DISPOSIÇÃO INADEQUADA DE
RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS
O CASO DO CONDOMÍNIO BARÃO
DE MAUÁ
APRESENTAÇÃO - SÉRGIO GOUVEIA DE AZEVEDO
O CONDOMÍNIO
•
•
•
•
Terreno com cerca de 160 mil m2
O aterro ocupa uma área de 33 mil m2
Construção de 59 prédios
População estimada em 7500 pessoas
HISTÓRICO
•
•
•
•
Terreno era da COFAP e serviu de lixão industrial
Em 93 foi vendido à Cooperativa Nosso Teto
Em 94 começou a construção
Em abril de 2000 houve explosão em caixa d’água
matando uma pessoa e ferindo outra.Considerouse que o gás era metano.
• Em agosto de 2001 a CETESB divulgou estudo
mostrando a presença de pelo menos 44
substâncias tóxicas no subsolo entre elas o
benzeno
INTERVENÇÕES
• Trabalhos emergenciais:
• lavagem de caixas d’água visando prevenir
explosões;
• identificação precisa do tipo de gás:em vez de
metano, benzeno;
• interferência da Prefeitura e M.P.;
• coleta de sangue e urina de moradores
TRABALHOS REALIZADOS
• Estudo emergencial visando identificar a presença
de vapores tóxicos em sub-solo;
• dimensionamento de sistema para extração dos
vapores;
• uso de modelagem matemática;
• estudo de dispersão atmosférica;
• elaboração de projeto do sistema de extração de
vapores.
SITUAÇÃO ATUAL
• trabalhos em andamento:
•
•
•
•
delimitação em subsolo da área contaminada
identificação precisa dos resíduos dispostos
estudos hidrogeológicos
determinação de pluma contaminante no lençol
freático
• estudos de alternativas de remediação da área
CONSIDERAÇÕES
• O caso do Condomínio Barão de Mauá
deve servir de alerta à Sociedade,
despertando a atenção para o grave
problema representado pelas áreas
contaminadas.
• Os estudos que vêm sendo desenvolvidos
até agora, mostram que este caso ainda
está longe de ser resolvido.
• Independente da solução encontrada, os
prejuízos já são muito grandes:
CONSIDERAÇÕES
• Moradores: de ordem financeira em
conseqüência
da
desvalorização
dos
imóveis; de ordem psicológica e emocional
devido à necessidade de conviver com o
risco permanente de novas descobertas em
relação às contaminações e doenças
relacionadas ao problema.
• Sociedade de maneira geral, por ver que a
negligência existe e que muitos outros casos
na mesma condição ainda podem aparecer.
CONCLUSÕES
• O caso está longe de ser resolvido:qualquer que
seja a solução apresentada para descontaminação
vai levar tempo e custar muito dinheiro
• Prejuízos dos moradores:desvalorização dos
imóveis;problemas de ordem física e psicológica
Fluxo em Meios Saturados
Aqüíferos
estratos ou camadas subsuperficiais com
permeabilidade e porosidade interconectada, que
permitem o armazenamento e a transmissão
(condução) de quantidades suficientes de água,
sob ação de gradientes hidráulicos naturais
Aqüífero Livre ou Não Confinado
A superfície superior da zona saturada esta em
contato direto com a pressão atmosférica, livre
para se movimentar (elevação ou declínio) no
aqüífero, sem ser fisicamente impedida por
estrato superior de menor permeabilidade
Na migração em subsuperfície a água
subterrânea pode encontrar zonas que não
transmitem prontamente a água, denominadas
aqüitarde ou camada confinante.
Um estrato de argila freqüentemente serve como
uma camada confinante.
Um aqüífero localizado entre aqüitardes é
denominado aqüífero confinado.
Condutividade hidráulica
Expressa a facilidade com que um fluido pode ser
transportado através do meio poroso. É um
parâmetro fundamental no calculo do fluxo, de
difícil mensuração e com grande variabilidade
espacial.
E função de propriedades do meio e do fluido
K = ki[(g. a)/]
K – condutividade hidráulica (cm/s)
ki – permeabilidade intrínseca (cm2)
g – aceleração da gravidade (cm/s2)
a – densidade da água (g/cm3)
 – viscosidade (cm.s/g)
Permeabilidade Intrínseca
A análise dimensional demonstra que a
permeabilidade intrínseca é uma propriedade
exclusivamente do meio poroso
cm/s = ki (cm/s2) (g/cm3) (cm.s/g)
ki = cm2
Condutividade hidráulica apresenta alta
variabilidade no espaço. Definições
estrato homogêneo  suas propriedades não variam
no espaço.
estrato heterogêneo  suas propriedades são
diferentes em diferentes locais
estrato isotrópico  as propriedades não variam com
a direção
estrato anisotrópico  propriedades variam com a
direcao
Transmissividade (T)
representa a taxa volumétrica de fluxo, liberada pelo
aqüífero, através de uma seção de área unitária e
altura igual a espessara do aqüífero, quando o
potencial é diminuído em uma unidade. É obtida por
meio de testes de bombeamento em poços e definida
como:
T = K.b
T – transmissividade (cm2/s)
K – condutividade hidráulica (cm/s)
b – espessura do aqüífero (cm)
Coeficiente de Armazenagem (S)
corresponde ao volume de água que é liberado
pelo aqüífero por unidade de área horizontal,
por unidade de declínio do potencial
hidráulico. É uma quantidade adimensional e
obtido por meio de testes de bombeamento.
Vazão Específica ou Porosidade Efetiva (Sy)
corresponde ao volume de água que será drenado
livremente de um volume unitário do aqüífero.
Parâmetro importante para aquiferos livres
Complementar ao conceito de Vazão Especifica,
define-se a Retenção Específica (Sr), que corresponde
ao volume de água que permanece retido ao espaço
poroso do aqüífero através de forças moleculares e de
tensão superficial.
p = S y + Sr
Armazenamento Específico (Ss)
definido em termos das propriedades
compressivas e físicas do meio e da água.
É importante para aqüíferos confinados.
Representa o volume de água liberado por
unidade de volume do aqüífero, por unidade de
declínio da carga hidráulica. É um número muito
pequeno, já que a compressibilidade do meio e da
água são muito pequenas.
O coeficiente Armazenamento Especifico é
definido como:
Ss = w.g( + p.)
Ss - armazenamento específico
w - densidade da água
g - aceleração da gravidade
 - compressibilidade do meio (aqüífero)
p - porosidade
 - compressibilidade da água
Relações entre parâmetros de armazenagem
Para aqüíferos confinados, “S” representa o
volume de água que é expulsa do aquifero pela
compressão do esqueleto granular e expansão da
água no poro. É definido pelo produto do
Armazenamento Especifico pela espessura do
aqüífero.
S = Ss.b
como Ss = w.g( + p.)
S = w.g( + p.).b
O valor da Armazenagem para aqüíferos
confinados e muito pequeno, variando entre 10-3 a
10-5, o que indica que são necessários, para
produção substancial de água, de grandes
mudanças de pressão e aqüíferos extensos.
Relações entre parâmetros de armazenagem
Para aqüíferos livres, o coeficiente de
armazenamento representa a água liberada por
drenagem livre e pela compressibilidade do
esqueleto granular do aqüífero (armazenamento
elástico).
S = Sy + Ss.b
como Sy >>>>> Ss
S  Sy
Regime de Fluxo da Água Subterrânea
EQUAÇÃO DE DARCY
A vazão Q, isto é, o volume de água que atravessa a
coluna por unidade de tempo é proporcional à área a
de sua seção transversal.
QA
A vazão Q é proporcional a diferença de carga
piezométrica ( h1 - h2 ) através do filtro
Q  ( h1 - h2 )
A vazão Q é inversamente proporcional ao
comprimento L do filtro de areia.
Q  1/L
Quando uma grandeza é simultaneamente
proporcional a várias outras, é também
proporcional ao produto delas.
Q  A[(h1 - h2)/L]
Substituindo-se o símbolo de
proporcionalidade ( ) por uma constante de
proporcionalidade, denominada por
condutividade hidráulica (K), obtém-se a
equação de Darcy, também conhecida por lei
de Darcy.
Q = KA[(h1 - h2)/L]
Movimento da Água
A magnitude do fluxo da água subterrânea é estimada
pela Lei de Darcy.
Q = K A H/L = K A i
Q - vazão (m3/h)
K - condutividade hidráulica (m/h),
A - área da seção transversal ao fluxo (m2),
H = (h1 – h2) - variação do potencial hidráulico através do
meio (m),
L - distancia através do meio, medida na direção do fluxo (m)
i - gradiente hidráulico H/L (m/m)
Velocidade na Equação de Darcy
Q = K A H/L = K A i
v = Q/A = K H /L = K i
Velocidade de drenagem X Velocidade de Darcy
Q = v.A = vs.Av  vs = v.A/Av
Download

hidrogeología