Meus Irmãos DeMolays
Esperei até hoje para escrever, pois agora escrevo como um membro da
Ordem DeMolay, fiel ao Supremo Conselho da Ordem DeMolay desde 1993 quando fui
iniciado e a qual sempre respeitei, defendi e mantive minha palavra, não mais como
Grande Primeiro Conselheiro do Distrito Federal.
Dirijo estas primeiras linhas a vocês que, como bem disse o Irmão Matheus,
são o motivo para que a Ordem exista.
Muitas coisas aconteceram nestes três anos, desde meu retorno a Brasília,
que acompanho a Ordem DeMolay no Distrito Federal.
Infelizmente vi várias coisas que me desagradaram neste período e, aguardei
até agora para que ninguém confundisse minhas opiniões pessoais com a de G1CD.
Opto por falar retrospectivamente para que os fatos mais recentes sejam
lembrados com maior facilidade e, caso fique alguma dúvida sobre algo que disser, fico
à disposição para complementar e, se alguém se sentir ferido, sugiro que procure o
conselho consultivo ao qual eu estou ligado para que conversemos como manda nosso
Regulamento Geral, nosso Ritual e principalmente nossa tradição. Não terei problema
algum também em responder perante o TJD, instituição que foi fortemente agredida
neste período e, aqui aproveito para tecer a minha primeira crítica a tudo que foi dito
até agora. O TJD foi constituído por força de uma determinação do RGD, com
obrigatoriedade de número de pessoas e, graças a esta constituição, um de nossos
Irmãos do Distrito Federal é o Ministro Presidente do STJD, instituição máxima dentro
de nossa organização, com definições muito claras quanto às suas atividades. Muito se
criticou quanto à atuação do Tribunal, acusando-o disto ou daquilo. Lembro a todos
que não há membro de um Tribunal, seja DeMolay ou Maçom, que não tenha um
vínculo com os envolvidos uma vez que todos somos Irmãos, o que, por si só, já
derruba por terra a imparcialidade. Para que esta imparcialidade seja mantida ao
máximo, a letra da lei deve ser interpretada ipsis litteris tal como foi escrita por nossos
legisladores.
Muitos de nós não concordamos com o texto. No entanto é a norma vigente
e, mais importante que isso, fomos signatários de sua constituição em Assembleia
Geral, tendo a assinatura do então Grande Mestre Distrital e hoje Ministro Presidente
do STJD Irmão Flávio Wernik. Agora pergunto a todos: o que nós do Distrito Federal
(nisso me incluo) e, principalmente, do Capítulo Coração de Estudante fizemos para
que fossem mudadas estas normas? Quantas propostas de emenda ou de modificação
enviamos à Assembleia Geral para que fossem modificadas? O quanto nos articulamos
a fim de modificar as nossas insatisfações? Nada. Isso mesmo, meus Irmãos, nada. Isto
não cabe à Liderança Adulta, seja ela do Conselho Consultivo ou do Grande Capítulo.
Cabe sim, aos Capítulos, unidades que têm a autoridade do voto e da discussão interna
corporis para levar à Assembleia Geral. Acredito que a maioria aqui sequer se deu ao
trabalho de ler as nossas Leis.
Quando se aplica a lei acredita-se que está errado. Totalmente incoerente.
Espantam-me as acusações do Irmão Mateo Scudeler ao dizer publicamente
que o Grande Mestre Distrital usou de sua posição para forçar uma negativa de sua
admissão no Convento de Cavaleiros. Primeiro ponto que me chama a atenção é como
isto saiu da Cavalaria; ao que me recordo todos os presentes eram Cavaleiros e
tratava-se de uma Convocação feita nos devidos moldes pelo ICC e, portanto, os
assuntos lá tratados deveriam ter ficado lá. No entanto, acredito que alguém quebrou
o seu juramento. Uma vez que isso se tornou público, devo chamar a atenção ao fato
de que, não citarei o Ritual da IRCB por ser restrito aos Nobres Cavaleiros; no RGD
temos a forma expressa de como deve se proceder para a admissão de um novo
Cavaleiro e nada, repito, nada foi feito à revelia da Lei, da Norma e dos costumes da
Cavalaria, sendo pautado expressamente pelo que prevê o Regulamento. Corrijam-me
os presentes se houve em algum momento algo que não está previsto. É direito dos
Cavaleiros escolher quem vai ascender à Cavalaria. Não discutimos a entrada de um
profano, como deixei bem claro à época, e sim de um Irmão, portanto, a forma é a
apresentação do Candidato pelo ICC, abertura para manifestações e votação caso seja
de desejo do ICC fazê-lo. Realmente, fatos foram apresentados. Contudo, nada além
do que a norma prevê e, obviamente, por ser uma Convocação da Cavalaria o Irmão
não poderia estar presente, mas foi defendido por outros Nobres Cavaleiros que
estiveram presentes. Esta é a forma da Cavalaria. E, caso o Irmão tivesse sido
preterido, seria aberto processo no Conselho Consultivo ao qual o Irmão está ligado
para que as acusações fossem averiguadas cabendo inclusive, em caso de não
confirmação, sanções ao acusador. Ao que consta o Irmão foi investido.
Lembro-me de um fato, quanto à criação de um novo Capítulo, que o Irmão
Mateo esteve presente em uma reunião na casa de um Tio, Venerável de uma Loja
regular do GODF, para a sua fundação e que, naquele momento, e isto deixou muito
claro, estava descontente com as posições do Conselho Consultivo do Coração de
Estudante e, portanto desejava se filiar ao novo Capítulo, abandonando o cargo ao
qual havia sido eleito e recentemente havia sido empossado, sendo solicitado pela
liderança adulta. Eleito, e aqui abro um espaço para comentar esta eleição que
ocorreu sob protestos de alguns da liderança adulta, sendo necessário durante o pleito
que nos reuníssemos do lado de fora do Capítulo para que a regularidade de ambos os
candidatos fosse verificada uma vez que havia uma aparente falta de presença de um
dos candidatos, com grande maioria dos votos e em um dos momentos que achei mais
interessantes que foi a disputa por um cargo de maneira limpa. Causa-me estranheza
esta mudança de comportamento e da não comunicação de sua parte ao Conselho
Consultivo de tudo que havia acontecido. Talvez este sigilo tenha sido guardado e por
muito tempo a fim de não se mostrar como insatisfeito ou por medo de sanções.
Alegar, portanto, desconhecimento por parte deste Capítulo da fundação de um novo
não se configura cabível. Gostaria também que ficasse pública a motivação de alguns
membros da Liderança Adulta do motivo de não querer que outro Capítulo seja aberto.
Acredito que o Grão Mestre apoia a criação do Capítulo sob a égide da Loja a qual ele
faz parte.
Tratando da Cavalaria, tema que gerou imensas discussões, gostaria de
relembrar algumas coisas. A gestão do ICC, como ele mesmo admitiu, não foi das
melhores. Tivemos três sessões em que foi tratado o tema de Investidura e, em uma
delas, foi perguntado à Assembleia quanto à vontade de todos de que se solicitasse ao
Grande Mestre Nacional a quebra do interstício, e alguns se manifestaram contra,
como o Irmão MCDA e que se manteve fiel à sua palavra desde o início. Portanto,
meus Irmãos, propusemos que se quebrasse o interstício, porém, e cabe ressaltar isso,
com apoio da Assembleia que acreditou ser este um ponto importante para o
fortalecimento das colunas do Convento. Combinamos por várias vezes que o ICC iria
aos Capítulos para divulgar a Cavalaria, apresentá-la e buscar novos membros. O ICC
teve boas ideias como a da rifa que gerou alguma receita para o Convento e ajudou a
pagar as contas. Mas foi relapso com suas atividades DeMolay. Reitero o que já disse
mais de uma vez, DeMolay não enche a panela de ninguém e não deve prejudicar a
vida profana. Estamos aqui para praticar ensinamentos, aprendermos coisas novas e
principalmente aprender a liderar. Não critico os motivos do Marquinhos de não ter
dado toda a atenção que deveria à Cavalaria; seus motivos são justos, como são os do
Celé que, por várias vezes disse a ele, deveria deixar de frequentar as reuniões
DeMolay e que deveria ficar em casa estudando. Os estudos trarão o desenvolvimento
pessoal, conquista dos objetivos, realização pessoal e profissional além de, ele sim,
colocar comida na panela. Isto serve para todos que largam suas atividades diárias
para cuidar de assuntos da Ordem DeMolay.
Muito do que aconteceu neste período de críticas duras, ao que me parece,
saiu do plano das idéias e passou para o plano pessoal, como em conversa em
reservado o MCNA me disse. Fiz críticas sim à posição assumida de várias pessoas da
Liderança Adulta e Juvenil da Ordem DeMolay no DF e no Supremo. Mas chamo a
atenção ao fato de ter criticado as posições e não as pessoas. Sinto que elas levaram
para o plano pessoal. Neste ponto acho que eu estou errado então em participar de
uma Ordem que não sabe ouvir críticas, ou talvez as pessoas estejam erradas em não
saber ouvir críticas. Chamo novamente atenção ao fato de criticar ideias e posições e
não pessoas. Quando se critica pessoas, e disse isso mais de uma vez tanto em
Capítulo quanto em Convento, não estamos fazendo críticas e sim fofoca. Fofoca é
coisa de gente que não tem nada para fazer e eu tenho muita coisa para fazer e por
fazer.
Novamente, sinto muito se levaram para o pessoal, todavia, não cabe a mim
reparar esta impressão e sim a quem tomou isso como pessoal, repensar seus
conceitos e atitudes. Estou repensando as minhas. Talvez não devesse falar
abertamente o que penso e agir nos bastidores como foi feito comigo.
Trago agora então o meu ponto de vista sobre o que aconteceu no caso de minha
candidatura. Retirei-a por entender que não teria apoio, não era a vontade da maioria
da Liderança Juvenil presente à reunião e, reportando novamente o que o Matheus
disse, são eles que importam. Acredito que as outras candidaturas foram lançadas por
articulação da Liderança Juvenil e não diretamente por parte dos candidatos. No
entanto, esqueceram de respeitar a Lei. Neste ponto, muito me decepciona o fato de
que líderes como MCNA e o Relator da Assembleia apregoem o desrespeito
sistemático ao RGD para que conflitos internos sejam amainados, apaziguados ou
qualquer outra coisa que o valha. Não, não compactuo com o desrespeito à lei. Não
concordo como o Regulamento do Distrito Federal está composto desrespeitando a
norma maior que é o RGD. Não concordo como ele foi votado, com participação de uns
poucos, inclusive eu, e aprovado em uma pseudo-Assembleia, com total desrespeito à
Assembleia Distrital. Aqui faço um mea culpa: não fiz nada para forçar a situação da
mudança deste Estatuto e Regulamento. Mas, jamais apoiarei qualquer posição, seja
ela de quem for, e isso deixei muito claro na fatídica Convocação de que a norma tem
que ser respeitada.
Trago ainda uma grande insatisfação minha no que se refere ao dia desta
reunião do Conselho de ex-Grandes Mestres. Logo no começo da reunião defendia-se
a regularidade de três anos para que fosse candidato, apesar da insatisfação com a
sentença, não havia discordância quanto à sua aplicação. Ninguém, em momento
algum, me perguntou diretamente se eu estava regular para o período. Ninguém. Mas
várias pessoas questionaram isso nas diversas listas do DF, incluindo alguns que nem
iniciados eram à época. Orgulho-me muito de repetir aos quatro cantos e, para quem
quiser ouvir, que tenho quase 18 anos de iniciado e que minha CID é 13542 e isto,
ninguém, em momento algum, tirará de mim. Participei de momentos muito
importantes da história recente da Ordem DeMolay no DF; fui o Mestre de Cerimônias
Investidor da fundação do Coração de Estudante, da primeira iniciação, da primeira
concessão de Chevalier, da Posse do Grande Mestre. Sempre que precisaram de
alguém mais velho para fazer algum trabalho nestas cerimônias recorreram a mim.
Mas ninguém teve a hombridade de me perguntar se eu era regular. Acreditaram, por
suposições próprias, que não tinha tempo suficiente para manter meu pleito. Até que
eu comprovasse a minha regularidade TODOS defendiam a lei, a norma. Quando
apresentei minha CID de 2008 o discurso mudou, aí, neste momento, a vontade da
maioria e o desrespeito à norma passou a prevalecer numa clara manifestação de que
o problema é pessoal.
Como bem disse o Adryanno em um de seus e-mails, ocupar um cargo na
Ordem DeMolay não traz poder algum. Traz responsabilidades e apenas um cargo
administrativo. Pouco me importa se ocupo ou não um cargo de liderança. Os meus
pensamentos, as minhas ideias continuarão ativas em prol do que eu acredito ser a
boa Ordem DeMolay.
Acusam-me de politicagem. Não pratiquei politicagem alguma, não sou
homem de praticá-la, exerci meu direito, garantido pelo Regulamento Geral de
sucessão ao cargo de Grande Mestre Distrital, conforme está previsto em lei. E para
quem perguntou, não quis empurrar goela abaixo de ninguém uma linha sucessória.
Quem fez isso foi o RGD, que como já disse anteriormente, o GCD é signatário.
Portanto, quem praticou politicagem foi quem articulou outra chapa nos bastidores,
sendo que alguns destes membros sabiam que eu seria candidato, pois eu havia
conversado com vários membros da Ordem DeMolay no Distrito Federal e
nacionalmente, já tinha dito em Reunião e havia convidado algumas pessoas para
comporem a minha administração. Essas pessoas, no entanto, resolveram praticar um
jogo sujo e ainda alegaram desconhecimento da minha candidatura. Ora, como podem
alegar desconhecimento uma vez que compuseram uma chapa justamente para
contrapor as minhas posições que nem sequer sabiam quais eram? Pouco me importa
isso. Fato é que abri mão da minha candidatura e assumi publicamente o compromisso
de não me candidatar novamente, neste pleito.
Não, não tenho medo de votações como alguém disse. Perder a eleição é tão
importante como ganhar. Isto credencia o perdedor a ser o líder natural da oposição. É
assim em todas as instituições democráticas de fato. Vivemos em um País democrático
que recém vivenciou um pleito magnífico, sem fraudes, com direito de campanha, o
Judiciário garantindo o direito de respostas a este ou aquele. No entanto, quando o
Judiciário DeMolay, e aqui abro novamente um espaço e desta vez para elogiar o RGD,
a direção da eleição não é do presidente da Assembleia e sim de um juiz presente para
garantir a lisura de todo o processo, verificando anteriormente ao pleito se os
candidatos apresentam os critérios definidos em Lei, nos manifestamos contrários,
com agressões, críticas infundadas e tudo o mais de descabimentos. A sentença
prolatada foi justa e seguiu o que o RGD diz.
Outro ponto: muito se disse que o GCD não fez nada para levar os DeMolays
ativos ao CNOD. Mas façamos uma reflexão antes. O que os DeMolays ativos fizeram
para ir ao CNOD? Não concordo que o GCD deva patrocinar, organizar, financiar, arcar,
mobilizar, deslocar ou qualquer outra coisa para o CNOD ou para qualquer outro
evento nacional ou regional sem a mobilização dos DeMolays. Não acredito neste
paternalismo, neste protecionismo descabido. Cabe à organização Juvenil se mobilizar,
se cotizar, organizar e prover os próprios recursos para que se desloquem para
qualquer um dos eventos. Isto é aprender a viver, é aprender a se organizar, colocar a
teoria em prática. O GCD deve prover subsídios para que isso aconteça, buscando
conversas que são de liderança adulta, mas a mobilização tem que ser dentro dos
Capítulos e, preferencialmente, em conjunto uns com os outros.
Lembro a todos que não era nenhuma viagem para Formosa e sim para o Sul
do País a um custo próximo de R$12 mil. De onde iria se tirar este dinheiro? Isto se
refere apenas ao ônibus. O caixa do GCD tem hoje algo próximo da sexta parte disso.
Não iria jamais tirar dinheiro do meu bolso para custear a totalidade disso. Não cabe
aos gestores financiarem e sim, facilitar o processo para que ele ocorra. No entanto,
em conversa com dois dos três mestres conselheiros sobre este assunto, sugeri que
organizassem algum evento, uma festa, para angariarem fundos. Nada foi feito. Muito
mais fácil é culpar que a Liderança não fez nada. Fizemos a nossa parte e nela, não
consta tirar dinheiro do bolso para financiar viagem de ninguém. Tiramos dinheiro do
bolso para trazer o Tio Mansur para a comemoração dos 10 anos do Coração de
Estudante, Ruy e eu financiamos as passagens.
Apoio as posições do Ruy como Grande Mestre, todas as minhas insatisfações
foram ditas a ele pessoalmente, contudo como estrutura organizada jamais falaria
contra o Grande Mestre, pois acima da pessoa está a liturgia do cargo e o respeito que
devemos a ele. Como o nome já diz, eu era Conselheiro.
Poderia aqui dizer mais umas quantas coisas sobre tudo que aconteceu, mas
quedo-me por aqui.
Agora dirijo-me aos Tios Maçons e, faço questão de não usar a minha posição
de Maçom para tratar estes assuntos.
Jamais, digo, jamais aceitarei qualquer ingerência da Maçonaria como
organização dentro da Ordem DeMolay. Lembro a todos que a divisão que hoje temos
saiu do seio Maçônico, iniciado pela potência à qual eu era filiado e disse isso
pessoalmente e em público ao então Ser Grão Mestre de São Paulo, Salim Zugaibh
que em momento algum apoiaria essa divisão. E disse várias outras vezes.
Sempre defenderei a posição de independência do Grande Capítulo em
relação à Maçonaria e sempre defenderei o tratado que ambas tem de
reconhecimento com reconhecimento inclusive como Potência Maçônica e como tal
deve ser respeitada.
Ressalto neste ponto as visitas do Irmão Max, que como disse em e-mail
recente prefere ser chamado de Past Grand Mestre como a tradição determina.
Recebemo-lo em nossa Oficina a Loja Ministro Hélio Beltrão, Oficina tão atacada por
alguns nestes últimos dias e que patrocina um Capítulo, com todas as honras que
acredito poucas vezes teve em uma Oficina, recebendo todo o tratamento que o
Grande Mestre do Supremo Conselho da Ordem DeMolay deve receber por conta do
tratado que o Grande Oriente do Brasil, com reconhecimento mútuo e com status de
Potência sendo, portanto, equiparado ao Soberano Grão Mestre do Grande Oriente do
Brasil. Vejo com tristeza alguém que recebeu apoio irrestrito do Grande Capítulo do
Distrito Federal fazer ataques tão diretos ao seu Past Grande Mestre que inclusive
pessoalmente se empenhou em momentos difíceis do mandato nacional para
constituir base de sustentação nas horas mais difíceis. Tanto o Ruy quanto o Flávio
foram participantes da base de articulação, junto com outros que inclusive ocupam
cargos na administração nacional atualmente, para garantir apoio e que o mandato
terminasse com o mínimo de sustentação, apoio e condição.
O Conselho Consultivo deve ser a ligação entre o Capítulo e a Maçonaria
cabendo a ele gerir os problemas internos e o Grande Capítulo a gestão da coisa supra
capitular. Não é uma definição minha isso, mas de nossos usos e costumes e de nossa
legislação. Particularmente sou contra a existência da estrutura de Grandes Capítulos,
são mais cargos e mais pessoas envolvidas sem apresentar grandes ganhos como
estrutura administrativa.
Não levei para o pessoal o lado do Timotheo e, acredito este foi um dos
principais momentos para mim da reunião do Conselho de Ex Grandes Mestres quando
tive oportunidade de conversar cara a cara com o tio e resolver alguns assuntos
pendentes, pois me parece que ele realmente não participou disso e o respeito, foi
enredado. No entanto, a postura de indecisão dos demais líderes uma hora apoiando a
legalidade, quando achavam que eu não tinha os critérios e depois apoiando o que
acreditam ser a vontade da maioria, muito me indignou. Falta clareza, falta
determinação, falta objetividade, enfim, falta liderança do bem.
Lamento principalmente ser alvo de ataques de membros do Capítulo ao qual
faço parte, e que fui fundador, uma vez que o Capítulo onde fui iniciado não mais
pertence à nossa estrutura. Tanto a liderança Juvenil quanto a Adulta em momento
algum conversou comigo ou quis saber qual seria minha posição na Gestão do GCD.
Novamente digo, faço questão do meu tempo de Ordem, mas não de cargos.
Desejo sinceramente à nova administração que seja profícua, eficiente e
eficaz, pois manterei sempre a minha posição crítica a todos os mandos e desmandos.
Reverencio a posição de busca dos direitos e da mudança do status quo
quando não concordamos com as posições estabelecidas. No entanto, repudio a forma
inescrupulosa com a qual foi feito isso, sem pensar nas consequências destas decisões,
na forma de resolver o problema e, principalmente, pautada em irregularidades.
Saio de maneira digna e altiva renegando as posições de casuísmo,
fulanização e repudiando certos clãs que tentam tomar conta da Ordem DeMolay para
fins pessoais. Manter-me-ei de forma a fazer oposição a tudo que obstrua o bom
andamento da Ordem, que fuja dos seus princípios e que mantenham o personalismo,
o coronelismo e o poder de algumas pessoas acima da vontade da Assembleia, da lei,
da moral, dos bons costumes e principalmente como donos de um Capítulo.
Aproveito e solicito ao Capítulo Coração de Estudante que minha
transferência para o Capítulo Giordano Bruno seja concedida, de forma imediata e sem
debates. Solicito minha filiação ao Capítulo Giordano Bruno.
Fraternalmente em DeMolay,
Giuseppe Cesare Gatto
CID 13.542
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