MANUAL DO CURSO
DE LETRAS
Belo Horizonte
2013
2
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 4
2. PROPOSTA DO CURSO .......................................................................................... 5
2.1
Objetivo Geral ....................................................................................................... 6
2.2
Objetivos Específicos .......................................................................................... 7
2.3
Perfil Profissional do egresso ............................................................................. 8
3. ASPECTOS LEGAIS ................................................................................................. 9
4. A PROFISSÃO DO LICENCIADO EM LETRAS ..................................................... 10
4.1
Contextualização ................................................................................................ 10
4.2
Legislações ......................................................................................................... 10
4.3
Cenário Atual ...................................................................................................... 11
5. A SIMBOLOGIA DA LICENTURA EM LETRAS ..................................................... 13
5.1
A Coruja .............................................................................................................. 13
5.2
O anel de formatura ............................................................................................ 13
5.3 O Juramento do Licenciado em Letras ................................................................ 14
6. DIA DO PROFISSIONAL DE LETRAS – 21 DE MAIO ........................................... 14
7. O CURSO DE LETRAS ........................................................................................... 15
7.1
Disciplinas por Período – Currículo 2010/1 ...................................................... 15
7.2
Ementas das Disciplinas.................................................................................... 17
8. ESTÁGIO SUPERVISIONADO .................................................................................. 23
9. TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO ............................................................. 23
10. ATIVIDADES COMPLEMENTARES ....................................................................... 24
11. AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ........................................................................ 25
11.1 Percentual necessário à aprovação por nota .................................................... 26
11.2 Exame Final .......................................................................................................... 26
11.3 Divulgação do Cronograma ................................................................................. 26
12. TRATAMENTO ESPECIAL POR MOTIVO DE SAÚDE .......................................... 26
13.
ELEMENTOS COMPLEMENTARES ................................................................... 27
3
13.1
Extensão .......................................................................................................... 27
14.
INICIAÇÃO CIENTÍFICA ...................................................................................... 27
15.
LÍDER DE TURMA ............................................................................................... 28
16. COLEGIADO ............................................................................................................ 29
17. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL .............................................................................. 29
18. ORGÃOS DE APOIO AO CURSO ........................................................................... 32
18.1 Núcleo de Bibliotecas .......................................................................................... 32
18.2 Centro de Excelência para o Ensino – CEE ....................................................... 32
18.3 Núcleo de Reprografia ......................................................................................... 33
18.4 Laboratório de Informática .................................................................................. 33
18.5 Núcleo de Informações para Avaliação e Reconhecimento de Cursos – NIPAR
....................................................................................................................................... 33
18.6 Unidade de Educação à Distância ...................................................................... 34
18.7 CEAC .................................................................................................................... 34
19. SERVIÇOS OFERECIDOS AOS ALUNOS ............................................................. 34
19.1 Atendimento Psicológico – SOS ......................................................................... 34
19.2 Farmácia Escola ...................................................... Erro! Indicador não definido.
19.3 Seguro Educacional ............................................................................................. 35
REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 35
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1. INTRODUÇÃO
Prezado(a) Aluno(a),
Tendo em vista as mudanças conjunturais da atualidade, tais como a globalização, o avanço da
tecnologia e da ciência, o reconhecimento amplo à diversidade no planeta, torna-se necessário
repensar os processos de estruturação nas sociedades letradas, dentre eles o de formação de
professores e seu papel nos diversos segmentos da sociedade, na busca por paradigmas
educacionais que correspondam a essas transformações.
As tendências do mundo globalizado demandam um repensar sobre a estrutura curricular que
os cursos oferecem aos estudantes que frequentam as universidades e também novas
maneiras de ensinar e de aprender. O repensar dos cursos é, portanto, uma imposição sem a
qual a universidade deixa de cumprir seu papel fundamental: a formação humana de cidadãos
para uma atuação efetiva e uma consciência crítica no mercado de trabalho e na sociedade.
Trata-se, assim, de uma tarefa da mais alta importância, que deverá ser efetivada com o
envolvimento de todo o corpo docente e discente de um curso.
É possível constatar um vasto campo de trabalho na sociedade. As Letras fomentam, na classe
de profissionais, o interesse pela educação, pelo desenvolvimento de planejamentos e
avaliações educacionais que contribuem para o conhecimento humano, tal como é de se
esperar de um ramo que há milhares de anos atende à humanidade, aliado aos objetivos do
homem inserido na sociedade, uma vez que promove o conhecimento e a reflexão sobre a
elaboração cultural mais completa – a língua materna.
Assim, no exercício das atividades cotidianas, o Bacharel em Letras demonstrará notória visão
científica e educativa presentes em ambientes escolares e acadêmicos, bem como em outros
que demandem processos que exijam conhecimento linguístico.
Portanto, seja bem-vindo!
Professora Eliane Maria Freitas Monken
Coordenadora do Curso de Letras – [email protected] e 35162584
5
2. PROPOSTA DO CURSO
A proposta de apresentar um curso de Letras na modalidade a distância deve-se,
segundo o MEC1, ao crescimento, nos últimos cinco anos, da modalidade do ensino a
distância em 270%, enquanto as matrículas para os cursos presenciais para a formação
de professores para a Educação Básica cresceu apenas 17%. E, ainda de acordo com
os últimos resultados do ENADE (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes),
das 13 áreas em que se podem comparar estudantes da educação presencial com
aqueles a distância, observa-se que, em sete cursos, entre eles as Licenciaturas, os
alunos de curso a distância obtiveram melhores resultados do que os alunos de aulas
presenciais.
A opção do ensino a distância também atenderá a uma demanda para formação de
professores da Educação Básica, pois os alunos que estão longe das instituições
educacionais terão acesso facilitado ao ensino, além de atender ao grande número de
pessoas em diferentes localidades e sem gastos com deslocamento. É válido salientar
as facilidades econômicas dos estudantes EaD e o contexto das transformações
tecnológicas que vivem, impondo a ampliação das formas e as melhorias no processo
de aprendizagem.
Gatti (2005) considera que a interatividade, uma das principais qualidades de
programas de EaD, deve ser constante, continuada, atenciosa e cuidada. Segundo a
autora, a interatividade deve ser propiciada por diferentes meios no mesmo programa:
momentos presenciais coletivos, Internet, telefone, videoconferências, telessalas,
teleconferência, dentre outros. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB no art.
47, § 3º define que a Educação a Distância deve ser compreendida como a atividade
pedagógica que é caracterizada por um processo de ensino-aprendizagem realizado
com mediação docente e pela utilização de recursos didáticos sistematicamente
1
Fonte: Ministério da Educação – MEC. Disponível em www.mec.gov.br, Acesso em 17/11/08.
6
organizados, apresentados em diferentes suportes tecnológicos de informação e
comunicação, os quais podem ser utilizados de forma isolada ou combinadamente, sem
a frequência presencial obrigatória de alunos e professores. (BRASIL, 1996). O Decreto
n° 5622, de 19 de dezembro de 2005, em seu artigo 1º, define Educação a Distância
como modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos
de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias da
informação e da comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades
educativas em lugares e tempos diversos. Esse decreto ressalta ainda que a Educação
a Distância organiza-se segundo metodologia, gestão e avaliação peculiares, para as
quais deverá estar prevista a obrigatoriedade de alguns momentos presencias
avaliativos.
É nesse contexto que a proposta do curso de Letras na modalidade a distância foi
pensada e organizada visando assegurar a qualidade, a eficácia e a eficiência da
formação de seus alunos. Visa ainda promover acessibilidade ao cidadão que, por sua
vez, terá a oportunidade de ampliar a sua formação.
Na concepção de ensino da unidade a distância no Curso de Letras, pretende-se que
os professores parem de reproduzir, mas sim, produzir, construir, para que os
aprendizes possam emancipar-se, superando a condição de objeto e, então, construir
uma nova geração de pesquisadores e cidadãos críticos e agentes de transformação
social. (DEMO,1996)
2.1
Objetivo Geral
Na consecução dos objetivos, o currículo do Curso de Letras do Centro Universitário
Newton Paiva visa a articular o conhecimento das diferentes áreas aos conteúdos e
práticas que fundamentam os processos de ensino-aprendizagem, a organização e a
construção do conhecimento linguístico. Ressalte-se ainda a construção do profissional
consciente de seu papel fundamental na construção e manutenção da consciência da
cidadania, elemento de unificação nacional.
7
Capacitar profissionalmente educadores/professores com conhecimentos didáticopedagógicos a fim de produzir, sistematizar e difundir conhecimentos, articular saberes
e formar pessoas mediante ações integradas de ensino, pesquisa e extensão, com o
intuito de contribuir para a melhoria de vida, formação de uma consciência crítica e de
cidadania, visando a uma sociedade igualitária e democrática.
2.2
Objetivos Específicos
democratizar o acesso à educação;
assegurar uma aprendizagem autônoma e associada à experiência;
possibilitar um ensino participativo, pelo uso intensivo das novas Tecnologias de
Informação e Comunicação – TIC;
estimular a geração de uma cultura da educação continuada, propiciando a
formação de docentes na educação básica, focada no diálogo sobre o
desenvolvimento humano, para que possam atuar na educação, especialmente no
domínio da língua, estimulando os alunos a assumirem suas capacidades criativas
e empreendedoras, tanto na vida acadêmica como social, tendo em vista as
adversidades e oportunidades do contexto histórico, cultural e científico da
realidade atual;
formar para a cidadania e para o compromisso social integrado à realidade
socioeconômica brasileira, fomentando o conhecimento inserido na prática
profissional, desenvolvido por processos formativos que capacitem o docente a
identificar, diagnosticar e resolver problemas e desafios da prática pedagógica,
tais como o atendimento às necessidades educativas de diferentes sujeitos
socioculturais, os usos de diferentes linguagens e tecnologias na promoção da
aprendizagem e realização do intercâmbio interdisciplinar de maneira reflexiva,
crítica, autônoma e criadora;
articular a organização curricular com o mundo do trabalho e as demandas da
sociedade organizada, ou seja, propiciar a construção de conhecimentos e de
8
saberes, o desenvolvimento de habilidades, atitudes e convicções éticas
fundamentais à valorização do trabalho educacional e à formação de profissionais
capazes de contribuir com a transformação das atuais condições do trabalho do
professor.
Resumindo, o objetivo do curso de letras é formar pensadores, que podem dar aulas ou
revisar textos. É preciso gostar de ler e de escrever, estar disposto a ler e a escrever
melhor. Então, deve-se pensar nessa tarefa como um prazer e não como um sacrifício,
assim, há grandes chances de sucesso nessa carreira.
2.3
Perfil Profissional do egresso
O curso de Letras do Centro Universitário Newton Paiva concebe o profissional com
capacidade para:
Compreender os fatos da língua e de conduzir investigações de língua e de
linguagem, por meio da análise de diferentes teorias, bem como de suas
aplicações em problemas de ensino e aprendizagem da língua materna.
Decodificar e produzir ideias, dentro da complexidade dos fenômenos
socioculturais contemporâneos.
Analisar as condições de entendimento do homem, suas relações com a
sociedade e os processos de construção do conhecimento.
Operar no âmbito da docência, pesquisa e consultoria, articulando as diversas
manifestações linguísticas.
Organizar, expressar e comunicar o pensamento em situações formais e em
língua culta.
9
Analisar criticamente as diferentes teorias que fundamentem as investigações
sobre a linguagem.
Analisar, descrever e explicar, diacrônica e sincronicamente, a estrutura e o
funcionamento de uma língua, em particular da língua portuguesa.
Identificar, à luz de diferentes teorias, os fatos linguísticos e literários.
Operar, no âmbito da revisão de texto, articulando os instrumentos de
composição, análise, adequação e correção de textos (impressos e digitais) de
variados gêneros.
3. ASPECTOS LEGAIS
Ato de Criação: Transformação do curso de Tradutor e Intérprete em Letras. Ato de
Autorização pelo MEC: Transformação do curso de Tradutor e Intérprete em Letras.
Ato de Autorização pelo MEC: 91033 D.O.U. 06/03/85
Ano/ semestre de início do curso: 1º semestre 2010 – efetivamente chamado de
Letras EaD.
Ato de reconhecimento: Portaria Ministerial 902 / 94 – 13 de junho de 1994
Ato de recredenciamento: Portaria Ministerial 1319 / 18 de maio de 2004.
O grau conferido é o de Licenciado em Letras e o período de integralização do curso é
de três anos. O curso de graduação em Letras atende aos seguintes critérios de
normatização, compreendendo um total de 2800 horas, sendo 1.800 horas de
disciplinas obrigatórias, mais 400 horas de Estágio Supervisionado e 200 horas de
Atividades Complementares.
10
4. A PROFISSÃO DO LICENCIADO EM LETRAS
4.1
Contextualização
O primeiro curso de Letras no Brasil foi oferecido em 1933, na Faculdade de Filosofia,
Ciências e Letras Sedes Sapientiae, que, em 1946, se tornaria a Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo (PUC-SP).
O curso de Letras forma profissionais com domínio do uso das línguas que são objeto
de seus estudos. O licenciado em Letras, além de ter consciência das variedades
linguísticas e culturais, deve ser capaz de refletir teoricamente sobre a linguagem, de
fazer uso de novas tecnologias e de compreender sua formação profissional como
processo contínuo, autônomo e permanente, no qual a pesquisa e a extensão, além do
ensino, devem estar articulados.
Pode ser oferecido em duas modalidades: licenciatura e bacharelado. O licenciado
estuda a ciência da(s) lingua(s) objetos de estudo, disciplinas de áreas pedagógicas e
realiza estágio de docência. A finalidade do curso de licenciatura em Letras é formar
pessoal habilitado a lecionar língua e literatura em todos os níveis de ensino. O
bacharel, por sua vez, não recebe essa formação pedagógica e tem em sua grade
curricular disciplinas do núcleo estruturante (linguística e literatura) com mais
profundidade. A intenção do bacharelado é formar profissional habilitado para trabalhar
com tradução, redação de textos, revisão de textos, edição de textos, crítica literária, e
até mesmo em secretariado executivo.
4.2
Legislações
No que se refere aos fundamentos legais, o presente projeto estruturou-se
considerando os seguintes aspectos:
Lei de Diretrizes e Bases, n. 9394 de 20 de dezembro de 1996;
Resolução CNE/CP n. 2/2002;
11
Resolução CNE/CES 18/2002;
Parecer CNE/CP 28/2001;
Parecer CNE/CES n. 492/2001;
Parecer CNE/CES n. 1.363/2001;
Ato de Reconhecimento: Portaria Ministerial 902 / 94 – 13 de junho de 1994 (Letras)
Recredenciamento – Portaria Ministerial 1319 / 18 de maio de 2004 – Publicação no
Diário Oficial, em 18 de maio.
Com base nestas legislações, a proposta é desenvolver o espírito crítico e a autonomia
intelectual, para que, por intermédio do questionamento permanente dos fatos, o aluno
possa ser o sujeito de sua aprendizagem, criando assim a autonomia de estudo. A
autonomia significa ser autor da própria fala e do próprio agir, sendo coerente na
integração do conhecimento com a ação e nas decisões profissionais.
4.3
Cenário Atual
De acordo com Mata (2001), numa sociedade, onde a automação, a informação e o
tempo correm velozes, não é possível pensar que os sistemas convencionais de ensino
possam responder à formação contínua, face às necessidades dos momentos presente
e futuro. (p.80). Outro aspecto importante, abordado por Neder (apud Preti, 2005),
aponta a educação a distância como “uma possibilidade de (re)significação
paradigmática no contexto do processo de formação de professores”, pois essa
modalidade favorece a interação entre os sujeitos, propiciando o diálogo, a troca, a
construção coletiva, na qual o professor assume um novo papel no processo de ensinoaprendizagem, não somente de transmissor de conhecimentos, mas, juntamente com
os alunos, assume uma posição de parceria na construção do conhecimento.
Especificamente, existe carência do professor na maioria das escolas do país,
consubstanciando a percepção dessa realidade. No ano de 2009, a Secretaria de
Estado de Educação de Minas Gerais encaminhou um relatório sobre a situação de
formação (nível e área) dos professores da rede mineira e das necessidades de
12
formação. As informações serviram de base para as discussões do Fórum Estadual de
Apoio à Formação Docente, do Fórum de Pró-Reitores de Graduação das Instituições
Públicas de Ensino Superior (Forgripes) e do Plano de Ações Articuladas (PAR) para
Formação de Professores, oferecendo vagas aos professores da rede pública de
ensino, sem a necessidade de passarem pelo processo seletivo, em seus cursos de
Licenciatura.2
A situação originou a constatação de que há déficit de mais de 4 mil professores que
atendam às exigências legais. Segundo o Sindutemg, na rede estadual, o déficit de
professores persiste, mesmo após a Secretaria de Educação liberar a convocação de
profissionais reprovados em exame do Estado e de outros que nem fizeram a prova – o
número de docentes nessa situação não foi divulgado. Mesmo sendo menor na rede
municipal, a situação da falta de professores se repete: há falta de 198 docentes em
cerca de 1.400 escolas. 3
O Licenciado em Letras formado sob essa concepção deve ter capacidades básicas,
bem desenvolvidas para a docência e a gestão empreendedora, no sentido de atender
às demandas da sociedade cada vez mais exigentes com os agentes formadores. Por
isso, este Projeto Pedagógico é fruto da reflexão da Coordenação do Curso de Letras e
de seu corpo docente, visando à ampla reformulação do Curso, desde seus objetivos
até,
consequentemente,
sua
composição
curricular,
respeitando
as diretrizes
curriculares. Pela necessidade de redefinição do perfil do profissional, tendo em vista os
avanços na área da educação, o novo Projeto Político Pedagógico vem reestruturar o
currículo do Curso de Letras definindo novos princípios didático-pedagógicos.
Considere-se, nessa perspectiva, a conscientização permanente de que o professor é
ator fundamental na formação e preservação da Língua Portuguesa como elemento de
união nacional e, consequentemente, mantenedor de toda cultura construída pela
sociedade e pelo falante em toda sua história.
2
HTTP://www.unifal-mg.edu.br/pibid/projeto2011
3
http://www.sindutemg.org.br/novosite/conteudo.php.
Refletindo sobre a importância da
13
linguagem, considere que todo o legado humano, o acúmulo de cultura, as grandes
invenções só foram possíveis graças a ela. O estudioso desse campo é capacitado a
analisar as relações entre a linguagem e a história, as artes, a educação, a política e
tantas outras ciências. O objetivo do curso de letras é formar pensadores, que podem
dar aulas ou traduzir livros. É preciso gostar de ler e de escrever. É imprescindível estar
disposto a ler mais e a escrever melhor. Se você pensar nessa tarefa como um prazer e
não como um sacrifício, há grandes chances de ser feliz nessa carreira.
5. A SIMBOLOGIA DA LICENTURA EM LETRAS
As simbologias relacionadas ao curso de Letras são a Coruja, o Anel de Ametista e o
Juramento.
5.1
A Coruja
O curso de Letras tem como símbolo a coruja, que simboliza a sabedoria, representada
por sua inteligência, astúcia, sensibilidade, visão e audição superpotentes.
5.2
O anel de formatura
14
O anel do Licenciado em Letras possui estrutura em ouro, uma pedra principal de
ametista, com dois ou mais brilhantes ladeando-a. Os brilhantes significam a lapidação
do homem culto (o homem sem instrução era como uma pedra bruta).
5.3 O Juramento do Licenciado em Letras
“Prometo, no desempenho de minhas funções de Educador,
transmitir
com
lealdade,
integridade
e
honestidade
os
ensinamentos humanos e científicos que façam os alunos a mim
confiados, profissionais e cidadãos conscientes. Prometo tudo
fazer em prol da educação nacional e contribuir para que o aluno
possa se expressar adequadamente em todas as situações
comunicativas, participando da cultura letrada.”
6. DIA DO PROFISSIONAL DE LETRAS – 21 DE MAIO
No dia 21 de maio, comemora-se o dia do profissional de Letras. É dia também da
Língua Nacional, ou seja, aquela que fala o povo de uma nação. Portanto, apesar de
falarmos a Língua Portuguesa, cuja data comemorativa é o dia 10 de junho, comemorase a data do profissional de Letras no dia da Língua Nacional, 21 de maio.
Ha uma relação profunda entre uma língua e o povo que a fala. A língua é o meio de
expressar a maneira pela qual esse povo - e nenhum outro - compreende o mundo,
assim como é o meio com o qual esse mesmo povo se apresenta ao mundo e se
posiciona nele. Portanto, a língua traduz a identidade de um povo, seu modo de ser e
de estar, formando a expressão “comunidade linguística”. Dessa forma, comprova-se
que toda língua é o meio de comunicação e expressão de um grupo de pessoas em
particular, de uma comunidade específica e, consequentemente de um povo, de uma
nação.
E
é
esse
o
objeto
de
estudo
do
profissional
das
Letras.
15
7. O CURSO DE LETRAS
7.1 Disciplinas por Período – Currículo 2010/1
Primeiro Período
Nome da disciplina
Carga Horária
Filosofia
80 h
Leitura e Produção de Texto
80 h
Metodologia Científica
40 h
Sociologia
80 h
Estrutura e Funcionamento dos Ensinos
80 h
Fundamental e Médio
Seminários Integradores I
40 h
Segundo Período
Nome da disciplina
Carga Horária
Psicologia da Educação
80 h
Produção de Textos
80 h
Didática Geral
80 h
Libras – Comunicação e Expressão
80 h
Morfologia
80 h
Seminários Integradores 2
60 h
Terceiro Período
Nome da disciplina
Carga Horária
Teoria da Literatura
40 h
Educação Sociedade e Meio Ambiente
40 h
Fonética e Fonologia
40 h
16
Morfologia Contextualizada
80 h
Linguística e Sociolinguística
80 h
Seminários Integradores 3
60 h
Quarto Período
Nome da disciplina
Carga Horária
História da Língua Portuguesa
80 h
Sintaxe
80 h
Língua e Cultura Latinas
40 h
Literatura Brasileira
80 h
Seminários Integradores 4
80 h
Quinto Período
Nome da disciplina
Carga Horária
Literatura Brasileira Comparada – Séc. XIX e
XX
80 h
Sintaxe Textual
80 h
Aspectos Discursivos da Língua
60 h
Filologia Românica
40 h
Seminários Integradores V
80 h
Estágio Supervisionado dos Anos Finais do
Ensino Fundamental
200 h
Sexto Período
Nome da disciplina
Carga Horária
Literatura e Cultura Portuguesas
80 h
Revisão de texto
60 h
Textos Contemporâneos Brasileiros
40 h
17
7.2
Orientação para o TCC
80 h
Estágio Supervisionado Ensino Médio
200 h
Ementas das Disciplinas
1° PERÍODO
Filosofia 80 CH: Fundamentos e métodos filosóficos. Filosofia Política e Social.
Estudos da concepção de uma nova sociedade. O conceito e conscientização da ética.
Leitura e Produção de Texto 80 CH: O ato comunicativo e a norma culta da língua.
Tipologia e Processamento textual. A produção de sentido no texto. Normas da ABNT.
Metodologia Científica 40 CH: Ciência e conhecimento científico, técnicas de redação,
relatórios técnico-científicos, resenhas, fichamentos, análise crítica de textos científicos,
busca sistemática da literatura científica, pesquisa on-line, construção do trabalho
científico, discussão e aplicação das normas da ABNT na produção de textos
científicos.
Sociologia 80 CH: Educação e Sociedade. Educação e estrutura social. Tendências
teóricas da Sociologia da Educação e sua influência na educação brasileira: marxismo,
positivismo, sociologia de Weber. Análise sociológica da escola. Educação e
reprodução. Tendências contemporâneas: liberalismo, reformismo, tecnologia e
globalização.
Estrutura e Funcionamento do Ensino Fundamental e Médio 80 CH: Organização e
administração do sistema de ensino brasileiro, seus objetivos, orientações básicas,
novos caminhos, os problemas que permeiam o ensino fundamental e médio em sua
relação com o contexto histórico, social e político do Brasil.
18
Seminários Integradores 40 CH: A interação das disciplinas que compõem o primeiro
ciclo. Debate de práticas educativas em torno do primeiro eixo, educação e
humanidades, focando o papel da educação e sua contribuição específica no espaço
escolar, dentre outros.
2º PERÍODO
Psicologia da Educação 80 CH: Fundamentos da Psicologia da Educação. Principais
teorias psicológicas aplicadas à Educação. Teorias psicológicas contemporâneas
aplicadas à Educação. Adolescência, Família e Educação.
Produção de Textos 80 CH: Processo de produção textual (enunciação), analisando a
partir das suas marcas encontradas no texto (enunciado); processo de produção de
leitura, através do tratamento de conceitos relativos à própria atividade de ler, bem
como dos diferentes tipos de leitura e dos operadores de leitura; gêneros textuais, sua
organização linguístico-textual e funções sociocomunicativas; a elaboração de texto, o
que compreende operações de planejamento, estabelecimento de objetivos e/ou
propósitos e definição de estratégias textuais.
Didática Geral 80 CH: Introdução à Didática; reflexão sobre sua importância no curso.
Correntes pedagógicas e a relação com a prática docente. As funções da didática. A
didática na atual organização do ensino. O planejamento de ensino: fases, etapas,
estrutura. Avaliação da aprendizagem.
Libras – Comunicação e Expressão 80 CH: Identificação da política atual da prática
de inclusão de alunos com necessidades especiais na escola regular, com ênfase na
inclusão do aluno portador de deficiência auditiva (ou do aluno surdo). Ensino e
aprendizagem do aluno surdo. Práticas pedagógicas e processos educativos de
intervenção em relação à deficiência auditiva.
19
Morfologia 80 CH: Análise dos critérios de classificação das palavras. As classes de
palavras tradicionais. Reflexão sobre o ensino de classes de palavras nos Ensinos
Fundamental e Médio.
Seminários Integradores 2 - 60 CH: Sociodiversidade e respeito ao multiculturalismo;
situações de tolerância e inclusão na sociedade; educação afro-brasileira, educação
quilombola, educação indígena. Análises situacionais de exclusão e minorias. O
respeito à biodiversidade, traçando mapas sócio e geopolíticos. Análise da globalização
e discussão de suas vantagens e desvantagens para o quadro mundial.
3° PERÍODO
Teoria da Literatura 40 CH: Conceito, objetivos e história da Teoria da Literatura.
Fundamentos e fronteiras: o literário e o não literário. Formalismo e estruturalismo. A
obra literária como estrutura. Discurso literário e intertextualidade. As funções da
literatura e os gêneros literários. Teoria da literatura, ensino superior e modernidade.
Educação, Sociedade e Meio Ambiente 40 CH: Conceitos de sociedade, meio
ambiente e suas relações com a educação. Compreensão de conceitos da prática de
ensino que envolve aspectos relacionados ao meio ambiente. Humanização, educação
e sociedade.
Fonética e Fonologia 80 CH: Fonética e fonologia do português do Brasil e suas
características básicas. Os processos fonológicos. Fonologia e a estrutura do vocábulo.
Morfologia Contextualizada 80 CH: A morfologia e os estudos linguísticos. As
gramáticas brasileiras em suas abordagens morfológicas. O surgimento de um novo
vocábulo – processos de formação de palavras. O estudo do gênero, grau e aspecto
em português.
20
Linguística e Sociolinguística 80 CH: Delimitação e enfoques de estudo da
linguística. Diferentes formas de análise dos fatos linguísticos. Componentes da
gramática descritiva. A linguística e o ensino. Diversidade linguística e fatores
condicionantes. Processos de aquisição da língua falada e da língua escrita.
Seminários Integradores 3 60 CH: Educação, sociedade e formação para a cidadania.
Cidadania e educação inclusiva. Educação e diversidade. Educação afro-brasileira,
educação quilombola, educação indígena.Educação como instrumento para cidadania.
4º PERÍODO
Literatura Brasileira 80 CH: Contextualização Histórica: origem e descoberta. Barroco.
Neoclassicismo. Romantismo.
História da Língua Portuguesa - 80 CH: História externa da Língua Portuguesa.
História interna da Língua Portuguesa: fonética e morfologia históricas, leis fonéticas,
metaplasmos, analogia, constituição do léxico da Língua Portuguesa. O Português do
Brasil: a evolução.
Sintaxe - 80 CH: Estudo da sintaxe. Análise do período simples. As funções sintáticas.
O ensino da sintaxe. Estudo da pontuação. Análise do período composto.
Coordenação. Subordinação. Sintaxe de concordância. Sintaxe de regência.
Língua e Culturas Latinas- 40 CH: Introdução do estudo da Língua Latina. Sistema
linguístico. Inseparabilidade entre língua e literatura latinas. Contextualização do Latim
no Curso de Letras. Morfossintaxe Verbo-Nominal. O caso ablativo. O caso genitivo. O
caso dativo. O caso vocativo. O sistema verbal latino e os pronomes pessoais.
Seminários integradores IV 80 CH: O quadro atual da Educação brasileira: problemas
e soluções. Investimento na Educação Básica e Superior. Gestão escolar. Parceria
família/escola. Condições que impactam o processo educacional brasileiro
5º PERÍODO
21
Literatura Brasileira Comparada – SÉCULOS XIX e XX- 80 CH: Realismo;
Naturalismo; Parnasianismo e Simbolismo.
Sintaxe Textual - 80 CH: O estudo dos processos de coordenação e subordinação na
organização de constituintes frasais (sintagmas e orações) e, na tessitura do texto como
recursos de coesão e progressão. Fatores de textualidade e sequenciação textual.
Filologia Românica- 40h: A Filologia como ciência: métodos e objetos de estudo;
objetivos. As línguas românicas no mundo contemporâneo. A formação e evolução das
línguas românicas. Pidgins e Crioulos de base românica.
Aspectos Discursivos da Língua- 80 CH: A dinâmica social; as suas múltiplas
perspectivas relativas ao discurso. Polifonia, letramento e intersubjetividade. A
interlocução. A estrutura textual como aparato do discurso. Os gêneros do discurso e o
diálogo.
Estágio Curricular Supervisionado dos Anos Finais do Ensino Fundamental 200
CH:
Ementa: O Ensino de Língua Portuguesa no Ensino Fundamental. Conselho de Classe.
Reuniões/Avaliações. Acompanhamento do Corpo Docente/Treinamentos.
Projeto
Pedagógico. Análise da organização escolar da Educação Básica. Acompanhamento
das atividades pedagógicas desenvolvidas na Escola/Regência de classe. A docência
nos diversos espaços do conhecimento. Construção de práticas de pesquisas nas
instituições. O uso de diversas metodologias empregadas na prática docente.
Seminários Integradores V 80 CH: Formação Docente: Conceituação. Identidade
Profissional. Ética profissional. Tendências Pedagógicas que colocam os professores
no centro de suas teorias: Teoria do Professor Reflexivo, Saberes Docentes,
22
Competências Docentes. Políticas públicas de formação docente. Avaliação do
desempenho docente.
6º PERÍODO
Revisão de Texto - 60 CH: A estrutura textual – características gerais dos
tipos
vários
de textos; a estruturação gramatical do texto; o processo de leitura do
revisor de textos; coerência e coesão textuais, a revisão de textos acadêmicos:
monografias, dissertações, teses.
Textos Contemporâneos Brasileiros - 40 CH :
O
curso
privilegia
contemplando,
um
entendimento
principalmente,
a
da
narrativa
produção brasileira
e
a
poética,
no
contemporânea,
seu
contexto
sócio/histórico/cultural. Privilegia também a dialética desse contexto com os aspectos
estilísticos e formais a partir dos textos selecionados, sobretudo a significativa produção
de textos curtos como contos e crônicas.
Literatura e Cultura Portuguesas - 80 CH: Visão sincrônica da Literatura Portuguesa.
Gêneros: lírico, épico, ficção, teatro.
Estágio Curricular Supervisionado em Docência do Ensino Médio 200 CH:
Planejamento Escolar. Conselho de Classe. Reuniões/Avaliações. Acompanhamento
do Corpo Docente/Treinamentos. Projeto Pedagógico. Análise da organização escolar
da Educação Básica. Acompanhamento das atividades pedagógicas desenvolvidas na
Escola/Regência de classe. A docência nos diversos espaços do conhecimento.
Construção de práticas de pesquisas nas instituições. O uso de diversas metodologias
empregadas na prática docente.
Trabalho de Conclusão de Curso 80 CH: Sistematização dos conhecimentos
adquiridos ao longo do curso: discussão, planejamento e desenvolvimento de estudo. A
produção de artigo. As etapas do estudo: o tema e sua importância; os objetivos; a
revisão bibliográfica; a Metodologia Científica e Tecnológica.
23
8. ESTÁGIO SUPERVISIONADO
Os estágios supervisionados serão realizados nos quinto e sexto períodos, com carga
horária de 200 horas para cada nível de ensino, ou seja, ensino fundamental 2 e ensino
médio. Os alunos farão estágio no campo da docência sendo e supervisionado por
professores orientadores da instituição. (Vide manual dos estágios).
9. TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
No sexto e último período do curso, há a disciplina Orientação para o TCC. Neste
momento, os alunos recebem orientação metodológica e temática para a elaboração de
um artigo de apresentação científica a partir de temas vinculados aos estudos
empreendidos durante a sua formação. Existem quatro linhas de pesquisas que podem
ser escolhidas pelo egresso: 1) Educação e realidade (Filosofia; Sociologia; Estrutura e
Funcionamento dos Ensinos Fundamental e Médio; Educação, sociedade e meio
ambiente; Psicologia da Educação; Didática Geral; Libras – comunicação e expressão);
2)
Estrutura
Morfossintática
da
Língua
Portuguesa
(Morfologia;
Morfologia
Contextualizada; Sintaxe; SintaxeTextual); 3) Sincronia e diacronia – realizações
linguísticas do português (Fonética e Fonologia; Aspectos discursivos da Língua;
Linguística e Sociolinguística); 4) Literatura e História da Língua Portuguesa (Teoria da
Literatura; História da Língua Portuguesa; Língua e Cultura Latinas; Literatura
Brasileira; Literatura Brasileira Comparada – séc. XIX e XX; Filologia Românica;
Literatura e Cultura Portuguesas; Textos Contemporâneos Brasileiros). Os alunos
recebem orientações durante todo o semestre e, ao final do curso, haverá apresentação
para banca estabelecida que validará o trabalho (apto / inapto). Os trabalhos
considerados aptos receberão possibilidade de publicação em revista eletrônica
projetada para as licenciaturas.
24
O trabalho escrito (uma versão impressa e outra digital) deverá ser entregue à
coordenação do curso com, no mínimo, uma semana de antecedência para a sua
apresentação. Esta apresentação será feita em sessão pública, em encontro presencial
do curso. Comporão a banca examinadora o orientador do trabalho e mais dois
professores especialistas na área proposta. A banca tem poderes para julgar o trabalho
como “APTO” ou “INAPTO”, fazendo, se necessário, ressalvas ou menção de louvor.
Caso o aluno não entregue o TCC, não compareça na data marcada para sua
apresentação ou tenha seu trabalho classificado como “INAPTO”, este poderá requerer
junto à coordenação do curso, uma segunda oportunidade para apresentação dele, fato
que se consumará com um novo encontro presencial e com a composição da banca
examinadora, em data agendada posteriormente.
10. ATIVIDADES COMPLEMENTARES
O Projeto Pedagógico do curso de Letras foi elaborado tendo como um dos referenciais
legais a Diretrizes Curriculares de Letras, e desse modo, para a integralização da carga
horária, o aluno deve cumprir 200 horas de atividades acadêmico-científico-culturais, ou
seja, as “Atividades Complementares”.
O Parecer do CNE nº 28/2001, de 02/10/01, esclarece que todo projeto pedagógico dos
cursos de licenciatura deve:
Incluir atividades de caráter científico, cultural e acadêmico articulando-se e
enriquecendo o processo formativo do professor como um todo. Seminários,
apresentações, exposições, participação em eventos científicos, estudos de
caso, visitas, ações de caráter científico, técnico e comunitário, produções
coletivas, monitorias, resolução de situações-problemas, etc.
Esta diversidade dos espaços educacionais e a consequente ampliação do universo
cultural têm como pressuposto a flexibilização dos currículos e a possibilidade do aluno
ocupar parte da carga horária de sua formação profissional de forma autônoma.
25
Nessa perspectiva, o curso de Letras do Centro Universitário Newton Paiva contempla
no seu projeto pedagógico sugestões amplas em todas as sequências, para que se
cumpram,
ao
longo
do
curso,
200
horas
das
Atividades Complementares,
compreendendo-se como complementar, a atividade que extrapole os estudos exigidos
pela composição curricular do curso e que contribua para a formação do docente e do
gestor.
Os alunos deverão realizar as atividades complementares desde o 1º (primeiro)
semestre de matrícula no curso, inclusive no período de férias, desde que regularmente
matriculados no Centro Universitário Newton Paiva. De posse dos certificados ou
declarações de participação nas atividades, a cada semestre, o(a) aluno(a) deverá
protocolar sua carga horária de Atividades Complementares na Central de Atendimento
ao Aluno.
O
controle,
registro
e
acompanhamento
da
carga
horária
das
Atividades
Complementares é de responsabilidade do(a) Aluno(a) e deverão ser feitos ao longo do
curso, sendo que, até o penúltimo período letivo do curso, o(a) aluno(a) deverá ter
registrado, 100% da carga horária. Caberá à Secretaria Acadêmica o registro semestral
da carga horária de atividades complementares cumpridas pelo(a) aluno(a).
11. AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
A avaliação da aprendizagem é realizada de acordo com o acompanhamento do
desempenho do aluno, efetuada em conformidade com o que estabelece o Sistema
Regimental da instituição, Resolução nº 11/CONSEPE/01/07/04 e guarda coerência
com as estratégias metodológicas definidas pelo corpo docente. É compatível com as
políticas de indissociabilidade e de interdisciplinaridade, dentro do próprio curso e com
os demais. Fundamenta-se em três princípios: avaliação contínua, dinâmica e
processual.
26
11.1 Percentual necessário à aprovação por nota
Somente será considerado aprovado, em cada disciplina, o aluno que atingir a
somatória mínima de 60 (sessenta) pontos, ou seja, 60% (sessenta por cento) dos 100
(cem) pontos distribuídos.
11.2 Exame Final
Ao aluno que, por qualquer motivo, não tenha atingido os 60 (sessenta) pontos mínimos
necessários para a aprovação, será permitida a realização de um Exame Final, em data
prevista no Calendário Institucional. Valorizada em 55 (cinquenta e cinco) pontos, que
substituirá integralmente a Avaliação Continuada. Esse exame também considera a
impossibilidade de presença do aluno na Avaliação Continuada.
11.3 Divulgação do Cronograma
No início do período letivo, cada professor publicará, obrigatoriamente, o cronograma
discriminativo das atividades e de verificação de aprendizagem em sua disciplina.
12. TRATAMENTO ESPECIAL POR MOTIVO DE SAÚDE
(Resolução do CONSEPE Nº 02/UNICENTRO/97, de 17 de dezembro de 1997)
1. O que é o regime de Tratamento Especial? É um regime que substitui o
sistema acadêmico regular, não sendo consideradas as faltas no período em que
estiver em Tratamento Especial.
2. Quem tem direito ao Tratamento Especial? A Aluna que estiver em estado de
gestação, durante 90 (noventa) dias, contados a partir do 8º (oitavo) mês de
gravidez.
3. Como proceder para solicitar o regime de Tratamento Especial? Requerer
junto a Central de Atendimento ao Aluno o pedido de Tratamento Especial
quando atingir o 8º (oitavo) mês de gestação ou imediatamente após o parto.
27
Importante: O atestado médico deve constar exatamente a data em que a aluna
(gestante) entrar no oitavo mês de gravidez.
4. Prova Formal e a Avaliação a critério do professor? Se o tratamento especial
atingir o período de Avaliação processual e/ou continuada a aluna deverá
protocolar um pedido de novas datas para que estas sejam aplicadas, sem
nenhum prejuízo para a aluna.
13.
ELEMENTOS COMPLEMENTARES
13.1 Extensão
A Extensão Universitária é um processo educativo, cultural e científico que articula
ensino e pesquisa de forma indissociável e viabiliza a relação transformadora entre
universidade e sociedade. A extensão é uma via de mão dupla, com trânsito
assegurado à comunidade acadêmica, que encontrará, na sociedade, a oportunidade
da elaboração da práxis do conhecimento acadêmico. No retorno à universidade,
docentes e discentes trarão um aprendizado que, submetido à reflexão teórica, será
acrescido àquele conhecimento.
No curso de Letras, a extensão é concebida como prática indissociável do ensino, de
modo a ensejar no acadêmico provocações de natureza científica que podem ou não se
transformar em projetos de iniciação científica, contribuindo, fundamentalmente, para a
formação de pessoas críticas, capazes de entender os problemas do cotidiano e buscar
soluções eles. Desta maneira, além do trabalho indissociável com o ensino, há o Centro
de Estudos e Práticas Pedagógicas – CEPED – cuja natureza é essencialmente
extensionista. As atividades extensionistas do curso de Letras poderão, dessa maneira,
ser promovidas pelo CEPED quando ele atender às expectativas do curso e do aluno.
14.
INICIAÇÃO CIENTÍFICA
Desde 1999, o Centro Universitário Newton Paiva acredita na pesquisa científica como
um grande diferencial de desenvolvimento humano e mercadológico. Nas mais diversas
28
áreas do conhecimento, ela abre caminhos que permite o amadurecimento acadêmico
de professores e alunos dedicados a procurar respostas. A realização da pesquisa de
forma paralela à graduação reflete a busca incessante do homem na solução dos
problemas do cotidiano.
A Resolução no02/CONSEPE/99 – de 15 de abril de 1999, do Conselho de Ensino,
Pesquisa e Extensão da Instituição dispõe sobre a criação e a regulamentação do
Programa Institucional de Pesquisa e Iniciação Científica destinado aos professores da
Instituição, e aos alunos que já tenham cumprido uma carga horária mínima de 1000
horas aulas e faltando, para integralização plena do curso, uma carga horária mínima
de 600 horas aulas.
O curso de Letras participa da Iniciação Científica, desde a sua implantação na
instituição, realizando estudos de investigação científica com projetos já finalizados e
outros em andamento. Além disso, é realizado, semestralmente, encontro entre os
alunos do curso e os profissionais da Iniciação Científica com o objetivo de despertar
vocação científica e incentivar talentos potenciais entre os estudantes, mediante sua
participação em projetos de pesquisa e promover a produção científica e sua
publicação.
Todos os professores do curso são orientados a incluir em suas referências e/ou
atividades avaliativas as publicações feitas pelos professores e alunos que já
concluíram os seus trabalhos, publicados em material específico do Setor.
15.
LÍDER DE TURMA
Tendo em vista a interlocução efetiva dos alunos junto aos professores, coordenação
de curso, pedagogas do Centro de Excelência e coordenação da Educação a Distância,
o Centro Universitário Newton Paiva conta com os representantes de turma que são
eleitos semestralmente pelos próprios colegas de turma. Estes representantes devem
29
ser alunos capazes de resolver conflitos e promover o trabalho em equipe. São
responsáveis pelo repasse de informações institucionais para a sua turma e das
demandas e anseios desta para a coordenação de curso ou da Educação a Distância.
Esse repasse é fundamental e deve ser feito por meio dos instrumentos mais
adequados para cada caso: avisos no Portal, e-mail, dentre outros.
16. COLEGIADO
O Centro Universitário Newton Paiva possui na sua organização, em diversos níveis,
Órgãos Colegiados de deliberação coletiva, cujas atribuições diversas são de
importância fundamental para o desempenho acadêmico e administrativo da instituição.
No que tange à instância de cada curso, o Órgão Colegiado é presidido pelo
Coordenador do respectivo curso, participando das discussões e das votações tendo,
no caso de empate, direito a voto de qualidade e é constituído pelos representantes das
diversas áreas de conhecimento que compõem o curso, todos primando pela formação
profissional proposta no Projeto Pedagógico, considerando o envolvimento, a interação
e a coerência junto ao mesmo. Neste processo, o Coordenador do Curso indica os
membros para composição do Órgão Colegiado, sendo a deliberação final de
competência da Pró-Reitoria Acadêmica e Reitoria. Além do Corpo docente, o Órgão
Colegiado contempla a representatividade do corpo discente, através da participação
de um aluno escolhido entre os líderes de turma.
Ao Órgão Colegiado compete planejar e orientar todas as ações que contribuam para o
andamento satisfatório do Curso. Com caráter deliberativo, todas as decisões são
formalizadas através de resoluções, reuniões ordinárias, segundo datas previstas no
Calendário Institucional e, extraordinariamente, quando se fizer necessário e
devidamente convocado.
17. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
30
O Centro Universitário Newton Paiva entende que o melhor medidor do seu
compromisso social é a qualidade com que desenvolve os serviços educacionais. Uma
qualidade que diz respeito ao desempenho da tríplice função da academia: Ensino,
Pesquisa e Extensão.
Em função deste compromisso, o Centro Universitário Newton Paiva deu início ao seu
processo de autoavaliação institucional, seguindo os parâmetros do Programa de
Avaliação das Universidades Brasileiras – PAIUB – em novembro de 1998, com a
implementação da Comissão Permanente de Avaliação Institucional – CPA.
Os dirigentes da Instituição discutiram com representantes da comunidade acadêmica,
em todos os níveis, a importância da instituição se autoavaliar. Foi elaborado um
Projeto de Avaliação Institucional e, a partir de suas propostas, foi institucionalizado o
processo de autoavaliação a ser desenvolvido de forma permanente e contínua.
O processo envolveu etapas de sensibilização, reflexão, planejamento de ações e
execução do processo. A cultura da autoavaliação vem sendo fortalecida por um amplo
processo de conhecimento e interpretação, atribuição de juízo de valores, organização
e instauração de ações e metas para melhorar o cumprimento das finalidades da
Instituição, de forma participativa, transparente e contínua.
Hoje, o órgão que desenvolve a autoavaliação institucional é a Coordenadoria de
Avaliação Institucional – COORDENAVI.
A COORDENAVI, a partir do novo Sistema Nacional de Avaliação Institucional –
SINAES, instituído pela Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004 passou a contar com uma
comissão, constituída oficialmente como Comissão Própria de Avaliação – CPA, para
reavaliar e replanejar todos os processos que envolvem a autoavaliação, tendo em vista
seus princípios fundamentais e as dimensões apontadas pelo novo sistema.
31
O SINAES integra três modalidades principais de instrumentos de avaliação que serão
aplicados em diferentes momentos; a autoavaliação, coordenada pela CPA, a avaliação
externa, realizada por comissões designadas pelo INEP e a avaliação do desempenho
dos estudantes – ENADE, aplicada aos estudantes do final do primeiro e do último ano
do curso.
Essa Comissão Própria de Avaliação – CPA – é composta por representantes da
comunidade acadêmica, docentes, discentes, técnicos administrativos e da sociedade
civil.
Considerando que o processo de autoavaliação institucional já estava consolidado na
Instituição, coube à CPA iniciar sua atuação refletindo sobre o novo sistema e as
dimensões a serem consideradas nos processos de autoavaliação.
A COORDENAVI, com a participação ativa da CPA, refletiu sobre os dois processos de
autoavaliação: Avaliação da Instituição e dos Cursos, e a Avaliação Acadêmica que
envolve o desempenho dos docentes, discentes e coordenadores de cursos.
A Avaliação da Instituição e dos Cursos ocorre a cada quatro semestres e, a partir do
resultado da pesquisa, a CPA elabora um Plano de Ações Corretivas para aprimorar as
fragilidades apontadas pelo resultado.
A Avaliação Acadêmica envolve o desempenho dos docentes, discentes e dos
coordenadores de cursos. A partir das reflexões advindas do SINAES, este processo de
avaliação passou a ser um instrumento institucionalizado pela Pró-Reitoria Acadêmica,
como uma ferramenta oficial de gestão dos cursos.
Acreditamos que, através destes processos democráticos, construídos com uma
metodologia participativa, possam-se trazer para o âmbito das discussões as opiniões
de toda comunidade acadêmica, de forma aberta e cooperativa, tendo em vista o
compromisso que o Centro Universitário Newton Paiva assumiu em relação ao seu
autoconhecimento.
32
18. ORGÃOS DE APOIO AO CURSO
O êxito das atividades acadêmicas relaciona-se, também, com Setores de Apoio da
Instituição:
18.1 Núcleo de Bibliotecas
O Sistema de Bibliotecas do Centro Universitário Newton Paiva reúne, organiza,
recupera, atualiza e dissemina a informação bibliográfica necessária ao ensino, à
pesquisa e à extensão. Também facilita o acesso à literatura específica e contribui para
a educação continuada dos recursos humanos das diversas áreas afins. Conta com as
unidades Silva Lobo, Carlos Luz – 220; Carlos Luz – 800; Buritis.
O acervo é constituído por livros, periódicos, teses, dissertações, monografias, fitas de
vídeo e CD, que podem ser consultados, livremente, na Biblioteca. Sua atualização é
feita por meio de sugestões de professores, coordenadores, alunos e bibliotecários.
O sistema utilizado é o CDU – Classificação Decimal Universal e a forma de
atendimento é aberta, o que propicia consultas à base de dados e às estantes. O
Sistema de Bibliotecas tem acesso às redes de disseminação de informações mais
expressivas, componentes do programa RENPAC 2025. Os serviços prestados pelas
bibliotecas funcionam de segunda a sexta-feira das 7h e 30 às 22h e sábado das 7h e
30 às 18h. Anexa à Biblioteca encontra-se a sala de estudos onde são disponibilizados
aos usuários microcomputadores para realização de trabalhos e pesquisa na Internet.
18.2 Centro de Excelência para o Ensino – CEE
33
Integrado à Pró-Reitoria Acadêmica configura-se como órgão de suporte e apoio
pedagógico e metodológico ao corpo docente, buscando promover um processo de
transformação nas ações pedagógicas. A equipe desenvolve ações com professores e
alunos, com a perspectiva de refletir sobre o ensino superior na conjuntura nacional e, a
partir daí, alcançar uma prática mais competente, criativa e inovadora. O apoio
pedagógico é realizado como possibilidade de organização política dos professores na
busca de uma ação coletiva, ação esta que contempla a intervenção transformadora na
prática pedagógica e, consequentemente, na prática social.
Este Centro tem como princípios balizadores o compromisso com a filosofia, missão e
valores do Centro Universitário Newton Paiva, a indissociabilidade entre ensino,
pesquisa e extensão e, ainda, o compromisso com a formação do profissional e do
cidadão crítico, criativo, capaz de transformar a realidade.
18.3 Núcleo de Reprografia
Órgão que tem sob sua responsabilidade a produção gráfica, editorial e a reprodução
de material bibliográfico para apoio ao desenvolvimento das atividades dos corpos
docente, discente e técnico-administrativo.
18.4 Laboratório de Informática
Atua como importante órgão de apoio às práticas pedagógicas implementadas no
Curso e proporciona ao aluno contato com tecnologia avançada na busca por uma
melhor qualidade no processo ensino-aprendizagem. O laboratório de informática
encontra-se integrado a um sistema central de informações.
18.5 Núcleo de Informações para Avaliação e Reconhecimento de Cursos – NIPAR
34
O NIPAR - Núcleo interlocutor, responsável pelas informações da Instituição junto ao
INEP/MEC (Diretoria de Estatística e Avaliação da Educação Superior), tem como
objetivo coordenar todos os processos referentes ao reconhecimento de Cursos,
avaliação das condições de ensino e Recredenciamento da Instituição.
18.6 Unidade de Educação à Distância
Este Núcleo permite o acompanhamento das tendências do novo cenário mundial, com
vários recursos em tecnologia, informação e comunicação, ampliando o alcance da
educação através da modalidade de ensino à distância (EAD) e seus multimeios,
atuando em estreita relação com o Instituto UVB - Universidade Virtual Brasileira. São
seus objetivos: oferecer disciplinas à distância e apoio presencial, cursos de extensão e
pós-graduação, através da PROEV; desenvolver cursos na metodologia EAD corporativa, em conjunto com o Núcleo de Educação Corporativa (NEWCORP); firmar
convênios, parcerias e iniciativas com outras Instituições.
18.7 CEAC
Constitui-se numa agência de serviços destinada ao recebimento e encaminhamento de
alunos do Centro Universitário Newton Paiva ao mercado de trabalho, sem qualquer
ônus.
19. SERVIÇOS OFERECIDOS AOS ALUNOS
19.1 Atendimento Psicológico – SOS
A Clínica de Psicologia do Centro Universitário Newton Paiva presta serviços à
comunidade acadêmica com atividades de orientação vocacional e vital, terapias,
testes, laudos, a pedidos de médicos etc. O SOS é um serviço que orienta e ajuda
pessoas com dificuldades de relacionamento e outros problemas sociais. Atende
35
alunos, professores, funcionários e dependentes, visando o bem estar da comunidade
acadêmica.
19.2 Seguro Educacional
Beneficia os estudantes em caso de desemprego, falecimento do responsável legal e,
ainda, invalidez por acidente.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de
Letras. Parecer n. 1/2006. Brasília, 15 de maio de 2006.
BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Letras. n. ----- Brasília:
MEC, 2006.
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