Jornadas CRP “Mobilidade, Transportes e Impacte no Ambiente” Lisboa, Centro Cultural de Belém 22–23 Novembro 2005 O Impacte Ambiental do Tráfego Rodoviário Urbano eo Desenvolvimento Sustentável das Cidades Prof. Doutor João Muralha Farinha FCT/UNL O Impacte Ambiental do Tráfego Rodoviário Urbano eo Desenvolvimento Sustentável das Cidades Prof. Doutor João Muralha Farinha FCT/UNL Estrutura de Apresentação 1. Impactes Ambientais do Tráfego Rodoviário Urbano e a necessidade da sua correcta monitorização, divulgação e redução. 2. Oportunidades, Objectivos e Pistas de Intervenção no Contexto do Desenvolvimento Sustentável das Cidades. Alguns Impactes Ambientais do Tráfego Rodoviário Urbano • Poluição Acústica e do Ar • Congestão do Espaço Urbano • Segurança Rodoviária • Saúde da População • Consumo de Recursos É fácil falar sobre os Principais Impactes Ambientais Negativos do Tráfego Rodoviário Urbano. Há que monitorar, divulgar e reduzir. É necessário um balanço Custo / Benefício com todas as externalidades contabilizadas e atribuição de encargos financeiros. Poluição do Ar – Dióxido de Azoto (NO2) Avenida da Liberdade Dióxido de Azoto(NO2) Estação Poluente 2003 Ano Fonte: Instituto do Ambiente; http://www.qualar.org/ Limiar de Alerta (Decreto-lei n.º 111/2002) Designação: Valor (µg/m3) Limiar de Alerta (medido em três horas consecutivas) 400 Nº. de Excedencias 0 Protecção da Saúde Humana: Base Horária (Decreto-lei n.º 111/2002) Designação: VL + MT Valor (µg/m3) Excedências Permitidas (horas) N.º Excedências (horas) 270 18 0 Protecção da Saúde Humana: Base Anual (Portaria n.º 286/93) Designação: Valor (µg/m3) Valor Obtido (µg/m3) Valor limite (percentil 98)(*) 200 157 Protecção da Saúde Humana: Base Anual (Decreto-lei n.º 111/2002) Designação: Valor (µg/m3) Valor Obtido (µg/m3) VL + MT 54 69.4 Monitorização Divulgação Redução Poluição do Ar – Dióxido de Azoto (NO2) Resultado de Medições de NO2 num Concelho da AML Fonte: UNL / FCT, 2005 Campanha Inverno Campanha Verão Segurança Rodoviária Monitorização Divulgação Redução Vítimas Mortais nas Localidades em 2 anos Total: 1191 Fonte: Sinistralidade Rodoviária 2003 – Elementos Estatísticos; DGV - Observatório de Segurança Rodoviária; 2003. Segurança Rodoviária Monitorização Divulgação Redução Fonte: Sinistralidade Rodoviária 2003 – Elementos Estatísticos; DGV - Observatório de Segurança Rodoviária; 2003. Segurança Rodoviária Fonte: Sinistralidade Rodoviária 2003 – Elementos Estatísticos; DGV - Observatório de Segurança Rodoviária; 2003. Há Impactes Ambientais do Tráfego Rodoviário Urbano É imperioso Reduzir os Impactes no Contexto dos EIA’s mas também no Contexto do Ordenamento do Território e da Gestão do Ambiente Urbano Implica 1. Atitude Pró-activa das Autarquias. 2. Envolvimento de todos os Actores Institucionais e da Sociedade Civil no Processo de Planeamento e Gestão do Território. 3. Grande esforço de Integração de Objectivos, Estratégias, Instrumentos e Projectos. 1. Atitude Pró-activa das Autarquias na Gestão do Território e do Ambiente Urbano Trabalhar passiva e burocraticamente e reagir a solicitações de projectos ou pedidos de licenciamento Ser pró-activa e dinâmica para a requalificação do seu território, população e actividades económicas Porque é que em algumas autarquias se produz Desenvolvimento Sustentável e Qualidade de Vida e noutras autarquias Não? Resultados do Projecto DISCUS da UE (FCT/UNL, como parceiro): 1. Se avançam é porque o querem 2. Porque trabalham explicitamente nesse sentido 3. Porque alocam os recursos necessários 4. Porque mobilizam as capacidades para isso Perspectivas Futuras Aumento das Capacidades Institucionais para o desenvolvimento sustentável Programa de Modernização da Administração Pública 2. Envolvimento de todos os Actores Institucionais e da Sociedade Civil no Processo de Planeamento e Gestão do Ambiente Urbano. Há cada vez maior distância entre Os Temas, Objectivos e as Intervenções do Ambiente Urbano e do Desenvolvimento Sustentável são muito Eleitos e Eleitores numa Sociedade Heterogénea Complexos e Sistémicos com múltiplos valores, interesses e prioridades A Participação dos Actores é indispensável para efectuar um Planeamento e Gestão que reflicta os principais desafios e seja capaz de mobilizar recursos sociais e económicos em torno das acções propostas O TRÁFEGO RODOVIÁRIO E O AMBIENTE URBANO NÃO SÃO SÓ UM PROBLEMA TÉCNICO, MAS DE TODA A SOCIEDADE Exemplo do Envolvimento da Sociedade Civil Projecto “LISBOA VISTA PELOS SEUS OLHOS” No âmbito da Exposição Fotográfica A TERRA VISTA DE CIMA -- Yann Arthus-Bertrand Lisboa, Junho a Setembro de 2004 Se fosse o Presidente, o que faria para melhorar o ambiente em Lisboa ? Que Acções se Compromete a fazer no seu Dia-a-Dia para melhorar o ambiente ? Respostas de 780 Pessoas Respostas de 472 Pessoas Se fosse o PRESIDENTE, o que faria para melhorar o Ambiente em Lisboa ? Categorias < 30 30 - 60 > 60 Turistas Total 50 71 17 74 212 64 62 9 44 179 Melhorar os transportes colectivos 33 33 9 28 103 Criar pistas de bicicletas, peões, etc. 37 17 1 45 100 Menos poluição (do ruído, ar, água) 22 25 9 37 93 Educação ambiental / cívica para todos 33 34 2 22 91 Melhorar a limpeza das ruas 19 23 14 25 81 Recuperar edifícios e bairros tradicionais 15 15 1 48 79 Apoiar as energias renováveis 24 14 0 22 60 Incluir a sustentabilidade nas decisões diárias 16 29 0 15 60 Lidar com a pobreza, idosos e carenciados 8 15 3 28 54 Cuidar dos sem-abrigo 13 16 6 17 52 Melhorar espaços públicos e de lazer 15 17 7 8 47 Revitalizar a zona ribeirinha 11 10 1 17 39 Reduzir o domínio do automóvel na cidade Mais e melhores zonas verdes e plantar árvores Que Acções se Compromete a Fazer no SEU DIA-A-DIA para Melhorar o Ambiente ? Categorias < 30 30 - 60 > 60 Turista Total Reduzir / separar o lixo / reciclagem 56 60 3 55 174 Preferir os transportes públicos 29 37 8 25 99 Caminhar e andar mais de bicicleta 22 26 0 50 98 Poupar água e energia 46 20 2 29 97 Não deitar lixo para o chão / ajudar a manter as ruas limpas 26 21 5 35 87 Sensibilizar os outros para um maior civismo 16 21 4 20 61 Incluir o ambiente nas decisões diárias 11 11 10 19 51 Preservar as zonas verdes, plantar árvores 15 12 0 23 50 Preservar o meio ambiente 11 10 2 17 40 Ter atitudes cívicas em geral 12 14 1 7 34 Ajudar os pobres e os idosos 6 5 2 19 32 Consumir de forma sustentável / não usar produtos poluentes 9 4 2 16 31 Não fumar em locais públicos 10 4 2 14 30 Levar o próprio saco às compras 8 8 1 10 27 Não buzinar / fazer menos ruído 5 4 2 7 18 Participar em movimentos cívicos 6 4 0 5 15 3. Integração de Visões, Objectivos, Estratégias, Instrumentos e Projectos no Contexto do Desenvolvimento Sustentável das Cidades Integração Sectorial Integração Horizontal Entre Tráfego Rodoviário Urbano e Planeamento e Gestão dos Transportes Urbanos Entre Planeamento dos Transportes e outros planeamentos Ex: Ordenamento do Território e Pln Ambiental, Social, Económico, etc. Integração Vertical Integração Territorial De Políticas e Estratégias Locais, Metropolitanas, Regionais, Nacionais e da União Europeia (ex: SUTP, Estratégia Ambiente Urbano da UE) Entre espaços e limites administrativos vizinhos (cidade, concelho, área metropolitana, região, etc.) Integração Externalidades Integração Temporal Contabilizar todos os custos e benefícios tendo em conta o bem comum e o ambiente e inserir instrumentos financeiros A visão de longo prazo está em sintonia com projectos e políticas de curto prazo dos ciclos eleitorais