Objetivos Gerais FFI0772 ADRIANO D. D ANDRICOPULO RAFAEL V. C. GUIDO ¾ ¾ ¾ ¾ ¾ ¾ ¾ ¾ ¾ ¾ Enzimas: Funções, Nomenclatura e Propriedades Fundamentos da Cinética Enzimática Cinética Enzimática: Michaelis-Menten Ensaios Cinéticos: Padronização e Validação Parâmetros Cinéticos: vo, KM, Vmax, kcat, kcat/KM Análise Gráfica: Lineweaver-Burk e Regresão Não-Linear Inibição Enzimática Tipos e Mecanismos de Inibição Determinação de IC50 e Ki Exemplos de Inibidores Enzimáticos BIBLIOGRAFIA BIBLIOGRAFIA ¾ Material didático das aulas ¾ Bibliografia: livros de cinética enzimática, bioquímica, química orgânica e química medicinal ¾ WILLIAMS, S, D.A.,, LEMKE,, T.L. Foye's oye s Priniples p es of o Medicinal ed c a Chemistry, C e st y, 5a edição, ed ção, Philadelphia, EUA: Lippincott Williams & Wilkins, 2002. ¾ PATRICK, G.L. An Introduction to Medicinal Chemistry, 2a edição, Nova Iorque, EUA: Oxford, 2001. ¾ BARREIRO, E.J., FRAGA, C.A.M. Química í Medicinal. As Bases Moleculares da Ação ã dos Fármacos, Porto Alegre: Artmed, 2001. ¾ SOLOMONS, G., FRYHLE, C.B. Organic Chemistry, 7a edição, Nova Iorque, EUA: John Wiley & Sons, Sons 2000. 2000 ¾ ALLINGER, N.L., CAVA, M.P., JONGH, D.C., C.R. JOHNSON, C.R., LEBEL, N.A., STEVENS, C.L. Química Orgânica, 2a edição, Guanabara Dois, Rio de Janeiro, 1978. SILVERMAN,, R.B. The e Organic O ga c Chemistry C e st y of o Drug ug Design es g and a d Drug ug Action, ct o , San Sa Diego, ego, ¾ S EUA: Academic Press, 1992. ¾ LEHNINGER, A.L., Bioquímica, 2.ed., São Paulo, Editora Edgard Blücher, 1976. ¾ STRYER, L., Bioquímica, 3ªed., Rio de Janeiro, Editora Guanabara Koogan, 1992. ¾ JENCKS, W. Catalysis in Chemistry and Enzymology –– Dover Pub.1987. ¾ FERSHT, Enzyme Structure and Mechanism. San Francisco, W. H. Freeman and Company, 1977. ENZIMAS ENZIMAS E INIBIDORES ENZIMÁTICOS Por Quê? ALVOS MOLECULARES 1 As proteínas são fundamentais para a vida ENZIMAS COMO ALVOS BIOLÓGICOS “Druggable Genome” “Genoma com Potencial de Fármaco” ENTIDADES QUÍMICAS Í Sildenafil O Mais M i Vendido V did O QUE HÁ EM COMUM ENTRE SÃO INIBIDORES ENZIMÁTICOS o fármaco mais vendido o fármaco mais consumido 2 o fármaco mais “popular” popular da indústria farmacêutica em todos os tempos? Atorvastatina O Mais M i Consumido C id Ato astatina Atorvastatina Ácido Acetilsalicílico Ácido Acetilsalicílico Seletividade ESTRUTURAS COX-1 e COX-2 O Mais M i Popular P l Valina (Cox-2) Isoleucina (Cox-1) Sildenafila Sild Sildenafila fil ESPAÇO QUÍMICO QUÍMICO-BIOLÓGICO BIOLÓGICO ENZIMAS E nzimas são consideradas por muitos laboratórios farmacêuticos os alvos moleculares mais atrativos para intervenção de doenças humanas através de moléculas pequenas Isso se deve ao seu papel catalítico essencial em muitos processos fisiológicos fi i ló i que afetam f diretamente di estados d de d desordens, disfunções ou doenças ENZIMAS Os fatores determinantes para a catálise enzimática se ENZIMAS Projetos de descoberta de fármacos, comumente, se aplicam apropriadamente na inibição através de moléculas pequenas (candidatas a novos fármacos) beneficiam da avaliação in vitro de moléculas contra enzimasalvo O estudo da inibição enzimática passa essencialmente pelo entendimento de parâmetros cinéticos da enzima-alvo Parâmetros como afinidade, potência e seletividade podem ser quantificados a partir de ensaios in vitro ENZIMAS ENZIMAS A importância i â i d de ensaios i bi biológicos ló i de d elevada l d qualidade lid d é evidente neste processo Fase farmacodinâmica X fase farmacocinética X Atividade Biológica X Efeito Terapêutico Transformações metabólicas de xenobióticos, incluindo a maioria dos fármacos, são catalisadas por enzimas Interações com enzimas metabólicas da família do citocromo P450 (CYP) – otimização de propriedades farmacocinéticas essenciais ENZIMAS ENZIMAS D t forma, Desta f é importante i t t que o pesquisador i d tenha t h um conhecimento sólido da atividade enzimática e das maneiras apropriadas de avaliar as interações entre enzimas e inibidores http://www.chem.qmul.ac.uk/iubmb/enzyme/ CATÁLISE ENZIMÁTICA Reações Catalíticas Esquema de reação química catalisada por uma enzima CATÁLISE ENZIMÁTICA CATÁLISE ENZIMÁTICA Reações Catalíticas Proximidade e Orientação ENZIMA ¾ As moléculas devem se aproximar, estar na orientação correta, e alcançar o patamar mínimo de energia para iniciar a reação As enzimas não alteram a energia livre de Gibbs ('G) das reações e exercem seu poder catalítico através da diminuição da energia de ativação dos sistemas ('G‡) ¾ As enzimas catalisam reações, eliminando o caráter randômico das reações CATÁLISE ENZIMÁTICA ENZIMAS Proximidade e Orientação Atividade Catalítica ENZIMA ENZIMA ENZIMA ENZIMA PRODUTO COFATORES PROXIMIDADE: as enzimas se ligam aos substratos de forma que seus grupos reativos se aproximam para que a reações catalíticas possam ocorrer ocorrer. Este processo elimina a natureza randômica das colisões em soluções livres ORIENTAÇÃO: mesmo que a colisão de duas moléculas ocorra de forma randômica, seus grupos reativos podem não estar necessariamente na orientação correta que permita a reação ocorrer ENZIMAS CINÉTICA Atividade Catalítica Controle da velocidade de reações A atividade catalítica depende muitas vezes da presença de moléculas pequenas denominadas cofatores Apoenzima + cofator = holoenzima A cinética enzimática estuda a velocidade de reações catalisadas por enzimas Sem Cofator ou Ligante Moléculas Orgânicas Coenzimas Grupos Prostéticos As reações enzimáticas diferem das outras reações químicas em vários aspectos CINÉTICA CATÁLISE ENZIMÁTICA Controle da velocidade de reações Reações Catalíticas (i) As velocidades de reação são mais elevadas: uma reação catalisada por um enzima pode ser 106 a 1017 vezes mais rápida que uma reação não catalisada, e várias á ordens d de d grandeza d mais rápida á d que uma reação ã catalisada l d por um catalisador inorgânico. (ii) Condições de reação mais suaves: as reações catalisadas por enzimas ocorrem em condições relativamente suaves – temperaturas baixas, pressão atmosférica, e pH próximos da neutralidade neutralidade. (iii) Elevada especificidade: as enzimas têm alta especificidade nas reações catalisadas. Muitas reações ç nos sistemas biológicos g não ocorreriam em p proporções p ç mensuráveis na ausência de enzimas. As enzimas aceleram as reações por fatores na ordem dos milhões CINÉTICA CINÉTICA Controle da velocidade de reações Controle da velocidade de reações Ação do catalisador de paládio sobre carvão H3C Catálise Química H H H H H H3C H Exemplo: hidrogenação com catalisador de carvão-paládio Superfície de paládio H3C CH3 H3C CH3 + H2 Pd/C H3 C H 3C H CH3 CH3 H H3C H H3C H Superfície de paládio Superfície de paládio CH3 CH3 H3C H3C H Superfície de paládio CH3 CH3 H Superfície de paládio CH3 CH3 CINÉTICA CINÉTICA Controle da velocidade de reações Controle da velocidade de reações Catálise Enzimática O sítio ativo de uma enzima Produtos Substrato Sítio ativo Ligação do substrato no sítio ativo da enzima Aminoácidos presentes no sítio ativo podem ter dois papéis principais: Ligação (binding): o resíduo de aminoácido está envolvido diretamente na ligação do substrato ao sítio ativo ENZIMA E•S E•P E+P Catalítico (catalytic): o aminoácido está envolvido diretamente no mecanismo de reação Lei de Beer-Lambert: absorbância (Ofixo) constante (para um Ofixo) AO = HOc.l distância percorrida pelo feixe luminoso p através da amostra A intensidade I do feixe diminui a medida que passa pela amostra Amostra em solução concentração da solução absorvente Monocromador A absorbância é proporcional à concentração da espécie química absorvente, sendo constantes o comprimento de onda, a espessura atravessada pelo feixe luminoso e demais fatores. Verifica-se uma relação linear entre absorbância ou densidade ótica e concentração Onde: H = absorbtividade molar ou coeficiente de extinção molar, uma constante característica para uma dada substância absorvente. Para o NADH a 340 nm, H = 6200 L mol-1 cm-1 (ou M-1 cm-1) c = concentração de NADH em mol/L l = comprimento da amostra em cm (usual 1 cm para cubetas padrões) Detector 1 cm Fonte de luz com comprimento de onda selecionável Io I ATIVIDADE ENZIMÁTICA ATIVIDADE ENZIMÁTICA Definições e Fundamentos Definições e Fundamentos 1,0 unidade de atividade enzimática (enzyme unit, U ou EU) é definida como a quantidade de enzima que causa a transformação de 1 μmol (10-6 M) de substrato por minuto (250C, condições padrões de ensaio) (U = μmol min-1). A atividade se refere ao total de unidades de enzima em solução. A atividade específica p é o número de unidades de enzima p por mg g total de proteína. A atividade específica é uma medida da pureza da enzima, e aumenta de acordo com a evolução do processo de purificação de uma enzima e torna torna-se se máximo e constante quando a enzima está completamente pura. ¾ Atividade d d enzimática á = unidades d d d de enzima / volume l d de solução l ã (e.g., units / mL) ¾ Atividade Ati id d Específica E ífi = unidades id d de d enzima i / mg total t t l de d proteína t í ¾ A atividade específica de uma solução de enzima depende diretamente da sua pureza A atividade específica aumenta durante o processo de purificação, purificação alcançando um máximo quando a enzima estiver totalmente pura e ativa ATIVIDADE ENZIMÁTICA ATIVIDADE ENZIMÁTICA Atividade Enzimática versus Atividade Específica Atividade Enzimática versus Atividade Específica Mesma atividade total da enzima (em vermelho) 66 KDa 45 KDa 30 KDa Proteína Pura Maior especificidade (em vermelho) 22 KDa Atividade Específica = atividade enzimática / total de proteína. Ou seja, mols convertidos por unidade de tempo por massa de proteína. 13 KDa A atividade ti id d específica ífi aumenta t d durante t o processo de d purificação, ifi ã alcançando l d seu máximo á i quando E = 100% pura e ativa Atividade enzimática = mols convertidos por unidade de tempo É a própria atividade catalítica da enzima, em geral expressa em unidades de velocidade, ou seja, massa transformada por unidade de tempo (μmol min-1) Sucessivas etapas de purificação geralmente diminuem o total de proteína. Uma proteína p p pode ser considerada p pura q quando etapas p adicionais de p purificação ç não melhoram a atividade específica e quando somente uma espécie de proteína pura pode ser detectada. ATIVIDADE ENZIMÁTICA Definições A atividade enzimática é uma função da quantidade de enzima (unidade prática, á 1 EU = 1 μmol min-1) (SI, 1 katal = mol s-1) Atividade Específica = atividade enzimática / massa total de enzima presente (unidade prática prática, μmol mg-11 min-11 ou μmol μg-11 min-11) A atividade enzimática é uma medida da eficiência, usualmente constante para um enzima pura. Se a atividade específica de uma enzima pura é conhecida, uma amostra impura da enzima deverá apresentar atividade específica menor, permitindo o cálculo da pureza % pureza = 100% x atividade específica í da amostra de enzima / atividade específica í da enzima pura