QUEIRÓZ, Ana Beatriz Azevedo. Parto e Prá tica Ge s tação, Ma te rn idade, Educa tiva. Dissertação de Mestrado apresentada à Escola de Enfermagem Anna Nery, UFRJ. Março de 1996. P rofessora o rientad o ra : Ora. Maria Teresin h a Pe re ira e Silva N esse estu d o , a n a l i so as expectativas e rep resentações soci a i s de puérpera s , q u a nto às p ráticas educativas desenvolvidas no pré-n atal e acerca da g ravidez, parto e m atern i d a d e . A teoria d a s R e p resentações Soci a i s e estudos sobre a q uestão d o gênero e d a e d u cação da m u l h e r n a sociedade capita l ista contri b u í ra m p a ra a construção do m a rco teórico . Do ponto d e vista metodológico , trata-se de u m a pesq u i s a com abordagem q u a l itativa n u m a perspectiva d i a l ética , h istórico-crítica , em q u e uti lize i , n a coleta d e d a d o s a e ntrevista sem i-estrutu rada e a observação d e ca m p o . Os s ujeitos foram p u é rpera s q u e partici para m de g rupos de sala de espera , d e g ru pos para adolescentes g rávid a s , curso para gesta ntes e p a lestra s . As conclusões i n d i ca m que as m u l h e res espera m das a ções educativas e n s i n a me ntos q u e l h e s permitam viver com m a i s seg u ra n ça o ciclo g ravídico- p u e rpera l , apesar das pecu l i a ridades com q u e vivenciam e representam a g ravidez, o p a rto e a m atern i d a de , p rocessos fortemente i m p regnados de cre n ça s e conce itos o ri u ndos da p rática soci a l . O estudo s u g e re a i n d a a existência d e avanços s i g n ificativos n a s p ráticas educativas , e m bora persistam a l g u n s modelos estére i s e pouco participativos , q u e reforça m a hegemonia d o d i s cu rso méd ico . R. Bras. Enferm. Brasília, v . 49, n . 1 p . 147- 1 50, jan./mar. 1 996 1 47 ALMEIDA, José Luiz Telles de. A q u alificação do a te n de n te n o p roce sso de profissionalização da e n fe rm age m . Dissertação de Mestrado apresentada ao IMS/UERJ, Rio de Janeiro, 1992. Orientador: Professor Hésio de A lh uquerque Cordeiro O p resente estudo relaciona a necessidade de q u a l ificação do atendente de enfermagem com o processo de p rofi ssionalização da e nferm a g e m através d a caracterização da evo l u ção h istórica da organ ização da p rática de assistência em enferm a g e m , a situ ação atu al do atende nte n o m e rcado de trabalho ,e a s estratégias de reg u l ação do mercado de tra b a l h o pelas organ izações corporativas da área e as possi b i l idades de q u a l ificação dessa parcela da força de trabalho em saúde. o autor caracte riza a pa rtici pação majoritária d o atendente na e q u i p e de enfermagem como p roduto da d ivisão social d o tra b a l h o verificado na enfermagem co mo consequencia da lógica de rebaixa m ento dos cu stos operacionais dos serviços de saúde. Apesar do d iscu rso d a harmonia e da hierarq u i a da e q u i p e da enferm a g e m . o autor levanta a d iscussão sobre as contradições i nte rnas da e q u i p e de tra b a l h o , em enfermage m , onde o atendente a s s u m e , na maioria dos caso s , atividades que extrapolam s u a com petência técn i ca e as d ificu ldades q u e a á rea enfrenta para estabelecer estratégias para q u a l ificação do ate n d e nte q u e consiga su pera r ta i s contrad içõe s . O autor co ncl u i q u e a q u a l ificação do ate ndente não se red uz ao cu m p rimento da reg ulamentação do exercício p rofissional da área, i n seri ndo-se no próprio repensar da prática p rofissional da enferm a g e m . 1 48 R. Bras. Enferm. B ra s í l i a , v. 4 9 , n . 1 , p. 1 4 7- 1 5 0 , j a n . l m a r. 1 996 VIEIRA, Ana Luiza Stiebler. O A te n de n te de En fe rm age m n o Es tado do R io de Jan e iro : Classificação da De m a n da para a Profiss io n alização. Dissertação de Mestrado apresentada ao /MS/UERJ, Rio de Janeiro, ! 992. O rientadora : Professora Maria Cecília Pun tel de A lm eida Este estu d o obj etivou caracteriza r o perfi l dos atendentes de enfermagem no Estado . do R i o de J a n e i ro , identificando a cl ientela para a p rofi ssional ização a partir de u m a pro posta de classificação da demanda para a formação profissional do n ível elementar de enfermage m . Util izaram-se como fonte d e dados todos os processos de autorização dos atendentes de 1 988 a A bri l de 1 99 1 (4535) arq u ivados no Conselho Reginal de Enfermagem (CO R E N - RJ ) , onde foi l evantado o sexo , a idade, a esco l a ri d a d e , as i n stitu ições e m pregadora s , tra b a l h ado autô n o m o , tra b a l h o a m b u l atori a l e hospital a r dos atende ntes neste esta d o , dividido em três regiões. A cliente l a para profissionalização foi ide ntificad a através de d ife rentes d e m a n d a s p ropostas d e acord o c o m o cruza mento desta s variáve i s . C a racterizou-se como perfi l dos atendentes , a g rande p revalência do sexo fem i n i n o , maior conti n g ente de 30 a 49 anos, baixa esco l a rid a d e , maior d istri b u i ção no setor p rivado e conveniado e no tra b a l h o hospitalar. Q u a nto à ide ntificação da cl iente l a p a ra a profi ssional izaçã o , do tota l de 4 . 009 atendente s , foram classificadas a s seg u i ntes d e m a n d a s : a cu rto e médio prazo a n ível de 1 ° G ra u com '38% o u 1 535 atende ntes e 2 5 , 4 % ou 1 . 0 1 9 , respectiva mente ; a cu rto prazo a n ível de 2° G rau com 1 2 , 2 % ou 4 9 1 , de pouca possi bilidade com 6 , 8 % o u 2 7 1 atendentes e de n e n h u m a poss i b i l idade com 1 7 , 3 % ou 693. Dos 298 ate n d entes a utônomos, fora m classificadas ta mbém as demandas para profissional izaçã o , sendo maior a de cu rto p razo a n ível de 1 ° G ra u com 52 , 2 % o u 1 55 atendentes . Conclu i-se q u e a ca racterização do perfil dos atendentes e a identificação desta clientela segundo os crité rios p ropostos perm iti ra m a ponta r as p rioridades de d ema nd a para a p rofissional ização e s u p ri m e nto d a escolaridade. A pro posta de class ificação de atendentes mostro u-se um i n stru m ento i m portante no delineamento das pol íticas de recu rsos h u m a n o s n a s a ú d e . R . Bras. Enferm . B rasília. v. 49. 11. 1 p. 1 -l7 - 1 50. jan./mar. 1 996 149 SANTOS, Rosânge/a da SIlva. Se r m ãe de u m a crian ça especial: do son h o à re alidade. Tese de Doutorado apresentada à EEAN, UFRJ. Março de 1996. o p resente estud o foi d e l i m itado a partir de i n q u i etações pessoais e profissionais da autora e centrou-se na percepção q u e mães de crianças especiais têm d e s u a s ituaçã o . Para ta nto , foi uti l izado o m étodo d e h istória de vida. As referências conceitua i s d i scutem aspectos d a Maternagem e da sociedade fem i n i n a do ponto de vista psicanal ítico e cu ltu ra l , objetivando a com p reensão do s i g n ificado para a m u l h e r de ter u m fi l h o especi a l . As categorias d e análise emerg i ra m dos depoimentos matern o s , p restados por meio d e entrevi stas aberta s , e foram a n atu reza e a auto-real ização; da percepção mãe-fil h o-fa m í l i a ; e a relação com o profission a l . A análise dos dados foi em g rande parte baseada na visão de Kubler- R o s s , sobre a s fases emocion a i s pelas q u a i s passam pacie ntes com diagnóstico de doença g rave ou fatal . Evidenciou-se o desejo de ter um fi lho como a g rande possibil idade d e a uto-real iza ção fem i n i n a ; a n siedade em relação à perfe ição do concepto , pri n ci pa l me nte nas gestações de a lto risco e a a m b i g ü idade entre a " m u l her mãe" e a " m u l h er-m u l her'. As cobranças sociais centradas n a fig u ra d a "boa mãe" i nten s ificam a insegurança que mãe de cria nças "norm a i s" têm no seu papel d e m u l her-mãe e, exacerbar o senti me nto de i n ca pacidade nas m u l heres-mães de criança s especi a i s . A pesq uisa mostrou ainda q u e o profissional, ao depara r-se com o nascimento de u m a criança especi a l , tem dificuldade de l i d a r com seus próprios sentimentos , a p resenta frustração e ' ressente-se d e s u a im potência . Evidenciou-se , também , a necessidade de reformu l ação cu rricu lar para a formação de profissionais da á rea d e saúde, q u e atu a l m e nte é especializada , fragmentada , tecn icista e i ncom patível com a rea lidade p rática . 1 50 R. Bras. Enferm. B ra s í l i a , v. 4 9 , n . 1 , p. 1 47 - 1 5 0 , j a n . lm a r. 1 9 96