TRABALHANDO COM GRUPOS
INTRODUÇÃO
• “Aprender a com + viver é o desafio do novo
milênio”. (Osório,2000)
• O ser humano sai do espaço individual para sua
inserção no coletivo.
• O ser humano é gregário, só existe ou subexiste
em função de seus inter-relacionamentos grupais.
Desde que nasce , interage e convive com
diferentes grupos (família, escola, amigos,
trabalho..).
MUDANÇA DE PARADIGMA
Modelo linear
• Determinista, mecanicista, vigente desde os
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tempos de Gallileu e Descartes.
Procura uma causa para cada efeito. Resolvese em partes e reconstitui a partir dessas
partes.
As partes não podem interagir para não afetar
o conjunto.
Relação linear entre as partes
Modelo circular (sistêmico)
• Constituída de partes em interação.
• Efeitos podem retroalimentar suas
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•
supostas causas dentro do sistema.
Os observadores podem modificar, pela
interação, o que estão a observar.
Permite a interdisciplinaridade.
A mudança de uma parte altera todas as
outras partes e o sistema como um todo.
Circularidade
MULTIDISCIPLINARIDADE
• A teoria Geral dos Sistemas abriu uma possibilidade
de comunicação entre disciplinas que estavam isoladas
e como que encapsuladas em seus universos
referenciais
• Crescente especialização que acompanhou o progresso
científico e tecnológico
• Necessidade de estabelecer interfaces entre os
saberes das disciplinas
• Início da multidisciplinaridade
Agrupar profissionais de diferentes disciplinas para que
cada um contribuísse com sua cota de saber não era
suficiente para diminuir os prejuízos da fragmentação
INTERDISCIPLINARIDADE
• Conexão entre as disciplinas, é uma
prática grupal.
• O todo maior que a mera soma das
partes
• a interação,
• a troca,
• o feedback entre essas partes
INTERDISCIPLINARIDADE
Para ser efetiva:
• Haver uma atitude interdisciplinar
interna, Disponibilidade de pensar
Em leque
Não em funil
EFETIVIDADE DE SE
TRABALHAR COM GRUPOS
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Instalação da esperança
Universalidade
Oferecimento de informações
Altruísmo
Desenvolvimento de técnicas de socialização
Comportamento imitativo
Catarse
Reedição corretiva do grupo familiar
Aprendizagem interpessoal
GESTALT
A noção de que o todo é maior do que as
partes constituintes
Observador participa da vivência grupal
TEORIA GERAL DOS SISTEMAS
Princípio da não-somatividade – um
sistema não é a mera soma de suas
partes
Elementos de um sistema em constante
interação
Retroalimentação – feedback
TEORIA DA COMUNICAÇÃO HUMANA
• Duplo vínculo
• Impossibilidade de não comunicar
• Comunicação tem aspectos de conteúdo
e de relação
• Comunicação digital e analógica
• Comunicação simétrica e complementar
Psicodrama
• Método psicoterápico de grupo por
excelência
• Desde o seu início – setting basicamente
grupal
Moreno- médico vienense criador do
psicodrama
Algumas técnicas do psicodrama:
Inversão de papéis
• o protagonista é convidado a trocar de lugar com o
personagem com quem contracena
Espelho:
• protagonista sai de cena
expectador da representação de um ego auxiliar
Identifica como suas as condutas que não consegue
reconhecer como suas
Prospecção ao futuro
• Convidado a imaginar-se num tempo futuro e visualizar
os conteúdos da situação conflitiva
“A grupoterapia,
facilita e aumenta a autonomia,
reforçando a capacidade do paciente,
através de suas atuações e de suas
relações, de ser gestor de sua vida,
menos dependente”.
Mello Filho, 2000
O QUE CARACTERIZA UM GRUPO
• sistema cujas partes se inter-relacionam
• Mais que um somatório de indivíduos,
uma nova entidade, com leis e
mecanismos próprios e específicos
• O grupo deve ser maior que a soma de
suas partes
• Existência de interação afetiva
FENÔMENOS QUE SE REPETEM EM
ALTERNÂNCIA NOS GRUPOS
Rivalidades
Coesão
Reativação de
preconceitos
Resistência à
mudança
Mal entendidos
Alianças
Desagregação
Superação de
preconceitos
Disposição à mudança
Esforços para se
entender
Quanto ao tipo de setting
e o objetivo terapêutico
• Homogêneos – privilegiam a
homogeneidade frente a um determinado
aspecto.
• Heterogêneos – diferentes aspectos
podem estar agrupados.
QUANTO À ENTRADA DE NOVOS MEMBROS
• Aberto : permite a entrada
de novos membros,
sem término definido.
LEQUE
Fechado : não permite
a entrada de novos
membros.
GRUPOS OPERATIVOS
• Teoria elaborada por Pichon Rivièree
(1907-1977) em meados de 1940
• Centralizado na tarefa. Para haver
•
•
aprendizagem tem que haver mudança.
Visam um aprendizado, conectado a uma
mudança.
Centrados na mobilização de estruturas
esteriotipadas, superação da resistência à
mudança.
Elementos básicos dos grupos operativos
Porta voz
• Membro do grupo que em determinado momento diz algo que estava latente ou
implícito, sem ter consciência de estar algo de significação grupal. Denuncia a
enfermidade grupal”
Verticalidade,
• “A história, as experiências e circunstâncias pessoais de um membro do
grupo
Horizontalidade
• Denominador comum da situação grupal, o que em determinado momento é
compartilhado por po todos os membros do grupo, consciente ou
inconscientemente
Bode expiatório
• Papel do paciente como porta-voz das ansiedades do grupo familiar
Teoria do vínculo (1956-1957),
• todo o observador é sempre participante e modifica seu campo de observação.
Usado na Sistêmica como “segunda cibernética”.
RESISTÊNCIA À MUDANÇA
• Na resistência à mudança, ocorrem dois
medos:
• Medo da perda – ansiedade depressiva
• Medo do ataque – ansiedade paranóide
• Medo de encontrar-se vulnerável frente
a uma nova situação
RELAÇÃO DO GRUPO COM A TAREFA
• Cura
• Aprendizagem
• Institucional
REPERCUSSÕES DOS GRUPOS
INSTITUCIONAIS COM USUÁRIOS
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Acolhimento
Fortalecimento dos elos
Maior comunicação equipe-usuário
Incremento da solidariedade
Aumento de informação
Apropriação do problema
Surgimento de atitudes reivindicatórias
Maior consciência de seus direitos
Maior capacidade de verbalização
Surgimento de atividades recreativas e de
integração
Grupos com adolescentes
• Acolhimento
• Flexibilidade na duração do grupo
• Flexibilidade no setting ( ex: pode ser
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debaixo de uma árvore)
Escuta
Respeito
Identificação entre os iguais
Relação de confiança
COORDENADORES DE GRUPO
Quanto à liderança:
• Autocrático
• Laissez-faire
• Democrático
Quanto à função:
• Criar
• Manter
• Fomentar a comunicação entre os
membros do grupo
ATRIBUTOS INDISPENSÁVEIS PARA UM
COORDENADOR DE GRUPO
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Possuir empatia
Não favorecer a discriminação
Aceitar novos modelos de identificação
Estabelecer comunicação como emissor e como
receptor
Ser verdadeiro
Ter senso de humor
Apresentar poder de integração e síntese
Reconhecer e deter quaisquer forças que ameacem a
coesão do grupo (atrasos, ausências, formação de subgrupos,uso de bodes espiatórios).
O trabalho do terapeuta:
Criação e manutenção do grupo
Construção de uma cultura de grupo
Ativação e esclarecimento do aqui e agora,
( trazer sempre pára a situação grupal
do momento)
PROCESSOS OBSTRUTIVOS
• Narcisismo – “não sai de dentro de si mesmo”,
• Inveja – sabota o grupo que participa,
• Arrogância – atribui-se um valor que não tem
•
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e desqualifica os outros,
Servilismo interesseiro – o “bajulador”,
Hipocrisia – subvertem o processo de
mudança.
GRUPOS INSTITUCIONAIS
• Era da individualidade para a
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era da grupalidade
Interdisciplinaridade e parcerias
Lider capaz de captar e traduzir as aspirações
do grupo
Compartilhar o poder na busca de soluções
compartilhadas
Capacidade para identificar e trabalhar com a
equipe os processos obstrutivos
A verdade
Disponibilidade para mudança
Rever posições – “saber voltar atras”.
MEMBROS PROBLEMÁTICOS NOS GRUPOS
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O monopolizador
O silencioso
O aborrecido
O qeixoso que rejeita ajuda
O psicótico ou bipolar
O de caráter difícil
O narcisista
Equipe interdisciplinar
• Quem faz
O que
Quando
Como
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• ZIMERMMAN, David E.;OSORIO, L.C., Como trabalhamos com
Grupos. Porto Alegre: Artes Médicas,1997
• OSORIO, L.C., Psicologia Grupal. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000
• OSORIO, L.C., Grupos, Teorias e Práticas, acessando a era da
grupalidade. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000
• MELLO FILHO, Julio e col.. Grupo e Corpo, psicoterapia de grupo com
pacientes somáticos. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000
• OSORIO, L.C. et all. Grupoterapia Hoje. 2ª edição. Porto Alegre: Artes
Médicas, 2000
• YALOM, Irvin D. LESZCZ,Molyn. Psicoterapia de Grupo,Teoria e
•
•
Prática. Porto Alegre,
Artes Médicas, 2006.
OSÒRIO< L. C., Grupoterapias abordagens atuais. ARTMED, 2007
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Grupos Operativos e interdisciplinaridade