Universidade Federal de Juiz de Fora Núcleo de Estudos e Pesquisas em Nefrologia – Niepen Programa de Educação Continuada – PEC Efeitos de Diferentes Graus de Sensibilidade à Insulina na Função Endotelial de Pacientes Obesos Autores:Roberto Galvão, Frida Liane Plavnik, Fernando Flexa Ribeiro, Sérgio Aron Ajzen, Dejaldo M. de J. Christofalo, Osvaldo Kohlmann Jr. Apresentador: Danielle Guedes A Ezequiel Data de apresentação: 03 de março de 2012 Jornal onde foi publicado e fator de impacto: Arq Bras Cardiol 2012;98(1):45-51 Obesidade : Fatores genéticos e comportamentais Principais consequências clínicas :DM2, hipertensão, dislipidemia e DCV Deposição de gordura visceral : produção hormonal e citocinas→ ↓sensibilidade a insulina → disfunção endotelial Resistência periférica à insulina→ papel importante na fisiopatologia da hipertensão arterial e aterosclerose Arq Bras Cardiol 2012;98(1):45-51 Hiperinsulinemia : Resistência à insulina em não diabéticos (fator de risco independente para doenças isquêmicas do coração) causa disfunção endotelial em indivíduos saudáveis Steinberg e cols (1996): pacientes obesos normoglicêmicos com resistência à insulina apresentam disfunção endotelial semelhante ao diabete tipo 2 em comparação com controles magros Arq Bras Cardiol 2012;98(1):45-51 Relaxamento vascular dependente do endotélio em hipertensos e obesos : ligação entre a resistência à insulina e desenvolvimento da aterosclerose Resistência à insulina →preditor independente da disfunção endotelial em indivíduos assintomáticos com SM em comparação com controles normais Grau de disfunção endotelial aumenta à medida que aumentam os componentes de SM Arq Bras Cardiol 2012;98(1):45-51 Avaliar o impacto de diferentes graus de resistência à insulina, medida pelo HOMA-IR (Homeostasis Model Assessment of Insulin Resistance), sobre a função endotelial em pacientes obesos não diabéticos, sem histórico de eventos cardiovasculares e diferentes componentes da síndrome metabólica Arq Bras Cardiol 2012;98(1):45-51 Estudo transversal 40 pacientes (11 homens e 29 mulheres), com idade variando de 19 a 70 anos Critérios de inclusão : indivíduos com idades entre 18 e 70 anos, com diagnóstico de obesidade estágio 1 ou 2 IMC entre 30 e 39,9 kg/m2 ou normotensos ou hipertensão estágio 1 essencial Hipertensos sem medicação anti-hipertensiva. Aqueles em tratamento passaram por um período de um mês sem medicamentos (washout) Arq Bras Cardiol 2012;98(1):45-51 Os critérios de exclusão : Obesidade estágio 3 (IMC≥40 kg/m2) Uso de tratamento medicamentoso para obesidade, uso IECA ou ARB, estatinas ou qualquer outra droga com efeito potencial sobre a função endotelial Formas secundárias de hipertensão arterial Histórico de evento cardiovascular Tabagismo DRC DM tipo 1 ou 2 Arq Bras Cardiol 2012;98(1):45-51 Medidas antropométricas : peso corporal (kg), altura (cm), IMC (peso/altura2) e circunferência abdominal (cm) A pressão arterial foi medida três vezes dentro de um intervalo de 1 minuto de acordo com as diretrizes AHA e a média desses três valores foi utilizada em análises posteriores. Arq Bras Cardiol 2012;98(1):45-51 Creatinina, glicemia de jejum , colesterol/triglicerídeos colesterol HDL e colesterol LDL (cálculo indireto) O nível de sensibilidade a insulina foi calculado pela fórmula HOMA-IR [glicose (mMol/L) x insulinemia (μU/mL) /22,5 Os pacientes foram classificados como tendo síndrome metabólica com base nos critérios do National Cholesterol Education Program Adult Treatment Panel III - NCEP ATP III Arq Bras Cardiol 2012;98(1):45-51 MAPA US modo B da artéria braquial: Quatro fases: repouso após hiperemia reativa (Dilatação fluxo-mediada — DFM), novamente com o indivíduo em repouso e após a administração de nitrato sublingual (dilatação mediada por nitrato — DMN) Todas as medições foram realizadas no mesmo lugar, na seção longitudinal 5 a 10 cm acima da fossa antecubital do braço direito Arq Bras Cardiol 2012;98(1):45-51 Três grupos (tercis) de acordo com níveis de HOMA-IR (maioria deles tinha pelo menos um critério adicional para a SM): 0,590-1,082 Grupo 1 (n = 13) 1,083 a 1,410 Grupo 2 (n = 14) 1,610-2,510 Grupo 3 (n = 13) Arq Bras Cardiol 2012;98(1):45-51 Variáveis contínuas média ± DP (teste ANOVA monofatorial) As variáveis categóricas : % (teste do Qui-quadrado) O coeficiente de correlação de Pearson : correlação entre as variáveis. Modelos de regressão linear : análise de correlação, com a fase dependente do endotélio considerada como a variável dependente Valores de p < 0,05 estatisticamente significativos SPSS 13.0 (SPSS, Chicago, IL) para Windows Arq Bras Cardiol 2012;98(1):45-51 Arq Bras Cardiol 2012;98(1):45-51 Arq Bras Cardiol 2012;98(1):45-51 Arq Bras Cardiol 2012;98(1):45-51 Associação do grau de resistência insulínica e vasodilatação dependente do endotélio (população obesa metabolicamente não comprometida com poucos fatores de risco cardiovascular) HOMA-IR : maior valor 2,51, falta de padronização para o uso rotineiro na prática clínica, aplicável em estudos epidemiológicos de base populacional Estudo HOMA-IR sobre Síndromes Metabólicas no Brasil, foram observados valores de limiar maiores que 2,71 em indivíduos saudáveis sem componentes da síndrome metabólica (Geloneze, 2006) Associação precoce RI- DE : parentes de primeiro grau de DM 2 Balletshofer, 2000 Arq Bras Cardiol 2012;98(1):45-51 Este estudo : pequenas alterações na insulina → efeito significativo na função endotelial em populações obesas Os mecanismos : insulina age na ativação da via fosfatidilinositol 3-quinase, regulando a expressão de NO em células endoteliais (resistência à insulina → disfunção endotelial) Disfunção endotelial: ↑ resistência à insulina (redução fluxo sanguíneo nos tecidos→ desequilíbrio entre NO e a expressão de endotelina-1) Winkler e cols. :TNFα → ligação entre disfunção endotelial e resistência à insulina em obesos normotensos Arq Bras Cardiol 2012;98(1):45-51 Triglicerídeos variável independente para disfunção endotelial nessa população ↑Triglicerídeos ↔ obesidade central, lipólise e resistência à insulina → disfunção endotelial, aumento da expressão proteína C-reativa, IL-6, moléculas de adesão solúveis, fator de von Willebrand e endotelina-1 estudos clínicos e experimentais :ácidos graxos livres mudam a resposta vasodilatadora do endotélio, inibindo eNOS e diminuindo a biodisponibilidade de NO Arq Bras Cardiol 2012;98(1):45-51