XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO A integração de cadeias produtivas com a abordagem da manufatura sustentável. Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2008 DINÂMICA DE ARTICULAÇÃO ENTRE MICRO E PEQUENAS EMPRESAS DE SÃO GONÇALO/RJ Flávia Azevedo Dias da Rocha (MADE) [email protected] Levi Nazareth de Amorim (MADE) [email protected] Luiz Martins de Melo (MADE) [email protected] Vera Maria Medina Simonetti (MADE) [email protected] O cenário competitivo atual que tem transformado as relações entre as empresas, faz com que as micro e pequenas empresas busquem, com maior intensidade, a conquista de seu segmento de mercado. Novas questões começaram a ser identificadas deevido ao intenso ritmo de consolidação do varejo, mas pouco se tem falado sobre as pequenas empresas varejistas e de sua relevância para a economia brasileira. Para competirem em um mercado altamente complexo, as organizações estão buscando formar redes de cooperação, o que muitas vezes culmina em um processo de aglomeração de empresas. Considerando a tendência de crescimento dos aglomerados em um paýs onde a taxa de mortalidade das pequenas empresas independentes é expressivamente alta, este Estudo de Caso, de abordagem qualiquantitativa, busca compreender a dinâmica da articulação entre as empresas do setor de confecção do município de São Gonçalo (RJ), e a importância da criação de um planejamento de desenvolvimento do aglomerado, através da investigação de algumas características (confiança, cooperação, capacidade de trocar informações, trabalho em equipe). A relevância do estudo está diretamente relacionada à constatação crescente da participação da temática sobre cadeias produtivas, oferecendo auxílio aos pequenos empresários na condução de seus negócios, em paralelo ao crescimento de redes como arranjos produtivos locais. Os resultados apontam que os vínculos estabelecidos entre as MPE´s de São Gonçalo/RJ são frágeis e inconstantes. Palavras-chaves: Micro e Pequenas Empresas (MPE), Redes, Aglomerados Produtivos Locais (APL), Ações Sociais. XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO A integração de cadeias produtivas com a abordagem da manufatura sustentável. Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2008 1. Introdução As transformações econômicas ocorridas no final do século XX, com a globalização, aliada aos novos paradigmas da tecnologia da informação e da comunicação, alteraram profundamente o ambiente em que operam as empresas, passando a exigir das mesmas a execução de um forte processo de reestruturação produtiva em busca da excelência de seu padrão competitivo, como condição indispensável a sua sobrevivência (CASAROTTO FILHO e PIRES, 2001). Micro e Pequenas Empresas (MPE's), que representam 98,7% do total das empresas brasileiras, segundo o cadastro central de empresas do IBGE (2005), não ficaram à margem desta realidade, muito pelo contrário. Além do imperativo de adaptação a uma “nova ordem de mercado”, as MPE’s precisam superar, a cada dia, uma série de dificuldades que são inerentes ao segmento, principalmente as relativas ao seu tamanho e ao fato de agirem isoladamente. Segundo pesquisa do SEBRAE (2004), os resultados mostram que as principais razões para grande mortalidade das pequenas empresas antes de completarem quatro anos de vida são: falta de conhecimentos gerenciais, descontrole de fluxo de caixa, alto endividamento e falha no planejamento inicial. Para tentar superar essas dificuldades, as MPE’s vêm se inserindo em diversas formas de cooperação produtiva local e tecnológica entre empresas. A idéia básica é que o desenvolvimento de associações produtivas de MPE’s é um importante instrumento para geração de pólos de crescimento e descentralização industrial, podendo permitir a superação de dificuldades e proporcionar a geração de vantagens (CASAROTTO FILHO e PIRES, 2001). Dentro desse contexto, este estudo pretende contribuir com a questão da sustentabilidade analisando as características dos vínculos estabelecidos entre as MPE's da Configuração Produtiva Local (CPL) de confecção de São Gonçalo/R que possam facilitar o fortalecimento das pequenas empresas locais. Sob a liderança do SEBRAE/RJ e contando com a parceria da Prefeitura Municipal de São Gonçalo, SESI, SENAI, SENAC, Faculdade Salgado de Oliveira, Universidade Estácio de Sá, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, em 31/08/2005 foi assinado o acordo de resultados do APL do setor de confecção do município de São Gonçalo e região. O objetivo geral do projeto é contribuir para o aumento da capacidade competitiva a e para o desenvolvimento sustentável das MPE's de São Gonçalo e região, por meio da ampliação e participação na comercialização dos produtos nos mercados local, nacional e internacional. 2. Pequenas Empresas no Brasil A definição de pequena empresa observa uma série de características ou circunstâncias relacionadas às suas próprias peculiaridades e, comumente à sua finalidade de participação na economia. Segundo Nilda Leone (apud CÊRA e ESCRIVÃO FILHO, 2003, p. 798), “a compreensão das pequenas empresas é possível mediante o estudo do seu tamanho, pois é o porte que as destaca das outras categorias empresariais”. Assim sendo, considerando a importância de uma abordagem diferenciada, segundo Kristiane Cêra e Edmundo Escrivão Filho (2003), é necessário compreender as particularidades da gestão de uma pequena empresa segundo alguns aspectos: estruturais, contextuais e comportamentais. 2 XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO A integração de cadeias produtivas com a abordagem da manufatura sustentável. Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2008 2.1 Particularidades Estruturais Entre as particularidades estruturais pode-se citar a informalidade das relações na pequena empresa, estrutura organizacional reduzida, inadequação de técnicas gerenciais e conseqüentemente de projetos, entre outras. Referem-se aos aspectos organizacionais internos da pequena empresa (TERENCE, 2002). 2.2 Particularidades Contextuais Pode-se citar a carência de informação, a dificuldade de acesso a treinamento e a fontes de financiamento e falta de análise sobre o mercado. Referem-se ao ambiente externo das MPE´s e não são controladas pela ação do empresário. 2.3 Particularidades Comportamentais Estão relacionadas aos aspectos pessoais do pequeno empresário, são empresas dirigidas pelo próprio proprietário, muitas vezes o fundador, um empreendedor que desenvolveu suas atividades com um estilo pessoal próprio, baseado em crenças, ambições e utilização de improvisação. No Brasil, as empresas são classificadas em micro, pequenas, médias e grandes empresas. Os critérios utilizados para a classificação são: número de empregados, volume do faturamento e da receita anual, patrimônio. Não há, portanto, uma definição da classificação das empresas aceita universalmente. Para definição das pequenas empresas deve-se adotar critérios diferentes para objetivos diferentes, por isso, o uso de um determinado critério ou classificação depende das finalidades a alcançar (LEONE,1991; LONGENECKER et al., 1997; TERENCE, 2002; CÊRA e ESCRIVÃO FILHO, 2003). Nesse estudo, utiliza-se a conceituação do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), onde Microempresa para Comércio e Serviços: até 09 empregados e Indústria e Construção: até 19 empregados. Para Pequena empresa de 10 a 49 empregados quando Comércio e Serviços e de 20 a 99 empregados na indústria e construção. As empresas de pequeno porte desempenham melhor algumas atividades que requerem habilidades ou serviços especializados em decorrência de sua menor complexidade estrutural (KRUGLIANSKAS e TERRA, 2003). Acredita-se que uma maneira eficiente das pequenas empresas permanecerem no mercado competitivo e diminuir algumas deficiências estruturais é a formação de redes e elaboração de projetos em conjunto (LOPEZ e VECCHI, 2000). A globalização dos mercados e da produção está pondo em questão a competitividade das pequenas empresas: “a não ser que a pequena empresa tenha um bom nicho de mercado local, dificilmente terá alcance globalizado se continuar atuando de forma individual” (CASAROTTO FILHO e PIRES, 2001, p. 25). 3. Aglomerados Produtivos Locais Os elementos de estrutura de uma rede no meio empresarial, através de uma comparação de elementos morfológicos genéricos, são definidos por Jorge Britto (2002), a saber: os nós (empresas ou atividades), as ligações (relacionamento entre organizações), os fluxos (de bens e informações) e as posições (estrutura de divisão do trabalho). A forma, então, que se 3 XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO A integração de cadeias produtivas com a abordagem da manufatura sustentável. Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2008 estrutura a rede depende das conexões entre os nós, fato que permite uma flexibilidade na ação conjunta da estrutura formada. O termo aglomeração tem como aspecto central a proximidade territorial de agentes econômicos, políticos e sociais (empresas e outras instituições e organizações públicas e privadas). Uma questão importante, associada a esse termo, é a formação de economias de aglomeração, ou seja, as vantagens oriundas da proximidade geográfica dos agentes, incluindo acesso a matérias-primas, equipamentos, mão-de-obra e outros (BRITTO, 2002). Dentro de uma definição genérica, é possível incluir os mais variados tipos de aglomerados citados na literatura, onde várias terminologias foram criadas no intuito de melhor expressar as principais características e especificidades dos mais variados tipos de aglomerações de empresas (BRITTO, 2002). A este respeito Helena M.Lastres e José Eduardo Cassiolato (2003) comentam que Arranjos Produtivos Locais (APL’s) são aglomerações territoriais de agentes econômicos, políticos e sociais, com foco em um conjunto específico de atividades econômicas. Dessa forma, esses autores preferem utilizar o termo Sistemas Produtivos e Inovativos Locais (SPIL’s): arranjos em que interdependência, articulação e vínculos consistentes resultam em interação, cooperação e aprendizagem, com potencial de gerar incremento da capacidade inovativa endógena, da competitividade e do desenvolvimento local (LASTRES e CASSIOLATO, 2003, p.27). Arranjos Produtivos Locais (APL’s) são aqueles casos que não apresentam significativa articulação entre os agentes e que, assim, não podem se caracterizar como sistemas (LASTRES e CASSIOLATO, 2003). Apesar de academicamente serem apresentados vários termos para as aglomerações existentes, o termo mais usado nos trabalhos práticos junto às empresas é Arranjo Produtivo Local (APL). Dessa forma, os vários termos definidos serão utilizados neste trabalho como sinônimos e estarão se referindo aos conceitos anteriormente apresentados, inclusive Configuração Produtiva Local (CPL). 3.1 Vantagens Competitivas de Aglomerações de Empresas A globalização dos mercados e da produção está pondo em questão a competitividade das pequenas empresas: “a não ser que a pequena empresa tenha um bom nicho de mercado local, dificilmente terá alcance globalizado se continuar atuando de forma individual” (CASAROTTO FILHO e PIRES, 2001, p. 25). Para esses autores, as empresas ganham competitividade quando inseridas em uma rede. Dividem as redes em top-down quando uma grande empresa coordena sua cadeia de fornecedores em vários níveis; e redes flexíveis quando composta por pequenas e médias empresas. Afinal, as pequenas empresas normalmente são mais flexíveis e ágeis do que as grandes empresas nas funções produtivas. Se as pequenas empresas puderem agregar vantagens de grandes empresas, tais como funções de logística, marca ou tecnologias, terão grandes chances de competição (CASAROTTO FILHO e PIRES, 2001, p. 42). A este respeito, Jorge Nogueira de Paiva Britto (2002, p. 348) destaca que 4 XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO A integração de cadeias produtivas com a abordagem da manufatura sustentável. Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2008 a presença de externalidades em rede, em determinados mercados, reflete a existência de efeitos diretos e indiretos da interdependência entre as decisões de agentes que neles atuam. As MPE's inseridas em aglomerados produtivos locais não se beneficiam somente das externalidades existentes, mas, também, de um ambiente facilitador da aprendizagem coletiva e redutora de incertezas dinâmicas através das redes horizontais, verticais e de cooperação (SANTOS, CROCCO e LEMOS, 2003). Através das redes horizontais, as MPE's podem coletivamente atingir economias de escala acima da capacidade individual de cada empresa; realizar compras conjuntas de insumos; atingir uma escala ótima usando o maquinário; realizar marketing conjunto; e combinar suas capacidades de produção para atender pedidos de grande escala. Através de redes verticais, as MPE's podem se especializar nos seus negócios e reduzir os riscos associados à introdução de novos produtos. Por outro lado, através da cooperação, é possível o desenvolvimento da aprendizagem coletiva, onde idéias são trocadas e desenvolvidas e o conhecimento compartilhado, numa tentativa coletiva de melhorar a qualidade de produtos e processos, coordenar ações e realizar a resolução de problemas conjuntamente. 4. Metodologia Apesar da pequena participação das Micro e Pequenas Empresas (MPE´s) de forma mais efetiva e estruturada, com práticas e programas gerenciais no mundo empresarial, optou-se por trabalhar com pequenas empresas, e fornecer subsídios a estes pequenos empresários sobre a viabilidade de interação entre os diversos agentes sociais e as relações de troca na cadeia produtiva, que não incluem somente os aspectos econômicos, mas também as relações de confiança e normas éticas. A Configuração Produtiva Local (CPL) em análise surgiu na década de 1970, com a instalação na cidade de três grandes empresas do setor de confecção. Uma delas pertencente a um empresário do setor e originário do estado do Espírito Santo e duas outras se formaram através de iniciativas de empreendedores da região. Conforme dados da pesquisa desenvolvida pelo SEBRAE (2004) em conjunto com o Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a quantidade de empresas formais do setor de confecção de São Gonçalo, em 2004, atingia o total de 124 empresas com 3225 empregados. Os principais focos de concentração das MPE's no município estão localizados nos bairros de Alcântara, Rocha e Nova Cidade. Este último conta com a recente instalação de um shopping: Shopping das Fábricas que foi construído através de investimento particular de um empresário local, com a finalidade de servir como pólo concentrador de negócios para as empresas do setor de confecção da região. É composto por 23 lojas, um restaurante, banheiros e área de repouso para motoristas. A amostra pesquisada foi de 34 empresas, sendo 20 microempresas e 14 pequenas empresas, que atuam legalmente na CPL do setor de confecção de São Gonçalo/RJ no período de junho a setembro de 2006. Portanto, esta pesquisa não contemplou as MPE's informais da região. A maior parte das empresas encontra-se em atividade há vários anos, quase metade tem entre cinco e dez anos e 44% possuem mais de dez anos, o que aponta para certa estabilidade das empresas do ramo de confecção do município de São Gonçalo. A maioria das MPE's entrevistadas (97%) é independente e uma minoria (38%) é de origem familiar. Em relação ao nível de escolaridade dos micro e pequenos empresários entrevistados, 50% possuem nível de 5 XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO A integração de cadeias produtivas com a abordagem da manufatura sustentável. Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2008 escolaridade superior, 44% ensino médio e apenas 06% ensino fundamental. Os entrevistados contatados são proprietários das MPE's do setor de confecção da região. Este Estudo de Caso, de abordagem quali-quantitativa, utilizou entrevista semi-estruturada como método de coleta de dados. A apresentação dos resultados utilizou estatística descritiva e foram organizadas em categorias. Posteriormente, os resultados foram tratados segundo a análise de conteúdo. As questões que serviram de roteiro para as entrevistas foram levantadas a partir dos estudos desenvolvidos por Robert Putnam (2000). 5. Apresentação e Análise dos Resultados Os resultados foram separados em categorias, a saber: participação cívica local; grau de confiança, cooperação e trabalho em equipe; grau de compartilhamento de informações; regras sociais na CPL. 5.1 Apresentação dos resultados - Participação cívica local De um total de trinta e quatro micro e pequenos empresários entrevistados, apenas 24% responderam que participam de atividades cívicas no interior da CPL e 76% que disseram que não participam. Um dos motivos para a pouca participação, pode ser associado ao baixo grau de difusão de informações acerca de iniciativas de apoio institucional dirigidas às MPE's locais, pois apenas 12 dos entrevistados possuem conhecimento da existência do projeto de revitalização do setor de confecção de São Gonçalo, ao passo que 22 o desconhecem. O objetivo do projeto de revitalização do setor, que encontra-se em andamento, é contribuir para o aumento da capacidade competitiva e para o desenvolvido sustentável das MPE's do setor de confecção de São Gonçalo e região. Foi lançado em 2005, sob a liderança do SEBRAE e contando com a participação da Prefeitura local, SESI, SENAI, SENAC, universidades e bancos locais. Uma outra possível razão, para o baixo grau de participação cívica existente, pode estar relacionada à inexistência de exemplos anteriores de colaboração cívica bem sucedida (PUTNAM, 2000), pois os exemplos observados na CPL (cursos e duas participações em eventos externos) são raros, incipientes e, na opinião de alguns micro e pequenos empresários, de sucesso duvidoso. O baixo nível de desenvolvimento dos sistemas de participação cívica local, que compromete a formação de lideranças capazes de identificar, organizar e encaminhar pleitos coletivos (PUTNAM, 2000) é evidenciado pela inexistência de um Sindicato Patronal representativo e atuante na região. Observa-se que o Sindicato Patronal foi apontado, por todos que fizeram menção a sua existência, como inoperante e sem nenhum poder de representação legal. Em conformidade com Robert Putnam (2000), os sistemas de participação cívica representam uma ampla gama de possibilidades de cooperação horizontal. São participações em que cada um tem um grau de pertencimento e de importância relativamente igual e que possibilitam um melhor fluxo de informações e estimulam a confiança e a cooperação. Dentre os principais motivos apontados pela maioria dos entrevistados, como inibidores à participação cívica das MPE's, destacam-se: alto grau de desconfiança existente entre os 6 XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO A integração de cadeias produtivas com a abordagem da manufatura sustentável. Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2008 agentes locais e questões ligadas ao SEBRAE, enquanto líder do projeto de revitalização que se encontra em andamento. Em relação ao alto nível de desconfiança, talvez reflita o baixo grau de compartilhamento de normas e valores entre os agentes locais, como também a falta de interesse em subordinar propostas individuais às coletivos (FUKUYAMA, 1996). Evidências neste sentido apontam para baixa capacidade das MPE's em se associarem uma as outras. Quanto às questões relacionadas ao SEBRAE, referem-se à falta de apoio às propostas de trabalho apresentadas, a longa duração das reuniões, aos poucos benefícios conquistados e a falta de objetividade na condução das reuniões. Outro aspecto que foi citado como inibidor à participação das MPE's no projeto liderado pelo SEBRAE diz respeito ao local onde são realizadas as reuniões do projeto: o Shopping das Fábricas. Do total de oito MPE's que participam do projeto, apenas duas não possuem lojas de varejo no interior do Shopping. Observa-se que o projeto tornou-se quase que uma exclusividade das MPE's que possuem lojas no Shopping, deixando à margem uma maioria considerável de MPE's da região Apesar do baixo grau de participação cívica das MPE's locais, observa-se um relativo consenso entre as mesmas no tocante ao engajamento em ações coletivas intra CPL, podendo proporcionar benefícios que dificilmente seriam alcançados através de ações isoladas. - Grau de confiança, cooperação e trabalho em equipe Capital Social expressa, basicamente, a capacidade de uma sociedade estabelecer laços de confiança interpessoal e redes de cooperação cujos benefícios são comuns a todo o grupo ou a toda sociedade (FUKUYAMA, 1996). Conforme Robert Putnam (2000), quando aponta que onde a desconfiança impera as instituições são frágeis, observa-se que as MPE's de confecção de São Gonçalo, mostram-se, em sua maioria, incapazes de construir relações de cooperação e trabalho em equipe que permitam uma progressão de suas respectivas habilidades. Por um lado, a inexistência de associação empresarial capaz de promover ou fazer com que este conjunto de MPE's atue como cadeia, pode justificar a pouca integração em termos de relações de trabalho em equipe. Por outro lado, a dificuldade de estabelecer cooperação horizontal pode estar vinculada à incapacidade das MPE's locais em superar os conflitos da competição de mercado, como também os elevados níveis de desconfiança existente. A confiança é definida por Francis Fukuyama (1996) como sendo a expectativa de reciprocidade que pessoas de uma comunidade, baseadas em normas partilhadas, têm acerca do comportamento dos outros. Quem sente e sabe que pode confiar recebe mais colaboração e aproveita melhor as oportunidades que aparecem. Algo bem diferente da realidade observada na CPL em estudo, onde o clima de desconfiança existente impõe uma espécie de ônus sobre todas as atividades econômicas dificultando, por exemplo, o desenvolvimento do projeto de revitalização do setor que encontra-se em andamento, bem como a conquista dos principais benefícios esperados pelos próprios micro e pequenos empresários locais. - Grau de compartilhamento de informações Na CPL pesquisada os contatos entre a maioria das MPE's são raros. As MPE's, em sua maioria, vivem num mundo fragmentado, conhecem e se comunicam, quando muito, com seus concorrentes mais próximos e familiares e, mesmo assim, sobre assuntos que não 7 XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO A integração de cadeias produtivas com a abordagem da manufatura sustentável. Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2008 comprometam sua posição no mercado. De forma idêntica, os canais de troca de informações entre as MPE's e o SEBRAE são frágeis e deficientes, haja vista que 65% responderam que desconhecem o projeto de revitalização do setor de confecção de São Gonçalo que se encontra em andamento. Em conformidade com Robert Putnam (2000), quanto maior for a comunicação (tanto direta quanto indireta) entre os agentes, maior será a confiança mútua e mais facilidades as empresas terão para cooperar. Em situações adversas, como as observadas nesta pesquisa, a deficiência dos sistemas de informação compromete a possibilidade de geração de confiança e cooperação e, por conseguinte, a obtenção dos ganhos provenientes da eficiência coletiva. Cabe lembrar que, no atual contexto de acirrada competitividade entre as empresas, a capacidade das empresas em transformar informações em conhecimentos, através de seus processos de aprendizado, torna-se fundamental para seu desempenho competitivo (LA ROVERE , 2003; GONÇALVES, e SIMONETTI, 2006). Não existe na CPL uma Associação Empresarial capaz de processar temas de interesses das MPE's locais que facilite e estimule a comunicação. Cremos que esta dificilmente será criada através de iniciativas exclusivas dos próprios micro e pequenos empresários em função dos altos níveis de desconfiança existente entre os mesmos. Os próprios micros e pequenos empresários reconhecem a dificuldade da implantação de práticas cooperativas na ausência de espaços institucionais que o promovam. Visto que a participação das MPE's e instituições locais na definição de uma política de informação são de fundamental importância para o sucesso da promoção e fortalecimento do capital social da região, à medida que as relações puramente de mercado mostram-se incapazes de estimular o compartilhamento de informações e conhecimentos requeridos (ALBAGLI e MACIEL, 2003), surge na CPL uma grande oportunidade de atuação concreta do SEBRAE. O papel do SEBRAE, agindo como agente facilitador seria o de promover as relações entre as MPE'SS locais estimulando a comunicação e o desenvolvimento de ações conjuntas em busca do ganho de eficiência coletiva. A definição de uma gestão da informação, que deve ter como objetivo principal promover a comunicação entre as MPE'SS locais e instituições, poderia ser o primeiro passo para o desenvolvimento das relações de confiança e cooperação na CPL e, por conseguinte, da promoção e fortalecimento do capital social da região. - Regras sociais na CPL As relações entre as MPE's locais são estabelecidas, em sua maioria, na informalidade e desprovidas de amparo por parte de qualquer instituição formal que seja. Entre os respondentes 73,5% não acreditam ter ações punitivas e 26,5% responderam afirmativamente. A ausência de ação ou iniciativa dirigida à criação de normas que garantam o cumprimento de contratos, possibilita ações de oportunistas, alimenta os baixos níveis de confiança e aumenta os custos de transação (PUTNAM, 2000). Alguns relatos obtidos nas entrevistas, e que reforçam os possíveis impactos decorrentes da ausência de regras sociais na CPL, dão conta da existência de alguns micro e pequenos empresários que, na clara intenção de obterem vantagens individuais, descumprem facilmente acordos previamente pactuados. Normas sociais dão sentido à sociedade, orientam ações, tornam previsíveis determinados comportamentos, conferem textura e densidade à sociedade (ROCHA e SIMONETTI, 2007). 5.2 Análise dos resultados 8 XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO A integração de cadeias produtivas com a abordagem da manufatura sustentável. Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2008 Constatou-se que os vínculos estabelecidos entre as MPE's locais são frágeis e inconstantes, quando existentes. A confiança, um componente básico para fortalecimento do aglomerado que promove a cooperação, não foi encontrado entre as MPE's investigadas. Observou-se, pelo contrário, um alto grau de desconfiança existente entre os gestores dessas micro e pequenas empresas. Essa desconfiança torna as MPE's incapazes de construírem relações de cooperação e trabalho em equipe, impedindo, dessa forma, a progressão de suas respectivas habilidades, bem como, a conquista de um gama de benefícios que são almejados pelas próprias MPE's locais, tais como treinamentos/cursos, melhoria da imagem da CPL e da infraestrutura local. Robert Putnam (2000) e La Rovere (2003) explicam esta questão quando destacam a importância dos vínculos e cooperação entre os componentes de uma rede. Empresas ligadas em rede é uma nova forma de estimular o desenvolvimento de localidades carentes como menciona Osmar Terra (2000): [...] a saída para combater a exclusão social e promover avanços sociais junto com o crescimento econômico nestas localidades, é o desenvolvimento local integrado e sustentável, preparado de forma participativa pela comunidade e executado com a ajuda de vários parceiros (TERRA,2000, p.14) Constitui-se, na verdade, de estruturas de apoio ao desenvolvimento local e, onde novos atores sociais comparecem como elementos-chave no processo de desenvolvimento desse espaço. Mas o clima de desconfiança mútua existente impõe uma espécie de ônus sobre todas as atividades econômicas das próprias MPE's locais de São Gonçalo. Essa desconfiança reflete no baixo nível de cooperação encontrado, que por sua vez, dificulta a obtenção de possíveis ganhos provenientes da aglomeração territorial de empresas, bem como, o desenvolvimento local. Em relação aos sistemas de troca de informações e idéias, cujo êxito fortalece a confiança mútua e estimula a cooperação, observa-se em linhas gerais, que os contatos entre as MPE's locais são raros. De forma idêntica, os canais de troca de informações entre o SEBRAE e as MPE's são frágeis e deficientes, haja vista o baixo número de MPE's locais que conhecem o projeto de desenvolvimento do setor que encontra-se em andamento. Estes resultados corroboram com os estudos dos autores Wanderley, Péricard e Melo (2006) quando mencionam que a empresa não deve limitar suas ações às exigências legais. Ela deve agir por decisão própria, tornando a preocupação social parte integrante de suas crenças e valores. Em relação aos sistemas de participação cívica, os resultados da pesquisa nos permitem observar que há incapacidade das MPE's locais em superar a força e tradição dos vínculos existentes (principalmente os relativos à desconfiança e ao oportunismo). O baixo nível de participação cívica, que fica evidenciado pela inexistência de um Sindicato Patronal representativo e atuante na CPL, impede a formação de legítimas lideranças que sejam capazes de identificar, organizar e encaminhar pleitos coletivos. Na ausência dessas lideranças, as associações comerciais ou agências de fomento podem atuar como elementos catalisadores do processo de desenvolvimento por meio da promoção de ações conjuntas das MPE's. Na visão de Bernardo Kliksberg (2001, p.85) “Não se trata de voltar às visões onipotentes do Estado, mas de pensar num modelo estatal diferente, numa relação de redes muito produtivas, com a sociedade civil em todas as suas expressões”. Parece haver amplo espaço para uma revalorização das políticas públicas principalmente com a eclosão crescente dos 9 XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO A integração de cadeias produtivas com a abordagem da manufatura sustentável. Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2008 problemas sociais. A compreensão do desenvolvimento com o foco no local. Nesse contexto, a idéia orientadora deve ser de estimular, direta e indiretamente, as iniciativas das MPE's, sobretudo através de ações que permitam que as boas reputações existentes sejam difundidas, que os êxitos de colaborações passadas sejam valorizados, que promovam regras de reciprocidade e aumentem os custos potenciais para qualquer tipo de transgressão. Este estudo constatou, também, uma ausência preocupante das políticas públicas municipais voltadas para região. As iniciativas de articulação institucional observadas são resultados de ações do SEBRAE que podem até atender as necessidades imediatas, mas como são isoladas e de curto prazo, parecem não gerar resultados duradouros. Verifica-se, portanto, que há um grande espaço para ser efetivamente ocupado pelas entidades que assinaram o acordo de apoio às Micro e Pequenas Empresas do setor de confecção de São Gonçalo. Em relação às regras sociais, as relações entre as MPE's são em sua maioria, desprovidas de amparo por parte de qualquer instituição formal. Observa-se que estas relações são bastante informais, o que não define compromissos estruturados. No geral, a análise dos resultados revelou que todos as categorias confiança, normas e sistemas não se apresentaram satisfatoriamente desenvolvidos entre as MPE's da CPL do setor de confecção do município de São Gonçalo/RJ. 6. Conclusão Em relação ao atendimento do objetivo geral, os dados encontrados produzem evidências que indicam estarem as relações entre as MPE´s locais de São Gonçalo se encontram frágeis, desarticuladas, sem indicadores, instrumentos de avaliação e, ainda, no estágio inicial, dificultando a promoção e o fortalecimento do aglomerado. De forma geral, prevalece o isolamento das MPE's locais, o que reforça as rivalidades existentes e compromete o poder de representatividade e atuação do Sindicato Patronal local. Em suma, todas as declarações dos micro e pequenos empresários entrevistados indicam descontentamento com o baixo grau de cooperação entre as empresas e a dificuldade de estabelecimento de práticas cooperativas, salvo alguns poucos esforços mais recentes. Por isso, acredita-se que um aglomerado local de empresas, por si só, não assegura as condições de desenvolvimento. A ausência de confiança, cooperação e trabalho em equipe entre os agentes, deve ser questão central a ser sanada. O Sindicato Patronal da região foi avaliado pelas MPE's, como inoperante e sem nenhum poder de representação legal. Assim, o SEBRAE pode exercer um papel chave, devendo para tanto, reavaliar sua forma de atuação para que possa desempenhar uma liderança que facilite e estimule a comunicação e seja capaz de traduzir e representar os verdadeiros anseios e necessidades da maioria das MPE's locais. Não existe na CPL uma agência ou fórum capaz de processar temas de interesse das MPE's que facilite e estimule a comunicação e conhecimento. Um dos motivos pelos quais as empresas não gerenciam o conhecimento, é que ele não vem acompanhado de instrumentos mensuráveis – o papel usado na impressora, o cartucho de tinta, as horas de um palestrante. As pessoas não dão muita atenção ao capital intelectual, pelo fato de não se poder enxergar os ganhos provenientes dele. No atual estágio, qualquer agente que tente liderar a CPL de confecção de São Gonçalo terá dificuldades de legitimar-se frente às MPE's locais. Entende-se que num ambiente onde prevalece a desconfiança, falta de cooperação e oportunismo, a dimensão dos sistemas de participação cívica é aquela, que por excelência, 10 XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO A integração de cadeias produtivas com a abordagem da manufatura sustentável. Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2008 pode proporcionar vantagens coletivas e desenvolver os níveis de confiança e cooperação da comunidade. De qualquer forma e independente das barreiras observadas, a definição de uma política de gestão de informações, com participação das MPE's e instituições locais na definição desta política é de fundamental importância para a promoção e fortalecimento da região. Isto porque, a organização dos fluxos de informações possibilita que as MPE's possam desenvolver sistemas que não permitem apenas trocar informações dentro da CPL, mas também, utilizar estas informações para o desenvolvimento dos laços de confiança e de cooperação. Mesmo em comunidades onde são baixos os níveis de desenvolvimento dos sistemas de participação cívica, como no caso específico da CPL em estudo, ainda é possível mudar hábitos e dinâmicas sociais de forma a produzir capital social. Referências ALBAGLI, S ; MACIEL, M. L. Capital social e desenvolvimento local. In: LASTRES, H.M.M.; CASSIOLATO, J.E.; MACIEL, M.L. (orgs.) Pequena Empresa: Cooperação e desenvolvimento local. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2003. BRITTO, J.N. de P. Cooperação Interindustrial e Redes de Empresas. In KUPFER, D. e Hasenclever (orgs). Econômica Industrial: fundamentos teóricos e práticos no Brasil. Rio de Janeiro: Campus, 2002. CASAROTTO FILHO, N. e PIRES, L. H. Redes de pequenas e médias empresas e desenvolvimento local: estratégias para conquista de competitividade global com base na experiência italiana. São Paulo (SP): Atlas, 2001. CASSIOLATO, J.E.; LASTRES, H.M.M. O foco em arranjos produtivos e inovativos locais de micro e pequenas empresas. In: LASTRES, H.M.M. ; CASSIOLATO, J.E. ; MACIEL, M.L. (orgs.) Pequena Empresa: Cooperação e desenvolvimento local. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2003. CÊRA, K. e ESCRIVÃO FILHO, E. Particularidades de gestão da pequena empresa: condicionantes ambientais, organizacionais e comportamentais do dirigente. In EGEPE–Encontro de estudos sobre empreendedorismo e gestão de pequenas empresas. Anais Brasília, 2003. FUKUYAMA, FRANCIS. Confiança: as virtudes sociais e a criação da prosperidade. Tradução de Alberto Lopes. Rio de Janeiro: Rocco, 1996. GONÇALVES, A. A.; SIMONETTI, V. M. M. Gestão das farmácias hospitalares através da padronização de medicamentos e utilização da curva ABC. In: ENCONTRO SIMPEP, 13., 2006, Bauru. Resumo dos trabalhos. São Paulo: SIMPEP. KLIKSBERG, Bernardo. Falácias e Mitos do desenvolvimento social. São Paulo: Cortez, 2001. KRUGLIANSKAS, Isak; TERRA, José Claudio Cyruneu . Gestão do conhecimento em pequenas e médias empresas. Rio de Janeiro (RJ): Campus, 2003. LA ROVERE, R. Estratégias competitivas em sistemas de micro, pequenas e médias empresas: a importância da gestão de informações.In: LASTRES, H.M.M. ; CASSIOLATO, J.E. ; MACIEL, M.L. (orgs.) Pequena Empresa: Cooperação e desenvolvimento local. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2003 11 XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO A integração de cadeias produtivas com a abordagem da manufatura sustentável. Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2008 LEONE, Nilda M. de C. P. G. A dimensão física das pequenas e médias empresas: à procura de um critério homogeneizador. Revista de Administração de Empresas (RAE/FGV), São Paulo: EAESP/FGV, v.31, nº2, p.5359, Abril/Junho, 1991. LONGENECKER, Carlos Justin G.; MOORE, C. W.; PETTY, J. W. Administração de pequenas empresas: ênfase na gerência empresarial. São Paulo (SP): Makron Books, 1997. LOPEZ, Paulo Ancona; VECCHI, Ana. A nova era do franchising: desvendando os segredos das franquias de qualidade. São Paulo (SP): Infinito, 2000. PUTNAM, ROBERT D. Comunidade e democracia: a experiência da Itália moderna. Tradução de Luiz Alberto Monjardim. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2000. ROCHA, F.A.D; SIMONETTI, V. M. M Responsabilidade Social Empresarial: O Caso Mundo Verde. XXVII ENEGEP – Foz do Iguaçu (PR), outubro 2007. WANDERLEY, L. S. O; PÉRICARD, C. M e MELO, M. J. Responsabilidade Social das Empresas no Brasil: tipos de responsabilidade para a sustentabilidade empresarial. XXVI ENEGEP – Fortaleza (CE), outubro 2006. p. 1-9. SANTOS, F. ; CROCCO, M. ; LEMOS, M. B. As micro, pequenas e médias empresas em espaços industriais periféricos: estudo comparativo entre arranjos produtivos locais de subsistência e centro-radial. In: LASTRES, H.M.M. ; CASSIOLATO, J.E. ; MACIEL, M.L. (orgs.) Pequena Empresa: Cooperação e desenvolvimento local. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2003. SEBRAE/RJ; GEI/IE/UFRJ. Potencial competitivo das empresas de confecção do Estado do Rio de Janeiro: A CPL de confecções da região metropolitana Fluminense. (dez.2004). Disponível em http://sebraerj.com.br/veja mais produtos e projetos/potencial competitivo das empresas de confecção do estado do Rio de Janeiro. Consultado em 31.10.2005. TERENCE, Ana Cláudia F. Planejamento estratégico como ferramenta de competitividade na pequena empresa. Dissertação de Mestrado. São Carlos, Engenharia de Produção, EESC-USP, 2002. TERRA, Osmar. Desenvolvimento local - práticas inovadoras. Rio de Janeiro: Cadernos da Oficina social, n.5, 2000. 12