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Política
Panorama
político
O Estado do Maranhão - São Luís, 2 de novembro de 2012 - sexta-feira
Ilimar Franco
Candidato avulso
O
deputado Júlio Delgado (PSB-MG) não tem o apoio do
governador Eduardo Campos (PE) para concorrer à
presidência da Câmara. Ontem, Campos disse a Delgado, por telefone, que o partido não deve dar prioridade a
essa batalha. Sobre a decisão da bancada de deputados pela
candidatura, o governador lembrou que o tema não foi submetido à decisão da direção partidária.
Com os pés no chão
O governador Eduardo Campos não vê problema em
que seja cantado em prosa e verso o seu nome para o Planalto. Mas não quer que o PSB deixe de integrar a base do
governo Dilma nem quer brigar com o PT e o PMDB. Aos
apressados, dirigentes do PSB alertam: "Este é um momento de serenidade e humildade." A posição de Campos
hoje é a de apoiar a reeleição da presidente Dilma. Qualquer outra definição depende da evolução da crise no Brasil. A prioridade do PSB agora é salvar a gestão dos 442
prefeitos eleitos. O vice-presidente Roberto Amaral explica: "Se não fizermos isso, quem solta fogos de artifício
para nós hoje vai nos detonar na próxima esquina.
“É mais fácil o PDT ter um
candidato a presidente da
República do que o governador
Eduardo Campos se lançar ao
Planalto em 2014”
Carlos Lupi, Presidente nacional do PDT
Onde está Wally?
O líder do governo no Congresso, senador José Pimentel
(PT-CE), mal participou das reuniões da Comissão Mista
de Orçamento. O Planalto está sendo cobrado a indicar
um vice-líder para participar, ao menos, dos debates na
comissão.
Agora vai?
Os partidos acertaram que o
primeiro item da reforma política a ser aprovado é o da universalização das eleições. Num único pleito será eleito de presidente
a prefeito. O relator Henrique
Fontana (PT-RS) avalia se os
prefeitos eleitos em 2016 teriam
mandato de dois anos, com
eleição geral em 2018; ou, teriam
mandato de seis anos, com
eleição geral em 2022.
Agência O Globo
Cadê (a ministra) Ideli?
Os integrantes da coordenação da bancada do PT ficaram
intrigados. Na quinta-feira, o ministro Aloizio Mercadante (Educação) se apresentou a eles como sendo o negociador pelo governo na votação da nova Lei dos Royalties do Petróleo.
Vem aí um novo tucanato
O presidente do PSDB mineiro, deputado Marcus Pestana, define qual é a renovação necessária: "A mudança é de nomes, caras,
atitude, métodos, ideias, conteúdo, estética e cultura. O ciclo
2002/2012 acabou. Que venha o futuro. O ciclo do Plano Real foi
sucedido pelo do Bolsa Família. Agora abre-se um novo ciclo. É o
que (Karl) Marx chamava de superação dialética." Entenderam?
Uma pedra no meio do caminho
Marina Silva está irritada com acordo fechado na Câmara
para votar projeto que acaba com o direito a Fundo Partidário
e tempo de TV para os novos partidos. Reclama que isso dificulta o projeto de fundar seu partido no ano que vem.
Dormindo no serviço
O relatório do Orçamento foi aprovado ontem em segundos.
A oposição chegou atrasada à reunião. O presidente da comissão, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), brincou: "Invertemos a
lógica e aprovamos o texto para depois debatê-lo.
zzz
O LÍDER DO PMDB, Henrique Alves (RN), pediu aos partidos
que o apoiam à presidência da Câmara para que antecipem
sua posição pública.
Com Simone Iglesias, sucursais e correspondentes
[email protected]
Edmar Cutrim confirma
a saída de auditor do TCE
da Comissão de Transição
Presidente do TCE afirmou que a atuação de um membro da área de controle do
tribunal no grupo que administrará a cidade a partir de 2013 não "soa simpático"
Paulo Soares
Ronaldo Rocha
Da editoria de Política
O
presidente do Tribunal
de Contas do Estado
(TCE) do Maranhão, Edmar Cutrim, confirmou ontem
a O Estado a saída do auditor fiscal Bernardo Felipe Pires Leal da
equipe de transição do prefeito
eleito Edivaldo Holanda Júnior
(PTC). A equipe ficou responsável por iniciar os diálogos e a troca de informações com a equipe do atual gestor, João Castelo
(PSDB), que permanecerá no
cargo somente até o dia 31 de
dezembro. Cutrim explicou que,
apesar de não haver impedimento legal para a atuação do
auditor no grupo coordenado
por Roberto Rocha (PSB), a decisão de sair do movimento foi
do próprio funcionário do TCE,
que comunicou a sua decisão a
Edivaldo Júnior por telefone. Para Cutrim, não seria de bom
tom, tampouco simpático, um
funcionário de controle externo
do órgão, atuar em equipe política, mesmo que com fins técnicos.
A polêmica envolvendo o auditor Bernardo Leal surgiu menos de duas horas após Roberto
Rocha, eleito vice-prefeito de São
Luís, ter protocolado na Prefeitura o documento com os oito
nomes que formariam a equipe
de transição de governo. O pre-
Cutrim não vetou, mas considerou inconveniente atuação de funcionário
Mais
Com a saída de Bernardo Leal, integram a equipe de transição de Edivaldo Holanda Júnior, Roberto Rocha; Wellington Resende Silva, auditor da
Controladoria-Geral da União; Pedro Guedelha, ex-diretor regional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Maranhão; Linaldo
Albino da Silva, que é advogado; Felipe Costa Camarão; subprocurador
Chefe da Universidade Federal do Maranhão (UFMA); Délcio Rodrigues e
Silva Neto e Rodrigo dos Santos Marques.
sidente do diretório municipal
do PCdoB e coordenador da
campanha de Edivaldo, Márcio
Jerry, afirmou em seu perfil numa página de rede social que ha-
veria incompatibilidade de o auditor participar da equipe, por
este ser funcionário do TCE.
Roberto Rocha, por outro lado, negou a saída de Bernardo,
afirmando que caso houvesse
impedimento legal, por força
de uma norma interna do órgão controlador, o auditor não
seria descartado do grupo. "Se
ele não puder atuar formalmente, contribuirá informalmente com a equipe, assim como todo e qualquer cidadão de
bem", disse.
Edmar Cutrim, no entanto,
confirmou ontem a saída do
funcionário do TCE da equipe de
transição do governo petecistae.
"Não há impedimento legal para sua participação, no entanto,
eu próprio não sou favorável a
isso, principalmente por ele se
tratar de um funcionário de órgão de controle. A decisão de
não participar da equipe, no entanto, foi do auditor, que telefonou para o Edivaldo, agradeceu
o convite e anunciou o seu posicionamento. Logo depois, ele me
procurou no gabinete para informar a sua decisão", disse.
O presidente do TCE afirmou
que não seria de "bom tom" Bernardo atuar, mesmo que de forma estritamente técnica, em um
grupo político que a partir de
2013 administrará a cidade.
"Não soa muito simpático este
tipo de atuação, pois ele é membro de controle externo do tribunal. Fico feliz por ele próprio ter
percebido isso e tomado a sua
decisão. O prefeito eleito também entendeu, sem qualquer
entrave, e retirou o nome do auditor da lista", completou.
Astro de Ogum assume presidência
da Câmara e articula grupo de 22
Vereador garante que o
candidato desse grupo
será definido após o
retorno de Pererinha
O presidente em exercício da
Mesa Diretora da Câmara Municipal, vereador Astro de Ogum
(PMN), que substitui o vereador
Isaias Pereirinha (PSL) - afastado de suas atividades por licença médica -, garante que a discussão sobre a presidência da
Casa para a próxima legislatura
em seu grupo envolve 22 parla-
mentares.
Ele afirmou que, apesar de estar no comando do Legislativo
Municipal, a sua posição na Câmara não se confunde com as articulações políticas para a ocupação da cadeira em definitivo,
a partir de 2013. O vereador afirmou que ainda não há consenso entre os membros do seu grupo em torno de sua candidatura.
Astro, que assumiu a presidência do legislativo na última
quarta-feira, afirmou que as negociações sobre o vereador de
seu grupo político que sairá co-
mo candidato a presidente, devem ocorrer somente após o retorno de Pereirinha.
"Ainda estamos tentando
buscar a unidade no parlamento, para somente então decidir
quem o grupo apoiará. Temos
um grupo grande, com 22 nomes, por isso precisamos de unidade, de consenso", disse.
Ele negou que, ao assumir de
forma interina a presidência da
Câmara, tenha iniciado as articulações de base em torno de seu
nome para a próxima legislatura.
"Essa especulação existe. Não
podemos negar. Mas é uma tese
sem consistência. Estou interinamente no comando por força
de um pedido de licença do presidente. As duas situações não se
confundem", explicou.
Para o vereador, ainda é cedo para que a Câmara comece
a tratar do assunto de sucessão
do comando da Casa. "Não há
sequer consenso de meu nome
para o comando. É algo que será discutido dentro do grupo,
de forma democrática. Não sei,
por tanto, se sairei candidato",
completou.
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