Porto Alegre, quinta-feira, 29 de outubro de 2015 | nº 10 | Jornal do Comércio
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l
Página Centra
FREDY VIEIRA/JC
Pode contar
comigo!
2
Jornal do Comércio | Porto Alegre, quinta-feira, 29 de outubro de 2015
PÁGINA INICIAL
/JC_GeracaoE
Ao leitor
/JCGeracaoE
/JCGeracaoE
www.geracaoe.com
#feed
o que está rolando na web
Você já curte
nossas redes
sociais?
O GeraçãoE, além de
expor histórias empreendedoras, vem se estabelecendo
como uma comunidade de
pessoas com interesses em
comum. Pelas nossas redes
sociais, é possível observar
uma troca de informações
e compartilhamento de soluções muito intensa.
As reportagens publicadas neste caderno ganham
destaque, primeiro, pelo
Facebook. Por lá, os empreendedores se marcam, se
comunicam, se multiplicam.
E é essa a nossa essência:
ser um canal de câmbio, não
um produtor de conteúdo,
apenas.
Vale a pena curtir,
portanto, a nossa página:
JCGeracaoE. Queremos e,
muito mais do que isso,
precisamos da sua participação. Estamos abertos
para mensagens, sugestões
e feedbacks. A ideia é que
o empreendedor seja, cada
vez mais, o protagonista dos
nossos espaços.
A intenção geral de
quem lida com o tema é
que, através de ferramentas
que incentivam a tomada
de atitute, o Brasil seja forte
no ramo da inovação e da
criatividade.
Como muitas de nossas
fontes dizem, ter um negócio não é uma saída, é sim
uma entrada. E a inspiração, essa que você tem por
aqui e pelas nossas frentes
digitais, pode acelerar esse
processo.
Junte-se a nós, ainda,
no Instagram e no Twitter.
#juntos
Newsletter: Cadastre seu
email na nossa newsletter no
site. Queremos que você ique
por dentro de todas as nossas
notícias em primeira mão.
“Se você é empregado, qua
l é seu risco? Ser mandado
embora. Se você
empreende, você pode, não
só cair no chão, mas cair num
buraco que não
tem im. Empreender signiica
se aventurar na escola do risc
o. Esse é o maior
aprendizado do empreendedo
rismo. Se você não tem fíga
do
para encarar o
risco, repense”, Jimmy Cyg
ler, presidente da Proxis, em
ent
rev
ista à Exame.
Assista: http://bit.ly/1OKF5
Mu
IMAGENS REPRODUÇÃO/JC
@jcgeracaoe
personalizar as
Atitude empreendedora é também
s à editora
bén
caixinhas dos computadores! Para
e
s
ócio
do caderno Empresas e Neg
pela ideia. :)
JC Contabilidade, Cristine Pires,
res #GeraçãoE
#co
ade
alid
#criatividade #person
‰ ForbesBrasil
‰ Palestr
a co
Porto Ale m ex-executivos
da
gre reuniu
mais de 2 Disney em
00 pesso
as
MAURO SCHNEIDER
Subeditor GeraçãoE
@belomauro
ROBERTA FOFONKA
Repórter
@rfofonka
Editor-chefe: Pedro Maciel
Secretário de redação: Guilherme Kolling
Editor de economia: Luiz Guimarães
Editor de internet: Paulo Serpa Antunes
LUCILENE ATHAIDE
Estagiária
@lucileneathaide
LEONARDO PUJOL
Estagiário
@leonardopujolrs
Projeto gráico: Juliano Bruni e Luis Felipe Corullón
Editor de fotograia: João Mattos
Revisão: André Fuzer, Rafaela Milara, hiago Nestor
[email protected]
geracao e.com
geraçãoempreendedora
Publicação do
Jornal do Comércio
de Porto Alegre
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Jornal do Comércio | Porto Alegre, quinta-feira, 29 de outubro de 2015
GATRONOMIA
novidade, zona sul, zen
Harmonia entre burger
e cerveja no cardápio
JONATHAN HECKLER/JC
Namorados largaram
empregos para apostar
na hamburgueria
Bendizê, na Capital
SER DO TAMANHO
DO FUTURO É MAIS
DO QUE ENSINAR.
LUCILENE ATHAIDE
@lucileneathaide
Hambúrguer, cervejas e
boas energias é o que promete o espaço Bendizê. Criado
pelos administradores Rodrigo
Marques, 24 anos, e Patrícia Rotermund, 27, o local faz parte de
um sonho antigo do casal: aliar
elementos da gastronomia com
sustentabilidade e mensagens
positivas. No último dia 24, a
Bendizê abriu suas portas na
Zona Sul de Porto Alegre, na rua
Sargento São Nicolau de Farias,
número 188, bairro Tristeza.
Além da harmonização
de cervejas artesanais com
hambúrgueres, há a preocupação com a construção de
um mundo melhor. Os móveis
e decoração são baseados no
reaproveitamento de materiais.
“Conseguimos aliar aqui coisas em que acreditamos a vida
inteira”, deine Marques.
A estimativa é que cerca de
50 pessoas passem pelo local
diariamente para desfrutar das
opções de lanches - que variam
entre R$ 19,00 e R$ 34,00.
Com carreiras estáveis
no mercado, os proprietários
resolveram, no inal do ano
passado, pensar realmente em
colocar a Bendizê na rua. Patrícia era funcionária pública.
Marques trabalhava na Dell
havia cinco anos.
“Sempre tivemos vontade
de empreender, só faltava
saber exatamente qual era o
caminho”, explica Patrícia. Os
Marques e Patrícia usam nomes de líderes paciistas nos combos
dois contam que em dezembro
de 2014 não deu mais para
segurar o objetivo.
Começaram a alinhar o
plano de negócios. Pesquisaram
a região, buscaram sócios investidores e foram atrás de pessoas
para montar a equipe. “Nenhuma das barreiras que enfrentamos desde o ano passado foram
chatas. Tudo se tornou muito
prazeroso, pois acreditamos
neste negócio”, diz Marques.
Com esse prazer é que
pretendem atender ao público.
Treinamentos da equipe, composta por oito pessoas, foram
intensos antes da inauguração.
“Queríamos alinhar tudo. A ideia
é trabalhar com gente que saiba
o que é um produto vegano, por
exemplo, e o que é uma cerveja
artesanal. Que saiba passar
adiante a proposta do que é
servido aqui”, complementa
Marques sobre algumas das
opções oferecidas no menu.
Os empresários investem na
qualidade do que é servido. O
queijo cheddar, peça-chave nas
hamburguerias tradicionais, é
importado da Europa.
“Fizemos várias combinações para chegar neste sabor.
A proposta é que harmonize
com cervejas. O produto tem de
ter qualidade, é fundamental”,
explica Patrícia.
Trazer boas energias é uma
marca tão registrada do local
que até mesmo os nomes dos
pedidos são inspiradores. Os
hambúrgueres foram batizados
em homenagem a líderes paciistas, como Marthin Luther
King, Malala e Nelson Mandela.
Esse último é feito com queijo
cheddar e bacon, acompanhado de fritas e cerveja artesanal
de trigo.
Para o futuro, a dupla pretende expandir os negócios e
continuar levando a ideia da paz
e da tranquilidade em pequenas
atitudes. “Quanto mais gente
sair daqui com vontade de levar
esta mensagem, mais gratiicados nós icamos. Queremos que
nossos clientes se sintam bem”,
enfatiza Marques.
Alô, empreendedor! O casal à frente da Bendizê, Rodrigo Marques e Patrícia
Rotermund, teve um desembolso inicial de cerca de R$ 160 mil. Eles contaram
com a ajuda de investidores, que têm uma parcela no negócio.
É proporcionar novas experiências
e novas visões de mundo.
É cruzar fronteiras.
É inovar dia após dia.
No ano em que a Famecos
completa 50 anos,
a PUCRS tem uma grande
novidade: a parceria
com a Brother,
uma das escolas criativas mais
premiadas do mundo.
Venha você também ser
do tamanho do futuro.
PRIMEIRO CURSO
SUPERSCHOOL WEEKEND
13 e 14 de novembro
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Inscreva-se em pucrs.br/educon
4
SUCESSÃO
negócios, cultura, continuidade
É assunto de família
LUCILENE ATHAIDE
@lucileneathaide
Jovens que dão continuidade
aos negócios da família têm uma
missão desaiadora: dar seguimento,
também, à realização de um sonho
que inicialmente não foi deles. Será
que não ter de começar do zero é um
facilitador? Nem sempre.
O professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
(Pucrs), Rogério Villela, coordenador do Curso de Administração de
Empresas, diz que o desejo dos pais
é que seus sucessores assumam o
negócio para sua perpetuidade. Ou
seja, que os ilhos sejam exatamente
como eles - ou ainda melhores.
“Às vezes, devido à grande pressão, o ilho faz totalmente o contrário,
buscando uma fuga do relacionamento com a família e da sua vida proissional. Estas questões têm de ser
trabalhadas desde pequeno”, opina
Villela, que atua na linha de Formação
em Empreendedorismo e Sucessão.
Com 61 anos de história, a loja
de calçados Dom Gerson, do bairro
Moinhos de Vento, em Porto Alegre,
colocou Raiza Ainhorn, 28 anos, no
grupo de empreendedores que tem o
dever de manter trajetórias consolidadas em movimento.
Ela é uma das herdeiras da marca. Sorte que sempre foi apaixonada
pelo mundo da moda e dos sapatos
femininos. Este amor vem de berço,
intensiicado pela admiração ao avô,
Marcos Ainhorn, criador da empresa.
Raiza não segue a crença pessimista de que a terceira geração
quebra o negócio, mas sabe que o
legado não é para qualquer um. “A
ideia da nossa terceira geração é
trazer a nova Dom Gerson, e continuar sendo referência, tal qual meu avô
planejava”, diz.
Para ela, esse processo é natural.
“Nasci sentindo aquele cheirinho de
couro novo, sempre me identiiquei
com a loja”, lembra Raiza, que hoje,
mesmo morando em São Paulo,
ajuda a mãe, Paula Ainhorn, 58, e
a tia, Carla Ainhorn, 57, a tocar o
patrimônio.
Mãe e ilha contam que ex-clientes do fundador ainda procuram a
loja. Essa idelização que perpassa
gerações é um prestígio.
Paula acrescenta que a Dom
Gerson sempre foi muito presente
na sua vida. “A mãe não tinha onde
nos deixar e então íamos para o estoque ajudar. Depois fomos tomando
conta”, expõe.
Conforme Villela, uma pesquisa
dos anos 1990 da universidade de
Montreal, no Canadá, indicava que
96% das empresas do Brasil eram
familiares - o Rio Grande do Sul liderava o ranking entre os estados.
Raiza se formou em Administração
e aprofundou os estudos em Empreendedorismo e Sucessão justamente
pensando na possibilidade de somar-se à Dom Gerson, embora tivesse
intenção de ter um empreendimento
próprio. Após outras experiências,
sentiu-se com maturidade suiciente
para assumir os negócios do avô.
Continuar
empreendimentos
que já têm histórias
bem consolidadas é
desaio para jovens
No site, você confere o
vídeo desta entrevista e
conteúdos exclusivos
FREDY VIEIRA/JC
Raiza e Paula, mãe
e ilha, tocam a Dom
Gerson. A empresa tem
61 anos de história
Jornal do Comércio | Porto Alegre, quinta-feira, 29 de outubro de 2015
Atenção: o maior desaio da empresa familiar
é conciliar o lado proissional com o pessoal.
Nossas fontes alertam quem quer seguir o
exemplo: o negócio é a família, não dá para
separar completamente. “Tem horas que eu
preciso reletir que minha mãe é também
minha chefe”, diz Leonardo Maranghello.
JONATHAN HECKLER/JC
Confeitaria:
extensão do lar
Quando Elena, 61 anos, e
Claudio Tafarel Maranghello,
60, começaram a informal
fabricação de balas de coco, não
imaginavam que estavam dando
o pontapé ao que seria a grande
paixão dos ilhos Leonardo,
35, e Renata, 32: a confeitaria
Maranghello. Criada em 1987,
atualmente conta com quatro
lojas distribuídas pela capital
gaúcha e cerca de 70 funcionários. Os ilhos, que sucederam
os pais no empreendimento,
dão a dica para a realização proissional: tem de ter visão, mas
sem perder o DNA da marca e a
essência da família.
Para Renata e Leonardo, o
diferencial da Maranghello é
o fato de ela ter crescido junto
com eles. “Sempre moramos
na confeitaria, desde pequenos
estamos na empresa”, comenta
Renata. Hoje, ela cuida da parte
comercial, enquanto o irmão
toca a área inanceira e de
compras. Ambos completam-se
nas funções, e o pai e a mãe dão
suporte quando necessário.
No site, você confere o
vídeo desta entrevista e
conteúdos exclusivos
Os irmãos salientam que o
carinho pela empresa sempre
esteve presente na vida familiar
e que, apesar de terem tido
experiências proissionais fora
da confeitaria, a ideia de um
dia trabalhar exclusivamente
com a Maranghello sempre
existiu. “Ao contrário do que se
vê em outros empreendimentos
familiares, nossos pais nunca
nos colocaram na obrigação de
dedicar-se apenas à confeitaria.
Tivemos a possibilidade de ver
o mundo lá fora”, conta Renata,
que já trabalhou com publicidade em outras empresas.
A liberdade que Elena e
Claudio deram aos ilhos se
reletiu no amor que os herdeiros têm ao negócio. Em 2008,
com a abertura de uma ilial no
BarraShoppingSul, os irmãos
contam que pintou um frio na
barriga de largar a empresa na
mão de terceiros – já que não
conseguem estar em todas as
unidades o tempo todo.
“O carinho era tanto que
resolvemos entrar de cabeça no
negócio. Foi
um momento importante
para a nossa família, deixamos
de ser uma loja de bairro”,
expõe Leonardo.
Mesmo com o lado empresarial, Leonardo e Renata airmam que a Maranghello relete
muito o que é a família. Por causa disso, eles têm uma grande
preocupação com a gestão de
pessoas. Os
empresários se
divertem contando que os pais
ainda dão muitos pitacos na
hora de tomar decisões. “Somos
descendentes de italianos e
nos expressamos muito, mas
sem perder o respeito”, airma
Renata.
Os empresários
Renata e Leonardo
Maranghello cresceram
apaixonados pelos
doces dos pais
A cobrança entre os membros do clã é maior
Em 1953, Lins Ferrão, em sociedade com o irmão Waldemar, criou a
loja A Principal, em Camaquã, no Rio
Grande do Sul. Anos depois, buscando
consolidar-se no mercado de vestuário
masculino, Lins deu um passo maior
e decidiu mudar o nome do negócio:
surgia assim a Pompéia – referência
em roupas, cama, mesa e banho.
Com a expansão, a loja virou o Grupo
Lins Ferrão. Atualmente, Carmem
Ferrão, 58 anos, ilha do fundador da
Pompéia, atua na área de marketing
e vendas. O grupo, formado também
por outros familiares, recentemente
adquiriu as lojas Gang. O negócio é tão
de família que no comando desta nova
aquisição está Ana Luiza Ferrão Cardoso, 29, ilha de Carmem e neta de Lins.
A publicitária e diretora-geral da
Gang conta, nesta entrevista, sobre
como é trabalhar em uma empresa familiar. Para Ana, o melhor é ter paixão,
independentemente do parentesco.
MARCELO LIOTTI/DIVULGAÇÃO/JC
Carmem e Ana, do Grupo Lins Ferrão
GeraçãoE - Como começou a sua
atuação no Grupo Lins Ferrão?
Ana Luiza Ferrão - Estava trabalhando na área de marketing em
uma empresa que foi comprada por
uma multinacional. Neste processo de
aquisição, eu teria a oportunidade de
morar e trabalhar em outro estado.
Foi então que senti que era o momento de ter a experiência no negócio da
família.
GE - Participar dos negócios da
família estava em seus projetos?
Ana - No início da minha formação, imaginava ser uma executiva de
mercado. Achava importante fazer a
minha própria história e ser reconhecida pelo meu trabalho e não por ser
um membro da família Ferrão. Depois
de formada, de ter experiências em
diversas empresas e ter sido reconhecida pelo meu desempenho, me
dei conta de que era mais um desaio
próprio do que uma real necessidade.
Foi então que aceitei a oportunidade
de agregar no grupo.
GE- Qual o segredo para separar
o lado familiar do proissional?
Ana - Me considero uma “worklover”, pois sou uma apaixonada pela
minha proissão. Acredito que este é
o “segredo”.
GE - Qual o maior desaio para
atuar em uma empresa familiar?
Ana - Primeiro, trabalhar com
paixão, dedicação e comprometimento. Acredito ser fundamental a
proissionalização da empresa, para
que os membros da família assumam
papéis (ou não) pela competência, e
não apenas por fazerem parte dela.
Como membros da família, somos
muito mais cobrados e nos exigimos
muito mais do que os demais colaboradores.
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Jornal do Comércio | Porto Alegre, quinta-feira, 29 de outubro de 2015
ARTIGO
Hey! Artigos podem ser enviados para [email protected].
Os textos para este espaço devem ter no máximo 2200 caracteres.
Crise leva pessoas a buscarem
alternativas econômicas, como permuta
Para abrir uma startup,
apenas boa vontade não é o
suiciente. É necessário ter coragem e uma boa ideia. Empreender exige tempo e estratégias
para administrar o dinheiro
aplicado, e táticas especiais
para atrair novos clientes. Uma
boa oportunidade de fazer seu
negócio conhecido e seduzir
interessados é criar ocasiões por
meio de trocas.
A permuta hoje é muito
comum no mundo dos negócios,
porém existem alguns serviços e
produtos que são mais simples
de permutar. Se você é novo
nesta modalidade de negócio,
para não errar, se concentre
no que realmente pode ser um
novo cliente e fornecedor ao
mesmo tempo.
Primeiro avalie seus custos
e separe os gastos ixos dos
variáveis. Diicilmente conseguirá uma permuta com consumo
preciso, como aluguel, luz, condomínio, telefone e impostos.
Porém outras despesas permanentes, como contador, serviços
de entrega ou portador, faxina,
segurança, portaria, manutenção geral, entre outros, são mais
fáceis de contratar de forma
terceirizada e por permuta.
Dá também para reduzir os
custos variáveis, como marketing, publicidade e toda comu-
nicação corporativa, como rede
social, site, impressão de folders,
eventos, cursos preparatórios,
entre outros. Por exemplo, alguém que já possui um negócio
home oice e quer crescer e
migrar para um escritório para
poder agregar funcionários ou
prestadores de serviço, além de
divulgar seu negócio através
de troca, ainda pode conseguir
através de permuta os móveis
de escritório, materiais de construção, equipamentos eletrônicos, informática, internet, iltro
de água e material de escritório,
entre outras coisas. Funciona
assim: os novos empreendedores disponibilizam na empresa
ARQUIVO PESSOAL/DIVULGAÇÃO/JC
ALESSANDRO
CANDIANI
Presidente da Permute
de permuta, que trabalha como
um banco de crédito, produtos
ou serviços ociosos, com foco
em trocá-los por créditos de
Unidades de Permuta (UPs).
Com isso, podem escolher
entre os itens disponibilizados
na rede, aquilo que precisam.
Tendo desta forma a facilidade
de adquirir o que necessita sem
precisar gastar dinheiro ou
mexer no caixa da empresa. Os
clientes aparecem, porque na
troca existe a oportunidade de
experimentar e conhecer os novos produtos ou serviços e, desta forma, contratarem também
fora da permuta ou indicarem
para outros interessados.
BOM SABER
dicas, sugestões, informações
Foco no networking: trocar
ideias é fundamental
ROBERTA FOFONKA
@rfofonka
Rolou em Porto Alegre, em outubro, o Global Tecnopuc Experience,
evento que trouxe interessados em
empreendedorismo e criatividade
para dentro do novo espaço de coworking da Pucrs.
Uma das atividades foi sobre
Networking, com Jorge Horácio
Audy, professor da Faculdade de
Informática da universidade, mestre
em Métodos Ágeis e idealizador das
Tecnotalks – eventos da comunidade do Tecnopuc e empresas de
Porto Alegre com o viés de troca de
ideias. O mote para os encontros,
que acontecem há três anos, é só um:
eleger um assunto em que as pessoas
queiram abordar, falar sobre, conhecer mais, discutir. E qualquer um
pode participar. “O que eu não vejo
no mercado são temas que não sejam
essencialmente sobre tecnologia.
A diferença no Tecnotalks é que é
100% descentralizado. Nós nos organizamos conforme a vontade. E criamos a oportunidade de as próprias
pessoas dizerem sobre o que estão a
im de conversar”, explica. Audy nos
deu dicas importantes para levar em
conta sobre networking:
» Segundo ele, inovação é capacidade
absortiva. “Isto não é somente criar
novos produtos, mas novas formas de
resolver problemas, aprender com o
erro dos outros e mudar os processos de trabalho, agregando valor ao
negócio.”
» Não se pode icar inventando
desculpas para não agir. “Para fazer
coisas diferentes só é preciso pessoas
a im de fazer coisas diferentes”, diz.
» Além do mais, é essencial sair do seu
quadrado e circular por diferentes núcleos para trocar ideias. “Você nunca
vai fazer uma coisa diferente falando
com as mesmas pessoas”, pontua.
» Apostar na força de um grupo de
pessoas que tenham capacidades distintas e sejam comprometidas. Para
Audy, “você não precisa de um Steve
Jobs para construir uma grande empresa. E sim um coletivo forte.”
» “Dividir o tempo das tarefas, fazer
experimentação e trocar ideias.
Experimentar algo novo, não icar
apegado demais àquilo que já está
posto em prática.”
» A ideia do Tecnotalks é prover a
troca de conhecimentos dentre
as tantas experiências que circulam pelo parque tecnológico.
Portanto: inovação não se trata só de
tecnologia. Descentralize. Há muitos
interesses em comum entre empresas para além do software.
ARQUIVO PESSOAL/DIVULGAÇÃO/JC
Jorge Horácio Audy é professor da Pucrs
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Jornal do Comércio | Porto Alegre, quinta-feira, 29 de outubro de 2015
TECH
TECNOLOGIA
infantil, pais
robótica, novo hamburgo
App identiica locais
baby friendly
Baby Check-in será
lançado em dezembro,
com operação em
Porto Alegre
LEONARDO PUJOL
@leonardopujolrs
Com a chegada de um
bebê, surgem novas preocupações. Qual a melhor
pracinha para brincar? Qual
restaurante possui fraldário?
Que hotel conta com espaço
kids? Dilemas assim poderão
ser minimizados graças ao
trabalho de duas gaúchas
- Marina Beloray, 30 anos,
e Ana Paula Prati, 29 - que
criaram o Baby Check-in.
O app, cujo lançamento
está marcado para 6 de dezembro, tem caráter colaborativo. A ideia é conectar pais
de primeira viagem aos mais
experientes na busca pelos
melhores locais para sair com
as crianças, principalmente as
entre 0 e 5 anos. “Queremos
funcionar como o Trip Advisor e o Foursquare: os pais
mandarão fotos e avaliações
sobre os locais que visitarem,
ajudando outros a encontrarem lugares legais”, explica
Marina, formada em Design –
assim como a sócia.
As duas não são mães,
mas garantem, pela experiência de familiares, amigos
e do próprio mercado de
trabalho, que conseguir locais
Baby Friendly é um desaio
recorrente.
“Sempre quis ter meu
negócio e já não encontrava
satisfação no que eu trabalhava”, diz Marina, que mora em
Porto Alegre e tem experiência na área comercial de
agência publicitária. “Mas eu
também não queria sair do
mercado para abrir qualquer
coisa.” O aporte inicial para o
negócio foi de R$ 40 mil. Elas
já conseguiram dar vida ao
site e garantiram a primeira
versão do app, que estará disponível para iOS e Android.
Nos primeiros seis meses, a
intenção é consolidá-lo na capital gaúcha. Depois, em São
Paulo. A meta é obter 500 mil
usuários até junho de 2016.
FREDY VIEIRA/JC
30ª Mostratec aproxima
inovação e pesquisa
Acontece desde segunda-feira, e segue até amanhã, no
Centro de Eventos Fenac, em
Novo Hamburgo (RS), a 30ª
Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia (Mostratec).
Considerada a maior feira
do gênero da América do Sul,
tem representantes de 19
países e de todos os estados
brasileiros. No site do GeraçãoE está sendo realizada uma
cobertura diária.
Criatividade e inovação é o
que não falta, pois a Mostratec
reúne jovens cientistas entre
14 e 20 anos de idade. Muitos
deles já premiados em eventos
internacionais.
É o caso da Under Control
1156, equipe do Colégio Marista Pio XII, de Novo Hamburgo, que há 13 anos participa
de competições tecnológicas
em vários lugares do mundo.
Para Filipe Ghesla, 23
anos, professor de robótica e
coordenador da equipe, a Mostratec é interessante para que
os alunos possam desenvolver
outras potencialidades que vão
além do desenvolvimento de
máquinas. Segundo ele, a mostra é um canal para inspirar
os jovens a trabalharem com
tecnologia.
São cerca de 500 trabalhos e 65 equipes inscritas na
competição. Este ano, a Under
Control não concorre como
participante, mas está presente
ROBERTA FOFONKA/ESPECIAL/JC
Filipe Ghesla auxilia os alunos da Rede Marista no desaio de drones
na organização da feira. Um
estande da Rede Marista, em
parceria com a Pucrs, foi montado com diversas atividades e
exposições. Tem até um robô
pianista (!).
No espaço, são promovidas
competições de drones, desaios de robôs e os alunos precisam apresentar uma maquete
com soluções para processos
de geração de luz.
A Pucrs também levou
atrações de seu museu de tecnologia ao espaço, e aproveita
a oportunidade para divulgar
o Vestibular 2016, que ocorre
nos dias 5 e 6 de janeiro.
A Mostratec, segundo
Ghesla, que já foi aluno do
colégio, revela muito sobre
a face empreendedora do
trabalho que é desenvolvido
pelos estudantes maristas. Ao
produzir robôs, eles andam de
mãos dadas com a inovação.
“Criar um robô é incentivar
o lado do empreendedorismo.
Os alunos precisam ir atrás
de recursos, patrocinadores.
Acabam empreendendo”,
considera.
Silvio Langer, coordenador
do festival Marista, acrescenta
que “no desaio do robô, os
alunos precisam escolher estratégias para achar soluções”.
Tudo a ver com o que encontrarão no mercado de trabalho
no futuro. A entrada é gratuita.
Além do Brasil, se inscreveram na Mostratec pesquisadores da Argentina,
Bósnia e Herzegovina, Cazaquistão, Colômbia, Dinamarca, Eslovênia,
Espanha, Estados Unidos, Holanda, Índia, Indonésia, Itália, Macedônia,
México, Paraguai, Peru, Turquia e Uruguai. A feira funciona das 14h às 21h
nesta quinta-feira, e das 14h às 17h na sexta-feira.
Marina é uma das mentoras da solução pensada para crianças
Esperança mexicana
A monetização do Baby Check-in virá por anúncios. “O
restaurante ou hotel pode investir para aparecer como primeira
opção dos usuários”, diz Marina. Em novembro, elas vão ao
México na esperança de angariar investimentos no WeXChange
2015, evento que reúne empreendedoras da América Latina e
investidores. O convite surgiu da Rede Mulher Empreendedora.
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Jornal do Comércio | Porto Alegre, quinta-feira, 29 de outubro de 2015
MURAL
ENTREVISTA
questions and answers
Networking
» Para quem estiver no Rio de
Janeiro entre hoje e amanhã,
será promovido o V Seminário de Economia Criativa,
na ESPM. O evento será das
9h30min às 17h, e o tema
da edição é Esporte, Música e
Audiovisual. Haverá apresentações de cases de marcas e
projetos que izeram sucesso
com soluções inovadoras.
Gratuito e aberto ao público,
o evento será realizado na rua
do Rosário, 90/ 11º andar, no
Centro da cidade.
» Está marcado para o dia
19 de novembro o Acontece
Empreendedorismo, evento
promovido pelo Cesar (Instituto de Inovação de Recife).
A atividade deve reunir até
200 pessoas, entre empresários, startups, organizações e
investidores. Serão discutidas
iniciativas criativas de empreendedores, promovendo a
troca de ideias e networking
sobre o tema, com abordagem prática e foco em Negócios e Mercado.
O link entre a liberdade e
a produtividade da Jüssi
ARQUIVO PESSOAL/DIVULGAÇÃO/JC
Henrique Russowsky,
fundador da agência
de comunicação digital
Links para inscrições e mais informações sobre cursos em nosso site.
Oportunidades
» O Programa de Trainee
da Sodexo está com inscrições abertas. As vagas são
para formados nos cursos
de Nutrição, Gastronomia,
Engenharia dos Alimentos e
Economia Doméstica. As etapas da seleção compreendem
testes on-line e avaliações de
competências comportamentais. Experiência proissional,
pós-graduação e um segundo
idioma serão considerados
diferenciais no processo
seletivo. Inscrições podem ser
feitas no site até o dia 31 de
dezembro.
» Estão abertas até o dia 31
de novembro as inscrições
para o programa de trainee
do laboratório EMS. As oportunidades são para graduados
há no máximo três anos. A
empresa oferece plano médico e odontológico, seguro
de vida, refeição e transporte.
Fluência em inglês e espanhol
são pré-requisitos.
Na batalha
ARQUIVO PESSOAL/DIVULGAÇÃO/JC
“A Adapta Drive é uma locadora
de carros adaptados para portadores de necessidades especiais. Surgiu de uma história e experiência
de vida. Sofri uma lesão medular
com diagnóstico de tetraplegia,
mas não desisti e me reabilitei.
Vivendo como um deiciente e convivendo com tantos outros, identiiquei a falta do serviço nas locadoras existentes e a oportunidade de
negócio. A empresa já atua como
uma consultoria para reabilitação
de condutores deicientes e quer
atender os clientes que utilizam a
locação para lazer, turismo e negóGustavo Wapler, com Luiza
cios. O projeto se tornou mais imWapler, #nabatalha dos
portante com o estatuto da pessoa
carros adaptados
com deiciência, que prevê carros
adaptados para locação. A solução propõe uma frota adaptada
que atenda a maioria das deiciências e o cumprimento da lei
com o diferencial no know-how de um deiciente atendendo os
deicientes. As operações iniciam em Porto alegre e região Sul
em 2016, e pretendemos expandir nacionalmente com foco
nos Jogos Paralímpicos.”
MAURO BELO SCHNEIDER
@belomauro
Com um escritório em São
Paulo, a agência de comunicação Jüssi chama atenção por
sua carta de clientes. Entre
tantos outros, estão Google,
Amazon, Carrefour, LinkedIn e
FNAC. Em setembro, o grupo
WWP, um conglomerado de
comunicação global, adquiriu o
controle acionário da empresa,
fundada pelo gaúcho Henrique
Russowsky, 35 anos, formado
em Administração de Empresas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do
Sul (Pucrs).
O negócio surgiu apenas
com ele, em 2010, após uma
experiência no escritório brasileiro do Google, entre 2005
e 2009. Em 2012, se associou ao mexicano Marcos Del
Valle e ao francês Xavier Penat.
Hoje, são 150 funcionários.
“A gente tenta englobar serviços para fazer uma entrega
com cara de solução. É uma
nova geração de agências, com
viés voltado para vendas”, explica Russowsky. Nesta entre-
vista, ele descreve como lidera
o trabalho na Jüssi, tendo sob
sua responsabilidade as áreas
de Mídia e Conteúdo.
GeraçãoE - O que faz a
Jüssi?
Henrique Russowsky
- Somos uma agência digital
que tem foco em performance,
ou seja, tudo aquilo que se faz
olhando para um resultado
tangível: ajudar o cliente a
vender mais. Temos 12 áreas
de unidades especializadas.
GE - Como é a rotina de
trabalho?
Russowsky – A gente não
tem aquela separação entre
vida pessoal e trabalho. Minha
mulher pode visitar a agência
com meu ilho, tem um clima
mais descontraído. Ou, eu vou
para casa e volto. Desde o Google, tenho essa cultura, aprendi
isso lá. A nossa geração, nesse
mercado especiicamente,
funciona assim. Temos uma
lexibilidade bastante grande. É
possível trabalhar de casa, não
tem um rigor quanto a isso,
desde que as coisas estejam
sendo feitas.
GE – Como isso é passado
aos funcionários?
Russowsky - É uma cultura
que faz parte desse mercado
e dessa geração. Ela integra a
vida pessoal com o trabalho,
o que não deixa de ser a vida
pessoal. Vale, inclusive, para
exposição em redes sociais.
Não posso sair comentando
qualquer coisa, pois meus colegas e meu chefe veem.
GE – Essa liberdade traz
produtividade?
Russowsky - Acho que sim.
Temos dois andares, apesar de
que o ideal seria manter um só.
Não há nenhuma sala, fora a
de reuniões. Inclusive os sócios
estão integrados a todo mundo
sem nenhuma diferenciação.
Não fazemos isso porque é
legal, mas porque é necessário,
faz parte, a gente está no dia a
dia trabalhando, então não tem
como se isolar. Se eu preciso
fazer uma ligação conidencial, eu vou para uma sala de
reuniões. Se eu passar o dia
inteiro numa sala própria, e de
vez em quando ter de chamar
pessoas para reunião, é muito
mais improdutivo.
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Raiza e Paula Ainhorn, assim como outros empreendedores, têm a