AD-1-2014. EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Alunas: Luciene Ferreira Arcangelo Rocha Matrícula: 10112080306 Viviane Corrêa Monteiro Matrícula: 12212080377 Pólo Magé O professor online e a pedagogia da transmissão Introdução : A educação via internet tem se tornado um grande desafio para o professor, acostumado com o modelo clássico de ensino da sala de aula presencial, tendo em vista que neste tipo de educação a emissão é ativa e a recepção passiva, enquanto que na educação online ocorre a interação, na qual todos são chamados a ser co-autor da comunicação e da aprendizagem. O uso do computador possibilita ao usuário sair da condição de espectador para se tornar sujeito operativo e participativo, capaz de criar novas possibilidades de conhecimento através da educação online. Desse modo, é necessário que o professor acompanhe essas mudanças, a fim de evitar que suas práticas se tornem obsoletas vinculada a pedagogia da transmissão. Ensinar NÃO é transferir conhecimento, mas criar possibilidades para sua produção ou construção. O professor NÃO deve se posicionar como detentor do monopólio do saber, mas como aquele que dispõe de teias, cria possibilidades de envolvimento, estimula a intervenção dos aprendizes como co-autores da aprendizagem. Desafios comunicacionais da educação online A educação online traz desafios para docentes e discentes, pois demanda uma formação voltada para um novo indivíduo que assume um papel ativo no processo de aprendizagem. Este novo cenário exige práticas docentes adequadas ao novo ambiente comunicacional e ao novo espaço de socialização, informação e conhecimento próprio da cibercultura. Em consequência da educação online papéis de professores e alunos sofrem significativas mudanças, tendo em vista que ao invés de transmitir saberes o professor precisa disponibilizar múltiplas experimentações, educar através do diálogo, na colaboração mútua, na provocação da criatividade do aprendiz. A educação online requer interatividade O termo interatividade surgiu na década de 1970 como crítica a mídia unidirecional. No entanto, o termo foi submetido a uma banalização mercadológica. As tecnologias digitais possibilitam configurar espaços de aprendizagem, nos quais o conhecimento é construído conjuntamente, porque permite interatividade. Para que isso aconteça é necessário que haja duas disposições: dialógica, que associa emissão e recepção como pólos antagônicos e complementares na co-criação da comunicação e a intervenção do usuário ou receptor no conteúdo da mensagem. Não há como pensar em educação sem troca, sem co-criação. O professor como organizador do conhecimento É fundamental a formação e a capacitação do professor acerca das novas tecnologias da educação, atentando para os objetivos pedagógicos que é a construção do conhecimento. O professor deve estar apto a ser aprendiz de novas formas de ensinar: blogs, slides, web, e outros, mas o desafio maior está em transformar informação em conhecimento. Dificuldades do processo de mudança A falta de formação e capacitação continuada, aliada a da falta de habilidade no uso das ferramentas tecnológicas, principalmente pelos professores mais velhos, são algumas das dificuldades nesse processo de mudança. Muitos professores utilizam essas ferramentas apenas para tarefas como preparar provas, lançar notas, apresentar conteúdos, mas não as utiliza como recurso pedagógico, pois não se sentem preparados para esse desafio. Uma das saídas seria a capacitação desses profissionais para docência presencial ou on-line contemplando as novas tecnologias da educação. Os desafios do professor para docência on- line O professor precisa por em prática a utilização do hipertexto, próprio da tecnologia digital. O professor precisa utilizar a interatividade, enquanto mudança fundamental do esquema clássico da comunicação. O professor precisa se dar conta de que pode potencializar a comunicação e a aprendizagem utilizando interfaces da internet. Conclusão Final O professor, seja na educação online, ou na educação presencial, precisa desenvolver um ensino de qualidade, que oportunize debates, contribuições, transformações e reflexões, através das novas tecnologias educacionais. Para tanto, é necessário uma nova postura do educador, que deixa de ser o detentor do conhecimento e passa a ser um colaborador no processo ensino-aprendizagem, transpondo desse modo, a barreira da pedagogia da transmissão. “Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre.” Paulo Freire Bibliografia SILVA Marco, sala de aula interativa. Rio de Janeiro: Quartel, 2006. LEVY, Pierre. Cibercultura. Trad. Carlos I. da Costa, São Paulo: Ed.34,1999 - Inteligência coletiva por uma antropologia do ciberespaço. Trad. L. Rouanet - São Paulo: Loyola, 1998.