Porto Alegre, quinta-feira, 29 de outubro de 2015 | nº 10 | Jornal do Comércio horn, in A la u a P e a iz Ra ros assim como out , têm s e r o d e d n e e r p em ter os n a m e d o ã s is am ília negócios em fam l Página Centra FREDY VIEIRA/JC Pode contar comigo! 2 Jornal do Comércio | Porto Alegre, quinta-feira, 29 de outubro de 2015 PÁGINA INICIAL /JC_GeracaoE Ao leitor /JCGeracaoE /JCGeracaoE www.geracaoe.com #feed o que está rolando na web Você já curte nossas redes sociais? O GeraçãoE, além de expor histórias empreendedoras, vem se estabelecendo como uma comunidade de pessoas com interesses em comum. Pelas nossas redes sociais, é possível observar uma troca de informações e compartilhamento de soluções muito intensa. As reportagens publicadas neste caderno ganham destaque, primeiro, pelo Facebook. Por lá, os empreendedores se marcam, se comunicam, se multiplicam. E é essa a nossa essência: ser um canal de câmbio, não um produtor de conteúdo, apenas. Vale a pena curtir, portanto, a nossa página: JCGeracaoE. Queremos e, muito mais do que isso, precisamos da sua participação. Estamos abertos para mensagens, sugestões e feedbacks. A ideia é que o empreendedor seja, cada vez mais, o protagonista dos nossos espaços. A intenção geral de quem lida com o tema é que, através de ferramentas que incentivam a tomada de atitute, o Brasil seja forte no ramo da inovação e da criatividade. Como muitas de nossas fontes dizem, ter um negócio não é uma saída, é sim uma entrada. E a inspiração, essa que você tem por aqui e pelas nossas frentes digitais, pode acelerar esse processo. Junte-se a nós, ainda, no Instagram e no Twitter. #juntos Newsletter: Cadastre seu email na nossa newsletter no site. Queremos que você ique por dentro de todas as nossas notícias em primeira mão. “Se você é empregado, qua l é seu risco? Ser mandado embora. Se você empreende, você pode, não só cair no chão, mas cair num buraco que não tem im. Empreender signiica se aventurar na escola do risc o. Esse é o maior aprendizado do empreendedo rismo. Se você não tem fíga do para encarar o risco, repense”, Jimmy Cyg ler, presidente da Proxis, em ent rev ista à Exame. Assista: http://bit.ly/1OKF5 Mu IMAGENS REPRODUÇÃO/JC @jcgeracaoe personalizar as Atitude empreendedora é também s à editora bén caixinhas dos computadores! Para e s ócio do caderno Empresas e Neg pela ideia. :) JC Contabilidade, Cristine Pires, res #GeraçãoE #co ade alid #criatividade #person ForbesBrasil Palestr a co Porto Ale m ex-executivos da gre reuniu mais de 2 Disney em 00 pesso as MAURO SCHNEIDER Subeditor GeraçãoE @belomauro ROBERTA FOFONKA Repórter @rfofonka Editor-chefe: Pedro Maciel Secretário de redação: Guilherme Kolling Editor de economia: Luiz Guimarães Editor de internet: Paulo Serpa Antunes LUCILENE ATHAIDE Estagiária @lucileneathaide LEONARDO PUJOL Estagiário @leonardopujolrs Projeto gráico: Juliano Bruni e Luis Felipe Corullón Editor de fotograia: João Mattos Revisão: André Fuzer, Rafaela Milara, hiago Nestor [email protected] geracao e.com geraçãoempreendedora Publicação do Jornal do Comércio de Porto Alegre 3 Jornal do Comércio | Porto Alegre, quinta-feira, 29 de outubro de 2015 GATRONOMIA novidade, zona sul, zen Harmonia entre burger e cerveja no cardápio JONATHAN HECKLER/JC Namorados largaram empregos para apostar na hamburgueria Bendizê, na Capital SER DO TAMANHO DO FUTURO É MAIS DO QUE ENSINAR. LUCILENE ATHAIDE @lucileneathaide Hambúrguer, cervejas e boas energias é o que promete o espaço Bendizê. Criado pelos administradores Rodrigo Marques, 24 anos, e Patrícia Rotermund, 27, o local faz parte de um sonho antigo do casal: aliar elementos da gastronomia com sustentabilidade e mensagens positivas. No último dia 24, a Bendizê abriu suas portas na Zona Sul de Porto Alegre, na rua Sargento São Nicolau de Farias, número 188, bairro Tristeza. Além da harmonização de cervejas artesanais com hambúrgueres, há a preocupação com a construção de um mundo melhor. Os móveis e decoração são baseados no reaproveitamento de materiais. “Conseguimos aliar aqui coisas em que acreditamos a vida inteira”, deine Marques. A estimativa é que cerca de 50 pessoas passem pelo local diariamente para desfrutar das opções de lanches - que variam entre R$ 19,00 e R$ 34,00. Com carreiras estáveis no mercado, os proprietários resolveram, no inal do ano passado, pensar realmente em colocar a Bendizê na rua. Patrícia era funcionária pública. Marques trabalhava na Dell havia cinco anos. “Sempre tivemos vontade de empreender, só faltava saber exatamente qual era o caminho”, explica Patrícia. Os Marques e Patrícia usam nomes de líderes paciistas nos combos dois contam que em dezembro de 2014 não deu mais para segurar o objetivo. Começaram a alinhar o plano de negócios. Pesquisaram a região, buscaram sócios investidores e foram atrás de pessoas para montar a equipe. “Nenhuma das barreiras que enfrentamos desde o ano passado foram chatas. Tudo se tornou muito prazeroso, pois acreditamos neste negócio”, diz Marques. Com esse prazer é que pretendem atender ao público. Treinamentos da equipe, composta por oito pessoas, foram intensos antes da inauguração. “Queríamos alinhar tudo. A ideia é trabalhar com gente que saiba o que é um produto vegano, por exemplo, e o que é uma cerveja artesanal. Que saiba passar adiante a proposta do que é servido aqui”, complementa Marques sobre algumas das opções oferecidas no menu. Os empresários investem na qualidade do que é servido. O queijo cheddar, peça-chave nas hamburguerias tradicionais, é importado da Europa. “Fizemos várias combinações para chegar neste sabor. A proposta é que harmonize com cervejas. O produto tem de ter qualidade, é fundamental”, explica Patrícia. Trazer boas energias é uma marca tão registrada do local que até mesmo os nomes dos pedidos são inspiradores. Os hambúrgueres foram batizados em homenagem a líderes paciistas, como Marthin Luther King, Malala e Nelson Mandela. Esse último é feito com queijo cheddar e bacon, acompanhado de fritas e cerveja artesanal de trigo. Para o futuro, a dupla pretende expandir os negócios e continuar levando a ideia da paz e da tranquilidade em pequenas atitudes. “Quanto mais gente sair daqui com vontade de levar esta mensagem, mais gratiicados nós icamos. Queremos que nossos clientes se sintam bem”, enfatiza Marques. Alô, empreendedor! O casal à frente da Bendizê, Rodrigo Marques e Patrícia Rotermund, teve um desembolso inicial de cerca de R$ 160 mil. Eles contaram com a ajuda de investidores, que têm uma parcela no negócio. É proporcionar novas experiências e novas visões de mundo. É cruzar fronteiras. É inovar dia após dia. No ano em que a Famecos completa 50 anos, a PUCRS tem uma grande novidade: a parceria com a Brother, uma das escolas criativas mais premiadas do mundo. Venha você também ser do tamanho do futuro. PRIMEIRO CURSO SUPERSCHOOL WEEKEND 13 e 14 de novembro Famecos - PUCRS Inscreva-se em pucrs.br/educon 4 SUCESSÃO negócios, cultura, continuidade É assunto de família LUCILENE ATHAIDE @lucileneathaide Jovens que dão continuidade aos negócios da família têm uma missão desaiadora: dar seguimento, também, à realização de um sonho que inicialmente não foi deles. Será que não ter de começar do zero é um facilitador? Nem sempre. O professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs), Rogério Villela, coordenador do Curso de Administração de Empresas, diz que o desejo dos pais é que seus sucessores assumam o negócio para sua perpetuidade. Ou seja, que os ilhos sejam exatamente como eles - ou ainda melhores. “Às vezes, devido à grande pressão, o ilho faz totalmente o contrário, buscando uma fuga do relacionamento com a família e da sua vida proissional. Estas questões têm de ser trabalhadas desde pequeno”, opina Villela, que atua na linha de Formação em Empreendedorismo e Sucessão. Com 61 anos de história, a loja de calçados Dom Gerson, do bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre, colocou Raiza Ainhorn, 28 anos, no grupo de empreendedores que tem o dever de manter trajetórias consolidadas em movimento. Ela é uma das herdeiras da marca. Sorte que sempre foi apaixonada pelo mundo da moda e dos sapatos femininos. Este amor vem de berço, intensiicado pela admiração ao avô, Marcos Ainhorn, criador da empresa. Raiza não segue a crença pessimista de que a terceira geração quebra o negócio, mas sabe que o legado não é para qualquer um. “A ideia da nossa terceira geração é trazer a nova Dom Gerson, e continuar sendo referência, tal qual meu avô planejava”, diz. Para ela, esse processo é natural. “Nasci sentindo aquele cheirinho de couro novo, sempre me identiiquei com a loja”, lembra Raiza, que hoje, mesmo morando em São Paulo, ajuda a mãe, Paula Ainhorn, 58, e a tia, Carla Ainhorn, 57, a tocar o patrimônio. Mãe e ilha contam que ex-clientes do fundador ainda procuram a loja. Essa idelização que perpassa gerações é um prestígio. Paula acrescenta que a Dom Gerson sempre foi muito presente na sua vida. “A mãe não tinha onde nos deixar e então íamos para o estoque ajudar. Depois fomos tomando conta”, expõe. Conforme Villela, uma pesquisa dos anos 1990 da universidade de Montreal, no Canadá, indicava que 96% das empresas do Brasil eram familiares - o Rio Grande do Sul liderava o ranking entre os estados. Raiza se formou em Administração e aprofundou os estudos em Empreendedorismo e Sucessão justamente pensando na possibilidade de somar-se à Dom Gerson, embora tivesse intenção de ter um empreendimento próprio. Após outras experiências, sentiu-se com maturidade suiciente para assumir os negócios do avô. Continuar empreendimentos que já têm histórias bem consolidadas é desaio para jovens No site, você confere o vídeo desta entrevista e conteúdos exclusivos FREDY VIEIRA/JC Raiza e Paula, mãe e ilha, tocam a Dom Gerson. A empresa tem 61 anos de história Jornal do Comércio | Porto Alegre, quinta-feira, 29 de outubro de 2015 Atenção: o maior desaio da empresa familiar é conciliar o lado proissional com o pessoal. Nossas fontes alertam quem quer seguir o exemplo: o negócio é a família, não dá para separar completamente. “Tem horas que eu preciso reletir que minha mãe é também minha chefe”, diz Leonardo Maranghello. JONATHAN HECKLER/JC Confeitaria: extensão do lar Quando Elena, 61 anos, e Claudio Tafarel Maranghello, 60, começaram a informal fabricação de balas de coco, não imaginavam que estavam dando o pontapé ao que seria a grande paixão dos ilhos Leonardo, 35, e Renata, 32: a confeitaria Maranghello. Criada em 1987, atualmente conta com quatro lojas distribuídas pela capital gaúcha e cerca de 70 funcionários. Os ilhos, que sucederam os pais no empreendimento, dão a dica para a realização proissional: tem de ter visão, mas sem perder o DNA da marca e a essência da família. Para Renata e Leonardo, o diferencial da Maranghello é o fato de ela ter crescido junto com eles. “Sempre moramos na confeitaria, desde pequenos estamos na empresa”, comenta Renata. Hoje, ela cuida da parte comercial, enquanto o irmão toca a área inanceira e de compras. Ambos completam-se nas funções, e o pai e a mãe dão suporte quando necessário. No site, você confere o vídeo desta entrevista e conteúdos exclusivos Os irmãos salientam que o carinho pela empresa sempre esteve presente na vida familiar e que, apesar de terem tido experiências proissionais fora da confeitaria, a ideia de um dia trabalhar exclusivamente com a Maranghello sempre existiu. “Ao contrário do que se vê em outros empreendimentos familiares, nossos pais nunca nos colocaram na obrigação de dedicar-se apenas à confeitaria. Tivemos a possibilidade de ver o mundo lá fora”, conta Renata, que já trabalhou com publicidade em outras empresas. A liberdade que Elena e Claudio deram aos ilhos se reletiu no amor que os herdeiros têm ao negócio. Em 2008, com a abertura de uma ilial no BarraShoppingSul, os irmãos contam que pintou um frio na barriga de largar a empresa na mão de terceiros – já que não conseguem estar em todas as unidades o tempo todo. “O carinho era tanto que resolvemos entrar de cabeça no negócio. Foi um momento importante para a nossa família, deixamos de ser uma loja de bairro”, expõe Leonardo. Mesmo com o lado empresarial, Leonardo e Renata airmam que a Maranghello relete muito o que é a família. Por causa disso, eles têm uma grande preocupação com a gestão de pessoas. Os empresários se divertem contando que os pais ainda dão muitos pitacos na hora de tomar decisões. “Somos descendentes de italianos e nos expressamos muito, mas sem perder o respeito”, airma Renata. Os empresários Renata e Leonardo Maranghello cresceram apaixonados pelos doces dos pais A cobrança entre os membros do clã é maior Em 1953, Lins Ferrão, em sociedade com o irmão Waldemar, criou a loja A Principal, em Camaquã, no Rio Grande do Sul. Anos depois, buscando consolidar-se no mercado de vestuário masculino, Lins deu um passo maior e decidiu mudar o nome do negócio: surgia assim a Pompéia – referência em roupas, cama, mesa e banho. Com a expansão, a loja virou o Grupo Lins Ferrão. Atualmente, Carmem Ferrão, 58 anos, ilha do fundador da Pompéia, atua na área de marketing e vendas. O grupo, formado também por outros familiares, recentemente adquiriu as lojas Gang. O negócio é tão de família que no comando desta nova aquisição está Ana Luiza Ferrão Cardoso, 29, ilha de Carmem e neta de Lins. A publicitária e diretora-geral da Gang conta, nesta entrevista, sobre como é trabalhar em uma empresa familiar. Para Ana, o melhor é ter paixão, independentemente do parentesco. MARCELO LIOTTI/DIVULGAÇÃO/JC Carmem e Ana, do Grupo Lins Ferrão GeraçãoE - Como começou a sua atuação no Grupo Lins Ferrão? Ana Luiza Ferrão - Estava trabalhando na área de marketing em uma empresa que foi comprada por uma multinacional. Neste processo de aquisição, eu teria a oportunidade de morar e trabalhar em outro estado. Foi então que senti que era o momento de ter a experiência no negócio da família. GE - Participar dos negócios da família estava em seus projetos? Ana - No início da minha formação, imaginava ser uma executiva de mercado. Achava importante fazer a minha própria história e ser reconhecida pelo meu trabalho e não por ser um membro da família Ferrão. Depois de formada, de ter experiências em diversas empresas e ter sido reconhecida pelo meu desempenho, me dei conta de que era mais um desaio próprio do que uma real necessidade. Foi então que aceitei a oportunidade de agregar no grupo. GE- Qual o segredo para separar o lado familiar do proissional? Ana - Me considero uma “worklover”, pois sou uma apaixonada pela minha proissão. Acredito que este é o “segredo”. GE - Qual o maior desaio para atuar em uma empresa familiar? Ana - Primeiro, trabalhar com paixão, dedicação e comprometimento. Acredito ser fundamental a proissionalização da empresa, para que os membros da família assumam papéis (ou não) pela competência, e não apenas por fazerem parte dela. Como membros da família, somos muito mais cobrados e nos exigimos muito mais do que os demais colaboradores. 5 6 Jornal do Comércio | Porto Alegre, quinta-feira, 29 de outubro de 2015 ARTIGO Hey! Artigos podem ser enviados para [email protected]. Os textos para este espaço devem ter no máximo 2200 caracteres. Crise leva pessoas a buscarem alternativas econômicas, como permuta Para abrir uma startup, apenas boa vontade não é o suiciente. É necessário ter coragem e uma boa ideia. Empreender exige tempo e estratégias para administrar o dinheiro aplicado, e táticas especiais para atrair novos clientes. Uma boa oportunidade de fazer seu negócio conhecido e seduzir interessados é criar ocasiões por meio de trocas. A permuta hoje é muito comum no mundo dos negócios, porém existem alguns serviços e produtos que são mais simples de permutar. Se você é novo nesta modalidade de negócio, para não errar, se concentre no que realmente pode ser um novo cliente e fornecedor ao mesmo tempo. Primeiro avalie seus custos e separe os gastos ixos dos variáveis. Diicilmente conseguirá uma permuta com consumo preciso, como aluguel, luz, condomínio, telefone e impostos. Porém outras despesas permanentes, como contador, serviços de entrega ou portador, faxina, segurança, portaria, manutenção geral, entre outros, são mais fáceis de contratar de forma terceirizada e por permuta. Dá também para reduzir os custos variáveis, como marketing, publicidade e toda comu- nicação corporativa, como rede social, site, impressão de folders, eventos, cursos preparatórios, entre outros. Por exemplo, alguém que já possui um negócio home oice e quer crescer e migrar para um escritório para poder agregar funcionários ou prestadores de serviço, além de divulgar seu negócio através de troca, ainda pode conseguir através de permuta os móveis de escritório, materiais de construção, equipamentos eletrônicos, informática, internet, iltro de água e material de escritório, entre outras coisas. Funciona assim: os novos empreendedores disponibilizam na empresa ARQUIVO PESSOAL/DIVULGAÇÃO/JC ALESSANDRO CANDIANI Presidente da Permute de permuta, que trabalha como um banco de crédito, produtos ou serviços ociosos, com foco em trocá-los por créditos de Unidades de Permuta (UPs). Com isso, podem escolher entre os itens disponibilizados na rede, aquilo que precisam. Tendo desta forma a facilidade de adquirir o que necessita sem precisar gastar dinheiro ou mexer no caixa da empresa. Os clientes aparecem, porque na troca existe a oportunidade de experimentar e conhecer os novos produtos ou serviços e, desta forma, contratarem também fora da permuta ou indicarem para outros interessados. BOM SABER dicas, sugestões, informações Foco no networking: trocar ideias é fundamental ROBERTA FOFONKA @rfofonka Rolou em Porto Alegre, em outubro, o Global Tecnopuc Experience, evento que trouxe interessados em empreendedorismo e criatividade para dentro do novo espaço de coworking da Pucrs. Uma das atividades foi sobre Networking, com Jorge Horácio Audy, professor da Faculdade de Informática da universidade, mestre em Métodos Ágeis e idealizador das Tecnotalks – eventos da comunidade do Tecnopuc e empresas de Porto Alegre com o viés de troca de ideias. O mote para os encontros, que acontecem há três anos, é só um: eleger um assunto em que as pessoas queiram abordar, falar sobre, conhecer mais, discutir. E qualquer um pode participar. “O que eu não vejo no mercado são temas que não sejam essencialmente sobre tecnologia. A diferença no Tecnotalks é que é 100% descentralizado. Nós nos organizamos conforme a vontade. E criamos a oportunidade de as próprias pessoas dizerem sobre o que estão a im de conversar”, explica. Audy nos deu dicas importantes para levar em conta sobre networking: » Segundo ele, inovação é capacidade absortiva. “Isto não é somente criar novos produtos, mas novas formas de resolver problemas, aprender com o erro dos outros e mudar os processos de trabalho, agregando valor ao negócio.” » Não se pode icar inventando desculpas para não agir. “Para fazer coisas diferentes só é preciso pessoas a im de fazer coisas diferentes”, diz. » Além do mais, é essencial sair do seu quadrado e circular por diferentes núcleos para trocar ideias. “Você nunca vai fazer uma coisa diferente falando com as mesmas pessoas”, pontua. » Apostar na força de um grupo de pessoas que tenham capacidades distintas e sejam comprometidas. Para Audy, “você não precisa de um Steve Jobs para construir uma grande empresa. E sim um coletivo forte.” » “Dividir o tempo das tarefas, fazer experimentação e trocar ideias. Experimentar algo novo, não icar apegado demais àquilo que já está posto em prática.” » A ideia do Tecnotalks é prover a troca de conhecimentos dentre as tantas experiências que circulam pelo parque tecnológico. Portanto: inovação não se trata só de tecnologia. Descentralize. Há muitos interesses em comum entre empresas para além do software. ARQUIVO PESSOAL/DIVULGAÇÃO/JC Jorge Horácio Audy é professor da Pucrs 7 Jornal do Comércio | Porto Alegre, quinta-feira, 29 de outubro de 2015 TECH TECNOLOGIA infantil, pais robótica, novo hamburgo App identiica locais baby friendly Baby Check-in será lançado em dezembro, com operação em Porto Alegre LEONARDO PUJOL @leonardopujolrs Com a chegada de um bebê, surgem novas preocupações. Qual a melhor pracinha para brincar? Qual restaurante possui fraldário? Que hotel conta com espaço kids? Dilemas assim poderão ser minimizados graças ao trabalho de duas gaúchas - Marina Beloray, 30 anos, e Ana Paula Prati, 29 - que criaram o Baby Check-in. O app, cujo lançamento está marcado para 6 de dezembro, tem caráter colaborativo. A ideia é conectar pais de primeira viagem aos mais experientes na busca pelos melhores locais para sair com as crianças, principalmente as entre 0 e 5 anos. “Queremos funcionar como o Trip Advisor e o Foursquare: os pais mandarão fotos e avaliações sobre os locais que visitarem, ajudando outros a encontrarem lugares legais”, explica Marina, formada em Design – assim como a sócia. As duas não são mães, mas garantem, pela experiência de familiares, amigos e do próprio mercado de trabalho, que conseguir locais Baby Friendly é um desaio recorrente. “Sempre quis ter meu negócio e já não encontrava satisfação no que eu trabalhava”, diz Marina, que mora em Porto Alegre e tem experiência na área comercial de agência publicitária. “Mas eu também não queria sair do mercado para abrir qualquer coisa.” O aporte inicial para o negócio foi de R$ 40 mil. Elas já conseguiram dar vida ao site e garantiram a primeira versão do app, que estará disponível para iOS e Android. Nos primeiros seis meses, a intenção é consolidá-lo na capital gaúcha. Depois, em São Paulo. A meta é obter 500 mil usuários até junho de 2016. FREDY VIEIRA/JC 30ª Mostratec aproxima inovação e pesquisa Acontece desde segunda-feira, e segue até amanhã, no Centro de Eventos Fenac, em Novo Hamburgo (RS), a 30ª Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia (Mostratec). Considerada a maior feira do gênero da América do Sul, tem representantes de 19 países e de todos os estados brasileiros. No site do GeraçãoE está sendo realizada uma cobertura diária. Criatividade e inovação é o que não falta, pois a Mostratec reúne jovens cientistas entre 14 e 20 anos de idade. Muitos deles já premiados em eventos internacionais. É o caso da Under Control 1156, equipe do Colégio Marista Pio XII, de Novo Hamburgo, que há 13 anos participa de competições tecnológicas em vários lugares do mundo. Para Filipe Ghesla, 23 anos, professor de robótica e coordenador da equipe, a Mostratec é interessante para que os alunos possam desenvolver outras potencialidades que vão além do desenvolvimento de máquinas. Segundo ele, a mostra é um canal para inspirar os jovens a trabalharem com tecnologia. São cerca de 500 trabalhos e 65 equipes inscritas na competição. Este ano, a Under Control não concorre como participante, mas está presente ROBERTA FOFONKA/ESPECIAL/JC Filipe Ghesla auxilia os alunos da Rede Marista no desaio de drones na organização da feira. Um estande da Rede Marista, em parceria com a Pucrs, foi montado com diversas atividades e exposições. Tem até um robô pianista (!). No espaço, são promovidas competições de drones, desaios de robôs e os alunos precisam apresentar uma maquete com soluções para processos de geração de luz. A Pucrs também levou atrações de seu museu de tecnologia ao espaço, e aproveita a oportunidade para divulgar o Vestibular 2016, que ocorre nos dias 5 e 6 de janeiro. A Mostratec, segundo Ghesla, que já foi aluno do colégio, revela muito sobre a face empreendedora do trabalho que é desenvolvido pelos estudantes maristas. Ao produzir robôs, eles andam de mãos dadas com a inovação. “Criar um robô é incentivar o lado do empreendedorismo. Os alunos precisam ir atrás de recursos, patrocinadores. Acabam empreendendo”, considera. Silvio Langer, coordenador do festival Marista, acrescenta que “no desaio do robô, os alunos precisam escolher estratégias para achar soluções”. Tudo a ver com o que encontrarão no mercado de trabalho no futuro. A entrada é gratuita. Além do Brasil, se inscreveram na Mostratec pesquisadores da Argentina, Bósnia e Herzegovina, Cazaquistão, Colômbia, Dinamarca, Eslovênia, Espanha, Estados Unidos, Holanda, Índia, Indonésia, Itália, Macedônia, México, Paraguai, Peru, Turquia e Uruguai. A feira funciona das 14h às 21h nesta quinta-feira, e das 14h às 17h na sexta-feira. Marina é uma das mentoras da solução pensada para crianças Esperança mexicana A monetização do Baby Check-in virá por anúncios. “O restaurante ou hotel pode investir para aparecer como primeira opção dos usuários”, diz Marina. Em novembro, elas vão ao México na esperança de angariar investimentos no WeXChange 2015, evento que reúne empreendedoras da América Latina e investidores. O convite surgiu da Rede Mulher Empreendedora. 8 Jornal do Comércio | Porto Alegre, quinta-feira, 29 de outubro de 2015 MURAL ENTREVISTA questions and answers Networking » Para quem estiver no Rio de Janeiro entre hoje e amanhã, será promovido o V Seminário de Economia Criativa, na ESPM. O evento será das 9h30min às 17h, e o tema da edição é Esporte, Música e Audiovisual. Haverá apresentações de cases de marcas e projetos que izeram sucesso com soluções inovadoras. Gratuito e aberto ao público, o evento será realizado na rua do Rosário, 90/ 11º andar, no Centro da cidade. » Está marcado para o dia 19 de novembro o Acontece Empreendedorismo, evento promovido pelo Cesar (Instituto de Inovação de Recife). A atividade deve reunir até 200 pessoas, entre empresários, startups, organizações e investidores. Serão discutidas iniciativas criativas de empreendedores, promovendo a troca de ideias e networking sobre o tema, com abordagem prática e foco em Negócios e Mercado. O link entre a liberdade e a produtividade da Jüssi ARQUIVO PESSOAL/DIVULGAÇÃO/JC Henrique Russowsky, fundador da agência de comunicação digital Links para inscrições e mais informações sobre cursos em nosso site. Oportunidades » O Programa de Trainee da Sodexo está com inscrições abertas. As vagas são para formados nos cursos de Nutrição, Gastronomia, Engenharia dos Alimentos e Economia Doméstica. As etapas da seleção compreendem testes on-line e avaliações de competências comportamentais. Experiência proissional, pós-graduação e um segundo idioma serão considerados diferenciais no processo seletivo. Inscrições podem ser feitas no site até o dia 31 de dezembro. » Estão abertas até o dia 31 de novembro as inscrições para o programa de trainee do laboratório EMS. As oportunidades são para graduados há no máximo três anos. A empresa oferece plano médico e odontológico, seguro de vida, refeição e transporte. Fluência em inglês e espanhol são pré-requisitos. Na batalha ARQUIVO PESSOAL/DIVULGAÇÃO/JC “A Adapta Drive é uma locadora de carros adaptados para portadores de necessidades especiais. Surgiu de uma história e experiência de vida. Sofri uma lesão medular com diagnóstico de tetraplegia, mas não desisti e me reabilitei. Vivendo como um deiciente e convivendo com tantos outros, identiiquei a falta do serviço nas locadoras existentes e a oportunidade de negócio. A empresa já atua como uma consultoria para reabilitação de condutores deicientes e quer atender os clientes que utilizam a locação para lazer, turismo e negóGustavo Wapler, com Luiza cios. O projeto se tornou mais imWapler, #nabatalha dos portante com o estatuto da pessoa carros adaptados com deiciência, que prevê carros adaptados para locação. A solução propõe uma frota adaptada que atenda a maioria das deiciências e o cumprimento da lei com o diferencial no know-how de um deiciente atendendo os deicientes. As operações iniciam em Porto alegre e região Sul em 2016, e pretendemos expandir nacionalmente com foco nos Jogos Paralímpicos.” MAURO BELO SCHNEIDER @belomauro Com um escritório em São Paulo, a agência de comunicação Jüssi chama atenção por sua carta de clientes. Entre tantos outros, estão Google, Amazon, Carrefour, LinkedIn e FNAC. Em setembro, o grupo WWP, um conglomerado de comunicação global, adquiriu o controle acionário da empresa, fundada pelo gaúcho Henrique Russowsky, 35 anos, formado em Administração de Empresas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs). O negócio surgiu apenas com ele, em 2010, após uma experiência no escritório brasileiro do Google, entre 2005 e 2009. Em 2012, se associou ao mexicano Marcos Del Valle e ao francês Xavier Penat. Hoje, são 150 funcionários. “A gente tenta englobar serviços para fazer uma entrega com cara de solução. É uma nova geração de agências, com viés voltado para vendas”, explica Russowsky. Nesta entre- vista, ele descreve como lidera o trabalho na Jüssi, tendo sob sua responsabilidade as áreas de Mídia e Conteúdo. GeraçãoE - O que faz a Jüssi? Henrique Russowsky - Somos uma agência digital que tem foco em performance, ou seja, tudo aquilo que se faz olhando para um resultado tangível: ajudar o cliente a vender mais. Temos 12 áreas de unidades especializadas. GE - Como é a rotina de trabalho? Russowsky – A gente não tem aquela separação entre vida pessoal e trabalho. Minha mulher pode visitar a agência com meu ilho, tem um clima mais descontraído. Ou, eu vou para casa e volto. Desde o Google, tenho essa cultura, aprendi isso lá. A nossa geração, nesse mercado especiicamente, funciona assim. Temos uma lexibilidade bastante grande. É possível trabalhar de casa, não tem um rigor quanto a isso, desde que as coisas estejam sendo feitas. GE – Como isso é passado aos funcionários? Russowsky - É uma cultura que faz parte desse mercado e dessa geração. Ela integra a vida pessoal com o trabalho, o que não deixa de ser a vida pessoal. Vale, inclusive, para exposição em redes sociais. Não posso sair comentando qualquer coisa, pois meus colegas e meu chefe veem. GE – Essa liberdade traz produtividade? Russowsky - Acho que sim. Temos dois andares, apesar de que o ideal seria manter um só. Não há nenhuma sala, fora a de reuniões. Inclusive os sócios estão integrados a todo mundo sem nenhuma diferenciação. Não fazemos isso porque é legal, mas porque é necessário, faz parte, a gente está no dia a dia trabalhando, então não tem como se isolar. Se eu preciso fazer uma ligação conidencial, eu vou para uma sala de reuniões. Se eu passar o dia inteiro numa sala própria, e de vez em quando ter de chamar pessoas para reunião, é muito mais improdutivo.