degenerativa nas articulações. Não se sabe exatamente qual foi a doença, mas provavelmente pode ter sido hanseníase ou alguma doença reumática Obra Aos poucos, foi perdendo o movimento dos pés e das mãos. Pedia a um ajudante para amarrar as ferramentas em seus punhos para poder esculpir e entalhar. Demonstra um esforço fora do comum para continuar com sua arte. NA LITERATURA: Na Literatura, duas personagens se destacam: Gregório de Matos Guerra e o Padre António Vieira; este, embora nascido em Lisboa, é estudado nas duas literaturas, havendo quem afirme que ele pertence mais á literatura brasileira que à de Portugal. Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda. “Enfim, Senhor, depojados assim os templos e derrubados os altares acabarse-á no Brasil a cristandade católica; acabar-se-á o culto divino; nascerá ervas nas igrejas, como nos campos, não haverá quem entre nelas.” Padre António Vieira Foi o maior pregador de seu tempo, defensor dos negros e dos índios e dos crstãos novos (judeus convertidos). A defesa dos cristãos novos e sua fidelidade ao rei D. João IV valeram-lhe o ódio da Inquisição. Gregório de Matos Refletindo o dualismo barroco, ora demonstrava a aversão que sentia pelo clero, ora revelava em seus poemas uma profunda devoção às coisas sagradas, ora escrevia versos pornográficos, sensuais e eróticos. Poesia amorosa: “Ontem quando te vi, meu doce emprego, Tão perdido fiquei por ti meu bem, Que parece, este amor nasce, de quem Por amar-te já vive sem sossego.” Poesia religiosa: “Estou, Senhor, da vossa mão tocado, E este toque em flagelo desmentido Era à vossa justiça tão devido, Quão merecido foi o meu pecado.” Poesia satírica: “Ilustre, e reverendo Frei Lourenço, Quem vos disse que um burro tão imenso, Siso em agraz (ácido), miolos de pateta Pode meter-se em réstia de poeta?” Poesia erótica: Pica-flor (uma freira que satirizando a fisionomia delgada do poeta, o chama de pica-flor).