BASES TEÓRICAS E CIENTÍFICAS PARA A PLANIFICAÇÃO DO TREINO Ricardo de Moura - CBDA PLANEJAMENTO DE TREINO O Planejamento do treinamento é a mais importante ferramenta na administração e obtenção da performance esportiva, na medida em que as formas de organização e os seus conteúdos têm estreita conexão com a dinâmica de rendimento pretendida. SÍNDROME GERAL DE ADAPTAÇÃO Estímulos estressantes diminuição temporal de função MELHORA DA CAPACIDADE supercompensação FUNCIONAL= estímulos estressantes de treino progressivamente crescentes Período de Adaptação (recupera a função e leva a um nível superior) Verchoshanskij (1999) A única solução para melhorar a teoria e a prática da planificação desportiva está em utilizar uma metodologia científica que se encontra fundamentada nas adaptações biológicas do atleta ao exercício e ao treino. PERIODIZAÇÃO Periodização é o conceito mais importante na conceituação e planejamento do treinamento. O termo se origina da palavra período – que significa uma parte de tempo dividida em segmentos chamados fases, para auxiliar o gerenciamento. Foi utilizado de uma forma simples pela primeira vez pelos gregos na Grécia Antiga (Bompa,T) Macro, Meso e Micro Há 3 importantes fases na periodização: macro, meso e micro ciclo. MACROCICLO – é o período mais longo que objetiva o melhor desempenho que coincide com a principal competição. MESOCICLO – é a subdivisão de um macrociclo e tem a duração usual de 2 a 6 semanas. MICROCICLO – é o período de treinamento ao redor de 7 dias. Neles estão contidos o detalhamento de intensidade, volume, a sequência e as valências a serem aplicadas nas sessões de treino. As Fases Fase de Adaptação Anatômica: O objetivo desta fase é preparar o corpo, após semanas sem treinamento de força, para as demandas de treinamento de força e um treinamento mais intenso nas próximas semanas. Fase de Preparação: O objetivo desta fase é desenvolver a força muscular, resistência muscular, e melhorar a flexibilidade. As Fases Fase de Competição: O objetivo desta fase é converter a força muscular e a resistência em potência e capacidade reativa. Fase de Transição: Esta é uma fase de trabalho muscular para os atletas que querem recuperar/ganhar massa muscular ou para emagrecer. Durante esta fase, os atletas são incentivados a fazer outros esportes além da natação para lhes dar uma pausa mental e física, sem perder suas qualidades físicas. Fases de Treinamento Início da Temporada (Fase de Adaptação): Melhorar o VO2MAX e o limiar naeróbico. Melhorar a força muscular, resistência e flexibilidade das articulações, com exercícios em terra e água. Estabelecer as metas e performances da temporada com os alvos específicos – isto irá ajudar a manter o nadador motivado. Fases de Treinamento Fase de preparação Trabalhar as deficiência técnicas e o aperfeiçoamento dos pontos fortes Melhorar a mecânica dos estilos Trabalho de saídas e viradas (fundamentos) Estimular a melhora da velocidade Trabalhar os sitemas ATP-CP nos velocistas Treinamento aeróbico para melhorar o débito de O2. Fases do Treinamento Fase competitiva Manutenção do VO2MAX e limiar anaeróbico desenvolvidos no início da temporada Séries no ritmo da prova – determinação do ritmo e velocidade ideais Táticas da prova – planejar como usar os pontos fortes e diminuir os pontos fracos OBSERVAÇÃO DA MANUTENÇÃO DA MECÂNICA DO ESTILO MESMO QUANDO FATIGADO Ensaio Mental da Prova – isto deve ser feito desde o início da temporada (riscos – custoxbenefício) Fases do Treinamento Taper/Período de transição 2-4 semanas antes da principal competição da temporada. Poderá haver pequenos tapers durante a temporada (supercompensação) Os períodos de taper ajudam a regenerar o nadador para que consiga chegar no ápice da forma na competição principal. Diminuição da frequência e da intensidade Princípios do Treinamento Existem 4 importantes princípios de treinamento: Especificidade Sobrecarga Progressão Reversibilidade ESPECIFICIDADE Cada exercício tem um efeito específico sobre seu corpo. Isso significa que você deve primeiro decidir o que você quer melhorar e, em seguida, escolher os exercícios e treinos certos que vão melhorar esta especificidade. Um programa de treinamento deve ser concebido para atender especificamente cada atleta. SOBRECARGA Para melhorar a aptidão do nadador utiliza-se o princípio da sobre carga. Isso significa que o nadador irá trabalhar de uma forma mais difícil a que está acostumado. trabalha é mais difícil do que está acostumado. Com o tempo, o corpo se prepara para atender a essa nova demanda essa demanda e, portanto, ele adquire uma melhor forma. Há três maneiras de sobrecarga: aumentando a freqüência do exercício, aumentando a intensidade do exercício ou aumentando o tempo que se gasta no exercício. PROGRESSÃO – O corpo leva tempo para se adaptar às exigências crescentes sobre ele. ASSIM SENDO, HÁ QUE SE AUMENTAR A SOBRECARGA DE FORMA GRADUAL OU PROGRESSIVA. REVERSIBILIDADE Os músculos devem ser exercitados regularmente irão perder a força, resistência, flexibilidade ou velocidade e começar a voltar como estavam antes e reverter os efeitos. Isto acontece depois de apenas três a quatro semanas. REFLEXÃO O treinamento é como remédio: se usado em demasia pode matar e, na dose certa, cura. Bases Científicas da Planificação do Treino a. prescrever individualmente a sessão de treino baseando-se nas respostas biológicas do atleta, na medida do possível; b. conhecer de modo objetivo o tempo necessário para que um desportista se recupere depois de realizar diferentes sessões de treino; c. conhecer com critérios concretos os efeitos físicos e fisiológicos que se produzem em uma fase de várias semanas de treino. Prescrição da sessão de treino: intensidade e duração O atleta de alto nível tem uma margem de progressão da sua condição física muito limitada e realiza treinos cada vez mais intensos e freqüentes, com o risco de que a recuperação seja insuficiente e a marca esportiva estanque ou regrida. Deste modo, é muito importante que os técnicos saibam discernir com precisão a dinâmica da intensidade e da duração do exercício segundo a solicitação das diferentes vias metabólicas de produção de energia e uma determinada solicitação do sistema neuroendócrino. A INTENSIDADE intensidade constante intensidade diferenciada INTENSIDADE CONSTANTE Podemos definir dois limites de intensidade, a correspondente ao limiar aeróbico e a correspondente ao limiar anaeróbico individual. Os exercícios realizados a uma intensidade de limiar aeróbico correspondem a uma intensidade aproximada de 80-85% do limiar anaeróbico individual, ao passo que os exercícios realizados a uma intensidade de limiar anaeróbico individual correspondem a uma intensidade de 100% do limiar. INTENSIDADE DIFERENCIADA CONSIDERAÇÕES PRÁTICAS: definir a intensidade do exercício intermitente tendo como referência a velocidade máxima de cada nadador, numa determinada distância, não parece adequado desde o ponto de vista biológico, já que a resposta metabólica e neuromuscular de cada um pode ser diferente; os nadadores que têm valores elevados de resistência aeróbica apresentam um menor grau de exigência do que os demais, quando sujeitos a exercícios intermitentes intensos a similar intensidade relativa, definida como percentagem da velocidade máxima; quando se define a intensidade do exercício como percentagem da velocidade máxima os nadadores velocistas (fibras rápidas) deveriam realizar um treino menos intenso que os fundistas (fibras lentas) já que é muito provável que os velocistas apresentem valores mais baixos de resistência aeróbica.Por exemplo, no grupo de fundistas executar maior número de repetições que os velocistas e com intervalos menores, de modo a tentar que a exigência da carga de treino sobre o organismo seja similar para os dois grupos. DURAÇÃO Uma das questões que não se conhece sobre o treino do desportista, é saber qual o momento do treino em que o nadador deve interromper para que se produza um efeito positivo e para que a sua recuperação seja razoavelmente rápida. De acordo com alguns estudos efetuados nesta área, não se conhecem as variáveis que permitam detectar e prevenir o momento próximo do esgotamento a partir do qual aumenta a produção de hormonas de stress. Parece evidente que a utilização de métodos de prescrição do treino irão permitir conhecer melhor as razões pelas quais um determinado tipo de treino produz diferentes efeitos e assim como avançar no conhecimento da planificação do treino. DISTRIBUIÇÃO DAS SESSÕES Prevenção do overtraining Rowbotton y col. (1998) - 12 SEMANAS CADA UM 52 SEMANAS - 4 SEMANAS CADA UM - SEMANAS DICA 1 Em cada mesociclo de quatro semanas, seria recomendável alternar semanas de treino intenso com semanas de treino de baixa intensidade, como por exemplo, três semanas de treino intenso e uma semana de regeneração. Tal fato deve-se á concentração de hormonas anabolizantes (testosterona) durante as três semanas de treino intenso, com diminuição da proporção entre as concentrações séricas de hormonas anabolizantes e catabolizantes (cortisol). Deste modo, a semana seguinte de regeneração permitirá restaurar o índice de concentração das hormonas. DICA 2 Sugere-se 2 a 3 dias de treinos mais suaves ao longo de um microciclo. Quando se intercalam dias de treinos suaves entre os dias de treino intenso, as possibilidades de se produzir o sobretreino são muito menores e a capacidade funcional do nadador é restruturada constantemente. DICA 3 Costill et al (1991) compararam 2 grupos de nadadores universitários americanos durante 4 anos. Um dos grupos treinava uma média de 5Km/dia e outro grupo 10Km/dia. Ao fim dos 4 anos ambos os grupos melhoraram 0,8% de média nos 100 metros nado livre. Estes resultados indicam que não é por treinar mais que se consegue as melhores marcas. Deve-se promover constantes observações e estudos no sentido estudos científicos sobre treinamento, no sentido de determinar qual o volume mínimo de treino para que um nadador alcance o máximo rendimento numa determinada prova. DICA 4 A diminuição da intensidade de treino poderá ser acompanhada de uma melhoria da marca desportiva. Um exemplo frequente e simples observa-se nos atletas que melhoram as suas marcas nas semanas seguintes de terem interrompido o treino devido a uma lesão. A diminuição da intensidade de treino, em valores absolutos (minutos totais de treino) e em valores relativos (percentagem do tempo total acima dos 85% do limiar anaeróbico individual), pode ser acompanhada por uma melhora significativa da marca pessoal. DICA 5 O taper tem início, normalmente, entre 07-14 dias antes do início da competição principal e consiste em reduzir drasticamente o volume de treino (até aos 85-90% do volume habitual) mantendo sessões intensas, mas mais curtas (Houmard e Johns, 1994). Outros investigadores consideram que durante o taper é mais interessante reduzir o tempo de treino intenso e manter o volume de treino a baixa intensidade (Lehmann; Foster; Netzer; Steinacker; Liu; Optz-Gress y Gastman, 1998). O trabalho de preparação final dependerá de vários fatores, tais como: situação física do atleta, massa muscular, especificidade, experiência précompetitiva, idade, sexo, etc. Nos parece que uma ou duas semanas antes da competição principal, é consciente reduzir o volume e a intensidade de treino, dependendo da consistência do trabalho desenvolvido anteriormente. Trabalho em Terra para a Natação A Regra mais importante no Trabalho de Força para a Natação: O trabalho em Seco deve ser utilizado para complementar e desenvolver o treinamento realizado na água Tipos de Trabalho de Força/Potência Treinamento de Força Explosiva Treinamento de Resistência Muscular Treinamento de Força Máxima – Jogos Esportivos (saltos, movimentos explosivos rápidos) – Medicine ball para a parte superior – – – – Circuit training Nadadores de fundo> :50 exerc / :10 int Meia distância> :40 exerc / :20 int Sprint> :30 exerc / :30 int – Quanto mais curta a prova, mais importante é esse trabalho – Recomendado para mulheres acima de 16-17 anos e para garotos com aproximadamente ~18 anos – Equipamentos de pesos livres e aparelhos de força adequados Período de Aprendizagem do Sistema Motor 8-10 anos de idade 3-4 x 40-50 min. x semana na água 3-4 x 15-25 min. x semana em terra Período de Aprendizagem Motora Básica Variedade de movimentos e atividades na água Resistência geral, flexibilidade, agilidade Jogos com bolas Exercícios de eduacativos técnicos de natação Correr, saltar, Pular Exercícios de ginástica que utilizem somente o peso do próprio corpo Período de Treinamento Básico 10-12 anos de idade 5-6 x 45-60 min. x semana na água 3-4 x 20-30 min. x semana em terra Tipos de Atividades Jogos e atividades com medicine ball (2 kg) Força geral – próprio peso do corpo Circuit training, trabalho isométrico, corrida, pular corda Flexibilidade Período de Treinamento Progressivo 12-14 anos de idade 6-8 x 70-90 min. x semana na água 4-5 x 20-40 x semana em terra Tipo de Exercícios Tubo cirúrugico, halteres (10-15% do peso corporal) medicine balls (3 kg) Flexibilidade Jogos (agilidade, desenvolvimento da parte física) Continuidade da metodologia aplicada no período anterior Período Intermediário de Trabalho 14 anos de idade e + 8-10 x 90-120 min. x semana na água 3 x 30-40 min. x semana em terra Tipos de Exercício Circuit training Continuidade de desenvolvimento da metodologia aplicada nos períodos Aumento progressivo de peso e repetições Guia para crianças e adolescentes 1. Aplicação de metodologias e precauções seguras para garantir a segurança e eficácia. 2. Pré-adolescentes e adolescentes devem evitar: Exercícios de elevação; aumento desproporcional da massa muscular; peso max. 3. Educar para evitar o uso de substâncias proibidas. Guia para os Exercícios 1. 5-10 minutos de aquecimento 2. Comece com exercícios com Start with body weight exercises 3. 8-15 repetições, 6-8 exercícios usando todos os grupos musculares através de ampla gama de movimentos 4. Aumente as repetições, séries e o trabalho de resistência através do tempo. 5. 3 sessões per por semana de 30-40 minutos, com uma recuperação mínima de 1 dia entre as sessões. Guia para as crianças 1. Resistência leve com movimentos controlados 2. Peso do corpo ou tubo cirúrgico 3. Trabalho de força , NÃO de sobrecarga 4. Pode ter início aos 8 anos se a criança pode seguir as orinentações e manter a técnica Exercícios de Medicine Ball Pesquisa: Video de Vern Gambetta “Advanced Medicine Ball Training” ZONAS ENERGÉTICAS (I) EXEMPLO DE SÉRIES DURAÇÃO FREQÊNCIA FREQÊNCIA DESCANSO DA SÉRIE (%máx)) (bpm) (min) VOLUME DA SÉRIE (m) 4-8x500 c/ 20" ou 18x75n/pr/n c/15" 10 a 30 ≤80 ≤160 6-10x100 c/2030" ou 6-8xmed c/30-45" 15-60" 80-100 160-máx 8 a 40' 600 - 2000 AERÓBICO/ ANAERÓBICO 6X50 C/2' OU 3X100 C/4' 2:1-1:4 100 Máx 2-15' 200 - 600 ANAERÓBICO 4-6X15 c/saída 1'desc ou 68x12,5/45"desc 1:3-1:4 100 Máx 1-2' 25-100 SPRINT Variável 500 - 4000 AERÓBICO ZONAS ENERGÉTICAS (II) VOLUME DURAÇÃO FREQÊNCIA FREQÊNCIA DESCANSO DA SÉRIE DA SÉRIE (bpm) (%máx)) (seg) (m) (min) EXEMPLO DE SÉRIES AERÓBICO (REC) Variável Variável <140 <70 Não há 600 natação fácil DESENVOLVIMENTO AERÓBICO (EN1) 1500 4000 ≥15 140-160 70-80 10 a 30 6-10x400 c/30" AERÓBICO/ANAERÓBICO (EN2) 800 - 2000 10 a 40 160-180 80-90 15 a 30 4-6x300 c/15" AERÓBICO/ANAERÓBICO (EN3) 600 - 1600 8 a 30 180-máx 90-100 30 a 60 4-8x150 c/30" ANAERÓBICO 1 (SP1) 200 - 600 2 a 15 Máx 100 2:1-1:1 2-3 séries de 8x50 p/tempo 15-30" ou 4x125 med c/45" ANAERÓBICO 2 (SP2) 200 -600 4 a 12 Máx 100 1:2-1:4 4x75/3-4' desc ou 6x50/2'desc SPRINT (SP3) 25-100 1a2 Máx 100 1:3-1:4 4-6x 15 cima/1' desc ou 6-8x12,5/45"desc ZONAS ENERGÉTICAS INTEGRADAS DURAÇÃO VOLUME VOLUME DURAÇÃO FREQÊNCIA FREQÊNCIA DESCANSO DA SÉRIE DA SÉRIE (bpm) (%máx)) (seg) (m) (min) EXEMPLO DE FREQÊNCIA FREQÊNCIA DESCANSO DA SÉRIE DA SÉRIE (%máx)) (bpm) SÉRIES (min) (m) 4-8x500 c/ 20" ou 18x75n/pr/n 10 a 30 c/15" 6-10x100 c/2030" ou 6-8xmed c/30-45" 6X50 C/2' OU 3X100 C/4' 4-6X15 c/saída 1'desc ou 68x12,5/45"desc 15-60" 2:1-1:4 1:3-1:4 AERÓBICO (REC) ≤80 ≤160 Variável 500 - 4000 80-100 160-máx 8 a 40' 600 - 2000 100 100 Máx Máx 2-15' 200 - 600 1-2' 25-100 AERÓBICO AERÓBICO/ ANAERÓBICO <140 <70 Não há 600 natação fácil 140-160 70-80 10 a 30 6-10x400 c/30" AERÓBICO/ANAERÓBICO 800 - 2000 10 a 40 160-180 80-90 (EN2) 15 a 30 4-6x300 c/15" AERÓBICO/ANAERÓBICO 600 - 1600 8 a 30 180-máx 90-100 30 a 60 (EN3) 4-8x150 c/30" DESENVOLVIMENTO AERÓBICO (EN1) Variável Variável 1500 4000 ≥15 ANAERÓBICO 1 (SP1) 200 - 600 2 a 15 Máx 100 2:1-1:1 2-3 séries de 8x50 p/tempo 15-30" ou 4x125 med c/45" ANAERÓBICO 2 (SP2) 200 -600 4 a 12 Máx 100 1:2-1:4 4x75/3-4' desc ou 6x50/2'desc SPRINT (SP3) 25-100 Máx 100 1:3-1:4 4-6x 15 cima/1' desc ou 6-8x12,5/45"desc ANAERÓBICO SPRINT EXEMPLO DE SÉRIES 1a2