A Química Verde como contexto para o ensino de conceitos de Química Orgânica e o desenvolvimento profissional inicial na graduação Marcelo Gouveia Nascimento, Marco Antonio Bueno Filho Universidade Federal do ABC - UFABC, Santo André, 09210-580, Brazil. e-mail: [email protected] INTRODUCÃO O ensino de conceitos relacionados à Química Orgânica, frequentemente é tido como de difícil cognição. Produções recentes apontam que tal fato se deve às abordagens de conteúdos de forma descontextualizada. Neste trabalho, utilizamos os domínios da contextualização proposto por De Jong (2008) vinculados aos conceitos estruturadores do ensino de Química Orgânica (MULLINS, 2008) e aos preceitos da Química Verde (TROST, 1991). Propomos um modelo norteador para o planejamento de tarefas relacionadas ao ensino de síntese orgânica. Tal modelo estaria prioritariamente vinculado aos domínios científico e tecnológico, da prática profissional e da atuação em sociedade, adequados ao desenvolvimento de competências para a formação profissional inicial de estudantes de graduação. A Química Verde, ao longo dos últimos anos, tem sido introduzida como disciplina nos currículos universitários com o concomitante desenvolvimento de materiais educacionais (HEINHORST, 2001). Analogamente, a contextualização do ensino de Química tem sido destacada em vários trabalhos. Para De Jong (2008) a contextualização deve ser dada com base nos domínios de origem: Domínio Pessoal, Domínios Social e da Sociedade, Domínio da Prática Profissional e Domínio Científico e Tecnológico. Cabe ressaltar que, muito embora a literatura recente tenha abordado a contextualização no ensino de Química, não encontramos estudos que tratem de modo aprofundado como se dá a profissionalização de alunos de graduação, aqui entendida como o desenvolvimento de competências alinhadas à aprendizagem de conceitos químicos. RESULTADOS E DISCUSSÕES Mullins (2008) alega que organizar a apresentação dos conceitos relacionados à Química Orgânica com base no que seriam elementos fundamentais para a aprendizagem: Eletronegatividade, Ligação Covalente Polar, Efeito estérico, Efeito indutivo, Ressonância e Aromaticidade é uma abordagem conceitual efetiva e inibidora da aprendizagem mecânica. Nesse sentido, a figura 1 apresenta a possível consonância entre os conteúdos relacionados à Química Verde, os pilares norteadores da Química Orgânica e os Domínios de Origem da contextualização. CONCLUSÕES Neste trabalho, utilizamos os domínios da contextualização proposto por De Jong (2008) para nortear o planejamento de tarefas pautadas nos preceitos da Química Verde para alunos de graduação. Acreditamos que as definições deste autor representam uma importante contribuição às discussões acerca do papel na contextualização no ensino. Vale ressaltar que analisando o caso do uso da Química Verde como contexto nem sempre contextualizar significaria relacionar conteúdos à vida cotidiana. REFERÊNCIAS DE JONG, ONNO. Context-based Chemical Education: How to Improvite it?. Chemical Education International, v. 08, n. 1, 2008. HEINHORST, S.; CANNON, G.; Water, water, everywhere, nor any drop to drink. Journal Chemical Education. 2001, 81, 170 – 171. MULLINS, J. J.; Six Pillars of Organic Chemistry. Journal Of Chemical Education, 2008. V. 85, n.1, p. 83-87. TROST, B, M. The atom economy: A search for synthetic efficiency. Science, v. 254, p. 1471-1477, 1991.