FOLHA LITERÁRIA
Informativo da Fundação Pedro Calmon, n.º 01 - Ano 01 / 14 de março de 2007
160 Anos de Castro Alves
Dia da Poesia
NAVIO NEGREIRO
Foto: Luiz Henrique - ASCOM/FPC
Castro Alves
‘Stamos em pleno mar... Doudo no
espaço
Brinca o luar - dourada borboleta;
E as vagas após ele correm...
cansam
Como turba de infantes inquieta.
‘Stamos em pleno mar... Do
firmamento
Os astros saltam como espumas de
ouro...
O mar em troca acende as ardentias,
- Constelações do líquido tesouro...
‘Stamos em pleno mar... Dois infinitos
Ali se estreitam num abraço insano,
Azuis,
dourados,
plácidos,
sublimes...
Qual dos dous é o céu? qual o
oceano?...
Seus versos foram os que mais perto estiveram da alma nacional junto a seus sonhos republicanos
e abolicionistas. Nascido no município de Cachoeira, em 14 de março, Antonio Frederico de Castro Alves
- ou o Poeta dos Escravos, como é conhecido - marcou a Terceira Geração da Poesia Romântica, levando
para a literatura brasileira os ideais de uma pátria livre, aliados às causas social, moral e à aspiração
política dos liberais. Não é por acaso que o Dia Nacional da Poesia é comemorado na data de seu
nascimento, uma homenagem a esta arte literária que recria a realidade.
A Fundação Pedro Calmon comemora o Dia Nacional da Poesia e o aniversário de 160 anos de
Castro Alves com extensa programação cultural em Salvador e nos municípios baianos de Cabaceiras do
Paraguaçu, antiga Vila do Curralinho, onde nasceu o poeta, e em Castro Alves, cidade onde ele viveu.
Com o apoio da Secretaria da Cultura do Estado, seus órgãos vinculados e das prefeituras desses
municípios, a programação conta com apresentações culturais, como festivais de arte, literatura, poesia,
teatro e música popular. De 26 a 30 de março, será formada a Caravana Castro Alves, com recital de
poesias e visita de poetas às bibliotecas públicas do Estado.
DESTAQUES
O Poeta da
Liberdade.
Págs. 2 e 3
As ações da Fundação
Pedro Calmon.
Pág. 4
‘Stamos em pleno mar... Abrindo as
velas
Ao quente arfar das virações
marinhas,
Veleiro brigue corre à flor dos mares,
Como roçam na vaga as
andorinhas...
(...)
Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
E as promessas divinas da
esperança...
Tu que, da liberdade após a guerra,
Foste hasteado dos heróis na lança
Antes te houvessem roto na batalha,
Que servires a um povo de
mortalha!...
As Homenagens a
Cuíca de Santo Amaro.
Pág. 4
Editorial
CASTRO ALVES, 160 ANOS DE ETERNIDADE
Foto: Luiz Henrique - ASCOM/FPC
Geraldo Maia Santos*
Ubiratan Castro de Araújo
Diretor Geral da Fundação Pedro Calmon
A Fundação Pedro Calmon,
órgão da Secretaria da Cultura do
Estado, cumpre a sua função
institucional de promover a memória, a
história, o livro e a leitura deste Estado
tão rico em produção artística e cultural.
Assim, iniciamos hoje a publicação da
“Folha Literária”, em parceria com a
Empresa Gráfica da Bahia (EGBA) e os
outros órgãos vinculados: IPAC, IRDEB
e Fundação Cultural. A partir de hoje,
abriremos um canal de comunicação
com a sociedade baiana e desta com a
produção literária de poetas, escritores,
cordelistas e demais estimuladores das
letras. Este será também um espaço
para a reorganização da história da
Bahia, através da publicação dos
esforços de historiadores e acadêmicos
em recontar as memórias deste vasto
território. Para celebrar este início nada
mais digno do que uma homenagem ao
Poeta dos Escravos, ao Poeta da
Libertação - Castro Alves, que neste 14
de março, comemoraria 160 anos.
Nesta mesma data, celebramos
também o Dia Nacional da Poesia, e é
o que mais teremos neste dia: poesia
nas praças e ruas de Castro Alves,
Cabaceiras e Salvador.
Além da grandeza da sua obra
literária, Castro Alves foi um grande
visionário: lutou pela República em uma
sociedade monárquica. Clamou pela
Abolição quando todos se beneficiavam
da escravidão. Um homem à frente do
seu tempo, um poeta que buscava a
transformação social.
Valorizar o livro, os autores e
fomentar o gosto pela arte literária era a
missão deste Poeta, sendo também
essa a nossa missão no Governo do
Estado. Assim, a Fundação Pedro
Calmon se une à Empresa Gráfica da
Bahia para cumprir este papel, criando
um espaço para a valorização daqueles
que dignificam, através do seu trabalho
literário, o Estado onde nasceu Castro
Alves.
No dia 14 de março de 1847, nos sertões da Bahia, às margens do Paraguaçu, nascia Antonio Frederico de
Castro Alves, na fazenda Cabaceiras, perto da Vila de Curralinho, hoje cidade de Castro Alves. O filho do Dr. Antonio José
Alves e D. Clélia Brasília da Silva Castro, chamado carinhosamente de “Cecéu”, viveu nos sertões até os sete anos.
Embalado pelos “causos” da negra Leopoldina, escrava, ama-de-leite e mucama que povoou com lendas, cantigas e
histórias de reis, princesas e guerreiros da sua África mãe, a fértil imaginação daquele menino que se tornaria o maior
poeta do Brasil e da América Latina em todos os tempos.
A grandeza de Castro Alves deve-se, principalmente, ao seu comportamento como ser humano, pois dedicou-se
totalmente às causas sociais e libertárias de sua época, como a luta pela libertação do Brasil, dos escravos e das
mulheres, pela libertação da natureza cada vez mais aprisionada e violentada, sendo o primeiro militante feminista e
ecologista do país.
Para todas essas lutas assentou sua arma invencível e eterna: A POESIA. Foram apenas 24 anos, mas que já
duram 160 anos de eternidade. Tentaram, em vão, interromper no episódio do covarde atentado que sofreu em São Paulo,
articulado pela elite escravocrata e submissa aos interesses colonialistas.
Foi na luta pelo fim da escravidão que Castro Alves travou com sua poesia os combates mais renhidos, aos quais
se entregou inteiramente. Tanto que muitas de suas brigas com Eugênia Câmara, musa e maior amante, foram em razão
de destinar quase todo o dinheiro que recebia para a luta anti-escravagista, contribuindo materialmente para a construção
e manutenção de quilombos.
Escapou do atentado, mas não da vingança cruel dos médicos imperialistas, que, por descaso, deixaram,
propositadamente, 37 grãos de chumbo em seu pé, o que lhe valeu uma cirurgia para amputá-lo. Essa amputação o
enfraqueceu até a morte prematura, quando estava em plena atividade e com apenas 24 anos, no dia 06 de julho de 1871,
às 15h30, no Solar do Sodré, atual Colégio Ipiranga.
É autor de “Espumas Flutuantes”, único livro, lançado em 1870, e de diversos poemas imortais e revolucionários
como “Vozes D’África”, “Navio Negreiro”, “O Livro e a América”, “Ode ao Dois de Julho”, “Pedro Ivo”, “Mocidade Morte”,
“Os Escravos”, “O Século”, “O Povo ao Poder” e o drama “Gonzaga ou a Revolução de Minas”.
Castro Alves pode, sem dúvida, ser considerado o maior revolucionário da América Latina, aquele que realmente
lutou para revolucionar o seu tempo em todos os níveis, quando não havia qualquer mecanismo por trás dando ordens ou
acenando com promessas. Sua atitude perante o mundo foi conduzida unicamente pelo juízo, pela emoção, pela vontade,
pela alma e pela poesia que norteou o tempo todo cada gesto de sua lavra infinita.
*Texto construído a partir de consultas ao livro “Castro Alves e o Sonho de Liberdade”, do biógrafo maior e
poeta sempre, Eduardo Teles.
PROGRAMAÇÃO 14 DE MARÇO - DIA DA POESIA
MUNICÍPIO DE CASTRO ALVES - Praça da Liberdade
4h - Alvorada pelas ruas da cidade
9h - Homenagem, recital, apresentação de Filarmônicas e baile
10h - Sessão Solene na Câmara Municipal: Secretário da Cultura do Estado,
Márcio Meirelles, Diretor Geral da Fundação Pedro Calmon, Ubiratan Castro, e
Diretor Geral do IPAC, Frederico Mendonça - Lançamento e entrega do KIT
“Livros à Mão Cheia”
11h - Recital
15h - Apresentação de grupos e artistas locais
17h - Desfile de Fanfarras
19h - Lançamento de livros de Rosângela Góes, Edgard Oliveira e Pe. Edmilson
Ribeiro (Biblioteca Municipal)
20h - Encerramento com show da banda Oliveira, na Praça da Liberdade
PARQUE HISTÓRICO CASTRO ALVES - CABACEIRAS DO PARAGUAÇU
5h - Alvorada de fogos
8h - Missa Campal
9h - Lançamento do projeto “SOPA DE LETRAS”
10h - Lançamento do livro “Castro Alves - Um Parque para o Poeta” do Prof.
Edivaldo Boaventura
10h30 - Recital para Castro Alves
11h - Apresentação do espetáculo “Castro Alves - O Nosso Poeta” (CIA de
Teatro CÉCEU)
12h - Lançamento e entrega do KIT “Livros à Mão Cheia”
13h - Apresentação do Grupo Cultural “Lindroamor e o “Tabuleiro da Pindoba”
15/03/2007 (quinta-feira)
Encontro Poético, na
Biblioteca Infantil Monteiro
Lobato (Nazaré)
SALVADOR
15h - Concentração de poetas no Campo Grande
16h - Passeata Poética até a Praça Castro Alves
17h - Grande Festival de Poesia
Participação: Artpoesia, Biblioteca Prometeu, Gueto Poético, Cria Poesia, Importuno Poético, Casa Poesia Bahia
Brasil, Grupo União e Juventude, Grupo Maccacca e Escola Baiana de Poesia
A FOLHA LITERÁRIA é um informativo produzido pela Assessoria de Comunicação da Fundação Pedro Calmon / Secretaria da Cultura da Bahia
Diretor-geral: Ubiratan Castro de Araújo / Diretoria do Livro, Leitura e Literatura: Geraldo Maia
Jornalista Responsável: André Luís Santana (DRT BA 2226) / Arte e Diagramação Lucas Queiroz / Textos: Jamile Menezes e André Luís Santana
Praça Thomé de Souza - Palácio Rio Branco - Salvador / www.fpc.ba.gov.br / e-mail: [email protected] / Tel.: 3116-6918 / fax.: 3116-6914
O poeta pelos poetas
Hoje, dia 14 de Março de 2007, Dia Nacional da Poesia e 160 anos de eternidade do poeta Castro Alves, novos poetas dão continuidade ao trabalho de
Castro Alves nas praças, ruas e cidades da Bahia e do Brasil. ARTPoesia, Biblioteca Prometeu, Cria Poesia, Importuno Poético, Poetas na Praça, Casa Poesia
Bahia Brasil, Grupo União Integração da Juventude da Cidade Nova, Grupo de Poetas de Bomjuá, Grupo Maccacca e centenas de outros poetas estão a sair
em PASSEATA POÉTICA para marcar com a poesia libertária a presença da luz que demorada chega às ruas da Bahia. Do Campo Grande à Praça Castro
Alves, um Festival de Poesia e Liberdade a concretizar o sonho eterno do nosso poeta maior.
A CASTRO ALVES
Geraldo Maia
existe um povo
engasgado no grito
de gole rasgado
e a goela no gol
traduz o logro
existe um povo
à míngua
filhos e filhas
fazendas favelas
homens mulheres
crianças espremidas
pagam prenda com a vida
no jogo da ambição
existe um povo
ainda
no cabresto da
usura
e lhe custa rasgar
a cartilha da
servidão
existe um povo sim
na ignorância de si
dopado a esmo
pelos corredores
vertiginosos
da cidade sem fim
galé urbana esmagada
à bala e tédio
a morte como remédio
é gado de corte
se abate
e bote no bolso
é gente
e se move
sem sentido e sem razão
é gente tocada
na pontaferrão
seduzida
pela promessa fiada
da exploração
existe um povo
então escravo
então e tão
e um povo novo
quer sair dessa condição
um povo todo
um novo sol
com união
raças no ofício
da libertação
- humano é lindo
um povo existe
mas não se vende
em nenhum mercado
e não se ilude
com nenhum lado da
prisão
um povo se ergue
e se levante
faça levante
e vadiante
o ideal incessante
de vida e de liberdade
POEMA
Bule-Bule
Castro Alves no céu sente
saudades
do batente da casa onde nasceu
Natural do Distrito Curralinho
porém sendo a fazenda cabaceiras
num lugar de ingar e de jaqueiras
tendo o Paraguaçu encostadinho
recebeu dos seus pais todo
carinho
foi amado por quem o conheceu
muitos belos poemas escreveu
para ir declamar na eternidade
Castro Alves no céu sente saudade
do batente da casa onde nasceu
Oh! Ceceu peça a deus e venha à
terra
vê o povo que fala o seu nome
com pequeno salário e muita fome
com ganância, política, escândalo
e guerra
eu que sou um poeta lá da serra
com inspiração que deus me deu
faço este poema que é seu
descrevendo seu dom e a bondade
Castro no céu sente saudade
do batente da casa onde nasceu
Quixabeira, Cocâo e Mão Divina
Conceição do Almeida e Cruz das
Almas
Muritiba perdeu todas as calmas
por seu filho de alma cristalina
ser a pomba da paz mais
nordestina
que a arma da sorte abateu
viu o pão do amor mas não comeu
nem provou o alpiste da amizade
Castro Alves no céu sente saudade
do batente da casa onde nasceu
se o escravo chorava ele sofria
padecia se o escravo apanhava
tinha ódio demais de quem
comprava
tinha raiva mortal de quem vendia
tinha sempre na sua teoria
não prestar quem comprou nem
quem vendeu
liberdade ele sempre defendeu
e morreu cedo sem ver a liberdade
Castro Alves no céu sente saudade
do batente da casa onde nasceu
em Recife, São Paulo e Salvador
sua língua foi lâmina afiada
sua voz estrondou como granada
para ensurdecer o opressor
hoje o nosso poeta defensor
está muito feliz com Galileu
com o tempo o pelourinho morreu
e nasceu um pé de tranqüilidade
Castro Alves no céu sente saudade
do batente da casa onde nasceu
Acontece
Política editorial em debate
Foto: Luiz Henrique - ASCOM/FPC
Livros à Mão Cheia
“Bendito, bendito é aquele que semeia livros, livros a mão cheia e manda o povo pensar; o livro
caindo na alma, é germe que faz a palma, é chuva que faz o mar.” (Castro Alves)
Cerca de 30 mil livros científicos, literários e artísticos, além de Cds,
DVDs e artigos multimídia, financiados pela Secretaria da Cultura do Estado nas
últimas gestões estavam empilhados nos arquivos da Fundação Cultural do Estado
e na Biblioteca Pública do Estado(Barris). Obras de importantes autores baianos e
nacionais como Antonio Brasileiro, Ildásio Tavares, Florisvaldo Matos e Assis Brasil
estão, desde então, à espera da devida distribuição e circulação. A Fundação
Pedro Calmon, em parceria com a Secretaria da Cultura do Estado e orgão vinculados
(IPAC, IRDEB e FUNCEB) leva, portanto, ao conhecimento da sociedade todo
esse conjunto literário através do Projeto “Livros à Mão Cheia”, que contará
com a distribuição de seis mil Kits-Livro com cerca de 50 destas obras, para
bibliotecas comunitárias, escolas, aldeias, quilombos, pontos e casas de cultura
e outras entidades ligadas à promoção da leitura.
O lançamento acontece hoje, 14/03, nos municípios de Cabaceiras de
Paraguaçu e Castro Alves. Estarão presentes o secretário da cultura do Estado,
Márcio Meirelles, o diretor-geral da Fundação Pedro Calmon, Ubiratan Castro de
Araújo, o diretor-geral do IPAC, Frederico Mendonça, e representações políticas
locais. Além disso, cerca de mil volumes serão distribuídos em mãos (cheias),
pelas rua de Salvador, durante a Passeata Poética (ver programação completa na
pág. 2).
Propostas de valorização do escritor e de incentivo à leitura foram
debatidas no Palácio Rio branco, em 14/02, com escritores, poetas,
editoras e o diretor-geral da Fundação Pedro Calmon, Ubiratan
Castro.
Fundação Pedro Calmon discutiu com escritores, poetas e editoras
propostas de politicas editoriais para a Bahia . Entre os temas debatidos estavam:
o escasso mercado de publicação e circulação de livros na Bahia e os incentivos
à leitura.
Os escritores baianos reclamaram das dificuldades enfrentadas devido ao
baixo índice de leitura e ao número reduzido de editoras. “Boa parte dos livros
vendidos na Bahia vem de editoras do Sul do Brasil. E isso não é por falta de
escritores, pois temos muitos e bons”, afirmou o escritor indígena Juvenal Payaya,
da Editora Século XXI. Para ele, o potencial do mercado editorial baiano ainda não
foi revelado. “O autor produz não só cultura, como também riqueza, emprego e
desenvolvimento”, disse.
Programas - O poeta Geraldo Maia, coordenador da reunião, avaliou como
positivo o encontro. “Todos concordam que a solução passa pela fomentação de
novos leitores, um compromisso desta nova gestão”, afirma. Foram destacados os
programas da Fundação Pedro Calmon: Círculos de Leitura, coordenados por
bibliotecárias; Pontos de Leitura, com financiamento de organizações, associações
e entidades que promovam a leitura, escolhidas através de editais públicos; a
retomada dos Saveiros de Leitura, com difusão de livros pela Baía de Todos os
Santos; o projeto Caminhos de Leitura, com escritores em caravanas pelas cidades
do interior e os Agentes Comunitários de Leitura, levando o livro casa-a-casa.
Foto: Luiz Henrique - ASCOM/FPC
Setor Infantil é
referência na
Biblioteca
O setor Infantil da Biblioteca Pública do Estado (Barris) foi palco para a
criatividade e a diversão, com a Oficina Máscaras, Cores e Fantasias e o Baile de
Carnaval, ministrada pelo produtor cultural Lucas de Souza, em 13/02. O espaço é
visitado diariamente pelos pequenos para pesquisas, leituras e para ouvir histórias.
Além de um rico acervo de livros infantis, o setor possui brinquedoteca e uma
gibiteca, onde as crianças desfrutam horas de diversão e conhecimento. (Rua
General Labatut, 27 - Barris - Tel.: 3117-6093)
Centenário
de Cuíca de
Santo Amaro
No dia 19 de março, a Fundação Pedro
Calmon homenageia o cordelista baiano
Cuíca de Santo Amaro que completaria
100 anos nesta data.O poeta popular,
cujo verdadeiro nome era José Gomes,
faleceu em 1964, tendo deixado para a
literatura brasileira, grandes obras,
mostrando sua irreverência e maestria
nas histórias que contava em forma de
Cordel.
Programação (Dia 19/03):
Local: Praça Municipal
9h30 - Exposição Bibliográfica: Cuíca de Santo Amaro e a Literatura de
Cordel
10h - Lançamento do livro “Ele, O Tal”, de Edilene Matos
11h - Apresentação da peça “Ele, O Tal”, do GrupUsina de Teatro
17h - DE RAP’ENTE CORDEL: encontro de cordelistas, repentistas,
emboladeiros e rappers. Participação das duplas: Mariano Imperador e Antônio
Carlos Barreto (cordel); Bule-Bule e Antônio Queiroz; Tranquilino e Paraíba
da Viola; Caboclinho e João Ramos (repente); Palito do Pandeiro e Luciano
Rocha (embolada); Sardinha e Diego; Cosquarque e Lord (RAP)
Local: Biblioteca Pública do Estado (Barris)
14h - Oficina de Cordel com Antônio Carlos Barreto e Oficina de Xilogravura,
com o artista plástico Luís Natividade. Inscrições gratuitas. Tel.: 3117-6063
Download

Folha Literária No. 01 - 160 Anos de Castro Alves