INVESTIMENTOS NO METRÔ DE SÃO PAULO
Fonte: Relatório 2001 do Governo do Estado de SP
O sistema metroviário de São Paulo paga suas operações e ainda devolve aos cofres do Estado os investimentos
realizados.
Enquanto isso, em 2010, o Governo do Estado entregou mais do dobro (R$ 3,8 bilhões) em transferências para
“instituições privadas sem fins lucrativos”. Entregou mais R$ 9,8 bilhões de reais em pagamentos de juros da dívida
pública e mais R$ 12,2 bilhões de reais em terceirizações.
Somando estas três rubricas (que representa transferência de dinheiro público a empresários e banqueiros) dá uma
quantia de R$ 25,8 bilhões de reais, quantia mais que necessária para triplicar o metrô, trem e corredores de ônibus
na Região metropolitana de SP.
SOLUÇÕES PARA O PROBLEMA DO
TRANSPORTE COLETIVO EM SP
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O Plano Diretor da Cidade de São Paulo, de 2002, tem diretrizes que não
são seguidas pelos governos.
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O Artigo 82 que trata da Circulação Viária e Transportes rege o
seguinte:
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“II – Priorizar o transporte coletivo sobre o individual
V – Proporcionar maior segurança e conforto aos deslocamentos de
pessoas e bens, com redução de tempos e custos.
VI – Reduzir a ocorrência de acidentes e mortes no trânsito.
X: garantir a universalidade do transporte público.“
Treze milhões de viagens diárias a pé realizadas pela população pobre da
cidade desmentem tragicamente esta “universalidade do transporte
público”.
IDÉIAS PARA SOLUCIONAR O PROBLEMA DO
TRANSPORTE COLETIVO EM SP
• Em primeiro lugar, deve-se aplicar uma
medida muito simples: o metrô e os trens
devem ser os principais meios de
transporte, unificados em uma única
empresa estatal e pública, como é nas
cidades de Nova York, Londres, Paris ou
Tóquio, onde se combina uma vasta rede de
trens subterrâneos e de superfície.
PRIMEIRA MEDIDA:
TRIPLICAR E MODERNIZAR A MALHA
FERROVIÁRIA DA CPTM
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A malha metroferroviária de São Paulo compreende 74 km de metrô e 250 km de trens.
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O primeiro ato, se o governo quisesse resolver o problema era integrar de fato o sistema
metroferroviário recuperando toda a malha ferroviária da CPTM.
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Quanto custa a modernização e a triplicação da rede da CPTM?
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O gasto com a modernização de um quilômetro de via férrea custa cerca de R$ 4 milhões de reais.
Isto significa que um investimento de R$ 1 bilhão de reais colocaria a CPTM nos níveis do Metrô de
São Paulo.
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Como cada trem novo, super moderno, com ar condicionado e tudo que tem direito, custa cerca de
R$ 5 milhões de reais, se gastaria mais R$ 1 bilhão adquirindo 200 trens novos.
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Se triplicássemos a rede ferroviária urbana, passando de 250 km para 63, custaria mais R$28,5
bilhões, considerando o gasto de R$ 75 milhões cada km novo de ferrovia/monotrilho ou VLT.
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Portanto, um financiamento necessário de R$ 30,5 bilhões de reais.
SEGUNDA MEDIDA:
TRIPLICAR A REDE METROVIÁRIA
DE SÃO PAULO
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O planejamento de médio prazo do governo de São Paulo prevê chegar
a 185 km de via metroviária: 2 km de metrô por ano, 60 anos.
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Para triplicar a rede metroviária da cidade passando de 74 km para
220 km, equiparando com o sistema de Nova York, bastaria os
governos investirem R$ 18,1 bilhões poderia construir 145 km de
metrô, já que a construção de 1 km de metrô subterrâneo custa 125
milhões de reais.
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Se somar 400 trens novos ao preço de R$ 5 milhões cada seria mais
R$ 2 bilhões mais.
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Então, em um investimento total de 20,1 bilhões poderia triplicar a
rede metroviária de SP.
TERCEIRA MEDIDA:
TRIPLICAR OS CORREDORES
EXCLUSIVOS DE ÔNIBUS
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Existe somente 112 km de corredores exclusivos de ônibus em São Paulo, de um
total de 4.300 km de malha rodoviária coberta por ônibus.
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O Plano Integrado de Transportes Urbanos – PITU, que inclui projeções para até o
ano de 2025, prevê um total de 580 km de corredores exclusivos para ônibus.
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Segundo especialistas, necessita-se “expandir os corredores atuais em 190 km,
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O custo de cada km de corredor exclusivo para ônibus custa cerca de R$ 15,8
milhões de reais. Para aumentar em 190 km a rede de corredores se gastaria cerca
de R$ 3 bilhões de reais.
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Todo o empreendimento de triplicar os corredores de ônibus na cidade de São
Paulo, que custaria ao governo a soma de R$ 3 bilhões, representa menos do que a
soma dos subsídios dados pela Prefeitura aos magnatas dos ônibus: em cinco anos
(2007 a 2010), estes subsídios alcançaram um valor de R$ 3,2 bilhões!
elevando-os para o padrão BRT [Bus Rapid Transit) e adicionar 60 estações ao
sistema.
QUARTA MEDIDA:
UNIVERSALIZAÇÃO DO TRANSPORTE PÚBLICO
E TARIFA A 1 REAL
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Hoje, no Brasil e em São Paulo, o transporte público é financiado via tarifa, ao contrário dos
países desenvolvidos.
Uma medida muito simples garantiria esta universalização: que os empresários paguem
integralmente o custo da viagem dos seus funcionários.
O restante poderia se subsidiado pelo Estado, ajudando a população pobre, os idosos, os
estudantes e desempregados.
Um sistema estatal e controlado pela população poderia baixar a tarifa para R$ 1 real
tranquilamente, contando com o subsídio do Governo Federal, Estadual e Municipal.
INVESTIMENTO TOTAL NECESSÁRIO PARA
EQUIPARAR TRANSPORTE DE SP A NOVA YORK
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Triplicar e modernizar a rede ferroviária da CPTM: R$ 30,5 bilhões
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Triplicar a rede metroviária: R$ 20,1 bilhões
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Triplicar os corredores de ônibus (BRT) de SP: R$ 3 bilhões
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Total do investimento necessário para equiparar o transporte de São Paulo ao
transporte de Nova York, um dos melhores do mundo: R$ 53,6 bilhões de reais.
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Em um plano quinquenal, se investiria R$ 10,7 bilhões por ano ou 2,5% do PIB da
cidade*. Se considerar que é um gasto do conjunto da região metropolitana e que
contará coma colaboração do governo federal
* Contas em valores de 2010 e em base a números da CNT/ILOS/PNLT do governo Federal
* PIB da cidade de SP foi de R$ 418.515.954.525,00 em 2010.
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proposta para o transporte público em são paulo 2012