30/06/2010 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ COORDENAÇÃO DO CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA DISCIPLINA DE PATOLOGIA VETERINÁRIA DISTÚRBIOS CIRCULATÓRIOS EDEMA CHOQUE COAGULAÇÃO INTRAVASCULAR DISSEMINADA (C.I.D.) DISTÚRBIOS HEMODINÂMICOS EDEMA CONCEITO: É O ACÚMULO DE LÍQUIDO NO INTERIOR DAS CÉLULAS, NO INTERSTÍCIO OU NO INTERIOR DE CAVIDADES. TIPOS DE EDEMA LOCALIZADO Inflamatório Não Inflamatório GENERALIZADO Inflamatório Não Inflamatório Prof. Raimundo Alberto Tostes ETIOPATOGÊNESE DO EDEMA 1. Aumento da Pressão Hidrostática Intravascular Insuficiência cardíaca congestiva Cirrose hepática hipertensão portal Obstrução do retorno venoso trombos neoplasias 1 30/06/2010 INSUFICIÊNCIA CARDÍACA Desnutrição Síntese Hepática Síndrome Nefrótica Débito Cardíaco Pressão venosa central Pressão Oncótica Plasmática Volume de sangue arterial efetivo Vasoconstrição renal Volume sanguíneo Renina Pressão capilar Reabsorção tubular de Na+ + H2O TFG ASCITE E OUTRAS EFUSÕES Aldosterona ADH Angiotensina II Reabsorção renal de Na+ Retenção renal de Na+ + H2O INSUFICIÊNCIA RENAL PRIMÁRIA Retenção renal de água Volume plasmático Transudação EDEMA capilar Prof. Raimundo Alberto Tostes NORMAL Espaço Intersticial 12 mL/min linfático vênula PRESSÃO HIDROSTÁTICA ELEVADA arteríola 14 mL/min EDEMA Prof. Raimundo Alberto Tostes normal dilatado 2 30/06/2010 ETIOPATOGÊNESE DO EDEMA 2. Diminuição da Pressão Oncótica da pressão oncótica plasmática Perda de proteína parasitismo glomerulopatias Redução da síntese protéica desnutrição cirrose neoplasia hepática capilar NORMAL Espaço Intersticial 12 mL/min linfático vênula PRESSÃO ONCÓTICA DIMINUÍDA arteríola 14 mL/min EDEMA Prof. Raimundo Alberto Tostes ALBUMINA FÍGADO COM CIRROSE produção de albumina Aumento da pressão portal Exsudação de linfa Aumento da pressão hidrostática Diminuição da pressão oncótica Capilar mesentérico Formação de líquido abdominal Redução do volume intravascular Aumento do volume intravascular Aumento da Aldosterona (Adrenal) Aumento da reabsorção Na (Rim) ASCITE 3 30/06/2010 Fígado canino normal Fígado canino cirrótico 4 30/06/2010 ETIOPATOGÊNESE DO EDEMA 3. Aumento da Permeabilidade Capilar Toxinas bacterianas Aminas vasogênicas Alterações metabólicas Uremia Hipóxia Choque capilar NORMAL Espaço Intersticial 12 mL/min linfático vênula PERMEABILIDADE ELEVADA arteríola 14 mL/min EDEMA Prof. Raimundo Alberto Tostes 5 30/06/2010 ETIOPATOGÊNESE DO EDEMA 4. Obstrução Linfática Processos inflamatórios Neoplasias capilar NORMAL Espaço Intersticial 12 mL/min linfático vênula OBSTRUÇÃO Ç LINFÁTICA arteríola 14 mL/min tumor Prof. Raimundo Alberto Tostes EDEMA 6 30/06/2010 NOMENCLATURA DOS EDEMAS EDEMA INTRACELULAR EDEMA NAS CAVIDADE CORPÓREAS - TÓRAX: Hidrotórax - ABDÔMEN: Hidroperitônio ou Ascite - BOLSA ESCROTAL: Hidrocele - SACO PERICÁRDIO: Hidropericárdio OBS: ANASARCA - Edema generalizado em subcutâneo e nas cavidades. 7 30/06/2010 EDEMA PULMONAR DISTÚRBIOS HEMODINÂMICOS CHOQUE CONCEITO:: É UM COLAPSO CIRCULATÓRIO CONCEITO CARACTERIZADO SIGNIFICATIVA POR UMA HIPOTENSÃO OBS: É OBS: uma incapacidade generalizada do sistema circulatório de perfundir as células e tecidos com teores adequados de oxigênio e nutrientes 8 30/06/2010 DISTÚRBIOS HEMODINÂMICOS CHOQUE CHOQUE SÉPTICO (ENDOTÓXICO) CHOQUE CARDIOGÊNICO CHOQUE ANAFILÁTICO CHOQUE NEUROGÊNICO CHOQUE HIPOVOLÊMICO DISTÚRBIOS HEMODINÂMICOS CHOQUE CARDIOGÊNICO HIPOVOLÊMICO SÉPTICO ANAFILÁTICO Infarto do Miocárdio Hemorragia Infecção grave Reação de hipersensibilidade Tipo I Miocardite Tamponamento Diarréia Desidratação NEUROGÊNICO Lesão cerebral Lesão na medula espinhal Queimaduras Embolia pulmonar Insuficiência da bomba miocárdica Volemia Permeabilidade Vascular Vasodilatação Prof. Raimundo Alberto Tostes CHOQUE SÉPTICO ENDOTOXEMIA É provocado principalmente por bactérias g gram-negativas g produtoras p de endotoxina (lipopolissacarídeos ou LPS), e menos frequente por bactérias gram-positivas e fungos. O choque séptico é caracterizado pela Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica 9 30/06/2010 CHOQUE SÉPTICO ENDOTOXEMIA Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica (SRIS) Manifestação exagerada e generalizada de uma reação imunológica ou inflamatória local e é, com frequência, fatal. Desencadeia a faleência de múltiplos órgãos. Altamente mediada por citocinas: TNF e ILs. PATOGÊNESE DO CHOQUE SÉPTICO Atividades Biológicas do Fator de Necrose Tumoral Inflamação Local Quantidades Moderadas Altas quantidades (conc. Plasmática >10-7M) Efeitos Sistêmicos Leucócito Choque Séptico Coração Cérebro rendimento diminuído febre ativação Fígado Prof. Raimundo o Alberto Tostes Baixas quantidades (conc. Plasmática <10-9M) Vaso Célula Endotelial molécula de aderência proteínas de fase aguda IL-1 quimiocinas Medula Óssea trombo resistência diminuída Fígado leucócitos hipoglicemia 10 30/06/2010 CHOQUE CARDIOGÊNICO É produzido quando o coração é incapaz de bombear adequadamente o sangue. sangue Exemplos: Infarto Impossibilidade de contração eficaz e Tamponamento cardíaco hidro ou hemopericárdio 11 30/06/2010 CHOQUE ANAFILÁTICO Resulta de uma reação antígenoantígeno-anticorpo mediada por IgE na superfície dos mastócitos e basófilos resultando da liberação de aminas vasoativas ( histamina histamina)) hipersensibilidade do tipo I Reação de Hipersensibilidade Tipo I Prof. Raimundo Alberto Tostes 12 30/06/2010 Edema de Laringe Consequência grave da anafiilaxia sistêmica! CHOQUE HIPOVOLÊMICO Resulta da perda brusca de líquidos do organismo Exemplos: Hemorragias Queimaduras diarréias 13 Prof. Raimundo Alberto Tostes 30/06/2010 HIPOVOLEMIA AGUDA Pressão venosa central Preenchimento cardíaco Débito cardíaco Receptores Periféricos Receptores Centrais Pressão arterial Hormônio o Anti-diurético Estímulo nervoso simpático Estímulo da medular adrenal Catecolaminas+++ Trato Digestório Vasoconstrição (arteríolas e vênulas) Rim Pele secreção Oligúria Manutenção da pressão sanguínea e conservação de fluidos mucosa intestinal normal enterite hemorrágica na parvovirose Consequências do Choque Febre Alta Morte Cerebral Congestão e hiperplasia esplênica Necrose tubular renal Vasodilatação e sequestro esplâncnico Edema Pulmonar Necrose hemorrágica no intestino Necrose hepática centrolobular Necrose pancreática Prof. Raimundo Alberto Tostes 14 30/06/2010 COAGULAÇÃO INTRAVASCULAR DISSEMINADA C.I.D. CONCEITO: É a formação disseminada ou, às vezes, CONCEITO: localizada de microtrombos em capilares, arteríolas e vênulas.. vênulas FATORES PREDISPONENTE DA CID: - Agentes infecciosos (Septicemia) - endotoxinas - Vírus com tropismo pelos endotélios - Complexo Antígeno-Anticorpo - Destruição tecidual (traumatismo extenso, queimaduras) - Toxinas e venenos - Neoplasias malignas podem iniciar a C.I.D. Patofisiologia da Coagulação Intravascular Disseminada Destruição Tecidual Maciça Sepsis Liberação de fator tecidual Lesão Endotelial Agregação plaquetária Trombose microvascular diseminada Ativação de plasmina Fibrinólise Oclusão vascular Proteólise dos fatores de coagulação Lesão tecidual isquêmica Anemia hemolítica microangiopática Consumo de fatores de coagulação e plaquetas Divisão dos produtos da fibrina Inibição da trombina, agregação plaquetária e polimerização da fibrina Sangramento Pancreatite necrótica CID 15 30/06/2010 Infartos no intestino delgado CID CID - Cérebro trombo em glomérulo 16 30/06/2010 trombo em um vaso pulmonar microtrombo em bulbo Material usado exclusivamente para fins p ç , desde que q didáticos,, ppermitida a reprodução, citadas as fontes. 17