Stents farmacológicos e diabetes Constantino González Salgado Hospital Pró Cardíaco Realcath-RealCordis HUPE-UERJ DM – analisando o problema • O Diabetes Mellitus é doença sistêmica de elevada prevalência e encontra-se em progressão. • Não é uma doença isolada, ocorre em associação com hipertensão, dislipidemia, dç vascular cerebral e periférica, insuficiência renal e outros disturbios metabólicos. Boden,WE e Taggart,DP. N Eng J Med360:24; 270-72 DM – analisando o problema • 75% dos óbitos em diabéticos são por DAC.* • Diabetes é preditor independente de eventos.** • Maior mortalidade.*** • Têm piores resultados de revascularização ( ATC e RM) em relação aos não DM.*** * Laaksom et al. Diabetes 48:937-42 ** OASIS Registry. Circulation 2000;102:1014-19 ***BARI 2D. N Engl J Med 2009;360:2503-15 DM – aspectos angiográficos • Doença difusa e distal. • Vasos de calibre reduzido. • Doença multiarterial. • Acometimento frequente do TCE. • Pobreza de colaterais. • Disfunção ventricular. Hammond et al. JACC 2000(36):355-65 DM – histopatologia • Disfunção endotelial. • Maior incidência de placas lipídica → predispõe a ruptura. • Aterosclerose acelerada e mais agressiva. • Maior hiperplasia neointimal. • Reestenose oclusiva. • Acometimento macro e microvascular. • Maior trombogênese. Tousek P et al.Eurointerv 2009;4:588-92 Hammond et al. JACC 2000(36):355-65 Intervenção em diabéticos “Diabetes é reconhecida como a única variável clínica com poder independente para a ocorrência de maiores taxas de reestenose.” Mattos et al. Arq Bras Cardiol 2008;91(6 supl.1):1-58 Intervenção em diabéticos Reestenose e eventos Stents Farmacológicos ??? ATC por balão ATC com Stents (POBA) ± deaté 25 62%* a 42%** * Van Belle e, et al. J Am Coll Cardiol 1999;34:476-85 **Mattos et al. Arq Bras Cardiol 2008;91(6 supl.1):1-58 Stents farmacológicos X convencionais Sirolimus Paclitaxel Zotarolimus Everolimus Biolimus ↓ da reestenose binária ↓ da revascularização da lesão ↓ da perda luminal tardia Eventos Impacto dos SF em diabéticos Pacientes diabéticos 10 estudos controlados Reestenose intra Stent Reestenose no segmento Revascularização da lesão alvo Eventos cardíacos maiores Settler et al. Heart 2006;92 Adaptado www. tctmd.org Diretrizes SBHCI/SBC 2008 “Os resultados dos estudos justificam a indicação primária e mandatória desses dispositivos em pacientes diabéticos submetidos a ATC, desde que apresentem Recomendação Evidência de condições clínicas para a/ administração terapia antiplaquetária pelo período mínimo de um ano” IA Mattos et al. Arq Bras Cardiol 2008;91(6 supl.1):1-58 Intervenção em diabéticos Revascularização Cirúrgica X percutânea Revascularizaçao o que aprendemos? 6 estudos randomizados com pacientes diabéticos seguimento de 5 anos – 499 pc randomizados Pc sobreviventes/ total Pc Total ATC CRM 188/233 220/266 Diferença de risco (95% IC) ↑sobrevida com CRM ↑ sobrevida com ATC Mortalidade em 5 anos: ATC 19,3% x CRM 17,3%. P= NS Hlatky MA, et al. Ann Int Med 2007 Adaptado www. tctmd.org Revascularizaçao o que estamos aprendendo? •CARDIA- sirolimus •SYNTAX -paclitaxel •BARI 2D -paclitaxel •FREEDOM-sirolimus/ paclitaxel/ abcximab (em andamento) Revascularizaçao o que aprendemos? CARDIA Evolução de 1 ano CRM = 245 ATC = 251# #29% de convencionais #71% de sirolimus Não demonstrou a não inferioridade Óbito IAM não fatal AVC não fatal Kapur A. ESC 2008 Adaptado www. tctmd.org Multiarteriais e TCE Evolução conforme o estado do perfil glicêmico Não demonstrou a não inferioridade 25% de DM ↑ de re-intervenções Escore angiográfico Diabetes (tto medicamentoso) Não diabético SYNTAX Trial. N Eng J Med 2009;360:961-72 Adaptado www. tctmd.org DMNID– terapia otimizada BARI 2 D • 2368 pac com DAC estável – 5 anos. • Clínico (hipog. X insulina) X RM (ATC e CRM). • Não foi desenhado para comparar ATC e CRM. • Não houve ≠ entre RM e tto clínico. • CRM apresentou menos eventos. • 34,7% de Stents farmacológicos. BARI 2D. N Engl J Med 2009;2503-15 Intervenção em diabéticos E a trombose de Stents ? Trombose Stents Farmacológicos •DM é fator de risco independente de trombose. •Maior risco em ID. •Evento relativamente raro. • ATC de multiplos vasos↑o risco. •A extensão da dupla terapia anti-plaquetária pode ↓ o risco. Machecourt J et al. J Am Coll Cardiol 2007;50:501-8 Adaptado www. tctmd.org Como melhorar os resultados? • Implante ótimo de Stents (IVUS). • Tratar as lesões ou segmentos com isquemia comprovada (Cintilo, FFR,IVUS). • Buscar a revascularização mais completa possível (ATC ou CRM). • ATC com aderência a tienopiridínicos. • Otimizar ao máximo o tto clínico. • Individualizar e compartilhar a decisão.