Semântica Significado Linguagem verbal Linguagem não verbal Denotação Conotação Polissemia Sinônimos Antônimos Ambiguidade Aula de Português 01 04 A linguagem na ponta da língua tão fácil de fala e de entender. 07 A linguagem na superfície estrelada de letras, sabe lá o que quer dizer? Professor Carlos Góis, ele é quem sabe, e vai desmatando 10 o amazonas de minha ignorância. Figuras de gramática, esquipáticas, atropelam-me, aturdem-me, sequestramme. 13 Já esqueci a língua em que comia, em que pedia para ir lá fora, em que levava e dava pontapé, 16 a língua, breve língua entrecortada do namoro com a priminha. O português são dois; o outro, mistério. Carlos Drummond de Andrade. Esquecer para lembrar , Rio de Janeiro: José Olympio, 1979. Questão 1 Explorando a função emotiva da linguagem, o poeta expressa o contraste entre marcas de variação de usos da linguagem em: a) situações formais e informais. b) diferentes regiões do país. c) escolas literárias distintas. d) textos técnicos e poéticos. e) diferentes épocas. Questão 2 No poema, a referência à variedade padrão da língua está expressa no seguinte trecho: a) “A linguagem / na ponta da língua” (v. 1 e 2). b) “A linguagem / na superfície estrelada de letras” (v. 5 e 6). c) “[a língua] em que pedia para ir lá fora” (v. 14). d) “[a língua] em que levava e dava pontapé” (v. 15). e) “[a língua] do namoro com a priminha” (v. 17). Questão 3 Um austríaco ao comentar a moralidade de um processo na justiça brasileira, afirmou: “Não critico a justiça brasileira. Possivelmente na Áustria seria tão demorado quanto no Brasil.” (adaptado de O Estado de S. Paulo, 23 de junho de 2009) Atente para a forma verbal “seria” e analise as afirmações que se fazem a seu respeito. I. Há na construção ideia de incerteza e, assim, faz sentido e está adequada a utilização da forma em questão pois trata-se de ação futura incerta. O futuro do pretérito do indicativo presta-se a esse papel. II. O uso de “seria” é recomendado pela gramática normativa já que se trata de ação futura com caráter de incerteza. III. A conceituação dos modos verbais em português estabelece que o modo subjuntivo é o que melhor expressa melhor expressa a ideia de incerteza, de probabilidade. Assim, em consonância com o português em sua modalidade escrita padrão a construção recomendável seria “Possivelmente na Áustria fosse tão demorado quanto no Brasil Em conclusão, está(ão) correta(s) apenas: a) a afirmação I b) a afirmação III c) as afirmações I e II d) as afirmações II e III e) as afirmações I e III Questão 4 A separação intencional do prefixo re-, na manchete do caderno MAIS!, pressupõe um novo valor semântico para a palavra “reforma”, no contexto em que se insere. O efeito de sentido dessa separação: a) integra personagens ficcionais (Emília e Visconde de Sabugosa) a situações não ficcionais de transformação da natureza. b) produz uma leitura restritiva das possibilidades da ciência na aplicação da técnica da clonagem. c) indica um recurso linguístico de formação parassintética que enfatiza a matéria sobre clonagem, desenvolvida no caderno. d) propicia uma leitura concomitante da ideia de “forma” e “reforma” da natureza vinculada ao assunto do caderno MAIS! e) confirma o valor de repetição do prefixo re- que sugere uma leitura integrada de literatura (Monteiro Lobato) e ciência (Ian Wilmut). Questão 5 Aumento do efeito estufa ameaça plantas, diz estudo. O aumento de dióxido de carbono na atmosfera, resultante do uso de combustíveis fósseis e das queimadas, pode ter consequências calamitosas para o clima mundial, mas também pode afetar diretamente o crescimento das plantas. Cientistas da Universidade de Basel, na Suíça, mostraram que, embora o dióxido de carbono seja essencial para o crescimento dos vegetais, quantidades excessivas desse gás prejudicam a saúde das plantas e têm efeitos incalculáveis na agricultura de vários países. O Estado de São Paulo, 20 set. 1992, p.32. O texto acima possui elementos coesivos que promovem sua manutenção temática. A partir dessa perspectiva, conclui-se que (A) a palavra “mas”, na linha 3, contradiz a afirmação inicial do texto: linhas 1 e 2. (B) a palavra “embora”, na linha 4, introduz uma explicação que não encontra complemento no restante do texto. (C) as expressões: “consequências calamitosas”, na linha 2, e “efeitos incalculáveis”, na linha 6, reforçam a ideia que perpassa o texto sobre o perigo do efeito estufa. (D) o uso da palavra “cientistas”, na linha 3, é desnecessário para dar credibilidade ao texto, uma vez que se fala em “estudo” no título do texto. (E) a palavra “gás”, na linha 5, refere-se a “combustíveis fósseis” e “queimadas”, nas linhas 1 e 2, reforçando a ideia de catástrofe.