MODELAGEM HIDROLÓGICA EM MICROBACIA HIDROGRÁFICA DA BACIA DO RIO PARAÍBA DO SUL INTRODUÇÃO O uso adequado do solo, favorecendo a infiltração, possibilita a manutenção de um maior volume de água armazenado, o que permite um maior controle das oscilações das vazões nos cursos d’água. Os modelos hidrológicos são ferramentas utilizadas para melhor entender e representar o comportamento hidrológico de uma bacia hidrográfica (Tucci, 2002). INTRODUÇÃO Faltam métodos para estimar o efeito dos diversos fatores que interferem no processo de produção de escoamento superficial, tendo em vista que os métodos desenvolvidos no exterior apresentam limitações quanto ao seu uso para as condições edafoclimáticas brasileiras. Fonte: Silva (2002). Ciclo hidrológico Fonte: Braga (2000). INTRODUÇÃO A taxa de infiltração é obtida por meio da equação de Green-Ampt modificada por Mein-Larson (GAML): s i Ti K s 1 f I Ks = condutividade hidráulica do solo saturado, mm h-1; Ψf = pot. mat. do solo na frente de umedecimento, mmca; θs = umidade do solo saturado, cm3 cm-3; θi = umidade do solo no início da infiltração, cm3 cm-3; I = infiltração acumulada, mm. INTRODUÇÃO Objetivos: Testar e aprimorar o modelo hidrológico HidroBacia, por meio de simulações do hidrograma de escoamento superficial em uma microbacia hidrográfica experimental; INTRODUÇÃO Objetivos: Testar diferentes formas de obtenção dos parâmetros da equação de GAML usando o HidroBacia, visando identificar as opções que proporcionam as melhores estimativas da infiltração da água no solo e, conseqüentemente, do hidrograma de escoamento superficial. Mapas necessários para as simulações: Modelo digital de elevação; 2. Direções de escoamento; 3. Rede de drenagem numérica; 4. Interceptação pela cobertura vegetal (ICV); 5. Armazenamento superficial (ARM); 6. Rugosidade do terreno (coeficiente de Manning); 7. Condutividade hidráulica do solo saturado (Ks); 8. Umidade inicial (θi); 9. Umidade de saturação (θs); 1. Mapas necessários para as simulações: 10. Potencial matricial na frente de umedecimento (ψf); 11. Capacidade de campo (CC); 12. Ponto de murcha permanente (PMP); 13. Coeficiente da cultura (Kc); e 14. Taxa de infiltração estável (Tie). Q 1,6 H2,5 Precipitação ocorrida no dia 20/03/2006 90 550 80 500 450 60 Chuva 50 Vazão 400 350 300 250 40 200 30 150 20 100 10 50 0 0,0 12,0 24,0 36,0 48,0 60,0 72,0 Tempo (minutos) 84,0 96,0 108, 0 120, Vazão (L s-1) Chuva (mm h-1) 70 METODOLOGIA Combinações dos parâmetros da equação de GAML Potencial matricial na frente de umedecimento (f): 1) Mein & Larson (1973); 2) Rawls & Brakensiek (1983); e 3) Cecílio (2005). H0 L Lâmina d’água Superfície do solo Zona de transmissão s Frente de umedecimento i METODOLOGIA Combinações dos parâmetros da equação de GAML Condutividade hidráulica do solo na zona de transmissão: 1) Kw = Ks (permeâmetro de carga constante); 2) Kw = Tie; e 3) Kw = 0,5 Tie H0 L Lâmina d’água Superfície do solo Zona de transmissão s Frente de umedecimento i METODOLOGIA Combinações dos parâmetros da equação de GAML Umidade do solo na zona de transmissão: 1) w = s; 2) w = 0,90 s; 3) w = 0,85 s; e 4) w = 0,80 s. METODOLOGIA f 1 1 1 1 2 2 2 3 Kw 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 s METODOLOGIA Número de simulações: 3 (f) x 3 (Kw) x 4 (w ) = 36 combinações testadas 36 x 14 eventos de precipitação = 504 simulações RESULTADOS Simulações da LES Desempenho das 6 melhores combinações de dados de entrada da equação de GAML: Comb. d' c' E' EAM (mm) REQM EAPM (mm) (%) (2-2-3) 0,54 0,39 0,12 0,3 0,3 (2-2-4) 0,54 0,39 0,12 0,3 (2-3-3) 0,52 0,36 0,06 (2-3-4) 0,51 0,34 (3-2-3) 0,50 (3-2-4) 0,53 r2 P 142 0,5263 0,003 0,3 142 0,5263 0,003 0,3 0,4 146 0,4707 0,007 0,00 0,3 0,4 150 0,4363 0,010 0,31 -0,04 0,4 0,4 154 0,3776 0,019 0,37 0,09 0,3 0,4 144 0,4895 0,005 RESULTADOS Simulações da vazão máxima Desempenho das 8 melhores combinações de dados de entrada da equação de GAML: Comb. d' c' E' EAM (L s-1) REQM EAPM (L s-1) (%) (2-2-2) 0,32 0,19 0,02 111,6 131,7 (2-2-3) 0,32 0,19 0,02 111,6 (2-2-4) 0,32 0,19 0,02 (2-3-2) 0,33 0,19 (2-3-3) 0,36 (2-3-4) r2 P 136 0,3330 0,031 131,7 136 0,3330 0,031 111,6 131,7 136 0,3330 0,031 0,03 110,8 131,2 135 0,3422 0,028 0,22 0,04 109,7 130,0 135 0,3506 0,026 0,40 0,25 0,03 110,2 130,4 136 0,3820 0,018 (3-2-3) 0,37 0,20 -0,05 119,7 141,3 141 0,2899 0,047 (3-2-4) 0,35 0,20 0,05 108,4 131,2 135 0,3321 0,031 Combinação (2-2-3) Combinação (2-3-3) Combinação (3-2-3) Hidrograma observado 550 550 500 500 Evento 2 (25/05/2005) 450 400 350 300 250 200 350 300 250 200 150 150 100 100 50 50 0 0 0 25 50 75 100 Tempo, min 125 Evento 2 (25/05/2005) 450 Vazão, L s-1 400 Vazão, L s-1 Combinação (2-2-4) Combinação (2-3-4) Combinação (3-2-4) Hidrograma observado 150 0 25 50 75 100 Tempo, min 125 150 400 Combinação (2-2-3) Combinação (2-3-3) Combinação (3-2-3) Hidrograma observado 350 Vazão, L s-1 300 250 Evento 6 (10/02/2006) 200 150 300 250 150 100 50 50 0 50 100 150 200 250 300 350 400 Tempo, min Evento 6 (10/02/2006) 200 100 0 Combinação (2-2-4) Combinação (2-3-4) Combinação (3-2-4) Hidrograma observado 350 Vazão, L s-1 400 0 0 50 100 150 200 250 300 350 400 Tempo, min CONCLUSÕES 1) O balanço de massa do modelo HidroBacia foi corrigido por meio de várias alterações no código-fonte do programa computacional, dentre elas, a substituição do método utilizado para a solução das equações do modelo de ondas cinemáticas; h q ii Ti t x CONCLUSÕES 2) Das 36 combinações testadas (GAML), 6 apresentaram melhor desempenho na estimação dos hidrogramas de escoamento superficial. f Kw w Rawls & Brakensiek (1983) Cecílio (2005) Tie ou 0,5 Tie 0,80 ou 0,85 s Tie 0,80 ou 0,85 s CONCLUSÕES 3) Em virtude das alterações efetuadas, o HidroBacia passou da versão 1.0 para a versão 1.1; 4) O modelo HidroBacia ainda necessita de aprimoramentos. Alterações no modelo HidroBacia: Correção no balanço hídrico; Correção no balanço de massa: - Solução do modelo de onda cinemáticas; - Critério de empoçamento d'água na superfície do solo; - Comparações entre números reais; - Soma de hidrogramas advindos de áreas diferentes; - Outras correções. Otimização dos cálculos.