Nutrição durante o TMO Maria Eugenia Vicente Ribeiro de Paiva Nutricionista Clínica HSL - Oncologia e TMO Atualizando nosso conhecimento... Conhecendo nutricionais a doença e seus aspectos Suplementos Nutricionais no pré e pós TMO Protocolo GVHD Orientação Nutricional específica para TMO Introdução O transplante de medula óssea (TMO), ou mais apropriadamente denominado transplante de células hematopoiéticas (TCH), é o tratamento para inúmeras doenças geralmente envolvendo a medula óssea e alguns tipos de câncer em uso desde a década de 70 Nos últimos 10 anos foram realizados no Brasil 11.590 TMO. Destes, 41,5% foram alogênicos e 58,5% autólogos(1) Conduta Dietoterápica TMO Tipos de TMO : Autólogo células mãe da medula óssea são retiradas do próprio paciente, armazenadas e transfundidas após altas doses de QT (condicionamento) a fim de eliminar células doentes e reconstituir a medula óssea Singênico gêmeos idênticos é o transplante de medula óssea entre irmãos Alogênico células-tronco ou células mãe do sangue são recebidas de um doador selecionado por testes de compatibilidade (HLA). Esse pode ser: aparentado, doador voluntário não aparentado, cadastrado em bancos de medula óssea ou em bancos de cordão umbilical Cuidado nutricional na internação Como o paciente chega... Avaliação Inicial: Perda de peso Ingestão alimentar Aversões e intolerâncias Hábito intestinal Reações após QT Mucosite, odinofagia Uso de suplemento nutricional Cuidado nutricional na internação Outros sintomas interferem na ingestão alimentar Fadiga, dor, saciedade precoce, disfagia, alterações de paladar e olfato Estado Emocional Cuidado nutricional na internação Intervenção nutricional: prescrição médica x prescrição dietoterápica Adequação do esquema alimentar: aversões e intolerâncias Incentivo às orientações fornecidas no ambulatório e prática das mesmas Cardápio diferenciado para situações especiais Prescrição de suplementos nutricionais Equipe multiprofissional e Cuidados Paliativos Atuação junto à EMTN em casos de Terapia Nutricional Enteral e Parenteral Orientações de alta Conduta Dietoterápica TMO Infecção e GVHD: maiores causas de morbi-mortalidade Atuação do Nutricionista é Fundamental! Dieta para Neutropenia Protocolo GVHD Conduta Dietoterápica TMO Dieta para Neutropênico (neutrófilos < 500/mm³) Infecções representam maior risco de morbi-mortalidade para pacientes neutropênicos TMO – neutropenia acentuada e prolongada Dieta com o menor teor de microorganismos: Estratégias de Profilaxia Exclusão de qualquer tipo de alimento cru ou módulo com probiótico Frutas de casca grossa: menores chances de apresentarem seu fruto contaminado, por isso seu consumo pode ser liberado, desde que as práticas de higienização tenham sido atendidas Alimentação fonte de preocupação para estes pacientes, pois eles acreditam que a dieta e a nutrição influenciam de alguma forma o seu tratamento METZ, CLAGHORN e SWEENEY-CORDIS et al., 2005 Assistência nutricional Alteração do paladar – aversões Motivo: efeito da QT sobre o funcionamento das células sensoriais do paladar processo de renovação celular reduzido diminuição da sensibilidade alteração do gosto (elevado limiar para doce, ácido e salgado e diminuição do limiar para o amargo e intensificação do olfato) aversão Principais aversões: café, chá, chocolate, carne vermelha Intervenção: Preparações (alimento troca do alimento); gosto metálico (especial água, carne vermelha substituição do líquido para hidratação e do tipo de proteína) Cheiros servir a dieta mais fria BERTERETCHE et al 2004, FRANKMANN 2000 Saciedade precoce Motivo: produção da secreção digestiva, atrofia da mucosa e músculo gástrico velocidade de esvaziamento gástrico (gastroparesia) Intervenção: fracionamento da dieta FRANKMANN 2000 Náuseas/vômitos Motivo: estímulos vagais provenientes do TGI em resposta a distensão abdominal, fenômenos irritativos e inflamatórios da mucosa gástrica estímulo centro emético e do vômito Intervenção: diminuição de molhos, evitar altas temperaturas, inclusão de picolés de frutas e água de côco, de forma fracionada, ao esquema alimentar Chá de gengibre (anti-inflamatório) funcional Hidratar-se em horários diferentes aos das refeições GIMENES 2003, COTRIM 2003 Diminuição da ingestão alimentar/perda de peso Inclusão de suplementos alimentares, em pó ou líquidos, módulos de nutrientes em forma de vitaminas ou milk shakes Concentração de nutrientes em menores volumes aumento da ingestão calórica-protéica Mucosite Motivo: QT interfere no ciclo celular das células da mucosa, alterando sua integridade, modificando a microbiota oral e maturação epitelial Locais: mucosa oral e faríngea, esôfago, estômago e duodeno Intervenção: Exclusão de alimentos ácidos e picantes da dieta e adequação da sua consistência Uso de gelatina com xylocaína Uso de chá de camomila Uso da glutamina - pré TMO KENNEDY e DIAMOND 1997; ANELLI 2002; GIMENEZ 2003 Xerostomia Motivo: QT interfere no ciclo celular das células da mucosa, alterando a quantidade e composição salivar Intervenção: inclusão de alimentos macios, acrescido de molhos, caldos, sopas. Aumentar consumo de líquidos, de forma fracionada KENNEDY e DIAMOND 1997; ANELLI 2002; GIMENEZ 2003 Diarréia Intervenção: Hidratação Exclusão de alimentos ricos em fibra e fermentativos Uso de probióticos – com exceção aos pacientes neutropênicos Estudo em TMO com utilização de FOS: aumenta a quantidade de bifidobactérias nas fezes do grupo suplementado, diminui pH fecal (menor crescimento de bactérias patogênicas) Telma Búrigo: Uso de prebióticos (FOS) em neo hematológico. Rev Nutr Camp 2007; 20(5): 491. III Congresso Brasileiro de Nutrição e Câncer, International Conference of Nutritional Oncology – Ganepão 2008 Obstipação Intervenção: Hidratação Inclusão de alimentos ricos em fibras Inclusão de módulos com fibras e de alimentos com probióticos – com exceção aos pacientes neutropênicos Estudos Científicos A correspondência entre o grau de recomendação e a força de evidência científica está resumida a seguir: A - Estudos experimentais ou observacionais de melhor consistência B - Estudos experimentais ou observacionais de menor consistência C - Relatos de casos estudos não controlados D - Opinião desprovida de avaliação crítica, baseada em consensos, estudos fisiológicos ou modelos animais Evidências Científicas O transplante de células hematopoiéticas (TCH) influencia a estado nutricional e o metabolismo? Pacientes sob TCH apresentam risco de desnutrição devido a quimioterapia e/ou radioterapia prévios, que determinam manifestações digestivas indesejáveis, aumentos das necessidades energéticas e internação prolongada (Grau D) Fonte Projeto Diretrizes SBNPE Evidências Científicas A conseqüência desta associação de fatores é a piora progressiva do estado nutricional. Aumento da morbidade (4-6) e mortalidade (6) estão relacionados a desnutrição em pacientes submetidos a TCH Embora o gasto energético possa diferir entre transplante autólogo ou alogênico, existe consenso de que as necessidades energéticas variam de 130 a 150% do gasto energético basal (7-10) ou 30 a 35 kcal/kg/dia. A necessidade protéica deve variar de 1,4 a 1,5 g/kg de peso (11-13) Cerca de 50% dos pacientes permanecem com alteração nutricional por até um ano após o TCH (14) Fonte: Projeto diretrizes SBNPE Evidências Científicas Nutrição enteral (TNE) é recomendada no TCH? TNE deve ser usada ser usada nos pacientes com trato gastrointestinal funcionante se dieta oral for inadequada para alcançar suas necessidades nutricionais (grau C) Fonte Projeto Diretrizes SBNPE Evidências Científicas A toxicidade intestinal induzida pela agressividade do tratamento é caracterizada por mucosite, náusea, vômito e diarréia A conseqüência é o impacto negativo na ingestão e absorção de alimentos, expondo os pacientes a elevado risco de desnutrição (15). Entretanto, o uso de nutrição enteral, mesmo com sondas nasojejunais podem não ser toleradas (16) Desafio estabelecer um acesso enteral seguro após terapia mieloablativa em razão dos distúrbios de coagulação, risco de pneumonia aspirativa, sinusite, diarréia, íleo, dor abdominal, gastroparesia e vômito. (17) Após recuperação dos neutrófilos e plaquetas, e das complicações digestivas, a NE é segura como transição da NP para a dieta oral Fonte: Projeto diretrizes SBNPE Evidências Científicas Em Transplante de Célula Hematopoiética (TCH) é importante a restrição de certos alimentos durante o período de neutropenia? Pacientes devem receber aconselhamento dietético a respeito de alimentos que podem envolver risco de infecção ou usados com segurança durante o período de neutropenia (grau C) Pacientes submetidos a TCH neutropênicos devem evitar consumir alimentos associados com risco de infecção, embora o efeito de dieta estéril ou com baixa carga microbiana seja desconhecido (18, 19) Fonte: Projeto diretrizes SBNPE Evidências Científicas Gardner e col (2008) (23) em estudo randomizado e controlado avaliaram 153 pacientes com leucemia mielóide aguda tratados em ambiente protegido contra infecção (sala com fluxo laminar), profilaxia com antifúngico, antiviral e antibacteriano, para receber terapia de indução. Os pacientes foram randomizados para receber dieta sem frutas e vegetais crus (dieta cozida) e dieta com frutas e vegetais crus (dieta de crus). Neste estudo, a dieta neutropênica não preveniu infecção ou mortalidade São necessários novos estudos com maior número de pacientes. Parece prudente entretanto, manter restrito alimentos de alto risco de infecção durante o período de neutropenia Fonte Projeto Diretrizes SBNPE Evidências Científicas Terapia de Nutrição parenteral (TNP) é recomendado no transplante de células Hematopoiéticas (TCH)? Sim, a terapia de nutrição parenteral deve ser indicada em casos de mucosite grave, íleo ou vômito intratável (grau B) Fonte Projeto Diretrizes SBNPE Evidências Científicas As manifestações gastrointestinais graves provocadas pela QT e/ou RDT que geralmente são bastante agressivas, excluem o uso de dieta oral ou de terapia de nutrição enteral (TNE) nestes pacientes, pelo menos no período mais crítico da evolução (em geral 7 a 14 dias), o que expõe o paciente a maior risco de desnutrição Prevenção terapia nutricional precocemente, em geral TNP Hidratação parenteral, dieta oral ou NE devem ser escolhas preferenciais, e a NP deve ser reservada para os casos de falência intestinal grave, associada ao uso de glutamina (24) Fonte: Projeto Diretrizes SBNPE Evidências Científicas Quando a nutrição parenteral (NP) deve ser iniciada no transplante de células hematopoiéticas (TCH)? Não há consenso no manuseio destes pacientes. A NP deve ser mantida até que o paciente tolere 50% das necessidades nutricionais via oral ou enteral (grau C) Fonte Projeto Diretrizes SBNPE Evidências Científicas Glutamina deve ser indicada no TCH? A glutamina via parenteral em doses farmacológicas pode beneficiar pacientes sob TCH (grau B) Fonte Projeto Diretrizes SBNPE Evidências Científicas Inúmeros estudos (nível II) têm avaliado o impacto da glutamina enteral (13, 31-33) e parenteral (13, 34-40), no TCH. Os estudos com glutamina enteral não mostram redução da morbidade ou mortalidade (13, 32, 33) A glutamina parenteral está associada a melhora do balanço nitrogenado (40), redução da permanência hospitalar (39, 40) e redução da morbidade (24, 35, 39, 40) . A glutamina parenteral, mas não enteral, também se associou a redução da incidência de mucosite grave (38) A dose preconizada de glutamina na maioria dos estudos variou de 20 a 30g/dia ou 0,6. (41) Fonte Projeto Diretrizes SBNPE Evidências Científicas Qual a melhor conduta nutricional na doença do enxerto contra o hospedeiro (DECH)? Terapia nutricional deve ser indicada para pacientes submetidos a TCH que desenvolvem a DECH de moderada a grave, quando apresentam baixa ingestão oral e/ou malabsorção (grau C) Poucos estudos avaliam a eficácia da terapia nutricional na incidência da DECH (12, 15, 42-44) Fonte Projeto Diretrizes SBNPE Evidências Científicas Weisdorf e col (1987) (44) analisaram o impacto da NP durante a terapia de citoredução e por 4 semanas após o TCH - o grupo que recebeu NP por período prolongado de tempo apresentou a longo prazo melhora da sobrevida, do tempo para recidiva, e de sobrevida sem doença, mas não apresentou diferença com relação ao enxerto, tempo de hospitalização e ocorrência de DECH e bacteremia Uma vez instalado a DECH a manutenção da dieta oral como única opção de cuidado nutricional torna-se um desafio, estando indicado complementação ou substituição por terapia nutricional, para manter ou melhorar as condições nutricionais até resolução desta complicação Fonte Projeto Diretrizes SBNPE Protocolo GVHD TMO alogênico agudo ou crônico; GVHD (graft-versus-host disease) reação imunológica iniciada pelo linfócito T doador contra os órgãos alvo do hospedeiro: pele, TGI, fígado e pulmão; Manifestação inicial TGI – abdominal e íleo paralítico; diarréia evoluir com dor Protocolo GVHD TGI - náuseas, vômitos, diarréia secretória (até 10 litros/dia), grande perda de nitrogênio, edema de parede intestinal, alteração integridade mucosa intestinal, Jejum vo – repouso intestinal – NPP exclusiva; Desvantagens NPP – maior risco de infecções e hiperglicemia – aumento da mortalidade Imunossuprimi do Protocolo GVHD Avaliação – início a dieta vo: • mínima dor TGI; • diarréia < 1000 ml/dia; • aumento do tempo de trânsito intestinal; • vômitos e náuseas infreqüentes. Vantagens dieta vo: • manutenção das funções digestiva e absortiva • melhora da função imune Protocolo GVHD - HSL Comparação de protocolos embasamento científico internacionais Adaptado a realidade brasileira Sete etapas Descreve sintomas das fases e de intolerância Coluna exclusiva para definição da NPP e Protocolo GVHD - HSL Etapas Conduta Nutricional Etapa zero Repouso Intestinal (jejum) Etapa 1 Dieta líquida isotônica, sem lactose, pobre em resíduos Etapa 2 Dieta pastosa ou branda conforme tolerância, sem lactose, sem irritantes gástricos, pobre em gorduras, resíduos e isenta de carnes Etapa 3 Introdução da carne branca. Aumento gradativo da ingestão de gorduras Etapa 4 Dieta branda, introdução da carne vermelha Etapa 5 Introdução de alimentos pobres em lactose Etapa 6 Dieta geral, introdução de leite e preparações ricas em lactose Protocolo GVHD - HSL Critérios: A evolução das etapas é baseada na melhora dos sintomas clínicos e tolerância à dieta A evolução da dieta acontece aumentando a consistência e densidade de cada alimento e nutriente Cada passo deve ser mantido por no mínimo 3 dias e evoluído quando houver confirmação de estabilidade dos sintomas Pode-se retroceder a etapa quando o paciente apresentar intolerância ou exacerbação dos sintomas de GVHD Orientação de Alta no TM0 PRÁTICAS QUE DEVEM SER EVITADAS Experimentar alimentos Degustação de alimentos em mercados ou feiras Alimentos vendidos nas ruas, bares, ambulantes Amendoins, nozes, castanhas ou qualquer outro tipo de oleaginosas Consumo de mel Comprar somente mel pasteurizado e com registro no SIF (Serviço de Inspeção Federal) garantindo qualidade e procedência do produto Consumo de embutidos Ao comprar embutidos, evite os cortados na hora, prefira os que venham embalados A VÁCUO. Além disso, após aberto, estes devem ser consumidos em até 2 dias Orientação de Alta no TM0 Restaurantes Evitar: Fazer as refeições em locais com muitas pessoas, em horários de “pico”, especialmente em restaurantes em que o serviço é selfservice ou buffets, preferindo as preparações cozidas e à la carte Refeições que você desconhece como foram preparadas ou quanto tempo estavam em temperatura ambiente Refrigerantes, sucos ou sorvetes de máquinas devido à possível ausência de cuidado do estabelecimento na higienização das mesmas Orientação de Alta no TM0 Leites, queijos, iogurtes Queijos com bolor ou mofo, como: queijo gorgonzola, roquefort, camembert, brie, entre outros Iogurte ou leites fermentados contendo lactobacilos vivos, como: Activia, Yakult, entre outros Atenção ao consumo de alimentos lácteos: ao consumir leite, preferir UHT, ou seja, aqueles que são esterilizados; quanto aos queijos brancos, prefira os pasteurizados, como Frescatino®, Danúbio® devido ao processo de fabricação; iogurte, somente os industrializados Ervas e chás Suplementos nutricionais não tradicionais, tais como ervas ou chás devem ser evitados, pois podem conter impurezas tóxicas como fungos, leveduras ou bactérias Orientação para elaboração e transporte de alimentos para pacientes internados (dieta via oral) A condições higiênico-sanitárias dos alimentos que ingerimos é de extrema importância, pois evita que tenhamos alguma infecção alimentar importante. Quando estamos internados, esta responsabilidade aumenta, já que estamos mais suscetíveis aos microrganismos patogênicos. Muitas vezes, o preparo dos alimentos está correto, porém o transporte pode não estar adequado. Por isso, destacamos a seguir as orientações básicas para controle deste processo: Preparação da refeição: Lavar bem as mãos antes de iniciar o preparo dos alimentos Após o preparo dispor os alimentos em recipiente próprio para microondas Orientação para elaboração e transporte de alimentos para pacientes internados (dieta via oral) Deixar resfriar a temperatura ambiente por 30 minutos e após manter sob refrigeração até o momento do transporte Transporte da refeição - Deve ser realizada em caixa de isopor, caixa isotérmica, prato isotérmico ou mala térmica. Para manter a temperatura recomendamos o uso de gelo ou gelo reciclável com gel Identificação - A refeição deve ser identificada com o nome do paciente, idade e o leito de internação Reaquecimento na unidade de internação - O alimento deve chegar ao Hospital próximo ao horário das refeições e ser levado diretamente para a copa da Unidade de Internação, evitando-se assim qualquer contaminação – NÃO LEVAR os alimentos para o quarto. Os alimentos serão reaquecidos em forno microondas Referências 1. Transplantes ABd. Evolução anual dos Transplantes de Medula Óssea. 2009 [updated 2009; cited 2009 03/11/2009]; Available from: www.abto.org.br/abtov02/portugues/populacao/rbt. 2. Ljungman P, Bregni M, Brune M, Cornelissen J, Witte TD, Dini G, et al. Allogeneic and autologous transplantation for haematological diseases, solid tumours and immune disorders: current practice in Europe 2009. Bone Marrow Transplant. 2009 Jul 6. 3. Orasch C, Weisser M, Mertz D, Conen A, Heim D, Christen S, et al. 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