o
Ano 4 - n 4 - R$ 50,00 - U$ 30,00
2008
Debate
Perspectivas do mercado com a
desmutualização da Bovespa
Entrevista
Luiz Leonardo Cantidiano
fala sobre a Lei 11.638/07
o de V
a
lo
de Cri
a
çã
r
Prê
m
ca
DROGASIL
io
Abra
s
Editorial
Editorial
O caminho para garantir o crescimento
A Sure Path to Growth
Um produto, por mais bem-sucedido que seja, necessita de adequações
constantes às exigências e às mudanças do
mercado. Este tem sido o princípio que
norteia a edição do nosso Anuário
Estatístico, que a cada ano incorpora novas
informações para servir, efetivamente,
como um guia de consulta, e como um
documento que registra a trajetória das
companhias abertas brasileiras.
Nesta quarta edição, o Conselho
Editorial introduziu algumas novidades
na publicação. Entre elas o lançamento
do Prêmio Abrasca de Criação de Valor.
Trata-se de uma metodologia inédita no
Brasil, desenvolvida pela Universidade
de Navarra, na Espanha, e adaptada pela
GRC VISÃO para o Anuário. O
objetivo da Abrasca, ao optar por esta
metodologia, é enfatizar, para as
companhias abertas, a importância da
ampliação do seu próprio valor e da
criação de valor para o acionista.
Even the most successful products
must keep pace with market demands
and modifications. This has always been
the guiding principle behind the
ABRASCA Statistical Yearbook,
adding new information each year in
order to serve as an effective work of
reference, while also recording the
progress of Brazil´s listed companies.
Antonio D. C. Castro
Presidente da Associação Brasileira das Companhias
Abertas (Abrasca) e presidente do Conselho Editorial do
Anuário Estatístico das Companhias Abertas
President, Brazilian Association of Publicly-Held
Companies (ABRASCA) and Chair of the Editorial
Board of the Listed Companies Statistical Yearbook
In this fourth edition, the Editorial
Board introduces several innovations.
Outstanding among them is the launch
of the ABRASCA Value Creation Prize,
based on a methodology that is new to
Brazil, developed by the University of
Navarre in Spain and adapted by GRC
Visão for the Yearbook. When selecting
this methodology, the purpose of the
Brazilian Association of Publicly-Held
Companies (ABRASCA) was to ensure
that listed companies are well aware of
the importance of increasing their worth
and creating value for their shareholders.
Temos a certeza de que, com esta iniciativa, estamos
contribuindo para dar visibilidade e transparência a informações
relevantes sobre o desempenho de uma companhia e, ao mesmo
tempo, ajudando as empresas a terem em primeiro plano os
interesses daqueles que participam ativamente de seu processo
de capitalização. Pelo pioneirismo desta iniciativa, a metodologia
foi discutida, ao longo de 2007, com vários especialistas e
entidades do mercado. Portanto é com orgulho que lançamos
este prêmio com apoio da ABRAPP, ADEVAL, AMEC,
ANBID, ANCOR, ANDIMA, ANEFAC, APIMEC,
BM&FBOVESPA, IBEF, IBGC, IBRACON, IBRI E INI.
We are confident that this initiative will help highlight and
ensure the transparency of relevant information on corporate
performances, while at the same time urging enterprises to assign
high priority to the interests of all those actively engaged in their
capitalization processes. Due to the pioneering spirit of this
initiative, its methodology was discussed throughout 2007 with
several specialists and market entities. We thus proudly launch
this award with the support of the following entities: ABRAPP,
ADEVAL, AMEC, ANBID, ANCOR, ANDIMA, ANEFAC,
APIMEC, BM&FBOVESPA, IBEF, IBGC, IBRACON, IBRI
and INI*.
O Anuário 2008 traz também uma nova seção: mesaredonda. O objetivo é reproduzir o debate sobre um tema que
implique mudanças significativas para o mercado de capitais.
Para iniciar esta série escolhemos o tema “Desmutualização da
Bovespa”. O documento é uma fonte inédita de idéias e
sugestões de renomados profissionais que contribuíram e
contribuem para o patamar em que hoje se encontra o nosso
mercado. Agradeço, pela inestimável contribuição, a Alkimar
Moura, Álvaro Bandeira, Humberto Casagrande, Luiz
Cantidiano, Marcelo Trindade, Paulo Cezar Aragão e Roberto
The 2008 Yearbook also introduces a new Round Table
section, presenting discussions on topics that might well trigger
significant changes for the capitals market. The initial topic in
this series is the Demutualization of the São Paulo Stock
Exchange. This section is an unparalleled source of ideas and
suggestions from well-known experts whose insights and inputs
have long buttressed the progress achieved by the Brazilian market
today. We offer our thanks for the priceless contributions and
cooperation of Alkimar Moura, Álvaro Bandeira, Humberto
Casagrande, Luiz Cantidiano, Marcelo Trindade, Paulo Cezar
4
Teixeira da Costa, que aceitaram o convite da Abrasca para
participarem desta mesa-redonda.
Aragão and Roberto Teixeira da Costa, who accepted invitations
from ABRASCA to participate in this Round Table.
Outro passo importante que estamos dando é o lançamento do Portal companhiasabertas.com, que faz parte do plano
de expansão do Anuário. A novidade deste novo portal – que
será bilíngüe (português e inglês) – é a utilização de uma poderosa ferramenta de consulta (o software Q-Stat), que permite
interatividade on-line com os dados estatísticos publicados no
Anuário. Com esta ferramenta, o usuário poderá cruzar os dados,
de acordo com o foco do seu interesse, e gerar novas informações
e apresentá-las em tabelas ou gráficos. Com o portal, todos os
dados estatísticos que publicamos passarão a ser atualizados
trimestralmente, o que significará uma contribuição valiosa para
acompanhar o desempenho de nossas companhias.
Another important step is the launch of theListed Companies
Portal at companhiasabertas.com, which is part of the plan to
expand the Yearbook. This bilingual (Portuguese and English)
portal uses a powerful search tool based on the Q-Stat software
that allows on-line interactivity with the statistical data published
in this Yearbook. Through this tool, users will be able to crossreference data as required by their specific interests, generating new
information presented in tables or graphs. This portal will update
all published statistical data on a quarterly basis, serving as a unique
observatory for monitoring the performance of Brazilian companies.
Consolidação do mercado – Acreditamos que, com iniciativas
como essa, a Abrasca está contribuindo para a consolidação
do nosso mercado de capitais, que vive um dos melhores
momentos de sua história e exige empenho de todos. Sugiro,
portanto, um momento de reflexão sobre três elementos
importantes para sedimentar este processo: informação
equitativa, preço de mercado e expectativas realistas.
Entendemos que as empresas não devem medir esforços
para assegurar que todos recebam informações de forma equitativa
e uniforme, para que ninguém possa negociar as ações de sua
emissão usando informações privilegiadas. A Abrasca, em linha
com iniciativas importantes de auto-regulação, tais como o Novo
Mercado da Bovespa e o Código da Anbid, publicou o Manual
Abrasca de Controle e Divulgação de Informações Relevantes. A
publicação oferece uma base sólida sobre a qual cada empresa
poderá desenvolver seus próprios procedimentos e orientar o
treinamento do seu pessoal. Criamos também um Selo de
Qualidade, que a empresa usa em suas comunicações, tornando
público que ela adota os preceitos do Manual.
O segundo ponto é o Preço de Mercado, que deve ser
formado ao sabor da livre ação das forças da oferta e da procura,
na busca de um equilíbrio natural. As companhias devem
acompanhar de perto a evolução dos preços de suas ações e
colaborar com a Bovespa Supervisão de Mercados (BSM) e
com a CVM, sempre que necessário, para combater a formação
artificial de preços.
O terceiro ponto são as Expectativas Realistas, ou seja, as
companhias devem ter o máximo cuidado para prometerem
apenas o que vão poder entregar. Isto certamente requer análises
criteriosas e, principalmente, resistir a tentações no sentido de
alimentar percepções que fomentem a valorização instantânea.
As marcas inéditas alcançadas pelo nosso mercado
brasileiro, paralelamente à conquista do grau de investimento
pelo país, exigem empenho de todos os agentes do mercado
para consolidar e continuar esta evolução.
Boa leitura!
Market Consolidation – Through initiatives such as these,
we believe that ABRASCA is helping firm up Brazil´s capitals
market, which is booming as never before in its history, requiring
special efforts from all those engaged in its activities. This is also a
good time to reflect on three key elements that underpin this
process: Fair Information, Market Prices and Realistic Expectations.
We believe that companies must spare no effort to ensure
that everyone receives uniformly Fair Information, in order to
prevent insider trading. Aligned with major self-regulation
initiatives such as the Novo Mercado segment of the São Paulo
Stock Exchange and the Code published by ANBID, ABRASCA
has published its Handbook on Control and Disclosure of
Relevant Information. This offers a solid basis for each company
to develop its own procedures and guide the training of its staff.
A Quality Seal has also been introduced by ABRASCA to be
displayed on corporate communications, publicly confirming
compliance with the precepts established in this Handbook.
The next point is Market Prices, which must be shaped by
free flows of supply and demand forces, seeking a natural balance.
Companies must monitor their share prices closely, cooperating
with the Bovespa Supervisão de Mercado (BSM) market oversight
agency and the Brazilian Securities Commission (CVM)
whenever necessary in order to combat artificial price formation.
The third aspect consists of Realistic Expectations. In other
words, companies must be very careful to promise only what
they will be able to deliver. This certainly requires meticulous
analyses, firmly resisting all temptations to encourage perceptions
that might trigger stock price swings.
As Brazil attains investment grade rating, with its capitals
market reaching unparalleled heights, full dedication by all market
agents is required in order to underpin its development and
drive its progress.
Good reading!
*Brazilian Closed Private Supplementary Pension Funds Association (ABRAPP); Association of Securities
Distribution Firms (ADEVAL); National Association of Capitals Market Investors (AMEC); National
Investment Banks Association (ANBID); National Association of Securities, Foreign Exchange and
Commodities Brokers (ANCOR); National Financial Market Institutions Association (ANDIMA); National
Association of Finance, Administration and Accounting Executives (ANEFAC); Association of Capitals
Market Investment Analysts and Professionals (APIMEC); Commodities and Futures Market / São Paulo
Stock Exchange (BM&F / BOVESPA); Brazilian Institute of Financial Executives (IBEF); Brazilian Institute
for Corporate Governance (IBGC); Institute of Independent Auditors and Accountants of Brazil
(IBRACON); Brazilian Investor Relations Institute (IBRI) and the National Institute of Investors (INI).
5
Sede
Rua Boa Vista, 63 Conj. 83
01014-001 São Paulo - SP
Tel 11 3107-5557 / Fax 11 3107-5557
email: [email protected]
Rio de Janeiro
Rua da Conceição, 105 sala 1301
20051-010 Rio de Janeiro - RJ
Tel 21 2223-3656 / Fax 21 2233-2741
site: www.abrasca.org.br
DIRETORIA BIÊNIO 2007-2009
Executive Board 2007-2009
PRESIDENTE / President
Antonio Duarte Carvalho
de Castro
Souza Cruz S.A.
1º VICE-PRESIDENTE
1st Vice President
Frederico Carlos Gerdau
Johannpeter
Gerdau S.A.
VICE-PRESIDENTES
Vice Presidents
Alfried Plöger
Cia Melhoramentos de São Paulo
Paulo Setubal Neto
Itaúsa Investimentos Itaú S.A.
DIRETORES / Directors
Luis Fernando Costa Estima
Forjas Taurus S.A.
Maurício Perez Botelho
Energisa S.A.
Morvan Figueiredo Paula e Silva
Nadir Figueiredo Indústria e
Comércio S.A.
Osvaldo Burgos Schirmer
Metalúrgica Gerdau S.A.
Paulo Cezar Castello Branco Aragão
Barbosa, Müssnich e Aragão
Associados
Paulo Sérgio Coutinho Galvão
Filho
Klabin S.A.
Plínio do Amaral Pinheiro
Duratex S.A.
Roberto Terziani
Oi S.A.
Thomás Tosta de Sá
Mangels Industrial S.A.
Wang Wei Chang
Perdigão S.A.
SUPERINTENDENTE GERAL
General Manager
Eduardo Lucano da Ponte
Sumário
Summary
Brasil em perspectiva
Brazil in perspective
10
11
12
Projeto editorial da CCRio Comunicação
desenvolvido para a ABRASCA
A publishing project by CCRio Comunicação for ABRASCA
EDITOR / Editor
Cleber Cabral Reis (R.P. nº 12.567)
GRC VISÃO,
Gestão de Riscos e Cenários
REPÓRTERES / Reporters
Martha Corazza e Adriana Braz
DIRETOR EXECUTIVO / CEO
Alexandre Fischer
PROJETO GRÁFICO
Graphic Design
Raquel Ponte
ECONOMISTA-CHEFE
Chief Economist
Eric Sweet
REVISÃO / Revision
Astrogildo Esteves Filho
ESTAGIÁRIA / Trainee
Nathália Dias
TRADUÇÃO / Translation
Carolyn Brissett
GERENTE DE PUBLICIDADE
Publishing manager
Epaminondas Baptista
GERENTE DE CONTAS
Accounts manager
Angela Caldas
IMPRESSÃO E FOTOLITO
Printing and photoliths
Sol Ação Editora
Este Anuário pode ser adquirido nos
escritórios da Abrasca ou através do
site www.abrasca.org.br
This annual can be purchased at
the Abrasca offices or via the site
www.abrasca.org.br
As análise setoriais e os dados
estatísticos deste Anuário foram
produzidos pela GRC VISÃO, Gestão
de Riscos e Cenários.
Sectorial analisys and statistic data
from this edition were produced by
GRC VISÃO, Gestão de Riscos e
Cenários.
Fotos gentilmente cedidas por:
Photographs kindly provided by:
Tiago Costa (Globe - capa); Carole
Nickerson (paper curl); Christoph
Hardes (Schliessfächer); Douglas
Enry (fire); Eduardo Mota (acerolas
2); Niki Michailov (coffe beans 2);
Keith Wilson (Close up of some cogs);
Sarp Sencer Saygýver (industry 2);
Tiago Pantaleão (rubber tree)
CONSELHEIROS
Advisers
Alfried Plöger
Abrasca (vice-presidente)
Álvaro Bandeira
Apimec (presidente)
Alexandre Fischer
GRC Visão
Cleber Cabral Reis
CCRio Comunicação
Eduardo Lucano da Ponte
Abrasca (superintendente geral)
Elizabeth Benamor
Souza Cruz S.A.
15
16
18
20
Visão econômica
Economic viewpoint
23
CONSELHO EDITORIAL
Editorial Board
PRESIDENTE / President
Antonio D. C. Castro
14
Geraldo Soares
IBRI (presidente)
João Batista Fraga
BM&FBOVESPA S.A.
Luís Serafim Spínola
Melpaper S.A.
Luiz Arthur Oliveira Navarro
Abyara S.A.
Luiz Leonardo Cantidiano
Motta, Fernandes Rocha
Advogados
Marcos Antonio Silva
Menezes
Petrobras S.A.
Roberto Terziani
Oi S.A.
Luciano Coutinho, Presidente do Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
Luciano Coutinho, Chair, National Social and Economic
Development Bank (BNDES)
Miguel Jorge, Ministro do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior
Miguel Jorge, Minister for Development,Industry
and Foreign Trade
Alfredo Setubal, Presidente da Associação Nacional
dos Bancos de Investimento (Anbid)
Alfredo Setubal, President, National Association
of Investment Banks (ANBID)
Maria Helena dos Santos Fernandes de Santana,
Presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
Maria Helena dos Santos Fernandes de Santana,
Chair, Brazilian Securities Commission (CVM)
Richard S. Aldrich, Jr, Presidente da Câmara
de Comércio Brasil-EUA
Richard S. Aldrich, Jr, President of the Brazilian American
Chamber of Commerce – NY
Raymundo Magliano Filho, Presidente do Instituto Bovespa
de Responsabilidade Social e Ambiental e co-Presidente
do Comitê de Transição da BM&FBOVESPA S.A.
Raymundo Magliano Filho, President of the Bovespa Institute
of Social and Environmental Responsibility and co-chairman
of the Transition Committee of BM&FBOVESPA S.A.
Geraldo Soares, Presidente executivo do Instituto Brasileiro
de Relações com Investidores (IBRI) e superintendente de
Relações com Investidores do Banco Itaú Holding
Financeira S.A.
Geraldo Soares, Executive Chair of the Brazilian Investor
Relations Institute (IBRI) and the Investor Relations
Superintendent of Banco Itaú Holding Financeira S.A.
Richard S. Aldrich, Jr., Schuyler Frautschi e Pedro Amaral,
Shearman & Sterling LLP
Richard S. Aldrich, Jr., Schuyler Frautschi e Pedro Amaral,
Shearman & Sterling LLP
Perspectivas para o Brasil após o grau de investimento
por Marcel Pereira
Outlook for Brazil after Investment Grade Rating
by Marcel Pereira
Mesa-redonda
Round Table
31
Perspectivas do mercado com a desmutualização da Bovespa
Market Outlook with the demutualization of the São Paulo
Stock Exchange
Retrospectiva do mercado
Produtos com ações
53
54
56
57
58
60
61
62
64
113
117
119
120
121
Market retrospective
Bovespa
São Paulo Stock Exchange
Bovespa Fix e Soma Fix
Bovespa Fix and Soma Fix
Debêntures
Debentures
FIDC
Direct Credit Investment Funds (FIDCs)
Notas Comerciais
Commercial Papers
Índice de Sustentabilidade
Sustainability Index
Índice de Governança
Corporate Governance Index
Abertura de capital
Going Public
Registros na CVM
Registrations with the Brazilian Securities Commission (CVM)
Desempenho setorial
Sectorial performance
67
68
69
70
72
73
74
75
76
78
79
80
82
83
84
85
86
Atacado e Varejo
Wholesale and Retail
Agricultura (Açúcar, Álcool e Cana)
Agribusiness
Alimentos
Foods
Extração Mineral
Mining
Máquinas e Equipamentos
Machinery and Equipment
Papel e Celulose
Pulp and Paper
Petróleo e Gás
Oil and Gas
Indústria Têxtil
Textiles
Construção Civil
Civil Engineering
Petroquímica e Borracha
Petrochemicals and Rubber
Energia Elétrica
Power
Saneamento e Serviços de Água e Gás
Sanitation and Water and Gas Services
Siderurgia e Metalurgia
Steel and Metallurgy
Telecomunicações
Telecommunications
Transporte e Logística
Transport and Logistics
Bancos
Banks
Seguros
Insurance
Share based products
Regulação
Regulation
123
128
140
148
Statistics
153
161
162
163
164
166
172
186
187
188
Prêmio Abrasca de Criação de Valor
190
89
98
102
103
104
105
106
108
109
110
111
191
Considerações metodológicas
Comments on the methodology
Vencedora
Winner
Alimentos
Foods
Extração Mineral
Mining
Máquinas e Equipamentos
Machinery and Equipment
Papel e Celulose
Pulp and Paper
Energia Elétrica
Power
Saneamento e Serviços de Água e Gás
Sanitation and Water and Gas Services
Metalurgia e Siderurgia
Steel and Metallurgy
Telecomunicações
Telecommunications
Bancos
Banks
Entrevista com Luiz Leonardo Cantidiano
Interview with Luiz Leonardo Cantidiano
Iniciativas das entidades
Institutional Initiatives
Legislação
Legislation
Abrasca: Acompanhamento Legislativo
ABRASCA: Legislative Monitoring Bulletin
Estatísticas
189
Abrasca Value Creation Prize
Fundos de pensão
Pension funds
Clubes de investimento
Investment clubs
Fundos de ações
Share funds
PIBB
Brazil Bovespa Papers Index (PIBB)
BNDESPar
BNDESPar
192
193
194
Um ano de recordes na economia brasileira
A Year of Records for the Brazilian Economy
Principais indicadores macroeconômicos
Brazil: main economic indicators
Os principais números das companhias abertas em 2007
Main results for quoted companies in 2007
Empregos gerados pelas companhias abertas
Jobs supplied by the Public Companies
Considerações metodológicas
Methodological considerations
Denominação social das empresas
Companies’ names
Resultado das empresas por setor
Corporates’ results (by sectors)
Evolução real do ativo total médio
(série de 9 anos)
Total Average Assets Evolution
Evolução real do patrimônio líquido médio
(série de 9 anos)
Average Shareholders’ Equity
Evolução real do lucro/prejuízo médio
(série de 9 anos)
Actual Average Net Income/Loss Evolution
Evolução real da receita líquida média
(série de 9 anos)
Average Net Revenue Evolution
Evolução real do resultado operacional médio
(série de 9 anos)
Average Operating Profit Evolution
Evolução real do endividamento médio
(série de 9 anos)
Average Indebtedness Evolution
Evolução real do giro do ativo médio
(série de 9 anos)
Average Asset Turnover Evolution
Evolução real do grau de endividamento médio
(série de 9 anos)
Average Degree of Indebtedness Evolution
Evolução real do capital de giro médio
(série de 9 anos)
Average Working Capital Evolution
Associados da Abrasca
Abrasca Associates
195
Nome e site das companhias associadas da Abrasca
Name and site of quoted companies associated to Abrasca
Brasil em perspectiva
Brazil in perspective
BNDES: apoio à expansão do mercado
Support for market expansion from the BNDES
Luciano Coutinho*
Brasil vive um dos momentos mais promissores no
que diz respeito à expansão de seu mercado de capitais.
O volume negociado nos mercados primários de títulos
de dívida privada, ações, títulos imobiliários, FDICs e Fundos de
Investimento Imobiliários cresceu 500% nos últimos quatro anos,
atingindo mais de R$ 60 bilhões em 2007. Com uma evolução
tão significativa das cifras movimentadas pelo mercado brasileiro,
a desmutualização das bolsas é um movimento lógico e natural,
que complementa as transformações positivas pelas quais vem
passando a economia do país. Com a estabilização, alterações
institucionais e aprimoramentos econômicos tornaram mais
eficientes as transações ocorridas no mercado de títulos e ações.
O
This is a time of much promise for the expansion of
Brazil´s Capitals Market. The volumes traded over the last
four years on primary markets such as private debt papers,
shares, real estate titles, Credit Rights Investment Funds
(FIDCs) and Real Estate Investment Funds (FIIs) rose by
500%, topping R$ 60 billion in 2007. With this impressive
upsurge in the figures posted by the Brazilian Market, the
demutualization of Exchanges is a natural and logical step
that keeps pace with the positive changes sweeping through
the Brazilian economy. With stabilization, institutional
restructuring and economic fine-tuning, transactions are
handled more efficiently on stocks and papers markets.
No aspecto macroeconômico, as mudanças culminaram
no marco da elevação do Brasil, em abril de 2008, ao grau de
investimento por uma das mais importantes agências
classificadoras de crédito do mundo. O fato enseja um novo
ambiente econômico no qual o mercado de capitais local passa
a desempenhar importante papel de financiador do crescimento.
A contribuição dos aperfeiçoamentos institucionais para melhorar
o ambiente de negócios não foi menor. As mudanças recentes
promovidas pelos agentes do mercado de capitais tornam possível
aproximação veloz por parte do Brasil de práticas modernas
instituídas nos principais centros financeiros mundiais.
From the macro-economic standpoint, these changes
culminated in Brazil being rated as investment grade in
April 2008 by one of the world´s most important credit
rating agencies. This feat ushers in a new economic context
within which the local capitals market will play an
important role through financing growth. The
contributions made by institutional fine-tuning were no
less important for upgrading the trading environment.
Recent changes introduced by capitals market agents
brought Brazil right into step with cutting-edge practices
common to global financial hubs.
Hoje, investidores de todos os portes podem participar com
segurança em negócios como ações ou debêntures, contribuindo
para o crescimento de empresas que oferecem modernas práticas
de governança. Há facilidades para acessar informações e realizar
transações, a custos inferiores aos do passado recente. O mercado
é mais democrático e acessível. Neste sentido, a desmutualização
das bolsas brasileiras e sua transformação em sólidas corporações,
nos moldes das principais bolsas internacionais, complementaram
as mudanças ocorridas. Hoje, o mercado de valores mobiliários
representa uma instituição nacional indispensável ao
financiamento do investimento no Brasil.
Today, investors of all sizes can confidently trade in
shares or debentures, spurring the growth of companies
guided by modern governance practices. There are facilities
for accessing information and conducting transactions at
costs that are lower than those of the recent past. Along
these lines, the demutualization of Brazilian stock exchanges
and their transformation into solid corporations, following
in the footsteps of the world´s leading bourses, supplements
all these changes. Today, the securities market is a national
institution that is crucial for financing investments in Brazil.
Como presidente do BNDES, vejo este momento
particular do mercado de capitais como uma oportunidade
singular para aumentar os investimentos e contribuir para a
consolidação do processo de desenvolvimento do país. E tenham
certeza de que as instituições financeiras poderão, cada vez mais,
contar com o BNDES como parceiro no esforço pela
consolidação e expansão do mercado de capitais brasileiro.
As the Chair of the National Social and Economic
Development Bank (BNDES), I see this particular time
on the capitals market as a unique opportunity to boost
investments and help firm up the nation´s development
process, confident that its financial institutions will be
able to count on the BNDES to an increasing extent as a
partner in their efforts to consolidate and expand Brazil´s
capital market.
*Presidente do Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
* Chair, National Social and Economic
Development Bank (BNDES)
10
Desenvolvimento atinge metas
Development and Productivity
Miguel Jorge*
O
Brasil entra em um novo ciclo de crescimento
sustentado. Nossa economia vive seu maior período
de expansão dos últimos 30 anos: em dezembro
completamos 23 trimestres consecutivos de crescimento da
produção industrial, 15 trimestres da ampliação do consumo
e 13 trimestres de expansão do investimento. O governo tem
feito ajustes graduais na sua política macroeconômica,
importantes para manter a estabilidade econômica e para
retomar o crescimento. Mas é preciso complementá-la com
ações que garantam a sustentabilidade do crescimento e dos
ganhos de competitividade, no longo prazo. Essa é uma das
razões que levaram à elaboração da Política de Desenvolvimento
Produtivo, com quatro grandes metas para 2010.
A primeira é aumentar a taxa anual de investimento na
economia brasileira para 21% do PIB, pois para crescer,
sustentavelmente, a taxas próximas a 5% ao ano, precisamos
investir entre 20% e 25% do PIB.
Shifting gear into a new sustained growth cycle, the
Brazilian economy is thriving more than at any time during
the past thirty years: In December, Brazil posted 23 consecutive
quarters of rising industrial output, fifteen quarters of increasing
consumption and thirteen quarters of expanding investment.
Its government has been tweaking its macroeconomic policy,
which is important for maintaining economic stability and
staying on the path to growth. But this must be supplemented
by actions that ensure the sustainability of this expansion and
gains in competitiveness, over the long term.These are among
the reasons that prompted the preparation of the Production
Development Policy, with four major goals for 2010.
The first is to step up annual investments in the Brazilian
economy to 21% of its GDP, as investments of 20% to 25%
of its GDP are required in order to grow on sustainable bases
at rates close to 5% p.a.
A segunda meta prevê a expansão dos investimentos
privados em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) de 0,51%
para 0,65% do PIB. Os investimentos em pesquisa e a inovação
são os principais motores do crescimento econômico e, por
isso, ganharam destaque na PDP. A competição no mercado
mundial tem sido cada vez mais pautada pela tecnologia e
diferenciação de produto e menos pelo preço. Assim, aumentar
a competitividade de nossa economia requer que as empresas
ampliem os investimentos em tecnologia e inovação.
The second goal is to increase private investments in
Research and Development (R&D) up from 0.51% to 0.65%
of the GDP. These investments are the main forces driving
economic growth, which is why they are stressed in the
Production Development Policy. On global markets,
competition is being honed to an increasing extent by
technology and the comparative advantages offered by
products, rather than prices. Thus, endowing the Brazilian
economy with a keener competitive edge means that companies
must step up their investments in technology and innovation.
Ampliar nossas exportações para 1,25% do comércio
mundial é a terceira meta. Essa participação vem aumentando
nos últimos anos, tendo chegado a 1,17% das exportações
mundiais, em 2007.
The third goal is to bring Brazilian exports up to 1.25%
of global trade. Having increased over the past few years, Brazil
accounted for 1.17% of global exports in 2007.
Finalmente queremos aumentar em 10% o número de
micro e pequenas empresas exportadoras.
Não será fácil alcançar essas metas. Nos últimos dez anos,
a taxa de investimento máxima foi de menos de 18% do PIB.
Em relação aos investimentos em P&D, podemos tomar como
exemplo os investimentos industriais, para os quais temos
indicadores desde 2000. Neste ano, os investimentos em P&D
da indústria representavam 0,37% do PIB. Cinco anos depois,
eram 0,38% do PIB. Há grandes desafios pela frente. Mas temos
a firme convicção de que o crescimento recente da economia,
aliado às medidas propostas na nova Política de Desenvolvimento
Produtivo, nos levarão a alcançar as metas.
*Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e Jornalista
Finally, a 10% increase is sought in the number of micro
and small businesses exporting their wares.
It will not be easy to achieve these goals. Over the past
ten years, the highest investment rate was less than 18% of the
GDP. For investments in R&D, allocations by industry are a
good example, with indicators since 2000, when investments
in R&D by the industrial sector were equivalent to 0.37% of
the GDP. Five years later, they had barely inched up to 0.38%.
There are certainly major challenges ahead. But we are firmly
convinced that the recent expansion of the Brazilian economy,
spurred by the measures proposed by its new Production
Development Policy, will lead steadily towards these goals.
*Minister for Development,Industry and Foreign Trade and Journalist
11
Brasil em perspectiva
Brazil in perspective
Transformações e amadurecimento
Changes and maturation
Alfredo Setubal*
O
mercado de capitais brasileiro passou por uma série
de transformações nos últimos anos. Hoje, vive um
momento de grande expansão e tem papel
fundamental no desenvolvimento da economia do país,
atuando como importante fonte de financiamento das
empresas. Evidência disto foi o novo recorde alcançado pelo
mercado de capitais em 2007, que movimentou R$ 142,5
bilhões em operações de emissões de dívidas e de ações, 18,8%
mais que em 2006. Esse volume supera os projetos aprovados
pelo BNDES no ano passado, que somaram R$ 98,8 bilhões.
Brazil´s Capitals Market has been swept by a series of
changes over the past few years. Living through a time of dynamic
expansion, it is today playing a key role in the development of
the nation´s economy and serving as an important source of
financing for companies. This is reflected in the new records set
by its capitals market in 2007, handling R$ 142.5 billion in
transactions that include emissions of debts and shares, up 18.8%
compared to 2006.These volumes topped the projects approved
by Brazil’s National Social and Economic Development Bank
(BNDES) last year, which totaled R$ 98.8 billion.
A partir de 1999, com o lançamento do Código de AutoRegulação Anbid para Ofertas Públicas, as instituições
intermediárias iniciaram um processo de aperfeiçoamento das
informações prestadas ao público investidor, através do
prospecto de oferta. Os riscos macroeconômicos envolvidos
nas operações – relacionados à empresa –, por exemplo,
passaram a fazer parte desse prospecto, bem como informações
setoriais, sobre as demonstrações financeiras acompanhadas
de análise e comentários da administração.
From 1999 onwards, with the launch of the Self-Regulation
Code for Public Offerings by the National Investment Banks
Association (ANBID), brokerage institutions launched an
upgrade process for information provided to the investor public
through prospectuses. For example, the macro-economic risks
involved in these transactions – related to the company – were
included in these prospectuses, in addition to sector-specific
information and data drawn from the Financial Statements,
together with analyses and comments from the management.
Várias outras iniciativas contribuíram para o fortalecimento e amadurecimento do mercado de capitais brasileiro
nos últimos anos, ao trazer mais transparência e credibilidade
às operações. É o caso da modernização do arcabouço legal
produzido pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a
criação do Novo Mercado pela Bovespa. A Anbid tem atuado
tanto em iniciativas para o aperfeiçoamento da auto-regulação,
colaborando com a CVM na elaboração de instruções normativas, quanto na formação e treinamento dos profissionais
do mercado. Este empenho das entidades e da CVM tem merecido reconhecimento não só no Brasil, mas também no exterior. Vale destacar que a estabilidade econômica foi fundamental
para o amadurecimento do mercado de capitais. Um bom
exemplo disso é a reação que tivemos ao solavanco do início
deste ano, por conta da crise do subprime nos Estados Unidos.
O problema, que provocou turbulências nas principais praças
financeiras do mundo, não desestabilizou a economia do país.
Several other initiatives have helped strengthen and mature
Brazil´s capitals market over the past few years, endowing
transactions with greater transparency and credibility.This includes
the modernization of its legal framework undertaken by the
Brazilian Securities Commission (CVM) and the introduction
of its Novo Mercado by the São Paulo Stock Exchange (Bovespa).
The National Investment Banks Association (ANBID) has been
engaged in fine-tuning self-imposed regulations, while
cooperating with the CVM in drawing up regulatory instructions,
in addition to training market practitioners. The efforts put forth
by these entities and the CVM have warranted
acknowledgement, not only in Brazil but also abroad. It is also
worthwhile stressing that economic stability played a vital role
in the maturation of Brazil´s capitals market. A good example of
this is the reaction to the jolt caused by the sub-prime crisis in the
USA at the start of this year. Although ruffling the world’s major
financial centers, this problem did not destabilize the Brazilian
economy.
A elevação do Brasil a grau de investimento ratifica a
evolução positiva da economia do país e vai gerar uma valorização
dos ativos brasileiros. Desta forma, o Brasil fica menos vulnerável
a crises externas e se torna mais atrativo ao capital estrangeiro,
principalmente de investidores institucionais.
*Presidente da Associação Nacional
dos Bancos de Investimento (Anbid)
12
Brazil’s investment-grade rating ratifies the positive
progress of its economy, generating value for Brazilian assets.
As a result, Brazil is less vulnerable to crises in other parts of the
world, becoming more attractive to foreign capital, particularly
institutional investors.
*President, National Association
of Investment Banks (ANBID)
Brasil em perspectiva
Brazil in perspective
Um ano que vai ficar na história
A Milestone Year
Maria Helena dos Santos Fernandes de Santana*
N
a história do mercado de capitais do Brasil, o ano de
2007 merecerá sempre destaque, pelo crescimento que
trouxe e pelo amadurecimento que representou. O
volume total de ofertas foi de R$ 167 bilhões, 36% superior ao
de 2006 e o dobro do de 2005. Só de colocações de ações, o
volume foi de R$ 75 bilhões, mais que o dobro de 2006, elevando
o Brasil para o quinto lugar no ranking mundial. O ano também
foi de recorde no número de pedidos de registro de companhias
abertas, tendo sido analisados 134 pedidos, crescimento de 94%
em relação a 2006. Desse total, foram concedidos 92 registros
iniciais, dos quais 58 foram acompanhados de ofertas públicas
de ações de novas companhias.
Uma ótima notícia é ver que o mercado inegavelmente
valoriza as regras de governança corporativa propostas pela
Bovespa, por auto-regulação. As companhias abertas em 2007,
em sua maioria, optaram por aderir a essas regras, e o
movimento de migração para os níveis de governança e,
especialmente, o Novo Mercado tem sido constante. Outra
grande notícia é que a espetacular atividade do mercado não
decorreu de qualquer tipo de incentivo artificial, mas
principalmente do fato de o ambiente para investir no Brasil
ter evoluído muito nos últimos anos e de isso ter ficado evidente
para os investidores. A CVM certamente contribuiu para que
essa conquista de 2007 fosse alcançada, proferindo, com
agilidade, decisões sobre operações em andamento, com vistas
a preservar a segurança jurídica do mercado e fazer cumprir
suas normas. A autarquia também teve preocupação em julgar
os processos sancionadores com maior brevidade.
In the history of Brazil´s capitals market, 2007 will always
be a milestone, underpinned by the growth that it brought
and the maturation that it represented. The total volume of
offerings reached R$ 167 billion, 36% higher than in 2006
and double the figures for 2005. Share placements alone
accounted for R$ 75 billion, more than twice the amounts
posted in 2006, ranking Brazil fifth worldwide. This year also
saw a record number of companies applying to go public,
with 134 applications analyzed, up 94% over 2006. A total of
92 initial listings were granted, of which 58 were accompanied
by public offerings of shares in these new companies.
A really encouraging sign is that the market undeniably
appreciates the corporate governance rules proposed by the São
Paulo Stock Exchange (BOVESPA) for self regulation. In 2007,
most listed companies decided to comply with these rules, with
a steady migration to the governance tiers, and more specifically
Brazil´s Novo Mercado. The other good news is that spectacular
market activities are not triggered by any type of artificial
incentives, but are rather due to the fact that the investment
environment has developed significantly over the past few years
in Brazil, with this now becoming apparent to investors. The
Brazilian Securities Commission certainly contributed to these
accomplishments in 2007, handing down fast and accurate
decisions on transactions under way in order to preserve the
juridical security of the market and ensure compliance with its
rules. This semi-autonomous government entity also made a
point of hearing punitive proceedings as quickly as possible.
Nesse cenário, o arcabouço regulatório continuou evoluindo.
Em 2007, foram emitidas normas regulando a adoção de padrões
internacionais de contabilidade nas demonstrações consolidadas,
a organização e o funcionamento das bolsas e a implementação
do Sistema de Supervisão Baseada em Risco, além de normas
atualizando produtos específicos, como o rito dos processos
sancionadores e a divulgação de fatos relevantes. Ainda, foram
iniciadas discussões com o mercado sobre o fundo de investimento
imobiliário, a aplicação de recursos no exterior, o analista de valores
mobiliários, o contrato de derivativos e a prioritária atualização
da Instrução 202, que regula as informações que devem ser
prestadas pelas companhias abertas. A evolução de 2007, ao que
tudo indica, veio para ficar. Um ano tão bem-sucedido só poderia
terminar com a sanção da Lei no 11.638, inserindo o Brasil
definitivamente no caminho da convergência ao IFRS.
Within this setting, the regulatory framework continues to
develop. Rules were issued in 2007 on the adoption of international
accounting standards for consolidated financial statements, the
organization and functioning of exchanges, and the implementation
of the Risk-Based Supervision System, in addition to rules updating
specific aspects, such as hearing punitive proceedings and the
disclosure of relevant facts. Additionally, discussions were opened
with the market on real estate investment funds, investments in
funds outside Brazil, securities analysts, derivatives contracts and
the high-priority updating of Instruction Nº 202, which regulates
information that must be disclosed by listed companies. Everything
seems to indicate that the developments extending throughout
2007 are here to stay. Such a successful year closed most
appropriately with the ratification of Law Nº 11,638, bringing
Brazil definitively onto the path of convergence with the
International Financial Reporting Standards (IFRS).
*Presidente da Comissão de Valores Mobiliarios (CVM)
*Chair, Brazilian Securities Commission (CVM)
14
O vigor da economia brasileira
The Vigor of the Brazilian Economy
Richard S. Aldrich, Jr*
O
desenvolvimento do mercado de capitais brasileiro
nos últimos anos trouxe um panorama positivo para
o futuro da maior economia da América Latina.
Enquanto muitos outros países enfrentam uma desaceleração
preocupante de suas economias, o desempenho consistente
do Brasil prova-se testemunho do potencial de crescimento
das economias emergentes. Os sólidos fundamentos da
economia brasileira ajudarão o país a passar pelo atual período
de desestabilização financeira relativamente ileso.
Essa expectativa tem sido reforçada por notáveis
progressos. Cinco companhias brasileiras entraram para a lista
do Financial Times das 500 maiores empresas do mundo. Além
disso, o país rapidamente tornou-se o segundo maior
exportador de grãos de soja, e as exportações para todos os
principais parceiros comerciais do Brasil aumentaram
significativamente desde o início do ano passado.
À medida que melhora a relação entre as companhias de
capital aberto e as instituições do mercado de capitais, situação
à qual o papel da Abrasca é fundamental, o sucesso contínuo
do Brasil fica mais dentro do alcance.
Para preservar este sucesso, o Brasil precisa continuar a
provar ser um ambiente ideal para o investimento estrangeiro.
As relações desenvolvidas entre empresários brasileiros e
americanos são fundamentais para esse cenário. Nosso objetivo
na Câmara de Comércio Brasil-EUA é exatamente aprimorar
e facilitar esses fortes laços. Em nossos programas, nos
esforçamos para promover o encontro de líderes corporativos
e governamentais para discutir o estado da economia brasileira
e para trocar idéias sobre como incrementar as relações bilaterais
de negócios.
Se o passado recente pode ser visto como uma indicação
do futuro, veremos grande progresso em direção ao crescimento
do mercado de capitais brasileiro. O relacionamento entre o
Brasil e seus parceiros internacionais será vital a esse
desenvolvimento. Na Câmara de Comércio Brasil-EUA,
pretendemos continuar a trabalhar em direção à crescente
exposição internacional do Brasil. Nós sabemos que temos
fortes aliados para esse sucesso. É com muito prazer e confiança
que saúdo a Abrasca e seus associados em sua missão de tornar
a economia brasileira mais saudável e forte.
*Presidente da Câmara de Comércio Brasil-EUA
The development of Brazil’s capital market over the
past few years has led to an optimistic outlook for the
future of Latin America’s largest economy. While much
of the world faces troubling economic slowdowns, Brazil’s
consistent performance seems testimony to the growth
potential of emerging markets. The fundamentals of
Brazil’s economy will carry it through the current financial
turmoil relatively unscathed.
Notable progress has strengthened this expectation.
Five Brazilian firms have achieved a place in the Financial
Times’ list of the world’s 500 biggest companies.
Furthermore, the country quickly became the world’s
second greatest exporter of soy beans, and foreign sales to
all of Brazil’s main trade partners has grown significantly
since early last year.
As listed companies and the capital markets learn to
work together, a relationship for which Abrasca’s role is
integral, continued success seems fully within Brazil’s grasp.
To preserve this success, Brazil must continue to
prove itself an ideal environment for foreign investment.
The relationships forged between Brazilian and American
businesses are critical to this. At the Brazilian-American
Chamber of Commerce, it is precisely our goal to foster
and facilitate these strong ties. In our programs, we strive
to bring together top corporate and government leaders
to discuss the state of the Brazilian economy and exchange
ideas on improving bilateral business relations.
If the recent past has been a foreshadowing for the
future, we will see even greater progress for the growth of
Brazil’s capital markets. The link between Brazil and its
foreign trade partners will be vital to this development.
At the Brazilian-American Chamber of Commerce, we
intend to continue to work towards increasing Brazil’s
international exposure.
We know that we can count on strong allies to
achieve this success. It is with great pleasure and confidence
that I salute Abrasca and its members in its mission for a
healthier and stronger Brazilian economy.
*President of the Brazilian American Chamber
of Commerce – NY
15
Brasil em perspectiva
Brazil in perspective
Em direção a um capitalismo maduro
Moving toward mature capitalism
Raymundo Magliano Filho*
esde que a Abrasca deu início ao seu Anuário
Estatístico, tenho a honra de participar da seção de
artigos desta publicação, imprescindível aos que
desejam conhecer com maior profundidade o balanço do
mercado de capitais. Desta vez, o orgulho que sinto por integrar
este seleto time de articulistas é ainda maior. Se, nas ocasiões
anteriores, contribuí como representante da Bolsa de Valores
de São Paulo (Bovespa), o maior centro de negociação de ações
da América Latina, hoje assino este texto na condição de coPresidente do Comitê de Transição da BM&BOVESPA S.A.,
empresa de capital aberto que resultou da integração das duas
bolsas brasileiras, em 2008, e que já nasceu como uma das
cinco maiores do mundo.
D
Ever since ABRASCA launched its Statistical Yearbook,
I have had the honor of participating in the articles presented
by this publication, which are vital for developing an in-depth
familiarity with the results posted by Brazil’s capitals market.
This time, I am even more proud to belong to this select group
of writers. If on earlier occasions, I contributed as a representative
of the São Paulo Stock Exchange (BOVESPA) – the largest
stock trading center in Latin America – today I sign this article
as the Joint Chairman of the Board of the BM&FBOVESPA
S.A., a listed company established through integrating Brazil’s
stocks and commodities exchanges in 2008, which ranked
right from the start among the five largest institutions of this
type in the world.
Em menos de 12 meses, a partir de meados de 2007, a
Bovespa, com sua história centenária, deixou de ser uma
instituição sem fins lucrativos para se tornar empresa aberta
com ações listadas na própria bolsa. Se essa mudança já teve
para nós o impacto de uma revolução, imagine ainda o passo
seguinte, consolidado em 2008, quando a Bovespa integrouse à Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F)para constituir
um verdadeiro player internacional do mercado financeiro, e
líder inconteste do mercado de valores latino-americano.
In less than twelve months, starting in mid- 2007, the
São Paulo Stock Exchange (BOVESPA), established more than
a hundred years ago, ceased to be a non-profit institution and
became a listed company whose shares are traded on its own
floor. If this shift had the impact of a revolution for us, just
imagine the next step, which was completed in 2008, when it
merged with the Brazilian Commodities and Futures Exchange
(BM&F), becoming a front-line player on global financial
markets and the unchallenged leader on the Latin American
Securities Market.
Experimentar a vida de empresa aberta reforçou nossa
convicção de que o mercado de capitais é o caminho certo e
eficaz para a democratização do capital e o próprio amadurecimento do capitalismo brasileiro. A criação de milhares e
milhares de acionistas transforma uma parcela expressiva da
população em proprietários de fato de empresas que, por força
de sua listagem na bolsa, precisam ser transparentes, prestar
contas e tratar de modo equânime seus acionistas.
Desde sua criação, em 1971, a Abrasca tem sido a maior
defensora das posições das empresas abertas junto à opinião
pública e aos órgãos governamentais. É notável o empenho
desta entidade para o aprimoramento e a expansão qualificada
do mercado de capitais. O Brasil vive hoje um momento
peculiar em sua história. Com o investment grade recentemente
obtido pelo país, novas conquistas e desafios se desenham para
as companhias de capital aberto. A Abrasca certamente tem o
seu papel no desenvolvimento deste cenário, que levará à
construção de um Brasil mais próspero e justo.
*Presidente do Instituto Bovespa de Responsabilidade Social e Ambiental
e co-Presidente do Comitê de Transição da BM&F Bovespa S.A.
16
Operating as a listed company has strengthened our belief
that the capitals market is the correct and most effective path
leading to the democratization of capital and the maturation
of capitalism in Brazil. Creating thousands upon thousands of
shareholders is turning a significant proportion of the
population into real owners of companies whose stock exchange
listings require them to be transparent, rendering accounts
and treating all their shareholders equally.
Ever since it was set up in 1971, ABRASCA has been
the main supporter of the positions of listed companies in
terms of public opinion and government entities, doing its
utmost to upgrade and expand Brazil’s Capitals Market. This
is a very special time in the history of Brazil, recently ranked as
investment grade and with many new triumphs and challenges
ahead for its listed companies. Within this context, ABRASCA
will certainly play an important role in its development, helping
build up a fairer and more prosperous nation.
*President of the Bovespa Institute of Social and Environmental Responsibility
and co-chairman of the Transition Committee of BM&F Bovespa S.A.
Brasil em perspectiva
Brazil in perspective
Comunicação não é commodity!
Communication is not a Commodity!
Geraldo Soares*
O
termo commodity designa um tipo particular de
mercadoria em estado bruto, ou produto primário
de importância comercial, tais como: cobre, minério
de ferro e petróleo. Algumas companhias abertas brasileiras têm
tratado a comunicação com os agentes do mercado como uma
commodity. Padronizar e “comoditizar” são características
corriqueiras nesse tipo de comunicação, na qual falta criatividade.
Toda companhia – seja ela aberta ou fechada – constrói e reforça
no dia-a-dia sua identidade, imagem e reputação com seus
clientes, colaboradores e fornecedores, bem como com um
estratégico público: os seus acionistas e investidores.
The term commodity designates a specific type of raw
goods or primary product of commercial importance, such as
copper, iron ore and oil. Some Brazilian listed companies have
been handling their communications with market agents as
commodities. Standardizing and “commoditizing” are
common characteristics in this type of communications, where
the creative spirit is lacking. All companies – whether listed or
not – build up and strengthen their identity, image and
reputation with their customers, employees and suppliers
through their daily routines, as well as with a strategic public:
their shareholders and investors.
Isso é preocupante, pois essa comunicação “primária” pouco
contribui na disseminação de uma cultura de mercado de capitais
em nosso país. Entendemos que cada companhia aberta está
num momento diferente de desenvolvimento, até mesmo no
relacionamento com o mercado de capitais. Mesmo assim, ela
deve ter uma comunicação criativa, o que é fundamental para
uma companhia criar valor para seus acionistas. Isso significa ser
transparente, tempestiva, acessível e democrática, que informa e
percebe as necessidades dos usuários.
This is a matter of concern, as these “primary”
communications contribute little to disseminating a capitals
market culture in Brazil. We are well aware that listed companies
are at a different stages in their development and even in their
relationships with the capitals market. Nevertheless, their
communications should be creative, which is a fundamental
step for creating value for its shareholders. This means being
transparent, prompt, accessible and democratic, providing
information and perceiving user needs.
As empresas de sucesso no mercado de capitais são aquelas
que conseguem adequar melhor sua mensagem ao repertório
discursivo e emocional do seu público estratégico. Investidores
diferentes devem ser tratados de forma diferente. Cabe lembrar
que entre os investidores institucionais há uma diferenciação
enorme. Exemplos ilustrativos são os hedge funds, os venture
capitals e os fundos soberanos que possuem perfis de investimentos totalmente distintos.
Successful companies on the capitals market are those that
manage to adapt their message most effectively to the emotional
and discursive repertoire of their strategic publics. Different
investors must be handled differently. Specific approaches are
required when dealing with individual shareholders and
institutional investors. It must also be recalled that there are vast
differences among institutional investors. Good examples of this
are hedge funds, venture capital and sovereign funds, which have
completely different investment profiles.
O conceito do marketing one-to-one pode ser utilizado
no mercado de capitais. E tem quatro passos básicos –
identificar, diferenciar, interagir e personalizar. Possibilita uma
comunicação com os agentes do mercado de capitais não
padronizada e criativa. Pesquisas, denominadas de targeting,
são a base para a construção de um CRM (Customer Relationship
Management), propiciando comunicação individualizada para
a base de acionistas e analistas. As ferramentas tecnológicas
estão à disposição das companhias abertas brasileiras para se
diferenciarem no mercado de capitais global. A evolução de
nosso mercado de capitais deve ser acompanhada por um
crescimento qualitativo e diferenciado na comunicação das
companhias abertas brasileiras.
*Presidente executivo do Instituto Brasileiro
de Relações com Investidores (Ibri) e superintendente de
Relações com Investidores do Banco Itaú Holding Financeira S.A.
18
The one-to-one marketing concept can well be used on
the capitals market, with four basic steps: identify, differentiate,
interact and personalize.This paves the way for communications
with capitals market agents that are creative and not standardized.
Targeting surveys are the basis for building up effective Customer
Relationship Management (CRM) actions that allow
individualized communications with shareholders and analysts.
The technological tools available to listed companies in Brazil
differ from those on the global capitals market.The development
of Brazil’s capitals market must be accompanied by qualitative
growth and development in the communications of listed
Brazilian companies.
*Executive Chair of the
Brazilian Investor Relations Institute (IBRI) and the Investor
Relations Superintendent of Banco Itaú Holding Financeira S.A.
Brasil em perspectiva
Brazil in perspective
Ofertas Brasileiras: uma perspectiva americana
Brazilian Offerings: A U.S. Perspective
Richard S. Aldrich, Jr e Pedro Amaral*
E
ntre 2004 e 2007, houve um grande acúmulo de
valor na Bovespa. O índice Ibovespa subiu de
aproximadamente 10 mil pontos em 2004 para mais
de 60 mil pontos no final de 2007. O número de operações
de emissão de ações no Brasil cresceu de forma significativa,
na medida em que acionistas aproveitavam-se de regras
modernas e eficientes regendo ofertas públicas iniciais no Brasil.
Por outro lado, as companhias brasileiras captavam recursos
ao atrair o interesse de investidores estrangeiros.
O desenvolvimento das ofertas públicas iniciais de ações
no Brasil é o resultado de uma conjunção de fatores. A adoção
da Resolução no 2.689 em 2000, a qual isenta investimento
estrangeiro no Brasil de imposto de renda em razão de ganho
de capital, e o estabelecimento do Novo Mercado, o qual
estabelece práticas diferenciadas de governança corporativa,
são apenas dois dos fatores que ajudaram a criar a onda de
investimento, especialmente investimento estrangeiro, no
Brasil.
Investidores norte-americanos têm sido responsáveis
pela maior parte do investimento estrangeiro no Brasil. Desta
forma, operações como ofertas públicas iniciais de ações na
Bovespa nas quais investidores estrangeiros têm sido essenciais
para a liquidez do mercado secundário envolvem
necessariamente a legislação dos Estados Unidos e a sua
interação com o regime regulatório brasileiro para estas
operações. Ambos, a legislação norte-americana e o regime
regulatório brasileiro, têm como objetivo último proteger
investidores.
As considerações que uma companhia deve examinar
antes de se tornar pública são as mesmas para qualquer oferta
pública inicial de ações: quanto controle os principais
acionistas querem deter após a oferta? Quais sistemas devem
ser estabelecidos ou criados para atender às exigências de
divulgação de informações ao mercado com base na legislação
brasileira e, potencialmente, com base na legislação dos
Estados Unidos?
A típica oferta pública inicial de ações no Brasil não
envolve apenas uma oferta para o público no Brasil, o que a
20
The years 2004 to 2007 witnessed tremendous
accumulation of value on the São Paulo Stock Exchange
(BOVESPA). The ibovespa index increased from roughly
10,000 five years ago to more than 60,000 through
December 31, 2007. Dealmaking in Brazil grew at a
blistering pace, as shareholders took advantage of exit
mechanisms for their private holdings through streamlined
Brazilian rules for Initial Public Offerings (IPOs).
Likewise, companies raised capital by tapping
international investor interest.
The development of Brazilian Initial Public
Offerings (IPOs) has various origins. The adoption of
Resolution No. 2689 in Brazil in 2000, which generally
exempts foreign investment in Brazil from capital gains
tax, and the establishment of the Novo Mercado, which
establishes best practices for corporate governance, are
just two factors that helped create the wave of investment,
especially by foreign investors.
Investors from the United States have been the largest
category of foreigners investing in Brazil. Accordingly,
deals such as Initial Public Offerings (IPOs) on the
São Paulo Stock Exchange (BOVESPA), in which a
substantial part of the liquidity in the marketplace has
been provided by foreign investors, have involved the
United States securities laws, and their interplay with the
Brazilian regulatory regime for securities transactions.
Both sets of rules are designed to protect investors.
The considerations companies must examine when
considering going public are the same for any Initial
Public Offering (IPO): how much control do key
shareholders want to maintain? What systems need to be
put in place to comply with ongoing public disclosure
requirements in Brazil, and potentially in the United
States?
The typical Initial Public Offering (IPO) in Brazil
involves not just a registered offering to the public in
Brazil, entailing a regulatory review by The Brazilian
sujeita à revisão regulatória da CVM, mas também ofertas
fora do Brasil, as quais não são registradas junto a outros
órgãos reguladores por serem realizadas com base em alguma
isenção de registro prevista na legislação dos Estados Unidos
e de outras jurisdições nas quais ocorre a oferta de ações.
Securities Commission, but also an unregistered offering
outside Brazil, pursuant to exemptions from registration
requirements of the United States Securities Act of 1933,
and the rules of any other jurisdictions where offers are
made.
As hipóteses de isenção de registro junto à Comissão de
Valores Mobiliários dos Estados Unidos normalmente
utilizadas em ofertas públicas iniciais de ações brasileiras para
a colocação de ações fora do território brasileiro e nos Estados
Unidos são: Section 4(2), Rule 144A e Regulation S, todas
sendo parte do Securities Act of 1933. Conceitualmente, a
necessidade de registro junto à SEC com base na legislação
norte-americana está restrita a ofertas públicas nos Estados
Unidos. De uma forma geral, as isenções de registro junto à
SEC envolvem atividades publicitárias visando apenas a
investidores sofisticados ou para pessoas não residentes nos
Estados Unidos.
The common exemptions from the requirement to
register with the U.S. Securities and Exchange
Commission the international and U.S. portions of
Brazilian Initial Public Offerings (IPOs) are Section
4(2), Rule 144A and Regulation S of the Securities Act of
1933. Conceptually, the registration requirements of the
U.S. securities laws are limited to offerings to the public
in the United States. Generally, the exemptions from the
SEC registration requirements of the U.S. securities laws
involve marketing only to sophisticated investors or to
non-U.S. persons.
Em ofertas públicas iniciais de ações brasileiras, as
companhias são legalmente responsáveis pela precisão e
cobertura das informações divulgadas para os investidores
nos documentos da oferta. Em uma típica oferta pública
inicial de ações brasileiras, a companhia envolverá banqueiros,
contadores e advogados na preparação de documentos
paralelos para a oferta: um prospecto em português, seguindo
a legislação brasileira, e um offering memorandum em inglês,
seguindo a legislação norte-americana. Um processo intenso
de preparação destes documentos garante que os mesmos
estejam divulgando todas as informações necessárias, em
ambos a legislação brasileira e norte-americana, e que não
haja nenhuma diferença relevante entre os documentos.
Banqueiros, contadores e advogados participam na diligência
legal do emissor, e resulta na entrega de uma carta “conforto”
pelos contadores e pareceres legais pelos escritórios de
advocacia, cada um seguindo os seus respectivos requisitos
legais. Advogados também preparam diretrizes detalhadas
sobre a condução de atividades publicitárias durante uma
oferta de valores mobiliários, bem como regras com relação
ao trabalho de pesquisa de analistas e a sua publicação.
Tendo em vista as diversas estruturas disponíveis para
as companhias e a complexidade inerente das questões de
ordem legal e regulatória, a melhor preparação para conduzir
uma oferta pública inicial de ações no Brasil é envolver uma
equipe experiente de banqueiros, contadores e advogados, e
dedicar tempo e esforço significativo da administração para
apresentar a companhia e preparar os documentos da oferta.
*Richard S. Aldrich, Jr., Schuyler Frautschi
Pedro Amaral, Shearman & Sterling LLP
In Brazilian Initial Public Offerings (IPOs),
companies undertake significant legal responsibility for
the accuracy and scope of the disclosures made to investors
in the offering documents. The typical Initial Public
Offerings (IPOs) in Brazil involves a company engaging
bankers, accountants and lawyers to prepare parallel
offering documents: a prospectus, in Portuguese, following
the Brazilian guidelines; and an offering memorandum,
in English, following U.S. guidelines. An intensive drafting
process culminates in ensuring that the disclosure in both
documents is complete under the applicable standards
and contains no “material” differences. All parties
participate in the due diligence of the issuer, and results
in the delivery of a “comfort letter” from the auditors,
and the opinions of counsel of Brazilian and U.S. firms,
each conforming to their respective legal standards.
Brazilian and U.S. lawyers also prepare detailed guidance
on matters such as publicity during an offering of
securities, and rules related to analyst research reports.
Given the range of possible structures and the
complications inherent to the legal and regulatory
framework, the best preparation for undertaking an Initial
Public Offering (IPO) in Brazil involves gathering an
experienced team of bankers, accountants, and lawyers,
and preparing to dedicate substantial management time
to presenting the company and drafting disclosure
documents.
*Richard S. Aldrich, Jr., Schuyler Frautschi
Pedro Amaral, Shearman & Sterling LLP
21
Investiment grade: um risco
ou uma conquista para o Brasil?
O Brasil conquistou o tão esperado grau de investimento depois de
décadas de uma luta intensa contra a hiperinflação e o hiperdéficit fiscal e de
trilhar um longo percurso para alcançar o tão sonhado ajuste
macroeconômico. Mas, como assinala Marcel Pereira, economista-chefe da
RC Consultores, “não há cenários de contos de fadas: ainda há uma longa
lista de problemas por se equacionar no país e uma conjuntura global que
aponta para mares de navegação turbulenta”. Ele alerta para o risco do
investment grade produzir, no próximo biênio, uma corrida especulativa que
pelos seus cálculos pode chegar a US$ 20 bilhões por ano, adicionais ao
fluxo atual. A próxima fase de valorização do real, diz ele, pode desequilibrar
ainda mais as estruturas produtivas da indústria local, mesmo que beneficiada,
neste momento, por importações de equipamentos mais baratos, e
comprometer seriamente o saldo da balança comercial.
After decades of battling hyperinflation and a massive fiscal deficit,
moving doggedly towards its long-desired macro-economic reform, Brazil
finally attained its long-desired investment grade rating. But, as stressed by
the Chief Economist of the RC Consultores consulting firm, Marcel Pereira:
“there are no fairytale scenarios, but rather a long list of problems to be
resolved by Brazil, within a global context that may well be heading towards
more turbulent seas.” He warns that there is a risk of this investment grade
rating triggering a wave of speculation during the next twenty four months
that he calculates may reach US$ 20 billion a year, over and above the
current flows. The next upswing in the value of the Brazilian Real may he says - leave the production structures of local industry even more
unbalanced, which might seriously undermine the nation’s balance of trade,
despite the immediate benefits of cheaper imported equipment.
Investment Grade Rating:
Threat or Triumph for Brazil?
22
Visão econômica
Economic viewpoint
Perspectivas para o Brasil após o grau de investimento
Outlook for Brazil after Investment Grade Rating
Marcel Pereira*
lição fundamental da crise de crédito norte-americana
para os negócios e para os investimentos não é nova:
a natureza não opera em saltos, tampouco a vida
econômica. A acumulação de riqueza é sempre gradual. A
acumulação de rentabilidades também. E as leis econômicas,
embora sob alguma mutação, não foram abolidas por nenhuma
“nova economia”. É verdade que o mundo mais interconectado
do século XXI facilita correções mais rápidas e mais coordenadas
das atividades e políticas econômicas, a comunicação em modo
ultra-veloz propicia convencimentos superficiais e percepções
insuficientemente amadurecidas, disso decorrendo um “efeito
de manada”, produzindo um comportamento repetitivo. Mas
quando a posição “curto-prazista”, diante dos fundamentos
da oferta e demanda, se torna insustentável, o ciclo se inverte
de modo punitivo para os investidores a descoberto. Estas lições
servem ao Brasil.
A
The basic lesson of the US credit crunch for
businesses and investments is nothing new: Nature does
not move ahead by leaps and bounds, and neither do
economies. The accrual of wealth is always gradual - and
so is the build-up of profitability. Despite some changes,
economic laws have not been swept away by any “new
economy”. It is true that the more tightly connected world
of the XXI century makes it faster to correct economic
policies and activities in better coordinated ways, while
ultra-fast communications offer superficial explanations
and immature perceptions that give rise to a ‘stampede
effect’, resulting in repetitive behavior. But when the stance
based on short-term views loses ground undermined by
the basic laws of supply and demand, the cycle is reversed,
leaving unprotected investors to their fate. These lessons
are useful for Brazil.
A crescente complexidade das relações econômicas
modernas ocorre pela globalidade dos fenômenos observados
sobre os mercados de bens e de ativos, através das correias de
transmissão dos juros e do câmbio, em regime de livre flutuação.
Tal complexidade acentua a conveniência de abordagens menos
segmentadas e mais holísticas dentro do processo decisório
dos investimentos de portfolio, especialmente quando se trata
de aplicadores institucionais com responsabilidade de gestão
do tipo previdenciário, de horizonte dilatado.
The rising complexity of modern economic relations
is spurred by the global nature of phenomena noted on
goods and assets markets through interest and foreign
exchange rate chains, in a system of free variations. This
complexity underscores the convenience of less segmented
and more holistic approaches within portfolio investment
decision processes, particularly for institutional investors
responsible for managing pension funds and other longhorizon assets.
A resposta convencional para o desafio dos ciclos, sempre
válida em qualquer caso, é a diversificação de carteiras.
Entretanto, tal proteção não consegue lidar adequadamente
com riscos do tipo sistêmico, quando todas as classes de ativos
parecem estar afetadas por uma doença rara dos mercados.
The conventional response to the challenges offered
by these cycles consists of portfolio diversification, which
is always valid in any case. However, this fails to offer an
adequate shield against systemic risks, when all types of
market assets seem to be affected by some rare disease.
Para investir em momentos assim, as avaliações setoriais
ou por classes segmentadas de ativos, embora úteis, são
insuficientes e podem conduzir a conclusões, no mínimo,
perigosas. A avaliação macroeconômica completa dos ciclos e
das motivações políticas dos poderes instituídos, que
manipulam as variáveis centrais da economia, é ferramenta
essencial para a adequada mensuração dos riscos de crédito e
de mercado incorridos pelas carteiras de investimento em
qualquer parte do mundo.
When investing at times like these, assessments by
sector or segmented classes of assets are useful but
nevertheless insufficient, possibly leading to conclusions
that are at the very least dangerous. A full macro-economic
assessment of cycles and the political motivations of the
powers-that-be that manipulate core economic variables
is a crucial tool for measuring market and credit risks
properly, to which investment portfolios are subject
anywhere in the world.
23
Visão econômica
Economic viewpoint
1. A POSIÇÃO DO BRASIL APÓS O GRAU DE
INVESTIMENTO
1. BRAZIL’S POSITION AFTER THE
INVESTMENT GRADE RATING
Saber administrar o sucesso pode ser até mais complicado
do que conviver com a escassez e a penúria. Na esteira da nota
investment grade, atribuída à dívida externa brasileira por duas
agências norte-americanas de risco (Standard & Poors e Fitch),
a entrada de capitais no Brasil – uma medida do “sucesso” da
política econômica – pode assumir proporções nunca antes
experimentadas pelo país.
Knowing how to manage success may be even more
difficult than coping with shortages and penury. In the
wake of the investment grade rating assigned to Brazil’s
foreign debt by two US rating agencies (Standard & Poor’s
and Fitch), the inflow of capital into Brazil – which is
one way of measuring the ‘success’ of its economic policy
– may well reach levels unheard-of previously in this
country.
O fato de o Brasil passar a ser considerado um país que
emite dívida com baixo risco de calote pode se tornar, mais
adiante, motivo de frustração e desapontamento, se a onda
especulativa dos aplicadores acabar transformando o atual
otimismo em histeria especulativa. Este é, neste momento, um
cenário nada improvável no horizonte do biênio 2008-2009.
Por algumas estimativas internas, a economia brasileira
poderia começar a receber um fluxo agigantado de recursos
em função desta “autorização para especular” contida na
concessão de grau de investimento seguro para a dívida
brasileira. A RC Consultores estima algo como US$ 20 bilhões
por ano, adicionais ao fluxo atual, embora isso não vá acontecer
da noite para o dia.
Enquanto isso, o Banco Central do Brasil começa a
ampliar o diferencial entre o juro brasileiro e o norte-americano,
ao invés de diminuí-lo, facilitando a possibilidade de uma onda
especulativa “positiva”. Por quê? Sob o argumento de querer
conter a demanda e os gastos privados, o BC promove,
paralelamente, um subsídio ainda maior à entrada de recursos
financeiros que não precisariam, nesse momento, de qualquer
incentivo para ingressar no mercado emergente brasileiro.
A próxima fase de valorização do real desequilibrará ainda
mais as estruturas produtivas da indústria local, mesmo que
beneficiada, neste momento, por importações de equipamentos
mais baratos. O Brasil faz do mesmo jeito que os EUA fizeram
nos últimos anos: acelera importações, recria um déficit em
conta corrente e não combate o déficit público na intensidade
que deveria (embora demonstrando vontade de ir diminuindo
o déficit fiscal nominal gradualmente). O gasto doméstico
segue financiado por farto capital externo.
Mas há um agravante: no Brasil, diferente dos EUA, essa
expansão da demanda efetiva ocorre em meio a uma altíssima
taxa real de juros e, portanto, com acumulação de encargos
financeiros vultosos que serão enfrentados pelas gerações
brasileiras do futuro.
A política econômica baseada no emprego do juro muito
alto ainda não pode ser considerada do tipo investment grade.
E a política social e de rendas do Brasil, menos ainda. A política
de juros e o nível das taxas praticadas no Brasil refletem a
24
The fact that Brazil is rated as a nation issuing debt
with low risk of default may later give rise to frustration
and disappointment, if a gambling wave of investors turns
today’s upbeat outlook into speculative hysteria. And at
the moment, this scenario is not at all improbable for
2008 through 2009.
According to some forecasts, the Brazilian economy
may start to absorb massive inflows of funds triggered by
this ‘permission to speculate’ implicit in the award of
investment grade rating that ranks Brazilian debt as safe.
The RC Consultores consulting firm estimates an
additional US$ 20 billion a year or so will swell current
inflows, although this will not occur overnight.
Meanwhile, the Brazilian Central Bank is starting
to widen the gap between the Brazilian and US interest
rates, instead of shrinking it, paving the way for a ‘positive’
wave of speculation. Why? Claiming that it wants to damp
down demands and private expenditures, the Brazilian
Central Bank is providing, in parallel, even greater
encouragement for the inflow of funding that does not
need any extra incentive right now to move onto the
emerging Brazilian market.
The next upswing in value of the Brazilian Real will
leave the production structures of local industry even
shakier, although benefiting right now from cheaper
imports of equipment. Brazil is following in the footsteps
of the USA over the past few years: speeding up imports,
recreating a shortfall in the current accounts and failing
to deal with the pubic deficit as firmly as required
(although clearly wanting to gradually shrink the nominal
tax deficit). Domestic outlays are being financed by ample
foreign capital, but there is an aggravating factor: in
contrast to the USA, this upsurge in effective demand in
Brazil is set against an extremely high interest rate,
consequently building up heavy financial charges that
must be settled by future generations of Brazilians.
Economic policy based on soaring rates may not yet
be rated as investment grade, far less Brazil’s social and
Visão econômica
condição de um convalescente do descalabro financeiro das
últimas décadas. Portanto, ser considerado “investimento
seguro”, neste momento, pode se tornar algo arriscado.
Apesar deste cenário conjugado de riscos, há uma verdade
inquestionável: os principais indicadores da economia brasileira
continuam em posição muito favorável, especialmente quando
cotejados ao desempenho pretérito, mantendo o país em rumo
ascendente em sua classificação de risco soberano.
Os indicadores de solvência externa estão positivamente
consolidados. Por isto, o Brasil ganhou o upgrade junto às duas
agências norte-americanas, como já o recebeu também, alguns
meses antes, da Japan Credit Rating Agency, principal
classificadora de riscos de crédito nipônica.
2. OS FATORES CRÍTICOS NO MERCADO
EXTERNO E SEUS REFLEXOS SOBRE O BRASIL
Embora o Brasil tenha como fatores de mitigação de
risco conjuntural a recente nota de investment grade recebida e
uma conjuntura fiscal favorável – afinal, em abril de 2008,
pela primeira vez em muitas décadas, o déficit nominal nas
contas públicas ficou abaixo de 2% de seu PIB –, há um
horizonte de fatores críticos diante da progressão econômica
do país.
O principal fator, que vale para toda a economia
internacional, é o próximo desenrolar da crise de crédito nos
Estados Unidos. O ponto de inflexão da crise norte-americana
depende do comportamento do preço dos imóveis nos EUA,
do nível de contaminação das perdas financeiras sobre a
atividade produtiva industrial, e da deterioração da confiança
do consumidor; está muito correlacionada aos dois primeiros
pontos citados.
Economic viewpoint
economic policies. The interest policy and the interest
rates charged in Brazil reflect its convalescent status, still
recovering from the financial debacles of the past decades.
Thus, being rated as a ‘safe investment’ at the moment
may prove somewhat risky.
Despite this risk-fraught context, one aspect is
undeniable: Brazil’s main economic indicators continue
very favorable, especially when based on past
performances, keeping t nation moving steadily ahead
towards its sovereign risk rating.
The external solvency indicators are consolidated
positively. This is why Brazil was promoted by these two
US rating agencies, with a similar upgrade received a few
months earlier from the Japan Credit Rating Agency.
2. CRITICAL FACTORS ON FOREIGN
MARKETS AND THEIR REPERCUSSIONS ON
BRAZIL
Although the risk mitigation factors for the Brazilian
economy include its recent investment grade rating and
a favorable tax setting – in April 2008, the nominal deficit
in its public accounts fell below 2% of its GDP for the
first time in many decades – there are critical factors
looming on the horizon that threaten its economic growth.
The main factor, which applies to the entire
international economy, is the imminent outcome of the
credit crunch in the USA. The turning point of this crisis
depends on how property prices behave in the USA, the
contamination level of financial losses on industrial
production activities, and plunging consumer confidence,
which is closely linked to the first two points.
O quadro conjuntural mundial também é dificultado
por diversos vetores de pressão sobre os preços, aos quais, neste
momento, todas as economias nacionais estão expostas, no
que parece ser um novo ciclo inflacionário global. Os dois
pontos centrais na construção das expectativas inflacionárias
são: o repasse dos custos de energia e de alimentos e a
transmissão da recessão norte-americana.
The global economic situation is also hampered by
several pressure vectors on prices, to which all national
economies are exposed at the moment, in what seems to
be a new global upsurge in inflation. The two core aspects
in building up expectations of inflation are: transfers of
energy and food costs, and the spread of the recession in
the USA.
O preço médio do barril de petróleo deu um significativo
salto de 58% entre o ano passado e a média estimada deste
ano. Ao mesmo tempo, pela mesma combinação entre vetores
estruturais – desequilíbrio entre oferta e demanda – e
especulativos – efeito especulativo sobre as cotações nos
mercados de futuros – quase todas as commodities, tanto as
minerais quanto as agrícolas, vivem picos de preço que estão
encarecendo toda a estrutura de custos no setor produtivo
mundial.
The average oil price per barrel rose significantly by
58% from last year through to the estimated average for
this year. At the same time, and with the same blend of
structural vectors – ill-balanced supply and demand and
speculative aspects that affect prices on futures markets –
the prices of almost all commodities, whether mineral or
agricultural, have been peaking, pumping up the entire
cost structure of the world’s production sector.
26
Sob esta combinação conjuntural adversa, calcular o
tamanho do buraco financeiro produzido pela desalavancagem
dos bancos e financeiras nos EUA é um exercício nada trivial.
Esta desalavancagem, possivelmente na casa de US$ 1 trilhão,
suprime enorme poder de compra dos americanos, dada a
combinação nefasta de redução da renda disponível, de
contração do crédito para novos negócios e o efeito de queda
da riqueza pessoal, cuja conseqüência baterá mais forte em
With this blend of adverse situations, calculating the size
of the financial black hole left by the inadequate leverage of
banks and financial institutions in the USA is no trivial task.
Possibly topping US$ 1 trillion, this lack of leverage prunes
the massive purchasing power of Americans, due to a disastrous
combination of shrinking available income, tighter credit for
new businesses and the effects of dwindling customer wealth,
whose consequences will be felt more strongly in some parts
27
Visão econômica
Economic viewpoint
algumas regiões dos EUA, como a Califórnia, Michigan e
Flórida. A máquina produtiva dos EUA amargará os efeitos
do ajuste imposto ao sistema financeiro.
of the USA such as California, Michigan and Florida. The US
production machine will suffer a bitter aftertaste from the
adjustments imposed on the financial system.
A cara desta crise tem muitos pontos em comum com o
ajuste dos anos 70 quando os EUA enfrentaram a primeira
grande alta de petróleo, com aumento de custos generalizado
e queda acentuada da demanda. A diferença agora, para melhor,
é a posição dos países emergentes cuja posição de caixa é mais
confortável do que no início dos anos 70.
The face of this crisis has much in common with the
shake-up of the 1970s, when the USA was faced by the first
major oil price hike, triggering across-the-board cost increases
and a sharp drop in demand. The difference now - on the
upside - is the status of the emerging countries, whose cash
positions are more comfortable than during the early 1970s.
O mundo ainda continuará sob alerta máximo durante
muitos meses até que o próximo presidente americano tome
posse e mostre a que veio. A “caixa de promessas” das atuais
autoridades norte-americanas está se esgotando. Uma vez
confrontado com um novo limite inflacionário, pois os índices
de preços norte-americanos estão bastante acima da meta
informal, o Federal Reserve poderá ser compelido a passar de
pomba a falcão, elevando abruptamente os juros para defender
a moeda dos EUA de uma eventual derrocada.
The world will remain on red alert for many months,
until the next US President takes office and indicates what lies
ahead. The handful of promises offered by the current US
authorities is getting thin. Once faced with a new inflation
ceiling, as US prices are well above the informal goal, the Federal
Reserve may be compelled to shift from dove to hawk, hiking
interest rates abruptly in order to protect the US currency
against a possible collapse.
Neste cenário adverso, a transmissão para o Brasil da
combinação dos vetores conjunturais de mais inflação e menos
produção ocorrerá, sobretudo em 2009, pela via do balanço
de pagamentos (ao deteriorar a balança comercial brasileira e
o saldo de transações correntes). A exata proporção desse
impacto ainda não pode ser determinada. Porém, diante de
uma situação de estresse, a balança comercial poderá cair a
próximo de zero de saldo anual.
Como resposta antecipada, o Banco Central do Brasil
atravessa 2008 já elevando os juros em reuniões sucessivas.
Mas, como foi dito antes, esse remédio permanece
contraditório, cheio de efeitos colaterais, na medida em que os
juros altos demais constituem uma atração para a entrada
especulativa de dólares que encarecem artificialmente a moeda
brasileira.
In this gloomy setting, the transfer to Brazil of the blend
of economic factors such as higher inflation and lower output
will take place mainly in 2009, through the balance of
payments, as Brazil’s balance of trade deteriorates, together
with the current transactions balance. The exact scope of these
impacts cannot yet be measured. However, when faced by a
high-stress situation, the balance of trade may drop to around
zero, for the annual balance.
Thinking ahead, the Brazilian Central Bank has already
been cranking up interest rates at successive meetings held in
2008. But, as already mentioned, this remedy is contradictory
and marred by side effects, as high interest rates attract
speculative inflows of dollars that artificially boost the value of
Brazil’s currency.
O grau de investimento é, sem dúvida, uma conquista.
Uma geração inteira de brasileiros sofreu as conseqüências de
um intenso ajuste macroeconômico que tirou o país da posição
de “patinho feio” da economia global. Hiperinflação e
hiperdéficit fiscal parecem ser fatos a serem relatados tão-só
nos livros de história econômica. A aversão aguda a investir no
mercado brasileiro também. Falta inserir nesta lista os resquícios
de indexação monetária e as altíssimas taxas de juros.
There is no doubt that the investment grade rating is a
great accomplishment. An entire generation of Brazilians
suffered the consequences of the massive macro-economic
adjustment that hauled Brazil out of its tail-end position as the
ugly duckling of the global economy. Hyperinflation and
massive fiscal deficits seem to be facts that are reported only in
economic history books, together with the strong aversion to
investing in the Brazilian market. What must also be added to
this list are the vestiges of monetary restatement and extremely
high interest rates.
O Brasil caminha nesta direção. A ascensão ao investment
grade é conseqüência dos avanços conseguidos. Mas não há
cenários de contos de fadas: ainda há uma longa lista de
problemas por se equacionar no país e uma conjuntura global
que aponta para mares de navegação mais turbulenta.
Brazil is moving in the right direction, with its promotion
to investment grade rating reflecting significant progress. But
there are no fairytale endings: there is still a long list of problems
that Brazil must resolve, within a global economic context
that may well be heading towards stormier seas.
*
*
Marcel Pereira é Economista-chefe da RC Consultores
28
Marcel Pereira is the Head Economist of the RC Consultores
consulting firm
Um encontro para debater
idéias e tendências do mercado
A cada ano o Conselho Editorial do Anuário Estatístico analisa
detalhadamente a publicação com o intuito de adequá-la às constantes
mudanças do mercado. A partir desta análise foi discutida e aprovada a inclusão
da nova seção Mesa-redonda com o objetivo de debater temas que poderão
significar mudanças expressivas para o mercado de capitais e seus participantes.
Nesta primeira edição o tema escolhido foi a “Desmutualização da Bovespa”,
assunto discutido por um grupo de profissionais que contribuiu com idéias e
sugestões para os desafios que irão se impor em torno deste assunto nos próximos
tempos. A tônica da mesa-redonda foi dada logo na abertura do encontro
pelo professor Alkimar Moura, ex-diretor do Banco Central, quando disse:
“A desmutualização criou para a Bovespa uma situação inusitada: o provável
conflito de interesses entre o administrador e os acionistas.”
Each year, the Editorial Board of the Statistical Yearbook conducts a
detailed analysis of this publication, in order to keep up with a steady flow
of changes on the market. Based on these analyses, the inclusion of a new
Round Table section was discussed and approved, exploring themes that
might lead to significant modifications to the capitals market and its players.
Its kick-off topic was the Demutualization of the São Paulo Stock
Exchange, which was discussed by a group of professionals offering ideas
and suggestions for dealing with the challenges that will arise in this field in
the near future. The core issue for this Round Table session was spotlighted
during his opening speech by former Brazilian Central Bank Director
Professor Alkimar Moura, who said: “Demutualization ushered in an
unparalleled situation for the São Paulo Stock Exchange: a probable conflict
of interests between its administrator and its shareholders.”
Getting together to discuss market
trends and ideas
30
Mesa-redonda
Round Table
Perspectivas do mercado
com a desmutualização da Bovespa
Market Outlook with the demutualization of the São Paulo Stock Exchange
Da esquerda para a direita: Marcelo Trindade, Alkimar Moura, Antonio Castro,
Roberto Teixeira da Costa, Luiz Leonardo Cantidiano, Humberto Casagrande,
Álvaro Bandeira, Eduardo Lucano e Paulo Aragão.
A desmutualização da Bovespa marca uma nova
etapa na trajetória do mercado de capitais brasileiro,
mas lança também novos desafios para a Bovespa S.A.,
entre eles o provável aparecimento do conflito de
interesses entre o administrador e os acionistas,
tradicional em uma sociedade anônima. E mais, como
ficam o fomento e a auto-regulação do mercado, papel
que a Bovespa desempenhou tão bem durante tantos
anos? Para analisar e discutir este e outros temas, o
presidente da Abrasca, Antonio Castro, convidou um
grupo de profissionais que contribuíram efetivamente
para o desenvolvimento do mercado nos últimos anos.
O objetivo do encontro foi trazer idéias e apontar
sugestões para o sucesso desta grande virada que começa
a acontecer no mercado de capitais brasileiro.
Participaram desta mesa-redonda os ex-presidentes da
Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Roberto
Teixeira da Costa, Luiz Leonardo Cantidiano e Marcelo
Trindade; o ex-diretor do Banco Central, Alkimar
Ribeiro de Moura, o presidente e o ex-presidente da
Apimec Nacional, Álvaro Bandeira e Humberto
Casagrande e o superintendente da Abrasca, Eduardo
Lucano da Ponte.
Left to right: Marcelo Trindade, Alkimar Moura, Antônio Castro, Roberto Teixeira da
Costa, Luiz Leonardo Cantidiano, Humberto Casagrande, Álvaro Bandeira,
Eduardo Lucano and Paulo Aragão.
Ushering in a new stage for Brazil’s capitals market,
the demutualization of the São Paulo Stock Exchange
(Bovespa) also offers fresh challenges, including the probable
appearance of conflicts of interests between the administrator
and the shareholders which often occur in share-issuing
corporations. More queries also arise about market
development and self-regulation, which were roles
performed by Bovespa so well for so many years. Analyzing
and discussing this and other issues, the President of Abrasca,
Antonio Castro, gathered together a group of professionals
who have made many effective contributions to the
development of this market over the past few years. The
purpose of this event was to present ideas and suggestions
for successfully conducting this massive about-turn that is
taking place on Brazil’s capitals market. The participants in
this Round Table were three former Chairmen of CVM:
RobertoTeixeira da Costa, Luiz Leonardo Cantidiano and
MarceloTrindade; former Central Bank Director Alkimar
Ribeiro de Moura, the President and the former President
of the Association of Capitals Market Investment Analysts
and Professionals (Apimec) Brazil, Álvaro Bandeira and
Humberto Casagrande; and the Superintendent of Abrasca,
Eduardo Lucano da Ponte.
31
Mesa-redonda
Round Table
Alkimar Ribeiro de Moura – Há que se reconhecer que
2007 foi um ano maravilhoso para a bolsa, sendo o ápice a
abertura de capital da Bovespa, com grande sucesso entre os
investidores. Isso cria desafios para a empresa porque ela terá
duas opções para crescer: de maneira orgânica ou através de
fusões e aquisições. O crescimento orgânico vai depender
basicamente de novas operações de Oferta Inicial de Ações
(IPOs, sigla em inglês), com novos emissores, investidores e
novos papéis no mercado. A outra possibilidade é o
crescimento via fusões e aquisições, que pode ocorrer com a
fusão BM&F e Bovespa e novas fusões podem acontecer
com outras bolsas.
Alkimar Ribeiro de Moura – It must be acknowledged that
2007 was a marvelous year for the Stock Exchange, peaking
with BOVESPA going public, which was a great hit with
investors. This introduces challenges for the Company, because
it will have two options for growth: organically, or through
mergers and acquisitions. Organic growth will depend mainly
on new Initial Public Offerings (IPOs) with new issuers, investors
and papers on the market.The other possibility is growth through
mergers and acquisitions, which may take place with the merger
between BOVESPA and Brazil’s Commodities and Futures
Market (BM&F), in addition to further mergers that may take
place with other Stock Exchanges.
Qualquer que seja a estratégia de crescimento, temos uma
situação inusitada após a desmutualização: o provável
aparecimento do tradicional conflito de interesses entre o
administrador e os acionistas, comum em uma sociedade
anônima. Neste sentido, é importante destacar que a Bovespa,
agora desmutualizada, tem que ter um comportamento
absolutamente impecável: ser a melhor empresa do mercado
em informações para o mercado, ter as regras mais
transparentes, a melhor governança. Em outras palavras,
transformar-se em uma empresa modelo naqueles critérios,
porque ela exige isto das outras empresas listadas.
Regardless of the growth strategy, an unparalleled situation will
arise after demutualization: the probable appearance of traditional
conflicts of interests between the administrator and the
shareholders, which are common in stock-issuing corporations.
Consequently, it is important to stress that BOVESPA, now
demutualized, must be conducted in an utterly impeccable
manner: it must be the best enterprise on the market in terms of
disclosing information, with the most transparent rules and the
best governance. In other words, it must become a model
enterprise compliant with these criteria, because it requires other
listed companies to toe this same line.
Álvaro Bandeira – Existe uma farta literatura sobre o conflito
entre uma bolsa que quer o lucro, e ao mesmo tempo regras
flexíveis para que o mercado cresça e ao mesmo tempo uma
bolsa que regula esses agentes, que sanciona esses agentes e
teoricamente cumpre uma função pública de promover um
mercado sadio, bem regulado. Pessoalmente, acho que este
conflito é apenas aparente se forem adotadas medidas de
prevenção.
Álvaro Bandeira – There is ample literature on the conflicts
between a Stock Exchange seeking profit and rules that are at the
same time flexible enough to allow the market to grow, while a
Stock Exchange must regulate these agents and impose penalties
on them, theoretically playing the public role of ensuring a sound
and well-regulated market. Personally, I think that this conflict is
merely superficial, if preventive measures are adopted.
Alkimar Moura – Outro ponto que queria levantar, além desse
problema tradicional de conflito entre o administrador e o
acionista, é o conflito entre o acionista da Bovespa, que quer
resultados de melhor rentabilidade sobre o patrimônio, e os
demais participantes do mercado, seja o investidor final ou a
empresa emissora de ações. O cliente da bolsa não é mais o
corretor, é o investidor que vai comprar ações no mercado
primário ou no mercado secundário, ou é a empresa que vai
levantar recursos na bolsa através de um IPOs. Pode existir
um potencial conflito de interesses entre os objetivos de
rentabilidade da bolsa como empresa e a necessidade de prestar
os melhores serviços a seus clientes: investidores ou emissores.
Roberto Teixeira da Costa – O ponto que o Alkimar levanta
é interessante porque a bolsa sempre teve um papel
institucional importante, teve sempre a grandeza de olhar o
mercado como um instrumento que ela tinha que fomentar.
Até fui árbitro num processo movido pela Receita Federal –
não sei se sabem disso – porque o Imposto de Renda glosou
algumas despesas que a Bovespa tinha feito em promoções
32
Alkimar Moura – Another point that I would like to raise, in
addition to this traditional problem of conflicts between the
administrator and the shareholders, is the conflict between
BOVESPA shareholders seeking better returns on equity and
other market players, whether end-investors or stock-issuing
companies. The customer of the Stock Exchange is no longer the
broker, it is now the investor who will purchase shares on the
primary or secondary markets, or the company that will raise
funds on the Stock Exchange through an IPO. There may be a
potential conflict of interests between the objectives of bringing
in profits for the Stock Exchange as a company and the need to
render the best possible services to its clients: investors or issuers.
Roberto Teixeira da Costa – The point raised by Alkimar is
interesting, because the Stock Exchange has always played an
important institutional role, it has always been big enough to
view the market as a tool that it must fine-tune. In fact, I was
an arbitrator in a case filed by the Federal Revenue Bureau
(SRF) – I don’t know whether you know this – because the
Income Tax Authorities reclassified some expenditures incurred
by BOVESPA for market promotions and institutional
do mercado, campanhas institucionais etc. Mas por que foi
feito isso? Porque quem agiu e fez essa cobrança não entendia
que essas despesas eram inerentes ao papel da Bovespa. Assim,
a bolsa sempre teve essa grandeza de olhar o mercado que
merecia, tinha que proteger, estimular etc. Bom, isto posto,
a colocação do Alkimar é a seguinte: agora que eles estão
buscando resultados como é que eles vão olhar a promoção
do mercado? Será que as bolsas vão ter a síndrome do
resultado trimestral? E aquela obsessiva preocupação de buscar
resultado para os acionistas em curto prazo? E cada vez que
apresentarem um programa vão pensar: mas será que isso
vai dar retorno? Então é aquele problema que muitas
sociedades anônimas enfrentam e que a bolsa também vai
enfrentar, ou seja, como conciliar o curto prazo com a
necessidade de promover o mercado.
campaigns, etc. Why did this occur? Because the person who
acted and attempted to collect these taxes did not understand
that these outlays were inherent to the role of BOVESPA.
Thus, the Stock Exchange has always had this status of
overseeing the market that it deserves, and that it must protect
and encourage, etc. Well, having cleared that up, what Alkimar
said is the following: now that they are seeking profits, how
will they view market promotion? Will Stock Exchanges be
subject to the quarterly earnings syndrome? And that obsessive
concern with payback for the shareholders over the short term?
Whenever a program is presented, will they wonder: will this
bring in returns? So this is the problem faced by many
corporations and that the Stock Exchange will also have to
deal with: how to reconcile short term goals with market
promotion requirements.
Álvaro Bandeira – Roberto, eu entendo essa preocupação como
Álvaro Bandeira – Roberto, I understand this concern as being
absolutamente válida, mas entendo que a bolsa, como empresa
absolutely valid, but I also am aware that the Stock Exchange, as
aberta, tem sim que visar ao lucro e acho que a promoção de
a listed company, must keep an eye on its profits. I believe that
mercado tem que partir agora das
promoting the market must now
instituições ligadas ao mercado e
be handled by institutions related
“A desmutualização criou para a
principalmente dos intermediários.
to the market, and above all the
E elas já estão se preparando para
brokers. They are already gearing
Bovespa uma situação inusitada: o
isso. Várias corretoras, vários
up for this. Several brokerage houses
provável conflito de interesses entre o
intermediários estão fomentando
and brokers are buttressing the
administrador
e
os
acionistas,
problema
o mercado com palestras e cursos.
market with lectures and courses. I
comum em uma Sociedade Anônima”
Acho que o crescimento do
feel that market growth
mercado passa pela educação do
encompasses educating investors,
“Demutualization ushers in an
investidor e os intermediários
and financial middlemen, deeply
financeiros estão muito ligados na
unparalleled situation for the São Paulo involved in educating investors and
educação do investidor e no
growing the market. This mission
Stock Exchange: a probable conflict of
fomento do mercado. Essa missão
will be transferred to the agents. I
interest between the administrator and have ample experience of the Stock
vai ser repassada para os agentes.
the shareholders, which is a common
Eu tenho uma vasta experiência
Exchange Board – as you do as well.
de Conselho de Bolsa – você
I sat on the Rio de Janeiro Stock
problem for business corporations”
também tem –, fui por 12 anos
Exchange Board for twelve years,
conselheiro da Bolsa do Rio,
after the Nahas episode. I was one
Alkimar Moura
depois do caso Nahas. Fui um dos
of the people who handled its
que fizeram a fusão com a Bolsa
merger with the São Paulo Stock
de Valores de São Paulo. Fui
Exchange. I chaired the Futures
presidente da Bolsa de Futuros do
Exchange in Rio and I also sat on
Rio, conselheiro da BM&F
the Board of the BM&F as well.
também, e o que sempre achei é
What I have always felt is that the
que a estrutura da bolsa no seu
Stock Exchange structure in terms
corpo de gerentes e principais
of its managers and key executives,
executivos era profissional, mas o
was professional, but the Board
Conselho deveria ser mais bem
must be more professionalized
profissionalizado (o Casagrande
(Casagrande also spend many years
também foi muitos anos do
sitting on the BOVESPA Board)
Conselho da Bovespa) e eu
and I always felt that the Stock
sempre achei que a bolsa devia ter
Exchange should have a
um Conselho profissionalizado e
professionalized Board. Now this
33
Mesa-redonda
isso veio através da desmutualização. Então, acho que isso é
muito importante, principalmente com a fusão das duas bolsas
isso vai dar um upgrade, vai dar um ganho absolutamente
fantástico para o mercado de capitais brasileiro e os objetivos vão
ficar muito compartimentalizados. A bolsa visando ao lucro, a
bolsa eventualmente reduzindo custo para os intermediários, os
intermediários reduzindo custos para seus clientes e fomentando
o mercado aqui embaixo junto com as Apimecs, com a Abrasca
do lado das empresas. Acho que a coisa agora está mais bem
estruturada, com muito mais eficiência.
Roberto Teixeira da Costa – Se você juntar o Ponto Frio
com as Casas Bahia, nada faz crer que vamos ter mais gente
comprando geladeira e televisão. O que acontece é que a
qualidade do serviço tem que aumentar proporcionalmente
à dimensão dos novos players. Não vamos inventar mercado
porque nós hoje estamos reféns de uma situação que nem
sempre podemos controlar – no ano passado, 35% do
movimento da bolsa foram de estrangeiros e em 1993 era
14%. Entre 60% a 70% dos IPOs foram comprados por
estrangeiros. É curioso o mercado de IPOs no Brasil. Se nós
compararmos os preços atuais do mercado não tivemos
grandes diferenças, a bolsa este ano só caiu 1% em reais.
Agora, esse mercado de IPOs é curioso porque ninguém diz:
Agora vamos fazer lançamentos baseados nos preços de 2006.
Não, todo mundo pára. O empresário faz no momento da
“crista da onda”, em que todo mundo quer vender, ou pára
tudo. É curioso porque não existe meio-termo.
Álvaro Bandeira – Mas isso é no mundo inteiro? Nos EUA,
este ano, só saiu a Visa e não tem mais nada na prateleira.
Humberto Casagrande – Mas falando da desmutualização,
eu vejo sua virtude sob outro prisma. Acho que ela teve uma
vantagem que foi a de fazer um saneamento do mercado e
criar uma base de crescimento. O número de corretoras era
grande, mas artificial. Ninguém era corretor de fato e ganhava
mais sobre a remuneração do capital próprio e do título
patrimonial. Como era difícil entrar um novo player, porque
tinha que pagar muito caro, ninguém entrava. As corretoras
não queriam investir em “research” e serviços, por serem caros
e de retorno a longo prazo. A desmutualização veio resolver
isso de uma forma muito boa. Ela nivelou a situação
patrimonial e propiciou a saída capitalizada de quem quisesse,
ou seja, sem traumas. Foi um movimento saudável e criou as
bases para agora se construir novas empresas e elas é que vão
fazer a bolsa. Agora, quem quiser de fato prestar o serviço vai
ter que fazê-lo em novas bases e buscar o cliente dentro de
um ambiente competitivo e profissionalizado.
Luiz Leonardo Cantidiano – Acho que esse é um ponto
relevante que vocês levantaram: a questão da governança da
bolsa, que era uma reclamação que eu ouvia muito, inclusive
34
Round Table
has come about through demutualization. So I feel that this is
very important, particularly with the merger of these two Stock
Exchanges, which will result in an upgrade, it will provide Brazil’s
capital market with absolutely fantastic benefits, and the goals
will be well compartmentalized. The Stock Exchange will seek
profits and will also eventually cut costs for brokers, with brokers
then lowering costs to their clients and growing the market here,
together with associations such as the Capitals Market Investment
Analysts and Professionals (APIMEC) and ABRASCA alongside
the companies. I think that all this is much better structured, far
more efficient.
Roberto Teixeira da Costa – If you merge Ponto Frio with
Casas Bahia, nothing would indicate that we will have more
people buying refrigerators and television sets. What happens
is that the quality of the service must rise in proportion to the
size of the new players. We will not invent the market, because
we are today held hostage in a situation that we cannot always
control: last year, 35% of the activities on the Stock Exchange
were conducted by foreigners, compared to 14% in 1993.
Some 60% to 70% of the IPOs were purchased by foreigners.
This IPO market is strange, in Brazil. If we compare the current
market prices, we see no major differences, as the Stock
Exchange fell only 1% this year in Brazilian Reais. However,
this IPO market is strange, because no one said: now let’s issue
shares, based on the 2006 prices. No, everybody stops. The
businessman does so as the wave crests, when everyone wants
to sell, or everything stops completely. It is strange, because
there are no half measures.
Álvaro Bandeira – But doesn’t this happen all over the world? In
the USA, only Visa went public this year, and there is nothing
else on the shelf.
Humberto Casagrande – Talking about demutualization, I
see its virtues from another standpoint. I think that one of its
benefits was to clear out the market and create a solid basis for
growth. The number of brokerage houses was artificially large.
None of them were real brokers, and they earned more through
income on their own capital and equity papers. As it was difficult
for new players to join, as seats were very expensive, no one
applied. The brokerage houses were unwilling to invest in
research and services, as these are expensive and offered only
long-term returns. Demutualization resolved this in a very
effective way. It evened out the equity situation and allowed the
departure of those who wished, well capitalized and without
traumas. This was a healthy shift that laid the basis for building
up new companies now, which is what the Stock Exchange
will do. Today, if anyone wants to render these services, they
will have to do so, on new bases, seeking clients within a
competitive and professionalized setting.
Luiz Leonardo Cantidiano – I think this is a relevant point that
you raised: the issue of Stock Exchange governance, which is a
depois de ter trabalhado na criação do Novo Mercado.
complaint that I used to hear frequently, particularly after I
Quando presidi a CVM muita gente me alertava: “olha a
worked on setting up Brazil’s Novo Mercado. When I chaired
bolsa, olha como ela funciona, como ela é administrada e
the CVM, many people warned me: “look at the Stock Exchange,
olha o que ela cobra das companhias.” Acho que você nivela
look how it functions, how it is managed, and look at how
a bolsa às companhias com uma governança do melhor nível,
much it charges the companies.” I think that you bring the
o que não existia antes. É como essa questão dos corretores:
Stock Exchange to the same level as companies with top tier
a bolsa era dos corretores, por mais que você tivesse
governance, which did not exist previously. It is like this issue of
profissionalizado a área técnica da bolsa, ela era dirigida pelos
the brokers: the Stock Exchange belonged to the brokers, and
corretores, que participavam de um clube fechado. Já
no matter how much you professionalize the technical areas of
começou o movimento de estrangeiros vindo pra cá.
the Stock Exchange, it was still steered by the brokers, who
Recentemente recebi a visita de um grupo de pessoas dos
belonged to a private club. The inflow of foreigners has already
EUA que veio a São Paulo discutir o que fazer: comprar ou
begun, I recently welcomed a group of people from the USA
se associar a uma corretora. Acho que isso vai trazer um
who flew into São Paulo to discuss what to do: to buy or set up
upgrade para o mercado. Além do fato de que, quando estava
an association with a brokerage house. I think that this will
na CVM – e isso depois continuou com o Marcelo Trindade
upgrade the market. Additionally, when I was at the CVM –
–, se falava muito na internacionalização e na integração
and this continued afterwards with Marcelo Trindade – much
nacional da Bovespa. Agora vamos ter três ou quatro bolsas
was heard about internationalization and the national integration
pelo mundo – uma certamente vai ser a Bovespa. Isso vai
of BOVESPA. Now we will have three or four Stock Exchanges
mudar um pouco o perfil da bolsa que se tornará mais
in the entire world – and one will certainly be BOVESPA. This
abrangente, como um pólo na região. Isso vai aumentar o
will change the Stock Exchange profile a little, which will become
volume de negócios na bolsa, e fazer com que ela continue
broad-ranging, like a regional hub, with higher trading volumes
crescendo em cima dessa nova base. Em relação ao problema
on the floor, ensuring growth on
do conflito, existe uma estrutura
these new bases. In terms of the
regulatória montada que
“Existe conflito entre a bolsa que quer o conflict, there is a Regulatory
consegue separar a bolsa,
structure in place which manages
entidade auto-reguladora, da
lucro e a bolsa que regula. Mas isto
to separate the self-regulating Stock
bolsa companhia aberta que está
pode se tornar aparente se forem
Exchange entity from the Stock
buscando resultados.
adotadas medidas de prevenção”
Exchange as a listed company
Marcelo Trindade – A bolsa é um
seeking results.
negócio parecido com os negócios
“There is a conflict between the Stock
Marcelo Trindade – The Stock
de concessão. Ela tem uma
Exchange seeking profits and the
Exchange is a business similar to
autorização para funcionar e, se
Regulatory Entity. But this can be resolved utility concession. It is authorized
ela não fizer o que tem que fazer,
if preventive measures are taken”
to operate, and if it does not do
essa autorização pode ser cassada.
what it should, this authorization
A Instrução 461 tem medidas que
can be canceled. Instruction Nº
podem ser tomadas. E a CVM
Álvaro Bandeira
461 includes steps that must be
está buscando basicamente que a
taken. The CVM is basically
bolsa faça auto-regulação porque
striving to ensure that the Stock
na verdade a Instrução 461 coloca
Exchange is self-regulating,
um ônus muito maior na autobecause in actual fact Instruction
regulação, na expectativa de que
Nº 461 stresses self-regulation
as bolsas façam isso.
more heavily, expecting that Stock
Roberto Teixeira da Costa – Isso
Exchanges will comply with these
é uma regra sagrada desde a
criteria.
primeira administração da
Roberto Teixeira da Costa – This
CVM.
has been a firm rule since the first
Marcelo Trindade – Pois é, e
administration at the CVM.
agora com um ônus muito claro
Marcelo Trindade –Right,andnow
porque virou dinheiro, isto é, se o
with far heavier responsibilities,
investidor perceber que a Bovespa,
35
Mesa-redonda
Round Table
que supervisiona o mercado, por exemplo, não está fazendo
seu papel, isso vai pôr em risco o investimento das pessoas e o
valor da Bolsa. Então, embora esse conflito seja aparente, há
também um enorme incentivo, muito maior do que existia
na época do clube fechado em que prevalecia o espírito de
corpo – “eu fiz, mas você também fez, atire a primeira pedra
quem nunca pecou” etc. – para resolver a questão de maneira
clara: se a gente não punir esse camarada, não tirar esse corretor
do mercado e não impedi-lo de operar, nosso negócio vai pro
brejo.
because this has turned into money. In other words, if investors
feel that the BOVESPA is not doing its job in terms of overseeing
the market, for example, this will jeopardize people’s investments
and the value of the Stock Exchange itself. Thus, although this
conflict is apparent, there is also tremendous incentive, far more
than at the time of the closed brokers’ club when a certain esprit de
corps prevailed: “I did it, but so did you, people who live in glass
houses etc”, to resolve this issue quite clearly: if we do not punish
this fellow, if we do not take this broker off the market and prevent
him from trading, our business will go down the tubes.
Paulo Aragão – Interessante é que a bolsa, ao mesmo tempo
companhia aberta, tem uma situação muito curiosa. Na
verdade existem vários conflitos, completamente diferentes e
extremamente complexos. O primeiro conflito diz respeito a
estabelecer, por exemplo, que um bar vai ter finalidade lucrativa
e vai ser propriedade dos sócios. A discussão vai se tornar
extremamente acirrada porque o sócio, como freqüentador,
vai querer o misto-quente barato, mas como ganha dividendos
sobre o lucro na venda do misto-quente, a coisa se complica.
Esse equilíbrio mostra um eixo importante do conflito, mas o
eixo mais delicado é a figura do “regulador regulado”.
Paulo Aragão –The interesting aspect is that the Stock Exchange,
which is at the same time a listed company, is in a very odd
situation. In fact, there are several conflicts which are completely
different and extremely complex. For instance, an initial conflict
is that a snack bar is set up for the purpose of making profits and
will be the property of the partners. This discussion will become
extremely heated because the partner, as a customer, will want a
cheap sandwich, but as he also wants to earn dividends on the
profits made through selling snacks, things get complicated.This
balance indicates an important aspect of the conflict, but the
most delicate point is the figure of the “regulated Regulator”.
O interessante é que quando começou o processo de
desmutualização, a curiosidade me levou a fazer pesquisa sobre
o que havia sido escrito sobre isso, na expectativa de encontrar
aí uns dois ou três artigos. Bem, se o material que supunha ser
dois ou três artigos tivesse caído no meu pé, o teria esmagado
porque a quantidade de material escrito sobre os conflitos da
desmutualização é enorme, no mundo inteiro. Alguns
professores norte-americanos, a Roberta Karmel, inclusive, que
conheci na SEC (U.S. Securities and Exchange Commission),
tem escrito com freqüência sobre os conflitos da
desmutualização e o que acontece com o surgimento do
“regulador regulado”. Funcionará como algo parecido com o
que havia antes da privatização, quando o regulador era o poder
concedente e o concessionário era o governo. Como equilibrar
essa situação? É claro que tem que haver um regulador
independente do governo que vai acompanhar esse processo.
Se o mercado for extremamente liberal, liberal demais, em
curto prazo fica todo mundo feliz, mas dentro de algum tempo
evidentemente o investidor se afasta dizendo que o mercado
não é confiável. Mas, se for algo absolutamente emperrado,
ele se afasta também porque fica tão travado que ninguém irá
negociar naquela venda. E esse ponto de equilíbrio, que é
claramente dinâmico, é o grande desafio.
The interesting aspect is that when the demutualization process
began, curiosity prompted me to find out what had been written
about this, expecting to find some two or three articles. Well, if
the amount of material - that I thought would consist of just two
or three articles - had dropped on my foot, it would have crushed
it, because the amount of written matter on conflicts arising from
demutualization is vast, all over the world. Some professors in the
USA, including Roberta Karmel, who I met at the U.S. Securities
and Exchange Commission (SEC) have frequently written about
the conflicts prompted by demutualization and what happens
with the appearance of the “regulated Regulator”. This will work
in a way similar to what took place prior to privatization, when
the Regulator was the grantor authority and the concessionaire
was the Government. How can this situation be handled in a
well-balanced manner? Quite clearly, there must be a Regulator
that is independent of the Government, and that will oversee this
process. If the market is extremely loose and altogether too liberal,
everyone will be very happy over the short term, but after a while
investors will drift away, feeling that the market is not trustworthy.
But if it is so tightly bound that it can hardly move, investors will
also turn away because it is so strapped down that no-one will be
able to trade, buying or selling. This point of balance, which is
clearly dynamic, is the main challenge.
A Instrução 461da CVM indica a expectativa do órgão
regulador. Esta Instrução tem uma vantagem que é trabalhar
com o conceito de bolsa globalizada, num mundo globalizado
e com meios eletrônicos. Antigamente era mais fácil conceituar
a idéia de ter uma “corbeille”. As pessoas ficavam na “corbeille”
e começava todo mundo a gritar ao mesmo tempo. Agora,
Instruction Nº 461 issued by the CVM indicates the expectations
of the Regulator. This Instruction has an advantage in that it
works with the concept of a globalized Stock Exchange, in a
globalized work, with electronic media. Formerly, it was easier to
accept the idea of having a corbeille, people were in the corbeille,
and everyone began to shout at the same time. Today, there are
36
não há literalmente mais um local físico e uma das questões é
estabelecer a distinção entre bolsa e balcão. Qual é a diferença
entre uma bolsa totalmente eletrônica e um balcão totalmente
eletrônico? E mais, na globalização, nas telas de negociação
haverá várias opções. Vou dar um exemplo óbvio: há telas em
que se pode comprar Petrobras em Nova York, aqui em São
Paulo, na Latibex, em Madri, ou seja lá aonde for. Esse processo
de competição, essa mudança em função da internacionalização
é um desafio que teremos que vencer. Uma das primeiras
resoluções no nosso tempo, da CVM, dizia que os papéis só
podiam ser negociados em um único lugar e a justificativa
econômica para isso era absolutamente óbvia. Hoje está
acontecendo algo completamente diferente e os papéis são
negociados em vários lugares.
no more trading floors in literal terms, and one of the problems
is to distinguish between Stock Exchanges and over-the-counter
trading. What is the difference between a totally electronic Stock
Exchange and a totally electronic counter? Furthermore, with
globalization, trading screens will offer a range of options. I will
give an obvious example: there are screens on which Petrobras
can be purchased in New York, here in São Paulo, on Latibex in
Madrid or wherever. This competition, this process of change
prompted by internationalization is a challenge that we will have
to win. One of the first resolutions of our times, issued by the
CVM, said that papers may only be traded in a single place, with
the economic justification for this being quite obvious. Today,
something completely different is taking place, and papers are
traded at several locations.
Roberto Teixeira da Costa – Dr. Antônio Castro, como
presidente da Abrasca, qual foi sua preocupação ao convocar
esta reunião? O que está por detrás? Eu aceitei seu convite porque
sou um dos dinossauros do mercado, mas também porque achei
o tema interessante e eu ainda não tinha focado nele.
Roberto Teixeira da Costa – Dr. Antônio Castro, as the President
of ABRASCA, what were your concerns, when convening this
meeting? What lies behind it? I accepted your invitation because
I am one of the market dinosaurs, but also because I felt that the
theme was interesting, and I had not yet addressed it.
Antonio Castro – This concern arose when we began to think
Antonio Castro – A preocupação apareceu quando
about the ABRASCA Yearbook, which strives to be a market
começamos a pensar no Anuário da Abrasca, que procura
Yearbook as well. The Editorial
ser um Anuário do mercado. O
Board felt that a very important
Conselho Editorial considerou
“O desafio que a bolsa vai ter que
point would be to include these
que um ponto de fundo muito
changes sweeping across the market
importante seria incluir, no
enfrentar será o de conciliar resultados
in this Yearbook, in addition to the
conteúdo do Anuário, além das
de curto prazo com a necessidade de
usual statistical data, initially
informações estatísticas, essa
promover o mercado”
examining this demutualization
mudança que está ocorrendo no
and the changes following in its
mercado, a desmutualização em
“The
challenge
facing
the
Stock
wake. Particularly now, when a
primeiro lugar e as mudanças
possible merger between the
subseqüentes. E agora quando
Exchange is to reconcile short-term
BM&F and BOVESPA is very
está muito perto de uma possível
earnings with the need to build
close, what will this bring for the
fusão da BM&F com a Bovespa
the market”
future?
o que isso traria no futuro?
Eduardo Lucano – As companhias, cada vez mais, vêem o
mercado como uma variável em
planejamento estratégico, então essa
visão de futuro em relação a
mercado começa a alimentar o
próprio processo de planejamento
que as companhias fazem anualmente. Daí essa necessidade de
enxergar um pouco mais à frente,
não apenas o ano ou seguinte.
Antonio Castro – Alguns temas
que vão surgir são de percepção
muito fácil. Uma foi a iniciativa
da CVM, há dois anos, de mudar
o procedimento em relação à
Roberto Teixeira da Costa
Eduardo Lucano – To an
increasing extent, companies are
viewing the market as a variable in
their strategic planning, so this view
of the future – in terms of the
market – is starting to provide
feedback for the annual planning
processes that companies conduct
each year. This prompts the need
to look a little further ahead, not
just over the next couple of years.
Antonio Castro – Some issues that
will arise can be noted quite easily.
One was the initiative adopted by
the CVM two years ago, of altering
procedures related to investor
37
Mesa-redonda
educação do investidor. Todo mundo estava habituado que a
Bovespa bancava. Quando dentro da Abrasca se fala em prestigiar
a educação do investidor, é uma percepção muito fácil e o esforço
é muito grande para ajudar. Mas, há outros temas que não são
de percepção tão fácil e que talvez as empresas não consigam
antecipar com facilidade. Então, o pensamento foi realmente
esse: trocar idéias. E o primeiro desses temas é o do conflito de
interesses porque realmente a gente sabe que a Bovespa no futuro
não vai poder cumprir determinados papéis que cumpriu no
passado porque os acionistas têm interesses mais diretos, mais
específicos.
Marcelo Trindade – E o Novo Mercado serviu para mostrar
para todo mundo do mercado, inclusive para a Bovespa e,
portanto, para seus acionistas, que gastar tempo e dinheiro com
um mercado bem estruturado que dê direitos adequados aos
investidores significa dinheiro na outra ponta. A gente deu muita
sorte ali – sorte não, porque foi trabalho de todo mundo – do
mercado brasileiro estar muito preparado para se beneficiar,
talvez como nenhum outro se beneficiou comparativamente,
desse grande momento dos últimos três anos.
Antonio Castro – Deixe-me fazer uma provocação: Quando
as empresas entram no Novo Mercado, o tipo de estatuto
que elas passam a ter tem uma relativa complexidade. Muitas
já têm um aprendizado razoável para essa nova realidade,
mas muitas talvez não. Como é que vai funcionar o
“compliance”? Sei que foge um pouco do nosso assunto aqui,
mas acho que do ponto de vista daquela empresa que não
tem um histórico de preparação, é um assunto importante.
Roberto Teixeira da Costa – A Vivo, a Claro e a Telefônica
gastam uma loucura de dinheiro para vender mais celulares.
Acho que o mesmo princípio se aplica à bolsa, vamos fazer
investimento em promoção para as pessoas comprarem mais
ações?
Marcelo Trindade – Nessa questão de investimentos, acho
que o mercado brasileiro está azeitado. Todas as entidades
estão investindo tempo e dinheiro, cada uma a seu modo,
para certificação, auto-regulação, a Abrasca fez o manual
antivazamento de informações privilegiadas, a Apimec fez a
regulação dos analistas e a certificação, a bolsa fez o Novo
Mercado, a Anbid fez a auto-regulação dos prospectos de
lançamento, quer dizer, as entidades brasileiras evoluíram
muito.
Casagrande – Outra preocupação que acho interessante
levantar aqui é a questão da queda da especialização e que
conseqüência pode trazer. Refiro-me ao fato de que as pessoas
na Bovespa eram especializadas em ações e agora que a nova
bolsa passa a negociar vários produtos, os profissionais vão
precisar ser mais generalistas. Será que vai haver perda de
40
Round Table
education. Everyone was used to BOVESPA underwriting this.
When ABRASCA talks about assigning higher priority to investor
education, this is a very easy perception, which tremendous efforts
being make to help. But there are other issues that are no so
simple to perceive, and that companies might not anticipate so
easily. So the rationale here was to exchange ideas. And the first of
these issues is the conflict of interests, because we already know
that BOVESPA will not be able to play certain roles in the future
that it has performed in the past, because its shareholders now
have more direct and more specific interests.
Marcelo Trindade – And the Novo Mercado also showcases the
market to the entire world, including BOVESPA and
consequently its shareholders, that spending time and money on
ensuring a well structured market that endows investors with
adequate rights, means money elsewhere. We were very lucky
there – not lucky, because everyone worked hard on this – as the
Brazilian market was extremely well prepared to benefit from
this milestone moment, perhaps more than any other over the
past three years, in comparative terms.
Antonio Castro – Let me stir things up a little: when companies
enter the Novo Mercado, the type of By-Laws that they must have
are relatively complex. Many of them have already completed a
reasonable learning curve for this new reality, but perhaps others
have not. How will compliance actually function? I know that I
am moving a little away from our topic here, but I think that the
standpoint of a company that does not have a track record of
preparation is an important topic.
Roberto Teixeira da Costa – Carriers such as Vivo, Claro and
Telefônica spend fortunes to sell more mobile telephones. I think
that the same principle applies to the Stock Exchange, so will we
invest in promotions urging people to buy more shares?
Marcelo Trindade – On this issue of investments, I think that the
Brazilian market is well-oiled. Each in its own way, all the entities
are investing time and money in certification and self-regulation;
ABRASCA drew up a handbook on preventing leaks of inside
information; APIMEC drew up the regulations for analysts and
certification; the Stock Exchange established the Novo Mercado,
the National Investment Banks Association (ANBID) drafted
the self-regulations for share issue prospectuses… all this means
that Brazilian entities have developed significantly.
Casagrande – Another concern that I think is interesting to raise
here is the issue of the drop in specializations and the consequences
that this may bring. I refer to the fact that the BOVESPA people
specialized in shares, and now this new Stock Exchange is going
to trade in a variety of products, meaning that these professionals
will need a more across-the-board approach. Will there be a loss
of creativeness and competence? Globalization has merged, banks,
companies, stock exchanges etc., and people talk a lot about the
criatividade e competência? A globalização tem fusionado
bancos, empresas, bolsas etc. e as pessoas falam muito das
virtudes dessas fusões. Eu não quero deixar de reconhecer
essas virtudes, que são majoritárias, mas elas também deixam
algumas preocupações, tanto nas fusões dos grandes bancos
como das bolsas. Até que ponto a perda da especialização
dos executivos deve preocupar? Acredito que seja um ponto
importante para reflexão.
Álvaro Bandeira – Hoje, do lado dos intermediários, isso já
vem ocorrendo. A BM&F está treinando e especializando
seu pessoal operacional. Então, hoje as corretoras têm lá seu
selinho, com todo mundo fazendo prova e apto a operar nos
diversos mercados. É como o Paulo Aragão falou, vai ter as
telas de negociação de renda fixa, de dólar, de Vale do Rio
Doce, de Petrobras nos diversos mercados, e todos têm que
estar aptos a operar e estão.
virtues of these mergers. I do not wish to deny these virtues,
which are impressive, but they also prompt some concerns,
particularly for mergers of major banks and stock exchanges. To
what point does the loss of their expertise of their executives
become a matter for concern? I think that this is an important
point for reflection.
Álvaro Bandeira – Today, this is already occurring among the
brokers. The BM&F is training its operating staff, becoming
more specialized. So the brokerage houses today have their
certifications, with everyone writing tests and qualifying to trade
on a variety of markets. Like Paulo Aragão said, the trading screens
will offer fixed income, Dollars, Vale do Rio Doce and Petrobras
on a variety of markets, and all of them must be qualified to trade
– and they are.
Casagrande – But I am talking about people working on the
Stock Exchange. Because when the Stock Exchange was just a
Casagrande – Mas estou falando de quem trabalha na bolsa.
bourse, it was concerned about having the world’s best system.
Porque quando a bolsa era só a bolsa ela estava preocupada
To what point does this new Stock Exchange also do this? From
em ter o melhor sistema do
my point of view, the Stock
mundo. Até que ponto a nova
“Em relação ao conflito cabe lembrar que Exchange must offer good
bolsa também vai fazer isso? Do
technological conditions, be
existe
uma
estrutura
regulatória
montada
meu ponto de vista a bolsa tem
nimble and provide juridical
que consegue separar a bolsa, entidade
que dar boas condições
security through regulation.
tecnológicas, agilidade e
Developing the market it certainly
auto-reguladora, da bolsa companhia
segurança jurídica por meio da
is, but we must acknowledge that
aberta que busca resultados”
regulamentação. Fomento do
this is taking place at a secondary
mercado ela faz, mas a gente tem
level. The real growth is spurred by
“With regard to this conflict, it is
que reconhecer que faz em
the brokers and the companies. We
worthwhile recalling that there is a
caráter secundário. O fomento
had a record number of IPOs last
regulatory structure in place that can
mesmo quem faz são os
year, because the banks were
intermediários e as empresas.
working on this, because the private
distinguish the Stock Exchange as a selfTivemos record de IPO no ano
regulating entity from the Stock Exchange industry segment thrived, the
passado porque os bancos foram
economy improved, etc. This is
which is a listed company seeking profits” what brought R$ 56 billion to the
buscar, porque a indústria de
private equity se movimentou, a
Stock Exchange. Growing the
Luiz Leonardo Cantidiano
economia melhorou etc. Isso é
Stock Exchange, which we are
que levou R$ 56 bilhões para a
encouraging through the struggle
bolsa. O fomento da bolsa, que
against the Provisional Financial
inclusive ajudamos a fazer com
Transactions Levy (CPMF), the
a luta contra a CPMF, o Plano
Master Plan and the BOVESPA
Diretor e o Bovespa vai até você,
comes to you project was very
foi muito importante para lançar
important for laying the
as bases e preparar o terreno. Por
foundations and paving the way.
mais que a gente faça propaNo matter how much advertising
ganda, se não tiver juro baixo,
we place, if interest rates are not low
economia boa, intermediário
and the economy flourishing, with
dando garantia firme e trazendo
brokers giving firm guarantee and
dinheiro, não tem palestra e
bringing in money, there are no
curso que façam as coisas
lectures or courses that will made
acontecerem.
things happen.
41
Mesa-redonda
Paulo Aragão – Vocês mencionaram a palavra mágica. No
fundo a bolsa é sistema. A partir do momento em que o
mercado eletrônico e a Instrução 461 estimulam isso muito,
aumenta a facilidade de ter competição. Se a bolsa não
“bolsear” adequadamente, é muito fácil ser criada uma
alternativa. Na área de futuros, por exemplo, já teve uma
bolsa no Rio de Janeiro, uma tentativa de competição nos
anos 1980/90, então se a área de negociação não estiver
funcionando direito, a probabilidade de surgir uma outra
bolsa para competir é muito maior.
Roberto Teixeira da Costa – Vamos lembrar um pouco o
passado para poder olhar o futuro. A Lei do Mercado de
Capitais, a 4.728 de 1965, criou o conceito de especialização.
O que é que se imaginava? Um conceito em que um banco de
investimento seria o agente que ia desenvolver o mercado de
capitais. O que aconteceu? Com a crise de 1971 em diante,
todos os melhores talentos que estavam nos bancos de
investimento migraram para os bancos comerciais. E os bancos
de investimento desapareceram. Agora, entramos num novo
ciclo. O Itaú compra o BBA, cria um banco de investimento
independente, o Bradesco cria um banco de investimento
independente, ontem o Unibanco comunicou que também
está criando. Quer dizer, o conceito original da especialização,
que era o cerne da 4.728, é o mercado que está fazendo voltar.
Álvaro Bandeira – Porque o que mudou completamente foi
o tamanho do mercado. Com crise ou sem crise está
negociando R$ 6 bilhões por dia.
Round Table
Paulo Aragão – You said the magic word. Basically, the Stock
Exchange is a system. As from the time that electronic trading
and Instruction Nº 461 encouraged this significantly, it is easier
for competition to thrive. If the Stock Exchange does not trade
properly, it is very easy to set up an alternative. For example, in
the futures area, there was already an exchange in Rio de Janeiro
attempting to compete during the 1980s and the 1990s. So if
the trading area is not working smoothly, there is a far greater
probability of another bourse appearing as competition.
Roberto Teixeira da Costa – Let us recall the past a little, in
order to look ahead to the future. The Capitals Market Act
(Law Nº 4,728) issued in 1965, introduced the concept of
specialization. What was in view here? A concept through
which an investment bank would be the agent which would
develop the capitals market. What happened? From the 1971
crisis onwards, all the top talents with investment banks
migrated to their commercial counterparts. And investment
banks vanished. Now, we are moving into a new cycle. Setting
up an independent investment bank, Itaú purchased BBA;
Bradesco established an independent investment bank; and
yesterday Unibanco announced that it is following suit. This
means that the original concept of specialization, which was
the core of Law Nº 4,728 is being brought back by the market.
Álvaro Bandeira – Because the size of the market changed
completely. With or without a crisis, it is trading R$ 6 billion
a day.
Roberto Teixeira da Costa – Na época da Lei nº 4.728, da
reforma bancária, havia dois modelos: o alemão universal ou
um modelo inspirado nos EUA de especialização. Mas nem
eles acreditam mais nesse modelo porque as barreiras
acabaram. Estão voltando agora...
Roberto Teixeira da Costa – At the time of Law Nº 4,728,
which restructured the banking sector, there were two models:
the universal German model, or a specialization model inspired
by the USA. But even they do not believe in this model
anymore, because the barriers have faltered. They are coming
back now...
Paulo Aragão – Sim e não. Interessante nessa proposta do
Paulson (Henry Paulson, Secretário do Tesouro dos EUA) é que
eles começam a juntar os reguladores.
Paulo Aragão – Yes and no. This is an interesting proposal
presented by [Henry] Paulson, [the US Treasury Secretary],
through which they are starting to cluster the Regulators.
Marcelo Trindade – O sistema americano é exatamente igual
ao nosso: regulador para seguros (mais de 50, considerados
os entes estaduais), para fundos de pensão, para bolsas etc.
Mas se aqui já é difícil juntar, é muito mais fácil do que lá
onde tem que juntar agências cuja idade média é provecta. E
eles ainda por cima vêm da experiência da SOX (SarbanesOxley), que claramente é um excesso de regulação, uma
solução rápida que deu certo naquele momento, mas agora
estão tentando flexibilizar.
Marcelo Trindade – The US system is just the same as our
own: a Regulator for insurance (more than fifty, including
State entities); for pension funds; for Stock Exchanges etc. But
if it is difficult to gather them together here, it is far easier if it
is there, where they have to merge agencies whose average age
is advanced. They also have the experience of the SarbanesOxley (SOX) Act, which clearly imposes excessive regulations.
It was a quick solution that worked out well at the time, but
now they are trying to make it more flexible.
Roberto Teixeira da Costa – Em cada crise do mercado, o
Estado intervém e cria mecanismos de regulação.
Roberto Teixeira da Costa – For each market crisis, the State
intervenes and establishes regulation mechanisms.
Marcelo Trindade – O modelo que o Paulson está propondo
Marcelo Trindade – The model proposed by Paulson is more or
42
é mais ou menos o australiano: dois reguladores, uma
instituição prudencial que vai ver a solidez de fundos de
pensão etc., e uma instituição de informação, proteção ao
consumidor, qualidade de vendas etc. Querem chegar num
modelo de regulação unificada. Não é fácil, na Inglaterra foi
um processo que levou dez anos.
Casagrande – Isso não é novidade. Toda vez que o governo
tem um problema ele tem que apresentar uma satisfação
para a sociedade e não raramente atira do outro lado porque
está muito mais preocupado com a resposta política.
Álvaro Bandeira – Uma curiosidade: o modelo australiano
partiu do inglês?
less similar to that of Australia: two Regulators, and a prudential
institution that will oversee the solidity of pension funds etc., and
an information institution that will ensure consumer protection,
sales quality etc.They want to arrive at a unified regulation model.
This is not easy, and in the UK, this process lasted ten years.
Casagrande – This is nothing new. Whenever the Government
has a problem, it must take steps that satisfies society, and quite
often it adversely affects the other side, because it is far more
concerned with political responses.
Álvaro Bandeira – As a matter of curiosity: was the Australian
model based on the UK?
Marcelo Trindade – No, it was established at more or less the
Marcelo Trindade – Não, foi criado mais ou menos no mesmo
same time. If I am not mistaken, this was in 1999, and they set
tempo. Se não me engano foi em 1999 e eles criaram essas
up these two major Regulators, which are in fact conflicting:
duas grandes agências que na verdade são conflitantes: um é o
one is really prudential, while the other tries to find out in
prudencial mesmo e o outro quer saber para poder contar
order to tell investors. Perhaps they began to think about this
para o investidor. Talvez tenham começado a pensar até antes
even before the British. And they did something quite
dos ingleses. E fizeram uma coisa sensacional: fizeram um
sensational: they played an April Fool’s prank because they
“primeiro de abril” porque iam começar a funcionar e queriam
were going to start up operations and they wanted visibility,
ter visibilidade, que as pessoas conhecessem esse regulador.
they wanted people to be aware of this Regulator. So they set
Então, criaram um site fajuto que
up a fake website that sold shares
vendia ações de uma empresa que
in a company that provided
ia vender seguros contra o bug do
insurance against the Millennium
“Vale destacar que a bolsa tem uma
milênio. Durante um mês
Bug. For an entire month, they
concessão para funcionar e, se ela não
conseguiram compromisso firme
signed up firm subscription
fizer o que tem que fazer, essa
de subscrição (no Brasil, o cara iria
commitments (in Brazil anyone
autorização pode ser cassada”
preso, imaginem o regulador
doing this would be arrested,
fazendo isso) de 4 milhões de
imagine the Regulator getting
“It is worthwhile stressing that the Stock involved in this!) for US$ 4
dólares australianos para o dia
primeiro de abril. E no dia
million for April 1. On April 1,
Exchange operates under a concession,
primeiro de abril mandaram um
they sent out a spam message to
and if it does not do what it should,
spam para todos, avisando que eles
everyone, telling them that they
this authorization may be annulled”
haviam caído num golpe porque
had been tricked, because this was
aquilo era um esquema ilegal, não
an illegal scheme, it was not
Marcelo Trindade
estava registrado no regulador e
registered with the Regulator and
avisaram que as pessoas não
told them that people should not
deviam fazer esse tipo de coisa. Foi
do this type of thing. This made
primeira página em todos os
the front page in every newspaper.
jornais.
Álvaro Bandeira – Fine, but other
Álvaro Bandeira – Bom, mas
than these conflicts that we have
passados esses conflitos que já
already discussed, I think that what
is happening on the Stock
discutimos, acho que o que está
Exchange here opens us a vast field
acontecendo na bolsa aqui abre
for the Brazilian market in the
um campo vastíssimo para o
international area as a hub
mercado brasileiro no campo
consolidating other Stock
internacional de ser um
Exchanges in Latin America.There
consolidador de outras bolsas na
are Mexico and Chile, which are
América Latina. Tem aí o México
Stock Exchanges of significant size.
e Chile, que são bolsas com
43
Mesa-redonda
Round Table
representatividade. Abre espaço para ter um volume de
investimentos em sistemas e controles muito maior.
This also paves the way for far larger investments in systems and
controls.
Casagrande – Você acha que o movimento de ADRs vem
para cá?
Casagrande – Do you think that the ADR movement will arrive
here?
Álvaro Bandeira – Sim, trazendo os BDRs com maior
freqüência para o Brasil, abre-se espaço para reduzir estrutura
de custo da Bovespa – isso está dito na captura de sinergia –
e abre espaço para os próprios intermediários reduzirem custo.
Hoje, as corretoras têm uma estrutura quase
compartimentalizada para a BM&F. Tem uma estrutura
compartimentalizada para a Bovespa, porque os sistemas são
diferentes, e as liquidações ocorrem de forma diferente. Tudo
isso vai acabar no mesmo barco. Então tem chance de fazer
um trabalho para reduzir custos para o cliente.
Álvaro Bandeira – Yes, by bringing BDRs more frequently to
Brazil, this paves the way for pruning the BOVESPA costs
structure – through better synergies – and allows the brokers to
lower their costs as well. Today, the brokerage houses have a
structure that is almost compartmentalized for the BM&F.There
is compartmentalized structure for the BOVESPA, because the
systems are different, and settlement takes place in different ways.
All of this will end up in the same boat. So there is a chance of
taking steps that will lower the costs charged to the clients.
Cantidiano – E a Cetip, como fica?
Cantidiano – And what about CETIP?
Álvaro Bandeira – A Cetip pode até ser incorporada, mas
acho que essa é uma seara meio perigosa porque a Bovespa
tem uma diretoria para renda fixa e contratou o Carlos Kawall
(economista e ex-secretário do Tesouro Nacional). Mas, se não
prestar um bom serviço, pode perder a concessão ou aparecer
alguém prestando serviço de melhor qualidade. Então, acho
que tem todo espaço do mundo para crescermos no cenário
internacional. Hoje, temos 400 mil clientes aptos a operarem
na bolsa e a Petrobras diz que tem 1,2 milhão de investidores
pessoas físicas. Olha o potencial do mercado. Há um espaço
enorme para aumentar a participação de pessoa física e de
investidores estrangeiros. Acho que, passada a crise americana,
o Brasil acaba se beneficiando perante os olhos dos
estrangeiros. Com o investment grade mais ainda. Acho que
a bolsa está preparada e tem estoque para crescer ainda com
os sistemas atuais e pode investir muito mais, é fantástico.
Álvaro Bandeira – The Custody and Settlement Chamber
(CETIP) may even be absorbed, but I think that this is a somewhat
dangerous path, because BOVESPA has a fixed income
department and hired [economist and former National Treasury
Secretary] Carlos Kawall. But if it does not render good services,
it may lose the concession or some other candidate may appear,
offering better facilities. So I think that there is all the room in the
world for us to grow on the international stage. Today, we have
400,000 clients qualified to trade on the Stock Exchange, and
Petrobras says that it has 1.2 million individual investors. Just
look at the market potential. There is ample room to step up the
roles played by individual and foreign investors. I think that,
once the crisis in the USA has calmed down, Brazil will benefit in
the view of foreigners, and even more so with its investment
grade rating. I think that the Stock Exchange is well prepared
and has sufficient inventory to grow even more with its current
systems; it can invest even further, which is fantastic.
Casagrande – Esse é um grande desafio porque hoje dois terços
são investidores estrangeiros. Temos que criar um mercado
interno de investidores, reduzindo esses dois terços, em valor.
O Brasil tem um desafio macroeconômico de criar um mercado
interno de consumo e poupança interna. Conseguimos um
grande trunfo que foi criar o mercado de capitais sem poupança
interna. Isso é fruto da globalização e talvez a fusão das bolsas
possa ajudar nisso porque o investidor que está aí não é brasileiro.
E os IPOs mostraram também fragilidades na precificação,
pois um grande número deles não trouxe rentabilidade positiva
para o aplicador. Além disso, questões de chinese wall estão
sempre presentes e precisam ser apreciadas. A agenda positiva
do IPO está agora em criar demanda para o investidor local e
aprimorar as regras de governança das empresas e proteção ao
investidor nos lançamentos.
Casagrande –This is a major challenge, because today two thirds
are foreign investors. We must create a domestic investor market,
reducing these two thirds by value. Brazil is facing a macroeconomic challenge of establishing a domestic consumption
market, together with domestic savings. We have achieved a great
victory, which was to establish a capitals market with no domestic
savings. This is the outcome of globalization, and the merger of
these two exchanges may help with this, because the investors in
there are not Brazilian. The IPOs also show some weak pricing
spots, as many of them did not prove profitable for their takers.
Additionally, issues related to the Chinese Wall are always present,
and must be considered. The positive agenda for the IPOs now
consists of pumping up demands among local investors and
fine-tuning corporate governance rules, while protecting takers
engaged in new offerings.
Antonio Castro – A Bovespa, do ponto de vista das empresas,
teve um papel muito importante, primeiro em termos de
Antonio Castro – From the corporate standpoint, BOVESPA
has played a very important role, initially in terms of education.
44
educação. Foi impressionante o trabalho principalmente no
caso das pessoas físicas. Nos pontos específicos é difícil de
perceber, mas a Bovespa, através do Novo Mercado, cumpriu
um papel que não foi só da auto-regulação, mas deu a
sensação de que alguém estaria olhando isso.
Its efforts are quite impressive, particularly in terms of individuals.
It is not easy to perceive at certain points, but through the Novo
Mercado, BOVESPA has played a role which was not just a
matter of self-regulation, but also gave the feeling that someone
was overseeing this.
Casagrande – As empresa reclamam muito do custo.
Casagrande – The companies complain loudly about costs.
Álvaro Bandeira – Não é verdade.
Álvaro Bandeira – That is not true.
Antonio Castro – Eu acho que para as empresas menores o
custo é pesado.
Antonio Castro – I think that the costs are heavy for smaller
companies.
Álvaro Bandeira – Não é verdade...
Álvaro Bandeira – That is not true ...
Casagrande – Estou falando do custo de manutenção da
condição de companhia aberta.
Casagrande – I am talking about the costs of maintaining their
status as listed companies.
Antonio Castro – O custo em si de dar partida a um IPO é
Antonio Castro – The actual costs of launching an IPO are
realmente o mais relevante, mas normalmente é amenizado pela
really the most significant, but this is normally offset by the inflow
captação, se tudo sair bem. Mas a grande pergunta é até que
of funds, if everything runs smoothly. But the main questions is
ponto a motivação de governança corporativa é realmente forte
to what extent is the motivation for corporate governance really
ou a captação de recursos é a motivação principal? Essa é a grande
strong, or is bringing in funds the main reason? This is a matter
preocupação, ou seja, o IPO para uma empresa pequena não é
of much concern as launching an IPO is not all that difficult for
mais coisa muito difícil. O pósa small company. The period after
IPO é que coloca um desafio
the IPO is the time when more
“Na verdade essas questões são tão
muito grande porque a mudança
daunting challenges arise, because
complexas
que
existe,
no
mundo,
uma
de cultura não é temporária, tem
the culture of change is not
quantidade gigantesca de material
que ser permanente.
temporary, it must be permanent.
Paulo Aragão – A grande
mudança de cultura vai começar
a ser vista agora. Olhando para
trás, já tivemos, pelo menos, dois
ciclos de IPOs. A grande mudança, que ainda não está muito
claro se já aconteceu, é a consolidação da noção de que o
mercado de capitais não é um
negócio de piratas, em que o
emissor pega o dinheiro e nunca
mais volta. E aí a companhia vai
reduzindo a liquidez, o controlador compra e num determinado momento ele fecha o capital
na bacia das almas. É a grande
diferença: se você estiver num
hotel de praia e levar embora um
cinzeiro bonito, fica por isso
mesmo. Se você mora num flat
e leva o cinzeiro, no dia seguinte
ele estará na sua conta. Então, o
conceito é de que o mercado de
capitais vai e volta. Há setores
escrito sobre os conflitos da
desmutualização”
“In fact, these issues are so complex that
there are vast amounts of material all
over the world written about the
conflicts arising from demutualization”
Paulo Aragão
Paulo Aragão – The main change
in the culture will start to be seen
now. Looking back, we have had
at least two IPO cycles. Although
we are still not quite clear about
whether or not it has actually
taken place, the main change is
the firming up of the concept that
the capitals market is not a
business for pirates, with the issuer
grabbing the money and
vanishing. Then the company
reduces its liquidity, the parent
company buys it up and at a
suitable time it goes private again.
This is a major difference: if you
were staying at a beach hotel and
take an attractive ashtray when
you leave, that is the end of the
matter. However, if you live in an
apart-hotel and take the ashtray
with you, it will be on your bill
the next day. So the concept is that
the capitals market comes and
45
Mesa-redonda
Round Table
com mais de 20 companhias abertas ao mesmo tempo.
Olhando para trás, você vê que muitas companhias nos ciclos
passados não conseguiram estar à altura das obrigações com
os donos do dinheiro que elas apanharam.
goes. There are sectors with more than twenty companies listed
at the same time. Looking back, you see that many companies
in past cycles were unable to keep up with their obligations to
the owners of the money that they took.
Álvaro Bandeira – Isso faz muito parte de um mercado que
cresceu cinco anos seguidos de forma acelerada. Algumas
empresas foram lançadas de forma açodada, não estavam
preparadas para praticar a governança corporativa, foram
lançadas a preço no top, foram compradas por gente que não
queria ser investidor naquela ação e algumas não vão entregar
o que prometeram, o que é mais grave ainda. Com isso,
faltam diretores de RI competentes, faltam analistas
competentes, falta tudo e os desmandos acabam acontecendo.
Algumas companhias vão ser expurgadas.
Álvaro Bandeira – This is very much part of a market that
has been expanding rapidly for five consecutive years. Some
companies were launched hastily, unprepared for corporate
governance, they were launched at top prices and were
purchased by people who did not want to invest in those
shares, while some of them will not deliver on their promises,
which is even more serious. As a result, competent Investor
Relations Directors are in short supply, there are few
competent analysts, in fact there is a lack of everything, and
abuses occur. Some companies will have to be expunged.
Paulo Aragão – Você teve, na década de 1970, as Indústrias
Kelsons da vida e todo mundo saía comprando. Na década
de 1980, no Plano Cruzado, você teve um bando de empresas
que resolveram aproveitar a onda e depois terminaram não
entregando.
Paulo Aragão – During the 1970s, you had companies such
as Indústrias Kelsons, and everyone rushed to buy. During the
1980s, with the Cruzado Plan, there was a bunch of companies
that decided to ride the crest of the wave, and ended up by not
delivering.
Casagrande – Mas hoje em dia o arcabouço institucional é
muito melhor.
Casagrande – But today, the institutional framework is far
better.
Roberto Teixeira da Costa – É verdade. É cem vezes melhor.
Roberto Teixeira da Costa – That is true, it a hundred times
better.
Álvaro Bandeira – Hoje em dia o problema está muito mais
nas empresas terem prometido e não entregarem resultados
do que do outro lado. O processo se tornou muito mais
sério, mais transparente. A consolidação vai ser o momento
de criar um espaço adicional.
Paulo Aragão – Outro ponto que vai precisar ser discutido é
o seguinte: a partir do momento em que o mercado se torna
mais sofisticado, acaba-se tendo um padrão único segundo a
lei. Ou seja, tanto faz ser a Petrobras como uma companhia
que acabou de abrir o capital, as demonstrações financeiras
têm a mesma complexidade, são publicadas em 15 páginas
do jornal. Num determinado momento a gente vai ter que
parar um pouco para pensar se as exigências que estão sendo
feitas para todas as companhias no mesmo padrão não terão
que ser, de alguma forma, hierarquizadas também.
Marcelo Trindade – O eixo do IASB (The International
Accounting Standards Board), dentro do que ele se propõe, é
ter um conjunto de regras diferenciadas para pequenas e
médias empresas.
Casagrande – Isso é muito importante.
Marcelo Trindade – É, mas desde que não haja captação de
recursos do público. Eu tive uma conversa longa sobre isso
com o Paul Pacter (diretor de normas para pequenas e médias
empresas do IASB), e lhe disse: se vocês não fizerem isso, não
46
Álvaro Bandeira – Today, the problem is far more about
companies that have made promises and not delivered on
them, rather than the other side. The process has become far
more serious, more transparent. Consolidation will be a time
of opening up an addition area.
Paulo Aragão – Another point that must be discussed is the
following: as from the time that the market becomes more
sophisticated, it ends up by having a single standard established
by law. This means that both Petrobras and the company that
has just gone public must present financial statements with
the same complexity, published in fifteen pages of newsprint.
At some time, we will have to pause and think a bit about the
demands that are being imposed on all companies to comply
with the same standards, and whether these should not be
scaled in some way as well.
Marcelo Trindade – The approach adopted by the
International Accounting Standards Board (IASB), according
to what it proposes, is that there should be different sets of
rules for small and medium enterprises.
Casagrande – This is very important.
Marcelo Trindade – Yes, but provided that no funds are raised
from the public. I had a long discussion about this with Paul
Pacter [the Small and Medium Business Standards Director
tiverem um modelo diferenciado para o emissor que só capta
de qualificados, com tickets altos, num país como o Brasil
vai ajudar muito pouco.
Roberto Teixeira da Costa – Hoje em dia, é claro, supõe-se
que seja para profissionais – advogados – mas o livro do
IASB tem duas mil páginas e será facilmente entendido com
um guia das normas do livro do IASB. Então, com quatro
mil páginas de papel você terá uma idéia de como deve
contabilizar um business combination. Claro que você terá
um auditor etc., mas chega um determinado ponto em que
a capacidade da equipe interna da companhia dialogar com
o prestador de serviços tende a ficar cada vez mais
comprometida.
of IASB] and I said to him: if you do not do this, if you do not
have a scaled model for issuers bringing in funds only from
high-ticket qualified investors, you will help very little in a
country such as Brazil.
Roberto Teixeira da Costa – Today, it is clearly assumed that
this is for professionals – lawyers – but the IASB book has
2,000 pages and can be easily understood with the standards
guide for the IASB book. So with 4,000 pages of paper, you
will have an idea of how to handle the accounts of a business
combination. Obviously you will have to have auditors, etc.,
but it reaching the point where the capacities of the company
staff to talk with the service provider is becoming increasingly
affected.
Marcelo Trindade – Há uma previsão na lei, de níveis
Marcelo Trindade – Brazilian law makes provision for
diferenciados nos padrões brasileiros. A CVM e todos
different levels of standards. The CVM and other institutions
fizeram um esforço nos últimos dez anos para que o Brasil
have been trying for the past ten years to establish international
tivesse um padrão contábil internacional. Acontece que no
accounting standards for Brazil. The international accounting
padrão contábil internacional ditado pelo IASB, que é o
standard required by the IASB is the International Financial
IFRS (International Financial
Reporting Standards (IFRS),
Reporting Standards), eles estão
which has been under study for
estudando há bastante tempo
“Fomento do mercado a bolsa faz, mas quite some time, calling for a
um padrão simplificado para
a gente tem que reconhecer que faz em simplified standard for smaller
empresas menores, mas, até
companies. However, until they
caráter secundário. O fomento mesmo reach some conclusions – and I
onde consegui respostas – e eu
quem faz são os intermediários e as
falei com bastante gente quando
talked with quite a lot of people
estava na CVM – é que, se
when I was with the CVM – the
empresas”
houver captação de recursos do
answer is that when raising funds
público, a empresa terá que usar
from the public, companies will
“The Stock Exchange certainly builds
o padrão completo. Não há poshave to work with the full
the market, but we must acknowledge
sibilidade de mudança, isso está
standard. There are no
that it does so at a secondary level. The possibilities of change, this has
decidido e não será diferente.
market is really built by brokers and
Ainda que ela capte poucos
been decided and things will be
recursos e de pessoas qualifino different, even if raising only
companies”
cadas. Então, quando o Brasil
a limited amount of funds and
estiver com a nova legislação, a
from qualified people. So
Humberto Casagrande
nova Instrução 202, com um
although Brazil has new
padrão diferenciado com várias
legislation with this new
exigências para companhias
Instruction Nº 202, with scaled
menores, essas companhias vão
standards and varying
ser consideradas não adequadas,
requirements for smaller
não cumpridoras do padrão
enterprises, these companies will
internacional, o que é um
be rated as inadequate, nonproblema.
compliant with the international
standard, which is a problem.
Casagrande – A CVM ajudou
muito na instrução dos fundos
Casagrande – The CVM helped
de private equity, que são os
greatly with the Instruction for
grandes incubadores porque
private equity funds, which are
major incubators, because they
vão ensinar, entre aspas, a fazer
teach people how to draw up
esses balanços, trabalhar
47
Mesa-redonda
Round Table
governança e por conta e risco de recursos privados. Acho
que a indústria de private equity tem uma função muito
importante, o Roberto conhece isso muito bem, é pioneiro
também nisso.
these ‘balance sheets’, as well as how to work with governance
and handle and analyze risks of private funding. I believe that
the private equity industry has a very important function, and
Roberto is well aware of this, he is a pioneer in this field.
Cantidiano – Havia uma demanda para criar níveis
diferenciados, em função do custo, que era alto para a pequena
utilização do mercado pelas companhias. Aí o mercado
avança numa velocidade muito grande e aquela demanda
por uma companhia em nível diferenciado de exigências ficou
meio de lado. Mesmo em relação ao private equity, teve
empresa que pulou um estágio e foi direto para o mercado.
Hoje já estamos num nível mais elevado, com a convergência
das normas contábeis, e surge um problema interessante:
como vai ficar a Instrução 202? É uma boa questão.
Cantidiano – There was a demand to introduce different levels
due to costs, which were high for the limited use made of the
market by some companies. The market was progressing very
rapidly, and the demand for different levels of requirements
by companies was nudged aside. Even in terms of private equity,
there were companies that leapfrogged an entire stage and
went directly to the market. Today, we are at a higher level,
with convergent accounting standards, and an interesting
problem that is arising: what about Instruction Nº 202? This
is a good question.
Marcelo Trindade – Mas em várias outras áreas é possível
dar descontos regulatórios importantes para as companhias
menores, não sei se é só no padrão contábil.
Marcelo Trindade – But in various other fields, it is possible
to offer significant regulatory deductions to smaller companies,
I do not know whether this is only in the accounting standards.
Casagrande – E o Bovespa Mais? Acho que poderá
desempenhar uma grande função no chamado mercado de
acesso. Aqui as empresas poderão ser preparadas para a
maturidade vindoura.
Casagrande – What about the BOVESPA Mais Program? I
think that this could play a leading role on what is known as
the access market. Here, companies could be prepared for
future maturity.
Marcelo Trindade – Normalmente, os investidores dessas
empresas são capazes de obter e apreciar informações com
mais facilidade. Então, pode haver pequenas mudanças em
itens como a periodicidade de prestação de informações,
nível de detalhes, divulgação e publicação dessas informações.
Enfim, há diversas coisas que podem ser ajustadas neste
mercado. Na distribuição de valores mobiliários poderia
haver facilidades maiores, registros mais baratos, enfim, há
algumas coisas. Mas concordo com o Cantidiano
integralmente no sentido de que o mercado superou em
grande parte essas dificuldades porque mostrou que o custo
de capital fica tão melhor se a empresa vai ao mercado do
jeito certo, que acaba ficando barato. E ser uma empresa
arrumada o ajuda a captar no mercado, no banco, no FIDC
– o fundo de investimento em recebíveis, que é um
mecanismo importante –, ajuda a ser comprado pelo
concorrente ou a comprar o concorrente.
Marcelo Trindade – Normally, investors in these companies
are able to obtain and examine information more easily. So
there might be minor alterations in items such as the
frequency with which information is provided, the level of
detail and the disclosure and publication of this data.
Nevertheless, there are several aspects that could be adjusted
on this market. There could be better facilities for
distributing securities, lower registration costs, there are
some things. But I agree completely with Cantidiano, that
the market has dealt with most of these difficulties, because
it has shown that capital costs improve if the company
goes to the market in a certain way, which in fact becomes
quite cheap. And being a well-structured enterprise helps
it to raise funds on the market, from banks and through
Credit Rights Investment Funds (FIDCs) which is an
important mechanism, helping it to be purchased by a
competitor or to by up its competitor.
Roberto Teixeira da Costa – E ajuda as empresas familiares
porque nem sempre quem funda uma empresa tem sucessores
à altura.
Roberto Teixeira da Costa – And it also helps family firms, as
the people who found a business do not always have suitable
successors.
Antonio Castro – Mas sem dúvida. E a área de Relações
com Investidores (RI) e uma auditoria externa ajudam muito.
Antonio Castro – No doubt about this. And the Investor
Relations area and an external audit are also very helpful.
Paulo Aragão – Você tem uma situação curiosa no mercado
e que já foi mencionada aqui em relação ao departamento
de RI, mas acho que vale em relação a todo o universo de
recursos humanos que gira em torno do mercado: falta
Paulo Aragão – You have an odd situation on the market which
has already been mentioned here, in terms of the Investor
Relations Department, but I think it applies to the entire Human
Resources universe, works around the market: there are people
48
gente em qualquer departamento. Faltam bons diretores
de RI, bons diretores financeiros, de mercado, advogados
etc.
Marcelo Trindade – Conheço um sujeito que não mudou
de emprego pela terceira vez por vergonha. Ofereceram o
dobro do salário já no segundo emprego e ele achou melhor
não mudar de novo.
Álvaro Bandeira – Assim como os advogados, também é
difícil formar um bom analista, isso leva tempo.
Casagrande – Mas falando em IPOs e regulação, há alguns
pontos que vão entrar em discussão: o banco dar o
empréstimo para a empresa e fazer o IPO em seguida. São
alguns temas que afetam as companhias. Como o órgão
regulador vai reagir a isso?
Marcelo Trindade – Isso acontece lá fora também, mas cada
país tem suas regras para lidar com isso. No Brasil, são regras
de disclosure puramente, tem que
estar no prospecto.
Casagrande – Não haveria
tendência de ir além disso?
Marcelo Trindade – Nos EUA
você tem um impedimento: o
banco não pode ser o único
bookrunner, não pode ser o único
a rodar o livro, vai ter que fazer
isso com mais alguém. Mas, para
esse público de que estamos
falando – 70% a 80% do volume
de IPOs são comprados só por
investidores estrangeiros – não há
razão para preocupações. Infelizmente, as viúvas do Alabama
ainda não chegaram.
Casagrande – Outro problema
são os critérios de distribuição. O
sujeito é chamado de flipper, mas
só recebe R$ 500 depois de ter
feito uma encomenda 100 vezes
maior. Faz uma encomenda de
R$ 50 mil, mas só recebe R$ 500.
Então, como não compensa ter
uma posição residual na carteira
vende e é chamado de flipper. Será
que está certo isso?
Álvaro Bandeira – Até o dia em
que você pedir R$ 50 mil para
lacking in any department. Good Investor Relations Directors
are lacking, good CFOs, market experts, lawyers, etc.
Marcelo Trindade – I know someone who did not switch
jobs for the third time due to embarrassment. They offered
him twice the pay in his second job, and he thought it better
not to switch again.
Álvaro Bandeira – Just like lawyers, it is also difficult to train
up a good analyst, this takes time.
Casagrande – But talking about IPOs and regulation, there
are some points that will come under discussion: the bank can
grant a loan to the company, and then handle the IPO right
afterwards. These are some issues affecting companies. How
will the Regulator react to this?
Marcelo Trindade – This also happens elsewhere in the world,
but each county has its own rules for dealing with this. In
Brazil, they are just disclosure rules, this must be in the
prospectus.
“O objetivo desta mesa-redonda foi o de
trocar idéias e discutir temas que
impliquem mudanças significativas
para o mercado de capitais, como a
desmutualização da Bovespa”
“The purpose of this Round Table is to
exchange ideas and discuss topics that
might introduce significant changes for
the capitals market, such as the
demutualization of the São Paulo
Stock Exchange”
Antonio Castro
Casagrande – Might there not be
trend to move beyond this?
Marcelo Trindade – In the USA,
you have a constraint: the bank
may not be the only book runner,
it cannot be the only one to run
the book, and it must do this with
someone else. But for the public
that we are talking about – with
70% to 80% of the IPO volumes
purchased only by foreign
investors – there is no reason for
concern. Unfortunately, the
Alabama widows have not yet
arrived here.
Casagrande – Another problem
is the distribution criteria. The
person is called a flipper, but he
receives only R$ 500, having
placed an order a hundred times
larger. He places an order worth
R$ 50,000 but he receives only
R$ 500. So, as it is not worthwhile
keeping a residual position in the
portfolio, he sells and is called a
flipper. Is this right?
Álvaro Bandeira – Until the day
when you ask for R$ 50,000 in
order to take R$ 500, and you
49
Mesa-redonda
Round Table
levar R$ 500,00 e descobrir que vai levar os R$ 50 mil. Vai
ser uma grande surpresa na sua vida.
discover that he will take the R$ 50,000, then this will be a
great about-turn in your life.
Paulo Aragão - O problema cresce à medida que a
participação de pessoas físicas aumenta, porque o investidor
qualificado lê o prospecto com relativa facilidade. Ele é
treinado para isso.
Paulo Aragão – The problem increases as more individuals
participate, because qualified investors reach the prospectus
quite easily. They are trained for this.
Álvaro Bandeira – Também tem as pegadinhas, como no
meio de um prospecto de uma emissão recente constava que
eventualmente eles não poderiam cumprir as regras e a
legislação. Essa foi a forma mais sutil que os advogados
acharam para colocar no prospecto que havia um problema.
Paulo Aragão – O lado informacional do prospecto hoje em
dia deixou de ser tão importante quanto o lado protetor.
Você não está escrevendo um prospecto para dizer alguma
coisa ao seu acionista, você está escrevendo para não ser
processado. Então, o prospecto tem pegadinhas por todo
lado. Se você olhar, há uma banalização dos fatores de risco.
Só que os fatores de risco são os mesmos para uma imobiliária
ou uma empresa que produz parafusos. É interessante porque
as coisas se repetem. Num determinado momento a SEC
chegou à conclusão de que os prospectos deveriam ser escritos
de forma mais clara.
Roberto Teixeira da Costa – Uma coisa que me impressionou
quando estive na SEC, tempos atrás, antes da CVM. Havia
um prospecto de um sujeito que se metia em
empreendimentos de exploração de minas etc. Ele foi
processado várias vezes e isso estava lá no prospecto e a SEC
registrava, ou seja, as informações estavam ali e se você quisesse
comprar, problema seu, é um direito seu de ser roubado.
Roberto Teixeira da Costa – Começou no seu tempo,
Marcelo, essa idéia da Anbid processar alguns registros
previamente. Acho um progresso muito interessante.
Marcelo Trindade – Na verdade, como não se deve nem
pensar na palavra “delegação” para a Anbid, então dá um fast
track, um atalho para quem já vier carimbado pelo órgão
auto-regulador. Essa é uma área em que podem acontecer
várias coisas interessantes. Na verdade, se a gente olhar o que
deu certo no Brasil foi isso: a CVM focando em regular e
fazer “enforcement”, quer dizer, fazer a regra e fazer cumprir a
regra e o mercado trabalhando na qualidade.
Álvaro Bandeira – There is also the small print or reading
between the lines. The prospectus for a recent offering stated
that they might not comply with the rules and laws. This
was the subtle way found by the lawyers to mention in the
prospectus that there was a problem.
Paulo Aragão – The information side of the prospectus is less
important today than its protective side. You are not writing a
prospectus to tell your shareholder something, you are writing
it so as not to be sued. So the prospectus has hidden pitfalls
everywhere. If you look, the risk factors are being banalized.
But the risk factors are the same for a real estate agency or a
company making screws. This is interesting, because things
repeat themselves. At a specific time, the SEC reached the
conclusion that prospectuses should be written more clearly.
Roberto Teixeira da Costa – One thing that impressed me
when I was at the SEC a while ago, before the CVM. There
was a prospectus presented by someone who was engaged in
mining enterprises, etc. He had been sued several times, and
this was in the prospectus, which was registered by the SEC.
In other words, the information was there, and if you wanted
to buy, that was your problem, it is your right to be robbed.
Roberto Teixeira da Costa – Back in your time, Marcelo,
that this idea appeared of ANBID to process some
registrations in advance. I think that this a very interesting
step forward.
Marcelo Trindade – In fact, just as we should not even think
about the work ‘delegation’ for ANBID, there is the possibility
of opening up a fast track for someone who has already
received a stamp of approval from the self-regulatory entity.
This is an area were several interesting things may occur. In
fact, if we look at what has worked out well in Brazil, it was
this: the CVM focused on regulating and enforcing, meaning
that it wrote the rules and ensured compliance with them,
while the market worked on quality.
Casagrande – Aliás, no Plano Diretor a idéia era essa: deixar
o mercado trabalhar e tirar tudo o que atrapalhava.
Casagrande – In fact, the idea behind the Master Plan was
this: let the market function, and get rid of everything
hampering it.
Antonio Castro – E é impressionante o progresso que houve
na auto-regulação, a solidificação do processo, as Apimecs etc.
Antonio Castro – The progress in self-regulation is quite
impressive, the firming up of this process, the APIMECs etc.
Marcelo Trindade – Na verdade, as bolsas desmutualizadas
Marcelo Trindade – In fact, demutualized Stock Exchanges
50
têm um incentivo muito claro de melhorar mais e mais. Se o
regulador está acostumado com uma bolsa que fiscaliza,
sanciona, informa e chega um concorrente que também quer
participar do mercado, então, ele vai ter que dar o mesmo
nível de informação e de atuação na auto-regulação que o
outro dá.
Antonio Castro – Essa é uma dúvida. Esse incentivo
permanece?
Marcelo Trindade – Eu acho que sim.
Paulo Aragão – Antes de virar a página, eu quero voltar ao
conceito de que a grande sanção vai ser: se você não se
comportar direito, a gente não dá dinheiro pra você. A idéia
de que o mercado de capitais tem volta é importante porque
sinaliza que o sujeito pode ser inabilitado. Se ficar claro para
o mercado que quem não cumpre a regra está fora da
brincadeira pode ser a principal sanção.
Casagrande – Paulo, eu concordo com você, mas acho que
ainda é profecia porque infelizmente na prática às vezes o
mercado tem memória curta. Nós tivemos dois grandes casos
no ano passado. Então, acho que você tem razão na direção,
mas ainda não chegamos lá.
Paulo Aragão – Recentemente vi um negócio que me
impressionou muito num posto de gasolina em Aspen [cidade
do Colorado, nos EUA]: uma placa dizendo que o sucesso
não é um estilo, é uma jornada. Acho que é um processo,
então esses dois casos você já colocou num livrinho preto.
Marcelo Trindade – Esse problema da memória do mercado
é interessante. Eu me esforço nas aulas da faculdade para que
os alunos saibam o que é inflação.
Cantidiano – Por que não temos mercado de dívida
corporativa? Falava-se muito que era o problema da não
padronização, do ticket alto, a falta de mercado secundário
etc.
Marcelo Trindade – Tem alguma coisa de dívida privada,
mas a gente negocia isso via resgate de cotas de fundos. Mas
investimento corporativo não tem porque não tem liquidez
e cada título é diferente do outro, então não tem mercado
secundário.
Casagrande – Eu acho que não tem porque enquanto você
tiver CDI com liquidez diária, o investidor não vai se habilitar
a ir para outro risco. Mesmo empresa boa vai pagar só o CDI.
Marcelo Trindade – Tem tido bastante private equity e FIDC
mas também tem debênture, só que vai tudo para tesouraria
ou para fundo de investimento e morre lá, ou o fundo de
pensão carrega até o vencimento.
have a very clear incentive to improve steadily. If the Regulator
is used to a Stock Exchange that oversees, punishes, discloses
and reaches out to a competitor that also wants to participate
in the market, then it will have to provide the same level of
information and self-regulation as the other.
Antonio Castro – Here is a doubt: does this incentive remain?
Marcelo Trindade – I think so.
Paulo Aragão – Before turning the page, I want to go back
to the concept that the main sanction will be: if you do not
behave properly, we will not give you money. The idea is
that the capitals market provides feedback is important
because this shows that the person may be disqualified. If it
is clear to the market that people breaking the rules are out
of the game, this could be the main penalty.
Casagrande – Paulo, I agree with you, but I think that this is
still a prophecy, because unfortunately the market sometimes
has a short memory, in actual practice. We had two major
cases last year. So I think that you are moving in the right
direction, but we have not got there.
Paulo Aragão – Recently, I saw something that impressed
me greatly at a gas station in Aspen [Colorado, USA]: a sign
saying that Success is not a Style, it is a Journey. I think that
this is a process, so these two cases you have already put in a
little black book.
Marcelo Trindade – This problem of the market memory is
interesting. I really battle with the classes that I teach at
university, trying to tell the students about inflation.
Cantidiano – Why do we not have a corporate debt market?
People often say that this was a problem of nonstandardization, high tickets, the absence of the secondary
market, etc.
Marcelo Trindade – There is some private debt, but we deal
with this through redeeming fund quotas. But there is no
corporate investment here, because there is no liquidity, and
each paper differs from the others, so there is no secondary
market.
Casagrande – I think that this is because you have no
Interbank Deposit Certificate (CDIs) with daily liquidity,
and investors will not be qualified to shift to some other risk.
Even a good company will pay only the CDI rate.
Marcelo Trindade – There has been a fair amount of private
equity and Credit Rights Investment Funds (FIDCs), but
there are also debentures, but everything goes to the Treasury
or the Investment Fund and dies there, or the pension fund
carries it through to maturity.
51
Um ano de excelentes resultados
para o mercado de capitais
O mercado de capitais deu mais uma prova da pujança da economia
brasileira. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou 2007 superando
todas as suas máximas históricas de pontuação, valorização recorde de 43,6%
e uma média diária de negócios de R$ 4,8 bilhões, o dobro do volume do ano
anterior. O momento, aliás, não poderia ser mais propício para a abertura do
capital da Bovespa, que captou R$ 6,6 bilhões, tornando-se a maior operação
deste tipo realizada no país. No final de 2007, o valor de mercado da Bovespa
S.A. era de R$ 24,2 bilhões. Este clima otimista atraiu muitas outras empresas
para o mercado, o que fez de 2007 um ano de recorde histórico em aberturas
de capital. As Ofertas Públicas Iniciais (IPOs, sigla em inglês) movimentaram
R$ 55,5 bilhões, volume 265,13% superior ao de 2006. No final do exercício
as captações privadas, incluindo emissões primárias, secundárias e mistas,
totalizaram R$ 174 bilhões.
The capitals market once again proved the strength of the Brazilian
economy. The São Paulo Stock Exchange closed 2007 with record highs in
all areas, outstripping its earlier performances with a record upsurge of 43.6%
and daily average trading of R$ 4.8 billion, twice the figure for the previous
year. In fact, there could have been no better time to take this Stock Exchange
public, bringing in R$ 6.6 billion in the largest transaction of this type ever
conducted in Brazil. By year-end 2007, the market value of BOVESPA S.A.
reached R$ 24.2 billion. This upbeat context attracted many other companies
to the market, which posted the highest-ever number of Initial Public Offerings
(IPOs) in 2007, bringing in R$ 55.5 billion, up 265.13% over the figures
for 2006. By the end of the financial year, funds raised privately, including
primary, secondary and mixed stock issues, totaled R$ 174 billion.
An Outstanding Year for Brazil´s
Capitals Market
52
Retrospectiva do mercado
Market retrospective
BOVESPA / São Paulo Stock Exchange
Bolsa abre capital e supera recorde
Stock Exchange goes public and tops record
ano de 2007 foi um divisor de águas para a Bovespa.
Além de ter superado vários recordes de
desempenho, a bolsa abriu o capital, deixando de
ser uma instituição sem fins lucrativos para tornar-se uma
sociedade por ações. A oferta pública da Bovespa foi a maior já
realizada no Brasil. Na operação, foram distribuídos 288 milhões
de ações, totalizando R$ 6,6 bilhões. O valor de mercado da
empresa no final de 2007 era de R$ 24,2 bilhões, ficando entre
as 20 maiores companhias brasileiras negociadas no país.
O
In a watershed year, the São Paulo Stock Exchange
(BOVESPA) topped several performance records and
went public in 2007, shifting from a non-profit institution
to a share-issuing corporation. The BOVESPA public
offering was the largest ever conducted in Brazil,
distributing 288 million shares, worth a total of R$ 6.6
billion. The market value of the company by year-end
2007 reached R$ 24.2 billion, ranking it among the
twenty largest Brazilian enterprises traded in Brazil.
Outro fato que marcou o desempenho da entidade no
ano passado foi o desempenho do Ibovespa, que superou 43
vezes suas máximas históricas de pontuação e fechou o exercício
com valorização de 43,6%. A máxima registrada pelo índice
foi de 65.790 pontos, alcançada em 6 de dezembro. Apesar
do cenário externo turbulento, em que a volatilidade foi a
característica mais marcante, o mercado brasileiro apresentou
desempenho positivo no segundo semestre, reflexo da contínua
melhora na avaliação das condições estruturais da economia
brasileira pelos investidores.
Another striking accomplishment last year was the
performance of the São Paulo Stock Exchange Index
(IBOVESPA), which outstripped its historic highs 43
times, ending the financial year with a 43.6% increase in
its value, peaking at 65,790 points on December 6.
Despite a turbulent international context whose most
striking characteristic was volatility, the Brazilian market
performed well during the second half of the year,
reflecting ongoing improvements in investor assessments
of the structural conditions of the Brazilian economy.
A maior presença do investidor estrangeiro e o
aumento no número de pessoas físicas contribuíram
significativamente para que o volume financeiro alcançasse
sucessivos recordes. Em 15 de agosto, a bolsa atingiu seu
maior volume financeiro do ano, de R$ 18,4 bilhões. No
total, foram negociados R$ 1,19 trilhão ao longo de 2007,
que representa alta de 100,3% sobre os R$ 598,9 bilhões
registrados em 2006. O número de negócios cresceu 74%,
somando 37,5 milhões, ante os 21,5 milhões no ano anterior.
More foreign investors and an upsurge in the number
of individual players helped pump up its financial volumes
to steadily higher levels. On August 15, the São Paulo
Stock Exchange posted its highest financial volume for
the year at R$ 18.4 billion. In all, R$ 1.19 trillion were
traded in 2007, up 100.3% over the R$ 598.9 billion
posted in 2006. The number of trades rose by 74% to
37.5 million, compared to 21.5 million the previous year.
Desempenho em 2007 / Performance in 2007
Indicadores
Indicators
Ibovespa (variação acumulada) / Ibovespa (accumulated variation)
Volume financeiro / Financial volume
Volume médio mensal / Average monthly volume
Recorde de volume financeiro* / Record financial volume*
Média diária negociada / Average daily trading
Nº de negócios / Nº of trades
Média diária do nº de negócios / Average daily number of trades
Valor de mercado das empresas / Market value of companies
Fonte: Bovespa
*Volume financeiro alcançado num único dia de negócios, em 15/8/2007.
Resultados
Variação sobre 2006
Results
43,6%
Variation over 2006
—————
R$ 1,19 trilhão / trillion
100,3%
R$ 99,9 bilhões / billion
100,3%
R$ 18,4 bilhões / billion
65,77%
R$ 4,9 bilhões / billion
104,1%
37,4 milhões / million
73,9%
152.872
74,7%
R$ 2,47 bilhões / billion
60,4%
Source: São Paulo Stock Exchange (Bovespa)
*Financial volume for a single day of trading on August 15, 2007
53
Retrospectiva do mercado
Market retrospective
BOVESPA FIX E SOMA FIX / Bovespa Fix e Soma Fix
Um ano com muitos negócios
A busy trading year
mercado de renda fixa da Bovespa teve mais um
ano de desempenho positivo em volume de
registros. No Bovespa Fix e no Soma Fix estão
registrados para negociação debêntures, notas promissórias,
Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), Fundos de
Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) e Fundos de
Investimento em Cotas de Fundo de Investimento em Direitos
Creditórios (FICFIDCs). Juntos, somaram 315 ativos de 191
emissores, representando um volume financeiro de R$ 118,3
bilhões em 2007, montante 13,1% superior ao registrado em
2006 (R$ 104,6 bilhões).
O
The fixed yield segment of the São Paulo Stock
Exchange (BOVESPA) posted yet another positive
performance last year by volume, with Debentures,
Commercial Papers, Promissory Notes, Real Estate
Receivable Certificates (CRIs), Credit Rights Investment
Funds ( FIDCs) and Credit Rights Investment Fund
Quotas Investment Funds (FICFIDCs) registered for
trading on the BOVESPA Fix and SOMA Fix markets.
Together, they totaled 315 assets offered by 191 issuers,
representing financial volumes of R$ 118.3 billion in 2007,
13.1% higher than in 2006 (R$ 104.6 billion).
O número de negócios apresentou um aumento
significativo no ano passado, subindo de 418 em 2006 para
1.605 em 2007. As operações com debêntures lideraram os
negócios com 1.195 operações, o que significou um
crescimento de 1.038,1% em relação ao volume registrado ao
longo de 2006 (105). A razão para esse resultado foi o início
da negociação desses papéis do BNDESPar (empresa de
participação do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social – BNDES), que registrou expressiva
pulverização na distribuição primária, graças à presença do
formador de mercado para esses papéis. Segundo analistas isso
representa um grande avanço e deverá melhorar
substancialmente a liquidez desses títulos no mercado.
Trading figures rose significantly last year, up from
418 in 2006 to 1,605 in 2007. Transactions involving
debentures took the lead with 1,195 trades, up 1,038.1%
compared to the 105 transactions posted in 2006. The
reason behind this success was the start-up of trading in
these papers by BNDESPar, which is the stake-holding
arm of the National Social and Economic Development
Bank (BNDES), posting significant fragmentation in
primary distribution, thanks to the presence of the market
maker for these papers. According to analysts, this is a
significant step forward that will greatly enhance the
liquidity of the papers on the market.
O giro no mercado secundário voltou a cair. Em 2007,
o Bovespa Fix e o Soma Fix movimentaram R$ 931,3
milhões, 23,7% abaixo do volume financeiro alcançado em
2006 (R$ 1,22 bilhão). A Bovespa tem buscado soluções para
aumentar as negociações dos ativos. No ano passado, a bolsa
lançou o serviço de solicitação de cotações para todos os papéis
negociados no mercado de renda fixa, tornando mais ágil e
preciso o processo de formação de preço dos ativos e
propiciando aumento da sua liquidez.
Desempenho / Performance
Volume Registrado para Negociação (R$ milhões)
Registered Trading Volumes (R$ million)
Ano
Emissores
Emissões
Year
Issuers
Issues
Ano
Volume Negociável
2002
28
57
Year
Tradable Volumes
76
2002
13.726,72
149
2003
17.871,76
24.055,99
2003
2004
40
84
2005
118
202
2004
2006
164
275
2005
47.606,35
315
2006
104.666,94
2007
118.292,57
2007
191
Fonte: Bovespa / Source: São Paulo Stock Exchange (Bovespa)
54
On the secondary market, turnover dropped again.
In 2007, BOVESPA Fix and SOMA Fix posted flows of
R$ 931.3 million, 23.7% below the financial volumes
posted in 2006 of R$ 1.22 billion. The São Paulo Stock
Exchange (BOVESPA) is seeking ways to step up trading
in these assets. Last year, it launched its price request service
for all papers traded on the fixed yield market, streamlining
the asset price formation process and making it more
accurate, thus enhancing its liquidity.
Retrospectiva do mercado
Market retrospective
DEBÊNTURES / Debentures
Queda expressiva no volume captado
Significant drop in volume uptake
A
Debenture issues slowed in 2007, reversing the uptrend
noted since 2003. The volume brought in by debt papers
totaled R$ 47.68 billion, 35.16% less than the throughflow
of R$ 73.54 billion posted in 2006.
Segundo Luiz Macahyba, superintendente de Produtos e
Relações Institucionais da Andima, a queda tem como principal
explicação a redução das captações das empresas de leasing, que
caíram de R$ 49 bilhões em 2006 para R$ 33 bilhões no ano
passado. “Apesar do recuo do volume, o número de emissões
manteve-se constante”: 46 em 2007 contra 47 no ano anterior.
According to Luiz Macahyba, the Products and
Institutional Affairs Superintendent of the National Financial
Market Institutions Association (Andima), this drop can be
explained largely through shrinkage in the funds brought in
by leasing companies, which fell from R$ 49 billion in 2006
to R$ 33 billion last year. “Despite shrinking volumes, the
number of issues remained steady: 46 in 2007 compared to
47 the previous year,” he said.
s emissões de debêntures registraram queda em 2007,
interrompendo a seqüência de alta que vinha sendo
verificada desde 2003. O volume captado pelos títulos
de dívida somou R$ 47,68 bilhões, redução de 35,16% sobre o
movimento de R$ 73,54 bilhões alcançados em 2006.
Em 2007, as debêntures foram utilizadas fundamentalmente para financiar despesas de curto prazo das empresas
ou melhorar seus perfis de endividamento. Isso ficou evidente
nas destinações dos recursos das emissões. Os principais
destaques foram registrados em capital de giro (64%),
alongamento do endividamento (23%), investimento (4%) e
resgate de debêntures de outra emissão (4%).
O mercado secundário também apresentou desempenho positivo em 2007. O volume de negócios no SDN atingiu
R$ 27 bilhões, 85% superior ao registrado em 2006. O volume
médio diário negociado aumentou de R$ 59,3 milhões em
2006 para R$ 110,5 milhões em 2007.
In 2007, debentures were used largely to finance shortterm corporate outlays or for upgrading debt profiles. Macahyba
recalls that this was quite clear from the allocation of the funds
brought in by these issues. The main purposes were noted as:
working capital (64%), debt extension (23%), investment (4%)
and redeeming debentures from other issues (4%).
The secondary market also performed well in 2007, with
trading volumes in Brazil’s National Debentures System (SND)
reaching R$ 27 billion, 85% higher than in 2006. The average
daily trading volume rose from R$ 59.3 million in 2006 to
R$ 110.5 million in 2007.
Total de emissões / Total Issues
Registros por setor / Registrations by sector
Ano /Year Quantidade /Quantity Vol. Financeiro (R$) / Financial volume (R$)
2004
38
9,6 bilhões / billion
43,5 bilhões / billion
2005
45
73,54 bilhões / billion
2006
47
2007
46
47,68 bilhões / billion
Arrendamento Mercantil
Fonte: Sistema Nacional de Debêntures / Source: National System of Debentures
Leasing
Emp. Adm. Participações
Management and Holding Companies
Energia Elétrica
Power
Comércio
Destino das emissões 2007 / Purpose of Issues – 2007
Capital de Giro
Working capital
Alongamento do perfil de endividamento
64,47%
Repurchase or Redemption of Debentures from Other Issues
Redução do passivo
3,73%
Agricultura
3,80%
Investments in Property, Plant and Equipment
Cobertura de custos iniciais das operações
Miscellaneous Services
1,59%
Petrochemicals
0,28%
0,13%
Investment in Infrastructure
Fonte: Sistema Nacional de Debêntures / Source: National System of Debentures
56
Telecomunicações
0,77%
Coverage Initial Operating Costs
Investimento em infra-estrutura
Agriculture
Telecommunications
Project Implementation
Investimento em imobilizado
Transportation & Logistics Services
1,87%
Reduction in Liabilities
Implantação de projetos
Civil Construction
Serviço de Transporte e Logística
Investment or Acquisition of Corporate Stakes
Recompra ou resgate de debêntures de outra emissão
Construção Civil
23,35%
Lengthening Debt Profile
Investimento ou aquisição de participações societárias
Trade
Serviços Diversos
Petroquímica
Alimentação
Food
Papel e Celulose
Pulp & Paper
69,42%
11,46%
9,86%
2,97%
2,68%
1,36%
0,64%
0,52%
0,34%
0,31%
0,22%
0,21%
Fonte: Sistema Nacional de Debêntures / Source: National System of Debentures
FIDC / Direct Credit Investment Funds (FIDCs)
Muitos negócios com expansão do crédito
Eager trading with expanding credit
O
s Fundos de Investimento em Direitos Creditórios
(FIDCs) mantiveram o processo de crescimento
em 2007, movimento que tem sido registrado nos
últimos anos. O desempenho positivo é explicado pelo
expressivo aumento da oferta de crédito no mercado brasileiro.
Dados do Banco Central mostram que o estoque das operações
encerrou dezembro de 2007 com volume de R$ 932,3 bilhões.
O montante das operações de crédito representa 34,7% do
Produto Interno Bruto (PIB), número quatro pontos percentuais
superior ao observado em dezembro de 2006, quando estava
em 30,7% do PIB.
O levantamento da Associação Nacional dos Bancos de
Investimento (Anbid) revela a boa performance dos FIDCs
ao apontar a expansão do patrimônio líquido dessas carteiras.
No final de 2007, o segmento comemorava crescimento de
49%, registrando volume de R$ 28.707.445 contra o patrimônio líquido de R$ 19.299.763.695 no final do ano anterior.
O número de fundos também cresceu, passando de 114 para
150 no ano passado.
Segundo lembra o professor Alexandre Chaia, da área
de Finanças da Escola Superior de Propaganda e Marketing
(ESPM), com o forte crescimento no crédito observado nos
últimos três anos, os grandes bancos precisaram cumprir o
Acordo de Basiléia, e passaram a vender parte de suas carteiras.
Para se capitalizar e emprestar, uma das opções das
instituições financeiras é a emissão de Certificados de Depósito
Bancário (CDBs), operação que, entretanto, envolve custo
mais elevado. “Por isso, os bancos têm preferido vender para
um fundo de securitização de crédito, o que lhes permite, ao
mesmo tempo, manter a gestão da carteira, conseguindo
recursos para continuar concedendo crédito”, avalia o professor.
Continuing the trend that appeared over the past few
years, Credit Rights Investment Funds (FIDCs) continued to
grow during 2007. This positive performance is explained by
the significant upsurge in credit supplies on the Brazilian
market. Data issued by the Brazilian Central Bank indicate
that the inventory of transactions closed December 2007 with
a volume of R$ 932.3 billion. The amount of credit transactions
was equivalent to 34.7% of Brazil’s Gross Domestic Product
(GDP), 4% higher than in December 2006, when it reached
30.7% of the GDP.
A survey conducted by the National Investment Banks
Association (ANBID) presents the good performance of these
Funds, stressing the expansion of the net worth of their
portfolios. By year-end 2007, this segment celebrated a growth
of 49%, posting volumes of R$ 28,707,445, compared to a
net worth of R$ 19,299,763,695 at the end of the previous
year. The number of funds also increased last year, up from
114 to 150.
According to Professor Alexandre Chaia, from the
Finance Area of the Superior Advertising and Marketing School
(ESPM), the upsurge in credit noted over the past three years
means that major banks had to comply with the Basle
Agreement and started to sell off part of their portfolios.
In order to capitalize and lend money, one of the options
open to financial institutions is to issue Bank Certificates of
Deposit (CDBs), although this transaction involves higher
costs. “This is why the Banks have preferred to sell to a credit
securitization fund, which allows them to continue managing
the portfolio while at the same time bringing in funds to
continue granting loans, “ notes this Professor.
Evolução dos FIDCs / Development of the Credit Rights Investment Funds (FIDCs)
No fundos / Number of Funds
PL (R$)/ Net Worth(R$)
Dez/03*
07
1.014.454.510
Dez/04
36
Dez/05
63
Dez/06
Dez/07
Ano / year
Variação do PL (%) / Variations in Net Worth (%)
No ano** / x Year **
Em 12 meses*** / x12 Months***
4.566.800.945
263,45
350,17
12.246.259.779
166,63
168,16
114
19.299.763.695
42,93
57,60
150
28.707.445.460
45,00
49,00
Fonte: Anbid
* Início do FIDC em Dez/2003 ** Janeiro a Dezembro *** Dezembro a Dezembro
Source: National Investment Banks Association (Anbid)
* Launch of type in December 2003 ** January to December *** December to December
57
Retrospectiva do mercado
Market retrospective
NOTAS COMERCIAIS / Commercial Papers
Produto bate recorde de emissões em 2007
Record issues for this product in 2007
A
procura pelas notas comerciais (commercial papers)
cresceu significativamente em 2007. Dados da
Comissão de Valores Mobiliários mostram que a
emissão desses papéis atingiu R$ 9,72 bilhões no ano passado,
representando aumento de 117,94% sobre os R$ 4,46 bilhões
emitidos em 2006.
Para as empresas, essa modalidade se mostrou uma
ferramenta de captação atraente, especialmente utilizada pelo
setor de energia. Segundo analistas, as notas comerciais passaram
a ser consideradas estrategicamente ideais por algumas
companhias, particularmente no momento de indefinição em
relação à trajetória de queda da Selic, ocorrida a partir da crise
de crédito nos Estados Unidos.
Vale lembrar que o Banco Central interrompeu a
seqüência de queda do juro básico em outubro do ano passado,
confirmando uma expectativa que já havia sido criada desde o
agravamento da crise internacional. Analistas justificam a
preferência pelas notas comerciais como alternativa para que
as empresas resolvessem suas necessidades de recursos de curto
prazo sem precisar pagar juros a uma instituição financeira,
enquanto aguardavam uma queda mais acentuada na taxa
básica. Outro motivo que contribuiu para o crescimento das
emissões foi a avaliação positiva que o mercado fez das empresas
brasileiras.
De modo geral, o mercado de crédito estava em expansão
e os commercial papers acompanharam esse crescimento.
“Com a maior necessidade de investimento, as empresas viram
nas notas comerciais uma saída adequada”, afirma Alexandre
Chaia, professor de Finanças da Escola Superior de Propaganda
e Marketing (ESPM).
The demand for commercial papers surged in 2007,
with data released by the Brazilian Securities Commission
(CVM) showing that issues of these papers reached R$
9.72 billion last year, up 117.94% over the R$ 4.46 billion
issued in 2006.
This is an attractive funding uptake tool for
companies, particularly in the power sector. According
to the analysts, commercial papers were rated as
strategically ideal by some companies, particularly at a
time of uncertainty about the steady drop in the SELIC
interest rate, noted since the credit crisis in the USA.
It is worthwhile recalling that the Brazilian Central
Bank halted the ongoing drop in the basic interest rate in
October last year, concern about expectations building
up as the international crisis worsened. Analysts justified
this preference for commercial papers as an effective
alternative for companies to meet their needs for shortterm funds without having to pay interest to a financial
institution while awaiting an even steeper drop in the
basic interest rate. Another reason for growth in these
issues was the positive market rating for Brazilian
companies.
In general, commercial papers are keeping pace with
an expanding credit market. “As their investment needs
become more pressing, companies are finding a
convenient solution in commercial papers,” affirms
Alexandre Chaia, Finance Professor at the Superior
Advertising and Marketing School (ESPM).
Emissões sobem / Issues Rise
No de registro / No Registrations
Volume financeiro / Financial Volumes
2001
32
5,26 bilhões / billion
2002
20
3,87 bilhões / billion
2003
12
2,12 bilhões / billion
2004
05
2,24 bilhões / billion
2005
09
2,63 bilhões / billion
2006
12
4,46 bilhões / billion
2007
20
9,72 bilhões / billion
Ano / year
Fonte: CVM
58
Source: Brazilian Securities Commission (CVM)
Retrospectiva do mercado
Market retrospective
ÍNDICE DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL / Business Sustainability Index (ISE)
Nova carteira fica mais diversificada
New portfolio is more diversified
A
valorização do Índice de Sustentabilidade
Empresarial (ISE) em 2007 foi de 40,3%,
ligeiramente abaixo do Ibovespa (43,6%). Na
opinião do consultor de investimentos e especialista em
sustentabilidade, Roberto Gonzalez, o bom desempenho do
ISE foi puxado por Petrobras, cujas ações PN detêm 16,28%
do indicador. Gonzalez ressalta ainda que a participação das
empresas de energia e a redução da concentração setorial
foram outros fatores que influenciaram o desempenho
positivo do índice.
The Business Sustainability Index (ISE) rose by 40.3%
in 2007, just below the 43.6% increase posted by the São
Paulo Stock Exchange Index (IBOVESPA). In the view of
investment consultant and sustainability specialist Roberto
Gonzalez, the impressive performance of this Index was driven
by Petrobras, whose preferred shares accounted for 16.28% of
this Indicator. He also stresses that the stakes held by power
utilities and less sectoral concentration were other factors
fuelling the positive performance of this Index.
Em 1º de dezembro de 2007 entrou em vigor a nova
carteira do ISE, na qual foram excluídas ALL América Latina,
Celesc, Gol, Itaúsa, Localiza, Tam, Ultrapar e Unibanco. A
nova carteira do índice ficou mais diversificada em relação aos
anos anteriores, com a presença marcante de setores como
energia elétrica – 11 empresas, que em ativos equivalem a
13% das ações – alimentos e papel e celulose. O peso do setor
financeiro, que era de 41% do índice em 2006, caiu para
37%. Do total das companhias de capital aberto do país, 30%
estão na nova carteira do ISE.
On December 1, 2007, the new portfolio of the Business
Sustainability Index (ISE) was introduced, which excluded
ALL Latin America, Celesc, Gol, Itaúsa, Localiza, Tam,
Ultrapar and Unibanco. The portfolio now underpinning this
Index is more diversified than in earlier years, with the power
sector making its mark through eleven utilities whose assets
are equivalent to 13% of the shares, as well as foods, pulp and
paper. The weight of the financial sector shrank to 37%, down
from 41% of this Index in 2006. Of the total number of listed
companies in Brazil, 30% are in the new portfolio
underpinning this Index.
A atual carteira reúne 40 ações emitidas por 32 empresas
de 13 setores, com um valor de mercado de R$ 1.023,1 bilhão
ao final de 2007, correspondendo a 41,3% da capitalização
total da Bovespa. A carteira anterior contava com 42 ações de
33 empresas e 14 setores, totalizando R$ 996 bilhões em valor
de mercado. Segundo o Boletim Informativo da Bovespa, esse
“encolhimento” é uma situação considerada absolutamente
normal.
The current portfolio clusters forty shares issued by 32
companies in thirteen sectors, with a market value of R$
1,023.1 billion by year-end 2007, equivalent to 41.3% of the
total capitalization of the São Paulo Stock Exchange
(BOVESPA). The previous portfolio contained 42 shares issued
by 33 companies in fourteen sectors, with total market value
of R$ 996 billion. According to the Informative Bulletin issued
by the BOVESPA, this “shrinkage” is quite normal.
Desempenho do ISE / IPerformance: Business Sustainability Index (ISE)
Pontos / Points
Variação % / Variation %
2007
2.011
40,3
2006
1.433
37,8
Fonte: Bovespa / Source: São Paulo Stock Exchange (Bovespa)
2005*
1.040
4,0
Lançado em novembro de 2005 / Lauched in November 2005
Lista das Empresas do ISE / Companies Listed on the Business Sustainability Index (ISE)
AAES Tietê
AM Inox BR
Aracruz Celulose
Bradesco
Banco do Brasil
Braskem
CCR Rodovias
Cemig
Fonte: Bovespa
Source: São Paulo Stock Exchange
60
Cesp
Coelce
Copel
CPFL Energia
Dasa – Diagnósticos da América
Eletrobras
Eletropaulo
Embraer
Energias do Brasil
Gerdau
Gerdau Matalúrgica
Iochp-Maxion
Itaubanco
Light
Natura
Perdigão
Petrobras
Sabesp
Sadia
Suzano Papel e Celulose
Suzano Petroquímica
Tractebel Energia
VCP – Votorantim Celulose e Papel
Weg
* Carteira teórica anual, válida de dez/2007 a nov/2008
*Annual theoretical portfolio, valid from December 2007 through to November 2008.
ÍNDICE DE GOVERNANÇA / Corporate Governance Index
Valorização ficou abaixo do Ibovespa
Appreciation below IBOVESPA
O
indicador que mede o desempenho das ações das
companhias com níveis diferenciados de
governança corporativa apresentou em 2007
variação abaixo do Ibovespa, que alcançou valorização de
43,65% no ano. O Índice de Ações de Governança
Corporativa Diferenciada (IGC) acumulou valorização de
31,55% no ano passado, com uma carteira composta por
117 papéis de empresas que estão listadas no Novo Mercado
e nos Níveis 1 e 2 da Bovespa.
The indicator measuring the performance of shares at
various tiers of corporate governance fell below the São Paulo
Stock Exchange Index (IBOVESPA) in 2007, which posted
an increase of 43.65% over the year. The Corporate
Governance Index (IGC) rose by 31.55% last year, based on
a portfolio of 117 papers issued by companies listed on Brazil’s
Novo Mercado and Tiers 1 and 2 on the São Paulo Stock
Exchange (BOVESPA).
Na avaliação de José Guimarães Monforte, presidente
do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC),
os motivos para essa performance do IGC em relação ao
Ibovespa foram puramente técnicos. “Quando se olha um
período de dois anos, por exemplo, o índice apresenta ganhos
maiores, o que levou a uma troca momentânea de posições
que, por sua vez, privilegiou as ações de maior liquidez que
dominam o Ibovespa”, explica Monforte. Nos dois anos
anteriores – em 2005 e 2006 –, o principal índice da Bovespa
valorizou 27,71% e 32,93%, respectivamente, enquanto o
IGC registrou altas de 41,2% e 43,7% no mesmo período.
In the view of José Guimarães Monforte, who chairs
the Brazilian Corporate Governance Institute (IBGC), the
reasons for this performance by the IGC compared to the
IBOVESPA were purely technical. “When looking at a twoyear period, for example, the Index posts higher gains,
resulting in a brief switch of positions which in turn boosts
the more liquid shares that dominate in the IBOVESPA,”
explains Monforte. During the two previous years – 2005
and 2006 – the São Paulo Stock Exchange Index
(IBOVESPA) rose by 27.71% and 32.93% respectively, while
the Corporate Governance Index (IGC) posted increases of
41.2% and 43.7% over the same period.
O desempenho do índice não é parâmetro para uma
avaliação do comportamento dos investidores com relação às
práticas de boa governança. “Os investidores estão valorizando
mais as empresas com governança e sustentabilidade e as
empresas, por sua vez, vêm adotando cada vez mais essas
práticas”, acrescenta Monforte.
The performance of this Index is not a parameter for
measuring the behavior of investors in terms of good
governance practices. “Investors assign higher value to
companies with good governance and sustainability, while
companies are in turn adopting these practices to an increasing
extent,” adds Monforte.
Outros aspectos técnicos também precisam ser
considerados para a comparação dos índices. No IGC, existe
uma forte concentração de empresas de setores novos que,
em 2007, não foram tão atraentes quanto os de mineração
e petróleo, que têm grande participação na composição da
carteira do Ibovespa.
Other technical aspects must also be taken into
consideration when comparing these two Indexes. The IGC
has a large number of companies in new sectors that were
not as attractive as mining and oil in 2007, playing important
roles in the composition of the portfolio underpinning the
São Paulo Stock Exchange Index (IBOVESPA).
Segundo Monforte, o processo de discussões sobre
governança corporativa concluiu um ciclo em 2007. Em 2008,
o IBGC inaugura uma nova fase de atuação, com
pronunciamentos técnicos e opinativos sobre a questão da
governança, como a da estrutura de propriedade.
According to Monforte, discussions over corporate
governance completed a cycle in 2007. In 2008, the IBGC
moved into a new operating phase, issuing technical
statements and opinions on governance-related issues, such
as ownership structures.
Desempenho do IGC / Performance: Corporate Governance Index (IGC)
Pontos / Score
Variação / Variation (%)
2005
6.800
31,54
2006
5.169
41,2
2005
3.658
43,7
2004
2.545
37,9
2003
1.845
79,8
Fonte: Bovespa / Source: São Paulo Stock Exchange
61
Retrospectiva do mercado
Market retrospective
ABERTURA DE CAPITAL
/ Going Public
Recorde histórico em emissões primárias
All-Time Record for Primary Issues
mercado de ações registrou em 2007 um recorde
histórico em aberturas de capital, superando a
marca de 1994 quando foi lançado o Plano Real.
Foi o resultado de um processo que começou em 2003 e
ganhou força no ano passado na Bovespa. As Ofertas
Públicas Iniciais (IPOs) resultaram na captação de R$ 55,5
bilhões, com aumento de 265,13% sobre as captações de
2006 (R$ 15,2 bilhões). Ao somar as distribuições públicas
de ações, primárias e secundárias, o volume financeiro foi
de R$ 69,5 bilhões.
O
In 2007, the Brazilian stock market posted an alltime record for companies going public, topping the
historic high of 1994 when the Real Economic
Stabilization Plan was launched. This was the outcome
of a process that began in 2003, gaining force last year on
the São Paulo Stock Exchange (Bovespa). These Initial
Public Offerings (IPOs) brought in R$ 55.5 billion, up
265.13% over inflows of R$ 15.2 billion in 2006. Adding
together primary and secondary public share distributions,
financial volumes reached R$ 69.5 billion.
A chegada de 64 novas companhias, incluindo a emissão
de seis Brazilian Depositary Receipts (BDR), representou
um salto de 146,15% sobre as 26 ofertas públicas iniciais
realizadas na Bovespa em 2006. A opção pelos níveis
diferenciados de governança corporativa (Novo Mercado e
Níveis 1 e 2) foi unanimidade entre as novatas, com exceção
das seis que emitiram BDR, ampliando para 156 o número
de companhias listadas nesses segmentos.
The arrival of 64 newcomers – including the issue
of six Brazilian Depositary Receipts (BDRs) – was
146.15% higher than the 26 Initial Public Offerings
(IPOs) held on the São Paulo Stock Exchange
(BOVESPA) in 2006. Scaled corporate governance tiers
(Brazil’s Novo Mercado and Tiers 1 and 2) were an almost
unanimous choice among the newcomers, with only six
opting to issue BDRs, bringing the number of companies
listed in these segments up to 156.
Estudo da consultoria Ernst & Young sobre os mercados
globais mostrou que o Brasil teve dois dos dez maiores IPOs
do planeta: a abertura de capital da Bovespa, em quinto lugar
no ranking mundial, com uma operação de US$ 3,7 bilhões
e a Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), de US$ 2,9
bilhões, oitava maior do mundo.
O cenário conjuntural da economia brasileira também
contribuiu para o sucesso do mercado de IPOs. Em 2007, houve
crescimento da atividade econômica, a inflação estava sob
controle, a taxa de juro em declínio e o crédito em expansão.
Outro fator que contribuiu para que as operações de ofertas
públicas iniciais ganhassem tanto espaço no mercado de capitais
brasileiro foram as crises de crédito nos Estados Unidos que
atraíram a atenção dos investidores internacionais.
Os investidores estrangeiros continuaram sendo os
principais compradores das IPOs, desde que esse tipo de
operação começou a ser praticada de modo consistente e
regular no mercado de capitais brasileiro, em 2004. Naquele
ano, os estrangeiros ficaram com R$ 3,1 bilhões de IPOs
(cerca de 69,7% do total). Nos dois anos seguintes, esses
investidores compraram R$ 3,4 bilhões (62,4%) e R$ 11,3
bilhões (73,3%), respectivamente. Em 2007, a participação
do investidor internacional foi de 68,6%, ficando com R$
37,8 bilhões das emissões.
62
This steady increase is quite clear: in 2004, there
were seven IPOs; nine in 2005; and 26 in 2006. A study
of global markets conducted by the Ernst & Young
consulting firm showed that Brazil hosted two of the ten
largest IPOs on the planet: taking the São Paulo Stock
Exchange public ranked fifth worldwide at US$ 3.7
billion, with the Commodities and Futures Market rated
eighth at US$ 2.9 billion.
Brazil’s economic context also boosted the success of
the IPO market in 2007, with a flourishing economy, curbed
inflation, dropping interest rates and expanding credit. At
the same time, credit crises sweeping across the USA endowed
these IPOs with greater visibility, attracting the attention of
international investors to the Brazilian market.
Foreign investors have been the main buyers of IPOs
since this type of transaction became a regular practice
on its capitals market in 2004. That year, foreigners
expended R$ 3.1 billion on IPOs (69.7% of the total).
During the next two years, these investors laid out R$
3.4 billion (62.4%) and R$ 11.3 billion (73.3%),
respectively. In 2007, the stakes taken up by international
investors reached 68.6%, paying out R$ 37.8 billion for
these issues.
Novas empresas / New companies
Empresa
Company
PDG Realt
Rodobensimob
CC Des. Imob.
Tecnisa
Iguatemi
São Martinho
GVT Holding
Anhanguera
JBS
Pine
Even
BR Malls Part.
Fer Heringer
JHSF Part.
Metalfrio
Bematech
CR2
Agra Incorp.
Cremer
Wilson Sons
Sofisa
Tarpon
Inpar S/A
Paraná
SLC Agrícola
Log-In
EZTec
Cruzeiro Sul
Daycoval
Marfrig
Tegma
Indusval
Redecard
Invest Tur.
Minerva
Patagonia *
MRV
Kroton
Guarani
Triunfo Part.
ABC Brasil
Springs
Providencia
Multiplan
GeneralShopp
Estacio Part.
Cosan Ltd. *
Satipel
Sul América
BicBanco
Trisul
Tenda
SEB
Marisa
Agrenco
Bovespa Hld.
BR Brokers
Amil
Helbor
Laep
Panamericano
BMF
MPX Energia **
Tempo Part **
Fonte: Bovespa
* Dados referentes somente à oferta brasileira
** Dados preliminares
Segmento de listagem
Data
No de negócios / 2007
Volume negociado / 2007 - R$
Listing segment
Novo Mercado
Novo Mercado
Novo Mercado
Novo Mercado
Novo Mercado
Novo Mercado
Novo Mercado
Nível 2 / Tier 2
Novo Mercado
Nível 1 / Tier 1
Novo Mercado
Novo Mercado
Novo Mercado
Novo Mercado
Novo Mercado
Novo Mercado
Novo Mercado
Novo Mercado
Novo Mercado
BDR
Nível / Tier
BDR
Novo Mercado
Nível 1 / Tier 1
Novo Mercado
Novo Mercado
Novo Mercado
Nível 1 / Tier 1
Nível 1 / Tier 1
Novo Mercado
Novo Mercado
Nível 1 / Tier 1
Novo Mercado
Novo Mercado
Novo Mercado
BDR
Novo Mercado
Nível 2 / Tier 2
Novo Mercado
Novo Mercado
Nível 2 / Tier 2
Novo Mercado
Novo Mercado
Nível 2 / Tier 2
Novo Mercado
Nível 2 / Tier 2
BDR
Novo Mercado
Nível 2 / Tier 2
Nível 1 / Tier 1
Novo Mercado
Novo Mercado
Nível 2 / Tier 2
Novo Mercado
BDR
Novo Mercado
Novo Mercado
Novo Mercado
Novo Mercado
BDR
Nível 1 / Tier 1
Novo Mercado
Novo Mercado
Novo Mercado
Date
26/01
31/01
31/01
01/02
07/02
12/02
16/02
12/03
29/03
02/04
02/04
05/04
12/04
12/04
13/04
19/04
23/04
26/04
30/04
30/04
02/05
31/05
06/06
14/06
15/06
21/06
22/06
26/06
29/06
29/06
3/07
12/07
13/07
16/07
20/07
20/07
23/07
23/07
23/07
23/07
25/07
27/07
27/07
27/07
30/07
30/07
17/08
21/09
5/10
15/10
15/10
15/10
18/10
22/10
25/10
26/10
29/10
29/10
29/10
31/10
19/11
30/11
14/12
19/12
No trades in 2007
12.422
14.782
23.552
18.216
18.100
25.864
15.645
14.651
23.689
20.668
11.634
14.518
9.770
4.749
9.970
9.331
2.926
5.651
9.717
12.393
7.521
10.949
10.114
8.800
10.166
28.172
5.802
4.442
8.014
5.527
7.147
348
31.297
114
12.115
2.917
16.745
12.081
12.750
7.427
6.364
7.592
11.615
25.531
5.168
11.320
1.819
7.211
6.257
2.713
10.636
3.875
13.733
908
67.914
131
4.675
845
706
21.793
260.946
-
Volume of Trades in 2007 - R$
648
449
522
791
549
424
1.076
512
1.617
517
460
657
350
432
453
407
308
786
552
706
505
444
756
529
490
848
542
574
1.092
1.021
604
253
4.643
945
444
76
1.193
479
666
513
609
656
469
925
287
447
275
413
775
822
330
603
413
506
666
6.626
699
1.401
252
508
700
5.984
1.916
394
Source: São Paulo Stock Exchange (Bovespa)
* Data covering only Brazilian IPOs
** Preliminary Data
63
Retrospectiva do mercado
Market retrospective
REGISTROS NA CVM / Registrations with the Brazilian Securities Comission (CVM)
Interesse em abrir o capital aumenta
Rising interest in going public
processo de abertura de capital mostrou forte avanço
no ano passado, com expressivo número de
empresas pedindo registro na Comissão de Valores
Mobiliários (CVM) e na Bolsa de Valores de São Paulo
(Bovespa). Em 2007, a CVM concedeu 91 registros (contra
52 em 2006) e a Bovespa, 64.
O
Last year, there was an upsurge in companies going public,
with a significant number of firms applying to the Brazilian
Securities Commission (CVM) and the São Paulo Stock
Exchange (BOVESPA) for registration. In 2007, the CVM
granted listed status to 91 candidates (compared to 52 in 2006)
with BOVESPA accepting 64.
De acordo com o consultor Milton Milioni, esses
resultados mostram o amadurecimento das empresas e também
dos investidores com relação ao mercado de capitais. Mas
ressalta que em 2007 houve condições econômicas particularmente favoráveis, que levaram até a uma certa euforia:
“Os preços de muitas dessas empresas que abriram capital no
ano passado começaram a cair em 2008, com as incertezas da
economia internacional, e acredito que ao longo do ano as
operações tenderão a ser menores e mais seletivas”, avalia.
According to consultant Milton Milioni, these figures
reflect the maturation of Brazilian companies and also investors,
in terms of the capitals market. But he stressed that the
economic conditions were particularly favorable in 2007,
perhaps buoying some euphoria: “The prices of many of these
companies that went public last year began to drop in 2008,
damped down by uncertainties in the international economy.
In the course of this year, I believe that these transactions will
tend to be smaller and more selective,” he notes.
A melhoria da qualidade da informação e das regras de
funcionamento do mercado brasileiro foi fundamental para
a disposição dos investidores estrangeiros em operar no país.
Entre as empresas que obtiveram registro na Bovespa, 43
(ou 67%) ingressaram no Novo Mercado, sete (11%) foram
para o Nível 2, oito (13%) para o Nível 1 e seis (9%), para
BDRs.
Better quality information and more stringent operating
rules on the Brazilian market were key factors encouraging
foreign investors to conduct transactions in Brazil. Among the
newcomers on the São Paulo Stock Exchange (BOVESPA),
43 (67%) were listed on its Novo Mercado, seven (11%) were
ranked as Tier 2, eight (13%) at Tier 1 and six (9%) opted for
Brazilian Depository Receipts (BDRs).
Os cancelamentos de registro foram considerados
normais por Milioni. Na CVM, foram 61 cancelamentos
em 2007 (contra 64 em 2006) e na Bovespa, 16. Segundo
Milioni, várias empresas devem ter sido incorporadas e outras
realizaram oferta pública para aquisição de suas próprias ações.
Ele explicou que muitas vezes as empresas entendem ser
economicamente mais interessante fechar capital do que
continuar como companhia aberta, o que não significa que
tenham problemas ou estejam quebradas.
The number of companies going private was rated as
normal by Milioni, with 61 cancellations submitted to the
CVM in 2007 (compared to 64 in 2006) and sixteen on the
São Paulo Stock Exchange (BOVESPA). According to Milioni,
several companies would have been taken over, with others
conducting public offerings to acquire their own shares. He
explained that companies often feel that it is economically
more valid to go private than to remain listed, which does not
mean that they have problems or are going broke.
Registros na CVM
Registrations with the Brazilian Securities Commission (CVM)
Ano
Concedidos
Cancelados
Total de Companhias
Year
Granted
Canceled
Total No Companies
2001
36
57
831
2002
15
54
793
2003
14
55
718
2004
16
43
652
2005
23
146
617
2006
52
64
620
2007
91
61
650
Fonte: CVM / Source: Brazilian Securities Commission (CVM)
64
Lucro líquido das companhias
abertas cresceu 22,7% em 2007
A análise das demonstrações financeiras de 402 companhias abertas
brasileiras, feita pela GRC VISÃO, mostrou que em 2007 o lucro líquido
dessas empresas cresceu 22,7% em relação ao ano anterior. As rentabilidades
(lucro líquido sobre patrimônio líquido) mais expressivas foram obtidas
pelos setores de mineração (34,9%), financeiro (31,6%) e siderurgia e
metalurgia (25,7%). Para 2008, as expectativas em relação às empresas de
capital aberto se mantêm estáveis e dificilmente devem repetir o excelente
desempenho do ano passado. A maior dúvida neste cenário é a economia
internacional que sofreu forte impacto no início deste ano com a crise do
crédito nos Estados Unidos e a evolução dos preços das commodities agrícolas
e do petróleo. De um modo geral, 2008 tem se mostrado, até agora, um
ano positivo para a economia brasileira, e a conquista do investiment grade
deve atrair para o país novos investidores.
An analysis of the financial statements issued by 402 listed companies
in Brazil, conducted by GRC Visão, showed that their Net Profits rose by
22.7% in 2007 compared to the previous year. The most significant returns
on equity (Net Profits on Net Worth) were brought in by the Mining
(34.9%), Financial (31.6%), Steel and Metallurgy (25.7%) sectors.
Expected to remain stable in 2008, listed companies are unlikely to repeat
last year’s excellent performances. The main unknown factor in this context
is the international economy, which was severely affected early this year by
the credit crunch in the USA and price hikes for oil and agricultural
commodities. In general, 2008 has been a positive year for the Brazilian
economy so far, with the award of its investment grade rating attracting
new international investors.
Net Profits up 22.7% for Listed
Companies in 2007
66
Desempenho setorial
Sectorial performance
ATACADO E VAREJO / Wholesale and Retail
Comércio bate recorde em vendas
Retail Sector posts Record Sales
O
volume de vendas no comércio varejista cresceu 9,6%
em 2007, em relação ao resultado de 2006. A expansão
foi a maior já registrada pela Pesquisa Mensal de
Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), desde que a série foi iniciada, em 2001.
O patamar alcançado no ano passado superou a alta de
9,3% registrada em 2004. Naquele ano, entretanto, a base de
comparação era baixa, uma vez que o comércio vinha de três
anos seguidos de queda. Em 2007 o resultado foi mais
significativo, por representar a quarta alta consecutiva do índice
anual. Em 2005 e 2006, as vendas no comércio haviam subido
4,8% e 6,2%, respectivamente.
O que beneficiou o comércio brasileiro foram o aumento
da massa salarial e a expansão do crédito. Os crescimentos
mais expressivos ocorreram nos segmentos automotivo
(22,6%) e equipamentos para escritório, informática e
comunicação (29,4%). Ainda assim, devido ao seu grande
peso no índice, o segmento de alimentos, bebidas e fumo,
com alta de 6,4% em 2007, respondeu por um terço da
evolução de todo o setor no ano passado.
Como reflexo do bom resultado, as empresas de atacado
e varejo listadas na Bovespa apresentaram um crescimento de
18% na receita operacional, acompanhado de um aumento
de 22,9% no lucro líquido, ambos já descontados da inflação.
Em 2008, dificilmente o comércio varejista conseguirá
repetir o crescimento obtido no ano passado. A massa salarial
deve crescer menos este ano, em função da própria metodologia
de reajuste do salário mínimo, e o crédito à pessoa física tende
a encarecer cada vez mais à medida que o governo aumenta a
taxa de juros básica da economia. A expectativa é do setor
fechar o ano com crescimento entre 5% e 7%, refletindo o
bom momento da economia brasileira.
Retail sales volumes rose by 9.6% in 2007 compared
to the 2006 figures, in the sharpest increase ever recorded
by the Monthly Retail Survey (PMC) since this series
was launched by the Brazilian Institute of Geography and
Statistics (IBGE) in 2001, topping the 9.3% recorded in
2004. However, the basis for comparison was low at that
time, after three slump years in the retail sector. The
2007 figures are even more significant as they reflect the
fourth consecutive rise in this annual index, with retail
sales up by 4.8% and 6.2% in 2005 and 2006 respectively.
Brazil’s retail sector also benefited from higher wages
and easier credit, with the most significant increases found
in the automotive segment (22.6%), and office
equipment, information technology and communications
(29.4%). Nevertheless, the weight in this Index of the
food, beverages and tobacco segment – which rose by
6.4% in 2007 – accounted for one third of the expansion
of the entire sector last year.
Buoyed by these impressive figures, wholesale and
retail companies listed on the São Paulo Stock Exchange
posted growth of 18% in operating incomes, in parallel
to a 22.9% upsurge in net profits, both already discounted
for inflation.
The retail sector is unlikely to repeat this performance
in 2008, as incomes will rise more modestly this year,
tied to the minimum wage restatement methodology, and
personal credit is becoming increasingly more expensive
as the Government ratchets up the basic interest rate.
Expectations for this sector indicate growth of 5% to 7%,
reflecting prosperous times for the Brazilian economy.
Atacado e Varejo / Wholesale and Retail
Ativo Total / Total assets
2006 (R$)
2007 (R$)
Variação % / variation %
21.480.165
24.750.230
10,30%
Passivo Circulante / Current liabilities
8.074.675
8.753.141
3,77%
Exigível Total / Total Indebtedness
13.323.629
16.080.447
15,54%
Patrimônio Líquido / Total equity
8.156.536
8.669.783
1,75%
Receita Líquida / Net revenues
27.223.249
32.819.151
15,41%
Lucro / Prejuízo / Profit / Loss
912.334
1.171.559
22,93%
67
Desempenho setorial
Sectorial performance
AGRICULTURA (AÇÚCAR, ÁLCOOL E CANA) / Agribusiness
Biocombustível impulsiona o setor
Sector driven by Biofuels
produção brasileira da agroindústria cresceu 5,0%
em 2007, resultado bem superior ao assinalado em
2006 (1,5%), segundo dados do IBGE. Essa
expansão foi puxada por um aumento de 4,9% dos setores
associados à agricultura (de maior peso na agroindústria), 2,8%
para a pecuária e 22,6% em fertilizantes e defensivos agrícolas,
em virtude do forte crescimento das safras de soja, cana-deaçúcar, milho e algodão.
A
The output of Brazil’s agribusiness sector grew 5.0%
in 2007, well above the 1.5% posted in 2006, according
to data released by the Brazilian Geography and Statistics
Bureau (IBGE). This expansion was fueled by a 4.9%
increase in agriculture-related sectors (with greater
significance for agribusiness); 2.8% for cattle ranching
and 22.6% for pesticides, reflected in bumper harvests of
soybeans, sugarcane, maize and cotton.
O bom desempenho da agricultura está relacionado à
combinação de safra “cheia”: sem quebras de continuidade e
alta produtividade; demanda em alta, puxada pelo consumo
chinês e maior utilização de biocombustíveis; além de elevado
patamar de preços. O clima propício e a utilização de adubos
foram dois fatores que contribuíram para o aumento da safra
em 2007. Conforme dados do Levantamento Sistemático da
Produção Agrícola (LSPA), a safra de 2007 foi de 133 milhões
de toneladas de grãos, resultado 13,7% superior ao de 2006
(117 milhões de toneladas), e 7% maior do que o recorde
registrado em 2003 (124,3 milhões de toneladas).
This impressive performance by the agricultural
sector was influenced by various factors, particularly full
farm cropping methodology with no gaps and high
productivity; surging demands driven by Chinese
consumption; rising use of biofuels; and high prices.
Good weather and the use of fertilizers helped boost
harvests in 2007, confirmed by data collated through the
Systematic Agricultural Output Survey (LSPA): 133.0
million tons of grains were harvested in 2007, 13.7%
more than in 2006 (117.0 million tons) and 7.0% higher
than the previous record of 124.3 million tons harvested
in 2003.
Algumas culturas foram favorecidas pelo interesse mundial
pelo etanol. Como foi o caso do milho, que se beneficiou da
redução das exportações norte-americanas que direcionou parte
de sua safra para a produção de biocombustíveis. No caso da
cana-de-açúcar, a produção foi impulsionada em função do
maior consumo interno em virtude do aumento da frota de
automóveis com motores a álcool. Na matriz energética
brasileira, pela primeira vez, o etanol superou a geração
hidrelétrica no balanço produtivo de 2007.
Para 2008, a demanda deve permanecer aquecida ainda
como reflexo do maior consumo, principalmente do mercado
chinês, mas a preocupação é ocorrer fuga de capitais dos fundos
de hedge dessas commodities.
Worldwide interest in fuel alcohol favored some crops
such as maize, benefiting from a drop in exports from the
USA, which earmarked part of its crop for ethanol
production. Sugarcane production was encouraged by
higher domestic consumption, pumped up by an expanding
automobile fleet fuelled by ethanol. For the first time,
ethanol outstripped hydro sources in the 2007 power
generation balance sheet analyzing Brazil’s Energy Matrix.
Although demands will certainly continue to rise
during 2008, spurred by higher consumption, especially
in China, there is some concern about capital flight from
hedge funds for these commodities.
Agricultura (Açúcar, Álcool e Cana) / Agribusiness
2006 (R$)
2007 (R$)
Variação % / variation %
6.538.558
8.618.996
26,19%
679.787
775.498
9,21%
Exigível Total / Total Indebtedness
3.277.057
3.878.673
13,31%
Patrimônio Líquido / Total equity
3.261.501
4.740.323
39,14%
Receita Líquida / Net revenues
2.512.618
2.779.253
5,89%
Lucro / Prejuízo / Profit / Loss
99.587
604.384
480,98%
Ativo Total / Total assets
Passivo Circulante / Current liabilities
68
ALIMENTOS / Foods
Custos elevados afetam produção
High Costs burden Production
A
produção de alimentos industrializados cresceu 2,5%
em 2007, de acordo com os dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), superior
aos 1,8% de 2006. O resultado refletiu o aumento dos preços
das commodities agrícolas, que comprometeu parte dos lucros
das empresas, mesmo com crescimento da receita. A indústria
foi pressionada pela alta do milho, da soja, do boi gordo, do
feijão, do trigo e do leite. A estiagem no primeiro semestre
afetou o pasto, pressionando os preços do leite e dos derivados
da carne. O preço do trigo subiu em função das restrições
impostas pela Argentina para exportar o produto. Ao longo
do ano passado as matérias-primas agropecuárias aumentaram
43%, enquanto o custo médio das embalagens subiu 11%.
According to data issued by the Brazilian Institute
of Geography and Statistics (IBGE), processed food
production rose by 2.5% in 2007, compared to 1.8% in
2006, reflecting higher prices for agricultural commodities
that undermined corporate earnings, despite rising
revenues. This sector is under pressure from price increases
for maize, soybeans, cattle, beans, wheat and milk,
particularly after droughts damaged grazing lands during
the first half of the year, pushing up dairy and beef costs,
while wheat prices were pumped up by export constraints
in Argentina. During the past year, the prices of
agricultural raw materials rose by 43%, with packaging
costs up by an average of 11%.
A Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação
(Abia) estima que o setor faturou em 2007 R$ 196,2 bilhões,
resultado 9,9% superior aos R$ 178,5 bilhões de 2006. As
vendas no mercado interno, impulsionado pelo aumento da
massa salarial, responderam por 75% da receita das empresas.
As exportações realizadas pelo setor totalizaram R$ 26,6 bilhões,
com alta de 17,5%. Os destaques da pauta de produtos
exportados foram carnes e suco de laranja, com crescimento
de 30,9% e 47,9%, respectivamente.
The Brazilian Association of Food Industries (ABIA)
estimates that the industry billed R$ 196.2 billion in 2007,
9.9% more than the R$ 178.5 billion posted in 2006.
Driven by higher wages, domestic sales accounted for 75%
of corporate earnings, with exports up 17.5% at R$ 26.6
billion, mainly beef and orange juice, which rose by 30.9%
and 47.9% respectively.
As empresas que têm ações cotadas na Bolsa de Valores de
São Paulo e que são as mais representativas do setor fecharam o
ano com um aumento real de 16,5% na receita líquida. O
lucro líquido no final do ano apresentou um crescimento
real de 12,7%, enquanto o patrimônio líquido obteve
um crescimento de incríveis 84,5%.
Para 2008, as perspectivas da Abia são animadoras. Os
técnicos apostam em um aumento na safra agrícola, o que
deve significar um crescimento entre 4,2% a 4,5% na produção
de alimentos industrializados.
Although the main companies in this sector listed
on the São Paulo Stock Exchange (BOVESPA) closed
the year with real revenue growth of 16.5% in net income.
The net profit at the end of the year showed a real
growth of 12.7%, as the shareholders’ equity reached a
stunning growth of 84.5%.
However, the outlook for 2008 is encouraging,
according to ABIA (Brazilian Association of Food
Industries), with better harvests that may well result in
4.2% to 4.5% increases in processed food production.
Alimentos / Foods
2006 (R$)
2007 (R$)
Variação % / variation %
Ativo Total / Total assets
23.854.117
33.080.011
32,76%
Passivo Circulante / Current liabilities
6.600.011
9.274.673
34,53%
Exigível Total / Total Indebtedness
17.149.492
20.155.991
12,51%
Patrimônio Líquido / Total equity
6.704.625
12.924.020
84,53%
Receita Líquida / Net revenues
24.399.323
29.689.548
16,49%
Lucro / Prejuízo / Profit / Loss
667.254
785.498
12,69%
69
Desempenho setorial
Sectorial performance
EXTRAÇÃO MINERAL / Mining
Produção menor em um ano atípico
Lower Output in an Atypical Year
A
indústria extrativa, representada principalmente pela
extração de petróleo e minério de ferro, apresentou
crescimento de 5,8% na produção física em 2007,
segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). O resultado foi menor que os 7,4% alcançados no
ano anterior. O setor teve um ano atípico, refletindo, sobretudo,
as paralisações técnicas para manutenção do setor de extração
petrolífera, ocorridas ao longo de 2007, o que garantiu um
resultado abaixo do esperado.
Working mainly with oil and iron ore, Brazil’s
extraction industry posted growth of 5.8% in output
during 2007, according to the Brazilian Institute of
Geography and Statistics (IBGE). Slipping below its 7.4%
for the previous year, this was an atypical period this sector,
undermined largely by lengthy maintenance downtimes
in the oil segment throughout 2007, which resulted in
figures falling below expectations.
As duas empresas mais representativas da indústria
extrativa são a Vale e a Petrobras, sendo que esta última está
classificada como Petróleo e Gás. A variação real de 48% no
lucro líquido do setor foi representada pelo resultado da Vale,
que responde por 95% dos lucros das nove empresas listadas
neste setor. A Vale ainda bateu seu próprio recorde de lucro e
reduziu sua dívida, pagando a última parcela de R$ 2 bilhões
pela compra da empresa canadense Inco, maior mineradora
de níquel do mundo. A queda de 4,8% no endividamento
total do setor se deveu a esta operação.
The two largest extraction companies in Brazil are
Vale do Rio Doce (mining) and Petrobras (oil and gas).
The current variation of 48% in net profits was due to
the figures presented by Vale, accounting for 95% of the
profits of the nine companies listed in this sector.
Additionally, Vale also posted record profits and reduced
its debt by paying off the final installment of the $ 2
billion purchase price for Canada’s Inco, which is the
world’s largest nickel mining corporation. As a result of
this transaction, the total debt held by this sector shrank
by 4.8% during the year.
A alta dos preços internacionais do minério de ferro e do
petróleo favoreceu o setor. As quantidades exportadas
aumentaram em 12%, e, a despeito da alta dos preços, o valor
das exportações em reais subiu menos, 8%, resultado explicado
pela apreciação da moeda nacional em relação ao dólar.
The increase in international iron ore and oil prices
benefited the industry, with export volumes up by 12%.
However, despite higher prices, export values in local
currency rose by less than 8%, due mainly to the
appreciation of the Brazilian Real against the US Dollar.
No início do ano, a Vale negociou um reajuste de 65%
para o minério de ferro exportado para a Ásia, que passou a
valer a partir do dia 1º de abril, e deve elevar bastante os valores
exportados em 2008. O minério de ferro é responsável por
70% dos embarques de commodities minerais do país. Estimase que esta alta nos preços aumente em R$ 10 bilhões o valor
das exportações brasileiras.
Earlier this year, Vale negotiated an adjustment of
65% for iron ore exported to Asia, effective from April 1
onwards, which will step up export values for 2008. With
iron ore accounting for 70% Brazilian mineral commodity
shipments, it is estimated that this price increase will boost
Brazil’s export values by $ 10 billion.
Extração Mineral / Mining
70
2006 (R$)
2007 (R$)
Variação % / variation %
Ativo Total / Total assets
103.097.821
122.676.572
13,91%
Passivo Circulante / Current liabilities
14.029.867
18.974.838
29,47%
Exigível Total / Total Indebtedness
62.733.854
62.403.568
-4,77%
Patrimônio Líquido / Total equity
40.363.967
60.273.004
42,95%
Receita Líquida / Net revenues
19.409.447
22.417.589
10,57%
Lucro / Prejuízo / Profit / Loss
13.614.145
21.047.536
48,00%
Desempenho setorial
Sectorial performance
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS / Machinery and Equipment
Investindo para garantir mais lucros
Investing for Higher Profits
O
setor de máquinas e equipamentos registrou um
aumento na produção de 17,7% em 2007, se
destacando como o setor que mais cresceu no ano,
bem acima dos 6,1% da indústria geral. O faturamento subiu
12,6% sobre 2006 e o consumo aparente apresentou uma
elevação significativa de 18,7%.
A Comissão de Valores Mobiliários agrega no mesmo
grupo máquinas, equipamentos, veículos e peças, sendo válida
a ressalva de que parte desse crescimento não está relacionada
à compra de bens de capital, mas sim de bens de consumo
durável. Os setores de máquinas e equipamentos e veículos
automotores responderam por 2,1 p.p. do crescimento total
de 5,1% nas vendas reais da indústria em 2007.
Este segmento, que conta com a participação de 33
empresas listadas na Bolsa de Valores de São Paulo, apresentou
um crescimento de 10,6% no lucro líquido ao longo do ano
passado, acompanhado de um aumento de 8,9% na receita
líquida. A importação de bens de capital avançou 39,9% em
2007, dos quais aproximadamente 85% foram aquisições de
bens com tecnologia similar ou até inferior aos produzidos no
país, provenientes, principalmente, dos países asiáticos.
Frente aos desafios de competitividade impostos pela
China, o Governo Federal adotou uma nova política industrial
em maio de 2008, que visa baratear o investimento e a produção
e ampliar as exportações do país. A chamada Política de
Desenvolvimento Produtivo estima desonerações da ordem
de R$ 21,4 bilhões entre 2008 e 2011. A indústria brasileira
de bens de capital deverá investir este ano R$ 9,3 bilhões,
volume 20% maior do que o verificado em 2007. O consumo
aparente de máquinas e equipamentos aumentou 40,1% no
primeiro trimestre deste ano, ratificando o aquecimento da
demanda também para 2008.
The machinery and equipment sector posted an
outstanding 17.7% increase in production in 2007, well
above the 6.1% for industry in general. Its revenues rose
12.6% over 2006, with a significant increase of 18.7% in
apparent consumption.
As the Brazilian Securities Commission (CVM)
clusters machinery, equipment, vehicles and parts together
in the same category, it must be stressed that some of this
growth relates to purchases of consumer durables rather
than capital goods. Just under half (2.1%) of the 5.1%
increase in real sales by this industry in 2007 was due to
sales in the machinery, equipment and vehicles sectors.
Encompassing 33 companies listed on the São Paulo
Stock Exchange, this sector posted 10.6% growth in net
profits during the past year, with an 8.9% increase in net
revenues. Imports of capital goods rose by 39.9% in 2007,
of which almost 85% were shipments (mainly from Asia)
of items with technologies similar or even inferior to those
made in Brazil.
Faced by challenging competition from China, the
Brazilian Government introduced a new industrial policy
in May 2008, which is designed to curb investment and
production costs in Brazil, while stepping up exports. This
Production Development Policy makes provision for tax
breaks of some R$ 21.4 billion between 2008 and 2011.
The capital goods sector will invest R$ 9.3 billion this
year - 20% more than in 2007. Apparent consumption
of machinery and equipment increased by 40.1% in the
first quarter of this year, confirming that demands will
continue to rise during 2008.
Máquinas e Equipamentos / Machinery and Equipments
72
2006 (R$)
2007 (R$)
Variação % / variation %
Ativo Total / Total assets
33.740.803
37.310.342
5,86%
Passivo Circulante / Current liabilities
11.893.533
13.354.589
7,49%
Exigível Total / Total Indebtedness
19.559.475
21.361.809
4,55%
Patrimônio Líquido / Total equity
14.181.328
15.948.533
7,66%
Receita Líquida / Net revenues
25.569.272
29.090.734
8,91%
Lucro / Prejuízo / Profit / Loss
1.729.932
1.997.885
10,56%
PAPEL E CELULOSE / Pulp and Paper
Investimentos e produção em alta
Upsurge in Investment and Output
A
companhando o bom desempenho da economia
brasileira e mundial, o setor de papel e celulose
encerrou 2007 com uma produção de 11,9 milhões
de toneladas de celulose e 8,96 milhões de toneladas de papel,
crescimentos respectivos de 6,6% e 2,8% em relação a 2006.
O mercado externo também contribuiu para esse resultado,
de modo que as vendas para outros países subiram 18,9%. A
demanda internacional permaneceu aquecida durante todo o
ano e, mesmo com o câmbio desfavorável, os preços se
sustentaram em patamares favoráveis no ano passado. O saldo
comercial fechou positivo em US$ 3,4 bilhões, aumento de
18,3% frente os US$ 2,8 bilhões de 2006.
Refletindo esse bom resultado, as empresas do setor com
ações negociadas na Bovespa apresentaram variações positivas
em todos os principais indicadores do balanço. Os maiores
destaques foram os aumentos de 9,3% do ativo total e de
6,7% do lucro líquido, na comparação com 2006 (valores
corrigidos para 2007 pelo IPCA).
Os fabricantes de papel e celulose investiram em 2007
US$ 1,9 bilhão em expansão da capacidade instalada,
sinalizando a aposta do setor na manutenção desse ritmo de
crescimento. Indústrias como Aracruz, Suzano e Klabin
expandiram suas capacidades de produção, buscando ganhar
participação de mercado e elevar seu volume exportado.
De acordo com levantamento da Associação Brasileira
de Celulose e Papel (Bracelpa), ainda são esperados
investimentos de mais US$ 1,97 bilhão no período de 2008 a
2009, somente com os projetos da Norske Skog, Votorantim
e International Paper. Para 2008, a Bracelpa estima uma
produção de 12,8 milhões de toneladas de celulose, um
aumento de 7,4% em relação a 2007, e de 9,2 milhões de
toneladas de papel, o que representa um crescimento de 3,2%.
Right in step with flourishing performances by the
Brazilian and global economies, the pulp and paper sector
closed 2007 with an output of 11.9 million tons of pulp
and 8.96 million tons of paper, up 6.6% and 2.8%
respectively over the 2006 figures. Foreign markets
contributed through an 18.9% increase in exports, with
international demands rising steadily throughout the year
and prices remaining high, despite unfavorable exchange
rates last year. Brazil’s balance of trade closed at US$ 3.4
billion in the black, up 18.3% over the US$ 2.8 billion
posted in 2006.
Responding to this positive context, companies in
this sector listed on the São Paulo Stock Exchange recorded
positive changes for all major balance sheet indicators,
particularly a 9.3% increase in total assets and 6.7% rise
in net profits, compared to 2006 figures, adjusted to 2007
by the Extended Consumer Price Index (IPCA).
Pulp and paper manufacturers allocated US$ 1.9
billion to expanding their installed capacity in 2007,
confirming an industry-wide commitment to maintaining
this growth. Companies such as Aracruz, Suzano and
Klabin expanded their production capacities, striving for
larger market shares and higher export volumes.
According to a survey conducted by the Brazilian
Pulp and Paper Association (BRACELPA), investments
of over US$ 1.97 billion are still expected between 2008
and 2009, allocated only to the Norske Skog, Votorantim
and International Paper projects. For 2008, this
Association foresees an output of 12.8 million tons of
pulp, up 7.4% compared to 2007, and 9.2 million tons
of paper, 3.2 % more than for the previous year.
Papel e Celulose / Pulp and Paper
Ativo Total / Total assets
2006 (R$)
2007 (R$)
Variação % / variation %
35.456.871
40.494.701
9,33%
Passivo Circulante / Current liabilities
4.243.417
4.564.884
2,98%
Exigível Total / Total Indebtedness
18.240.996
21.607.501
13,40%
Patrimônio Líquido / Total equity
17.215.875
18.887.200
5,02%
Receita Líquida / Net revenues
10.517.918
11.117.446
1,19%
Lucro / Prejuízo / Profit / Loss
2.732.578
3.045.405
6,69%
73
Desempenho setorial
Sectorial performance
PETRÓLEO E GÁS / Oil and Gas
Problemas técnicos afetaram o setor
Sector affected by technical problems
N
o segmento de refino de petróleo, a produção física
brasileira cresceu 3,1% em 2007, desempenho
estável quando comparado aos anos anteriores. O
setor teve um ano marcado pelas paralisações técnicas para
manutenção de plataformas ocorridas ao longo de 2007, o
que restringiu o resultado do setor, fechando abaixo do
esperado. Das sete empresas que formam o setor, a Petrobras
é a que responde por 97% do lucro líquido total. Assim, a
variação real negativa do lucro líquido de 20,5% da empresa,
em relação ao recorde obtido em 2006, puxou o resultado
do setor para baixo (-19,8%).
No final de 2007, a Petrobras registrou mais um recorde
diário de produção de óleo no Brasil. Foram 2 milhões e 238
mil barris, marca alcançada por poucas empresas em todo o
mundo. O recorde foi resultado da entrada em operação de
seis novas plataformas, que acrescentaram 590 mil barris de
óleo à capacidade instalada nos campos nacionais.
O aumento de produção no fim do ano passado e a fraca
base de comparação indicam resultados melhores em 2008.
Somente neste ano, os investimentos da Petrobras devem chegar
a R$ 48 bilhões para a expansão da cadeia produtiva nacional.
Serão 500 mil barris de óleo adicionados à capacidade de
produção e uma elevação de 15,5 milhões de metros cúbicos
de gás por dia. Somente o segmento de exploração e produção
responde por R$ 25,9 bilhões do total investido.
O aumento esperado da produção de petróleo exige, ao
mesmo tempo, um incremento proporcional da capacidade de
refinar o óleo extraído. Em 2008 serão investidos ainda R$ 14,3
bilhões no abastecimento, além de R$ 3,7 bilhões em projetos
de gasodutos. O impulso maior do setor deve ocorrer após a
inauguração do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro
(Comperj) e da Refinaria Abreu Lima, em Pernambuco.
In the oil refining segment, Brazil´s output rose by
3.1% in 2007, almost unchanged from previous years. This
year brought several rig operations to a halt for maintenance
overhauls, which lowered the figures for this sector, closing
the year below expected levels.
Among the seven companies in this sector, Petrobras
accounts for 97% of total net profits. Thus, the 20.5%
real negative variation in its net profits – compared to the
record posted in 2006 – brought down the results for this
sector (-19.8%).
In late 2007, Petrobras set yet another daily oil output
record for Brazil: 2,238,000 barrels, which is a level
achieved by few enterprises anywhere in the world. This
record reflects the start-up of operations by six new rigs
that added 590,000 barrels of oil to its installed capacity
in Brazilian oilfields.
This upsurge in output at the end of last year and the
weak comparison basis hint at better figures for 2008. This
year alone, the investments allocated by Petrobras to
expanding Brazil´s production chain will reach R$ 48
billion, with 500,000 barrels of oil added to its production
capacity, with an additional 15.5 million cubic meters of
gas per day. The exploration and production segment alone
is absorbing R$ 25.9 billion of the total investments.
The expected hike in oil output also requires a
proportional increase in refining capacities. In 2008, a further
R$ 14.3 billion will be invested in the supply side, in addition
to R$ 3.7 billion in gas pipeline projects. The main upswing
for this sector should appear after the inauguration of the
Rio de Janeiro Petrochemical Complex (COMPERJ) and
the Abreu Lima Refinery in Pernambuco State.
Petróleo e Gás / Oil and Gas
2006 (R$)
2007 (R$)
Ativo Total / Total assets
215.923.849
239.764.014
6,30%
Passivo Circulante / Current liabilities
49.300.531
49.260.495
-4,35%
Exigível Total / Total Indebtedness
115.050.500
119.757.971
-0,35%
Patrimônio Líquido / Total equity
100.873.349
120.006.043
13,89%
Receita Líquida / Net revenues
184.107.581
197.795.448
2,85%
Lucro / Prejuízo / Profit / Loss
26.506.441
22.203.585
-19,81%
74
Variação % / variation %
INDÚSTRIA TÊXTIL / Textiles
O efeito nefasto das importações
Detrimental effects of imports
dificuldade de manter a competitividade em relação
aos países asiáticos não tem favorecido o setor têxtil
e de vestuário no Brasil. Os baixos custos desses
produtos, associados a uma taxa de câmbio valorizada da moeda
nacional, incentivaram a importação, principalmente da China,
e desestimularam a produção interna.
A
Difficulties in maintaining a keen competitive edge
compared to the Asian nations have not favored Brazil’s
textiles and clothing sectors. The low prices of their products
– in parallel to high foreign exchange rates for the Brazilian
Real – have spurred imports, particularly from China, while
damping down domestic output.
O saldo comercial brasileiro dos produtos de têxtil e
vestuários segue em queda livre desde 2005, quando apresentou
um superávit de US$ 703 milhões. Já no ano seguinte o saldo
despencou para US$ 33 milhões negativos e, em 2007, chegou
a US$ -645 milhões. Os primeiros quatro meses de 2008
indicam um agravamento nesse quadro: o valor das
importações já soma cerca de 70% do total comprado do
exterior ao longo de todo ano passado, piorando ainda mais o
déficit comercial, que até abril foi de US$ 1,4 bilhão.
Brazil’s balance of trade for textiles and clothing has
been tumbling since 2005, when it posted a surplus of
US$ 703 million. The following year, it plunged to US$
33 million negative, plummeting even further in 2007 to
US$ -645 million. The first four months of 2008 indicate
that this situation is becoming even worse: import values
already total some 70% of all foreign purchases last year,
pumping up the trade deficit even more, which reached
US$ 1.4 billion by April.
Em 2006, preocupado com a repercussão das
importações asiáticas, o governo brasileiro fez um acordo com
o governo chinês, limitando o crescimento da importação de
oito categorias de têxteis. Quando o acordo foi criado, os
produtos envolvidos representavam 65% do que era
comercializado, e o teto de crescimento anual variava entre
8% e 25%. Atualmente, os itens discriminados representam
apenas 20% do que é comercializado entre o Brasil e a China,
e o setor luta pela prorrogação do acordo, que termina ao final
desse ano, e pela inclusão de novos produtos.
Worried about the repercussions of imports from Asia,
the Brazilian Government reached an agreement with the
Chinese authorities in 2006, curbing the growth of imports
in eight textile categories. When this pact was drawn up,
the products in question accounted for 65% of sales, with
an annual growth ceiling of 8% to 25% - but they now
reach only 20% of the trade flows between Brazil and China.
Meanwhile, this sector is battling to extend the agreement
before it expires at the end of this year, while calling for the
inclusion of new products.
Como reflexo, a produção nacional segue bastante
pressionada. Ainda assim, no ano de 2007 houve uma
recuperação da quantidade produzida. O setor têxtil obteve
um avanço de 3,8%, enquanto vestuários subiu 5,1%. Esse
crescimento é sustentado pelas vendas no mercado nacional,
que tiveram um aumento de 10,6% no comércio varejista no
ano passado.
As a result, Brazil’s textile and clothing sector is under
heavy pressure. Nevertheless, there was a recovery in the
quantities produced during 2007, up 3.8% for textiles and
5.1% for clothing. This growth is driven by sales on the
domestic market, which rose by 10.6% in the retail sector
last year.
Indústria Têxtil / Textiles
2006 (R$)
2007 (R$)
Variação % / variation %
Ativo Total / Total assets
11.975.934
12.198.921
-2,49%
Passivo Circulante / Current liabilities
2.330.255
2.519.368
3,50%
Exigível Total / Total Indebtedness
5.502.852
5.433.689
-5,47%
Patrimônio Líquido / Total equity
6.473.082
6.765.232
0,05%
Receita Líquida / Net revenues
6.519.373
6.718.779
-1,34%
Lucro / Prejuízo / Profit / Loss
125.278
232.433
77,61%
75
Desempenho setorial
Sectorial performance
CONSTRUÇÃO CIVIL / Civil Engineering
Vendas recordes e desempenho histórico
Record Sales and Best-Ever Performance
s indústrias fabricantes de materiais de construção
festejaram 2007 como o melhor ano das últimas
décadas. O motivo foi o aquecimento da construção
civil, segmento que respondeu por 85% das compras de
materiais no ano passado. O lucro líquido do setor teve um
crescimento real de 68,0%, graças à expansão do crédito – que
permitiu a aquisição de imóveis novos – e ao aumento da
renda da população – impulsionando o “consumo-formiga”.
A
Building materials manufacturers hailed 2007 as the
best year in decades, driven by a dynamic civil construction
sector that accounted for 85% of materials bought during
the year. The net profits posted by this sector showed
real growth of 68.0%, pumped up by expanding credit
that funded new property purchases, and higher incomes
among the population that fueled small-scale
consumption.
O ativo total das empresas aumentou 69,1% e o
endividamento total 52,8%, o que significa que estão se
capitalizando e planejando ampliar seus investimentos. Isso é
um sinal de que o setor acredita que a demanda continuará
aquecida nos próximos anos. A expansão do crédito imobiliário
aos consumidores se deveu ao marco regulatório proporcionado
pela Lei no 10.931 de 2004, que facilitou as execuções judiciais
em caso de inadimplência. A medida deixou os bancos mais à
vontade para conceder empréstimos imobiliários.
The total assets of these companies rose by 69.1%,
with total debt at 52.8%, which indicates that they are
capitalizing and planning to step up their investments.
These are signs that this sector believes demands will
continue to rise steadily over the next few years. The
expansion of property loans to consumers was
underpinned by the regulatory framework established in
2004 through Law Nº 10,931. Streamlining executions
through the Courts in case of default, this measure makes
banks more willing to grant loans on properties.
O aquecimento do setor e o bom momento que vivem
as bolsas levaram muitas empresas a abrir o capital. Em 2006,
nove empresas captaram no mercado R$ 5,8 bilhões. Já em
2007, 19 empresas conseguiram R$ 11,2 bilhões, sendo que
parte do capital veio do exterior: foram R$ 14 bilhões no
segmento, que entraram via bolsa ou foram aplicados
diretamente em compra de empresas e em participações
acionárias. Depois da China, o Brasil foi o país emergente que
mais recebeu investimento estrangeiro direcionado ao setor
imobiliário.
Os primeiros resultados de 2008 confirmam a expectativa
de continuidade no processo de expansão ao longo deste ano.
O volume de empréstimo no primeiro trimestre cresceu 88,5%
em relação ao mesmo período de 2007 e o ritmo de
lançamentos de novos empreendimentos segue acelerado.
The growth of this sector and the stock market boom
prompted many companies to go public, with nine IPOs
raising R$ 5.8 billion in 2006. In 2007, nineteen
companies brought in R$ 11.2 billion, particularly
through foreign capital; this segment reached R$ 14 billion
brought in through the stock market or allocated directly
to purchasing companies and stakes. Behind only China,
Brazil ranked second among the developing countries for
foreign investments in real estate.
The initial figures for 2008 confirm the expected
continuation of the expansion process this year. Loan
volumes rose by 88.5% during the first quarter compared
to the same period in 2007, with new property
development launches taking place at a rapid pace.
Construção civil / Civil engineering
76
2006 (R$)
2007 (R$)
Variação % / variation %
Ativo Total / Total assets
20.647.379
36.476.014
69,12%
Passivo Circulante / Current liabilities
3.715.691
5.303.490
36,64%
Exigível Total / Total Indebtedness
8.823.865
14.085.805
52,82%
Patrimônio Líquido / Total equity
11.823.514
22.390.209
81,28%
Receita Líquida / Net revenues
4.613.556
5.684.930
17,96%
Lucro / Prejuízo / Profit / Loss
1.201.735
2.109.590
68,05%
Desempenho setorial
Sectorial performance
PETROQUÍMICA E BORRACHA / Petrochemicals and Rubber
Setor cresce driblando custos
Sector grows through managing costs
atividade petroquímica brasileira costuma ter uma
correlação muito grande com o desempenho da
indústria. São poucos os produtos finais que não
utilizam essa matéria-prima. Entretanto, a forte concorrência
externa, sobretudo no segmento de produção de borracha, e o
aumento significativo nos custos dos insumos, como, por
exemplo, a nafta petroquímica, são potenciais problemas para
o desempenho do setor.
A
The activities of Brazil’s petrochemicals sector are
usually linked closely to industrial performance, as there
are few finished goods that do not include its products.
However, keen international competition, particularly in
the rubber segment, and significant increases in feedstock
costs, including petrochemical naphtha for example, are
potential problems that might damp down the performance
of this sector.
No acumulado de janeiro de 2007 a janeiro deste ano, o
preço da nafta (principal matéria-prima para as empresas
petroquímicas) aumentou 65% (em dólares). Atualmente, o
país consome cerca de 10 milhões de toneladas de nafta por
ano e importa, por meio da Petrobras, aproximadamente 3,5
milhões de toneladas da matéria-prima.
From January 2007 through to January this year, the
price of naphtha (the main raw material for petrochemical
enterprises) rose by an accumulated 65% in US dollars.
At the moment, Brazil consumes some ten million tons of
naphtha a year, and imports some 3.5 million tons of raw
materials through Petrobras.
Mesmo com a pressão dos custos, o mercado consumidor
permanece bastante aquecido, o que mantém boas perspectivas
para o setor. Em 2007, as empresas do setor listadas na Bovespa
registraram aumento em seus principais indicadores de balanço.
O patrimônio líquido deste grupo de empresas subiu, em
média, 18,7%; a receita líquida apresentou alta de 11,3%,
enquanto o lucro líquido se recuperou das quedas nos dois
anos anteriores com aumento de 193,6% em 2007 frente a
2006, puxado principalmente pelo resultado da Brasken.
Despite cost pressures, the consumer market remains
quite dynamic, offering good prospects for this sector. In
2007, petrochemical companies listed on the São Paulo
Stock Exchange posted increases in their main balance sheet
indicators. The net worth of this group of companies rose
by an average of 18.7%; net revenues rose by 11.3%, while
net profits recovered from tumbles during the previous two
years with an increase of 193.6% in 2007 compared to
2006, driven mainly by the performance of Braskem.
A tendência é que essa situação se prolongue por 2008.
A indústria automobilística, a de produtos eletroeletrônicos, a
da construção civil, enfim, os principais setores que utilizam
produtos petroquímicos estão caminhando muito bem,
sustentando a demanda e sinalizando a manutenção das
margens de lucro das empresas do setor. No setor de borracha,
o grande desafio é superar a concorrência externa,
principalmente da China e da Europa, cujos produtos podem
chegar ao país a um preço até 60% menor.
The trend is for this situation to extend throughout
2008. The auto-assembly industry, as well as electroelectronics, civil construction and the other major sectors
using petrochemical products are thriving, upholding
demand and indicating that the profit margins of companies
in this sector will continue. In the rubber sector, the main
challenge is to deal with foreign competition, mainly from
China and Europe, whose goods may arrive in Brazil at
prices up to 60% lower than their local counterparts.
Petroquímica e Borracha / Petrochemicals and rubber
Ativo Total / Total assets
78
2006 (R$)
2007 (R$)
Variação % / variation %
30.085.417
33.798.792
7,55%
2,49%
Passivo Circulante / Current liabilities
8.705.700
9.320.148
Exigível Total / Total Indebtedness
19.557.749
20.742.451
1,53%
Patrimônio Líquido / Total equity
10.527.668
13.056.341
18,72%
Receita Líquida / Net revenues
25.252.879
29.363.320
11,31%
Lucro / Prejuízo / Profit / Loss
554.173
1.699.989
193,66%
ENERGIA ELÉTRICA / Power
O melhor ano desta década
Best Year of this Decade
setor elétrico brasileiro acompanhou de perto o bom
desempenho da economia brasileira em 2007. De
acordo com os dados da Empresa de Pesquisa
Energética (EPE), do Ministério de Minas e Energia, o
consumo nacional de energia elétrica cresceu 5,4%, o mesmo
percentual registrado pelo Produto Interno Bruto (PIB). Este
foi o melhor resultado desde 1997, quando houve um
crescimento de 6,1% no consumo.
O
Brazil’s power sector stayed right in step with the
impressive performance of the nation’s economy
throughout 2007. According to data issued by the Energy
Research Enterprise (EPE) under the Ministry of Mines
and Energy, electricity consumption rose by 5.4%, in
parallel to the Gross Domestic Product (GDP). This was
the highest figure since the 6.1% upsurge in consumption
in 1997.
Esse desempenho se refletiu no resultado das empresas
do setor listadas na Bolsa de Valores de São Paulo, que fecharam
o exercício de 2007 com R$ 14,9 bilhões de lucro líquido, o
que significou um crescimento de 19,2% em relação ao
resultado obtido no mesmo período do ano anterior.
This performance was reflected in the earnings of
companies in this sector listed on the São Paulo Stock
Exchange, closing 2007 with net profits of R$ 14.9 billion,
up 19.2% compared to the figures for the same period
last year.
O setor de comércio e serviços manteve-se na dianteira do
crescimento da demanda de energia (6,6%), impulsionado pelo
aumento da atividade varejista e maior movimentação nos portos
e aeroportos. O consumo na classe residencial subiu 6% em
relação a 2006, destacando a recuperação lenta, porém sustentada,
do consumo médio neste segmento que, contudo, permanece
bem abaixo do nível anterior ao racionamento, em 2001. O
segmento industrial apresentou expansão de 5%.
The trade and services sector stayed a step ahead of
energy demands (6.6%), driven by increased retail activity
and busier ports and airports. Residential consumption
rose 6% over 2006, reflecting the slow but steady recovery
of average consumption in this segment, although still
well below pre-rationing levels in 2001. The industrial
sector posted growth of 5%.
O consumo de energia elétrica mostrou expansão em
todas as regiões ao longo do ano, destacando-se o CentroOeste e o Nordeste, que obtiveram crescimentos de 6,9% e
6,2%, respectivamente. A região Sudeste, que concentra 54%
do consumo nacional, também apresentou taxa de crescimento
expressiva: de 5%.
Para 2008, as previsões da EPE indicam que o consumo
deve atingir 396,5TWh, uma expansão de 5,2%, ritmo próximo
ao observado em 2007. Novamente com o comércio varejista
liderando o crescimento da demanda de energia elétrica.
Electricity consumption expanded in all regions
throughout the year, especially in the Center-West and
Northeast, up 6.9% and 6.2% respectively. With 54% of
domestic consumption, the Southeast also grew
significantly at 5%.
The EPE forecasts for 2008 indicate that
consumption should reach 396.5 TWh, up 5.2% and
close to the 2007 growth rate, still spearheaded by the
retail segment .
Energia elétrica / Power
Ativo Total / Total assets
2006 (R$)
2007 (R$)
267.456.517
274.792.908
Variação % / variation %
-1,64%
Passivo Circulante / Current liabilities
39.218.014
39.457.827
-3,68%
Exigível Total / Total Indebtedness
125.721.363
123.789.403
-5,74%
Patrimônio Líquido / Total equity
141.735.154
151.003.505
1,99%
Receita Líquida / Net revenues
73.752.913
78.811.650
2,30%
Lucro / Prejuízo / Profit / Loss
11.981.772
14.913.024
19,15%
79
Desempenho setorial
Sectorial performance
SANEAMENTO E SERVIÇOS DE ÁGUA E GÁS / Sanitation and Water and Gas Services
Investimentos impulsionam as empresas
Investments drive enterprises
A
s empresas do setor de saneamento básico ganharam
novos impulsos em 2007. O primeiro veio com o
lançamento do Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC). O segundo por meio da Lei no 11.455/
2007, que garantiu estabilidade jurídica para os contratos,
atualizando a última grande ação que ocorreu na área com o
Plano de Saneamento, criado no final da década de 1960.
A nova lei pretende criar estabilidade e segurança jurídica
para empresas privadas que investirem em saneamento no
Brasil. Ao mesmo tempo que tenta regulamentar o setor, o
governo também contribui aumentando os investimentos na
área, e, com isso, começa a criar as bases para universalizar os
serviços de água e esgoto no país. Essas novas medidas devem
funcionar como combustível para o país tentar resolver
problemas de uma área que sofre com escassez de recursos,
deficiência em gestão e está nas mãos de monopólios públicos.
Entretanto, um resultado mais significativo para as
empresas só deve ser verificado a partir deste ano, uma vez que
a maioria das obras programadas no PAC ainda não foi
concluída ou está com o cronograma atrasado. Ainda assim, o
resultado de 2007 foi positivo, puxado mais pela atual
conjuntura econômica do que pelo programa do governo.
Houve um aumento real de 4,4% na receita líquida das
empresas, acompanhado por um crescimento de 12,3% do
lucro líquido e a expansão de 2,0% do ativo total, dados que
superam a evolução recente do setor.
Para os próximos anos, uma quantidade grande de
recursos está prevista para o setor no país. São cerca de R$ 20
milhões projetados entre 2007 e 2010, dos quais mais de 80%
garantidos pelo governo federal. Contudo, até o final de 2007,
apenas 9,3% das obras haviam sido iniciadas e outros 35,3%
estavam em fase de licitação.
The companies in the basic sanitation sector flourished
in 2007, initially through the launch of the Accelerated
Growth Program (PAC). The next thrust came from Law
Nº 11,455/2007 which ensured juridical stability for
contracts, updating the last major action in this area: the
Sanitation Plan drawn up during the 1960s.
This new Law is intended to establish juridical security
and stability for private companies investing in sanitation in
Brazil. At the same time as it is attempting to regulate this
sector, the Government is also attracting investments to this
area, and is thus starting to lay the foundations for ensuring
universal access to water and sewage services nationwide.
These new measures should fuel Brazil’s attempts to resolve
difficulties in an area weakened by underfunding and poor
management, controlled by public monopolies.
However, more significant results for these companies
should begin to appear only from this year onwards, as most
of the programs planned under the Accelerated Growth
Program (PAC) have not yet been completed or are falling
behind schedule. Even so, the outcome was positive in 2007,
driven more by the current economic context than by this
Government Program. There was a real increase of 4.4% in
the net revenues of these companies, together with a 12.3%
increase in net profits and a 2.0% expansion of total assets,
outstripping the recent development of this sector.
Over the next few years, large amounts of funding have
been earmarked for this sector in Brazil, with some R$ 20
million planned for 2007 through to 2010, of which more
than 80% are guaranteed by the Brazilian Government.
However, by year-end 2007, only 9.3% of the projects had
begun, with a further 35.3% still in the bidding phase.
Saneamento e Serviços de Água e Gás / Sanitation and Water and Gas Services
Ativo Total / Total assets
80
2006 (R$)
2007 (R$)
Variação % / variation %
32.870.834
35.023.004
2,00%
Passivo Circulante / Current liabilities
4.538.261
5.085.664
7,28%
Exigível Total / Total Indebtedness
16.080.453
16.865.167
0,40%
Patrimônio Líquido / Total equity
16.790.381
18.157.837
3,53%
Receita Líquida / Net revenues
12.813.253
13.976.044
4,42%
Lucro / Prejuízo / Profit / Loss
1.837.146
2.154.780
12,28%
Desempenho setorial
Sectorial performance
SIDERURGIA E METALURGIA / Steel and Metallurgy
Recorde no consumo interno
Record domestic consumption
Brasil é hoje responsável por 50,5% de todo aço
produzido na América Latina e ocupa a nona
posição no ranking mundial. A siderurgia brasileira
terminou o ano de 2007 com recordes de produção, consumo
e vendas no mercado interno, conforme dados do Instituto
Brasileiro de Siderurgia (IBS). A produção física no país cresceu
6,8% no ano passado, graças à recuperação de um dos principais
alto-fornos da Companhia Siderúrgica Nacional, que afetou
o desempenho da empresa em 2006. No ano passado, a CSN
conseguiu se destacar entre as 26 empresas que compõem o
setor. Obteve um crescimento real de 139,6% no lucro, o que
a levou ao patamar da Usiminas e da Gerdau. Parte desse
desempenho resulta do efeito comparativo com o baixo
resultado de 2006, ainda assim o lucro líquido em 2007 foi
54,6% superior quando comparado com o de 2005.
O
Today, Brazil accounts for 50.5% of all steel produced
in Latin America, ranking ninth worldwide. The Brazilian
steel industry closed 2007 with record production,
consumption and sales figures on the domestic market,
according to data released by the Brazilian Steel Institute
(IBS). Its output rose by 6.8% last year, with the refitting
of one of the main blast furnaces at the Companhia
Siderúrgica Nacional (CSN) steel complex, which
undermined its performance in 2006. Last year, CSN
ranked high among the 26 companies in this sector, with
real growth of 139.6% in profits, bringing it up to the
same level as the Usiminas and Gerdau steel mills. Although
part of this growth is set against a somewhat lackluster
performance in 2006, its net profits for 2007 were 54.6%
higher than in 2005.
O crescimento da produção do setor em 2007 foi puxado
pela demanda interna, principalmente pela indústria
automobilística e o setor de construção civil. As exportações, no
entanto, caíram 12,7%, apesar da alta de 3,6% nos preços do
aço no mercado internacional. A demanda por aço cresceu 19%
no primeiro trimestre do ano, surpreendendo a indústria
siderúrgica nacional. As usinas esperavam um crescimento de
10%, no máximo, e para atender aos pedidos domésticos tiveram
que reduzir as exportações, e algumas tiveram de importar.
The upsurge in output by this sector in 2007 was driven
by domestic demands, mainly from the auto-assembly and
construction sectors. However, exports fell 12.7%, despite a
3.6% increase in steel prices on the international market.
Demands for steel rose by 19% during the first quarter of
the year, catching Brazil’s steel industry by surprise. Expecting
growth of no more than 10%, its steel mills had to cut back
on exports in order to fill domestic orders, with some of
them even being forced to import.
Segundos os técnicos do Instituto devem ocorrer, este
ano, aumentos nos preços do aço por conta da tendência de
alta nas matérias-primas, como minério de ferro, e dos fretes.
Dois grandes projetos de expansão, um em Minas Gerais e
outro no Espírito Santo, que entraram em operação no fim
do ano passado, adicionaram 4 milhões de aço bruto à
capacidade total de produção do setor, que chegou a 41,1
milhões de toneladas/ano.
According to the technical staff of the Institute, steel
prices should rise in the course of the year due to the uptrend
in raw materials (including iron ore) and freight rates. Two
massive expansion projects - one in Minas Gerais State and
the other in Espírito Santo State - that came on-stream late
last year added four million tons of raw steel to the total
annual production capacity of this sector, which reached 41.1
million tons.
Siderurgia e Metalurgia / Still and Metallurgy
82
2006 (R$)
2007 (R$)
Variação % / variation %
Ativo Total / Total assets
85.228.912
101.137.016
13,60%
Passivo Circulante / Current liabilities
11.266.323
13.358.998
13,51%
Exigível Total / Total Indebtedness
48.153.244
56.764.229
12,85%
Patrimônio Líquido / Total equity
37.075.668
44.372.787
14,57%
Receita Líquida / Net revenues
53.725.259
63.169.282
12,56%
Lucro / Prejuízo / Profit / Loss
9.462.292
12.094.896
22,36%
TELECOMUNICAÇÕES / Telecommunications
Processo de reestruturação avança
Restructuring process moves ahead
O
setor de telecomunicações vem apresentando
resultados positivos em seu processo de
reestruturação. Na telefonia fixa, por exemplo,
houve uma redução na taxa de crescimento na maioria das
empresas. A razão é o avanço da telefonia móvel, que vem
conquistando os clientes da telefonia fixa, que são atraídos
pelas vantagens oferecidas pelo sistema de banda larga para
acessar a internet.
Dessa forma, o que se observou ao longo de 2007 foi um
faturamento estável para as concessionárias fixas, mas em termos
reais, ocorreu um aumento de cerca de 3,6% nas receitas
líquidas do setor. Houve recuperação nas margens da telefonia
móvel, mas elas ainda estão baixas. O setor, de forma agregada,
acumulou ativos e registrou crescimento real de cerca de 1,8%
no patrimônio líquido consolidado. Já o lucro líquido aumentou
42% em relação ao resultado obtido em 2006.
Brazil’s telecommunications sector has been
progressing steadily with its restructuring process. For
example, the fixed telephony growth rates of most utilities
dropped, outweighed by the expansion of the mobile
segment that is drawing customers away from fixed
telephony facilities through the advantages offered by
broadband Internet access systems.
Thus, revenues remained stable throughout 2007 for
the fixed telephony concessionaires; in real terms, there
was an increase of 3.6%. Despite some recovery, margins
are still lean for the mobile segment. Overall, this sector
built up assets and posted real growth of around 1.8% of
its consolidated net worth, while net profits rose 42%
compared to the figures for 2006.
A boa notícia é que, diferentemente dos últimos quatro
anos, a tendência para 2008 é positiva para empresas de
telecomunicações brasileiras. A Anatel parece estar realmente
empenhada na revisão do Plano de Outorgas (PGO), que
estabelece as regras para a atuação das concessionárias de
telefonia fixa e abre espaço para uma ampliação nos níveis
de investimento e retorno esperado. A tendência para a
telefonia móvel é ainda melhor: os últimos dados divulgados
pela Anatel revelam o melhor desempenho do segmento
móvel em nove anos, tendo registrado 170% de alta – 2007
sobre 2006 – no indicador de incremento de novos clientes.
The good news is that, in contrast to the last four
years, the outlook for 2008 is upbeat for Brazil´s
telecommunications utilities.
The Brazilian
Telecommunications Industry Regulator (ANATEL) seems
to be firmly engaged in reviewing the Concessions Plan
that lays down the rules for the operations of the fixed
telephony concessionaires, making way for an upsurge in
investments with higher expected returns. The outlook
for the mobile telephony segment is even better, with the
latest data released by ANATEL disclosing the best-ever
performance by the mobile segment over the past nine years,
up 170% in 2007 compared to 2006 for the new customers
indicator.
As empresas de Telecom aguardam ainda definições da
Anatel sobre todos os processos de compra e venda de ativos
que estão ocorrendo no setor. Essas alterações darão um novo
desenho às telecomunicações brasileiras.
In general, Brazil’s telecoms are still awaiting definitions
from ANATEL on all the asset purchase and sale
transactions currently under way, as these changes will
certainly reshape its telecommunications sector.
Telecomunicações / Telecommunications
2006 (R$)
2007 (R$)
Variação % / variation %
Ativo Total / Total assets
110.651.271
116.915.085
1,15%
Passivo Circulante / Current liabilities
29.797.886
31.544.190
1,34%
Exigível Total / Total Indebtedness
55.536.921
58.326.000
0,54%
Patrimônio Líquido / Total equity
55.114.350
58.589.085
1,77%
Receita Líquida / Net revenues
71.975.828
77.904.343
3,62%
Lucro / Prejuízo / Profit / Loss
4.811.256
7.149.703
42,26%
83
Desempenho setorial
Sectorial performance
TRANSPORTE E LOGÍSTICA / Transport and Logistics
Perspectivas animadoras para o setor
Positive outlook for the sector
O
s conhecidos gargalos do Brasil em logística e a
necessidade de investimentos para sustentar o ritmo
de crescimento da economia garantem o bom
desempenho do setor de transporte nas bolsas de valores. Além
das concessionárias de rodovias, que devem se beneficiar do
aumento esperado no volume de cargas transportadas em
caminhões, os analistas chamam a atenção para as empresas
que oferecem serviços de transporte, armazenamento e controle
das mercadorias.
Existem cinco companhias desse segmento listadas na
Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa): a concessionária de
ferrovias ALL, a Log-In, que também oferece transporte por
navegação costeira, as operadoras de terminais de contêineres
Santos Brasil e Wilson Sons, além da Tegma, que atua na
gestão logística para a indústria automotiva.
O crescimento persistente do comércio exterior brasileiro,
sobretudo das importações no biênio 2007/08, sustenta a visão
positiva principalmente para o chamado “modal alternativo”,
como ferrovias e portos. A rentabilidade nesses segmentos é
bastante expressiva e pode aumentar caso o preço do petróleo
continue a subir, já que o impacto do aumento dos combustíveis
é menor no transporte ferroviário e costeiro.
Este ano, o setor estará sendo pautado pelo ritmo de
crescimento da economia brasileira e pelo desempenho dos
investimentos em infra-estrutura no âmbito do PAC. São
fatores que determinarão a trajetória dos custos das operações
logísticas no Brasil. Outro ponto importante é a expectativa
positiva para o desempenho da safra agrícola. Isso porque parte
dos ativos do setor são direcionados para escoamento da
produção no campo, que tendem a impulsionar os negócios
no setor. Os sinais são positivos e só mudam se ocorrerem
mudanças na trajetória do crescimento da economia brasileira.
Logistics bottlenecks and the need for investments
to underpin the pace of economic growth ensure a good
performance for the transportation sector on stock
exchanges. In addition to highway concessionaires that
are benefiting from expected increases in truck cargos,
analysts are also drawing attention to carriers offering
shipping, storage and control services for commodities.
There are five companies in this segment listed on
the São Paulo Stock Exchange: the ALL rail concessionaire;
Log-In, which also offers coastal shipping facilities, two
container terminal managers - Santos Brasil and Wilson
Sons; and Tegma, which specializes in logistics
management for the auto-assembly segment.
The steady growth in Brazil’s foreign trade,
particularly imports, during 2007 and 2008 buttresses
this positive outlook, especially for alternative modes of
transportation such as railroads and ports. The
profitability of these sectors is quite significant, and may
well increase if oil prices continue to rise, as the impact of
higher fuel costs are lighter for rail shipment and coastal
shipping.
This sector is currently keeping pace with the growth
of the Brazilian economy and investments in infrastructure
under the aegis of the Accelerated Growth Program (PAC).
These factors are shaping the performance of costs for
logistics operations in Brazil. Another important point is
the positive outlook for the nation’s harvests, as some of
the assets in this sector are earmarked for shipping out
produce, which will tend to pump up businesses in this
sector. The prospects are bright, dimming only if any
slowdowns occur in the growth of the Brazilian economy.
Transporte e Logística / Transport and Logistics
2006 (R$)
2007 (R$)
Variação % / variation %
27.981.740
36.786.768
25,85%
Passivo Circulante / Current liabilities
6.997.521
10.559.325
44,46%
Exigível Total / Total Indebtedness
21.915.105
27.234.939
18,97%
Patrimônio Líquido / Total equity
6.066.635
9.551.829
50,73%
Receita Líquida / Net revenues
19.565.421
22.056.630
7,92%
Lucro / Prejuízo / Profit / Loss
1.757.447
1.129.300
-38,49%
Ativo Total / Total assets
84
BANCOS / Banks
Expansão nas operações de crédito
Increase in credit operations
ano de 2007 para o setor bancário foi marcado pelo
expressivo ritmo de crescimento da carteira de
crédito no país, graças à queda de dois pontos
percentuais na taxa Selic e a demanda aquecida no mercado
interno. O volume de empréstimos dos bancos privados
aumentou 33% e do sistema financeiro nacional (incluindo
instituições públicas) subiu 27,8%. Tudo indica que este
desempenho pode não se repetir em 2008.
O
During 2007, Brazil´s banking sector was characterized
by the steady expansion of its credit portfolios, thanks to a 2%
drop in the SELIC basic interest rate and eager demands on
the domestic market. The volume of loans granted by private
banks rose by 33%, while that of the national financial system
(including public institutions) increased by 27.8%. However,
there are many indications that this performance may well
not be repeated in 2008.
O setor financeiro terá que conviver com aumento da
taxa Selic e com medidas regulatórias aplicadas pelo governo
federal. Entre elas estão a elevação do Imposto sobre Operações
Financeiras (IOF), da contribuição social e do recolhimento
de compulsório sobre as operações de leasing. A expectativa é
que a Selic alcance, ao final de 2008, o patamar de 13,5%.
The financial sector will have to live with an increase in
the SELIC basic income rate and the regulatory measures
imposed by the Brazilian Government, which include hikes
in the Financial Transactions Tax (IOF), as well as social security
dues and compulsory loans on leasing transactions. By yearend 2008, it is expected that the SELIC basic interest rate will
reach some 13.5%.
O aumento da taxa pode inibir a captação dos bancos.
No entanto, a expectativa para o setor é que as operações de
crédito continuem em expansão, impulsionadas pela obtenção
do grau de investimento pelo país conferido pela agência de
classificação de risco Standard & Poors. As operações de crédito
devem crescer nos segmentos de pequenas e médias empresas,
financiamento de veículos e no crédito consignado.
O cenário para o setor financeiro em 2008 pode ser
dividido em dois momentos: o primeiro reflete a dinâmica do
ano passado, com demanda crescente de crédito, e a oferta dos
bancos às pequenas e médias empresas, e, o segundo, a dúvida
em relação às expectativas dos consumidores e se eles irão seguir
tomando crédito no mesmo ritmo, a despeito do
encarecimento das taxas. Para este ano, a expectativa é que
haja um aumento de 15% no volume de crédito – metade do
volume de 2007 – e redução na rentabilidade das instituições
financeiras, que, no ano passado, apresentaram alta de 25,3%
no lucro líquido.
Although this increase may well hamper funding uptakes
by banks, it is expected that their credit transactions will
continue to expand, driven by Brazil´s newly-acquired
investment level ranking awarded by the Standard & Poor’s
rating agency. Credit transactions should grow among small
and medium businesses, as well as vehicle financing and payrolldeductible loans.
The outlook for the financial sector in 2008 may be
divided into two sections: the first reflects last year´s dynamics,
with rising demands for credit, and offers from banks to small
to medium businesses. The other reflects doubts about
consumer expectations and whether they will continue to take
out loans at the same pace, despite higher interest rates. For
the current year, a 15% increase is expected in credit volumes
– half that noted in 2007, with a drop in the profitability of
financial institutions, which posted a 25.3% increase in net
profits last year.
Bancos / Banks
2006 (R$)
2007 (R$)
Variação % / variation %
Ativo Total / Total assets
926.594.582
1.172.933.966
21,18%
Passivo Circulante / Current liabilities
559.578.590
751.567.872
28,58%
Exigível Total / Total Indebtedness
823.383.273
1.043.969.260
21,38%
Patrimônio Líquido / Total equity
103.211.309
128.964.706
19,62%
Receita Líquida / Net revenues
122.209.701
138.259.690
8,30%
Lucro / Prejuízo / Profit / Loss
22.701.891
29.712.541
25,29%
85
Desempenho setorial
Sectorial performance
SEGUROS / Insurance
Indústria cresce em todos os ramos
Expansion in all fields
mercado segurador brasileiro tem sido um dos
maiores beneficiados pelo atual ciclo de crescimento
brasileiro. Dos tradicionais planos de proteção à vida
aos seguros para eletrodomésticos, a maioria dos produtos cresce
a uma taxa anual expressiva. Esse desempenho se constata nos
resultados alcançados no ano passado pelas empresas listadas
na Bolsa de Valores de São Paulo. O ativo total das seguradoras
teve um crescimento real de 43%, expansão que foi quase
toda incorporada ao patrimônio líquido, que teve um aumento
de 84,9% em relação ao de 2006. O lucro líquido das empresas
registrou um aumento real de 66,2%.
O
Brazil’s insurance market is among the major
beneficiaries of the current growth cycle, with most of its
products expanding at significant annual rates, from
traditional life assurance through to coverage for household
appliances. This performance is clearly apparent in the
figures posted last year by companies listed on the São Paulo
Stock Exchange: the total assets held by insurance
companies posted real growth of 43%, with this expansion
almost completely absorbed into their net worth, up 84.9%
compared to 2006. Their net profits posted a real increase
of 66.2%.
O grande motor dessa expansão do mercado segurador
é a escalada da renda e do crédito no país, influenciando o
crescimento da atividade econômica e das vendas. Com o boom
da construção civil, os seguros de riscos de engenharia ganharam
muito mais espaço. Produtos que oferecem segurança total à
obra estão entrando no mercado com grandes perspectivas.
Assim como no caso do seguro de engenharia, o mercado
segurador de bens duráveis cresce no embalo do maior crédito
na praça. No ano passado, os planos batizados de garantia
estendida aumentaram mais de 350%.
The driving forces behind this expansion of the
insurance market consist higher incomes and easier credit,
spurring economic activities and sales. With a boom in the
civil construction segment, engineering risks policies have
become far more important, with products offering full
project coverage moving onto the market with great prospects.
Similar to engineering insurance, the market seeking coverage
for durable goods kept pace with ballooning credit. Last
year, extended guarantee plans rose by more than 350%.
Também nas categorias que já batiam recordes, o
desempenho continua a todo vapor. Na área de previdência
complementar, o VGBL somou um volume de prêmios
32% maior em 2007, e, no primeiro trimestre de 2008,
o montante cresceu 36,7% contra igual período do ano anterior.
Ou seja, são expansões robustas em cima de bases já elevadas.
Even categories that have already set new records
continued to flourish. In the supplementary pensions area,
VGBL plans posted a 32% increase in premiums, compared
to 2007, with this amount rising 36.7% during the first
quarter of 2008, compared to the same period the previous
year, demonstrating robust expansion of bases that are
already high.
Em 2008, uma importante mudança em curso deve
manter o gás do setor: a abertura do mercado de resseguros no
Brasil foi um passo fundamental para o futuro crescimento da
indústria seguradora no país.
In 2008, an important change is already under way
that will keep this sector expanding at a steady pace: the
deregulation of Brazil’s reinsurance market is a crucial step
for the future growth of its insurance industry.
Seguros / Insurance
86
2006 (R$)
2007 (R$)
Variação % / variation %
Ativo Total / Total assets
5.839.216
8.760.751
43,63%
Passivo Circulante / Current liabilities
1.881.448
2.152.227
9,51%
Exigível Total / Total Indebtedness
2.846.362
2.979.601
0,21%
Patrimônio Líquido / Total equity
2.992.854
5.781.150
84,92%
Receita Líquida / Net revenues
465
23.253
4687,14%
Lucro / Prejuízo / Profit / Loss
600.770
1.042.868
66,18%
Incentivo às boas práticas de
governança corporativa
O Conselho do Anuário Estatístico, baseado no princípio de adequar a
cada ano a linha editorial da publicação às exigências e mudanças do mercado,
decidiu lançar o Prêmio Abrasca de Criação de Valor. Para isso foi desenvolvida
uma metodologia, inédita no Brasil, para distinguir as companhias que obtiveram
o maior índice de criação de valor, sustentabilidade, controle de risco,
transparência e atuação social. O objetivo é incentivar as boas práticas de
governança corporativa, princípio defendido pela Abrasca e postura exigida
das empresas pelo mercado. Nesta primeira edição, o Prêmio Abrasca de Criação
de Valor foi conquistado pela Drogasil, que além de criar valor se destacou pela
excelente política de governança. Os destaques setoriais foram concedidos para
as seguintes companhias: Bradesco, Copasa, Eletropaulo, Gerdau, IochpeMaxion, Perdigão, Votarantim Celulose e Papel, Oi e Vale.
Based on the principle of adapting the editorial line of each year’s
publication to market changes and demands, the Statistical Yearbook Board
decided to launch the ABRASCA Value Creation Prize. The first of its kind
in Brazil, a methodology was developed for this purpose that pays tribute to
companies with the highest scores for value creation, sustainability, risk control,
transparency and outreach activities. The intention is to encourage good
corporative governance practices, which is a principle supported by
ABRASCA and a stance required of companies by the market. In this first
edition, the ABRASCA Value Creation Prize was awarded to the Drogasil
drug-store chain for its excellent governance policy, in addition to outstanding
value creation. The Sector Highlight Awards were granted to the following
companies: Bradesco, Copasa, Eletropaulo, Gerdau, Iochpe-Maxion,
Perdigão, Votarantim Celulose e Papel, Oi and Vale.
Encourages good corporative
governance practices
88
Prêmio Abrasca de Criação de Valor
Abrasca Value Creation Prize
CONSIDERAÇÕES METODOLÓGICAS / Comments on the methodology
Prêmio Abrasca de Criação de Valor
Abrasca Value Creation Prize
AlexandreFischer, GRC VISÃO, Gestão de Risco e Cenários
O
início da década de 1990 marcou o despertar das
empresas para a importância da geração de valor aos
acionistas. Para alinhar os executivos a este novo
objetivo, muitas companhias passaram a remunerar seus
diretores – em alguns casos até gerentes – com ações ou opções
de ações. A idéia era sintonizar as práticas diárias da empresa
com os interesses dos acionistas e com isso elevar a criação de
valor àqueles que investiam na companhia. Ou seja, fortalecer
junto ao grupo de gestão a visão de participação naqueles
resultados que criam valor, fazendo com que os gestores se
sentissem e agissem como proprietários.
During the early 1990s, companies became more aware
of the importance of generating value for their shareholders.
In order to line their executives up with this new goal, many
companies began to reward their directors – and in some
case even their managers – with shares or stock options. The
idea was to align daily corporate practices with the interests
of the shareholders, thus creating more value for people
investing in the company. In other words, this meant
strengthening the views in the management group of sharing
in the results that create value, with managers feeling and
acting like owners.
Contudo, a experiência internacional demonstrou que a
ampla distribuição de ações/opções foi incapaz de promover
um comportamento favorável à geração sustentável de valor.
Sua concepção continha forte elemento de estímulo à
valorização das posições acionárias em curto prazo. A curta
carência (vesting period) para exercício das opções, aliada à noção
de que o lucro no curto prazo turbina a cotação dos papéis,
levou alguns executivos a “gerenciar o lucro”, exercendo cedo
suas opções e ganhando de modo oportunista. Outra prática
comum foi a de encurtar a carência de opções de um presidente
However, generous hand-outs of shares and stock
options proved inadequate for encouraging behavior that
fostered value generation. This concept was instead grounded
solidly on boosting the value of stock positions over the short
term. The vesting period for exercising the options, together
with the idea that short-term profits would pump up stock
prices, prompted many executives to “manage the profits”,
exercising their options rapidly to bring in opportunistic gains.
Another common practice was to shorten the vesting period
for the stock options granted to a CEO on the verge of
PRÊMIO ABRASCA DE CRIAÇÃO DE VALOR
COORDENADOR / Coordinator
Eduardo Lucano da Ponte
APOIO INSTITUCIONAL E COMITÊ DE
PREMIAÇÃO / Awards Committee
Abrapp – Devanir da Silva
Abrasca – Antonio D. C. Castro
Abrasca – Alfried Plöger
Amec – Edison Garcia
Anbid – Alberto Jorge Kiraly
Ancor – Sérgio Machado
Andima – Julio Cézar Miranda da Silva
Anefac – Carlos Roberto Matavelli
Apimec – Maria Cecilia Rossi
BM&FBOVESPA – João Batista Fraga
IBGC – Carlos Brandão
Ibracon – Marco Aurélio Fuchida
INI – Théo Rodrigues
ABRASCA VALUE CREATION PRIZE
COMISSÃO ORGANIZADORA / Organizing Committee
Alexandre Fischer
Antonio D. C. Castro
Carlos Alexandre Lobo e Silva
Eduardo Lucano da Ponte
Julio Cézar Miranda da Silva
Desenvolvimento da metodologia para o mercado brasileiro
Development of the methodology for the Brazilian market
GRC VISÃO, Gestão de Risco e Cenários
Pesquisa e validação de dados / Executive Secretary
Romina Lacerda
Empresa responsável pela revisão e acompanhamento do
prêmio / Auditors overseeing the awards
89
Prêmio Abrasca de Criação de Valor
Abrasca Value Creation Prize
CONSIDERAÇÕES METODOLÓGICAS / Comments on the methodology
em vias de aposentadoria, o que se tornou um combustível
adicional à ênfase no desempenho no curto prazo.
retirement, adding fuel to the flames spurring short-term
performance.
No Brasil, a questão teve uma vertente ainda mais distorcida:
o excessivo ônus fiscal e parafiscal imposto à economia formal
acaba por adicionar à política de participação nos resultados um
ingrediente tributário/fiscal e de encargos trabalhistas, que agrava
a gestão no curto prazo.
In Brazil, this approach gained an even more skewed
aspect: heavy tax and para-fiscal burdens imposed on the formal
economy turned profit-sharing policies into an efficient tax
planning and labor charges tool, spurring short-term
management even more.
Naturalmente, esses problemas foram ignorados durante
boa parte da década de 1990, e a governança corporativa
apresentou algumas deficiências, em certos casos.
These flaws were naturally ignored during much of the
1990s, with corporate governance edged into the background.
THE START OF A NEW PHASE
O COMEÇO DE UMA NOVA FASE
No novo milênio, após alguns escândalos contábeis e crises
financeiras, o clima mudou bastante. A natural queda da confiança do público no sistema gerou uma resposta regulatória – e
auto-regulatória – imediata. Nos Estados Unidos, o destaque
foi a implantação, em 2002, da lei Sarbanes-Oxley (SOX), que
exige a adoção de controles internos rigorosos por empresas e
torna os seus dirigentes diretamente responsáveis pela exatidão
dos dados financeiros. No Brasil, o movimento foi acompanhado
pela aprovação da reforma da Lei de Sociedades por Ações,
expressa pela Lei nº 10.303/01. Sua última alteração, em 28 de
dezembro de 2007, inclusive trouxe modernização e
harmonização da lei societária em vigor e transparência aos
balanços financeiros, seguindo padrões internacionais.
In the new millennium, after a worldwide flurry of
accounting scandals and financial crises, the situation changed
considerably. The natural drop in public confidence in the
system triggered an immediate regulatory – and self-regulatory
– response. In the USA, the main step was the promulgation
of the Sarbanes-Oxley (SOX) Act in 2002, which required
companies to implement stringent in-house controls, making
their officers directly responsible for the accuracy of the financial
data. In Brazil, this trend was accompanied by the approval of
a reworded Corporations Act, expressed through Law Nº
10,303/01. Its latest alteration, dated December 28, 2007,
modernizes and harmonizes its clauses, with greater
transparency for financial balance sheets, complying with
international standards.
É expressivo também o movimento de auto-regulação
que vem sendo capitaneado pelas associações de classe e
instituições da sociedade civil organizada. Porém, o foco no
desempenho no curto prazo persiste.
The self-regulation trend is also significant, headed up
by professional associations and institutions in organized civil
society. However, the focus on short-term performance
persists.
Há algum tempo o administrador financeiro vem
perseguindo o conceito de criar valor para o acionista. É
crescente o número de profissionais de empresas e do mercado
financeiro que são avaliados por esse “termômetro”. Cria-se
valor para o acionista toda vez que a decisão produz
rentabilidade superior ao custo de capital do acionista.
For quite some time, financial administrators have been
pursuing the idea of creating value for shareholders. A rising
number of practitioners working for companies and on the
financial market are being assessed by this “thermometer”.
Value is created for the shareholders whenever a decision
produces profitability higher than the capital cost to the
shareholder.
O custo de capital do acionista reflete a remuneração
mínima que ele deseja ter para investir na empresa. Um dos
pressupostos de uma alocação racional de recursos é que, no
momento da alocação, o retorno esperado para um dado ativo
seja superior ao custo de oportunidade do capital somado a um
retorno adicional, tão expressivo quanto maior for a probabilidade
percebida pelo investidor de que ocorra perda no valor do ativo.
Em um mercado financeiro completo, existem oportunidades
de investimento que têm risco semelhante. Assim, o acionista
deseja ter uma expectativa de retorno pelo menos igual à oferecida
por oportunidades de investimento de risco semelhante,
existentes no mercado financeiro.
90
The capital cost to the shareholder reflects the minimum
remuneration that is required for investing money in the
company. One of the basic assumptions guiding the rational
allocation of funds is that, at the time of placement, the expected
payback for a specific asset exceeds the opportunity cost of the
capital plus an additional return, proportional to the probability
perceived by the investor of a drop in the asset value. On a full
financial market, there are investment opportunities with
similar risks. Consequently, shareholders seek expected returns
that are at least equal to those offered by investment
opportunities with similar risks on the financial market.
Portanto, reduzir a volatilidade do ativo – reduzindo a
classe de risco na qual se encontra o ativo – reduz também o
nível de exigência do acionista, elevando, por diferença, o valor
criado pelos gestores no período.
Consequently, reducing asset volatility – lowering the
risk rating of the asset – also lessens the level of shareholder
demands, boosting the value created by the managers during
the period, by the difference.
Quanto maior for o risco percebido maior será a
necessidade de contingenciar recursos. Risco é contingência.
Dois aspectos do risco como contingência merecem ser
ressaltados: a noção de futuro e a idéia de um leque de possibilidades. Não existe risco passado. Portanto, analisar riscos é
estudar possibilidades – CENÁRIOS – possíveis para um dado
evento em análise. O espectro de opções definido por cada
cenário torna o futuro contingente e um bom ferramental de
análise de cenários pode auxiliar na precificação das
contingências futuras pré-detectadas.
The higher the perceived risk, the greater the need to set
aside contingency funding. Risk is contingency. Two aspects of
risk as contingency must be stressed: the concept of the future
and the idea of a range of possibilities. There is no such thing as
past risk. Thus, analyzing risks means studying possibilities –
SCENARIOS – that might occur for a given event under
analysis. The range of options defined for each scenario makes
the future contingent, and a good set of scenario analysis tools
can help with the pricing of pre-detected future contingencies.
Construir cenários eleva o nível de informação existente
sobre o futuro e novas informações alteram as probabilidades
que compõem a curva de contingências ou riscos possíveis de
um evento. Mais ainda: a natureza de toda eventualidade é
probabilística, sendo que a mensuração desse custo deve,
portanto, sair do campo aleatório e determinístico e migrar
para o campo das probabilidades. Isso determina probabilidades
para o futuro – construindo cenários prováveis – e mensurar os
custos das perdas ou danos decorrentes de cada um desses cenários
são esforços que devem ser feitos pelo gestor sensato,
independentemente dele ser propenso ou avesso ao risco.
Building up scenarios raises the level of information on
the future, with new information altering the probabilities
constituting the possible risks or contingencies curve of an
event. Furthermore: the nature of all eventualities is
probabilistic, meaning that the measurement of these costs
must consequently move away from the random and
deterministic field into the field of probabilities. This
determines the probabilities for the future – building up
probable scenarios – and measuring the costs of losses or
damages arising from each of these scenarios are tasks that
must be performed by the prudent manager, regardless of
whether he favors or flees the risk.
Embora paradoxal, as decisões financeiras nem sempre
são baseadas em avaliações probabilísticas. Os gestores avaliam
o risco apenas por sua relação direta com o retorno; como
maiores riscos estão associados às mais altas expectativas de
retorno, muitos gestores erram, simplesmente, por aceitarem
contingências quase inteiramente aleatórias.
Although paradoxical, financial decisions are not always
based on probabilistic assessments. Managers assess risks only
through their direct relationships to returns; as higher risks are
associated with higher expected paybacks, many managers err
merely through accepting contingencies that are almost
completely random.
UMA METODOLOGIA QUE VALORIZA O ATIVO
E SUA TRAJETÓRIA
A METHODOLOGY THAT ASSESSES THE ASSET
AND ITS TRAJECTORY
Por essa razão, para construir uma classificação
quantitativa – segundo grau de criação de valor das companhias
abertas listadas na Bovespa – a GRC VISÃO buscou uma
metodologia que “cobre” do corpo executivo da companhia
uma postura não só de valorização dos ativos dos acionistas,
mas também de consistência na trajetória dos preços dos papéis.
Assim, buscamos adaptar para o mercado brasileiro a
metodologia do professor Pablo Fernández, da Universidade
de Navarra, na Espanha1.
This is why, in order to build up a quantitative rating –
by the levels of creating value demonstrated by companies
listed on the São Paulo Stock Exchange – GRC VISÃO
sought a methodology that “requires” the executive staff of
the company to adopt a stance that not only enhances the
value of the assets held by the shareholders, but also ensures
steady progress in the prices of the related papers. We thus
decided to adapt for the Brazilian market the methodology
developed by Professor Pablo Fernández at the University of
Navarre in Spain. 1
Consideramos que os mercados, quando transparentes,
representam a mais poderosa ferramenta de redução de
incertezas, uma vez que acumulam distintos sinais de preços,
passíveis de captação e precificação pelos agentes econômicos.
1
Fernández, Pablo, paper “A Definition of Shareholder Value Creation”, janeiro de 2002.
We feel that, when transparent, markets represent the
most powerful tool for reducing uncertainties, as they present
distinct price indications that can be absorbed and evaluated
1
Fernández, Pablo, paper entitled: “A Definition of Shareholder Value Creation”, January 2002.
91
Prêmio Abrasca de Criação de Valor
Abrasca Value Creation Prize
CONSIDERAÇÕES METODOLÓGICAS / Comments on the methodology
A metodologia desenvolvida para mensuração da criação de
valor ao acionista utiliza apenas parâmetros de mercado,
garantindo a transparência da apuração dos resultados.
by economic agents. The methodology developed to measure
shareholder value creation uses only market parameters,
ensuring transparent calculations of the results.
O cômputo da criação de valor utiliza, inicialmente, a
variação da posição de capitalização de mercado da empresa
(market capitalization) ao longo do ano de referência. Na
seqüência, computa pagamentos diversos a acionistas e aportes
de capital para chegar ao cálculo do valor adicionado. Os dados
referentes à capitalização de mercado e dos recursos destinados
aos acionistas ou deles originado são publicados pela Bovespa.
Por último é calculado o retorno requerido por ação inerente
às características de risco do ativo – somatório entre o custo de
oportunidade do capital e o risco embutido no investimento.
Calculating value creation initially uses the variation in the
market capitalization position of the company during the year in
question. Assorted payments to shareholders and capital inflows
are then expunged, in order to calculate the net amount received
per share. The data on market capitalization and corporate
relations are published by the São Paulo Stock Exchange. Finally,
the required return per share is calculated, inherent to the asset
risk characteristics; the sum of the opportunity cost of the capital
and the risk built into the investment.
Para cômputo do risco do papel utilizamos o coeficiente
beta da empresa – calculado sobre sua ação mais líquida – dentro
de um intervalo de tempo de cinco anos, o que impõe a necessidade
de manter iniciativas para a criação de valor e redução nas oscilações
das cotações das ações, com foco no médio/longo prazo.
A criação de valor é a diferença entre o valor adicionado
e o retorno requerido.
Portanto, a metodologia utilizada privilegia ações de
governança corporativa orientada para a criação de valor, onde
se destacam as companhias dotadas de um modelo de negócios
sólidos e bem executados e que atingem seu objetivo final,
qual seja, a geração de valor.
OBJETIVOS E DIRETRIZES DO PRÊMIO
O escopo básico da metodologia mencionada é medir a
criação de valor de forma objetiva. Entretanto, nos longos
debates desenvolvidos nas comissões técnicas da Abrasca, ficou
claro que nada significa um belo número, se ele for produzido
por circunstâncias felizes, porém fortuitas. Assim, o
Regulamento do Prêmio é claro no sentido de que ele deve ser
concedido à “companhia aberta que representar o melhor
modelo de criação de valor durante um ano.”
Os dados quantitativos permitem identificar as
companhias com os mais elevados percentuais de criação de
valor em relação a seu market value no início do período, que
são as finalistas. A partir daí, são consultados analistas de
investimentos que acompanhem a empresa para obter suas
avaliações sobre o trabalho que ela desenvolve em áreas-chave.
E, finalmente, todas as informações sobre as finalistas são
submetidas, para escolha da companhias laureada, ao Comitê
de Premiação, que reúne representantes de entidades de todos
os segmentos do mercado em votação soberana, livre e aberta.
Embora iniciativa da Abrasca, acaba sendo um prêmio
concedido pelo mercado como um todo.
92
In order to calculate the paper risk, we use the corporate
beta coefficient – calculated on the most liquid share – over a
five-year time-frame, which means that actions the required
that create value and even out price swings for company shares
over the medium and long terms.
Thus, the methodology used rewards corporate
governance activities slanted towards creating value, showcasing
companies endowed with solid and well-run business models
that attain their final goal: generating value.
PRIZE PURPOSES AND GUIDELINES
The basic focus of the award methodology is to construct a
quantitative path to measure value creation. Meanwhile, the analysis
of Abrasca’ s technical committees is that a good number is not
enough if it is produced by happy but exogenous circumstances.
The statutory terms of Abrasca’ s Value Creation Award is clear
in the sense that it should be granted to “public company that
represent the best value creating model along the year”.
Quantitatives figures allow identify companies with the
highest percentage of value creation based on its market value at
the beginning of the analyzed period, which are the finalists.
After that, independent investment analysts who monitor the
company are consulted to get their assessments on developed
work in specific key areas; a qualitative view. And finally, all
information about the finalists are submitted to Value Creation
Awards Committee, which is composed by open market most
representative entities for a sovereign vote, in a free and open election.
ThThis Prize also enhances the institutional image of
ABRASCA, publicly affirming its alignment with the interests
of shareholders and stakeholders, namely: value creation.
Through this publication, ABRASCA also strives to
enhance the image of the Listed Companies Statistical
Yearbook, whose contents are rich in data and analyses that
confirm the leading roles played by listed companies in the
Brazilian economy.
O Prêmio busca também fortalecer a imagem institucional
da Abrasca, registrar publicamente o alinhamento da associação
com o interesse dos acionistas e stakeholders, qual seja: a criação de
valor. Além disso, procura projetar a imagem do Anuário
Estatístico das Companhias Abertas, cujo conteúdo é rico em
dados e análises comprobatórias do grande peso das companhias
abertas na economia brasileira.
Para obter o valor criado do acionista, vamos definir
primeiramente o que seria o valor de mercado do aumento do
PL (patrimônio líquido), o valor adicionado e retorno requerido
do PL, conforme o diagrama a seguir:
This Prize also strive to measure which companies have
posted growth higher than the returns required by their
shareholders, calculated by the market interest rate plus an interest
rate proportional to the risk accepted through investment
decisions, expressed through the beta coefficient of the company
and reflecting its performance during the financial year.
In order to obtain the shareholder value created, we
initially define the market value of the increase in the Net
Worth, the value added for the shareholder, the payback for
the shareholder and the required return on Net Worth, as
presented in the following diagram:
Aumento no Valor de Mercado do PL / Increase in Market Value of the net Worth
Valor Adicionado / Valor Added
Retorno Requerido do PL / Required Return on the Net Worth
Valor Criado / Valor Created
1 – Aumento no Valor de Mercado do Patrimônio
Líquido das Empresas
1 – Increase in the Market Value of the Net Worth
O valor de mercado do PL de uma empresa é o valor de
mercado da empresa (market capitalization), que é o preço da
ação multiplicado pelo número de ações. O aumento do PL
em valor de mercado em um ano é a diferença do valor do PL
do ano analisado menos a do ano anterior.
The market value of the Net Worth of a company is the
market value of the company (market capitalization), which
is the price of a single share multiplied by the number of shares.
The increase in the Net Worth by market value in a year is the
difference in the value of the Net Worth for the year under
analysis, less the value for the previous year.
2 – Valor Adicionado
2 – Value Added
O valor adicionado aos acionistas é a definição dada para
a diferença entre a riqueza mantida pelo acionista a partir da
sua participação acionária na empresa em um determinado
ano e a riqueza representada pela mesma participação acionária
no ano anterior. O valor adicionado aos acionistas em um
determinado ano difere do aumento no Valor do Patrimônio
Líquido a Preços de Mercado (market capitalization) no mesmo
ano pelo volume de dividendos pagos ao longo do ano, pelos
desembolsos para aporte de capital, pelo valor das debêntures
convertidas em ações e pelos outros pagamentos gerados aos
acionistas ao longo do período.
The value added for the shareholders is the definition
given to the difference between the wealth held by the
shareholder through its stake in the company during a specific
year and the wealth represented by this same stake the previous
year. The value added for the shareholders in a given year
differs from the increase in the Value of the Net Worth at
Market Prices (market capitalization) during the same year by
the volume of dividends paid in the course of the year, as well
as disbursements to increase the capital, the value of debentures
converted into shares and other payments generated to the
shareholders during the period.
Valor Adicionado = o aumento do PL em preço de mercado
(market capitalization) + dividendo pago durante o ano –
aumento de capital investido + outros pagamentos para
acionistas – conversão de debêntures.
Value Created = increase in the Net Worth at market prices
(market capitalization) + dividends paid during the year –
increase in capital invested + other payments to the
shareholders – conversion of debentures.
93
Prêmio Abrasca de Criação de Valor
Abrasca Value Creation Prize
CONSIDERAÇÕES METODOLÓGICAS / Comments on the methodology
3 – Retorno Requerido do PL
3 – Required Return on the Net Worth
O retorno requerido do PL (também podendo ser tratado
como custo de oportunidade da participação societária) é o
retorno que os acionistas esperam obter a fim de se sentir
suficientemente remunerados. O retorno requerido do PL
depende da taxa de juros de longo prazo da economia e do
risco da empresa.
The required return on the Net Worth (which may also
be called the opportunity cost of the corporate stake) is the
return that the shareholders expect to obtain in order to feel
sufficiently remunerated. The required return on the Net
Worth depends on the long-term interest rate in the economy,
as well as the company risk.
Na metodologia original é utilizado o Treasury Bond e o
desvio padrão do preço da ação no mercado. Na metodologia
proposta aqui pela GRC VISÃO, sugere-se utilizar a TJLP
como remuneração livre de risco e adotar o beta da companhia
como indicativo do risco do ativo.
In the original methodology, the Treasury Bond is used
and the standard deviation in the stock price on the market.
In the methodology proposed here by GRC VISÃO, the Long
Term Interest Rate (LTIR) is suggested for risk-free
remuneration, adopting the beta coefficient of the company
to indicate the asset risk.
Assim, o retorno requerido pelo acionista é dado por:
Retorno requerido do PL (Rr) = TJLP + beta (calculado
para a ação mais líquida; média dos últimos 5 anos)
4- Valor Criado
Uma empresa cria valor para os seus acionistas quando o
retorno obtido sobre sua participação acionária excede o “custo
de oportunidade” de manter sua participação acionária na
empresa (retorno requerido do PL). Em outras palavras, uma
empresa cria valor em um ano quando seu retorno supera o
retorno esperado pelo mercado para deter participações
acionárias na empresa.
Valor criado = Valor adicionado - (Valor de mercado do PL
X Retorno requerido do PL)
Thus, the require return by the shareholder is given by:
Required return on the Net Worth (Rr) = LTIR + beta (calculated
by the most liquid share; average over the past five years)
4- Value Created
A company creates value for its shareholders when the
returns on a stake exceed the “opportunity cost” of maintaining
this stake in the company (require return on the Net Worth).
In other words, a company creates value during a year when
its return exceeds the return expected by the market for holding
stakes in the company.
Shareholder Value Created = Value added for the
shareholders - (market value of the Net Worth x Require
Return on the Net Worth)
APLICAÇÃO DA METODOLOGIA
No gráfico seguinte observamos a distribuição dos fatores
de mercado a fim de avaliarmos a concentração de empresas
em cada faixa.
A construção dos “fatores”, na metodologia adaptada pela
GRC VISÃO, prevê a divisão do valor de mercado pelo lucro
líquido das companhias (uma proxi do que seria uma razão
preço/lucro média ponderada da empresa), e não do múltiplo
de mercado, como na metodologia original.
A importância dos fatores de mercado, construídos
especificamente para o prêmio, é a segmentação das empresas
a fim de evitar desvios nos resultados das análises gerados
pelas discrepâncias oriundas da diferenciação das políticas
de gestão das companhias.
APPLICATION OF THE METHODOLOGY
The following graph presents the distribution of the
market factors, in order to assess the companies clustered in
each bracket.
The construction of the “factors” in the methodology adapted
by GRC VISÃO requires the division on the market value by the
net profits of the companies (a proxy for what might well be a
corporate weighted average price/profits ratio) rather than the
market multiple, as used in the original methodology.
The importance of market factors built up specifically for
this Prize is the segmentation of the companies in order to avoid
distortions in the findings of the analyses, due to discrepancies
based on different corporate management policies.
Dessa forma, é possível compará-las dentre seus pares,
ou seja: empresas que possuem características de alavancagem
e práticas administrativo-financeiras parecidas.
Thus, it is possible to compare companies with their
peers, in other words: companies with similar financial and
administration practices and leverage characteristics.
De acordo com a amostra selecionada de 347 empresas,
podemos observar um rol de 83 na faixa de fatores menores que 0;
Based on the selected sample of 347 companies, 83 of
them fall into the range of factors less than 0; 93 companies
94
93 empresas na faixa de fatores entre 0 e 15; 78 empresas na faixa
de fatores entre 15 e 30 e 93 empresas com fator acima de 30.
Por último, mas não menos importante, foram designados
critérios mínimos para participação das empresas no rol de
concorrentes, quais sejam:
appear in the range of factors between 0 and 15; 78 companies
reach the range of factors between 15 and 30; and 93 companies
score factors higher than 30.
Last, but not least, minimum criteria were established
for companies to be listed among the contenders, namely:
1) mínimo de presença em 50% dos dias de negociações da
Bovespa em 2007; e
1) At least the 50% share of trading on the São Paulo Stock
Exchange; and
2) mínimo de 5% de free-float (% de todas as ações emitidas pela
companhia, excetuadas as ações detidas pelo acionista controlador,
por pessoas a ele vinculadas, por administradores da companhia,
aquelas em tesouraria e preferenciais de classe especial).
2) Minimum of 5% free-float (percentage of all shares issued by the
companyexceptforthesharesownedbytheControllingShareholder
or persons linked thereto, as well as by Company Management,
shares held in the Treasury and Special Class Preferred Shares).
A aplicação dessa metodologia à amostra selecionada de
2007 classificou as empresas em cada faixa de fator, as quais
estão listadas abaixo.
The application of this methodology to the sample
selected for 2007 ranked the companies in each factor bracket,
which are listed below.
Grupos de P/L
Groups
P/L > 30
15 < P/L < 30
0 < P/L < 15
Companhias
Presença Pregões Bovespa 2007
Free Float (%)
Companies
Bovespa Share
Free Float (%)
P/L
Forjas Taurus
Renar
Drogasil
Grazziotin
Vale R Doce
Petrobras
Usiminas
Gerdau
100,00%
100,00%
61,63%
87,76%
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
99,67%
47,49%
59,15%
85,67%
98,42%
84,41%
94,63%
66,97%
32,05
414,16
43,32
25,27
20,14
16,50
11,01
11,28
Além da subdivisão por faixas de fatores, o grupo de
empresas analisadas foi subdividido por setores (conforme
classificação da CVM, adotada também para o Anuário
P/L
In addition to subdividing by factors, the group of
companies (according to the ranking established by the
Brazilian Securities Commission (CVM) and also adopted
95
Prêmio Abrasca de Criação de Valor
Abrasca Value Creation Prize
CONSIDERAÇÕES METODOLÓGICAS / Comments on the methodology
Estatístico) dentre os quais também buscamos classificar as
companhias.
Companhias
Presença Pregões Bovespa 2007
Free Float (%)
Companies
Bovespa Share
Free Float (%)
Renar
Perdigão S.A.
Sadia S.A.
Drogasil
Grazziotin
Lojas Renner
Brasil
Bradesco
Itaubanco
Energisa
Cesp
Eletropaulo
MMX Miner
Vale
Inepar
Forjas Taurus
Iochpe-Maxion
Sid Nacional
Usiminas
Gerdau
VCP
Klabin S.A.
Suzano Papel
Copasa
Comgas
Telemig Part
Oi (Telemar NL)
Contax
100,00%
100,00%
100,00%
61,63%
87,76%
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
71,02%
100,00%
100,00%
99,18%
100,00%
99,59%
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
47,49%
59,15%
89,61%
59,15%
85,67%
99,95%
18,57%
96,49%
94,67%
93,56%
82,01%
95,56%
33,76%
98,42%
66,84%
99,67%
71,97%
40,90%
94,63%
66,97%
99,97%
76,21%
71,24%
30,24%
85,92%
95,73%
21,85%
98,81%
Setores
Groups
Alimentos
Foods
Atacado e Varejo
Wholesale & Retail
Bancos
Banks
Energia Elétrica
Power
Extração Mineral
Mining
Máquinas e Equipamentos
Machinery & Equipment
Metalurgia e Siderurgia
Metallurgy & Steel
Papel e Celulose
Pulp & Paper
Saneamento e Gás
Sanitation & Gas
Telecomunicações
Telecommunications
for the Statistical Yearbook) under analysis was broken out by
sectors, within which the companies were also ranked.
Esta avaliação quantitativa suscitou o convite às empresas
indicadas a apontarem seu interesse em participar do processo de
seleção, através do comprometimento de presença de um
representante da empresa na ocasião de entrega do Prêmio Abrasca,
da confirmação dos dados utilizados no cálculo de criação de
valor e indicação de analistas de mercado que a acompanhem.
This quantitative appraisal prompted the invitation to
the nominated companies to confirm their interest in
participating in the selection process, agreeing to send a
representative of the company to the ABRASCA Prize awards
ceremony, as well as recommending three to five market analysts
that monitor it.
A esses analistas foi submetido, através da Associação dos
Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de
Capitais (Apimec), um questionário abordando os seguintes
aspectos qualitativos:
Through the Association of Capitals Market Investment
Analysts and Professionals (APIMEC), a Questionnaire was
submitted to these analysts, addressing the following qualitative
aspects:
- Regularidade da influência do ambiente externo sobre o
lucro operacional e sustentabilidade dos resultados;
- Influence of the outside context on the operation profit and
sustainability of the earnings;
- Transparência e atuação da área de RI;
- Transparency and activities in the Investor Relations Area;
- Projetos/Atuação na área social;
- Outreach Projects / Activities;
- Política/Práticas ambientais;
- Gestão e controle de riscos;
- Práticas de governança corporativa; e
- Política de distribuição de dividendos da companhia.
As respostas dos questionários foram diretamente
encaminhadas à Apimec para que esta, a partir de criteriosa
análise dos resultados, manifestasse seu voto como uma pré-
96
- Environmental Policies / Practices;
- Risk control and management;
- Corporate governance practices; and
- Dividend distribution policy of the company.
The replies to these Questionnaires were forwarded to
APIMEC which, after a meticulous examination of the
indicação ao Comitê de Premiação, o qual se reuniu no dia 3 de
julho de 2008 para a votação.
findings, issued its vote as a pre-nomination for the Award
Committee, which met on July 3, 2008 to vote.
Em alguns casos setoriais, não foi possível reunir três
empresas que atendessem todos os critérios classificatórios, a
saber: (a) estar listada na Bovespa entre os dias 31 de dezembro
de 2006 e 31 de dezembro de 2007; (b) ter representatividade
de mercado – expressa na exigência de presença mínima de
50% dos pregões da Bovespa; (c) observar free float mínimo de
5%; (d) ser uma das três primeiras companhias segundo o cálculo
da criação de valor, dentro do seu grupo de P/L; e (e) apresentar boa
avaliação da sua criação de valor pelos analistas de mercado e ainda
quanto a critérios qualitativos e de boa governança corporativa.
In some sectors, it was not possible to list three companies
that complied with all the classification criteria: (a) be listed on the
São Paulo Stock Exchange between December 31, 2006 and
December 31, 2007; (b) have market representativity – expressed
through the requirement of being present on at least 50% of the
trading sessions on this Stock Exchange; (c) low influence of its
controllers on the price formation of its shares – expressed through
a minimum free float of 5%; (d) be among the three largest
companies according to the value creation calculation within its
Net Worth group; and (e) receive high scores by the market analysts
according to the qualitative and good corporate governance criteria.
Isso posto, ocorreram casos de Destaques Setoriais para
os quais foram classificadas menos do que três companhias.
Nesse grupo estão os setores: Têxtil e Vestuário; Transporte e
Logística; Bebidas e Fumo; e Petróleo, com uma empresa cada
um e Extração Mineral com duas empresas.
O Comitê de Premiação é soberano e optou por não
premiar os setores com apenas uma empresa classificada,
mantendo a premiação para os setores com, no mínimo, duas
companhias. Igualmente, o Comitê entendeu que o setor
Imobiliário e de Construção Civil, que passa por um momento
de forte reestruturação, não deveria ser laureado nesta edição
do Prêmio, evitando assim o risco de cometer injustiça com as
companhias a ele pertencentes. O setor da vencedora é excluído
do destaque setorial.
Os Destaques Setoriais, portanto, ficaram com as
seguintes empresas:
Setores
As a result, there are some Sector Highlights for which
fewer than three companies qualified. This group includes
the following sectors: Textiles and Clothing, Transportation
and Logistics, Beverages and Tobacco, and Oil, each with only
one company, and Mining, with two companies.
The Awards Committee is sovereign and decided not to
award prizes in sectors with only one company classified, awarding
the prize for sectors with at least two qualified contenders. Similarly,
the Committee felt that the Real Estate and Civil Construction
Sector should not be awarded a Prize this year, as it is going through
a time of sweeping restructuring processes, thus avoiding the risk
of unfairness towards the classified companies.
Consequently, the Sector Highlights were awarded to
the following companies:
Companhias
Groups
Companies
Alimentos / Foods
Perdigão
Bancos / Banks
Bradesco
Energia Elétrica / Power
Eletropaulo
Extração Mineral / Mining
Vale
Máquinas e Equipamentos / Machinery & Equipment
Metalurgia e Siderurgia / Metallurgy & Steel
Papel e Celulose / Pulp & Paper
Saneamento e Gás / Sanitation & Gas
Telecomunicações /Telecommunications
Dentre todos os casos de criação de valor apresentados ao
Comitê de Premiação, foi eleito como melhor caso de criação
de valor no ano de 2007 a companhia Drogasil S.A.. O perfil da
companhia traz, em detalhes, uma análise do seu desempenho
no ano e as razões que levaram o Comitê a elegê-la.
Iochpe-Maxion
Gerdau
VCP
Copasa
Oi
Among all the value creation case studies presented to the
Awards Committee, the best value creation case study for 2007
was presented by the Drogasil S.A. company. The profile of this
company offers a detailed analysis of its performance during the
year and the reasons prompting the Committee to honor it.
97
Prêmio Abrasca de Criação de Valor
Abrasca Value Creation Prize
VENCEDORA / Winner
Drogasil
Empresa conquista Prêmio Abrasca de Criação de Valor
Drogasil: Winner of the ABRASCA Value Creation Prize
om desempenho operacional, relevância no mercado
acionário, transparência de gestão, diversificação
mercadológica garantindo menor risco e boas práticas
de governança corporativa. Esses foram os ingredientes que,
quando reunidos e combinados, levaram o Comitê de Premiação
do Prêmio Abrasca de Criação de Valor a escolher a Drogasil
S.A. como o melhor caso de criação de valor, de 2007.
B
Good operating performance, a leading position on
the stock market, transparent management and market
diversification guaranteeing lower risks, and good corporate
governance practices. Blended together, these were the
ingredients that, prompted the ABRASCA Value Creation
Prize Awards Committee to select Drogasil S.A. as the best
value creation case study in 2007.
A empresa se destacou ainda no setor de Atacado e Varejo
por obter o maior índice de criação de valor aos acionistas,
175,3%, resultado que significou adição de R$ 412,6 milhões
de riqueza àqueles investidores que detinham participação
acionária na empresa ao longo do ano passado. O patrimônio
líquido da companhia no final do exercício registrou um aumento
de 190,4%, superando em muito a média de 1,75% do setor.
The company also stood out in the Wholesale and Retail
sector, through obtaining the highest Shareholder Value
Creation rating at 175.3%, reflecting an additional R$ 412.6
million in wealth for investors holding stakes in this company
last year. By the end of the financial year, its net worth had
risen by 190.4%, far outstripping the 1.75% average for this
sector.
Foram selecionadas como finalistas, além da Drogasil, as
seguintes empresas, também com expressivos números de
criação de valor: Forjas Taurus, Renar, Grazziotin, Vale,
Petrobras, Usiminas e Gerdau.
In addition to Drogasil, the following companies were
selected as contenders for this Prize: Forjas Taurus, Renar,
Grazziotin, Vale, Petrobras, Usiminas and Gerdau.
ANALYSTS’ OPINION
OPINIÃO DOS ANALISTAS
Desde sua migração para o Novo Mercado, segmento
diferenciado de governança corporativa da Bovespa, em
operação realizada em julho de 2007, a Drogasil tem sido
citada pelos analistas como um exemplo positivo de
comunicação com o mercado e de criação de valor para os
acionistas. Seguem algumas opiniões:
Ever since migrating to Brazil’s Novo Mercado, which is
the specialized corporate governance segment of the São Paulo
Stock Exchange, through a transaction conducted in July
2007, Drogasil has been mentioned by the analysts as a
positive example of communications with the market and
creating value for its shareholders. Some of these opinions
are presented below:
Victor Martins, analista do Banco Safra – “Embora seja
relativamente nova no Novo Mercado, a Drogasil tem conseguido
passar para o mercado a imagem de uma administração séria
transparente e eficiente. Um dos aspectos importantes nesse
trabalho, por exemplo, foi a iniciativa de convidar os analistas para
conhecer seu centro de distribuição, em São Paulo, e mostrar
como estão sendo aplicados os recursos que captou no mercado
no ano passado. Vale destacar também que a empresa está
cumprindo mais do que está previsto em seu “guidance” da abertura
de capital. Recentemente foi feita uma revisão e o número de
abertura de novas lojas para 2008, pulou de 30 para 50 unidades.
Victor Martins, Analyst with the Banco Safra “Although a relative newcomer to Brazil’s Novo Mercado,
Drogasil has managed to present the market with the image
of a dedicated management that is also transparent and
efficient. One of the most important aspects of this drive,
for example was the initiative of inviting analysts to tour its
Distribution Center in São Paulo, showing how the funds
raised on the market last year are being allocated. It is also
worthwhile stressing that it is doing more than required in
its guide on going public. After a recent review, the number
of new outlets to be opened in 2008 rose from thirty to fifty.
Outro ponto marcado pela Drogasil foi sua boa colocação,
no primeiro trimestre de 2008, no quesito de crescimento de
An additional point for Drogasil was its good placement
during the first quarter of 2008 for the Same Stores growth
98
“mesmas lojas”, critério utilizado pelo setor do varejo para
identificar o resultado do crescimento da rede considerando
aquelas abertas há mais de um ano. “A Drogasil foi uma das
maiores, se não a maior do mercado nesse critério durante o
primeiro trimestre”.
Alan Cardoso, analista de investimento do Banco
Prosper – O principal diferencial da Drogasil é a sua próatividade para se comunicar com o mercado. Isso reduz
eventuais dúvidas sobre as atividades e as estratégias adotadas
pela empresa. “O disclosure e a transparência são fundamentais
para o analista fazer a avaliação correta da companhia, além de
ajudar a gerar valor para o acionista. A empresa consegue passar
de forma clara uma visão, por exemplo, de quanto o mercado
está crescendo, como o segmento em que atua se comporta e
as estratégias adotadas. Enfim, ter a informação mais clara
possível faz muita diferença. Segundo ele, o maior volume de
informações que a companhia oferece leva o profissional a
avaliar a empresa de forma mais adequada, o que ajuda a gerar
valor para o acionista.
Cardoso lembra que a Drogasil não tem uma área de
Relação com os Investidores (RI) do tamanho das grandes
companhias, como Vale ou CSN. De qualquer modo, para
uma empresa do porte da Drogasil, tem sido possível manter
uma boa comunicação com o mercado, com uma equipe de
RI pequena, mas satisfatória.
Jander Medeiros, analista do UBSPactual – Controle
muito bom das operações diante da baixa margem de retorno
oferecida pelo segmento de farmácias, marcado pela forte
competição entre as diversas redes. Essa é uma das principais
características da Drogasil e um diferencial que tem contribuído
para agregar valor aos acionistas da companhia. Boa execução
de estratégias, revelando alta capacidade de abrir lojas nos lugares
certos do território nacional, além de manter o sortimento certo
de produtos são aspectos importantes e que têm garantido os
resultados da companhia. Embora seja a única empresa do
segmento listada na Bolsa, a Drogasil parece apresentar resultados
acima da média entre as redes de farmácias, estima o analista,
que também aprova a qualidade do trabalho de RI da companhia.
“É pouca gente, mas o atendimento aos analistas é bem-feito”.
item, which is the criterion used by the Retail Sector to
measure the growth of the chain in outlets opened more
than a year previously. “Drogasil was among the highest, if
not topping the market during the first quarter”.
Alan Cardoso, Investment Analyst with the Prosper
Bank – The main comparative advantage of Drogasil is its
pro-active stance for communicating with the market,
clearing up any possible doubts about its activities and
strategies. “Disclosure and transparency are crucial for the
analysts to draw up an accurate appraisal of the company, in
addition to helping generate value for its shareholders. For
example, the company manages to show quite clearly how
much the market is expanding, how the segment in which it
operates is behaving and the strategies adopted.” Finally,
having the clearest possible information makes a great
difference. According to him, the more information offered
by the company helps professionals assess it more accurately,
generating value for its shareholders.
Cardoso recalls that Drogasil does not have an Investor
Relations (IR) area as large as that of major corporations
such as Vale or CSN. Nevertheless, for a company the size of
Drogasil, it has been possible to maintain good
communications with the market through a small IR team
that is nevertheless quite satisfactory.
Jander Medeiros, Analyst with UBSPactual – It
controls its operations very well within the low margins of
return offered by the drugstore segment, with keen
competition among the various chains. This is one of the
main characteristics of Drogasil, constituting a comparative
advantage that has helped add value for its shareholders. Wellimplemented strategies disclose its ability to open stores at
the right locations throughout Brazil, in addition to
maintaining the correct product mix, are important aspects
that have assured its impressive earnings. Although the only
company in this segment listed on the Stock Exchange,
Drogasil seems to post figures that are higher than the average
for drugstore chains, in the view of this analyst, who also
approves the quality of the efforts of its IR staff. “There are
only a few people there, but the analysts are well served.”
Drogasil
Valor de mercado 2007 / Market Capitalization 2007
R$ 900.797,43*
Valor de mercado 2006 / Market Capitalization 2006
R$ 235.400,00*
Dividendos / Dividends
R$ 2.943,76*
Juros sobre capital próprio / Interest on equity
R$ 7.061,21*
Aumento de capital / Increasing stockholders equity
Criação de valor aos acionistas / Stockholders value creation
R$ 245.400,10*
175,30%
*em R$ 1.000,00 / * in R$ 1.000,00
99
Prêmio Abrasca de Criação de Valor
Abrasca Value Creation Prize
VENCEDORA / Winner
Entre os requisitos para uma boa geração de valor aos
acionistas, Medeiros destaca os itens que considera
fundamentais: “Resultados satisfatórios e boas métricas para
avaliar a relação entre esse retorno e o custo, para remunerar
adequadamente o acionista”.
Among the requirements for good shareholder value
generation, Medeiros stresses the items that he feels are
crucial: “Satisfactory earnings and good measurements for
assessing the relationship between these returns and the
costs, in order to ensure adequate shareholder
remuneration”.
UMA HISTÓRIA DE SUCESSO
Fundada em março de 1935, por dois proprietários de
pequenos grupos de farmácias - Drogaria Bráulio e Drogaria
Brasil – que resolveram fazer uma fusão de suas empresas, a
nova sociedade passou a operar sob a denominação de Drogasil
Ltda. Dois anos mais tarde era a primeira empresa do setor a
operar efetivamente sob o conceito de rede de varejo.
A adoção de boas práticas de governança e transparência
de gestão aliada à robustez de suas operações, construída ao
longo desses mais de 70 anos de história, foi um fator decisivo
para que a companhia se destacasse como caso de criação de
valor a seus acionistas, mesmo a despeito da crise que afetou os
mercados acionários globais por conta dos problemas da
economia norte-americana.
A Drogasil só passou a atuar efetivamente como uma
rede através da incorporação de outras cinco tradicionais
drogarias da época: Amarante, Drogaria Sul América, Ypiranga,
Orion e Morse. Com a incorporação a Drogasil passou a contar
com 31 filiais distribuídas no interior e na capital do estado de
São Paulo.
O volume de informações que a companhia disponibiliza
ao mercado, segundo os analistas, reduz o risco percebido pelo
investidor, o que ajuda a gerar valor para os acionistas.
Vale ressaltar também o forte desempenho operacional
da companhia: segundo o relatório de distribuição publicado
pelo instituto IMS Health, a Drogasil aumentou a sua
participação de mercado nos produtos farmacêuticos no Brasil
em 0,5 ponto percentual (p.p.), de 3,2% em março de 2007
para 3,7% em março 2008. No estado de São Paulo, principal
mercado da companhia, a participação da Drogasil aumentou
em 1,2 p.p., de 8,5% em março de 2007 para 9,7% em março
de 2008. O mercado em que a companhia mais cresceu foi o
de Goiás, onde ganhou 5 p.p. de market share no mesmo
período, alcançando 6,51%.
O grupo possui uma rede de distribuição formada por
245 lojas em 64 municípios, tais quais 177 localizadas no
estado de São Paulo. A Drogasil conta ainda com 25 lojas no
estado de Minas Gerais, 19 lojas no Estado de Goiás e
24 lojas em Brasília.
100
SUCCESSFUL TRACK-RECORD
Established in March 1935 by the proprietors of two
small groups of drugstores – Drogaria Bráulio and Drogaria
Brasil – who decided to merge their businesses, this new
company started up operations under the name of Drogasil
Ltda. Two years later, it was the first enterprise in this sector
to function effectively under the concept of the retail chain.
The adoption of good corporate governance practices
and transparent management, allied to the robustness of
its operations built up during more than seventy years in
the trade, played a decisive role in this company presenting
an outstanding shareholder value creation case study, despite
the crisis undermining the world’s stock markets, due to
problems in the US economy.
Drogasil started to operate effectively as a real chain
only after absorbing five other well-known drugstores at
the time: Amarante, Drogaria Sul América, Ypiranga, Orion
and Morse. These take-overs endowed Drogasil with 31
branches throughout upstate São Paulo and the capital.
According to the analysts, the volume of information
that the company provides to the market lessens the risks
perceived by investors, which helps generate value for its
shareholders.
It is also worthwhile stressing its impressive operating
performance: according to the distribution report published
by the IMS Health Institute, Drogasil extended its share of
the pharmaceutical products market in Brazil by 0.5%, up
from 3.2% in March 2007 to 3.7% in March 2008. In
São Paulo State, which is its main market, its share rose by
1.2%, up from 8.5% in March 2007 to 9.7% in March
2008. The company expanded most rapidly in Goiás State,
where its market share expanded by 5% during this period,
reaching 6.51%.
The group has a distribution network consisting of
245 stores in 64 Municipalities, of which 177 are located
in São Paulo State, Drogasil has 25 stores in Minas Gerais
State, 19 stores in Goiás State and 24 stores in Brasília.
Prêmio Abrasca de Criação de Valor
Abrasca Value Creation Prize
ALIMENTOS / Foods
Perdigão
Ganho em um cenário desfavorável
Perdigão: Gains despite gloomy context
O
Prêmio Destaque Setorial, que está sendo concedido
pela primeira vez ao segmento de alimentos, foi
conquistado pela Perdigão. A empresa apresentou um
valor criado ao acionista de 40,9%, adicionando R$ 2,5 bilhões
ao valor da companhia ao longo do ano passado, já descontado o
custo de capital do acionista (ver metodologia pág. 89).
Granted in the Foods area for the first time, the Sector
Highlight Prize was awarded to Perdigão, which posted
40.9% value created for its shareholders, increasing its value
by R$ 2.5 billion in the course of last year, after deduction
of the shareholder capital costs (see the methodology on
page 89).
A Perdigão teve, em 2007, um crescimento no lucro
líquido de 162,3%, e um aumento de 46,7% em seu
patrimônio líquido. O resultado surpreende, considerando o
cenário de inflação das commodities, além do real valorizado, o
que prejudica a receita com exportações. Essa performance foi
decisiva para que a Perdigão fosse classificada para a fase
qualitativa do processo de seleção.
In 2007, Perdigão posted a 162.3% increase in net
profits, with its net worth rising by 46.7%. These figures
are impressive, particularly in view of the unfavorable
backdrop of rising commodity prices and an over-valued
Brazilian Real, which undermined its export revenues. This
performance played a decisive role in the classification of
Perdigão in the qualitative phase of the selection process.
Avaliação – Segundo a opinião dos analistas consultados
pela Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento
do Mercado de Capitais (Apimec), a empresa apresenta
excelente transparência de gestão e alta probabilidade de
sustentação dos resultados no médio e longo prazos. Outro
ponto forte apontado foi o desempenho operacional da
empresa, o qual contribuiu em mais de 90% para o Lucro
Antes de Juros e Imposto de Renda (LAJIR). Por último, os
analistas atribuíram nota máxima para a atuação ambiental,
sistemas de controle de riscos e iniciativas de cunho social
desenvolvidos pela companhia.
Evaluation – According to the opinion of the analysts
consulted by the Association of Capitals Market Investment
Analysts and Professionals (APIMEC), the company
presents excellent transparency of management with a high
probability of maintaining its earnings over the medium
and long terms. Another strong point was its operating
performance, contributing more than 90% of its Profits
before Interest and Income Tax. Finally, the analysts assigned
the highest possible scores to its environmental
performance, risk control systems and outreach initiatives.
A Perdigão foi criada na década de 30 em Santa Catarina
e começou suas atividades com o abate de suínos. Em 1954,
construiu uma granja voltada à produção de animais de alta
linhagem. Em 1975, se tornou uma das pioneiras na exportação
de carne de frango no Brasil.
A empresa abriu o capital em 1981. Em 1994, um grupo
de Fundos de Pensão adquiriu o controle acionário da Perdigão,
encerrando sua fase de administração familiar. Em 2001, aderiu
ao Nível I de Governança Corporativa da Bovespa e em 2006
iniciou sua participação no Novo Mercado.
Perdigão was set up during the 1930s in Santa Catarina
State as a hog slaughterhouse. In 1954, it established a
poultry farm raising high-grade livestock, and by 1975 it
was one of the pioneers exporting chicken from Brazil.
Having gone public in 1981, a group of pension funds
acquired stock control of Perdigão in 1994, ending its phase
as a family firm. In 2001 it signed up with the Tier 1
Corporate Governance segment of the São Paulo Stock
Exchange (BOVESPA) and in 2006 it was listed on Brazil’s
Novo Mercado.
Perdigão
Valor de mercado 2007 / Market Capitalization 2007
R$ 8.230.463,55*
Valor de mercado 2006 / Market Capitalization 2006
R$ 4.975.395,42*
Dividendos / Dividends
R$ 3.685,46*
Juros sobre capital próprio / Interest on equity
R$ 100.443,01*
Aumento de capital / Increasing stockholders equity
R$ 890.000,00*
Criação de valor aos acionistas / Stockholders value creation
*em R$ 1.000,00 / * in R$ 1.000,00
102
40,87%
EXTRAÇÃO MINERAL / Mining
Vale
Cinco anos com excelente desempenho
Vale: Five years of excellent performance
Vale encerrou 2007 comemorando o quinto ano
consecutivo de extraordinário crescimento em suas
atividades. Foi um processo sustentado por contínua
melhoria do desempenho operacional e financeiro, maior
diversificação do portfólio de ativos e globalização de suas operações.
Entre os números exibidos no fim do ano passado, o destaque foi
para a receita bruta que totalizou R$ 66,4 bilhões, a maior da
história da companhia desde a sua criação em 1942. Este resultado
representou um crescimento de 42% em relação a 2006.
A
By year-end 2007, Vale was celebrating the fifth
consecutive year of extraordinary growth in its activities,
buttressed by steady improvements in its operating and
financial performance, a more widely diversified asset
portfolio and the globalization of its operations.
Outstanding among its figures disclosed at the end of last
year were its gross revenues of R$ 66.4 billion, 42% higher
than 2006 and setting an all-time record since it was
incorporated in 1942.
O excelente desempenho alcançado no ano passado
contribuiu para o aumento da valoração criada ao acionista
em 78,2%, o que significou R$ 113,3 bilhões de crescimento
no valor da empresa ao longo de 2007, já descontado o custo
de oportunidade do acionista. Com este resultado, a empresa
conquistou o Prêmio Destaque Setorial no segmento de
extração mineral, cuja metodologia privilegia a prática de ações
de valorização de médio/longo prazos, uma vez que utiliza o
histórico de sua volatilidade nos últimos cinco anos como
componente do risco no cômputo da taxa de retorno requerida.
Its excellent performance last year helped step up the
value created for its shareholders by 78.2%, meaning R$
113.3 billion growth in its value during 2007, after
deduction of the shareholder opportunity costs. Through
these accomplishments, it won the Sector Highlight Prize
in the Mining Segment, whose methodology stresses actions
that enhance value over the medium and long terms, as it
uses the track-record of its volatility during the past five
years as a risk component for calculating the required rate
of return.
Avaliação – Apesar de expressivo, a Vale não foi a empresa
que obteve o melhor resultado quantitativo na amostra.
Contudo, quando pesados os aspectos qualitativos, a Vale
obteve resultado expressivamente superior às demais
companhias, resultado de excelente grau de transparência de
gestão, política de distribuição de dividendos e governança
corporativa. Não obstante a ressalva de que a macroeconomia
foi extremamente favorável à empresa, os analistas de mercado
indicados pela companhia atribuíram conceito máximo em
todos os quesitos qualitativos da pesquisa.
Evaluation – Although significant, Vale did not obtain
the best quantitative scores in the sample. However, when
weighing the qualitative aspects, Vale was significantly better
than the other contenders, due to the excellent levels of
transparency of its management, dividends distribution
policy and corporate governance. With a proviso that the
macro-economy was extremely favorable to the company,
the market analysts assigned top scores for all the qualitative
items in the survey.
A Vale é a segunda maior mineradora diversificada do
mundo e a maior empresa privada da América Latina. O valor
de mercado da companhia no fim de dezembro de 2007 era
de R$ 270,4 bilhões na Bolsa de Valores de São Paulo. A Vale
também é cotada na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) e
na Bolsa de Madri (Latibex).
The world’s second-largest diversified mining
company, Vale is also the largest private enterprise in Latin
America. By year-end 2007, its market value reached R$
270.4 billion on the São Paulo Stock Exchange
(BOVESPA). It is also traded on the New York Stock
Exchange (NYSE) and the Madrid Bourse (LATIBEX).
Vale
Valor de mercado 2007 / Market Capitalization 2007
R$ 270.437.765,99*
Valor de mercado 2006 / Market Capitalization 2006
R$ 144.843.504,79*
Dividendos / Dividends
R$ 1.106.547,50*
Juros sobre capital próprio / Interest on equity
R$ 2.467.000,00*
Aumento de capital / Increasing stockholders equity
Criação de valor aos acionistas / Stockholders value creation
78,20%
*em R$ 1.000,00 / * in R$ 1.000,00
103
Prêmio Abrasca de Criação de Valor
Abrasca Value Creation Prize
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS / Machines and Equipment
Iochpe-Maxion
Produtiva e crescimento sustentável
Iochpe-Maxion: Productive with sustainable growth
A
Iochpe-Maxion fechou 2007 com crescimento de
21,9% no patrimônio líquido, um aumento quase
três vezes maior que a média das empresas do setor
(7,6%). Os dados do balanço da companhia mostram que a
receita líquida da empresa caiu 1,1%, enquanto o lucro líquido
aumentou 19,8%, evidenciando o expressivo ganho de
margem construído ao longo de 2007.
O bom desempenho da companhia contribuiu para o
aumento de 127,7% no valor criado aos acionistas, adicionando
R$ 1,2 bilhão àqueles que investiram na empresa ao longo do
ano passado. A companhia distribuiu ainda R$ 22,7 milhões
em dividendos. Foram esses resultados que levaram a IochpeMaxion a ser indicada para concorrer ao Prêmio Destaque
Setorial.
Avaliação – A indicação da empresa pelos aspectos
quantitativos foi coroada pela avaliação positiva feita pelos
analistas indicados pela Associação dos Analistas e Profissionais
de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec), que
atribuíram conceitos bom/excelente para quase a totalidade
dos quesitos qualitativos. Segundo eles, a Iochpe-Maxion tem
capacidade de sustentar os resultados obtidos no médio/longo
prazo e entenderam que mais de 90% do Lucro Antes de
Juros e Imposto de Renda (LAJIR) da companhia em 2007
foram construídos a partir de sua atividade operacional.
A Iochpe-Maxion é a maior fabricante nacional de rodas
e chassis para veículos comerciais e de vagões de carga e fundidos
ferroviários. A empresa iniciou suas atividades em 1918, no
ramo madeireiro, no Rio Grande do Sul. Ao longo do tempo,
a Iochpe-Maxion diversificou suas atividades para o setor
financeiro e, subseqüentemente, para o setor industrial
(equipamentos agrícolas). Os produtos da companhia são
comercializados em mais de 42 países.
Closing 2007 with growth of 21.9% in its net worth
– almost triple the average for this sector (7.6%) – IochpeMaxion presented data in its Balance Sheet showing that
its net revenues fell by 1.1% while its net profits rose by
19.8%, reflecting significant gains in margins during the
year.
This good performance underpinned the 127.7%
increase in the value created for its shareholders, adding
R$ 1.2 billion for those who invested in the company last
year. It also distributed R$ 22.7 million in dividends.
These were the figures that resulted in Iochpe-Maxion
being nominated as a candidate for the Sector Highlight
Prize.
Evaluation – Its nomination for quantitative aspects
was crowned by the positive assessment of the analysts
appointed by the Association of Capitals Market
Investment Analysts and Professionals (APIMEC), who
assigned scores of Good / Excellent in almost all the
qualitative items. They felt that Iochpe-Maxion is well
able to continue this performance over the medium and
long terms, particularly as more than 90% of its Profits
before Interest and Income Tax in 2007 were brought in
through its operating activities.
Brazil’s largest manufacturer of wheels and chassis
for commercial vehicles as well as rail-cars used for
shipping cargoes, Iochpe-Maxion started up operations
in 1918 as a logging enterprise in Rio Grande do Sul
State. Over time, its activities diversified into the financial
sector and then into the industrial area (agricultural
equipment). Its products are sold in more than 42
countries.
Iochpe-Maxion
Valor de mercado 2007 / Market Capitalization 2007
R$ 2.094.088,31*
Valor de mercado 2006 / Market Capitalization 2006
R$ 894.502,25*
Dividendos / Dividends
R$ 22.776,22*
Juros sobre capital próprio / Interest on equity
Aumento de capital / Increasing stockholders equity
Criação de valor aos acionistas / Stockholders value creation
*em R$ 1.000,00 / * in R$ 1.000,00
104
127,68%
PAPEL E CELULOSE / Pulp and Paper
Votorantim Celulose e Papel – VCP
Práticas de gestão que criaram valor
Votorantim Celulose e Papel: Management practices that create value
A
Votorantim Celulose e Papel –VCP apresentou, em
2007, uma criação de valor aos acionistas de 25,51%,
proporcionando R$ 2,1 bilhões àqueles que
investiram na empresa ao longo do ano passado. Isso se refletiu
no valor de mercado da companhia, que passou dos R$ 8,5
bilhões em 2006 para R$ 11 bilhões em 2007. Esse
desempenho foi fundamental para a classificação da VCP ao
Prêmio Destaque Setorial.
A seleção da companhia pelo Comitê de Premiação foi
lastreada não só na sua excelente performance quantitativa, como
também no desempenho qualitativo expresso, segundo os
analistas de mercado consultados, na transparência das práticas
de gestão, boa governança corporativa e adequados sistemas de
controle de risco. O grupo de analistas também classificou
positivamente as atuações social e ambiental da companhia.
Desempenho – Os bons resultados da empresa estão
expressos em seus principais indicadores financeiros. A venda
de celulose foi recorde no ano passado ao atingir 1.098 mil
toneladas, com crescimento de 17% em relação ao volume
comercializado em 2006. O lucro líquido totalizou R$ 838
milhões, o que significou um crescimento de 27,3% em relação
aos R$ 658 milhões do exercício anterior. Esse crescimento é
explicado pelo incremento nas vendas, trazendo economias
de escala, ganhos obtidos com a reestruturação da empresa,
valorização do real em relação ao dólar e pela receita de
aplicações financeiras.
A VCP é uma das líderes do setor de celulose e papel do
Brasil e um dos maiores empreendimentos do Grupo
Votorantim. A operação da companhia é integrada e inclui desde
a produção da madeira até a distribuição de produtos ao
consumidor. As ações da VCP são negociadas no Nível 1 de
Governança Corporativa da Bovespa e integram, desde dezembro
de 2005, o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE). A
Companhia mantém ainda ADR-3 na Bolsa de Nova York.
In 2007, Votorantim Celulose e Papel (VCP) increased
the value created for shareholders by 25.51%, equivalent
to R$ 2.1 billion for those who invested in the company
last year. This was reflected in its market value, which rose
from R$ 8.5 billion in 2006 to R$ 11 billion in 2007, with
this performance playing a vital role in qualifying VCP for
the Sector Highlight Prize.
Its selection by the Awards Committee was based not
only on its excellent quantitative performance but also on
specific qualitative accomplishments, according to the
market analysts consulted: the transparency of its
management practices, good corporate governance and
adequate risk control systems. This group of analysts also
rated its outreach and environmental activities positively.
Performance – The positive figures posted by this
company are reflected in its main financial indicators. Pulp
sales reached a record 1,098,000 tons last year, 17% higher
than the 2006 sales volumes. Its net profits topped R$ 838
million, up 27.3% over the R$ 658 million posted for the
previous financial year. This growth is explained by rising
sales and better economies of scale, as well as gains obtained
through a corporate restructuring process, the rising value
of the Brazilian Real against the US Dollar and revenues
brought in through short-term financial investments.
Ranked among the leading enterprises in Brazil’s pulp
and paper sector, VCP is one of the largest enterprises in
the Votorantim Group. Its integrated operations range from
timber plantations through to the distribution of products
to consumers. Listed in the Tier 1 Corporate Governance
segment of the São Paulo Stock Exchange (BOVESPA),
since December 2005, VCP shares are also included in its
Business Sustainability Index (ISE). Additionally, VCP stock
is traded on the New York Stock Exchange (ADR 3).
VCP
Valor de mercado 2007 / Market Capitalization 2007
R$ 11.064.686,48*
Valor de mercado 2006 / Market Capitalization 2006
R$ 8.486.328,73*
Dividendos / Dividends
Juros sobre capital próprio / Interest on equity
Aumento de capital / Increasing stockholders equity
Criação de valor aos acionistas / Stockholders value creation
R$ 318.047,25*
25,51%
*em R$ 1.000,00 / * in R$ 1.000,00
105
Prêmio Abrasca de Criação de Valor
Abrasca Value Creation Prize
ENERGIA ELÉTRICA / Power
Eletropaulo
Os frutos da boa prática corporativa
Eletropaulo: The benefits of good corporate practices
O
consumo de energia elétrica no país apresentou, em
2007, o maior crescimento da última década. A
demanda atingiu 376,9 TWh, o que representou
um aumento de 5,4% em relação a 2006. A performance do
setor reflete o excelente desempenho da economia, que
impulsionou o consumo de energia principalmente nos setores
comercial e residencial. Para a AES Eletropaulo isso gerou bons
resultados. A empresa fechou o exercício registrando um lucro
líquido de R$ 712,6 milhões, um aumento nominal de 90,8%
em relação aos R$ 373,4 milhões de 2006.
A companhia teve ainda um crescimento significativo no
patrimônio líquido, que passou de R$ 2,2 bilhões em 2006 para
R$ 3,3 bilhões em 2007, um crescimento de 44,8%. Esses
resultados contribuíram para a Eletropaulo criar o valor de R$ 1,9
bilhão àqueles que investiram na companhia ao longo do ano
passado – o que representou uma variação de 42,3% no valor
criado ao acionista – e ser indicada ao Prêmio Destaque Setorial.
Avaliação – Depois de passar pela fase de análise
quantitativa a Eletropaulo foi avaliada por analistas indicados
pela Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento
do Mercado de Capitais (Apimec). Nesta avaliação, a empresa
obteve conceito bom/excelente para seus sistemas de controle
de risco, transparência de gestão, política de distribuição de
dividendos e governança corporativa. E mais, segundo os
analistas, a empresa se destacou também porque teve entre
70% e 90% do seu resultado composto por atividades
operacionais.
De acordo com o relatório da empresa do ano passado,
os investimentos totalizaram R$ 430 milhões, enquanto que
em 2006 esse valor foi de R$ 378 milhões. Grande parte dos
recursos foi aplicada na expansão, renovação e manutenção
do sistema elétrico.
In 2007, Brazil’s electricity consumption rose at its
highest rate for the past decade, with demands topping
376.9 TWh, up 5.4% over 2006. The accomplishments
of this sector reflect the excellent performance of Brazilian
economy, which drove electricity consumption, mainly in
the commercial and residential sectors. For AES
Eletropaulo, this resulted in some impressive figures, closing
the financial year with net profits of R$ 712.6 million, up
90.8% over the R$ 373.4 million posted in 2006.
It also recorded significant growth in its net worth,
which rose by 44.8%, up from R$ 2.2 billion in 2006 to
R$ 3.3 billion in 2007. These figures helped Eletropaulo
create value of R$ 1.9 billion for its investors during last
year, reflecting a variation of 42.3% in the value created
for its shareholders and resulting in its nomination for the
Sector Highlight Prize.
Evaluation – After passing the quantitative analysis
phase, Eletropaulo was assessed by analysts appointed by
the Association of Capitals Market Investment Analysts
and Professionals (APIMEC). In this evaluation, it was
rated as good / excellent for its risk control systems and the
transparency of its management, as well as its dividends
distribution policy and corporate governance. Furthermore,
according to the analysts, it also stood out because some
70% to 90% of its earnings were brought in through
operating activities.
According to its 2007 Annual Report, investments
reached R$ 430 million, significantly higher than the R$
378 million allocated in 2006. Much of this funding was
allocated to the expansion, refitting and maintenance of its
power systems.
Eletropaulo
Valor de mercado 2007 / Market Capitalization 2007
R$ 6.087.133,88*
Valor de mercado 2006 / Market Capitalization 2006
R$ 4.560.120,91*
Dividendos / Dividends
R$ 618.238,12*
Juros sobre capital próprio / Interest on equity
R$ 67.789,76*
Aumento de capital / Increasing stockholders equity
Criação de valor aos acionistas / Stockholders value creation
*em R$ 1.000,00 / * in R$ 1.000,00
106
42,27%
Prêmio Abrasca de Criação de Valor
Abrasca Value Creation Prize
SANEAMENTO E SERVIÇOS DE ÁGUA E GÁS / Sanitation and Water and Gas Services
Copasa
Gestão transparente e bons resultados
Copasa: Transparent management and good performance
A
Copasa é uma empresa de saneamento, fundada em
1963, cujas atividades compreendem serviços
públicos de abastecimento de água e esgotamento
sanitário, incluindo planejamento, elaboração de projetos,
execução, ampliação, remodelagem e exploração de serviços
de saneamento.
No ano passado, a empresa criou três subsidiárias:
Copanor, Copasa Águas Minerais de Minas e Copasa Serviços
de Irrigação, através das quais pretende reforçar sua posição de
mercado, fortalecer sua marca e relacioná-la a serviços de elevado
padrão de qualidade.
Resultado – A Copasa registrou, em 2007, uma receita
líquida de R$ 2,1 bilhões, gerando um EBITDA ajustado de
R$ 763 milhões, com margem de 40,2% e lucro líquido de
R$ 329,3 milhões. O crescimento da empresa pode ser
explicado pelo desempenho industrial em 2007 liderado por
Minas Gerais, que registrou uma expansão de 8,6%, ficando
acima da média nacional (6%).
O valor de mercado da empresa em 2007 atingiu os
R$ 3,6 bilhões, contra R$ 2,8 bilhões em 2006. Este excelente
desempenho operacional elevou o valor da empresa – descontado
o custo de oportunidade dos acionistas – em 19,7%, criando R$
750 milhões para aqueles que investiram na companhia ao longo
do ano passado. Foram esses resultados que levaram a Copasa a
ser indicada para concorrer ao Prêmio Destaque Setorial.
O Comitê de Premiação selecionou a Copasa baseado
principalmente no alto grau de operacionalidade do resultado
da empresa – acima de 90% do Lucro Antes de Juros e Imposto
de Renda (LAJIR), segundo os analistas indicados pela
Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do
Mercado de Capitais (Apimec) para avaliar a empresa. Eles
deram nota boa/excelente para a governança corporativa da
Copasa, para sua atuação social, transparência de gestão,
sistemas de controle de risco, atuação ambiental e social.
Established in 1963, Copasa is a sanitation utility
whose activities encompass public water supplies and
sewage services, including project planning, preparation
and implementation, as well as the expansion, remodeling
and operation of sanitation services.
Last year it established three subsidiaries: Copanor,
Copasa Aguas Minerais de Minas and Copasa Serviços
de Irrigação, through which it intends to firm up its market
position, enhancing its brand and relating it to high quality
services.
Earnings – In 2007, Copasa posted net revenues of
R$ 2.1 billion, with an adjusted EBITDA of R$ 763
million, a margin of 40.2% and net profits of R$ 329.3
million. Its growth may be explained by industrial
performance in 2007, headed by Minas Gerais State, whose
expansion of 8.6% outstripped the national average (6%).
The market value of the company in 2007 reached
R$ 3.6 billion, compared to R$ 2.8 billion in 2006. This
excellent operating performance increased the value of
the company by 19.7%, after deducting shareholder
opportunity costs, creating R$ 750 million for investors
in the company during last year. These were the figures
that resulted in Copasa being nominated as a candidate
for the Sector Highlight Prize.
The Awards Committee selected Copasa mainly
because of the high operating aspect of its earnings (more
than 90% of the Profits before Interest and Income Tax,
according to the analysts appointed by the Association of
Capitals Market Investment Analysts and Professionals
(APIMEC) to assess the company. They scored the Copasa
corporate governance as Good / Excellent for its outreach
activities, transparent management and risk control
systems, as well as its environmental and outreach
activities.
Copasa
Valor de mercado 2007 / Market Capitalization 2007
R$ 3.570.113,39*
Valor de mercado 2006 / Market Capitalization 2006
R$ 2.884.881,95*
Dividendos / Dividends
Juros sobre capital próprio / Interest on equity
Aumento de capital / Increasing stockholders equity
Criação de valor aos acionistas / Stockholders value creation
*em R$ 1.000,00 / * in R$ 1.000,00
108
R$ 71.681,49*
19,70%
METALURGIA E SIDERURGIA / Metallurgy and Steel
Gerdau
Demanda por aço aquece os lucros
Gerdau: Rising steel demands pump up profits
O
faturamento bruto consolidado do Grupo Gerdau
em 2007 alcançou R$ 34,2 bilhões, 18,5% superior
ao ano de 2006. A empresa distribuiu R$ 874,6
milhões em juros e dividendos durante o exercício. Esse
desempenho positivo foi fruto de uma maior demanda por
aço no mercado internacional, que cresceu 7,4%, do aumento
nos preços do produto e também das aquisições realizadas
pelo grupo no ano passado.
The consolidated gross revenues of the Gerdau Group
in 2007 reached R$ 34.2 billion, 18.5% higher than in 2006.
It distributed R$ 874.6 million in interest and dividends
during the financial year. This impressive performance was
fueled by rising demands (up 7.4%) for steel on international
markets, in addition to higher product prices and the
acquisitions completed by this Group last year.
A conjunção desses fatores permitiu à Gerdau obter um
lucro líquido de R$ 4,3 bilhões, mostrando relativa estabilidade
frente ao ano de 2006. O resultado financeiro e as boas práticas
de gestão contribuíram para a empresa ser indicada para o Prêmio
Destaque Setorial no segmento Metalurgia e Siderurgia.
Together, these factors allowed Gerdau to post net
profits of R$ 4.3 billion, remaining relatively stable
compared to 2006. Its financial earnings and good
management practices underpinned its nomination as a
candidate for the Sector Highlight Prize in the Metallurgy
and Steel Segment.
Avaliação – Apesar de expressivo, a Gerdau não foi a
empresa que obteve o melhor resultado quantitativo. Registrou
criação de valor, descontado o custo de oportunidade do
acionista, de 36,2%. Contudo, obteve uma avaliação qualitativa
superior às das demais empresas classificadas no setor, tendo
obtido conceito máximo em todos os quesitos analisados. A
Gerdau só não alcançou 100% na avaliação qualitativa porque
os analistas entenderam que a empresa foi excepcionalmente
beneficiada pela macroeconomia favorável, dada a expressiva
demanda proveniente dos setores de bens de consumo duráveis.
Evaluation – Although its figures were significant,
Gerdau did not post the best quantitative results, with a
36.2% in its value created after deduction of the shareholder
opportunity costs. However, its qualitative scores
outstripped those of the other contenders in this sector,
with top marks for all items analyzed. The only reason
why Gerdau did not score 100% in the qualitative
evaluation was because the analysts felt that the company
benefited from a favorable macro-economy due to vigorous
demands from durable consumer goods sectors.
Em 2007, a capacidade instalada de produção de aço do
grupo cresceu 24,8% alcançando 24,8 milhões de toneladas
métricas. Destacam-se a aquisição da Chaparral Steel Company,
nos Estados Unidos, e a entrada em operação de um novo
alto-forno na Gerdau Açominas, em Minas Gerais. Os
investimentos realizados em aquisições de empresas, em novos
equipamentos para expansão de capacidade de produção e
em melhorias de produtividade e atualização tecnológica
totalizaram US$ 6,3 bilhões no ano. O Grupo Gerdau é o 14º
maior produtor de aço do mundo e líder no segmento de aços
longos nas Américas.
In 2007, the installed steel production capacity of this
Group rose by 24.8%, reaching 24.8 million metric tons.
Particularly noteworthy were the acquisition of the Chaparral
Steel Company in the USA, and the start-up of operations
by a new blast furnace at Gerdau Açominas in Minas Gerais
State. Investments allocated to corporate acquisitions, new
equipment for expanding its production capacity and
upgrading its productivity, in addition to technological
updates, totaled US$ 6.3 billion during the year. The Gerdau
Group is the world’s fourteenth largest steel producer, heading
up the long steel products segment in the Americas.
Gerdau
Valor de mercado 2007 / Market Capitalization 2007
R$ 32.497.132,53*
Valor de mercado 2006 / Market Capitalization 2006
R$ 22.434.830,99*
Dividendos / Dividends
R$ 424.040,57*
Juros sobre capital próprio / Interest on equity
R$ 450.563,71*
Aumento de capital / Increasing stockholders equity
Criação de valor aos acionistas / Stockholders value creation
35,54%
*em R$ 1.000,00 / * in R$ 1.000,00
109
Prêmio Abrasca de Criação de Valor
Abrasca Value Creation Prize
TELECOMUNICAÇÕES / Telecommunications
Oi
Resultados superaram a média do setor
Oi: Earnings outstrip Sector Average
A
Oi S.A. foi a empresa do setor que apresentou uma
expressiva criação de valor para os seus acionistas,
29,3%, o que significou R$ 4,5 bilhões para aqueles
que investiram na empresa ao longo de 2007, além de pagar
R$ 751,1 milhões de juros sobre o capital. O valor de mercado
da Oi em 31 de dezembro de 2007 era de R$ 20,7 bilhões.
O patrimônio líquido da Oi, o maior entre as companhias
de telecomunicações, apresentou uma variação de 10,6% em
relação a 2006, bem acima da média do setor (1,77%). Seu
ativo total cresceu 3,7%, o que demonstra um alto grau de
investimento sem aumento do grau de endividamento, que
inclusive diminui 2,4% no ano. O lucro líquido da Oi em
2007 subiu 59,6%, acima da média do setor (42,3%),
enquanto a receita líquida caiu 4,3%, demonstrando um ganho
de produtividade da empresa. Essa boa performance
quantitativa classificou a Oi S.A. como finalista ao Prêmio
Destaque Setorial.
Avaliação – Além da performance quantitativa, a seleção
da companhia pelo Comitê de Premiação foi definida a partir
do elevado grau de composição operacional do seu resultado,
da alta probabilidade de manutenção desses resultados no
médio e longo prazos e da boa governança corporativa.
Em 1998, o Ministério das Comunicações decidiu dividir
a Telebrás em doze companhias: três holdings das
concessionárias regionais de telefonia fixa, uma holding da
operadora de longa distância e oito holdings das concessionárias
da telefonia móvel Banda A. A maior delas era Tele Norte
Leste S.A., transformada em Oi em abril de 1999, que atua no
litoral Sudeste, Nordeste e Norte do Brasil.
Em fevereiro do ano passado, a empresa anunciou a
adoção do nome Oi como marca única para os serviços de
telefonia fixa, celular, internet e entretenimento, em substituição
ao nome Telemar.
In theTelecommunications Sector, Oi S.A. posted significant
creation of value for its shareholders at 29.3%, equivalent to
R$ 4.5 billion for its investors during 2007, in addition to paying
out R$ 751.1 million interest on capital. The market value of
Oi on December 31, 2007 reached R$ 20.7 billion.
Among the largest of Brazil’s telecommunications utilities,
the net worth of Oi rose by 10.6% compared to 2006, well
above the average for this sector (1.77%). Its total assets
expanded by 3.7%, demonstrating a high level of investment
with no increase in its indebtedness, which in fact shrank by
2.4% during the year. The net profits posted by Oi in 2007
rose by 59.6%, above the average for this sector (42.3%), while
its net revenues dropped by 4.3%, reflecting gains in
productivity. This good quantitative performance classified
Oi S.A. as a finalist in the Sector Highlight Prize.
Evaluation – In addition to its quantitative performance,
this company was selected by the Awards Committee due to
the high proportion of operating earnings in its figures, with
ample probabilities of maintaining this performance over the
medium and long terms, as well as good corporate governance.
In 1998, Brazil’s Ministry of Communications decided
to split the state-owned Telebrás telecommunications utility
into twelve smaller enterprises: three holding companies
assigned to regional fixed telephony concessionaires; one
holding company for the long-distance carrier, and eight
holding companies assigned to the A Band mobile telephony
concessionaires. The largest of them was Tele Norte Leste S.A.,
which was renamed Oi in April 1999, operating in coastal
areas in Southeast, Northeast and Northern Brazil.
In February 2006, it changed its name to Oi, making
this the sole brand for its fixed and mobile telephony services,
as well as Internet and entertainment services.
Oi
Valor de mercado 2007 / Market Capitalization 2007
R$ 20.675.857,44*
Valor de mercado 2006 / Market Capitalization 2006
R$ 15.281.769,31*
Dividendos / Dividends
Juros sobre capital próprio / Interest on equity
Aumento de capital / Increasing stockholders equity
Criação de valor aos acionistas / Stockholders value creation
*em R$ 1.000,00 / * in R$ 1.000,00
110
R$ 751.059,08*
29,30%
BANCOS /
Banks
Bradesco
Apostando no crédito para obter lucro
Bradesco: Wagering on credit to spur profits
O
lucro líquido do Bradesco em 2007 totalizou R$ 8
bilhões, apresentando um crescimento de 51,7%
sobre o ano de 2006, resultado bem acima da média
do setor (25,3%). O Bradesco foi o banco comercial que mais
concedeu crédito no Brasil em 2007, atingindo a expressiva
cifra de R$ 161,4 bilhões, valor que representou um
crescimento de 32,9% em relação ao volume concedido pela
instituição em 2006.
O bom desempenho financeiro obtido pelo Bradesco
no ano passado na criação de 19,8% de valor aos acionistas
significou o incremento de R$ 16,8 bilhões ao valor da
companhia já descontado o custo de capital do acionista (ver
metodologia pág. 89). A instituição distribuiu R$ 2,8 bilhões
em juros sobre o capital próprio e dividendos. Esses resultados
foram determinantes para o Bradesco ter sido indicado ao
Prêmio Destaque Setorial.
In 2007, the net profits posted by Bradesco reached
R$ 8 billion, up 51.7% over 2006, and well above the
average for the sector (25.3%). The commercial bank
granting the most loans in Brazil during 2007, it reached
an impressive R$ 161.4 billion, up 32.9% over the loans
granted by this institution in 2006.
The good financial performance of Bradesco last year
– creating 19.8% more value for its shareholders – is
reflected in an increase of R$ 16.8 billion in the value of
the company, after deduction of the shareholder capital
costs (see the methodology on page 89). This institution
distributed R$ 2.8 billion in interest on company capital
and dividends. These figures resulted in Bradesco being
nominated for the Sector Highlight Prize.
Avaliação – Uma vez classificado para a fase de análise
qualitativa, o Banco Bradesco foi a instituição bancária mais bem
avaliada pelos analistas de mercado consultados pela Associação
dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de
Capitais (Apimec). O banco recebeu conceito máximo em relação
à sua política ambiental, à transparência das práticas de gestão, ao
seu sistema de controle de riscos e à possibilidade de sustentabilidade
dos seus resultados no médio e longo prazos. Sua atuação social
também teve avaliação máxima pelos analistas, merecendo destaque
o trabalho desempenhado pela Fundação Bradesco.
Evaluation – Once classified for the qualitative
analysis phase, Bradesco was the banking institution rated
highest by the market analysts consulted by the
Association of Capitals Market Investment Analysts and
Professionals (APIMEC). This Bank was awarded top
marks for its environment policy, the transparency of its
management practices and its risk control systems, as well
as the possibility of sustaining its performance over the
medium and long terms. Its outreach activities were also
given the highest possible score by the analysts, with the
efforts of the Bradesco Foundation being particularly
noteworthy.
O Bradesco foi fundado em 1943, em Marília, no interior
de São Paulo, e sua estratégia inicial era atrair o pequeno
comerciante, o funcionário público e pessoas de posses
modestas. Em 1953, o Bradesco inaugurou sua nova sede em
Osasco (SP), num complexo chamado Cidade de Deus. O
Bradesco possui ações listadas em bolsa de valores no Brasil
desde 1946. A partir de 2001, ele aderiu ao Nível 1 de
Governança Corporativa da Bovespa.
Established in 1943 in Marília, upstate São Paulo,
its initial strategy was to attract small merchants, civil
servants and people of modest means. In 1953, Bradesco
inaugurated its new headquarters at Osasco (São Paulo
State) in the Cidade de Deus complex. With its shares
traded on Brazilian stock exchanges since 1946, in 2001
it signed up with the Tier 1 Corporate Governance
segment of the São Paulo Stock Exchange (BOVESPA).
Bradesco
Valor de mercado 2007 / Market Capitalization 2007
R$ 109.462.594,98*
Valor de mercado 2006 / Market Capitalization 2006
R$ 84.801.119,26*
Dividendos / Dividends
R$ 1.237.178,17*
Juros sobre capital próprio / Interest on equity
R$ 1.585.617,92*
Aumento de capital / Increasing stockholders equity
Criação de valor aos acionistas / Stockholders value creation
R$ 789.559,00*
19,82%
*em R$ 1.000,00 / * in R$ 1.000,00
111
A boa performance
dos produtos com ações
O extraordinário desempenho da bolsa em 2007, associado à política
de popularização do mercado de capitais desenvolvida pela Bovespa, trouxe
excelente resultado para os fundos de ações. De acordo com os indicadores
da Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid) esses fundos
fecharam o ano passado com patrimônio líquido de R$ 180,6 bilhões,
124,91% superior ao montante registrado em 2006 (R$ 80,63 bilhões). A
capitalização líquida cresceu 167,21%, ao atingir R$ 24,4 bilhões. No mesmo
compasso andaram os clubes de investimento que tiveram um aumento
considerável na participação de pessoas físicas. No ano passado foram criados
683 clubes elevando para 2.160 o total listado na Bovespa. Os fundos de
pensão, por sua vez, encerraram 2007 comemorando mais um ano de bons
resultados, com a rentabilidade dos investimentos próxima a 26% e superávit
acumulado superior a R$ 75 bilhões.
In parallel to the capitals market popularization policy implemented
by the São Paulo Stock Exchange, the extraordinary performance of Brazil’s
stock market in 2007 produced excellent results for stock funds. According
to the indicators released by the National Investment Banks Association
(ANBID), these funds closed the year with a net worth of R$ 180.6 billion,
well over double (124.91%) the figures for 2006 (R$ 80.63 billion). Net
capitalization rose by 167.21% to R$ 24.4 billion. Investment Clubs kept
pace, with a significant increase in the participation of individual investors.
In the course of the year, 683 new groups were established, making a total
of 2,160 Investment Clubs listed with the São Paulo Stock Exchange.
Additionally, pension funds celebrated yet another year of good results in
2007, with yields of close to 26% and an accumulated surplus topping
R$ 75 billion.
Notable Performance by
Share-Related Products
112
Produtos com ações
Share based products
FUNDOS DE PENSÃO / Pension funds
Investimentos superam R$ 456 bilhões
Investments top R$ 456 billion
C
om um total de ativos administrados de R$ 456,6
bilhões, o que representou crescimento de 23,7%
em relação ao ano anterior e atingiu valor
equivalente a 17,8% do Produto Interno Bruto (PIB), os
fundos de pensão brasileiros encerraram 2007
comemorando mais um ano de bons resultados, com
rentabilidade dos investimentos próxima a 26% e superávit
acumulado superior a R$ 75 bilhões. A rentabilidade entre
dezembro de 2006 a dezembro de 2007 chegou a 1,9% ao
mês ou 25,9% no período, o que coloca o sistema de fundos
de pensão entre os detentores de ativos de maior crescimento
no país. Os investimentos feitos durante o ano no segmento
de renda variável apresentaram rentabilidade de 49,8%,
segundo as estatísticas divulgadas pela Associação Brasileira
das Entidades Fechadas de Previdência Complementar –
Abrapp.
Ao todo, as Entidades Fechadas de Previdência
Complementar (EFPCs) pagaram aposentadorias e pensões
acima de R$ 17,7 bilhões em 2007. Somente no último
mês do ano, foram pagos R$ 1,31 bilhão em aposentadorias
e R$ 161 milhões em pensões, somando benefícios totais
recebidos por 649,2 mil participantes assistidos pelo sistema.
EXCELÊNCIA NA GESTÃO
O número de trabalhadores participantes do sistema
de previdência complementar representa hoje um
contingente superior a 2,6 milhões de trabalhadores; as
aposentadorias e pensões pagas têm valores que são
aproximadamente cinco vezes superiores aos do INSS. De
acordo com o presidente da Abrapp, José de Souza
Mendonça, a excelência na gestão das aplicações é o
principal motivo para o crescimento da indústria de fundos
de pensão no Brasil e para os resultados positivos
acumulados nos últimos anos.
“O setor cresceu, as entidades cresceram e atingiram
um superávit de R$ 75 bilhões, conseguindo superar as metas
atuariais. Esse desempenho é resultado, claramente, de uma
gestão cada vez mais responsável e que busca resultados, com
seriedade, para garantir o pagamento dos compromissos
atuariais dos fundos de pensão junto aos seus participantes”,
diz Mendonça. Ele lembra que “a atuação da Secretaria da
Administering total assets of R$ 456.6 billion, with
growth of 23.7% over the previous year, Brazilian pension
funds reached 17.8% of the nation’s Gross Domestic Product
(GDP) and closed 2007 celebrating yet another year of
impressive results. With payback on investments hovering
around 26% and an accumulated surplus of more than R$ 75
billion, their profitability reached 1.9% a month or 25.9%
over the period between December 2006 and December 2007,
ranking the pension fund system among the holders of the
fastest-growing assets in Brazil. Assets allocated during the year
to the variable income segment posted profitability of 49.8%,
according to statistics released by the Brazilian Closed Private
Supplementary Pension Funds Association (ABRAPP).
In all, Closed Supplementary Pension Fund Entities
(EFPCs) paid out retirement pensions and allowances that
topped R$ 17.7 billion in 2007. During the last month of the
year alone, R$ 1.31 billion were paid out in retirement pensions
and R$ 161 million in allowances, as total benefits received by
649,200 participants assisted by this system.
EXCELLENCE IN MANAGEMENT
The number of workers participating in the
supplementary pension fund system today tops 2.6 million;
retirement pensions and allowances paid out are some five
times higher than those offered by the National Social Security
Institute (INSS). According to the President of the Brazilian
Closed Private Supplementary Pension Funds Association
(ABRAPP), José de Souza Mendonça, excellence in short-term
investment management is the main driver behind the growth
of the pension fund industry in Brazil, explaining the impressive
results built up over the past few years.
“This sector has expanded; its entities have grown, posting
surpluses of R$ 75 billion and managing to exceed actuarial
targets. This performance is clearly grounded on increasingly
responsible management seeking results through a serious
approach, in order to ensure proper pay-outs on actuarial
commitments accepted by pension funds for their members,”
says Mendonça. He recalls that “the actions of the
Supplementary Pension Fund Bureau (SPC) contributed
significantly to this success through stringent oversight, while
striving to ensure proper qualifications for the managers of the
113
Produtos com ações
Share based products
FUNDOS DE PENSÃO / Pension funds
Previdência Complementar (SPC) contribuiu de maneira
expressiva para isso, com fiscalizações rigorosas e a busca de
qualificação dos dirigentes das EFPCs, o que é bastante
saudável para o sistema”.
A destinação do superávit é atualmente um dos
principais temas de debate para os fundos de pensão
brasileiros, explica o presidente da Abrapp. “É preciso
encontrar as melhores alternativas para proteger esse superávit
de modo que sua destinação não venha, no futuro, a
prejudicar os participantes.” Outro ponto fundamental na
agenda dos fundos de pensão, diz Mendonça, é o debate
sobre a criação de um órgão de Estado soberano e não
vinculado a cores partidárias para cuidar da supervisão das
entidades, nos moldes da extinta Previc. Além disso, ele
observa que temas como a adequação dos fundos à realidade
contábil internacional e o cuidado constante com a
governança corporativa das EFPCs também ocuparão espaço
cada vez mais importante nessa agenda.
De acordo com o presidente da Abrapp, os sucessivos
recordes nos investimentos e a obtenção de contínuos
superávits sinalizam que “os diversos indicadores dos fundos
de pensão deverão obter ainda maior relevância no futuro,
uma vez que uma nova base legal e normativa adquirida nos
últimos anos, ao lado do aprimoramento da governança, do
uso de melhores técnicas de gestão e da adoção de controles
mais rigorosos, colocou a Previdência Complementar na rota
de um novo ciclo de mais intenso crescimento”.
Closed Supplementary Pension Fund Entities, which is very
healthy for the system.”
Where to place this surplus is currently one of the main
topics for discussion among Brazilian pension funds, explains
the Chair of the Brazilian Association of Closed Private
Supplementary Pension Funds. “It is necessary to find the
best alternatives for protecting this surplus, in order to ensure
that its allocation does not adversely affect members in the
future.” Another key aspect on the pension fund agenda, says
Mendonça, is the discussion on setting up an independent
regulator not linked to any political parties in order to supervise
the entities, similar to PREVIC, which is no longer extant.
Moreover, he notes that issues such as adapting funds to
international accounting standards and constant attention to
the corporate governance among Closed Supplementary
Pension Fund Entities (EFPCs) are also playing increasingly
important roles on this agenda.
According to the Chair of the Brazilian Closed Private
Supplementary Pension Funds Association (ABRAPP),
successive investment records and a steady stream of surpluses
show that: “the various pension fund indicators must also
become more important in the future, as new legal and
regulatory bases built up during the past few years – in parallel
to better governance, the use of cutting-edge management
techniques and the implementation of more stringent controls
– have nudged the Supplementary Pension Fund segment
into a new and more intensive growth cycle.”
Ativos dos Fundos de Pensão X PIB
Pension Fund Assets X GDP
Ativos EFPC X PIB (%) / EFPC Assets x GDP
Ano
Ativos das EFPCs R$ milhões
PIB R$ milhões
1996
Year
Assets of EFPCs R$ million
GDP R$ million
1994
72.742
349.205
1997
1995
74.815
646.192
1998
1996
86.629
778.887
1999
1997
101.033
870.743
1998
101.129
914.188
1999
125.995
973.846
2001
2000
144.025
1.101.255
2002
2001
171.152
1.198.736
2002
189.280
1.346.028
2003
240.139
1.556.182
2004
280.517
1.766.621
2005
2005
320.200
1.937.598
2006
2006
374.726
2.051.052
Dez/07
456.565
2.503. 947*
Fonte: IBGE / Abrapp
Source: IBGE / Abrapp
114
*4º Trimestre/2006, 1º, 2º e 3º Trimestres/2007
* 4th quarter/2006, 1st, 2nd and 3rd quarters/2007
11,1
11,6
11,1
2000
2003
2004
2007
Fonte: IBGE / Abrapp
12,9
13,1
14,3
14,1
15,4
15,9
16,5
18,3
18,2
Source: IBGE / Abrapp
PREVIDÊNCIA ABERTA
OPEN PENSION FUND
O mercado de previdência privada aberta registrou
recorde histórico em 2007, quando a captação dos planos
atingiu a marca de R$ 28,096 bilhões, com alta de 22,73%
em relação aos R$ 22,891 bilhões captados no ano anterior.
Os dados são da Federação Nacional de Previdência Privada
e Vida (Fenaprevi ), entidade que reúne 89 empresas do
setor. As provisões – recursos acumulados pelos participantes
do sistema de previdência complementar – somaram R$
121,179 bilhões em 2007 (dado acumulado desde o início
da série), o que representou uma alta de 25,37% na
comparação com o ano de 2006, quando as reservas do setor
haviam somado R$ 96,656 bilhões.
The private open pension fund market posted an alltime record in 2007, with plans bringing in R$ 28,096
billion, up 22.73% over the R$ 22,891 billion brought in
during the previous year. These data are released by the
National Private Pension Fund and Life Assurance
Federation (FENAPREVI), which is an entity gathering
together 89 companies in this sector. These provisions –
funds built up by the members of the Supplementary
Pension Fund system – totaled R$ 121,179 billion in 2007
(data accumulated since the start of the series), up 25.37%
compared to 2006, when the reserves posted by this sector
totaled R$ 96,656 billion.
O VGBL – plano indicado para quem não declara
imposto de renda ou o faz pelo formulário simplificado –
continuou sendo o destaque desse setor e respondeu por 71,6%
da captação total registrada em 2007, somando R$20,140
bilhões. O volume supera em 30,51% os R$15,432 bilhões
acumulados em 2006.
The VGBL Pension Plan – which is recommended
for people with no tax to declare or who submit simplified
tax declarations – continues to head up this sector,
accounting for 71.6% of the total funds brought in during
2007, which reached R$ 20,140 billion, 30.51% higher
than the R$ 15,432 billion accumulated in 2006.
Já o volume de contribuições de PGBL se manteve estável,
com evolução de 0,01%. O produto, adequado para quem
faz a declaração completa do Imposto de Renda, respondeu
pela captação de R$ 4.555.875,00 em 2007, contra
R$ 4.555.245,00 em 2006.
Contributions to PGBL pension plans remained
stable, rising by 0.01%. Designed for people submitting
full income tax declarations, this product brought in R$
4,555,875 in 2007, compared to $ 4,555,245 in 2006.
Os planos tradicionais — que garantem rendimento do
IGPM mais taxa de juros de até 6% — apresentaram alta de
17,44 % em 2007, registrando captação de R$3,380 bilhões
contra R$2,878 bilhões em 2006. Os outros produtos de
previdência (FAPI, PRGP e VGRP) responderam pela captação
de R$ 19,732 milhões, um declínio de 25,34 % em relação a
2006, quando foi arrecadado R$ 26,429 milhões.
Traditional pension plans – guaranteeing yields by the
General Price Index – Market (IGPM) issued by the Getulio
Vargas Foundation (FGV) plus interest of up to 6% – rose
by 17.44% in 2007, bringing in R$ 3,380 billion compared
to $ 2,878 billion in 2006. Other pension fund products
(FAPI, PRGP and VGRP) brought in R$ 19,732 million,
down 25.34% compared to 2006, with revenues of R$
26,429 million.
Os planos para menores ganharam popularidade entre
os investidores interessados em acumular poupança a longo
prazo e garantir a segurança dos filhos. Essa modalidade de
planos apresentou crescimento de 71,12% em 2007,
acumulando R$ 1,984 bilhão contra R$1,159 bilhão no ano
Children’s plans became more popular among
investors eager to build up long-term savings ensuring secure
futures for their children. This type of plan rose by 71.12%
in 2007, reaching R$ 1,984 billion compared to $ 1,159
billion the previous year. At the same time, individual plans
Evolução da carteira dos planos abertos de previdência privada (*) / Evolution of open pension fund plan portfolios
Ano
Receitas de planos
Variação
Carteira
Variação
Reservas Técnicas
Year
Revenues from plans
Variation
Portfolio
Variation
Technical reserves
Variação
Variation
2003
14.615.578
55,05%
48.473.235
51,42%
44.184.226
51,57%
2004
18.779.020
28,49%
65.988.780
36,13%
61.373.325
38,90%
25,79%
2005
19.511.794
3,90%
81.465.395
23,45%
77.203.865
2006
22.891.991
17,69%
102.092.924
25,32%
96.656.670
25,20%
2007
28.096.070
22,73%
127.156.911
24,55%
121.179.385
25,37%
Fonte: FenaPrevi - Federação Nacional de Previdência Privada e Vida
(*) Dados acumulados de janeiro a dezembro
Source: FENAPREV: National Life and Private Pension Fund Federation
(*) Accumulated data for January through December
115
Produtos com ações
Share based products
FUNDOS DE PENSÃO / Pension funds
anterior. Ao mesmo tempo, os planos individuais tiveram um
crescimento de 21,72% no volume acumulado ao longo do
ano, registrando a marca de R$ 22,247 bilhões, contra
R$18,277 bilhões em 2006. Os planos empresariais fecharam
o ano com evolução de 11,84% em relação a 2006.
Responderam por R$3,863 bilhões do volume captado, contra
R$3,454 bilhões no anterior.
rose by 21.72% in accumulated volume over the year,
reaching R$ 22,247 billion compared to $ 18,277 billion
in 2006. Business plans closed the year with an increase of
11.84% over 2006, bringing in R$ 3,863 billion compared
to $ 3,454 billion the previous year.
PORTFOLIO
CARTEIRA
Em relação à carteira de investimentos – que inclui as
reservas técnicas, as reservas livres, o capital de seguradoras e
outros valores – o mercado de previdência complementar
cresceu 24,55% em 2007 na comparação com o ano de 2006
(acumulado desde o início da série). Com isso, a carteira do
setor somou R$ 127,1 bilhões.
O VGBL teve novamente o crescimento mais expressivo,
com alta de 38,53% do total de recursos, passando de R$ 41,5
bilhões para R$ 57,5 bilhões. O PGBL cresceu 21,19% no
período, sendo que a carteira do produto passou de R$ 27,6
bilhões para R$ 33,5 bilhões entre 2006 e 2007. Por fim, a
carteira de planos tradicionais passou de R$ 32,4 bilhões para
R$ 35,7 bilhões, o que representou um avanço de 10,19%.
In terms of its investment portfolios – which include
actuarial reserves, free reserves, insurer capital and other
amounts – the supplementary pension fund market expanded
by 24.55% in 2007 compared to 2006 (accumulated since
the start of the series), bringing the portfolios held by this
sector up to R$ 127.1 billion.
The VGBL pension fund option once again posted
the most significant growth, with an increase of 38.53% in
total funding, up from R$ 41.5 billion to R$ 57.5 billion.
The PGBL pension fund option rose by 21.19% during
the period, with its portfolio expanding from R$ 27.6 billion
to R$ 33.5 billion between 2006 and 2007. Finally, the
traditional plans portfolio rose by 10.19%, up from R$
32.4 billion to R$ 35.7 billion.
Ranking dos investimentos em 2007 (em R$ mil) / Ranking of Investments in 2006 (in R$ thousand)
Posição
Fundos de Pensão
Investimentos (R$ mil)
Participantes
Dependentes
Assistidos
Position
Pension Funds
Investments (R$ thousand)
Participants
Dependents
Assisted
1
Previ
138.079.040
82.902
243.922
82.904
2
Petros
39.198.676
62.581
202.560
54.963
3
Funcef
32.042.678
61.807
185.261
26.913
4
Fundação Cesp
14.431.995
17.653
79.310
30.809
5
Valia
9.990.973
47.317
165.319
21.006
6
Itaú Banco
9.110.224
30.419
6.203
5.536
7
Sistel
9.082.304
2.096
45.544
25.463
8
Centrus
8.886.254
121
1.741
1.694
9
Banesprev
8.445.030
8.002
34.912
21.554
10
Forluz
6.550.650
10.993
45.625
11.892
11
Realgrandeza
5.815.523
5.539
23.047
6.844
12
Fapes
5.132.913
2.143
4.613
1.363
13
Fundação Copel
4.418.463
9.144
20.720
6.085
14
HSBC Fundo de Pensão
3.709.492
57.383
102.507
7.156
15
Visão Prev
3.697.258
11.544
15.351
3.925
16
Caixa dos Empregados da Usiminas
3.515.082
16.026
35.602
10.425
17
Telos
3.428.222
7.000
22.180
6.103
18
EletroCEEE
3.374.706
6.521
14.943
6.981
19
Fundação Atlântico
3.274.917
13.117
36.559
7.384
20
IBM
3.140.748
10.809
14.509
1.105
Fonte: IBGE / Abrapp
116
Source: IBGE / Abrapp
CLUBES DE INVESTIMENTO / Investment Clubs
Produto conquista o público jovem
Product attracts young public
O
aumento da participação dos investidores pessoas
físicas no mercado acionário brasileiro continuou
em ritmo acelerado em 2007 e também durante o
primeiro trimestre de 2008, segundo revela a expansão dos
clubes de investimento nesse período. No ano passado foram
criados mais 683, elevando para 2.160 o total de clubes de
investimento listados na Bovespa. Este movimento começou
em setembro de 2002, com o lançamento do programa de
popularização pela bolsa paulista.
The increased participation of individual investors
on the Brazilian Stock Market continued at a rapid pace
in 2007, reflected in the expansion of investment clubs
during this period. Last year, a further 683 clubs were
set up, bringing the total number of investment clubs
listed on the São Paulo Stock Exchange (BOVESPA) to
2,160. This trend began in September 2002, with the
launch of its Reach Out to the People Program.
Apesar da instabilidade que afetou os mercados
financeiros globais, o interesse do investidor brasileiro pelos
clubes de investimento não arrefeceu no início de 2008 e, ao
contrário, o ritmo de criação de clubes foi ainda mais
acelerado. Segundo os dados disponíveis até fevereiro, já
estavam registrados na Bovespa 2.289 clubes, com patrimônio
líquido total de R$ 14,94 bilhões e 154.625 cotistas. No
mês de março houve novo avanço nesse movimento de
expansão, com a criação de mais 102 clubes de investimento,
número recorde num único mês.
Despite the shake-ups on global financial markets,
the interest shown by Brazilian investors in these
investment clubs did not cool off during early 2008.
Instead, the pace at which they are being established
speeded up even more. According to data available
through to February, there were 2,289 clubs registered
on the São Paulo Stock Exchange (BOVESPA), with a
total net worth of R$ 14.94 billion and 154,625 quotaholders. March saw a further upsurge, with a further
102 investment clubs set up, establishing a new record
for a single month.
JOVENS E MULHERES EM AÇÃO
WOMEN AND YOUNG PEOPLE IN ACTION
De acordo com a avaliação feita pelo diretor de
Marketing da Bovespa, Luis Abdal, os recordes na criação de
According to the assessment of the São Paulo Stock
Exchange (BOVESPA) Marketing Director Luis Abdal,
Saldo da Posição de Clubes de Investimento / Club position balance
Ano
Quantidade de Clubes
Quantidade de Membros
Patrimônio Líquido (R$ mil)
Year
Number of clubs
Number of members
Net assets (R$ 1000)
1997*
162
62.634
97.643
1998*
149
67.771
101.441
1999*
180
55.849
276.967
2000*
379
115.087
1.269.313
2001*
457
140.692
1.413.286
2002*
473
139.524
1.404.917
2003*
755
113.028
3.977.201
2004*
1.016
107.946
5.726.198
2005*
1.323
112.306
6.994.750
2006*
1.631
131.969
9.646.499
2007*
2.160
154.102
14.782.484
2008**
2.289
154.625
14.942.166
Fonte: Bovespa (atualizado até 31/12/2007)
* Posição dezembro ** Posição em 29/2/2008
Source: São Paulo Stock Exchange (updated until 12/31/2007)
* Position December **Position on February 29, 2008
117
Produtos com ações
Share based products
CLUBES DE INVESTIMENTO / Investment Clubs
clubes de investimento refletem dois movimentos claros: a
mudança cultural do investidor brasileiro – impulsionada
pelo cenário de estabilidade macroeconômica –, que valoriza
o mercado de ações como instrumento de investimento de
longo prazo; e a segurança oferecida pelo modelo dos Clubes
de Investimento, ideal para os investidores ainda inexperientes
nesse mercado. “Como acontece em todos os países em que
o mercado de ações é importante, as pessoas entram nos
clubes de investimento como primeiro passo, uma espécie
de vestibular para depois se tornarem investidores
individuais”, diz ele.
“O retrato do Brasil de hoje e a economia estável levam
o investidor a enxergar o mercado de ações como uma
importante opção para formação de patrimônio de longo
prazo. Além disso, o País mostrou uma blindagem eficiente
em relação à instabilidade externa, uma vez que a repercussão
aqui foi bem menor, o que também contribui para o
amadurecimento do investidor”, explica Abdal. O segundo
fator, diz ele, é o intenso trabalho de popularização do
mercado de ações desenvolvido pela Bovespa desde 2002,
que tem inclusive recomendado os clubes de investimento
como o melhor caminho para quem está começando a lidar
com investimentos de risco.
O crescimento dos clubes, diz Abdal, tem traduzido
principalmente o interesse do público jovem – entre 25 e 30
anos de idade –, composto por pessoas que já cresceram em
cenário de economia estável e têm muito tempo pela frente
para compor seu patrimônio, e das mulheres – “que têm
demonstrado maior afinidade com o conceito de investir no
longo prazo”. Outro aspecto importante é a utilização do
home broker, ferramenta que atrai para o mercado de ações o
público jovem (abaixo de 40 anos de idade), com maior
facilidade para manejar recursos de Tecnologia da Informação.
O fôlego para a criação de novos clubes em março de
2008, depois de um período de forte turbulência no mercado,
reforçou a tese de maior maturidade do investidor pessoa
física, acredita Abdal. “O investidor brasileiro pessoa física
está mais maduro, entendeu que a volatilidade é uma
característica do mercado de capitais. No caso do público
feminino isso fica ainda mais claro porque as mulheres, assim
que compreendem os conceitos da bolsa, são mais fiéis e não
saem realizando prejuízos durante eventuais crises.”
Os clubes de investimento têm exercido um papel
fundamental para a mudança de cultura do investidor, além
de ajudar a aumentar a base de pessoas físicas no
mercado de ações. É um produto que tem um foco
dirigido para a busca de papéis de empresas com boas
perspectivas de expansão de negócios, menor nível de
risco e que paguem bons dividendos.
118
investment clubs are being set up in record numbers,
clearly reflecting two trends: a cultural shift among
Brazilian investors who are being encouraged by a
context of macro-economic stability to appreciate the
stock market as a long-term investment tool; and the
security offered by the Investment clubs model, which
is ideal for novice investors on this market. “Like all
countries where stock markets are important, people sign
up with Investment Clubs as an initial step, testing the
waters before becoming fully fledged individual
investors,” he says.
“The outlook for Brazil today and its stable
economy is prompting investors to view the stock market
as an attractive option for building up long-term assets.
Moreover, Brazil seems to be effectively shielded against
external instability, as repercussions here were quite mild,
also contributing to investor maturity,” explains Abdal.
He says that the other factor is the intensive drive to
popularize the stock market undertaken by the São Paulo
Stock Exchange (BOVESPA) since 2002, which actually
recommends Investment Clubs as the best option for
people starting to explore risk investments.
The upsurge in these Clubs is spurred largely by
interest among a younger public, between 25 and 30
years old, consisting of people who have grown up within
a stable economy and with plenty of time ahead to build
up their assets, in addition to women, who “have been
showing greater affinity with the concept of long-term
investments,” says Abdal. Another important aspect is
the use of home broking facilities, which is a tool
attracting computer-comfortable under-forties to the
stock market.
After some turbulent times on the market, the
upsurge in new clubs in March 2008 underpins the
concept that individual investors are becoming more
mature, Abdul believes. “Brazilian individual investors
are growing up, aware that volatility is a characteristic
of any capitals market. Among women, this is even more
evident, as they stand firm during crises rather than
selling out a loss, as soon as they understand the concepts
underlying the stock market”, he notes.
Investment Clubs are playing a vital role, driving a shift
in the investor culture and helping build up the
individual investor base on the stock market. This
product focuses on the quest for papers issued by
companies that pay good dividends, with low risk levels
and good growth prospects for their businesses.
FUNDOS DE AÇÕES / Share Funds
Volume recorde na captação e no patrimônio
Record equity and uptake volumes
O
s fundos de ações continuaram atraindo mais
investidores em 2007. Embora a bolsa de valores
brasileira tenha refletido a turbulência verificada nos
mercados internacionais por conta da crise de crédito que afetou
o setor de financiamento imobiliário nos Estados Unidos, ainda
assim essas aplicações tiveram desempenho bem acima dos
investimentos em renda fixa.
De acordo com o ranking elaborado pelo Laboratório de
Finanças da Fundação Instituto de Administração (FIA), da
Universidade de São Paulo, os fundos de ações registraram retorno
médio de 40,38% em 2007, enquanto os fundos DI
acumularam ganhos de 9,82% (médias ponderadas pelo
patrimônio líquido dos fundos). No entanto, a rentabilidade
dos fundos de ações ficou um pouco abaixo do Ibovespa, 43,6%.
Especialistas lembram que a trajetória de queda da taxa
de juro básica (Selic) – pelo menos até setembro – reduziu
significativamente os ganhos das aplicações em renda fixa, como
os fundos DI. Isso acabou atraindo um grande número de
investidores seduzidos pela forte valorização do Índice Bovespa.
Diante disso, o volume de captação e o patrimônio líquido
registraram recordes. A Associação Nacional dos Bancos de
Investimento (Anbid) contabilizou PL de R$ 180,6 bilhões,
124,91% superior ao montante registrado em 2006 (R$ 80,3
bilhões). A capitalização líquida cresceu 167,21%, ao atingir
R$ 24,4 bilhões.
Para 2008, os analistas esperam um desempenho menos
vigoroso que o registrado nos dois últimos anos pelos fundos
de ações. Mesmo assim, as previsões apontam para uma
rentabilidade ainda bem atraente, superior aos rendimentos
dos investimentos em renda fixa.
Stock funds continued to attract even more investors
in 2007. Although the Brazilian Stock Exchange reflected
the turbulence that swept across international markets,
spurred by the credit crisis that shook up the property
financing sector in the USA, these investments still
performed well above their fixed-yield counterparts.
According to the ranking drawn up by the Finance
Laboratory at the Management Institute Foundation
(FIA) at the University of São Paulo, stock funds posted
average returns of 40.38% in 2007, while Interbank
Deposit (DI) Funds posted gains of 9.82% (averages
weighted by the net worth of the funds). However, the
profitability of stock funds remained just below the 43.6%
posted by the São Paulo Stock Exchange Index
(IBOVESPA).
Specialists recall that the steady drop in the Basic
Interest Rate (SELIC) – at least through until September
– significantly undermined earnings on fixed-yield
investments such as DI Funds. This attracted a large
number of investors, lured by the upsurge in this Index.
Consequently, uptake volumes and net worth reached
record figures, with the National Investment Banks
Association (ANBID) calculating a net worth of R$ 180.6
billion, 124.91% higher than the R$ 80.3 billion posted
in 2006, with net capitalization rising by 167.21% to
reach R$ 24.4 billion.
In 2008, analysts expect stock funds to perform less
vigorously than over the past two years. Even so, forecasts
indicate profitability levels that are still very attractive,
outstripping income from fixed-yield investments.
Evolução dos Fundos de Ações / Development of Stock Funds
Ano
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
Patrimônio Líq (R$ bilhão) / Net worth (R$ billion)
14,461
12,530
19,908
21,634
22,092
27,021
34,541
42,978
51,068
80,630
180,613
Fonte: Anbid
* Dados coletados a partir de maio/2001
Captação Líquida (R$) / Net uptake (R$)
(-1,435 bilhão / billion)*
(-826,236 milhões / million)
(-1,614 bilhão / billion)
(-769,563 milhões / million)
(-737,220 milhões / million)
9,155 bilhão / billion
24,457 bilhões / billion
Número de Fundos / Number of funds
534
578
557
568
580
554
496
508
536
656
1.053
Source: National Investment Banks Association (ANBID)
* Data collected from May 2001 onwards
119
Produtos com ações
Share based products
PIBB / Brazil Bovespa Papers Index (PIBB)
Uma boa opção para o longo prazo
A good long-term option
A
rentabilidade dos fundos Papéis de Índice Brasil
Bovespa (PIBB) foi de 51,68% em 2007, que ficou
ligeiramente acima da valorização do produto
referencial desse segmento, o IBX-50, que acumulou um
ganho de 51,22% no ano passado. A evolução foi bastante
expressiva, considerando-se que em 2006 a valorização do
PIBB foi de 33,85%.
The profitability of the funds listed under the Brazil
Bovespa Papers Index (PIBB) reached 51.68% in 2007,
just topping the rise in value posted by the benchmark
product for this segment: the IBX-50, which appreciated
by 51.22% last year. This progress was quite significant,
as the PIBB rose by only 33.85% in 2006.
O desempenho acompanhou a boa performance do
mercado acionário, com empresas de vários setores
apresentando bons resultados, em um ano particularmente
bom para a economia. De acordo com o economista chefe da
corretora paulista Souza Barros, Clodoir Vieira, os fundos PIBB
foram uma boa opção para o aplicador. E continuam sendo:
“As ações são basicamente as mesmas do IBX-50, ou seja, o
investidor conta com 50 ações em uma só carteira, e que estão
entre as mais negociadas na Bovespa.” Essa diversificação
contribui para que o risco acabe sendo diluído, minimizando
possíveis perdas. “Como se trata de ações emitidas por
companhias de diferentes setores econômicos, mesmo que haja
queda em alguma atividade ou empresa, outras certamente
estarão tendo comportamento positivo”, avalia.
This accomplishment kept pace with the good
performance of the stock market, where companies in
several sectors posted impressive earnings, in a year that
was particularly favorable for the economy. According to
the Chief Economist of the Souza Barros brokerage house
in São Paulo, Clodoir Vieira, PIBB funds were – and still
are – a good option for short-term investors: “The shares
are basically the same as the IBX-50, meaning that the
investor has fifty shares in a single portfolio, which are
among the most heavily traded on the São Paulo Stock
Exchange.” This diversification helps dilute risks and
minimize possible losses. “As these shares are issued by
companies in a broad range of economic sectors, if some
activity or company slumps, others will certainly flourish,”
he notes.
O analista pondera que os papéis estão naturalmente
sujeitos a possíveis volatilidades do mercado, o que torna a
aplicação uma boa alternativa para o longo prazo. Vieira
acredita que, apesar de um início de ano tumultuado no
mercado acionário, o PIBB ainda é um investimento
interessante para 2008. Para ele, um atrativo a mais são as
taxas de administração, muito baixas.
This analyst stresses that papers are naturally subject
to market volatility, which makes this a good investment
over the longer term. Convinced that the Brazil Bovespa
Papers Index (PIBB) is still an interesting investment
for 2008, despite a turbulent year for the stock market,
he highlights an added attraction: very modest
management fees.
Patrimônio do PIBB / Assets of the Brazil Bovespa Papers Index (PIBB)
Mês
Ano
PL (R$ Mil)
Rentabilidade no Mês (%)
Rentabilidade no Ano (%)
Month
Year
Net Worth (R$ 000)
Profitability / Month (%)
Profitability / Year (%)
Dez* / Dec*
2004
412.134,17
7,25
27,89
Dez / Dec
2005
2.332.431,14
4,71
37,97
Dez / Dec
2006
2.735.407,21
6,58
33,85
Dez / Dec
2007
3.747.240,19
3,04
51,68
Jan / Jan
2008
3.412.802,16
(8,94)
(8,94)
Fev / Feb
2008
3.655.390,27
7,14
(2,44)
Mar / Mar
2008
3.480.672,84
(4,77)
(7,09)
*Lançado em julho de 2004 / *Launched in July 2004
120
Fonte: Anbid / Source: National Investment Banks Association (ANBID)
BNDESPAR / BNDESPar
Bons resultados com venda de ações
Impressive earnings on stock sales
om lucro líquido de R$ 3,711 bilhões em 2007, a
carteira de ações da BNDESPar (BNDES Participações
S.A) garantiu retorno médio de 27,71% sobre o seu
patrimônio líquido e de 14,15% sobre o ativo. Esse resultado
contribuiu com uma participação de 50,68% sobre o lucro
líquido do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES) que, no final do ano passado, atingiu R$ 7,3
bilhões, com crescimento de 15,5% em comparação ao ganho
conseguido no mesmo período de 2006.
C
With net profits of R$ 3,711 billion in 2007, the stock
portfolio held by the BNDESPar (BNDES Participações
S.A.) ensured an average payback of 27.71% on its net
worth, and 14.15% on assets. These figures helped build
up a share of 50.68% of the net profits posted by the
National Social and Economic Development Bank
(BNDES), reaching R$ 7.3 billion by the end of last year,
15.5% higher than the earnings posted for the same period
in 2006.
Em dezembro de 2007, a carteira da BNDESPar englobava
títulos de emissão de 180 empresas (incluindo participação em
mais 141 companhias) e de 24 fundos, em setores diversos, com
ênfase em petróleo e gás, mineração e energia elétrica.
In December 2007, the BNDESPar portfolio included
papers issued by 180 corporations (including stakes in more
than 141 companies) and 24 funds in a variety of sectors,
particularly oil and gas, mining and electricity.
Segundo informação da diretoria da BNDESPar, o total
de desinvestimentos em 2007 alcançou R$ 7,1 bilhões (contra
R$ 6,4 bilhões em 2006), com destaque para as ofertas públicas
de ações do Banco do Brasil (R$ 2.621 milhões), da Suzano
Papel e Celulose (R$ 491 milhões), da Arcelor Brasil (R$ 436
milhões), da Embraer (R$ 201 milhões), da Telemar N. Leste
(R$ 63 milhões) e da Copesul (R$ 21 milhões). Os
desinvestimentos do programa de fundos totalizaram R$ 154
milhões (R$ 338 milhões em 2006).
According to information disclosed by the BNDESPar
Executive Board, total divestments reached R$ 7.1 billion
in 2007 (compared to R$ 6.4 billion in 2006). Particularly
noteworthy are the public share offerings conducted by
the Banco do Brasil (R$ 2,621 million), Suzano Papel e
Celulose (R$ 491 million), Arcelor Brasil (R$ 436 million),
Embraer (R$ 201 million), Telemar N. Leste (R$ 63
million) and Copesul (R$ 21 million). Divestments by the
fund program totaled R$ 154 million (R$ 338 million in
2006).
Em 31 de dezembro de 2007, o valor de mercado da
carteira era de R$ 84,8 bilhões, contra R$ 54 bilhões no mesmo
período de 2006. O patrimônio líquido registrou um aumento
de 7,6% em 2007, ao atingir R$ 13,88 milhões. Já a carteira
de debêntures da BNDESpar fechou o ano em R$ 2,305
milhões, com redução de 17,2% em comparação ao resultado
de 2006.
Principais ativos em valor de mercado – posição: 31/12/07
Empresas / Companies
Participação %
On December 31, 2007, the market value of this
portfolio reached R$ 84.8 billion, well above the R$ 54
billion for the same period in 2006. Its net worth rose by
7.6% in 2007, reaching R$ 13.88 million. The debenture
portfolio held by BNDESpar closed the year at R$ 2,305
million, at 17.2% over the figures for 2006.
/ Main Assets at Market Values – Position on Dec 31, 2007
Empresas / Companies
% stake
Petróleo Brasileiro S.A.
Cia. Vale do Rio Doce
Valepar S.A.
Centrais Elétricas Brasileiras S.A. –
Eletrobrás
Cia. Brasiliana de Energia
ALL América Latina Logística S.A.
Telemar Participações S.A.
Banco do Brasil S.A.
Total
Ord
Total
Com
Pref
Pref
7,62
4,10
9,47
11,84
1,86
6,71
11,51
14,78
15,52
0,02
0,00
0,00
53,85
11,45
25,00
3,04
50,00
–
25,00
–
100,00
–
0,00
–
Aracruz Celulose S.A.
Cia. Siderúrgica Nacional
Embraer – Empresa Brasileira
de Aeronáutica S.A.
Klabin S.A.
CPFL Energia S.A.
Gerdau S.A.
Acesita S.A.
Aços Villares S.A.
Participação %
% stake
Total
Ord
Pref
Total
Com
Pref
5,51
–
–
6,28
6,28
0,00
5,05
–
–
20,59
5,72
3,46
17,10
28,91
–
–
7,39
–
–
–
–
1,38
–
–
Fonte: BNDES / Source: National Social and Economic Development Bank (BNDES)
121
Lei nº11.683 marca o ano legislativo
para as companhias abertas
A promulgação da Lei nº 11.638, no final de 2007, marcou o ano
legislativo no mercado de capitais. O novo aparato legal define a convergência
das práticas contábeis brasileiras ao padrão internacional International
Financial Reporting Standards (IFRS). A lei, no entanto, suscitou uma
grande polêmica pois, para alguns especialistas, ela pode gerar um impacto
fiscal maior para as empresas. Mesmo assim foi unânime o reconhecimento
de que se trata de um grande avanço na modernização da contabilidade
das companhias brasileiras. Mereceu destaque também o crescimento da
auto-regulação promovido pelas entidades do mercado. A ANBID, por
exemplo, fez uma ampla modernização nos códigos de auto-regulamentação
para as ofertas públicas e os fundos de ações e a Abrasca lançou o Manual
de Controle e Divulgação de Informações Relevantes.
The promulgation of Law Nº 11,638 in late 2007 closed the legislative
year for Brazil’s capitals market. This new legislation defines the paths for
aligning Brazilian accounting practices with the International Financial
Reporting Standards (IFRS). However, this Law prompted much
controversy, as some specialists feel that it might cause heavier fiscal impacts
on companies. Nevertheless, it was unanimously acknowledged as a major
step forward in modernizing the accounting systems of Brazilian
corporations. Also noteworthy is the progress of self-regulatory measures
introduced by market-related entities: the National Investment Banks
Association (ANBID) updated the self-regulation codes for public offerings
and stock funds, while the Brazilian Association of Publicly-Held
Companies (ABRASCA) launched the Handbook on the Control and
Disclosure of Relevant Information.
Law Nº 11,683: Milestone
for Listed Companies
122
Regulação
Regulation
ENTREVISTA COM LUIZ LEONARDO CANTIDIANO / Interview with Luiz Leonardo Cantidiano
Por Martha Corazza / By Martha Corazza
O avanço institucional do mercado brasileiro
Institutional Progress by the Brazilian Market
The former Chair of the
Brazilian Securities Commission
(CVM), corporate law specialist Luiz
Leonardo Cantidiano believes that
the demutualization of the São Paulo
Stock Exchange (BOVESPA),
together with the prospects of setting
up a ‘super exchange’, through
merging BOVESPA and the
Commodities and the Futures
Market (BM&F), will be a major
step forward for consolidating the
development of Brazil’s capitals
market. In this interview he talks
about fine-tuning the regulations and
accounting convergence procedures, as
well as self-regulation, which are
aspects placing Brazil in an extremely
favorable position for attracting long
term investments, paving the way for
its acknowledgement and the main
stock trading hub in this region.
Ex-presidente da Comissão de
Valores Mobiliários (CVM), o
advogado especializado em direito
societário Luiz Leonardo Cantidiano
acredita que o processo de desmutualização da Bolsa de Valores de São
Paulo, acrescido da perspectiva de
criação de uma super bolsa, resultado
da fusão de Bovespa e BM&F, será
um importante passo para consolidar a evolução do mercado de
capitais brasileiro. Nesta entrevista,
ele fala sobre os processos de convergência contábil e de aperfeiçoamento
regulatório, assim como a autoregulação, aspectos que colocam o
Brasil em condições extremamente
favoráveis à atração de investimentos
de longo prazo e abrem o caminho
para que o país seja reconhecido
como o principal pólo de negociação
de ações na região.
» A Lei 11.638/07, promulgada no final do ano passado,
» Promulgated last year, Law Nº 11,638/07 aligns Brazilian
«
« There is no doubt that this Law is a major advance for Brazil,
veio definir a convergência das práticas contábeis brasileiras
com o padrão internacional (IFRS). Na sua avaliação, a lei
foi um grande avanço ou apenas um passo a mais na
modernização das práticas contábeis?
Sem dúvida a lei constitui um grande avanço para o país,
que passa a ficar em situação de igualdade com nações mais
desenvolvidas. O fato de as demonstrações contábeis de
empresas brasileiras serem elaboradas segundo princípios
universais facilita o entendimento da situação dessas
companhias pelos investidores de todo o mundo e beneficiará
o fluxo de capitais para investimentos no Brasil. Facilitará
também o acesso das companhias brasileiras a capitais externos.
» O parágrafo 7º do artigo 177, da Lei 6.404/76, adicionado
pela Lei 11.638/07, estabelece que os lançamentos de ajustes
efetuados, exclusivamente para harmonização das normas
contábeis, e as demonstrações e apurações com eles elaboradas
não poderão ser base de incidência de impostos e
contribuições nem ter quaisquer outros efeitos tributários.
Diante disso, têm sido feitas reiteradas declarações de
accounting practices with International Financial Reporting
Standards (IFRS). In your view, is this law a significant move
forward, or is it just another step in the modernization of
Brazil’s accounting practices?
which is now on an equal footing with the more developed
nations. The fact that the financial statements issued by Brazilian
companies will be drawn up in compliance with universal
principles makes it easier for investors from all over the world to
understand the situations of these enterprises, boosting inflows
of investment capital into Brazil. This will also make it easier for
Brazilian companies to access foreign capital.
»
Paragraph 7 of Article 177 of Law Nº 6,404/76, added
by Law Nº11,638/07, stipulates that accounting entries
reflecting adjustments undertaken solely to dovetail these
accounting standards and the financial statements and
calculations conducted on this basis may not be subject to
taxes and levies, nor any other fiscal effects. As a result,
accounting specialists have repeatedly stated that there is no
123
Regulação
Regulation
ENTREVISTA COM LUIZ LEONARDO CANTIDIANO / Interview with Luiz Leonardo Cantidiano
especialistas da área contábil sobre a inexistência de impacto
fiscal. Entretanto, as empresas receiam “surpresas” por parte
da Receita Federal. Tem fundamento esta preocupação?
«
O propósito que norteou a elaboração da lei foi evitar que
ela pudesse ter impactos fiscais. Alguns especialistas na matéria,
dentre os quais não me incluo, têm ressaltado a possibilidade
de haver impactos fiscais decorrentes da aplicação da lei. Espero
que estejam equivocados. A nova legislação, desde que não
tenha impactos fiscais, será sem dúvida muito benéfica às
companhias e ao mercado como um todo, mas se houver
impacto será necessário verificar cuidadosamente quais são eles,
até porque nesse caso a lei poderá não ser tão favorável quanto
imaginávamos. É preciso lembrar que o objetivo da legislação é
permitir que o Brasil possa convergir para as práticas contábeis
internacionais, garantindo melhor transparência às
demonstrações das companhias. Além disso, ela tem um
importante caráter modernizante porque, de acordo com as
leis brasileiras, todas as modificações e eventuais atualizações
têm que passar pelo Congresso, mas, com a nova legislação
contábil, será possível agilizar isso por meio de convênios entre
Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Secretaria da
Previdência Complementar (SPC), Susep e Banco Central, por
“
Alguns especialistas dizem que a Lei 11.638
causará impacto fiscal para as empresas.
Espero que estejam equivocados
”
fiscal impact. However, companies are worried about
‘surprises’ from the Federal Revenue Bureau (SRF). Are there
any grounds for this concern?
«
The purpose guiding the preparation of this Law was to avoid
any fiscal impacts. Some specialists in this field, among whom I
am not included, have highlighted the possibility of tax impacts
arising from the application of this Law. I hope that they are
mistaken. Provided that it has no fiscal impacts, this new Law will
undoubtedly be very beneficial for companies in the market as a
whole, but should there be any impacts, they must be examined
carefully, because in such a case the Law might not be as favorable
as we believed. It must also be recalled that the purpose of this
legislation is to allow Brazil to align its accounting practices with
international standards, ensuring greater transparency for the
financial statements issued by Brazilian companies. Moreover, it
has an important modernizing aspect because, according to
Brazilian Law, all modifications and possible updates must be
approved by the National Congress; however, with this new
accounting legislation, it will be possible to speed this up through
agreements among the Brazilian Securities Commission (CVM),
the Supplementary Pension Fund Bureau (SPC), the Private
Insurance Superintendency (SUSEP) and the Brazilian Central
“
Some specialists say that Law Nº 11,638
will have a fiscal impact on companies. I
hope they are wrong
”
exemplo, para que uma nova norma seja aplicada
imediatamente. Isso agiliza sensivelmente qualquer atualização
de normas, é uma modernização expressiva.
bank, for example, ensuring that new rules are applied immediately.
This will streamline any updating of the rules to a significant
extent, it is an important step towards modernization.
»
» Is this new Accounting Law sufficient, or should other legal
Esta nova lei contábil é suficiente ou falta a adoção de
outros instrumentos legais para facilitar o desenvolvimento
das empresas?
« No âmbito da contabilidade, a lei é suficiente, mas talvez
ainda faltem alguns instrumentos legais como, por exemplo:
redução dos custos incorridos pelas companhias com a publicação
de seus atos em diários oficiais e definição, pela CVM, dos critérios
para registro das companhias, alterando a Instrução 202, para
facilitar o desenvolvimento das empresas. Eu defendo que seja
abolida a obrigatoriedade de publicação em Diários Oficiais,
bastando que as informações sejam publicadas em jornais e na
internet, o que já reduziria sensivelmente os custos porque publicar
em Diários Oficiais é caro, você gasta um dinheiro absurdo e
ninguém lê aquilo. Além disso, é importante rever as exigências
feitas às companhias, por meio de uma diferenciação de acordo
com as características de cada uma. Nós temos situações
extremamente diferenciadas no mercado. Temos, por exemplo,
companhias que fazem apenas emissão de ações para o varejo,
para o grande público, outras que emitem debêntures para o
124
tools be adopted in order to buttress corporate development?
« In the accounting sphere, this Law is sufficient, but perhaps
some legal tools are missing, such as lowering company costs
on publishing their acts in Government Gazettes and the
definition of company registration criteria by the CVM, altering
Instruction Nº 202 in order to foster corporate development.
I urge that the requirement to publish announcements in
Government Gazettes should be abolished, allowing
information to be disclosed only through newspapers and over
the Internet, which would significantly lower these costs,
because it is expensive to public announcements in
Government Gazettes, you spend a lot of money and nobody
reads them. Moreover, it is important to review the
requirements imposed on companies through distinguishing
among agreements, adapting to the characteristics of each of
them. We have a broad range of situations on the market. For
example, we have companies that issue shares only at the retail
level, for the public at large, while others issue debentures for
grande público. Ao mesmo tempo, temos companhias que
emitem ações ou debêntures exclusivamente para os grandes
investidores qualificados, um público bem menor. Apesar de toda
essa diferenciação, as exigências feitas a todas essas empresas ainda
são as mesmas, ou seja, falta racionalizar isso para baratear os custos
dos registros. A lei brasileira já permite, desde 2001, que a CVM
regulamente os níveis diferenciados, mas nada foi feito até agora.
» Qual é a explicação para essa demora?
« Quando eu saí da CVM deixei isso preparado e o trabalho
ficou pronto para ser apresentado em audiência pública.
Entretanto, de lá para cá vivemos uma situação de crescimento
dos negócios no mercado, com um forte aquecimento e
surgimento de novas companhias, independentemente dos
custos de registros, e a CVM acabou deixando o assunto de
lado, mas agora já estão voltando a discutir o tema e acredito
que será bastante positivo, dará mais agilidade ao mercado.
Outro ponto importante nesse sentido é o convênio que está
sendo discutido com a Anbid (Associação Nacional dos Bancos
de Investimento) para dar um fast-track aos registros, o que
permitirá que as companhias aproveitem melhor as
oportunidades oferecidas pelo mercado.
the public as a whole. At the same time, we have companies
that issue shares or debentures solely for major qualified
investors, which is a far smaller public. Despite all these
differences, the requirements imposed on all these companies
remain the same, meaning that a more rational approach is
needed to lower these registration costs. Since 2001, Brazilian
Law has allowed the CVM to regulate these various levels, but
nothing has been done as yet.
» What is the reason for this delay?
« When I resigned from the CVM, I left all this prepared and
the project was ready for presentation at a public hearing.
However, since then we have experienced an upsurge in trading
on the market, with the appearance of new companies,
regardless of registration costs, and the CVM set this matter
aside. However, it is now discussing this matter again and I
believe that this will be very positive, making the market more
nimble. Another important aspect in this area is the agreement
under discussion with the National Investment Banks
Association (ANBID) setting up fast track registration, which
will allow companies to make better use of opportunities
opening up on the market.
Eu defendo que seja abolida a
obrigatoriedade das empresas publicarem seus
balanços em Diários Oficiais
“
»
» Changing the topic: BOVESPA has been going through
“
”
Mudando de tema. A Bovespa tem vivido um intenso
processo de mudanças, por conta da desmutualização e
abertura do seu capital. Como o senhor avalia essa mudança
estrutural? De que maneira ela contribui para o
desenvolvimento do mercado?
« Acho que a tendência é termos três ou quatro grandes bolsas de
valores: uma na América do Norte, outra na Europa, outra na Ásia
e a última na América do Sul. O processo em curso da Bovespa
sem dúvida a qualifica para ser o grande centro de negociação de
ações em nossa região. Ademais, a desmutualização profissionaliza,
de vez, a bolsa, que deixa de ser dos corretores membros e passa a
atuar com outros critérios de governança. Esse processo, assim como
a perspectiva de criação de uma superbolsa, mostra que a evolução
do mercado de capitais brasileiro veio para ficar, não é um fenômeno
passageiro ou uma bolha. Ele é decorrente de uma conjunção de
fatores: a estabilidade da economia brasileira, o crescimento do
país, a melhoria na regulamentação e a melhoria na governança
corporativa, com a criação do Novo Mercado e dos níveis
diferenciados de governança na Bovespa. Agora temos também o
Grau de Investimento (Investment Grade) e o projeto da superbolsa.
Com tudo isso, o mercado só tende a continuar crescendo e se
aperfeiçoando.
I support the elimination of the mandatory
requirement that companies must publish their
Balance Sheets in Government Gazettes
”
a time of sweeping changes, due to demutualization and
going public. How do you assess these structural changes?
How is this helping develop the market?
« I believe that there is a trend towards having only three or
four major stock exchanges: one in North America, one in
Europe, one in Asia and one in South America. The process
under way on BOVESPA undoubtedly qualifies it to become
the major stock trading center in our region. Moreover,
demutualization professionalizes the Stock Exchange in a single
stroke, with brokers ceasing to be its members and now
operating with other governance criteria. Similar for the
prospects for setting up a Super Exchange, this process shows
that the development of Brazil’s capitals market is here to stay,
it is not a transient phenomenon or a bubble. It is based on a
solid set of factors: the stability of the Brazilian economy, the
growth of the nation, more effective regulations and better
corporate governance, with the introduction of Brazil’s Novo
Mercado and governance tiers on BOVESPA. Now we have
reached Investment Grade and implemented the Super
Exchange project. As a result, the market will continue to grow
and improve.
125
Regulação
Regulation
ENTREVISTA COM LUIZ LEONARDO CANTIDIANO / Interview with Luiz Leonardo Cantidiano
»
»
Quais serão os resultados práticos, a curto prazo, dessa
fusão das bolsas?
Over the short term, what will be the practical outcome
of this merger?
« Se a bolsa brasileira resultante desse processo atuar de fato como
« Should the Brazilian bourse resulting from this process really
um pólo regional, a tendência será de termos um número maior de
empresas sendo negociadas no mercado, inclusive estrangeiras. Existe
também a possibilidade da bolsa adquirir ou se associar às bolsas de
outros países, se isso ocorrer ela vai crescer ainda mais.
»
No processo de desmutualização da Bovespa, tem sido
discutido o risco de um confito de interesses. Qual é sua
avaliação a respeito?
«
Não vejo esse risco. Acredito que o problema já está bem
resolvido porque houve a preocupação de definir mecanismos
de segregação, uma espécie de chinese wall separando a atuação
da bolsa como reguladora do mercado e como negociadora,
tudo sob a supervisão da CVM.
» A Instrução 461, editada no ano passado, tem o objetivo
de disciplinar os mercados de valores mobiliários, tratando
de sua organização geral e instituindo, entre outros itens,
mecanismos de auto-regulação. Qual é sua avaliação sobre a
461 e a importância da auto-regulação dos mercados?
“
serve as a regional hub, the trend will be to see a larger number of
companies going public on this market, including non-Brazilian
enterprises. There is also the possibility of this hub acquiring or
entering into associations with Stock Exchanges in other countries
and – should this occur – it will grow even more.
»
During the demutualization process of BOVESPA, there
was some discussion about the risk of a conflict of interest.
What are your views on this?
« I do not see this risk. I believe that the problem is already well
resolved, because particular attention was devoted to defining
separation mechanisms, a type of Chinese wall dividing the
actions of the Stock Exchange as the market regulator and its
activities as a trader, all supervised by the CVM.
» Issued last year, Instruction Nº 461 is intended to regulate
securities markets, encompassing their general organization and
introducing self-regulation mechanisms, among other aspects.
What is your view about it and the importance of self-regulation?
“
O Judiciário é lento nas questões
sobre o mercado de capitais.
A saída é adotar a arbitragem
«
”
Acho que a Instrução reflete, com propriedade, o atual
momento de nosso mercado. Sou amplamente favorável à
auto-regulação – mais barata e mais ágil –, mas com eficiente
supervisão do agente regulador que, como disse Louis Loss,
fica atrás da porta, com a garrucha na mão, preparado para
agir quando o auto-regulador falha, ou seja, ele tem que estar
vigilante. Não vai ser mais o guarda da rua, mas vai ficar de
olho no monitor. Olhando para o que já temos no Brasil
hoje, a auto-regulação avançou muito e tem funcionado bem.
Temos o Novo Mercado, totalmente auto-regulado pela
Bovespa, que aperfeiçoou suas normas de funcionamento.
Temos a auto-regulação da Anbid, com um Código de
Registro; a própria Bovespa com a figura do seu ombudsman,
a Abrasca lançando o Manual de Controle e Divulgação de
Informações Relevantes e o IBRI lançando o Código de Ética
para os profissionais de Relações com Investidores, então
acredito que todos esses agentes do mercado estão hoje muito
conscientes de seu papel na auto-regulação.
» Qual é sua avaliação a respeito da Lei nº 10.303, que
promoveu alterações na Lei das S.A.? Em sua opinião, os
instrumentos de proteção ao acionista minoritário estão bem
dimensionados ou precisam de ajustes?
126
The Courts deal sluggishly with issues
related to the capitals market.
The solution lies in arbitration
«
”
I think that this Instruction quite properly reflects the current
situation on our market. I am very much in favor of selfregulation – which is cheaper and more agile – but with efficient
supervision from the Regulator, which as Louis Loss said, must
stand behind the door with a handful of ropes and hooks,
ready to step into action when self-regulation fails, meaning
that it must remain alert. It will no longer be like the street
cop, it will keep a sharp eye on the screens. Looking at what
we have in Brazil today, self-regulation has already made great
progress and is working well. We have the Novo Mercado which
is fully self-regulated by BOVESPA, which has fine-tuned its
operating rules. We have the self-regulations introduced by
the National Investment Banks Association (ANBID), with a
Registration Code and also the Ombudsman introduced by
BOVESPA; the Brazilian Association of Publicly-Held
Companies (ABRASCA) launched its Relevant Information
Disclosure Code, and the Brazilian Investor Relations Institute
(IBRI) introduced its Code of Ethics for Investor Relations
Professionals, so I believe that all these market agents are today
keenly aware of their roles in the field of self-regulation.
» What is your assessment of Law Nº 10,303, which
introduced alterations to Brazil’s Corporations Act? In your
« No momento penso que os instrumentos de proteção estão
bem dimensionados. Considerando, no entanto, o ritmo de
desenvolvimento do mercado, talvez venha a ser necessário
fazer alguns ajustes pontuais no futuro.
» De que modo o arcabouço jurídico brasileiro está adequado
às necessidades do mercado de capitais e o que precisa ser
mais bem normatizado?
« Penso que o arcabouço jurídico está bem dimensionado,
necessitando, eventualmente, de pequenos ajustes.
»
O poder judiciário tem respondido de maneira eficiente
às demandas das companhias e do órgão regulador no que
diz respeito à maior transparência?
« Não. Acho que o poder judiciário, porque é lento, e porque
não é especializado nas questões relacionadas ao mercado de
capitais e ao direito corporativo, não responde à altura aos
desafios com que se defronta. A saída é adotar a arbitragem, o
que resolveria o principal problema da atuação da Justiça
atualmente, que é o acúmulo de processos e a falta de
especialização dos juízes. A utilização da arbitragem, inclusive,
já tem crescido expressivamente no Brasil e há câmaras de
“
view, are the tools shielding minority shareholders well-sized,
or do they need tweaking?
« At the moment, I think that the protection tools are wellsized. However, bearing in mind the pace at which the market
is developing, some adjustments may be required in future.
» How is Brazil’s juridical framework adapted to the needs of
its capitals market and where are further regulations required?
«
I think that the juridical framework is well-sized, although
possibly requiring some minor adjustments in future.
» Has the Judiciary responded efficiently to the demands
imposed by company and the Regulator in terms of greater
transparency?
«No.BecausetheCourtsareslow-movingandarenotspecialized
in issues related to the capitals market and corporate law, I think
that they have failed to respond adequately to the challenges that
have arisen. The solution is arbitration, which would resolve the
main problems currently faced by the Courts at the moment: the
back-log of cases and the lack of specialization among Judges. In
fact, the use of arbitration is already expanding significantly in
“
É importante rever as exigências para registro
das companhias, por meio de uma diferenciação
de acordo com as características de cada uma
”
arbitragem de grande qualidade, então há uma perspectiva
bem definida para equacionar esse problema.
»
It is important to review the listing
requirements, tailored to specific corporate
characteristics
”
Brazil, and there are excellent quality Arbitration Chambers, so
there is are well-defined prospects for resolving this problem.
»
O que ainda falta para assegurar um ambiente que estimule
a abertura de capital e a atuação das companhias brasileiras
no mercado?
What is still missing in order to ensure an environment
that encourages companies to go public while fostering the
performance of Brazilian enterprises on the market?
« Reduzir o custo Brasil, especialmente nas questões tributária e
« Lowering the Brazil Cost, especially through tax and labor
trabalhista, que oneram em muito a atividade produtiva no país.
Mas, apesar dessas restrições e olhando para o mercado de capitais
brasileiro hoje, vemos que já há uma situação bastante positiva, até
porque a globalização tende a nivelar por cima. Uma das coisas
que mais me impressionaram quanto estive na CVM foi
justamente a capacidade de interação entre as bolsas e os reguladores
dos diversos países para debater os temas que são de interesse
global. É estimulante ver que as grandes questões do mercado,
como, por exemplo, o disclosure, a atuação dos auditores
independentes e o rating são discutidas em nível mundial. Com
esse movimento, cada mercado tem que “ baixar o sarrafo” para
não ficar abaixo do nível dos demais. Enfim, a mesma situação de
convergência internacional que está ocorrendo na área contábil
acontece também na área regulatória e, no caso brasileiro, a
regulação já avançou muito, ela é extremamente bem-feita e
está atualizada com o resto do mundo.
aspects, which imposes heavy burdens on production activities
in this country. Despite these constraints, and looking at Brazil’s
capitals market today, we see that the situation is quite positive,
particularly because globalization is tending to level everything
up. One of the aspects that most impressed me when I was with
the CVM was precisely the capacity to interact displayed by
Stock Exchanges and Regulators in several countries, discussing
issues of global interest. It is encouraging to see that aspects that
are important for the market, such as disclosure for example,
the activities of independent auditors and ratings are under
discussion at the global level. With this trend, each market must
‘raise its bar’ so as not to lag behind the others. So the same
situation of international convergence that is taking place in the
accounting area is also appearing in the regulatory field, with
regulation already progressing significantly in Brazil; it is extremely
well done and is keeping pace with the rest of the world.
127
Regulação
Regulation
Iniciativas das entidades
Initiatives by Market-Related Entities
BOVESPA
São Paulo Stock Exchange (BOVESPA)
Em 2007 a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa)
adotou as seguintes ações para o desenvolvimento do
mercado de capitais:
In 2007, the São Paulo Stock Exchange implemented
the following actions in order to develop Brazil’s capitals
market:
Desmutualização – A abertura de capital da Bovespa,
resultado do processo de desmutualização iniciado ainda
em 2006, marcou o ano de 2007 como o principal evento
do mercado de capitais brasileiro. A operação de oferta
inicial de ações (IPO) da Bovespa, realizada em outubro,
permitiu a captação de US$ 3,7 bilhões e foi o quinto
maior IPO do mundo, segundo revelou pesquisa feita
pela consultoria Ernst & Young. De acordo com o
presidente da Bovespa, Raymundo Magliano Filho, a
desmutualização deverá contribuir para o aumento da
democratização do mercado de capitais, com a possibilidade de criação de novas corretoras de valores nas
diversas regiões do país.
Demutualization – The outcome of the demutualization
process that began back in 2006, taking the São Paulo
Stock Exchange public, made 2007 a milestone year for
Brazil’s capitals market. Held in October, this Initial Public
Offering (IPO) brought in US$ 3.7 billion, ranked fifth
worldwide, according to a survey conducted by the Ernst
& Young consulting firm. According to its Chairman,
Raymundo Magliano Filho, this demutualization will
enhance the democratization of Brazil’s capitals market,
with possibilities of opening up new brokerage houses all
over Brazil.
BSM – A partir da desmutualização da Bovespa e da
Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC),
foi criada no dia 1º de outubro de 2007 a Bovespa
Supervisão de Mercados (BSM), uma associação civil sem
fim lucrativo. Seu objetivo é “analisar, supervisionar,
fiscalizar e auditar o cumprimento das normas legais e
regulamentares emitidas pelos órgãos reguladores e autoreguladores a que estejam sujeitos todos os Participantes
de Negociação e os Agentes de Compensação e/ou de
Custódia”. A BSM tem dois únicos associados: a BVSP e
a CBLC, sendo, porém, funcional e financeiramente
autônoma em relação a eles, possuindo orçamento
próprio, pessoal especializado e administradores com
mandato, que só podem ser destituídos de suas funções
em situações especiais.
ANBID
A Associação Nacional dos Bancos de Investimento
comemorou 40 anos de história em 2007. Desde sua
fundação, a Anbid teve como meta ser uma entidade de
classe, mas sem abrir mão da defesa do fortalecimento
dos mercados que representa. “Esse traço da associação
128
BSM – After the demutualization of the São Paulo Stock
Exchange and its Settlement and Custody House, the
Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC)
on October 1, 2007, a non-profit oversight entity was set
up: Bovespa Supervisão de Mercados (BSM). Its purpose
is “to analyze, supervise, oversee and audit compliance
with the legal and regulatory rules issued by the regulators
and self-regulators to which all Trading Parties, Clearance
and / or Property Agents are subject”. With only two
members – the São Paulo Stock Exchange and its
Settlement and Custody House, the CBLC – this
oversight entity is functionally and financially
independent, with its own budget, specialized staff and
managers with specific terms of office, who may be
dismissed from their positions only in special situations.
National Investment Banks Association (ANBID)
Brazil’s National Investment Banks Association
(ANBID) celebrated its fortieth anniversary in 2007. Since
it was first established, this Association has aimed at being
a business entity, without easing up on its efforts to
strengthen the markets that it represents. “This associative
Regulação
Regulation
esteve presente na gestão de todos os seus dirigentes”,
afirmou o presidente da Anbid, Alfredo Setubal.
characteristic has been clear in the administration of all
its managers,” affirmed its President, Alfredo Setubal.
A associação conta hoje com a colaboração de 718
executivos de instituições associadas e cerca de 80
funcionários, que realizaram, em 2007, cerca de 55
reuniões para debater propostas para o aperfeiçoamento
do mercado.
With the cooperation of 718 executives from its
member institutions and a staff of around eighty, this
association held several meetings in the course of the year
to discuss proposals designed to fine-tune the market.
Auto-regulação – A Anbid lançou, em março de 2007,
um boletim semestral de auto-regulação, criado com o
objetivo de apresentar o balanço de suas atividades. Para
facilitar a leitura, o conteúdo é dividido pelas áreas que
atua: Ofertas Públicas, Fundos de Investimento,
Certificação, Serviços Qualificados e Private Banking.
Códigos – A partir de 2008, os cinco códigos de autoregulação da Anbid passaram a contar com um documento
único que regulamenta todos os procedimentos que
envolvem a abertura de processos sancionadores. Essa
alteração, unindo ritos e uniformizando os processos, é
especialmente importante para participantes da autoregulação que se enquadram em mais de um código da
associação. Isso porque as disposições processuais
atualmente se encontram em códigos diferentes, que
evoluem de forma autônoma, o que acarreta pequenas
diferenças de procedimentos em cada código.
Reformulação – Em 2007, a Anbid realizou uma ampla
reformulação no Código de Auto-regulação para Fundos
de Investimentos, que passará a integrar capítulos sobre
administração e responsabilidades de prestadores de
serviços.
Proxy voting – A Política de Exercício de Direito de Voto
(proxy voting) passou a contar com regras específicas. Os
novos dispositivos regulam a participação dos gestores de
fundos em assembléias, de acordo com a Política de
Exercício de Direito de Voto, registrada na Anbid. Este
documento detalhará os princípios defendidos pelo gestor,
como se dá o processo de análise das matérias e de voto,
os organismos responsáveis pela tomada de decisão,
registros, entre outros documentos que garantam mais
transparência e segurança ao investidor.
Equity kickers – Outro tema que ganhou atenção da área
auto-regulação da Anbid ao longo de 2007 foi o de equity
kickers, que motivou a inserção de um artigo no código
específico sobre a prática de empréstimos vinculados a ofertas
públicas. O documento define regras para a disposição das
informações relativas a empréstimos concedidos pelas
instituições à companhia emissora ou aos seus acionistas nas
operações que estejam intermediando.
130
Self-Regulation – In March 2007, the National
Investment Banks Association (ANBID) launched a halfyearly bulletin on self-regulation, in order to present the
outcomes of its activities. For easier reading, its contents
are divided up by the areas in which it operates: Public
Offerings, Investment Funds, Certification, Qualified
Services and Private Banking.
Codes – From 2008 onwards, the five Self-Regulation
Codes established by ANBID will be underpinned by a
single document regulating all the procedures involved
in filing punitive proceedings, standardizing measures and
proceedings. This innovation is particularly important for
self-regulating players that are subject to more than one
Code issued by the Association. This is because the
procedural provisions are currently presented in different
codes that developed independently, resulting in minor
procedural differences in each Code.
Restructuring – In 2007, ANBID completely restructured
the Investment Fund Self-Regulation Code, including
chapters on management and the responsibilities of
service-providers.
Proxy Voting – The Proxy Voting Policy was endowed
with specific rules. These provisions regulate the
attendance of fund managers at general meetings, in
compliance with the Voting Rights Policy registered with
ANBID. This document provides a detailed description
of the principles urged by the Administrator, including
the procedures for analyzing subjects and voting, the
entities in charge of taking decisions, registration and other
documents that ensure more transparency and better
security for investors.
Equity Kickers – Another topic well to the fore in the
self-regulation area of ANBID during 2007 was that of
equity kickers. Offered as inducements to lenders, these
stock options or purchase warrants prompted the
introduction of a specific article in the Code on loans
linked to public offerings. This document defines the rules
for disclosing information on loans granted by institutions
to issuer companies or their shareholders in the
transactions that are being brokered.
Private Banking – Foram introduzidas duas novas
exigências nesta atividade. A primeira relativa à suitability,
a qual define a necessidade de verificação da adequação
dos investimentos ao perfil do investidor, e a segunda foi
a inclusão do capítulo sobre relacionamento com
representantes/prestadores de serviço dos clientes (family
offices). Após um ano do lançamento desse código, 21
Private Bankings aderiram ao código. Durante o ano de
2007 foram realizadas 19 Visitas Técnicas/Educativas, que
resultaram no envio de cinco cartas de recomendação.
Certificação – O Programa de Certificação Continuada da
Anbid, criado em 2002, encerrou 2007 com mais de 100 mil
profissionais certificados. O programa qualificou somente no
ano passado 43.400 pessoas, sendo 38.600 na CPA-10
(Certificação Profissional Anbid Série 10) e 4.800 na CPA-20
(Certificação Profissional Anbid Série 20). O número de
profissionais inscritos para os quatro exames realizados em 2007
foi recorde: 81.162. Nos últimos cinco anos pleitearam a
certificação 169.973 pessoas.
A Anbid publicou também o Novo Código de AutoRegulação para o Programa de Certificação Continuada
e integrou ao seu banco de dados a relação de profissionais
certificados pela Andima, que também passaram a ser
listados no site da Anbid. Além disso, a entidade elaborou
o projeto de Certificação de Gestores, cujo primeiro exame
deve ocorrer no final de 2008.
Educação – A entidade promoveu no ano passado desde
seminários até premiações para incentivar a produção
científica, sem deixar de lado o apoio à publicação de
livros e de conteúdos diferenciados no portal Como
Investir (www.portalcomoinvestir.com.br).
Seminário – O 4º Seminário de Mercado de Capitais,
realizado em novembro, reuniu mais de 250 participantes,
entre profissionais de instituições financeiras, executivos
de companhias de capital aberto e autoridades. Na ocasião,
foi debatido o tema “a relação de crescente importância
entre o mercado de capitais e os setores imobiliários e de
infra-estrutura”.
Produção científica – A associação promoveu a 3ª edição
do Prêmio Anbid de Mercado de Capitais. Realizado em
parceria com o IEPE/CdG (Instituto de Estudos de
Política Econômica/Casa das Garças), o prêmio se destina
a mestrandos e doutorandos nas áreas de Economia,
Direito e Administração. Ainda no campo acadêmico,
lançou a primeira turma do MBA Anbid Portfólio
Management. O interesse pelo programa surpreendeu
positivamente a associação: 30 profissionais se inscreveram
para o curso.
Private Banking – Two new requirements were introduced
in this area. One is related to Suitability, defining the need to
ascertain the suitability of investments to investor profiles;
the other is the inclusion of a chapter on relationships with
customer representatives / service-providers (family offices).
During the year after this Code was launched, 21 private
banking entities signed up with this Code. In the course of
2007, nineteen Technical / Educational visits were made,
resulting in the issue of five letters of recommendation.
Certification – The ongoing Certification Program set up
by ANBID in 2002 closed the year with more than 100,000
professionals certified. In 2007 alone, this program qualified
43,400 people, with 38,600 of them under the ANBID
Series 10 Professional Certification (CPA-10) and 4,800
under the ANBID Series 20 Professional Certification (CPA20) schemes. The number of professionals who enrolled for
the four examinations held in 2007 reached a record figure
of 81,162. Over the past five years, 169,973 candidates have
applied for certification.
Additionally, ANBID also published the New SelfRegulation Code for the Ongoing Certification Program,
entering into its database the list of professionals certified
by the National Financial Market Institutions Association
(ANDIMA), who are now also listed on the ANBID
website. Moreover, this entity drew up the Manager
Certification Project, with its first examination scheduled
for late 2008.
Education – Last year, this entity hosted events ranging from
seminars through to prizes encouraging scientific output,
while still providing ample support for publishing books
and specific content presented on the Como Investir portal
(www.portalcomoinvestir.com.br).
Seminar – Held in November, the IV Capitals Market
Seminar attracted more than 250 attendees, including the
professional staff of financial institutions, executives from
listed companies and government authorities. On that
occasion, discussions focused on the topic of: The Increasingly
Important Relationship between the Capitals Market and
the Real Estate and Infra-Structure Sectors.
Scientific Output – The III Edition of the ANBID Capitals
Market Prize was held in partnership with the Economic
Policies Study Institute / Casa das Garças (IEPE/CdG),
awarded to graduate students working towards their Master’s
Degrees and PhDs in the fields of Economics, Law and
Management. Still in the academic sphere, the first class was
launched for the ANBID Portfolio Management MBA, with
the interest shown in this course causing a pleasant surprise:
thirty professionals enrolled with this course.
131
Regulação
ANDIMA
Regulation
National Financial Market Institutions Association (ANDIMA)
Em 2007, as principais iniciativas da Associação Nacional
das Instituições do Mercado Financeiro (Andima) foram as
seguintes:
In 2007, the main initiatives undertaken by the
National Financial Market Institutions Association
(ANDIMA) were the following:
Estudo para a IOSCO – Elaboração de um estudo sobre
conflito de interesses nos processos de oferta primária, em
resposta à consulta encaminhada pela Organização
Internacional das Comissões de Valores (IOSCO) sobre o tema.
Foi possível constatar que as instituições financeiras domésticas
já adotam uma série de iniciativas destinadas a mitigar esses
conflitos, em conformidade com as recomendações
internacionais. A Andima entende que iniciativas dessa natureza
contribuem para ampliar a visibilidade do mercado de capitais
brasileiro.
Study for IOSCO – Preparation of the study on conflicts
of interest in Primary Offerings, in response to a query
submitted by the International Organization of Securities
Commissions (IOSCO) on this matter. It was clear that
Brazil’s financial institutions have already adopted a series
of initiatives designed to mitigate these conflicts, in
compliance with international recommendations. In fact,
ANDIMA feels that initiatives of this type actually enhance
the visibility of Brazil’s capitals market.
Monitoramento de preços e IHFA – Outras iniciativas
importantes foram o aprofundamento do projeto de
monitoramento de preços, em particular para o mercado de
debêntures, e a atualização do modelo de escritura para
debêntures e padrões de cálculo, além do desenvolvimento do
IHFA – Índice de Hedge Funds Andima, que será lançado
este ano. A ampliação da qualidade e da quantidade das
informações sobre os preços dos ativos e o desenvolvimento
de novos referenciais tendem a diminuir a dispersão dos preços
praticados no mercado secundário de títulos e valores
mobiliários, devendo favorecer, a médio e longo prazos, uma
ampliação da liquidez no segmento.
ABRAPP
Price Monitoring and ANDIMA Hedge Funds Index –
Other important initiatives were the extension of the price
monitoring project, particularly to the debentures market,
in parallel to updating the book-entry model for
debentures and calculation standards, as well as the
development of the ANDIMA Hedge Funds Index
(IHFA) that will be launched this year. Now more easily
available, better quality information on asset prices and
the development of new benchmarks is tending to shrink
the price dispersal range on the secondary takers and
securities markets, enhancing the liquidity of this segment
over the medium and long term.
Closed Private Pension Fund Entities Association (ABRAPP)
A Associação Brasileira das Entidades Fechadas de
Previdência Complementar – Abrapp – completou 30 anos de
atividades em 2007 e suas principais iniciativas no ano foram:
Brazil’s Closed Private Pension Fund Entities Association
(ABRAPP) celebrated thirty years in activity in 2007, with its
main initiatives for the year being:
Manifesto em defesa da Previc – A entidade liderou manifesto
subscrito por quase uma dezena de entidades representativas
de diversos segmentos do mercado financeiro e de capitais em
favor da criação de um novo órgão de supervisão nos moldes
da Superintendência Nacional de Previdência Complementar
(Previc). O modelo defendido é o de uma autarquia, dotada
de orçamento próprio para realizar suas tarefas, garantindo
assim o aperfeiçoamento do trabalho feito atualmente pela
Secretaria de Previdência Complementar.
Petition in favor of a National Supplementary Pensions
Superintendency – This Entity headed up a petition signed by
close on ten entities representing a wide variety of capitals and
financial market segments, urging that a new oversight entity be
established, similar to Brazil’s National Supplementary Pensions
Superintendency (PREVIC). The favored model is that of a
semi-autonomous government entity, allocated its own budget
for performing its tasks and thus buttressing the work currently
performed by the Supplementary Pension Bureau.
Carbon Disclosure Project – Pelo segundo ano consecutivo, a
Abrapp, patrona do Relatório Brasileiro do Carbon Disclosure
Project, levou quase trinta fundos de pensão associados a
participar do esforço como patrocinadores e signatários dessa
iniciativa. A associação considera que os fundos de pensão
têm o poder de influenciar as empresas nas quais investem,
subordinando suas aplicações à adoção, por essas companhias,
Carbon Disclosure Project – For the second consecutive year,
as the sponsor of the Brazilian Report on the Carbon Disclosure
Project, Brazil’s Closed Private Pension Fund Entities
Association (ABRAPP) prompted almost thirty of its member
pension funds to share in this effort as sponsors and signatories
of this initiative. This Association feels that pension funds can
influence the companies in which they invest by making their
132
de valores e práticas aceitáveis do ponto de vista da
sustentabilidade do planeta.
Plano Diretor do Mercado de Capitais – A Associação
participou, ao longo do ano, de diversas reuniões para debater
o aprimoramento do modelo previdenciário brasileiro,
contribuindo com sugestões que integram a agenda prioritária
do Plano Diretor.
Capitalismo Social – Promoveu um total de 31 eventos que
reuniram mais de 5 mil pessoas para discutir os mais diversos
temas ligados ao mercado financeiro e ao sistema previdenciário
nacional e à educação dos participantes dos fundos de pensão,
assim como inúmeros workshops sobre temas técnicos da
previdência complementar, cenários e tendências. O principal
evento do ano foi o 28º Congresso Brasileiro dos Fundos de
Pensão, realizado em Belo Horizonte (MG) e que reuniu mais
de 2.400 pessoas em torno do tema “Capitalismo Social e
Crescimento: o Futuro é Agora”.
APIMEC
A Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento
do Mercado de Capitais – Apimec Nacional, criada em junho
de 1988, funciona como uma confederação com a finalidade
de congregar todas as Apimecs Regionais – São Paulo, Rio de
Janeiro, Minas Gerais, Nordeste, Sul e Distrito Federal.
Concentra suas atividades na certificação dos profissionais,
representação política institucional frente ao governo e
entidades representativas congêneres do mercado, no
intercâmbio internacional com outras confederações de
profissionais.
Sustentabilidade – A Apimec manteve, em 2007, seu trabalho
em defesa da questão da sustentabilidade no mercado de capitais,
tema que defende desde 1992. Naquela ocasião, passou a
incentivar as companhias a publicarem o Balanço Social em
conjunto com as Demonstrações Contábeis tradicionais.
Programa de Certificação – O programa de Certificação dos
Profissionais de Investimentos (CNPI) foi o destaque entre as
atividades da entidade em 2007. Desenvolvido desde 2001,
tem o objetivo de aferir a qualificação técnica e ética dos
profissionais de investimentos orientados para os mercados
financeiro e de capitais no Brasil. Além de representar uma
comprovação de conhecimentos permite que o profissional
adquira o registro exigido pela CVM através da Instrução CVM
388/03 que regulamenta a atividade de analista de valores
mobiliários. A entidade é sócia fundadora e membro do Board
da ICIA – International Council of Investment Association –
entidade internacional que se dedica à certificação de
profissionais em todo o mundo.
allocations conditional on the adoption by these companies
of practices and values that are acceptable from the standpoint
of the sustainability of the planet.
Capitals Market Master Plan – During the year, the Association
attended several meetings in order to discuss upgrading Brazil’s
pension fund model, offering suggestions that were included in
the high-priority agenda of the Master Plan.
Social Capitalism – A total of 31 events were held, gathering
together more than 5,000 people to discuss a wide variety of
topics linked to the financial market, Brazil’s pension fund
system and the education of pension fund participants, as well
as countless workshops on technical aspects of supplementary
pension funds, scenarios and trends. The main event of the
year was the IIXXX Brazilian Pension Funds Congress, held
in Belo Horizonte, Minas Gerais State, which attracted more
than 2,400 people to discuss the issue of: Social Capitalism
and Growth - the Future is Now.
Association of Capitals Market Investment Analysts and Professionals
Established in June 1988, the National Chapter of Brazil’s
Association of Capitals Market Investment Analysts and
Professionals (APIMEC) serves as a confederation that gathers
together all the Regional Chapters of APIMEC – São Paulo,
Rio de Janeiro, Minas Gerais, Northeast, South and the Federal
District. Its activities consist mainly of certifying professionals,
political representation by this Institution, interfacing with the
government and peer representative entities on the market, and
international exchanges with other professional confederations.
Sustainability – In 2007, APIMEC continued its efforts to
uphold the sustainability of the capitals market, which it has
been backing since 1992. At that time, it began to urge
companies to publish their Social Balance Sheet, together with
the usual Financial Statement.
Certification Program – The Investment Professional
Certification Program (CNPI) was a highlight among the
activities of this Entity in 2007. Under way since 2001, it is
intended to measure the ethical and technical qualifications of
investment professionals working on financial and capitals
markets in Brazil. In addition to proving expertise, it also allows
these practitioners to acquire the registration stipulated by the
Brazilian Securities Commission through its Instruction No
388/03 which regulates the activities of securities analysts. This
entity is a founding partner and member of the Board of the
International Council of Investment Associations (ICIA) – an
international entity specializing in professional certification all
over the world.
133
Regulação
O diploma CNPI é conferido através da aprovação nos
módulos Conteúdo Brasileiro (CB) e Conteúdo Global 1
(CG1). Os certificados com o CNPI que pretendem obter
uma qualificação internacional poderão dar continuidade ao
programa com a aprovação nos módulos CG2, CG3 e Final,
que conferirá o diploma ICIA – Certified International
Investment Analyst.
Apimec Regional São Paulo – A Associação dos Analistas e
Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais –
Apimec São Paulo – destaca, entre suas atividades de 2007, as
seguintes iniciativas: Promoveu quase 200 reuniões com as
mais importantes companhias abertas incluindo oito reuniões
no interior do estado, apresentando um crescimento de 33 %
em relação ao ano anterior. Esteve presente na Bovespa no
início das negociações das 64 ofertas públicas de ações, com o
objetivo de estreitar relacionamento e divulgar os objetivos
institucionais.
Atualização profissional – A atualização dos profissionais
de investimentos também foi priorizada nos eventos
realizados pela Apimec SP, destacando-se os temas: Mercado
Imobiliário, Indústria de Alimentação, Distribuição de
Energia Elétrica, Convergência de Normas Contábeis e
Perspectivas Macro-Econômicas com foco na infraestrutura.
Projeto Educacional – Dentro do projeto educacional,
tiveram início as 15ª e 16ª Turmas do MBA – Mercado de
Capitais em parceria com a Fipecafi, cursos preparatórios
para Exames do CNPI; foram promovidas as XIV e XV
edições do Curso de Introdução ao Mercado de Capitais.
Vale destacar também os cursos ministrados para
profissionais de investimentos de Angola, cujo mercado de
capitais está em fase de desenvolvimento.
A entidade participou ainda de comitês e comissões da
regional São Paulo e também representando a Apimec
Nacional nos seguintes órgãos: Comissão Consultiva de
Normas Contábeis, Comitê de Orientação para Divulgação
de Informação ao Mercado (Codim), Comissão Técnica –
9º Prêmio ABRASCA ao melhor relatório anual 2006 e
no Comitê de Pronunciamento Contábeis (CPC).
Apimec Regional MG – A regional da Apimec Minas Gerais
manteve, em 2007, extensa agenda de reuniões para
apresentação de empresas aos analistas, num total de 45
reuniões com mais de 4.500 participantes, além do
Encontro Anual Cemig. Entre as principais iniciativas do
ano, a entidade também promoveu uma série de cursos de
Introdução ao Mercado de Capitais e ministrou palestras
em universidades a respeito de temas ligados ao mercado
de ações e aos clubes de investimento.
134
Regulation
The Investment Professional Certification Program Diploma is
awarded through passing the Brazilian Content (CB) and Global
Content 1 (CG1) modules. Certificate-holders seeking
international qualifications may continue with this Program
through the CG2, CG3 and Final Modules, with Certified
International Investment Analyst Diplomas awarded by the ICIA.
São Paulo Chapter – APIMEC – The São Paulo Chapter of
the Association of Capitals Market Analysts and Professionals
(APIMEC) highlights the following initiatives, among its
activities in 2007: It organized almost 200 meetings with
leading listed companies, including eight events upstate, over
33% more than the previous year. It was also present on the
São Paulo Stock Exchange at the start of discussions on 64
public offerings, in order to build up closer relationships and
disclose its institutional objectives.
Professional Updates – Keeping investment professionals upto-date was also a matter of high priority at the events hosted
by the São Paulo Chapter of APIMEC, particularly on the
following topics: Real Estate Market, Food Industry, Power
Distribution, Accounting Standards Convergence and MacroEconomic Prospects focused on Infrastructure.
Educational Projects – Among its educational projects, the 15th
and 16th Classes were launched for the Capitals Market MBA,
in partnership with the Accounting, Actuarial and Financial
Research Institute Foundation (FIPECAFI); preparatory courses
were run for the Investment Professionals Certification Program
examination, as well as the XIV and XV Capitals Market
Introduction Courses. It is also worthwhile highlighting the
courses given by investment professionals from Angola, whose
capitals market is developing steadily.
This entity also held seats on committees and commissions
set up by the São Paulo Chapter, while also representing the
National APIMEC to the following entities: Accounting
Standards Advisory Commission, Market Information
Disclosure Guidelines Committee (CODIM), Technical
Committee – IX ABRASCA Premium for the Best Annual
Report in 2006 and the Accounting Pronouncement
Committee (CPC).
Minas Gerais Chapter – APIMEC – The Minas Gerais
Chapter of the Association of Capitals Market Investment
Analysts and Professionals (APIMEC) organized a busy
calendar of meetings in 2007, presenting companies to analysts
at a total of 45 meetings with more than 4,500 attendees, in
addition to the Annual Meeting of the Minas Gerais State
Power Utility (CEMIG). Among the main initiatives of the
year, this entity also organized a series of Capitals Market
Introductory Courses and gave lectures at universities on
matters linked to the stock market and investment clubs.
Regulação
IBRACON
Regulation
Institute of Independent Auditors and Accountants of Brazil
O Instituto dos Auditores Independentes do Brasil
entende que a eficiência e a regulamentação do mercado
de auditoria são fatores que caminham juntos. Nesse
sentido, foca seu trabalho na elaboração de normas
técnicas, além do estímulo ao empenho de profissionais
que colaboram com estas produções e com o bom
andamento de todos os trabalhos que executamos.
The Institute of Independent Auditors and
Accountants of Brazil (IBRACON) feels that the efficiency
and regulation of the audit market are factors that are closely
linked. It thus focuses its efforts on drawing up technical
standards, in addition to encouraging the efforts of
practitioners who cooperate with these drafts, ensuring the
smooth progress of all its efforts.
Documentos Técnicos – Em 2007, foram emitidos os
documento técnicos: Normas e Procedimentos de
Asseguração (Assurance); quatro Comunicados
Técnicos: Divulgação de Informações Suplementares;
Despacho Aduaneiro Expresso – Linha Azul; Tributos
com Exigibilidade Suspensa e Definição da Tábua
Biométrica mínima para Entidades Fechadas de
Previdência Complementar (EEPC). Os documentos
foram resultado do trabalho no âmbito da Comissão
Nacional de Normas Técnicas (CNNT). O trabalho tem
sido desenvolvido buscando integração com os órgãos
reguladores e com as demais entidades representativas
dos setores.
Technical Documents – In 2007, the following technical
documents were issued: Assurance Standards and
Procedures; four Technical Communiqués; Disclosure of
Supplementary Information; BlueLine Fast-Track Customs
Clearance; Taxes with Suspended Enforceability; and
Definition of the Minimum Biometric Table for Closed
Supplementary Pension Fund Entities (EEPC). These
documents were the outcome of efforts under the aegis of
the National Technical Standards Commission (CNNT),
undertaken in order to build up closer links with the
Regulators and other representative entities in these sectors.
Cursos – Ao longo do ano foram ministrados 44 cursos,
o que confere uma média de um curso por semana,
levando 800 participantes ao Ibracon. Em 2007 foi
lançado também o livro Auditoria – Registros de uma
profissão.
Convergência – Foi estabelecido em 2007 o Comitê
Gestor de Convergência do qual participam o Conselho
Federal de Contabilidade, o Ibracon, o Bacen, a CVM
e a Susep, no sentido de trabalhar pela Convergência de
Normas de Contabilidade e de Auditoria. Este trabalho
conjunto, denominado Plano da Convergência, está em
funcionamento e tem como meta concluir o trabalho
até 2010.
Ainda com relação à convergência de normas o Ibracon
obteve um excelente resultado no acompanhamento do
PL 3741/00 que se transformou na Lei no 11.638/07,
tornando obrigatória a adequação das empresas às
normas contábeis internacionais, além de estender às
sociedades de grande porte, ainda que fechadas, a
necessidade de passarem por auditoria realizada por
auditor independente. O instituto manteve ainda, em
2007, sua colaboração ativa como membro do Comitê
de Pronunciamentos Contábeis (CPC), que tem
alcançado resultados importantes no processo de
convergência das Normas de Contabilidade.
136
Courses – During the year, 44 courses were given, averaging
out at one course a week and bringing 800 attendees to the
Institute of Independent Auditors and Accountants of Brazil
(IBRACON). In 2007, a book on auditing was also
launched: Auditoria – Registros de uma profissão.
Convergence – In 2007, the Convergence Management
Committee was set up, whose members include the Federal
Accounting Council (CFC), the Institute of Independent
Auditors and Accountants of Brazil (IBRACON), the
Brazilian Central Bank (BACEN), the Brazilian Securities
Commission (CVM) and the Private Insurance
Superintendency (SUSEP), in order to work towards the
Convergence of Accounting and Audit Standards. These
joint efforts under this Convergence Plan are already under
way, with their completion date scheduled by 2010.
Still with regard to converging standards, IBRACON
posted an excellent outcome for its monitoring of Draft
Bill No 3,741/00, which was promulgated as Law Nº
11,638/07, imposing the requirement for companies to
adapt to international accounting standards, in addition
to requiring large enterprises and even private companies
to undergo audits conducted by independent auditors. Also
in 2007, this Institute continued its active cooperation as a
member of the Accounting Pronouncements Committee
(CPC), which has achieved important results in the
Accounting Standards Convergence Process.
IBRI
Brazilian Investor Relations Institute
O Instituto Brasileiro de Relações com Investidores
– Ibri – completou em 2007 dez anos de atividades. Suas
principais iniciativas ao longo do ano foram:
In 2007, the Brazilian Investor Relations Institute (IBRI)
completed ten years in operation. Its main initiatives during
the year were:
Editorial – Forte atuação na área editorial marcou as
comemorações do décimo aniversário do instituto, com o
lançamento das obras: Guia de relações com investidores (em
parceria com a Bovespa) e o Manual do RI: Princípios e
melhores práticas de relações com investidores de Willian F.
Mahoney (em conjunto com a editora IMF), um dos
maiores especialistas em RI do mundo. Os livros são
ferramentas que podem ser utilizadas pelos RI’s no dia-adia e suprem a demanda de material de consulta sobre as
práticas mais utilizadas em RI.
Publishing – Active participation in the publishing area
underpinned the celebration of the tenth anniversary of this
Institute, launching the following works: Guia de Relações com
Investidores (in partnership with BOVESPA) and the Manual
do RI: Princípios and Melhores Práticas de Relações com Investidores
by William F. Mahoney (jointly with the IMF publishing house),
one of the world’s leading Investor Relations specialists. These
books are useful tools that can be used by Investor Relations
professionals in their daily work, meeting demands for reference
materials on the most widely used investor relations practices.
Seminários e teleconferências – Realização de cursos,
eventos e workshops, no país e no exterior. Entre essas
atividades, destacam-se o Curso de Introdução ao Mercado
de Capitais, em parceria com Abrasca – Anbid – Apimec /
SP e IBGC, e o Seminário “Guidance e Criação de Valor”,
que estabeleceu um fórum sobre o tema para contribuir
com o aprimoramento das práticas de Guidance das
empresas brasileiras; teleconferência abordando o tema
“Mercado de Carbono”, com o objetivo de promover o
debate sobre os benefícios, custos, riscos e contrapontos
desse mercado a partir da visão de especialistas da área
ambiental; workshop sobre “A Necessidade de Adaptação
das Companhias Abertas às Normas do IFRS (International
Financial Reporting Standards)” e 3º Workshop IR Magazine
Awards Brazil 2007.
Seminars and Teleconferences – Courses, events and workshops
were held in Brazil and abroad. Outstanding among these activities
is the Capitals Market Introduction Course, run in partnership
with the Brazilian Association of Publicly-Held Companies
(ABRASCA), the National Investment Banks Association
(ANBID), the São Paulo Chapter of the Association of Capitals
Market Investment Analysts and Professionals (APIMEC) and
the Brazilian Institute for Corporate Governance (IBGC), and
the Seminar on Governance and Creating Value, which established
a forum on this topic which created a forum on this topic to help
fine-tune governance practices among Brazilian enterprises; a
teleconference addressing the Carbon Market, designed to foster
discussions of the benefits, costs, risks and downsides of this market,
from the standpoint of specialists in the environment; Workshop
on the Need for Listed Companies to Adapt to the International
Financial Reporting Standards (IFRS) and the III Investor Relations
Workshop Magazine Awards Brazil 2007.
Encontro Nacional – O Ibri realizou, em parceria com a
Abrasca, o 9º Encontro Nacional de Relações com
Investidores e Mercado de Capitais nos dias 18 e 19/6/
2007, no Hotel Gran Meliá Moffarej (São Paulo – SP).
O Encontro, que é o principal evento de profissionais da
área de RI na América Latina, contou com a participação
recorde de mais de 700 pessoas.
BOVESPA
Bolsa de Valores Sociais e Ambientais – Em abril de 2007,
a Bovespa anunciou, em evento com a presença de Achim
Steiner, diretor executivo do Programa das Nações Unidas
para o Meio Ambiente (Pnuma), a ampliação da atuação
da Bolsa de Valores Sociais (BVS), passando a abrigar
também projetos ambientais. Com a mudança, a BVS
passará a se chamar Bolsa de Valores Sociais & Ambientais
(BVS&A). Lançada em 2003 e mantida pela Bovespa, a
BVS capta recursos financeiros para projetos de ONGs
National Meeting – In partnership with the Brazilian Association
of Publicly-Held Companies (ABRASCA), the Institute of
Independent Auditors and Accountants of Brazil (IBRACON)
hosted the IX National Meeting on Investor Relations and the
Capitals Market on June 18 and 19, 2007 at the Hotel Gran
Meliá Moffarej in São Paulo. The main event for investor relations
professionals in Latin America, this Meeting was attended by a
record number of people, attracting more than 700 participants.
SÃO PAULO STOCK EXCHANGE
Social and Environmental Stock Exchange – In April 2007,
at an event attended by Achim Steiner, the Executive Director
of the United Nations Environment Program (UNEP), the
São Paulo Stock Exchange announced the expansion of the
activities of the Social Stock Exchange (BVS) which will also
encompass environmental projects. With this expansion, the
137
Regulação
brasileiras voltados para a educação. Além de inovar no
que diz respeito aos canais pelos quais as ONGs podem
levantar fundos, a iniciativa reforça também os conceitos
de Investidor Socioambiental, Ação Socioambiental e
Lucro Socioambiental. O Conselho Consultivo da
BVS&A é formado por 21 especialistas renomados nas
áreas da Educação e do Meio Ambiente.
Desafio Bovespa – Lançado em 2006, o projeto Desafio
Bovespa teve sua segunda edição em 2007. O programa
faz parte do projeto educacional da Bovespa e sua dinâmica
permite a alunos e professores conhecerem os conceitos
de educação financeira e do mercado de ações. O Colégio
Brás Leme foi o primeiro colocado na grande final do
Desafio Bovespa 2007, que terminou no dia 8 de
dezembro. A equipe obteve rentabilidade de 28,71% nas
simulações de investimento em ações e recebeu R$ 25
mil em créditos para a formação de um clube de
investimento.
Direitos Humanos – A Bovespa promoveu encontro da
Alta Comissária das Nações Unidas para Direitos
Humanos, Louise Arbour, com representantes da área
empresarial na sede da bolsa, em São Paulo. Foram
apresentadas a ela iniciativas de empresas brasileiras
voltadas para a defesa dos direitos humanos.
PDE – Bovespa e o Ibmec/RJ lançaram o Programa de
Desenvolvimento Empresarial (PDE), para capacitar
diretores, gerentes e pessoas-chave de empresas que
abriram ou que desejam abrir o capital, além de advogados,
auditores e demais profissionais.
Plano Diretor – Apresentação, na sede da Bovespa, do
balanço de resultados dos cinco anos de atuação do Plano
Diretor do Mercado de Capitais. A iniciativa, desenvolvida
em conjunto pelas 80 instituições que assinam o Plano
Diretor, resultou na implementação de propostas que
contribuíram efetivamente para o desenvolvimento do
mercado de capitais brasileiro.
Popularização – A Bovespa participou dos eventos
comemorativos ao Dia do Trabalho realizados pelas
centrais sindicais no dia 1º de maio de 2007. A Bolsa
esteve presente, com seu escritório móvel, o Bovmóvel,
nas festas da Confederação Geral dos Trabalhadores
(CGT), em Carapicuíba, e da Força Sindical, na praça
Campo de Bagatelle, em São Paulo. As atividades da
Bovespa no Dia do Trabalho fazem parte da campanha
de popularização do mercado de ações criada em 2002
com o objetivo de aproximar a bolsa do público em geral.
Nesse período, até 2007 o programa havia atendido
diretamente mais de 400 mil pessoas, em todo o Brasil.
138
Regulation
BVS will be renamed the Social and Environmental Stock
Exchange (BVS&A). Launched in 2003 and supported by
BOVESPA, the BVS brings in funding for educational projects
run by Brazilian NGOs. In addition to introducing new
channels through which NGOs can raise funds, this initiative
also bolsters the concepts of socio-environmental investors,
socio-environmental actions and socio-environmental profits.
The Advisory Board of the BVS&A consists of 21 well-known
specialists in the fields of Education and the Environment.
BOVESPA Challenge – Launched in 2006, the BOVESPA
Challenge Project was run for the second time in 2007.
Included among its Education Projects, its dynamics allow
students and teachers to explore the concepts of financial
education and the stock market. The Colégio Brás Leme
school took first place in the final round of the 2007 BOVESPA
Challenge, which ended on December 8. Achieving
profitability of 28.71% in its stock investment simulations,
this team was awarded R$ 25,000 in credits to set up an
investment club.
Human Rights – A meeting organized by the São Paulo Stock
Exchange with Louise Arbour, the UN High Commissioner
for Human Rights, was also attended by representatives from
the business area. Held at the Stock Exchange Headquarters
in São Paulo, this event presented initiatives by Brazilian
companies, focused on protecting human rights.
Business Development Program – The Business
Development Program (PDE) was launched by the São Paulo
Stock Exchange and the IBMEC Business School in Rio de
Janeiro, in order to train directors, officers, managers and the
key personnel of companies going public or considering this
step, in addition to lawyers, auditors and other practitioners.
Master Plan – Presentation at the BOVESPA Headquarters of
the balance sheet posting the outcomes of five years of operations
by the Capitals Market Master Plan. Run jointly by the eighty
institutions that signed the Master Plan, this initiative resulted
in the implementation of proposals making effective
contributions to the development of Brazil’s capitals market.
Popularization – On May 1, 2007, the São Paulo Stock
Exchange took part in events celebrating Labor Day, organized
by trade union confederations. Its Mobile Office – known as
the Bovmóvel – attended the festivities hosted by the General
Confederation of Workers (CGT) at Carapicuíba and the event
organized by the Força Sindical in the Campo de Bagatelle
square in São Paulo. The Labor Day activities of BOVESPA
were part of a campaign to popularize the stock market,
launched in 2002 in order to bring this bourse closer to the
general public. Since then, this Program has come into direct
contact with more than 400,000 people all over Brazil.
Regulação
Regulation
Legislação
Legislation
Conselho Monetário Nacional (CMN)
National Monetary Council (CMN)
Resolução 3.520 – 20/12/2007 – Define a Taxa de Juros de
Longo Prazo (TJLP) para o primeiro trimestre de 2008.
Resolution Nº 3,520 – December 12, 2007 – Defines the
Long Term Interest Rate (TJLP) for the first quarter of 2008.
Resolução 3.518 – 07/12/2007 – Disciplina a cobrança de
tarifas pela prestação de serviços por parte das instituições
financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo
Banco Central do Brasil.
Resolution Nº 3,518 – December 7, 2007 – Regulates rates
charged for rendering services by financial institutions and
other institutions authorized to function by the Brazilian
Central Bank.
Resolução 3.513 – 30/11/2007 – Altera o prazo a que se refere
o art. 4º da Resolução nº 3.427, de 21 de dezembro de 2006.
Sistema de Supervisão Baseada em Risco do mercado de valores
mobiliários (SBR).
Resolution Nº 3,513 – November 30, 2007 – Alters the period
mentioned in Article 4 of Resolution Nº 3,427 dated
December 21, 2006: Securities Market Risk-Based Supervision
System (SBR).
Resolução 3.505 – 26/10/2007 – Dispõe sobre a realização, no
País, de operações de derivativos no mercado de balcão pelas
instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pelo Banco Central do Brasil.
Resolution Nº 3,505 – October 26, 2007 – Rules on
conducting derivatives transactions in Brazil through the overthe-counter market by financial institutions and other
institutions authorized to function by the Brazilian Central
Bank.
Resolução 3.503 – 26/10/2007 – Dispõe sobre a prestação de
serviços de auditoria independente para as instituições financeiras,
demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central
do Brasil e para as câmaras e prestadores de serviços de
compensação e de liquidação.
Resolução 3.498 – 27/09/2007 – Define a Taxa de Juros de
Longo Prazo (TJLP) para o último trimestre de 2007.
Resolução 3.490 – 29/08/2007 – Dispõe sobre a apuração do
Patrimônio de Referência Exigido (PRE).
Resolução 3.488 – 29/08/2007 – Estabelece limite para o total
de exposição em ouro, em moeda estrangeira e em operações
sujeitas à variação cambial.
Resolução 3.485 – 02/08/2007 – Altera a redação dos arts. 3º,
7º, e 8º e revoga o art. 4º do Regulamento anexo à Resolução nº
1.655, de 26 de outubro de 1989, que disciplina a constituição,
a organização e o funcionamento das sociedades corretoras de
valores mobiliários.
Resolução 3.464 – 26/06/2007 – Dispõe sobre a implementação
de estrutura de gerenciamento do risco de mercado.
Resolução 3.463 – 26/06/2007 – Fixa meta para a inflação e
seu intervalo de tolerância para 2009.
Resolução 3.462 – 26/06/2007 – Define a Taxa de Juros de
Longo Prazo (TJLP) para o terceiro trimestre de 2007.
Resolução 3.456 – 05/06/2007 – Dispõe sobre as diretrizes de
140
Resolution Nº 3,503 – October 26, 2007 – Rules on rendering
independent auditing services to financial institutions, other
institutions authorized to function by the Brazilian Central
Bank and to clearing houses and other settlement service
providers.
Resolution Nº 3,498 – September, 27, 2007 – Defines the
Long Term Interest Rate (TJLP) for the last quarter of 2007.
Resolution Nº 3,490 – August 28, 2007 – Rules on calculating
the Required Reference Equity (PRE).
Resolution Nº 3,488 – August 29, 2007 – Establishes a ceiling
for total exposure in gold, in foreign currency and in transactions
subject to foreign exchange variations.
Resolution Nº 3,485 – August 2, 2007 – Alters the wording
of Articles 3, 7, and 8 and revokes Article 4 of the Regulations
appended to Resolution Nº 1,655 dated October 26, 1989,
which regulates the establishment, organization and
functioning of security brokerages.
Resolution Nº 3,464 – June 26, 2007 – Rules on the
implementation of the market management structure.
Resolution Nº 3,463 – June 26, 2007 – Establishes the target
for inflation and its tolerance gap for 2009.
Resolution Nº 3,462 – June 26, 2007 – Defines the Long
Term Interest Rate (TJLP) for the third quarter of 2007.
aplicação dos recursos garantidores dos planos de benefícios
administrados pelas entidades fechadas de previdência
complementar.
Resolução 3.455 – 30/05/2007 – Dispõe sobre o registro
declaratório eletrônico, no Banco Central do Brasil, do capital
estrangeiro de que trata a Lei nº 11.371, de 28 de novembro de
2006, e define critérios para a aplicação de penalidades por
infrações às normas que regulam os registros de capital estrangeiro
em moeda nacional.
Resolução 3.452 – 26/04/2007 – Altera o art. 1º da Resolução
nº 3.334, de 22 de dezembro de 2005, que autoriza transferências
do e para o exterior relacionadas às aplicações por parte de fundos
de investimento.
Resolução 3.448 – 30/03/2007 – Define a Taxa de Juros de
Longo Prazo (TJLP) para o segundo trimestre de 2007.
Resolução 3.446 – Altera a metodologia de cálculo da Taxa
Referencial - TR.
Resolução 3.447 – 05/03/2007 – Dispõe sobre o registro
declaratório eletrônico, no Banco Central do Brasil, do capital
estrangeiro de que trata a Lei nº 11.371, de 28 de novembro de
2006, e define critérios para a aplicação de penalidades por
infrações às normas que regulam os registros de capital estrangeiro
em moeda nacional.
Resolução 3.444 – 28/02/2007 – Define o Patrimônio de
Referência (PR).
Resolução 3.441 – 28/02/2007 – Dispõe sobre a análise,
pela Comissão de Valores Mobiliários, de pleitos relativos a
emissões de valores mobiliários no mercado brasileiro por
organismos financeiros multilaterais autorizados a captar
recursos no Brasil.
Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN)
Portaria nº 11 de 17 de janeiro de 2007 – Prorroga até
19.03.2007 o prazo de que trata o caput do art. 2º da Portaria
CRSFN nº 008, de 31.08.2006, que institui a Comissão de
Trabalho para elaborar minuta de revisão do Regimento Interno
do CRSFN, aprovado pelo Decreto nº 1.935, de 20.06.1996.
Publicada no DOU de 19.01.2007 – Seção 1, pág. 36.
Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
Resolution Nº 3,456 – June 5, 2007 – Rules on the
guidelines for allocating funds serving as collateral for benefits
plans managed by closed supplementary pension fund
entities.
Resolution Nº 3,455 – May 30, 2007 – Rules on electronic
declarations registering foreign with the Brazilian Central
Bank as covered by Law Nº 11,371 dated November 28,
2006, defining the criteria for imposing penalties for
breaching rules that regulate the records of foreign capital in
Brazilian currency.
Resolution Nº 3,452 – April 26, 2007 – Alters Article 1 of
Resolution Nº 3,334 dated December 22, 2005, which
authorizes transfers to and from abroad related to funds
allocated by investment funds.
Resolution Nº 3,448 – March 30, 2007 – Defines the Long
Term Interest Rate (TJLP) for the second quarter of 2007.
Resolution Nº 3,446 – Alters the calculation methodology
for the Reference Rate (TR).
Resolution Nº 3,447 – March 5, 2007 – Rules on electronic
declarations registering foreign capital with the Brazilian
Central Bank as covered by Law Nº 11,371 dated November
28, 2006, defining the criteria for imposing penalties for
breaching rules that regulate the records of foreign capital in
Brazilian currency.
Resolution Nº 3,444 – February 28, 2007 – Defines the
Reference Asset (PR).
Resolution Nº 3,441 – February 28, 2007 – Rules on the
analysis by the Securities Commission of claims related to
issues of securities on the Brazilian market by multilateral
financial entities authorized to raise funds in Brazil.
National Financial System Appeals Board (CRSFN)
Edict Nº 11 – Jan 17, 2007. Extends through to Mar 19, 2007
the period mentioned in the Head Paragraph of Article 2 of
CRSFN Edict Nº 008 (Aug 31, 2006), which established the
Working Commission to draw up the draft revision of the
Internal Regulations of the CRSFN, approved by Decree Nº
1,935 (Jun 20, 1996). Federal Government Gazette, Jan 19,
2007, Section 1, page 36.
Brazilian Securities Commission (CVM)
Instruções
Instructions
As Instruções consubstanciam os atos através dos quais a CVM
regulamenta, com abrangência da política definida pelo
Conselho Monetário Nacional, as matérias expressamente
previstas pelas Leis nos 6385/76 e 6404/76.
These Instructions underpin the acts through which the CVM
regulates the matters specifically mentioned by Laws Nº 6,385/
76 and 6,404/76, under the aegis of the policy whose scope is
defined by the National Monetary Council.
141
Regulação
Regulation
Instrução 462 de 26.11.2007 – Dispõe sobre o Fundo de
Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.
(Publicada no DOU de 27.11.07).
Instruction Nº 462 – Nov 26, 2007. Rules on the Length of
Service Guarantee Fund Investment Fund. Federal
Government Gazette, Nov 27, 2007.
Instrução 461 de 23.10.2007 – Disciplina os mercados
regulamentados de valores mobiliários e dispõe sobre a
constituição, organização, funcionamento e extinção das bolsas
de valores, bolsas de mercadorias e futuros e mercados de balcão
organizado. Revoga as Instruções 42/85; 179/92; 184/92; 203/
93; 263/97; 344/00; 362/02; 379/02; o art. 6º da Instrução
312/99; os arts. 1º a 14 e 17 da Instrução 243/96; 250/96;
arts. 2º a 7º, caput e §1º do art. 8º, arts. 10, 13, 15 e 16 da
Instrução 297/98; o parágrafo único do art. 1º e o art. 3º da
Instrução 202/93; e a Deliberação 20/85. (Publicada no DOU
de 24.10.07). Alterada pela Instrução 468/08.
Instruction Nº 461 – Oct 23, 2007. Rules the regulated
securities markets and the establishment, organization,
functioning and closure of stock exchanges, commodities and
futures exchanges and organized over-the-counter markets.
Revokes Instructions 42/85; 179/92; 184/92; 203/93; 263/
97; 344/00; 362/02; 379/02; Article 6 of Instruction Nº 312/
99; Articles 1 to 14 and 17 of Instruction Nº 243/96; 250/96;
Articles 2 to 7, Head Paragraph and §1 of Article 8, Articles
10, 13, 15 and 16 of Instruction Nº 297/98; the Sole Paragraph
of Article 1 and Article 3 of Instruction Nº 202/93; and
Deliberation Nº 20/85. Federal Government Gazette, Oct
24, 2007. Altered by Instruction Nº 468/08.
Instrução 460 de 10.10.2007 – Dispõe sobre os Fundos de
Investimento em Participações em Infra-Estrutura e altera a
Instrução CVM nº 406/04. (Publicada no DOU de 11.10.07).
Instrução 459 de 17.09.2007 – Dispõe sobre a constituição,
a administração, o funcionamento e a divulgação de
informações dos fundos de investimento vinculados
exclusivamente a planos de previdência complementar ou a
seguros de vida com cláusula de cobertura por sobrevivência,
estruturados na modalidade de contribuição variável, a que se
referem os arts. 76 e seguintes da Lei nº 11.196, de 21 de
novembro de 2005. (Publicada no DOU de 18.09.07).
Instruction Nº 460 – Rules on Infrastructure Stakes
Investment Funds and alters CVM Instruction Nº 406/04.
Federal Government Gazette, Oct 11, 2007.
Instruction Nº 459 – Sep 17, 2007. Rules on the
establishment, administration, functioning and disclosure of
information for investment funds linked solely to
supplementary pension plans or life assurance with survival
coverage clauses, structured on the variable contribution basis
as mentioned by Articles 76 and following of Law Nº 11,196
(Nov 21, 2005. Federal Government Gazette, Sep 18, 2007.
Instrução 458 de 16.08.2007 – Altera a Instrução 356/01,
que regulamenta a constituição e o funcionamento de fundos
de investimento em direitos creditórios e de fundos de
investimento em cotas de fundos de investimento em direitos
creditórios. (Publicada no DOU de 17.08.07).
Instruction Nº 458 – Aug 16, 2007. Alters Instruction Nº
356/01, which regulates the establishment and functioning of
Credit Rights Investment Funds and Credit Right Investment
Funds Quota Investment Funds. Federal Government Gazette,
Aug 17, 2007.
Instrução 457 de 13.07.2007 – Dispõe sobre a elaboração e
divulgação das demonstrações financeiras consolidadas, com
base no padrão contábil internacional emitido pelo
International Accounting Standards Board - IASB. (Publicada
no DOU de 16.07.07).
Instruction Nº 457 – July 13, 2007. Rules on the preparation
and disclosure of consolidated financial statements, based on
the international accounting standard issued by the
International Accounting Standards Board (IASB). Federal
Government Gazette, July 16, 2007.
Instrução 456 de 22.06.2007 – Altera as Instruções 409/04,
que dispõe sobre a constituição, a administração, o
funcionamento e a divulgação de informações dos fundos de
investimento e 332/00, que dispõe sobre a emissão e negociação
de certificados de depósito de valores mobiliários – BDRs com
lastro em valores mobiliários de emissão de companhias abertas,
ou assemelhadas, com sede no exterior. (Publicada no DOU
de 26.06.07).
Instruction Nº 456 – Jun 22, 2007. Alters Instruction Nº
409/04, which rules on the establishment, administration,
functioning and disclosure of information by Investment Funds
and Instruction Nº 332/00, which rules on issuing and trading
in Brazilian depositary receipts (BDRs) based on securities
issued by publicly-held companies or similar, headquartered
outside Brazil. Federal Government Gazette, Jun 26, 2007.
Instrução 455 de 13.06.2007 – Inclui as companhias
hipotecárias entre as entidades autorizadas a administrar fundos
de investimento imobiliário e altera a Instrução 205/94, que
dispõe sobre a constituição, o funcionamento e a administração
dos fundos de investimento imobiliário. (Publicada no DOU
de 14.06.07).
142
Instruction Nº 455 – Jun 13, 2007. Includes mortgage
companies among the entities authorized to administer real
estate investment funds and alters Instruction Nº 205/94,
which rules on the establishment, functioning and
administration of Real Estate Investment Funds. Federal
Government Gazette, Jun 14, 2007.
Instrução 454 de 30.04.2007 – Dispõe sobre a atividade de
captação de ordens pulverizadas de venda de ações, revoga
dispositivos da Instrução 387/03, que estabelece normas e
procedimentos a serem observados nas operações realizadas com
valores mobiliários, em pregão e em sistemas eletrônicos de
negociação e de registro em bolsas de valores e de bolsas de
mercadorias e futuros e revoga a Deliberação 213/97, que delega
competência ao Superintendente de Relações com o Mercado
para dispensar o cadastramento de comitentes nos sistemas das
bolsas de valores. (Publicada no DOU de 03.05.07).
Instrução 453 de 30.04.2007 – Altera a Instrução 406/04,
que dispõe sobre a constituição, o funcionamento e a
administração dos Fundos de Investimento em Participações
que obtenham apoio financeiro de organismos de fomento,
altera igualmente a Instrução 209/94, que dispõe sobre a
constituição, o funcionamento e a administração dos fundos
de Investimento em Empresas Emergentes e altera ainda a
Instrução 391/03, que dispõe sobre a constituição, o
funcionamento e a administração dos Fundos de Investimento
em Participações. (Publicada no DOU de 03.05.07).
Instruction Nº 454 – Apr 30, 2007. Rules on the activities
related to taking fragmented share sales orders, revoking the
provisions in Instruction Nº 387/03, which establishes rules
and procedures to be complied with for transactions conducted
with securities during trading sessions and through electronic
trading systems, registered on stock exchanges and commodities
and futures exchanges, revoking Deliberation Nº 213/97,
which delegates competence to the Market Relations
Superintendent for waiving the registration of commitments
with the stock exchange systems. Federal Government Gazette,
May 3, 2007.
Instruction Nº 453 – Apr 30, 2007. Alters Instruction Nº
406/04, which rules on establishment, functioning and
administration of Stake Investment Funds that obtain financial
support from development entities, also altering Instruction
Nº 209/94, which rules on the establishment and functioning
and administration of Emerging Enterprise Investment Funds
and also alters Instruction Nº 391/03, which rules on the
establishment, functioning and administration of Stake
Investment Funds. Federal Government Gazette, May 3, 2007.
Instrução 452 de 30.04.2007 – Dispõe sobre multas
cominatórias e revoga a Instrução 273/98, que dispunha sobre
o mesmo assunto. (Publicada no DOU de 03.05.07).
Instruction Nº 452 – Apr 30, 2007. Rules on fines imposed as
penalties and revokes Instruction Nº 273/98, which rules on
this same matter. Federal Government Gazette, May 3, 2007.
Instrução 451 de 03.04.2007 – Altera a Instrução 398/03
que dispõe sobre a constituição, a administração, o
funcionamento e a divulgação de informações dos Fundos de
Financiamento da Indústria Cinematográfica Nacional –
FUNCINE. (Publicada no DOU de 04.04.07).
Instruction Nº 451 – Apr 3, 2007. Alters Instruction Nº
398/03 which rules on the establishment, administration,
functioning and disclosure of information by the Brazilian
Cinematographic Industry Financing Fund (FUNCINE).
Federal Government Gazette, Apr 4, 2007.
Instrução 450 de 30.03.2007 – Altera as Instruções 409/04,
que dispõe sobre a constituição, a administração, o
funcionamento e a divulgação de informações dos fundos de
investimento; 306/99, que dispõe sobre a administração de
carteira de valores mobiliários; 387/03, que estabelece normas
e procedimentos a serem observados nas operações realizadas
com valores mobiliários, em pregão e em sistemas eletrônicos
de negociação e de registro em bolsas de valores e de bolsas de
mercadorias; e 391/03, que dispõe sobre a constituição, o
funcionamento e a administração dos Fundos de Investimento
em Participações e revoga as Instruções 316/99, 322/00, 326/
00, 327/00, 329/00, 336/00, e 338/00. (Publicada no DOU
de 03.04.07). Vide Instrução 456/07.
Instruction Nº 450 – Mar 30, 2007. Alters Instruction Nº
409/04, which rules on the establishment, administration,
functioning and disclosure of information by Investment Funds;
Instruction Nº 306/99, which rules on the management of
securities portfolios; Instruction Nº 387/03, which establishes the
rules and procedures to be followed for transactions involving
securities conducted on the trading floor and through electronic
trading systems and registration on stock exchanges and
commodities exchanges; and Instruction 391/03, which rules on
establishment, functioning and administration of Stake Investment
Funds, revoking Instructions Nº 316/99, 322/00, 326/00, 327/
00, 329/00, 336/00, and 338/00. Federal Government Gazette,
Apr 3, 2007. See Instruction Nº 456/07.
Instrução 449 de 15.03.2007 – Altera a Instrução 358/02,
que dispõe sobre a divulgação e uso de informações sobre ato
ou fato relevante relativo às companhias abertas, disciplina a
divulgação de informações na negociação de valores mobiliários
e na aquisição de lote significativo de ações de emissão de
companhia aberta, estabelece vedações e condições para a
negociação de ações de companhia aberta na pendência de
fato relevante não divulgado ao mercado. (Publicada no DOU
de 19.03.07).
Instruction Nº 449 – Mar 15, 2007. Alters Instruction Nº
358/02, which rules on the disclosure and use of information
on relative acts or facts related to publicly-held companies,
ruling on the disclosure of information when trading in
securities and the acquisition of a significant batch of shares
issued by the publicly-held company, imposing bans and
establishing conditions for trading in shares issued by a publiclyheld company while a relevant fact has not been disclosed to
the market. Federal Government Gazette, Mar 19, 2007.
143
Regulação
Regulation
Instrução 448 de 13.02.2007 – Altera o Anexo III da Instrução
306/99, que dispõe sobre a administração de carteira de valores
mobiliários. (Publicada no DOU de 14.02.07).
Instruction Nº 448 – Feb 13, 2007. Alters Annex III of
Instruction Nº 306/99, which rules on the management of
securities portfolios. Federal Government Gazette, Feb 14, 2007.
Instrução 447 de 11.01.2007 – Altera a Instrução 273/98,
que dispõe sobre multa cominatória. (Publicada no DOU de
12.01.07).
Instruction Nº 447 – Jan 11, 2007. Alters Instruction Nº
273/98, which rules on fines imposed as penalties. Federal
Government Gazette, Jan 12, 2007.
Deliberações
Deliberations
As Deliberações consubstanciam todos os atos do Colegiado da
Comissão de Valores Mobiliários que constituam competência
específica do mesmo nos termos do Regimento Interno.
These Deliberations underpin all the acts of the Members of
the Securities Commission that fall within the specific
jurisdiction thereof, as set forth in the Internal Regulations.
Deliberação 528 de 23.11.2007 – Atuação irregular no mercado
de valores mobiliários – TDS System Ltda. e Sr. Marco Aurélio
Carvalho Côrtes. (Publicada no DOU de 26.11.07).
Deliberation Nº 528 – Nov 23, 2007. Irregular activities on the
Securities Market – TDS System Ltda. and Mr. Marco Aurélio
Carvalho Côrtes. Federal Government Gazette, Nov 26, 2007.
Deliberação 527 de 01.11.2007 – Aprova o Pronunciamento
Técnico CPC 01 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis
- CPC sobre Redução ao Valor Recuperável de Ativos.
(Publicada no DOU de 08.11.07).
Deliberation Nº 527 – Nov 11, 2007. Approves Technical
Pronouncement CPC 01 issued by the Accounting
Pronouncements Committee (CPC) on Reduction in Recoverable
Asset Value. Federal Government Gazette, Nov 8, 2007.
Deliberação 526 de 18.09.2007 – Atuação irregular no
mercado de valores mobiliários – Sr. Maurício Antônio Gomes.
(Publicada no DOU de 20.09.07).
Deliberation Nº 526 – Sep 18, 2007. Irregular activities on
the Securities Market - Mr. Maurício Antônio Gomes. Federal
Government Gazette, Sep 20, 2007.
Deliberação 525 de 05.09.2007 – Dispõe sobre a
obrigatoriedade de identificação dos acionistas, conforme
elencados no caput do art. 12 da Instrução 358/02, de
companhias abertas e estrangeiras, até o nível das pessoas físicas.
(Publicada no DOU de 06.09.07).
Deliberation Nº 525 – Sep 5, 2007. Rules on the mandatory
identification of Shareholders, as set forth in the Head Paragraph
of Article 12 of Instruction Nº 358/02, of foreign and publiclyheld companies, down to the level of individual persons. Federal
Government Gazette, Sep 6, 2007.
Deliberação 524 de 03.08.2007 – Dispõe sobre a concessão
de prazo para adaptação do contrato social de agentes
autônomos de investimento – pessoa jurídica. (Publicada no
DOU de 06.08.07).
Deliberation Nº 524 – Aug 3, 2007. Rules on the award of a
period for adapting the Articles of Incorporation of
autonomous investment agents – corporate legal entity. Federal
Government Gazette, Aug 6, 2007.
Deliberação 523 de 13.07.2007 – Altera a Deliberação 457/
02. (Publicada no DOU de 17.07.07). Revogada pela
Deliberação 538/08.
Deliberation Nº 523 – July 13, 2007. Alters Deliberation Nº
457/02. Federal Government Gazette, July 17, 2007. Revoked
by Deliberation Nº 538/08.
Deliberação 522 de 05.07.2007 – Atuação irregular no
mercado de valores mobiliários – Schünke Administração de
Investimentos e Sr. Murilo Schmidt Menegotti Schünke.
(Publicada no DOU de 06.07.07).
Deliberation Nº 522 – July 5, 2007. Irregular activities on
the Securities Market - Schünke Administração de
Investimentos and Mr. Murilo Schmidt Menegotti Schünke.
Federal Government Gazette, July 6, 2007.
Deliberação 521 de 27.06.2007 – Disciplina, no âmbito da
Comissão de Valores Mobiliários, o Sistema de Supervisão
Baseada em Risco do mercado de valores mobiliários - SBR.
(Publicada no DOU de 29.06.07).
Deliberation Nº 521 – Jun 27, 2007. Under the aegis of the
Brazilian Securities Commission (CVM), rules on the Securities
Market Risk-Based Supervision System (SBR). Federal
Government Gazette, Jun 29, 2007.
Deliberação 520 de 15.05.2007 – Dispõe sobre a audiência
pública e a aceitação pela CVM dos pronunciamentos técnicos
emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC.
(Publicada no DOU de 17.05.07).
Deliberation Nº 520 – May 15, 2007. Rules on the public
hearing and acceptance by the CVM of the Technical
Pronouncements issued by the Accounting Pronouncements
Committee (CPC). Federal Government Gazette, May 17,
2007.
Deliberação 519 de 16.04.2007 – Dispõe sobre os critérios e
144
diretrizes para a celebração de convênios com entidades
educacionais. (Publicada no DOU de 17.04.07).
Deliberação 518 de 04.04.2007 – Atuação irregular no
mercado de valores mobiliários – FX-BR Forex Trading, Sr.
Carlos Cezar Baú e Sra. Maria do Socorro de Queiroz
Fernandes Oliveira. (Publicada no DOU de 05.04.07).
Deliberação 517 de 07.03.2007 – Oferta Pública Irregular de
Ações mediante a utilização de publicidade – Mineração Titã
Minas S/A. (Publicada no DOU de 12.03.07).
Deliberação 516 de 05.02.2007 – Dispõe sobre a colocação
irregular de Contratos de Investimento Coletivo – CIC no
mercado de valores mobiliários – Acquajoin Camarões do Brasil
Ltda., e seus sócios Eduardo Mesquita Cauduro e Cristiane
Fernandes Costa. (Publicada no DOU de 07.02.07).
Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon)
Deliberation Nº 519 – Apr 16, 2007. Rules on the criteria
and guidelines for signing agreements with educational entities.
Federal Government Gazette, Apr 17, 2007.
Deliberation Nº 518 – Apr 4, 2007. Irregular activities on the
Securities Market – FX-BR Forex Trading, Mr. Carlos Cezar
Baú and Ms. Maria do Socorro de Queiroz Fernandes Oliveira.
Federal Government Gazette, Apr 5, 2007.
Deliberation Nº 517 - Mar 7, 2007. Irregular public offering
of shares through the use of publicity – Mineração Titã Minas
S/A. Federal Government Gazette, Mar 12, 2007.
Deliberation Nº 516 – Feb 5, 2007. Rules on the irregular
placement of Collective Investment Agreements (CIC) on
the Securities Market – Acquajoin Camarões do Brasil Ltda.,
and its partners Eduardo Mesquita Cauduro and Cristiane
Fernandes Costa. Federal Government Gazette, Feb 7, 2007.
Brazilian Institute of Independent Auditors (IBRACON)
Comunicado Técnico n° 01, de 23 de janeiro de 2007 –
Divulgação de Informações Suplementares – Este Comunicado
Técnico (CT) tem como objetivo orientar sobre a emissão do
parecer dos auditores independentes quando a entidade
auditada divulgar informações suplementares às suas
demonstrações contábeis.
Technical Communiqué Nº 01 dated January 23, 2007 –
Disclosure of Supplementary Information. The purpose of
this Technical Communiqué is to provide guidance on the
issue of Expert Opinions by the Independent Auditors when
the audited entity discloses information that is supplementary
to its Financial Statements.
Comunicado Técnico n° 02, de 25 de outubro de 2007 –
Despacho Aduaneiro Expresso (Linha Azul) – O presente
Comunicado Técnico (CT) tem por finalidade orientar os
auditores independentes na análise dos assuntos de auditoria
relacionados à habilitação ao Despacho Aduaneiro Expresso
(Linha Azul), instituído pela Instrução Normativa n°. 476, de
13 de dezembro de 2004. Este CT discute os assuntos técnicos
e orienta os auditores independentes quanto aos procedimentos
de asseguração a serem aplicados e outros temas, incluindo
modelo do relatório a ser emitido como resultado desse
trabalho.
Technical Communiqué Nº 02 dated October 25, 2007 –
Express Customs Dispatch (Blue Line) – The purpose of this
Technical Communiqué is to guide the Independent Auditors
when analyzing auditing matters related to qualification for
Express Customs Dispatch (Blue Line), established by
Normative Instruction Nº 476 dated December 13, 2004.
This Technical Communiqué discusses technical matters and
guides the Independent Auditors on the verification procedures
to be used and other matters, including a model of the Report
to be issued as the outcome of these efforts.
Comunicado Técnico n° 03, de 17 de dezembro de 2007 –
Tributos com Exigibilidade Suspensa – O Ibracon edita este
comunicado técnico com o intuito de resumir orientação
contábil contida em normas e procedimentos de contabilidade
e em comunicados e interpretações técnicas emitidos por este
Instituto.
Comunicado Técnico n° 04, de 17 de dezembro de 2007 –
Definição da tábua biométrica mínima para entidades fechadas
de previdência complementar (EFPC) conforme Resolução
PS/CGPC nº. 18, de 28/3/2006.
Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC)
Pronunciamento Técnico 01, de 14 de setembro de 2007 –
Redução ao Valor Recuperável de Ativos. Correlação às Normas
Technical Communiqué Nº 03, dated December July 17 –
Taxes with Suspended Enforceability – This Technical
Communiqué was issued by IBRACON in order to offer a
summary of the accounting guidelines presented in the
accounting procedures and rules, as well as the notifications
and technical construals issued by this Institute.
Technical Communiqué Nº 04, dated December July 17 –
Definition of the minimum biometric table for closed private
pension entities (EFPC) as set forth in PS/CGPC Resolution
Nº 18 dated March 28, 2006.
Accounting Pronouncements Committee (CPC)
Technical Pronouncement Nº 01 dated September 14, 2007
– Reduction in the Recoverable Asset Value. Correlation with
145
Regulação
Internacionais de Contabilidade – IAS 36 (IASB)14 de
setembro de 2007. O objetivo deste Pronunciamento Técnico
é definir procedimentos visando a assegurar que os ativos não
estejam registrados contabilmente por um valor superior àquele
passível de ser recuperado por uso ou por venda. Caso existam
evidências claras de que ativos estão avaliados por valor não
recuperável no futuro, a entidade deverá imediatamente
reconhecer a desvalorização por meio da constituição de
provisão para perdas. O Pronunciamento também define
quando a entidade deve reverter referidas perdas e quais
divulgações são necessárias.
Pronunciamento Técnico 02, de 09 de novembro de 2007 –
Efeitos das mudanças nas taxas de câmbio e conversão de
demonstrações contábeis. O objetivo deste Pronunciamento
Técnico é determinar como incluir transações em moeda
estrangeira e operações no exterior nas demonstrações contábeis
de uma entidade no Brasil e como converter as demonstrações
contábeis de entidade no exterior para a moeda de apresentação
das demonstrações contábeis no Brasil para fins de registro da
equivalência patrimonial, de consolidação integral ou
proporcional das demonstrações contábeis; e também como
converter as demonstrações contábeis de entidade no Brasil
em outra moeda.
Conselho Federal de Contabilidade (CFC)
Regulation
International Accounting Standards – IAS 36 (IASB),
September 14, 2007. The purpose of this Technical
Pronouncement is to define the procedures that will ensure
that assets are not posted in the books at amounts higher than
could be recovered through use or sale. Should there be any
clear evidence that assets are assessed at amounts not recoverable
in the future, the entity must immediately acknowledge such
devaluation through setting aside a provision for losses. This
Pronouncement also defines when the entity must reverse such
losses and what announcements are required.
Technical Pronouncement Nº 02 dated November 9, 2007
– Effects of variations in foreign exchange rates and the
conversion of Financial Statements. The purpose of this
Technical Pronouncement is to stipulate how to include
transactions in foreign currency and operations abroad in the
Financial Statements of an entity in Brazil, and how to convert
the Financial Statements of an entity abroad into local currency
for presenting the Financial Statements in Brazil, for the
purposes of registering equity earnings and the full or
proportional consolidation of the Financial Statements, and
also how to convert the Financial Statements of an entity in
Brazil into another currency.
Federal Accouting Council (CFC)
Resolução 1088, de 27/02/2007 – Aprova a NBC T 19.12.
Eventos Subseqüentes à data das Demonstrações Contábeis.
Resolution Nº 1,088 – Feb 27, 2007. Approves the NBC T
19.12. Events subsequent to the date of the Financial Statements.
Resolução 1089, de 13/02/2007 – Dispõe sobre a participação
de conselheiros do CFC em eventos nacionais e internacionais
e trata da concessão de auxílios e subvenções.
Resolution Nº 1,089 – Feb 13, 2007. Rules on the
participation of members of the Federal Accounting Council
in Brazilian and international events, addressing grants and
allowances.
Resolução 1091, de 11/04/2007 – Dá nova redação à NBC
T 14 - Revisão Externa de Qualidade pelos Pares.
Resolução 1092, de 22/06/2007 – Aprova o Manual de
Cobrança do Sistema CFC/CRCS.
Resolução 1093, de 03/07/2007 – Altera dispositivos da
Resolução CFC nº 893/00 que dispõe sobre a Carteira de
Contabilista, de Conselheiro, de Registro Provisório, o Cartão
de Registro Secundário e dá outras providências.
Resolução 1094, de 04/07/2007 – Dispõe sobre a eleição dos
membros do Plenário do Conselho Federal de Contabilidade
e dá outras providências.
Resolução 1095, de 04/07/2007 – Dispõe sobre as eleições
diretas para os Conselhos Regionais de Contabilidade e dá
outras providências.
Resolução 1096, de 01/08/2007 – Altera o caput do art. 8º da
Resolução CFC nº 1.095/07, que dispõe sobre as eleições
146
Resolution Nº 1,091 – Apr 11, 2007. Provides new wording
for NBC T 14 – External Quality Peer Review.
Resolution Nº 1,092 – Jun 22, 2007. Approves the Collections
Manual of the CFC/CRCS System.
Resolution Nº 1,093 – July 3, 2007. Alters the provisions of
CFC Resolution Nº 893/00 which rules on the Member and
Book-keeper Registration Card, Provisional Registration,
Secondary Registration Card and other matters.
Resolution Nº 1,094 – July 4, 2007. Rules on the election of
the members of the Plenary of the Federal Accounting Council
and other matters.
Resolution Nº 1,095 – July 4, 2007. Rules on direct elections
for the Regional Accounting Councils and other matters.
Resolution Nº 1,096 – Aug 1, 2007. Alters the Head Paragraph
of Article 8 of CFC Resolution Nº 1,095/07, which rules on
diretas para os Conselhos Regionais de Contabilidade e dá
outras providências.
direct elections for the Regional Accounting Councils, and
other matters.
Resolução 1097, de 28/08/2007 – Dispõe sobre o Registro
Profissional dos Contabilistas.
Resolution Nº 1,097 - Aug 28, 2007. Rules on the Professional
Registration of Book-Keepers.
Resolução 1098, de 28/08/2007 – Dispõe sobre o Registro
Cadastral das Organizações Contábeis nos Conselhos
Regionais de Contabilidade.
Resolution Nº 1,098 – Aug 28, 2007. Rules on the
Registration of Accounting Organizations with Regional
Accounting Councils.
Resolução 1099, de 28/08/2007 – Dispõe sobre a concessão
de isenção do pagamento de anuidade ao contabilista com
idade superior a 70 (setenta) anos.
Resolution Nº 1,099 – Aug 28, 2007. Rules on the award of
exemption from payment of the annual fee for Book-Keepers
more than 70 (seventy) years old.
Resolução 1100, de 30/08/2007 – Aprova a NBC P 1.6 – Sigilo.
Resolution Nº 1,100 – Aug 30, 2007. Approves the NBC P
1.6 – Secrecy.
Resolução 1101, de 02/10/2007 – Aprova o Manual de
Auditoria do Sistema CFC/CRCs e dá outras providências.
Resolução 1102, de 02/10/2007 – Altera os parágrafos 1º e
2º do art. 25 da Resolução CFC nº 1.095/07, que dispõe
sobre as eleições diretas para os Conselhos Regionais de
Contabilidade e dá outras providências.
Resolution Nº 1,101 – Oct 2, 2007. Approves the Audit
Manual of the CFC/CRCS System, and other matters.
Resolution Nº 1,102 – Oct 2, 2007. Alters Paragraphs 1 and 2 of
Article 25 of CFC Resolution Nº 1,095/07, which rules on direct
elections for the Regional Accounting Councils, and other matters.
Resolução 1103, de 05/10/2007 – Cria o Comitê Gestor da
Convergência no Brasil, e dá outras providências.
Resolution Nº 1,103 – Oct 5, 2007. Establishes the Convergence
Administration Committee in Brazil and other matters.
Resolução 1104, de 06/11/2007 – Altera o item 2 do Anexo
I da Resolução CFC nº 1.081/06.
Resolution Nº 1,104 – Nov 6, 2007. Alters item 2 of Annex
I of CFC Resolution Nº 1,081/06.
Resolução 1105, de 19/10/2007 – Aprova ad referendum do
Plenário do CFC alterar a letra “a” do art. 4º e o Título do
Capítulo II; incluir a letra “d” ao art. 4º; e revogar o § 1º do
art. 5º da Resolução CFC nº.1.103/07, que dispõe sobre a
criação do Comitê Gestor da Convergência no Brasil, e dá
outras providências.
Resolution Nº 1,105 – Oct 19, 2007. Approves ad referendum
the Plenary of the Federal Accounting Council altering letter “a”
of Article 4 and the Title of Chapter II; including letter “d” of
Article 4; and revoking § 1 of Article 5 of CFC Resolution Nº
1,103/07, which rules on the establishment of the Convergence
Administration Committee in Brazil, and other matters.
Resolução 1106, de 01/11/2007 – Estabelece regras para a
edição das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCs).
Resolution Nº 1,106 – Nov 1, 2007. Establishes the rules for
publishing the Brazilian Accounting Standards (NBCs).
Resolução 1107, de 07/11/2007 – Dá nova redação ao Inciso
II do art. 1º da Resolução CFC nº 1.048/05, sobre a
participação de Ex-Presidentes do CFC em eventos de interesse
da classe contábil.
Resolution Nº 1,107. Nov 7, 2007. Provides new wording
for Item II of Article 1 of CFC Resolution Nº 1,048/05, on
the participation of former Presidents of the Federal Accounting
Council in events of interest to the accounting profession.
Resolução 1108, de 07/11/2007 – Altera a redação do art. 3º
da Resolução CFC nº 1.098/07, que dispõe sobre o registro
cadastral das organizações contábeis nos Conselhos Regionais
de Contabilidade.
Resolution Nº 1,108 – Nov 7, 2007. Alters wording of Article
3 of CFC Resolution Nº 1,098/07, which rules on the
registration records of accounting organizations with the
Regional Accounting Councils.
Codim
Pronunciamento de Orientação nº 03, de 26 de setembro de
2007– Ementa: Reuniões restritas. Necessidade de
padronização de procedimentos para sua realização, como
forma de contribuir para a adoção de boas práticas de
governança corporativa que fortaleçam critérios de confiança
e o desenvolvimento do mercado.
Guidance Committee on Disclosing Information to the Market
Guide Pronouncement Nº 03 dated September 26, 2007 –
Amendment: Restricted Meetings. Need to standardize
procedures for the holding thereof, as a way of contributing to
the adoption of good corporate governance practices that
strengthen criteria building up trust and fostering market
development.
147
Regulação
Regulation
Abrasca: Acompanhamento Legislativo
ABRASCA: Legislative Monitoring Bulletin
O Acompanhamento Legislativo feito pela Abrasca é um
documento construído a partir de manifestações das empresas
associadas e constitui uma das principais atividades da entidade.
Para atuação prioritária junto ao poder Legislativo, em 2007,
foram selecionados os seguintes projetos:
The Legislative Monitoring (Acompanhamento Legislativo)
bulletin produced by Brazilian Association of Listed Companies
(ABRASCA) is a document built up on the basis of the views of
its members, constituting one of the main activities of this entity.
The following projects were selected for high-priority action
with the Legislative branch in 2007:
Projeto de Lei
Ementa
Resumo
Andamento
Draft Bill
Amendment
Summary
Progress
2.550/00
Dispõe sobre as ações ordinárias e preferenciais
não reclamadas correspondentes à participação
acionária em sociedades anônimas de capital
aberto.
Transfere para a propriedade
da União as ações não
reclamadas.
Projeto em trâmite no Senado com o número
119/05, aguardando retorno. Mesa Diretora da
Câmara dos Deputados (Mesa) – Remessa ao
Senado Federal, através do Of PS-GSE/523/05
Rules on common and preferred unclaimed shares
corresponding to stockholdings in listed
corporations.
Transfers the ownership of
unclaimed shares to the
Brazilian Government.
Draft Bill Nº 119/05 being heard by the
Senate, awaiting return. Front Bench, House
of Representatives: forwarded to the Brazilian
Senate through Official Communiqué PSGSE/523/05
Altera o art. 60 da Lei nº 6.404, de 15/12/1976,
que dispõe sobre as Sociedades por Ações,
fixando limites para emissão de debêntures,
sendo 80% do valor dos bens gravados, próprios
ou de terceiros, com garantia real ou 100% do
patrimônio líquido, nos demais casos. Na hipótese
de oferta pública a CVM poderá, justificadamente,
fixar outros limites.
Impede a emissão de
debêntures sem garantia, que
ultrapassem o patrimônio
líquido da empresa.
Em 24/03/03 – Coordenação de Comissões
Permanentes (CCP) – Encaminhada à
publicação. Parecer da Comissão de
Finanças e Tributação publicado no DCD de
21/03/03, Letra A, pág. 8.965, Coluna 02
Alters Article 60 of Law Nº 6,404, dated December
15, 1976, which rules on share-issuing companies,
establishing ceilings on the issue of Debentures at
80% of the value of the encumbered assets, either
owned by the company or by third parties, with
collateral or 100% of the net worth for other cases.
In case of a public offering, the CVM may establish
other limits, with justification.
Forbids the issue of
Debentures with no collateral
when exceeding the net worth
of the company.
March 24, 2003 – Permanent Commissions
Coordination Unit (CCP): Forwarded for
publication. Expert Opinion issued by the
Finance and Taxation Commission published
in the Lower House Gazette (DCD) on March
21, 2003, Letter A, page 8,965, Column 02
Dá nova redação ao parágrafo único do artigo 140
da Lei 6.404, para assegurar a participação dos
trabalhadores na gestão das empresas regidas
pela Lei das S/As.
Obriga a eleição de um
Conselheiro de Administração
pelos empregados.
Em 31/01/2007 – Mesa Diretora da Câmara
dos Deputados (Mesa) – Arquivado nos
termos do Artigo 105 do Regimento Interno
Provides new wording for the Sole Paragraph of
Article 140 of Law Nº 6,404, in order to ensure worker
participation in the management of companies
subject to the Brazilian Corporations Act.
Requires the election of a
Board Member by the
employees.
January 31, 2007 – Front Bench, House of
Representatives:
Archived, pursuant to Article 105 of the
Internal Regulations
Elimina a permissão de dupla estrutura do capital,
prevendo a existência de três classes de ações:
ordinárias, de fruição e especiais e estabelece
normas de transição, relativamente às ações
preferenciais, dentre outras alterações.
Impede a emissão de ações
preferenciais e dá prazo para
compulsoriamente transformar
preferenciais em ordinárias.
Em 26/04/2007 – Comissão de Finanças e
Tributação (CFT) – Encerrado o prazo para
emendas ao projeto. Não foram apresentadas
emendas.
Removes permission for two-tier capital structure,
making provision for three classes of shares:
common, fruition and special, also establishing
transition rules for preferred shares, among other
alterations.
Prevents the issue of preferred
shares and set a deadline for
mandatorily turning preferred
shares into common shares.
April 26, 2007 – Finance and Taxation
Commission (CFT): Expiry of the period for
amendments to the Draft Bill. No
Amendments were presented.
Aumenta para 90%, pelo menos, o preço mínimo a
ser pago pelas ações com direito a voto que não
integram o “bloco de controle” de companhia aberta.
Dispõe que a indicação de nomes de candidatos a
membros do Conselho de Administração seja feita
pelos acionistas minoritários que detenham maior
participação no capital social.
Aumenta o tag along de 80%
para 90%, e dá aos
minoritários poder de indicar
candidatos ao Conselho de
Administração.
Em 31/01/2007 – Mesa Diretora da Câmara
dos Deputados (Mesa) – Arquivado nos
termos do Artigo 105 do Regimento Interno.
2.814/00
896/03
5.672/01
2.457/03
148
Projeto de Lei
Ementa
Resumo
Andamento
Draft Bill
Amendment
Summary
Progress
2.457/03
Increases the minimum price to at least 90% to be
paid for shares with voting rights that do not
belong to the control block of a publicly-held
company. Rules that the names of candidate
Board Members will be submitted by the majority
Shareholders holding the largest stake in the
equity capital.
Increases the tag-along from
80% to 90%, and endows the
Minority Shareholders with
power to appoint candidates to
the Board.
January 31, 2007 – Front Bench, House of
Representatives: Archived, pursuant to Article
105 of the Internal Regulations.
1.129/03
Revoga dispositivos que isentam do imposto de
renda os lucros de dividendos distribuídos aos
sócios acionistas.
Cria IR fonte sobre dividendos.
Em 24/05/2003 – Coordenação de
Comissões Permanentes (CCP) – Ao
Arquivo – Memorando nº 113/06.
Revokes the provision exempting profits on dividends
distributed to the Shareholding Partners from Income
Tax.
Establishes Income Tax
withheld at source on
dividends.
March 24, 2003 – Permanent Commissions
Coordination Unit (CCP) – Sent to the
Archives – Memorandum Nº 113/06.
Cria balanço social para as empresas que
menciona.
Obriga a elaboração de
balanço social para empresas
privadas com mais de 100
funcionários. E regula o modelo
de balanço.
Em 29/05/2007 – Comissão de
Desenvolvimento Econômico, Indústria e
Comércio (CDEIC) – Encerrado o prazo para
emendas ao projeto. Apresentada uma
emenda.
Establishes a Balance Sheet for the companies
mentioned.
Requires a Social Balance
Sheet to be drawn up by private
companies with more than 100
employees, regulating the
model balance sheet.
March 29, 2007 – Economic, Industrial and
Commercial Development Commission
(CDEIC) – Expiry of the period for presenting
amendments to the Draft Bill. One
Amendment presented.
Incluindo como Crime contra o Mercado de
Capitais a inserção de elemento falso em
demonstrativo contábil de companhia aberta.
Criminaliza elemento falso em
demonstração contábil de
companhia aberta.
Em 31/01/2007 – Mesa Diretora da Câmara
dos Deputados (Mesa) – Arquivado nos
termos do Artigo 105 do Regimento Interno.
Includes as a Crime against the Capitals Market
the insertion of an untrue element in the financial
statements of a publicly-held company.
Assigns criminal status to
untrue elements in the financial
statements of publicly held
companies.
January 31, 2007 – Front Bench, House of
Representatives: Archived, pursuant to Article
105 of the Internal Regulations.
Altera a legislação tributária, dispõe sobre a
apuração do imposto de renda pelo lucro
presumido e dá outras providências.
Atualiza os valores do limite de
receita para a apuração do
lucro presumido e aumenta a
alíquota do imposto de renda
na fonte incidente sobre o
pagamento dos juros sobre o
capital próprio.
Em 31/01/2007 – Mesa Diretora da Câmara
dos Deputados (Mesa) – Arquivado nos
termos do Artigo 105 do Regimento Interno.
Alters Tax Law and rules on calculating income tax
on the basis of presumed profits and other measures.
Updates the cap revenue values
for calculating presumed profits
and increases the bracket for
Income Tax withheld at source
due on the payment of interest
of on company capital.
January 31, 2007 – Front Bench, House of
Representatives:
Archived, pursuant to Article 105 of the
Internal Regulations.
Estrutura o Sistema Brasileiro de Defesa da
Concorrência e dispõe sobre a prevenção e
repressão às infrações contra a ordem econômica
e dá outras providências.
Reestrutura o SBDC - Sistema
Brasileiro de Defesa da
Concorrência, que será
formado pelo CADE e pela
SEAE - Secretaria de
Acompanhamento Econômico;
revoga dispositivos da Lei nº
8.884, de 1994 (Lei de Defesa
da Concorrência).
Em 12/03/2007 – Mesa Diretora da Câmara
dos Deputados (Mesa) – INDEFIRO a
solicitação de desarquivamento desta
proposição, conforme despacho exarado no
REQ-53/2007.
Structures Brazil’s Anti-Trust System and rules on
the prevention and repression of breaches against
the economic order and other measures.
Restructures Brazil’s Anti-Trust
System (SBDC), which will
consist of the Anti-Trust Board
(CADE) and the Economic
Oversight Bureau (SEAE);
revokes provisions in Law Nº
8,884, dated 1994 (Anti-Trust
Act).
March 12, 2007 – Front Bench, House of
Representatives: I deny the request to revive
this proposition, pursuant to the dispatch
presented in REQ-53 2007.
Altera a redação do § 1º art. 111 da Lei nº 6.404,
de 15/12/1976, para estabelecer a aquisição do
direito de voto pelos titulares de ações
preferenciais sem direito a voto ou com limitação
desse direito, no caso de não-pagamento de
dividendos pelo prazo de três exercícios
consecutivos.
O projeto amplia o escopo do
dispositivo da Lei societária para
estabelecer que os titulares das
ações preferenciais sem direito a
voto passarão a ter essa
prerrogativa se a companhia,
pelo prazo de três exercícios
consecutivos, não lhes pagar
nenhum dividendo.
Em 24/12/2007 - ATA-PLEN – Subsecretaria
de ATA – Plenário. Situação: Aguardando
interposição de recurso. Leitura do Parecer nº
1.348, de 2007-CAE, Relator: Senador
Adelmir Santana, concluindo favoravelmente
à matéria. Anunciado o recebimento do Ofício
nº 239, de 2007, da Comissão de Assuntos
Econômicos, comunicando a aprovação, em
caráter terminativo, da presente matéria. Nos
32/99
7.244/02
4.765/05
5.877/05
PLS 214/06
149
Regulação
Regulation
Projeto de Lei
Ementa
Resumo
Andamento
Draft Bill
Amendment
Summary
Progress
PLS 214/06
PLP 137
2004
PL 961/07
PLS368/05
150
termos do art. 91, §§ 3º a 5º, do Regimento
Interno, fica aberto o prazo de cinco dias
úteis para interposição de recurso, por um
décimo da composição da Casa, para que a
matéria em referência seja apreciada pelo
Plenário. À SCLSF.
Alters the wording of § 1 Article 111 of Law Nº 6,404,
dated December 15, 1976, in order to establish the
acquisition of voting rights by the holders of preferred
shares with no voting rights or with constraints on
this right, should no dividends be paid out for a period
of three consecutive financial years.
This Draft Bill expands the
scope of the Corporate Law
provision stipulating that the
holders of preferred shares with
no voting rights will be granted
this prerogative should the
company not pay any dividends
out to them for three
consecutive financial years.
December 24, 2007 – ATA - Plenary – ATA
Subsecretariat – Plenary. Situation: Awaiting
appeal.
Reading of Expert Opinion Nº 1,348 dated
2007- Rapporteur: Senator Adelmir Santana,
reaching a favorable conclusion on this
matter. Receipt announced of Official
Communiqué Nº 239 dated 2007, from the
Economic Affairs Commission, notifying final
approval of this matter. Pursuant to Article
91, § 3 to § 5 of the Internal Regulations, a
period of five business days is set for lodging
appeals by one tenth of the members of the
House, for the matter in question to be taken
under consideration by the Plenary. To the
SCLSF.
Criação, valor, limite máximo, consumo, gastos
pessoais, pessoa física, utilização, renda mensal,
dependente, definição, cálculo, renda per capita,
(IBGE), aplicação de recursos, excedente,
caderneta de poupança, empréstimo compulsório,
Banco do Brasil (CEF), penalidade, infrator, multa,
inclusão, cadastro, dívida pública, prazo,
parcelamento, devolução, recursos financeiros,
critérios, saque, contas, morte, titular, aquisição,
casa própria, doença grave. Criação, Conselho
Nacional, Poupança, vinculação, Presidência da
República, composição, competência, aprovação,
aplicação de recursos.
O projeto cria um limite
máximo de consumo.
Em 31/01/2007 – Mesa Diretora da Câmara
dos Deputados (Mesa) Arquivado nos
termos do Artigo 105 do Regimento Interno.
DCD de 01.02. 07 Pág. 358 COL 01.
Suplemento A ao Nº 21
Creation, value, ceiling, consumption, personal
outlays, individual person, use, monthly income,
dependent, definition, calculation, per capita
income (IBGE), allocation of funds, surplus,
savings account, mandatory loan, Banco do Brasil,
(CEF), penalty, offender, fine, inclusion, records,
public debt, duration, settlement through
installments, return, funds, criteria, withdrawal,
accounts, death, holder, acquisition, own home,
serious disease, establishment, National Savings
Council, tied, Brazilian Presidency, composition,
jurisdiction, approval, fund allocation.
This Draft Bill establishes a
ceiling on consumption.
January 31, 2007 – Front Bench, House of
Representatives:
Archived, pursuant to Article 105 of the
Internal Regulations. Lower House Gazette
(DCD) dated February 2, 2007. Page 358
Column 01. Supplement A to Nº 21.
Dispõe sobre a divulgação e o uso de informações
sobre ato ou fato relevante e altera os arts. 27-D e
27-F da Lei nº 6.385/76.
Em 05/09/2007 – Comissão de
Desenvolvimento Econômico, Indústria e
Comércio (CDEIC). Retirado de pauta pelo
Relator Dep. Wellington Fagundes (PR-MT).
Rules on the disclosure and use of information
related to a relevant act or fact and alters Articles
27-D and 27-F of Law Nº 6,385/76.
September 5, 2007 – Economic, Industry and
Trade Development Commission (CDEIC)
withdrawal from the Order of the Day by
Rapporteur Congressman Wellington
Fagundes (PR-MT).
Altera o parágrafo único do art. 81 da Lei nº 9.069,
de 29/06/1995, que “dispõe sobre o Plano Real, o
Sistema Monetário Nacional, estabelece as regras
e condições de emissão do REAL e os critérios
para conversão das obrigações para o REAL, e dá
outras providências”
Os membros do Conselho de
Recursos do Sistema
Financeiro Nacional passam a
ser designados pelo Presidente
da República, e não mais pelo
Ministro de Estado da
Fazenda, para um mandato de
dois anos, podendo ser
reconduzidos uma única vez.
Situação – Matéria com a Relatoria. Instalada
a Comissão. Redistribuído ao Senador Tasso
Jereissati, para emitir relatório.
Alters the Sole Paragraph of Article 81 of Law Nº
9,069 dated June 29 1995, that “rules on the Real
Economic Stabilization Plan and the National
Monetary System, establishing the rules and
conditions for the issue of the REAL and the criteria
for converting obligations to the REAL and other
measures”
The Members of the Resource
Board of the National Financial
System will be appointed by the
President of Brazil, rather than
by the Treasury Ministry for a
two-year term of office, which
may be extended only once.
Situation: Matter with the Rapporteur.
Commission established. Reassigned to
Senator Tasso Jereissati, in order to issue a
Report.
Receita líquida das companhias
abertas cresceu 13% em 2007
O aumento real do salário e do crédito foram combustíveis importantes
para o crescimento da economia brasileira em 2007. Este resultado ficou
expresso no desempenho alcançado pelas 402 companhias abertas, analisadas
pela GRC VISÃO. Elas tiveram uma receita líquida de R$790,6 bilhões, o
que significou um crescimento de 13% em relação aos R$ 699,4 bilhões
apurados em 2006. O ativo total dessas empresas cresceu 22,53% ao passar
de R$ 2.480,8 bilhões para R$ 3.039,8 bilhões. O Lucro Líquido teve
desempenho similar com alta de 22% ao totalizar R$ 144,3 bilhões.
Aumentou também em 15% o recolhimento de impostos feitos pelas
companhias abertas no ano passado, valor que chegou a R$ 69 bilhões
contra R$ 60,5 bilhões em 2006; a contribuição para a formação do Produto
Interno Bruto (PIB) aumentou 13,52% e a geração de empregos diretos
e indiretos teve alta de 8,69% e 22,11%, respectivamente.
Real wage increases and thriving credit were major factors driving the
growth of the Brazilian economy in 2007, with the outcomes reflected in
the performances of the 402 listed companies analyzed GRC VISÃO.
Their net revenues reached R$790.6 billion, 13% higher than the R$
699.4 billion posted in 2006, while their total assets expanded by 22.53%,
up from R$ 2,480.8 billion to R$ 3,039.8 billion, and their net profits
kept pace with a 22% increase, topping R$ 144.3 billion. The taxes paid
by listed companies increased by 15% last year, reaching R$ 69 billion
compared to the R$ 60.5 billion paid in 2006; their contributions to the
formation of Brazil’s Gross Domestic Product (GDP) rose by 13.52%,
while the generation of direct and indirect jobs rose by 8.69% and 22.11%,
respectively.
Net Revenues of Listed
Companies Rose by 13% in 2007
152
Estatísticas
Statistics
Um ano de recordes na economia brasileira
A Year of Records for the Brazilian Economy
Eric Sweet*
O
quadro econômico brasileiro apresentou importantes recordes em 2007. Sobretudo, o ano passado
mostrou uma consolidação do ciclo de desenvolvimento vivido pelo Brasil nos últimos quatro anos, fortemente
baseado no crescimento da demanda interna e influenciado
por um cenário externo favorável.
O aumento da massa salarial somado à crescente expansão
e facilitação do crédito tem sido o principal propulsor do
aquecimento do mercado interno brasileiro. No ano passado,
esse dinamismo foi verificado em diversos setores da economia,
como, por exemplo, a construção civil, que cresceu 15,5%,
registrando o melhor desempenho das últimas duas décadas. A
venda de automóveis também bateu recordes em 2007, subindo
28,6% e influenciando toda uma cadeia de fornecedores para
essa indústria, como a petroquímica, a siderurgia e a borracha.
Não apenas os setores primário e secundário tiveram bom
desempenho: o setor de serviços – terciário – também mostrou
bastante dinamismo. Em especial, o ano passado testemunhou
uma forte expansão do setor financeiro, possibilitada pela
revitalização do mercado de capitais. Em 2007, a Bolsa de Valores
de São Paulo (Bovespa) alcançou marcas históricas de pontos.
Seu principal índice, o Ibovespa, acumulou variação nominal
de 43,65%, registrando um volume médio diário de R$ 4,8
bilhões, o dobro em relação ao apresentado no ano anterior.
As captações privadas atingiram a marca de R$ 174
bilhões entre emissões primárias, secundárias e mistas. Esse
volume representa um crescimento de 33% frente a 2006,
puxado principalmente pelo lançamento de ações – em 2007
foram 64 Ofertas Públicas Iniciais (IPOs, sigla em inglês),
trazendo para o mercado de capitais R$ 56 bilhões em
investimentos nas novas ações, dos quais 73% provenientes
de recursos estrangeiros. O fluxo total de capitais destes agentes
para o mercado de ações brasileiro foi de pouco mais de R$ 45
bilhões no ano passado; soma de R$ 49,4 bilhões em aquisições
nas ofertas públicas de ações e um saldo negativo de R$ 4,2
bilhões nas negociações do mercado secundário.
A segunda maior fonte de captações privadas em 2007,
conforme divulgado pela Comissão de Valores Mobiliários
(CVM), veio do lançamento de debêntures, que, desde 2003,
detinham a liderança entre as emissões de títulos corporativos.
O montante registrado foi de aproximadamente R$ 47 bilhões,
Brazil’s economic sector established some impressive
records in 2007. More specifically, last year saw the
firming-up of a development cycle extending through the
past four years, grounded solidly on rising domestic
demands and spurred by a favorable international context.
Higher wages, steady expansion and easier credit have
been the main driving forces behind the upsurge in activity
on Brazil’s domestic markets. Last year, this dynamic
performance spread through several economic sectors,
including civil construction, which rose by 15.5%, posting
its best performance over the past two decades.
Automobile sales also reached record highs in 2007, up
28.6% and influencing the entire supply chain servicing
this industry, including petrochemicals, steel and rubber.
It was not only the primary and secondary sectors
that performed well: the services offered by the tertiary
sector were also quite dynamic. More specifically, the
financial area flourished during the past year, driven by a
revitalized capitals market. In 2007, the São Paulo Stock
Exchange reached all-time highs, with its main index
(IBOVESPA) posting a nominal variation of 43.65%,
with average daily volumes of R$ 4.8 billion, double the
level posted the previous year.
Funds raised privately reached R$ 174 billion,
through primary, secondary and mixed issues, up 33%
over 2006 and driven mainly by stock issues. There were
64 Initial Public Offerings (IPOs) in 2007, bringing R$
56 billion into the capitals market through investments
in new shares, of which 73% involved foreign funds. The
total capital flows from these agents to the Brazilian stock
market rose by more than R$ 45 billion last year, reaching
this the bottom line through offsetting a negative balance
of R$ 4.2 billion for trading on the secondary market
against R$ 49.4 billion brought in through acquisitions
and IPOs.
According to the Brazilian Securities Commission
(CVM), the second most important source of private
funds in 2007 were launches of debentures that have held
the lead among corporate papers issued since 2003. The
registered amount reached some R$ 47 billion, compared
to almost R$ 70 billion in 2006. Despite this sharp drop
153
Estatísticas
contra quase R$ 70 bilhões de 2006. Apesar do recuo acentuado
no volume financeiro, o número de emissões ficou muito
próximo do verificado no ano anterior: 43 ante 47.
Num cenário favorável para captações, o Lucro Líquido
das empresas está atingindo patamares cada vez maiores,
ajudando a esconder a pressão gerada pelo aumento dos custos.
Os balanços de 2007 mostram que o Lucro Líquido acumulado
para as 402 empresas neste ano foi de R$ 144,3 bilhões; alta de
22% frente a 2006. Nesse mesmo período o Patrimônio Líquido
avançou 21,8% e o Ativo Total 22,5%. A Receita Líquida das
empresas teve uma elevação mais moderada: 13,0%.
Cabe destacar também que as empresas analisadas
apresentaram ainda outros indicadores importantes: contribuíram
com 13,5% para o resultado do Produto Interno Bruto (PIB); e
com crescimento 8,69% e 22,11%%, respectivamente, na geração
de empregos diretos e indiretos. E mais, as companhias abertas
arrecadaram, no ano passado, quase R$ 70 bilhões em impostos,
o que significou um crescimento de 14% em relação ao volume
do ano anterior. Entretanto, como a arrecadação total do governo
aumentou 17,7%, a participação das empresas abertas nesta conta
final foi de apenas 15%, com redução de 0,5% em relação a
2006. Isso deixa claro o peso cada vez maior dos tributos na
atividade produtiva brasileira.
Statistics
in financial volumes, the number of issues was very close
to that posted the previous year: 43 compared to 47.
In a favorable context for raising funds, companies
are posting increasingly higher Net Profits, helping mask
the pressure imposed by rising costs. The 2007 Balance
Sheets show accumulated Net Profits for the 402 companies
that reached R$ 144.3 billion this year, up 22% compared
to 2006. Over this same period, their Net Worth rose by
21.8%, while Total Assets were up 22.5% although Net
Revenues rose more moderately, by 13.0%.
It should also be stressed that the companies under
analysis presented other important indicators as well: they
contributed 13.5% to Brazil’s Gross Domestic Product
(GDP), while generating more direct and indirect jobs,
up 8.69% and 22.11% respectively. Moreover, listed
companies paid taxes of almost R$ 70 billion last year,
14% higher than the figures for the previous year.
However, as total Government revenues rose by 17.7%,
the bottom-line share held by listed companies reached
only 15%, down 0.5% compared to 2006. This clearly
illustrates the increasingly heavy tax burdens imposed on
production activities in Brazil.
RECOVERY OF PROFITABILITY
RECUPERAÇÃO DA RENTABILIDADE
As atividades que mais se destacaram, em 2007, foram: a
extrativa mineral, a metalurgia/siderurgia e a atividade bancária.
The most outstanding activities in 2007 were:
mineral extraction, metallurgy / steel and banking
activities.
A mineração, puxada pela Vale, apresentou uma
rentabilidade (Lucro sobre Patrimônio Líquido) de 34,9%, e
deve manter um retorno alto em 2008. A forte demanda da
China tem mantido o preço do minério de ferro bem elevado,
e a opção deste país em não aumentar o consumo do produto
junto às empresas australianas (a fim de evitar altas ainda maiores
do preço do minério de ferro no mercado internacional) pode
garantir um bom poder de barganha para as empresas brasileiras.
Spearheaded by Vale, mining posted profitability
(Profits on Net Worth) of 34.9%, with returns remaining
high in 2008. Strong demands from China have kept
iron ore prices high, and the decision taken by this country
not to step up its consumption of this product from
Australian companies (in order to avoid even higher iron
ore prices on international markets) may well endow their
Brazilian counterparts with good bargaining power.
O setor de siderurgia e metalurgia, apesar de estar
enfrentando grande aumento nos custos dos insumos,
notadamente do minério de ferro, tem conseguido repassar essa
alta para os preços dos produtos vendidos. Esse movimento é
possível devido ao aquecimento da demanda tanto interna,
proveniente em grande parte da indústria automobilística, quanto
externa. Em 2007, a rentabilidade do setor alcançou 27,3%.
Although the steel and metallurgy sector is facing
massive price hikes for feedstock and inputs, particularly
iron ore, it has managed to transfer these increases to the
prices of goods sold. This has been possible due to rising
demands on the domestic market, fueled largely by the
automobile industry, as well as elsewhere in the world. In
2007, the profitability of this sector reached 27.3%.
O setor financeiro também apresentou uma rentabilidade
expressiva em 2007: 31,5%. O retorno deste segmento deve
se manter bastante elevado em 2008 devido à expansão do
crédito acima de 20% ao ano e ao desenvolvimento de alguns
tipos de financiamento, como habitacional e de veículos.
The financial sector also posted significant
profitability of 31.5% in 2007. The payback for this
segment should remain quite high in 2008, with credit
expanding at more than 20% a year and the development
of some types of financing, including housing and vehicles.
Outro setor que apresentou excelente desempenho em
2007 foi o da construção civil, com aumentos expressivos em
Another sector that posted an excellent performance
in 2007 was civil construction, with significant increases
154
Estatísticas
Statistics
todos os dados de balanço. Ao longo do ano passado, o setor
apresentou aumentos de 68,1% no Lucro Líquido, 81,3% no
Patrimônio Líquido e 18,0% na Receita. Ainda assim, o retorno
manteve-se relativamente baixo (9,4%), principalmente porque
a elevada quantidade de ofertas de ações em 2007 elevou
substancialmente o Patrimônio Líquido das companhias.
Enquanto que, em 2006, 9 empresas do setor captaram R$
5,8 bilhões, em 2007, 19 empresas captaram R$ 11,2 bilhões.
Do exterior veio a maior parte desses recursos (73%), que
entraram via bolsa de valores ou foram aplicados diretamente
em compra de empresas e de participações. Depois da China,
o Brasil foi o país emergente que mais recebeu investimento
estrangeiro em imóveis.
for all Balance Sheet data. In the course of last year, this
sector posted upswings of 68.1% in Net Profits, 81.3%
in Net Worth and 18.0% in Revenues. Nevertheless,
returns were relatively low at 9.4%, mainly because the
large number of IPOs in 2007 stepped up corporate
Net Worth substantially. While nine companies in this
sector raised R$ 5.8 billion in 2006, nineteen companies
brought in R$ 11.2 billion in 2007. Most of these funds
(73%) were raised abroad, brought in through the stock
market or allocated directly to purchasing companies
and stakes. Behind only China, Brazil ranked second
among the developing countries for foreign investments
in real estate.
O gráfico abaixo mostra a rentabilidade dos principais
setores analisados neste Anuário durante os anos de 2006 e
2007. De um modo geral, os setores apresentaram uma melhora
no retorno calculado sobre o Patrimônio Líquido, reflexo de
uma evolução mais intensa do Lucro Líquido neste ano.
The following graph shows the profitability of the
main sectors analyzed in this Yearbook for 2006 and 2007.
In general, the sectors post higher returns calculated on
the Net Worth, reflecting higher growth in Net Profits
during the year.
Apenas as empresas de transporte registraram uma queda
acentuada deste indicador. A rentabilidade do setor caiu de
Only transportation companies posted a sharp drop
in this indicator, with profitability slipping from 29.0% in
156
29,0% em 2006, para 11,8% em 2007, conseqüência da
diminuição do lucro verificado pelas companhias aéreas.
2006 to 11.8% in 2007 for this sector, due to lower
profits posted by airlines.
As companhias que operam no atacado e no varejo
elevaram em mais de 2 pontos percentuais sua rentabilidade
entre 2006 e 2007, e poderão ser responsáveis por eventuais
surpresas no ranking de rentabilidade em 2008, dada a
ampliação do consumo da classe C. Os têxteis devem se manter
em baixa, em função da alta competitividade com produtos
chineses e da valorização do real. Alimentos e petroquímica
seguirão pressionados pelos custos.
The profitability of companies in the wholesale and
retail segments rose by more than 2% between 2006
and 2007, and may account for some surprises in the
2008 profitability rankings, due to higher spending by
C Class consumers. Textiles should remain low, due to
keen competition from Chinese goods and the rise in
the value of the Brazilian Real, while foods and
petrochemicals will continue to be pressured by costs.
AUMENTO DA CAPACIDADE INSTALADA EM 2008
INCREASED INSTALLED CAPACITY IN 2008
Para o ano de 2008, as expectativas em relação às
empresas de capital aberto se mantêm estáveis, apesar de ser
improvável que o incrível desempenho de 2007 volte a se
repetir. O crescimento econômico, o aumento da renda e do
emprego, a ampliação dos investimentos de diversos setores
produtivos, além do fato das empresas estarem capitalizadas
devido às ofertas de ações dos últimos anos, reforçam a
expectativa de que as empresas continuem com saúde
financeira e alta rentabilidade, a despeito da crise financeira
norte-americana e do aumento da Selic. Um grande aumento
da capacidade instalada também é esperado para 2008, como
conseqüência dos investimentos realizados em anos anteriores.
The outlook for 2008 remains stable, with any
repeat performances of the amazing accomplishments
of 2007 being unlikely. Economic growth, rising
incomes, widespread employment, more investments in
a variety of production sectors and the fact that
enterprises are well-capitalized due to stock offerings
over the past few years all underpin expectations that
companies will remain financially sound and highly
profitable, despite the financial crisis in the USA and
hikes in the SELIC rate. An upsurge in installed capacity
is also expected for 2008, driven by investments allocated
in earlier years.
Somente no ano passado houve crescimento de 19,5%
da produção de bens de capital – o maior desde 2004 (19,7%)
– ilustrando o crescimento do investimento na expansão da
capacidade produtiva das empresas com máquinas fabricadas
no país. Com o real supervalorizado, a aquisição de máquinas
no exterior também aumentou muito. A importação destes
bens subiu 40%, respondendo por 14% de toda pauta de
importação brasileira.
Last year alone, capital goods output expanded by
19.5% - the highest rate since 2004 (19.7%) – reflecting
rising investments that are stepping up production
capacities with machinery made in Brazil. With the
Brazilian Real overvalued, the acquisition of machines
elsewhere in the world has also increased significantly,
with imports of these goods up 40%, accounting for
14% of all Brazilian imports.
De acordo com sondagem realizada pela Fundação
Getúlio Vargas (FGV), que envolve 381 empresas do setor
de transformação, a capacidade instalada da indústria deve
se expandir 11% em 2008; 4 pontos percentuais acima do
resultado de 2007. O índice é o mais alto da série iniciada
em 2004. A expansão prevista será mais significativa nos
setores de alimento (13%) e bens de capital (12%).
Considerando o triênio 2008-2010, quando ocorrerá a
maturação de grandes projetos, os investimentos em expansão
previstos serão mais fortes em produtos alimentícios (17%),
metalurgia (13%) e minerais não metálicos (12%).
According to a survey conducted by the Getulio
Vargas Foundation (FGV) of 381 companies in the
processing sector, the installed capacity of Brazilian
industry should expand by 11% in 2008; 4% more than
in 2007. This is the highest figure in a series that began
in 2004. This forecast expansion will be even more
significant in the Food (13%) and Capital Goods (12%)
sectors. Between 2008 and 2010, when several major
projects will mature, planned investments in expansion
will be even higher in food products (17%), metallurgy
(13%) and non-metal minerals (12%).
A forte expansão esperada para 2008 pode aliviar
pressões nos setores que operam em níveis superiores a 85%
de sua capacidade instalada. Considerando um aumento entre
6% e 7% para a produção física, a expansão de 11% é
suficiente para acomodar a elevação do consumo sem
pressionar ainda mais as projeções de inflação com uma
inflação de demanda.
This upswing foreseen for 2008 may ease pressures
on sectors operating at more than 85% of their installed
capacities. Assuming 6% to 7% increases in physical
outputs, expansion of 11% is sufficient to handle the
rise in consumption without imposing more pressures
on forecasts of inflation pumped up by rising demands.
157
Estatísticas
Statistics
QUESTÃO DOS PREÇOS
PRICES
Atualmente, a alta dos preços no mercado interno está sendo
a principal preocupação do Banco Central na condução da política
monetária. No ano passado, a inflação medida pelo Índice de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou variação de
4,46% em relação a 2006, ficando muito próxima do centro da
meta: 4,5%. O índice foi puxado principalmente pelo avanço no
grupo de alimentos e bebidas, que registrou um aumento de
10,77%, respondendo por quase metade da variação total.
The current upsurge in prices on Brazil’s domestic
market is the main concern of the Central Bank, in terms
of conducting monetary policy. Last year, inflation rose by
4.46% over 2006, measured by the Extended Consumer
Price Index (IPCA), close to the midpoint goal of 4.5%.
This index was driven mainly by an upsurge in the Foods
and Beverages Group, which posted an increase of 10.77%,
accounting for almost half of the total variation.
A forte expansão dos preços neste grupo foi um fenômeno
mundial em 2007, causado tanto pelo lado da demanda – em
função do grande consumo chinês e indiano, que pressionou
o preço de boa parte das commodities no ano –, quanto pelo
lado da oferta, com quebras de safra em importantes produtores
mundiais, como Argentina e Austrália, além do significativo
aumento do custo de fertilizantes, provocado pela alta do
petróleo. No Brasil, além do incremento no consumo interno,
pesou também um movimento natural de recuperação de
margens, visto que estes produtos observaram, em termos reais,
contração de preços nos quatro anos anteriores.
The marked increase in prices for this group was a
worldwide phenomenon in 2007, driven partially by the
demand side – due to massive consumption in China and
India that pumped up prices for most commodities during
the year – as well as on the supply side, with poor harvests
for major global producers such as Argentina and Australia,
in addition to significant hikes in fertilizer costs triggered
by peaking oil prices. In addition to mushrooming domestic
consumption, a natural trend towards recovering margins
was also significant in Brazil, as the prices of these products
have been reined in for the four previous years.
Nos primeiros meses de 2008, o Conselho Monetário
Nacional (CMN) corroborou o controle da inflação como a
principal preocupação dos gestores de política econômica. Até
maio, o IPCA registrou alta de 2,88% onde somente o
segmento de alimentos e bebidas, com elevação de 6,4%,
respondeu por quase a metade desse aumento (1,42% no índice
geral). Neste mesmo período, em 2007, a variação acumulada
para o índice geral era de 1,80%.
During the early months of 2008, the National
Monetary Council (CMN) confirmed that curbing inflation
was the main concern of its economic policy gurus. By May,
the Extended Consumer Price Index (IPCA) had risen by
2.88%, with Foods and Beverages alone accounting for
almost half this increase (1.42% of the General Index) with
a 6.4% hike. Over the same period in 2007, the accumulated
variation for the General Index reached 1.80%.
A inflação dos alimentos este ano está mais espalhada
nos itens industrializados, devido ao impacto secundário de
soja e trigo sobre esses produtos. É importante observar que
boa parte da alta apurada até agora se concentra em produtos
in natura, mas esse é um efeito sazonal. Mais preocupantes são
as altas consecutivas nos preços dos fertilizantes, pois isso
aumenta o custo de produção das commodities, aumentando
então seus preços. A desvalorização do dólar no mercado
externo contribui para manter elevada a demanda por alimentos
mantendo a pressão sobre o nível de preços.
Among food items, inflation is scattered more among
processed items this year, due to the secondary impacts of
soybeans and wheat on these products. It is important to
note that much of the escalation noted so far is found in
untreated products, although this is a seasonal effect.
Matters of more concern are snowballing outlays on
fertilizers, which can pump up commodity production costs
and consequently their prices.
Como resposta, o CMN iniciou uma série de aumentos
da taxa básica de juros da economia, com objetivo de amenizar
os efeitos de uma inevitável alta nos custos produtivos através
de uma desaceleração da demanda.
INVESTMENT GRADE E EXPECTATIVAS PARA 2008
A maior dúvida no cenário para 2008 paira sobre os riscos
presentes e os impactos incertos na economia internacional em
relação à crise do crédito (credit crush) norte-americana e a evolução
dos preços das principais commodities. Em adição, é cada vez mais
forte a expectativa de que o principal mercado emergente mundial,
158
The devaluation of the US Dollar on international
markets is helping keep food demands high by maintaining
pressures on prices. In response, the National Monetary
Council began to step up the basic interest rate for the
Brazilian economy, in order to offset the effects of an inevitable
hike in production costs through damping down demands.
INVESTMENT GRADE RATING AND
EXPECTATIONS FOR 2008
The main doubt for 2008 hovers over the current
risks and uncertain effects on the international economy
of the US credit crunch and the behavior of major
commodity prices. Additionally, there are increasingly
Estatísticas
a China, irá acompanhar o movimento norte-americano,
mostrando desaceleração na criação de riqueza do país.
Abalado pela crise das hipotecas, o resultado do primeiro
trimestre de 2008 foi o pior desde o terceiro trimestre de 2002
para as bolsas de valores de todo o mundo. O impacto sobre o
crédito e a solidez dos bancos que a crise provocou e a ameaça
de recessão nos EUA intensificaram o resultado negativo. O
índice Dow Jones acumulado de janeiro a março caiu 7,6%, o
S & P 500 recuou 9,9% e o Nasdaq Composite perdeu 14,1%.
No Brasil, o Ibovespa recuou 4,6% no mesmo período devido
à alta volatilidade do mercado de ações.
Como resultado, um número grande de empresas desistiu
de levantar capital por meio de ofertas públicas. Um total de
90 ofertas públicas iniciais de ações foi cancelado ou adiado,
das quais pelo menos 10 delas no Brasil. Entretanto, o resultado
nas bolsas e as expectativas para o cenário internacional
melhoram na medida em que um número crescente de
economistas acredita num abrandamento das conseqüências
da crise de crédito norte-americana.
Por outro lado, o mercado interno permanece bastante
aquecido, favorecendo o consumo. Além disso, o Brasil teve
sua nota de risco de crédito (rating) elevada para BBB-, o que
tirou o país de uma classificação de investimento especulativo
para um grau de menor risco. A nota é a mais baixa dentre o
grupo de grau de investimentos, que vai até AAA+.
O título coloca o Brasil como investimento “prudente”, o
que deve atrair mais investimentos estrangeiros daqui para frente.
Algumas classes de investidores estrangeiros, como os fundos de
pensão americanos, só podem investir em países que têm o grau
de investimento. A classificação surpreendeu o mercado por
ocorrer no momento da crise de crédito internacional, iniciada
no setor imobiliário americano. O título não era esperado antes
do segundo semestre de 2008. A expectativa é que, com a
recomendação, o volume de negócios na bolsa de valores seja
ampliado, enquanto o dólar deve manter a tendência de queda.
Para o investidor comum, a vantagem é o aumento da liquidez
no mercado, facilitando a realização de negócios.
Statistics
strong expectations that China - the world’s main emerging
market - will keep pace with the trend in the USA through
a slowdown in its wealth creation rate.
Undermined by the sub-prime mortgage crisis in the
USA, the figures for the first quarter of 2008 were the worst
since March 2002 for stock exchanges all over the world.
The impacts on bank solidity and credits caused by this
crisis and the threat of a recession in the USA give rise to
even more serious effects. The accumulated Dow Jones
index for January through March dropped by 7.6%, while
the Nasdaq Composite fell 14.1%. In Brazil, the São Paulo
Stock Exchange Index (IBOVESPA) shrank by 4.6% over
the same period, due to high volatility on the stock market.
Consequently, a large number of companies refrained
from raising capital through issuing stocks, with ninety
Initial Public Offerings (IPOs) being cancelled or
postponed, at least ten of them in Brazil. However, the
outcome for Stock Exchanges and the expectations for the
international context are improving as many economists
are starting to believe in some mitigation of the
consequences of the US credit crunch.
On the other hand, Brazil’s booming domestic market is
still boosting consumption. With the nation’s credit risk rating
raised to BBB - stepping up its status from a country for
speculative investment to a lower risk rating - it stands at entry
level in the investment categories, whose highest rating is AAA+.
This rating ranks Brazil as a ‘prudent’ investment, which
should attract more foreign investments from now on. Some
types of foreign investors, such as US pension funds, may
invest only in countries with investment level ratings. This
classification surprised the market, as it took place during an
international credit crisis that began in the US real estate
sector, and was not expected before the second half of 2008.
With this recommendation, the outlook is for higher Stock
Exchange trading volumes, while the US Dollar continues
to slip. For ordinary investors, the advantage is greater liquidity
on the market, resulting in easier trading.
De um modo geral, 2008 tem se mostrado como um
ano positivo para a economia brasileira. Apesar do sinal amarelo
trazido pela queda na rentabilidade das empresas gerada pelo
aumento dos custos de produção. As empresas brasileiras de
capital aberto estão, de fato, mais fortes; há anos mostram
desempenho superior à média da economia. Esse ambiente
acentuou-se com a revitalização do mercado de capitais, que
auxilia as empresas na expansão dos negócios e favorece
processos como o de fusões e aquisições, movimentos que
deverão ser a tônica do mercado de capitais ao longo de 2008.
In general, 2008 is proving a positive year for the
Brazilian economy. Despite warnings of leaner corporate
profits, nibbled away by rising production costs, Brazil’s
listed companies are actually stronger. For several years,
they have been outperforming the average levels for the
economy. This context becomes even more dynamic with
the revitalization of the capitals market, which helps
corporations expand their businesses, underpinning
transactions such as mergers and acquisitions, which are
the main trend on the capitals market for 2008.
*Economista-chefe da GRC VISÃO
*Chief-economist of GRC VISÃO
160
BRASIL: PRINCIPAIS INDICADORES MACROECONÔMICOS (1999-2008)
Brazil: main economic indicators (1999 to 2008)
Indicador / Indicator
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
Proj. 2008
Contas nacionais / National accounts
PIB Total
Total GDP
0,3%
4,3%
1,3%
2,7%
1,2%
5,7%
3,2%
3,8%
5,4%
5,1%
PIB Industrial
Industrial GDP
-1,9%
4,8%
-0,6%
2,1%
1,3%
7,9%
2,1%
2,9%
4,9%
6,0%
Extrativa mineral
Mineral extraction
-4,4%
9,1%
2,2%
11,6%
4,7%
4,3%
9,3%
5,7%
3,0%
4,4%
Construção Civil
Civil construction
-2,9%
2,0%
-2,1%
-2,2%
-3,3%
6,6%
1,8%
4,6%
5,0%
5,8%
Indústria de transformação
Manufacturing industry
-1,9%
5,7%
0,7%
2,4%
1,9%
8,5%
1,3%
2,0%
5,1%
5,1%
0,5%
4,2%
-6,2%
2,9%
4,0%
8,4%
3,0%
3,3%
5,0%
6,0%
6,5%
2,7%
6,1%
6,6%
5,8%
2,3%
0,3%
4,2%
5,3%
4,3%
1,2%
3,6%
1,9%
3,2%
0,8%
5,0%
3,7%
3,8%
4,7%
4,1%
-2,2%
4,5%
0,0%
-0,1%
-0,5%
7,5%
3,5%
5,1%
7,6%
5,5%
-4,0%
5,7%
2,4%
2,8%
-3,1%
5,9%
3,5%
3,2%
4,8%
3,6%
13,0%
16,6%
5,3%
5,0%
4,4%
5,5%
4,0%
2,5%
8,0%
3,9%
0,3%
2,2%
1,2%
2,3%
-4,8%
3,7%
5,3%
6,2%
13,0%
7,1%
8,9%
20,0%
28,9%
6,0%
9,8%
12,1%
7,7%
10,4%
11,9%
12,5%
26,4%
35,4%
9,3%
7,7%
6,3%
7,6%
12,1%
14,7%
5,7%
1,2%
-1,0%
3,1%
3,8%
4,3%
4,5%
7,9%
9,4%
6,1%
9,2%
10,8%
R$ / US$ - fim de ano
R$ / US$ - year end
1,79
1,95
2,32
3,53
2,89
2,65
2,34
2,14
1,77
1,64
R$ / US$ - média no ano
R$ / US$ - average
1,81
1,83
2,35
2,92
3,08
2,93
2,43
2,18
1,95
1,68
SELIC Efetiva - fim do ano
Effective SELIC rate - end of year
19,0%
15,8%
19,1%
24,9%
16,4%
17,7%
18,1%
13,2%
11,3%
13,5%
SELIC Efetiva - média no ano
Effective SELIC rate - average for year
29,9%
17,6%
17,5%
19,1%
23,5%
16,2%
19,1%
15,3%
12,0%
12,3%
JURO REAL (Selic / IPCA)
Real interest rate (Selic / IPCA)
19,2%
11,0%
9,1%
5,9%
13,0%
8,0%
12,7%
11,8%
7,3%
7,0%
Serviços de utilidade pública
Public utilities
PIB Agropecuário
Agriculture GDP
PIB Serviços
Services GDP
Comércio
Commerce
Transporte
Transports
Comunicações
Communications
Instituições financeiras
Financial institutions
Índices de preços / Prices index
IPCA
IGP-DI
IPA-DI
Taxa de câmbio / Exchange rate
Taxa de Juros / Interest rates
Setor público / Public accounts
Dívida Líquida Pública Consolidada Total (R$ bilhões)
Net Public Debt (R$ billion)
Dívida Líquida Pública Consolidada Total (% do PIB)
Net Public Debt (% of GDP)
516,6
563,2
660,9
881,1
913,1
957,0
1.002,5
1.067,4
1.150,4
1.189,2
44,5%
45,5%
48,4%
50,5%
52,4%
47,0%
46,5%
44,7%
42,7%
42,0%
Resultado Fiscal Primário (% do PIB)
Primary Fiscal Result (% of GDP)
2,9%
3,2%
3,4%
3,5%
3,9%
4,2%
4,4%
3,9%
4,0%
3,7%
Resultado Nominal (% do PIB - c/ câmbio)
Nominal Fiscal Result (% of GDP- w/ exchange rate)
-5,3%
-3,4%
-3,3%
-4,2%
-4,6%
-2,4%
-3,0%
-3,0%
-2,3%
-1,8%
Setor externo / Foreign accounts
Balança Comercial (US$ bilhões)
Trade balance (US$ billion)
(1,2)
(0,7)
2,7
13,1
24,8
33,6
44,7
46,5
40,0
25,3
Transações Correntes (US$ bilhões)
Current account (US$ billion)
(25,3)
(24,2)
(23,2)
(7,6)
4,2
11,7
14,0
13,6
1,5
(17,4)
Investimento Estrangeiro Direto no País (US$ bilhões)
Foreign Direct Investment in the country (US$ billion)
28,6
32,8
22,5
16,6
10,1
18,1
15,1
18,8
34,6
31,2
Fontes: BACEN, IBGE, FGV, FIPE, MDIC, Tesouro Nacional, ANDIMA, JP Morgan
Elaboração e Projeção: GRC VISÃO
Sources: BACEN, IBGE, FGV, FIPE, MDIC, Tesouro Nacional, ANDIMA, JP Morgan
Forcast by: GRC VISÃO
161
Estatísticas
Statistics
OS PRINCIPAIS NÚMEROS DAS COMPANHIAS ABERTAS EM 2007
Main results for public companies in 2007
2006
2007
(var, %)
373
402
7,77%
699,4
790,6
13,04%
-5,4%
8,2%
—
2.480,8
3.039,8
22,53%
671,8
818,0
21,76%
118,3
144,3
22,02%
37,7%
37,5%
—
16,9%
18,3%
—
17,6%
17,6%
—
4,8%
4,7%
—
60,5
69,0
14,00%
15,5%
15,0%
—
10,69%
13,52%
—
2007
(var, %)
1.412.330
1.535.008
8,69%
6.988.249
Consolidação dos dados da amostra (*) / Sample data consolidation (*)
Número de empresas analisadas
Number of analysed companies
Total de Receitas Líquidas (R$ bilhões)
Total net revenues (R$ billion)
Crescimento real (%, deflator IPCA)
Real growth (%, IPCA deflated)
Ativo Total (R$ bilhões)
Total assets (R$ billion)
Patrimônio Líquido Consolidado (R$ bilhões)
Total equity (R$ billion)
Total de Lucros Acumulados (líquido, R$ bilhões)
Total net profits
Margem Operacional (% sobre a receita líquida)
Operational Margin (% over net revenues)
Margem Líquida (% sobre a receita líquida)
Net margin (% over net revenues)
Retorno sobre PL (%)
Return on equities (ROE, %)
Retorno sobre Ativos (%)
Return on assets (ROA, %)
Recolhimento tributário total (R$ bilhões)
Total tax burden (R$ billion)
Participação na Arrecadação Total (%)
Contribution to Total Tax Burden (%)
Participação no Produto Interno Bruto (PIB, %)
Contribution to Gross Domestic Product (GDP, %)
(*) Os dados de 2006 foram consolidados com base na amostra de 402 empresas de 2007.
(*) 2006 data were consolidated based on the sample of 402 companies in 2007.
2006
Geração de empregos (**) / Jobs supplied (**)
Empregos Diretos
Direct jobs
Emprego Total
Total Employment
Total das Respostas
Total Answers
Representatividade da amostra (% do Ativo Total)
Sample Representativeness (% of Total Assets)
Empregos Formais (RAIS - Relação Anual de Informações Sociais)
Formal Jobs (RAIS - Social Employment Report)
Participação no Emprego Total (% da RAIS)
Contribution to Total Employment (% of RAIS)
8.812.952
26,11%
223
242
—
84,87%
86,82%
—
35.155.249
36.195.844
2,96%
19,9%
24,4%
—
2006
2007
(var, %)
14,2
33,1
133,02%
12,8
34,1
167,22%
69,5
46,5
-33,01%
130,8
174,0
33,00%
350
404
15,43%
1544,95
2477,56
60,37%
4,41
6,13
38,93%
30,1%
32,7%
—
2.432,33
4.879,05
100,59%
(**) Números de empregos por setores economicos estão na página 163
(**) Number of jobs for each economic sectors are on page 163
Informações sobre o mercado de capitais / Capital markets information
Volume de recursos captados (R$ bilhões)
Total Fund Raised (R$ billion)
Emissões primárias de ações
Primary stocks launch
Emissões secundárias de ações
Secundary stocks launch
Emissões de debêntures
Private bonds launch
Emissões Privadas Totais
Total Private Launch
Número de empresas listadas na Bovespa
Number of Bovespa’s listed companies
Valor de mercado total das empresas (R$ Bilhões)
Total market capitalization (R$ billion)
Valor de mercado médio das empresas (R$ bilhões)
Average company’s market capitalization (R$ billion)
Variação real (%, deflator IPCA)
Real growth (%, IPCA deflated)
Volume médio diário transacionado na Bovespa (R$ milhões)
Average Bovespa’s volume negotiation (R$ million)
162
EMPREGOS GERADOS PELAS COMPANHIAS ABERTAS EM 2007
Jobs supplied by the Public Companies in 2007
Empregos / Jobs
Total / Total
Direto / Direct jobs
Indireto / Indirect jobs
Comércio / Commerce
126.990
107.673
19.318
Atacado e Varejo
Wholesale and Retail
126.990
107.673
19.318
6.929.622
761.494
6.168.127
45.276
32.692
12.585
2.396.983
202.253
2.194.730
Bebidas e Fumo
Beverages and Tobacco
189.072
43.961
145.111
Extração Mineral
Mineral Extraction
126.557
64.983
61.574
Farmacêuticos e Higiene
Pharmaceutical and cleaning products
10.302
2.266
8.036
Gráficas e Editoras
Printing and Publishing
7.415
2.278
5.137
243.664
97.052
146.613
1.147.921
86.148
1.061.774
67.929
20.872
47.057
1.307.363
64.286
1.243.077
Petroquímicos e Borracha
Petrochemicals and Rubber
963.600
47.382
916.217
Têxtil e Vestuário
Textiles and Clothing
423.538
97.322
326.216
Serviços / Services
839.370
269.723
569.646
Construção Civil, Materiais de Construção e Decoração
Civil Construction, Construction and Decoration Materials
35.648
22.261
13.387
Energia Elétrica
Electric Energy
263.726
71.578
192.148
7.329
1.989
5.340
Saneamento e Serviços de Água e Gás
Sanitation and Water and Gas Services
142.395
38.648
103.748
Telecomunicações
Telecommunications
323.271
87.702
235.569
Transporte e Logística
Transport and Logistics
67.001
47.546
19.455
Finanças / Finance
916.971
396.118
520.853
Bancos
Banks
683.599
270.260
413.339
Empresas de Participações
Holdings
215.231
118.686
96.545
Seguradoras e Corretoras
Insurers and Brokers
18.141
7.172
10.969
8.812.952
1.535.008
7.277.944
Indústria / Industry
Agricultura (Açúcar, Álcool e Cana)
Agriculture (Sugar, Ethanol and Sugarcane)
Alimentos
Foodstuffs
Máquinas, Equipamentos, Veículos e Peças
Machinery, Equipment, Vehicles and Parts
Metalurgia e Siderurgia
Metallurgy and Steel
Papel e Celulose
Paper and Pulp
Petróleo e Gás
Oil and Gas
Hospedagem e Turismo
Accommodation and Tourism
Total / Total
163
Estatísticas
Statistics
Considerações metodológicas
Methodological considerations
As estatísticas reunidas para o presente Anuário foram
consolidadas a partir das Demonstrações Financeiras
Padronizadas (DFP) divulgadas anualmente à CVM, conforme
a Instrução nº 202 de 06 de dezembro de 1993, consultadas
junto à Economática, banco de dados que replica informações
divulgadas pela CVM, nas fontes de acesso público; além de
retiradas dos sítios das próprias empresas na internet.
Statistics gathered for this Yearbook were consolidated
from the Standardized Financial Statements (DFP) which
are annually handed in to CVM, according to Instruction
202, from December 6, 1993; taken from Economática, a
bank data that reproduces data disclosed by CVM; from
publicly available sources; as well as taken from the companies’
websites.
Buscando ampliar a transparência do processo e alinhar
cada vez mais a publicação às expectativas do mercado de
capitais, a Abrasca e a GRC Visão introduziram no processo
de construção das tabelas uma etapa de contra-checagem das
informações junto às empresas. As informações foram remetidas
para os setores de relações com investidores das companhias e,
aproximadamente, 50% das empresas enviaram respostas.
Aiming to expand the transparency of the process and
increasingly align the publication to the capital market
expectations, Abrasca and GRC Visão introduced in the
process of table’s construction a stage of information counterchecking with the companies. The information was
forwarded to companies’ investor relations, and
approximately 50% of companies sent replies.
COMO CONSULTAR AS TABELAS:
O Anuário Estatístico das Companhias Abertas visa
detalhar, em termos contábeis e financeiros, o comportamento
mais significativo dos setores e subsetores da economia brasileira,
considerando as empresas de capital aberto listadas na Comissão
de Valores Mobiliários (CVM) e com ações cotadas na Bolsa
de Valores de São Paulo (Bovespa).
Foram selecionadas todas as empresas presentes na
Bovespa entre janeiro e dezembro de 2007, totalizando 402
companhias. As empresas são listadas por seu nome comercial
e agrupadas setorialmente, conforme classificação divulgada
pela CVM. As informações sobre as empresas individualmente
foram dispostas em valores correntes (em milhares de reais)
para os anos de 2007 e 2006. As informações de evolução
histórica (1999 a 2007) foram consolidadas para os setores e
calculadas em valores reais de 2007, deflacionada pelo índice
do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), divulgado
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
HOW TO CONSULT THE TABLES:
The purpose of the Statistical Annuary of Public
Companies is to detail, in accounting and financial terms,
the most significant behavior of the sectors and sub-sectors
of the Brazilian economy, considering the public traded
companies listed in the Brazilian Securities Commission
(CVM) with shares quoted on São Paulo Stock Exchange
(Bovespa).
All the companies listed in Bovespa between January
2007 and December 2007 were selected, totaling 402. The
companies are listed by their commercial name and grouped
by sectors, according to classification published by CVM.
Individually information on the company was provided in
current values (in thousands of reais) for the years 2007
and 2006. The historic data (1999 to 2007) was
consolidated for sectors and expressed in fair values of 2007,
deflated by IPCA index (Amplified Consumer Price Index),
published by Brazilian Institute of Geography and Statistics
(IBGE).
Conforme exigência da CVM, as empresas deveriam
informar o resultado de 2007 até o dia 31 de maio de 2008. As
informações contidas neste anuário foram consolidadas até o
dia 30 de junho de 2008. As empresas que não possuem
informações para o ano de 2007, não divulgaram suas
demonstrações financeiras até o encerramento desta edição, ou
não entraram em contato com a equipe realizadora do anuário.
As demanded by CVM, the companies should inform
the outcome of 2007 up to May 31th, 2008. The data for
this yearbook was consolidated by June 30, 2008. Companies
which do not hold information for 2007, neither displayed
their financial statements up to the closure of this edition,
nor got in touch with the staff in charge of this yearbook.
Descrição dos Indicadores e Contas Utilizados nas Tabelas
Ativo Total – Valor declarado no Balanço Patrimonial
Patrimônio Líquido – Valor Declarado no Balanço Patrimonial
Receita Líquida – Receita Bruta excluindo-se deduções como
devoluções, abatimentos e impostos sobre vendas.
Description of the Indicators and Accounts Used in the Tables
Total Assets – Amount stated in the Balance Sheet.
Shareholder’ Equity – Amount stated in the Balance Sheet.
Net Revenue – Gross revenue excluding deductions as
returns, discounts, and taxes on sales.
164
Lucro / Prejuízo Operacional – Valor declarado na
Demonstração de Resultado
Lucro / Prejuízo Líquido – Valor declarado na Demonstração
de Resultado após impostos e juros sobre capital próprio.
Endividamento Total – AtivoTotal (menos) Patrimônio Líquido
Capital de Giro – Ativo Circulante (menos) Passivo Circulante
Ativo Circulante: Disponível e Investimentos CP (mais) Créditos
Comerciais CP (mais) Estoques (mais) Outros Ativos CP
Passivo Circulante: Financiamento CP (mais) Debêntures CP
(mais) Fornecedores CP (mais) Impostos a pagar CP (mais)
Dividendos a pagar CP (mais) Provisões CP (mais) A pagar a
controladora CP (mais) Outros Passivos CP
Giro do Ativo – Receita Líquida operacional (dividido por)
Ativo Total. No caso do grupo “bancos”, o calculo é feito em
relação à Receita Intermediação Financeira.
Grau de Endividamento – Endividamento Total (dividido
por) Patrimônio Líquido
Variação Real (%) – Trata-se da taxa de variação de cada um dos
indicadores, levando-se em conta a taxa de inflação (medida
pelo IPCA) de 4,66% em 2007. Este valor foi calculado de
forma que variações positivas indicam melhoras no resultado da
empresa, mesmo quando existem dois valores negativos, ou um
negativo em 2006 seguido de por um valor positivo. Por exemplo,
caso a empresa registre um prejuízo em 2006 e, se esse prejuízo
reduzir em 2007, a taxa de variação será positiva, indicando que
o prejuízo diminuiu, ou seja, houve uma melhora no resultado
da empresa. Da mesma forma, variações negativas devem ser
lidas como uma redução daquele indicador. Vale lembrar que
sobre o valor de 2006 incide a inflação verificada no ano passado,
de forma que em pequenos ganhos nominais pode haver variação
negativa, em função da correção aplicada. A variação real em
2007 para o acumulado de cada setor desconsidera as empresas
que não divulgaram suas informações contábeis. Trata-se,
portanto, da variação real da média de cada variável, considerando
somente as empresas que apresentam valores para 2006 e 2007.
Receita da Intermediação Financeira – Valor declarado na
Demonstração de Resultado
Alavancagem – Endividamento Total (dividido por)
Patrimônio Líquido.
Depósitos Totais – Depósitos à vista (mais) Depósitos de Poupança
(mais) Depósitos Interfinanceiros (mais) Depósitos a Prazo
Crédito Total – Operações de Crédito de Curto Prazo (mais)
Operações de Arrendamento Mercantil a Curto Prazo (mais)
Outros Créditos de Curto Prazo
Investimentos – Investimento em Subsidiárias e Outros
Operating Profit / Loss – Amount stated in the Income
Statement.
Net Income / Loss – amount stated in the Income Statement
after deduction of taxes and interests on equity.
Total Indebtedness – Total Assets (minus) Shareholder’
Equity.
Working Capital – Current Assets (minus) Current
Liabilities.
Current Assets: ST Available & Investments (plus) ST
Commercial Credit (plus) Inventories (plus) ST Other Assets.
Current Liabilities: ST Financing (plus) ST Debentures (plus)
ST Suppliers (plus) ST Taxes payable (plus) ST Dividends
proposal (plus) ST Provisions (plus) ST Dividends proposal
to holding (plus) ST Other Liabilities.
Asset Turnover - Operational Net Revenue (divided by) Total
Assets. If for bank sector, it is calculated by the Intermediation
Revenue.
Debt-to-equity ratio – Total Indebtedness (divided by)
Shareholders’ Equity.
Real Variation (%) – is a rate of variation for each indicator,
taking into account the rate of inflation (measured by IPCA)
of 4.66% in 2007. This value was calculated so that positive
variations indicate improvement in the company’s outcome
even if there are two negative values, or one negative in 2006
followed by a positive one. For instance, if the company
recorded loss in 2006, and if this loss decreased in 2007, the
variation rate will be positive, indicating a smaller loss, that
is, there has been an improvement for the company. Likewise,
negative variations must be interpreted as a reduction on
that indicator. It is worth noting that over the value of 2006
incurs last year inflation, so that there may be negative
variation on small face values gains, due to the restatement
applied. The actual variation in 2007 for the accrued figures
of each sector ignores the companies that did not published
their financial reports. Therefore, it deals with the actual
variation of the average of each variable, considering only
those companies which presented figures for 2006 and 2007.
Intermediation Revenue – amount stated in the Income
Statement.
Leverage – Total Indebtedness (divided by) Shareholders’ Equity
Total Deposits – Demand deposits (plus) Savings deposits
(plus) Interfinancial deposits (plus) Notice Account deposits.
Total Credit – short term Credit Operations (plus) short
term Leasing Operations (plus) short terms Other Credit.
Investments – Investment in Subsidiaries and others.
TABELAS DAS SÉRIES HISTÓRICAS SETORIAIS
TABLES OF HISTORICAL SERIES OF THE SECTORS
As tabelas para as séries históricas de indicadores, como o
ativo total, de cada subsetor foram calculadas com base na
média, isto é, dividindo-se o somatório do indicador pela
quantidade de empresas declarantes em cada ano. Esse valor
foi trazido a valores reais de 2007, levando-se em conta a taxa
acumulada de inflação medida pelo IPCA.
The tables for the historical series of indicators, as the
total assets, of each sub-sector were calculated based on the
average, that is, dividing the sum of the indicator by the
number of the companies returning data each year. This
value was put into 2007 actual values, taking into account
the accrued inflation rate, as measured by the IPCA.
165
Estatísticas
Statistics
DENOMINAÇÃO SOCIAL
COMPANY NAME
DENOM. COMERCIAL
TRADE NAME
CÓD. BOVESPA
BOVESPA CODE
CÓD. CVM
CVM CODE
CNPJ
CNPJ
SETOR
SECTOR
UF
STATE
BANCO ABC BRASIL S/A
AMERICAN BANKNOTE
ABYARA PLANEJAMENTO IMOBILIÁRIO S/A.
ELECTRO AÇO ALTONA S/A
AÇOS VILLARES S/A
AES ELPA S/A
AES SUL DISTRIB. GAUCHA DE ENERGIA S/A
AES TIETE S/A
AETATIS SECURITIZADORA S/A
AFLUENTE GERAÇÃO E TRANSM. DE ENERGIA ELÉT. S/A
BEMATECH IND. E COM. DE EQUIP. ELETRÔNICOS S/A
AGRENCO LTD.
CONSORCIO ALFA DE ADMINISTRAÇÃO S/A
FINANCEIRA ALFA S/A - CFI
ALFA HOLDINGS S/A
BANCO ALFA DE INVESTIMENTO S/A
SIDERÚRGICA J L ALIPERTI S/A
ALL AMERICA LATINA
SÃO PAULO ALPARGATAS S/A
ALTERE SECURITIZADORA S/A
ARCELORMITTAL INOX BRASIL S/A
BANCO DA AMAZÔNIA S/A
COMPANHIA DE BEBIDAS DAS AMERICAS-AMBEV
AMERICEL S/A
AMIL PARTICIPAÇÕES S/A
AMPLA ENERGIA E SERVIÇOS S/A
AMPLA INVESTIMENTOS E SERVIÇOS S/A
ANHANGUERA EDUCACIONAL PARTICIPAÇÕES S/A
ARACRUZ CELULOSE S/A
INDS ARTEB S/A
ARTHUR LANGE S/A INDÚSTRIA E COM
AZEVEDO & TRAVASSOS S/A
B2W - COMPANHIA GLOBAL DO VAREJO
BAHEMA S/A
CIA BANDEIRANTES ARMAZENS GERAIS
BANCO DO ESTADO DE SERGIPE S/A
BANESTES S/A BANCO ESTADO ESPÍRITO SANTO
BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A
BANCO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL S/A
BARDELLA S/A INDÚSTRIAS MECÂNICAS
BATTISTELLA ADM E PARTIC S/A - APABA
BAUMER S/A
BEMATECH IND. E COM. EQUP. ELETRÔNICO S/A
BCO ESTADO DE SANTA CATARINA S/A
BICICLETAS CALOI S/A
BICICLETAS MONARK S/A
BCO INDUSTRIAL E COMERCIAL S/A
BIOMM S/A
BLUE TREE HOTELS & RESORTS DO BRASIL S/A
BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS - BMF S/A
BOMBRIL S/A
BOTUCATU TÊXTIL S/A
BOVESPA HOLDING S/A
BRASIL BROKERS PARTICIPAÇÕES S/A
BR MALLS PARTICIPAÇÕES S/A
BR PROPERTIES S/A
BANCO BRADESCO S/A
BRADESPAR S/A
BRASCAN RESIDENTIAL PROPERTIES S/A
BANCO DO BRASIL S/A
BRASIL TELECOM PARTICIPAÇÕES S/A
BRASIL TELECOM S/A
BRASILAGRO CIA BRAS PROP. AGRÍCOLAS S/A
BRASKEM S/A
BRASMOTOR S/A
BRAZILIAN FINANCE E REAL ESTATE S/A
BRB-BANCO DE BRASÍLIA S/A
BUETTNER S/A - INDUSTRIA
CIA CACIQUE CAFÉ SOLÚVEL
CAFÉ SOLÚVEL BRASÍLIA S/A
CAMBUCI S/A
CARAÍBA METAIS S/A
CIA CAT. DE ÁGUAS E SANEAMENTO - CASAN S/A
CAMARGO CORREA DESENV. IMOBILIÁRIO S/A
COMPANHIA DE CONCESSÕES RODOVIÁRIAS S/A
CIA. ENERG. DE BRASÍLIA S/A
CIA CEDRO E CACHOEIRA S/A
CIA. DISTRIB. DE GÁS DO RIO DE JANEIRO S/A
CENTRAIS ELÉTRICAS DE SANTA CATARINA S/A
COMPANHIA ENERGÉTICA DE GOIÁS - CELG
CELM CIA EQUIP LABS MODERNOS S/A
ABC BRASIL
ABNOTE
ABYARA
ACO ALTONA
ACOS VILL
AES ELPA
AES SUL
AES TIETE
AETATIS SEC
AFLUENTE
AGRA INCORP
AGRENCO
ALFA CONSORC
ALFA FINANC
ALFA HOLDING
ALFA INVEST
ALIPERTI
ALL AMER LAT
ALPARGATAS
ALTERE SEC
AM INOX BR
AMAZONIA
AMBEV
AMERICEL
AMIL
AMPLA ENERG
AMPLA INVEST
ANHANGUERA
ARACRUZ
ARTEB
ARTHUR LANGE
AZEVEDO
B2W VAREJO
BAHEMA
BAN ARMAZENS
BANESE
BANESTES
BANPARA
BANRISUL
BARDELLA
BATTISTELLA
BAUMER
BEMATECH
BESC
BIC CALOI
BIC MONARK
BICBANCO
BIOMM
BLUE TREE
BMF
BOMBRIL
BOTUCATU TEX
BOVESPA HLD
BR BROKERS
BR MALLS PAR
BR PROPERT
BRADESCO
BRADESPAR
BRASCAN RES
BRASIL
BRASIL T PAR
BRASIL TELEC
BRASILAGRO
BRASKEM
BRASMOTOR
BRAZILIAN FR
BRB BANCO
BUETTNER
CACIQUE
CAF BRASILIA
CAMBUCI
CARAIBA MET
CASAN
CC DES IMOB
CCR RODOVIAS
CEB
CEDRO
CEG
CELESC
CELG
CELM
ABCB
ABNB
ABYA
EALT
AVIL
AELP
AESL
GETI
AETA
AFLU
AGIN
AGEN
BRGE
CRIV
RPAD
BRIV
APTI
ALLL
ALPA
ALTR
ACES
BAZA
AMBV
AMCE
AMIL
CBEE
AMPI
AEDU
ARCZ
ATBS
ARLA
AZEV
BTOW
BAHI
CBAG
BGIP
BEES
BPAR
BRSR
BDLL
BTTL
BALM
BEMA
BSCT
BCAL
BMKS
BICB
BIOM
CTWR
BMEF
BOBR
STRP
BOVH
BBRK
BRML
BRPR
BBDC
BRAP
BISA
BBAS
BRTP
BRTO
AGRO
BRKM
BMTO
BFRE
BSLI
BUET
CIQU
CAFE
CAMB
CRBM
CASN
CCIM
CCRO
CEBR
CEDO
CEGR
CLSC
CGOS
CELM
020958
020028
020206
005380
000108
019313
016527
018350
018104
020150
020664
080080
004707
003891
009954
001384
012823
017450
010456
018066
002658
000922
018112
016195
021172
003050
020214
018961
000434
015881
000574
011975
020990
000701
016985
001120
001155
001171
001210
001520
015458
001562
020656
001104
001686
001694
021113
019305
017760
021210
012190
010987
021164
021180
019909
019925
000906
018724
020265
001023
017680
011312
020036
004820
001970
017922
014206
002038
002909
002062
002100
013722
016861
020486
018821
014451
003077
016616
002461
002445
002402
28.195.667/0001-06
33.113.309/0001-47
07.794.351/0001-60
82.643.537/0001-34
60.664.810/0001-74
01.917.705/0001-30
02.016.440/0001-62
02.998.609/0001-27
02.808.481/0001-91
07.620.094/0001-40
07.698.047/0001-10
8.943.312/0001-40
17.193.806/0001-46
17.167.412/0001-13
17.167.396/0001-69
60.770.336/0001-65
61.156.931/0001-58
02.387.241/0001-60
61.079.117/0001-05
02.783.423/0001-50
33.390.170/0001-89
04.902.979/0001-44
02.808.708/0001-07
01.685.903/0001-16
36.461.242/0001-20
33.050.071/0001-58
07.809.905/0001-56
04.310.392/0001-46
42.157.511/0001-61
62.291.380/0001-18
92.189.356/0001-33
61.351.532/0001-68
776.574/0001-56
45.987.245/0001-92
58.128.174/0001-14
13.009.717/0001-45
28.127.603/0001-78
04.913.711/0001-78
92.702.067/0001-96
60.851.615/0001-53
42.331.462/0001-31
61.374.161/0001-30
82.373.077/0001-71
83.876.003/0001-10
56.994.924/0001-05
56.992.423/0001-90
7.450.604/0001-89
04.752.991/0001-10
66.542.002/0001-10
8.936.812/0001-55
50.564.053/0001-03
61.087.581/0001-35
8.695.953/0001-23
8.613.550/0001-98
06.977.745/0001-91
6.977.751/0001-49
60.746.948/0001-12
03.847.461/0001-92
07.700.557/0001-84
00.000.000/0001-91
02.570.688/0001-70
76.535.764/0001-43
07.628.528/0001-59
42.150.391/0001-70
61.084.984/0001-20
2.762.113/0001-50
00.000.280/0001-00
82.981.912/0001-20
78.588.415/0001-15
25.869.736/0001-21
61.088.894/0001-08
15.224.488/0001-08
82.508.433/0001-17
67.203.208/0001-89
02.846.056/0001-97
00.070.698/0001-11
17.245.234/0001-00
33.938.119/0001-69
83.878.892/0001-55
01.543.032/0001-04
61.086.823/0001-76
BANCOS
FINANCEIRO
CONST. CIVIL, MAT. CONST. E DECORAÇÃO
METALURGIA E SIDERURGIA
METALURGIA E SIDERURGIA
HOLDINGS
ENERGIA ELÉTRICA
ENERGIA ELÉTRICA
SEGURADORAS E CORRETORAS
ENERGIA ELÉTRICA
CONST. CIVIL, MAT. CONST. E DECORAÇÃO
TRANSPORTE E LOGÍSTICA
HOLDINGS
BANCOS
HOLDINGS
BANCOS
METALURGIA E SIDERURGIA
TRANSPORTE E LOGÍSTICA
TÊXTIL E VESTUÁRIO
SEGURADORAS E CORRETORAS
METALURGIA E SIDERURGIA
BANCOS
BEBIDAS E FUMO
TELECOMUNICAÇÕES
SERVIÇOS
ENERGIA ELÉTRICA
ENERGIA ELÉTRICA
SERVIÇOS
PAPEL E CELULOSE
MÁQUINAS, EQUIP., VEÍCULOS E PEÇAS
TÊXTIL E VESTUÁRIO
CONST. CIVIL, MAT. CONST. E DECORAÇÃO
ATACADO E VAREJO
HOLDINGS
ENERGIA ELÉTRICA
BANCOS
BANCOS
BANCOS
BANCOS
MÁQUINAS, EQUIP., VEÍCULOS E PEÇAS
HOLDINGS
MÁQUINAS, EQUIP., VEÍCULOS E PEÇAS
MÁQUINAS, EQUIP., VEÍCULOS E PEÇAS
BANCOS
MÁQUINAS, EQUIP., VEÍCULOS E PEÇAS
MÁQUINAS, EQUIP., VEÍCULOS E PEÇAS
BANCOS
FARMACÊUTICOS E HIGIENE
HOSPEDAGEM E TURISMO
FINANCEIRO
FARMACÊUTICOS E HIGIENE
TÊXTIL E VESTUÁRIO
HOLDINGS
SEGURADORAS E CORRETORAS
FINANCEIRO
FINANCEIRO
BANCOS
HOLDINGS
CONST. CIVIL, MAT. CONST. E DECORAÇÃO
BANCOS
HOLDINGS
TELECOMUNICAÇÕES
FINANCEIRO
PETROQUÍMICOS E BORRACHA
HOLDINGS
FINANCEIRO
BANCOS
TÊXTIL E VESTUÁRIO
ALIMENTOS
ALIMENTOS
TÊXTIL E VESTUÁRIO
METALURGIA E SIDERURGIA
SANEAMENTO E SERVIÇOS DE ÁGUA E GÁS
CONST. CIVIL, MAT. CONST. E DECORAÇÃO
TRANSPORTE E LOGÍSTICA
ENERGIA ELÉTRICA
TÊXTIL E VESTUÁRIO
SANEAMENTO E SERVIÇOS DE ÁGUA E GÁS
ENERGIA ELÉTRICA
ENERGIA ELÉTRICA
MÁQUINAS, EQUIP., VEÍCULOS E PEÇAS
SP
RJ
SP
SC
SP
SP
RS
SP
SP
RJ
SP
SP
SP
SP
SP
SP
SP
PR
SP
SP
MG
PA
SP
DF
RJ
RJ
RJ
SP
ES
SP
RS
SP
SP
SP
SP
SE
ES
PA
RS
SP
PR
SP
PR
SC
SP
SP
SP
MG
SP
SP
SP
SP
SP
RJ
RJ
SP
SP
SP
RJ
DF
DF
DF
SP
BA
SP
SP
DF
SC
PR
MG
SP
BA
SC
SP
SP
DF
MG
RJ
SC
GO
SP
166
Estatísticas
Statistics
DENOMINAÇÃO SOCIAL
COMPANY NAME
DENOM. COMERCIAL
TRADE NAME
CÓD. BOVESPA
BOVESPA CODE
CÓD. CVM
CVM CODE
CNPJ
CNPJ
SETOR
SECTOR
CENTRAIS ELÉTRICAS DO PARA S.A.- CELPA
CIA ENERGIA DE PERNAMBUCO S/A
CELULOSE IRANI S/A
CENTRAIS ELÉTRICAS MATOGROSSENSES S/A
CEMEPE INVESTIMENTOS S/A
CEMIG S/A
CENTENNIAL ASSET PARTICIP AMAPÁ S/A
CENTENNIAL ASSET PARTICIP MINAS-RIO S/A
CESP - COMPANHIA ENERGÉTICA DE SÃO PAULO S/A
CERÂMICA CHIARELLI S/A
CIA HERING
CIMOB PARTICIPAÇÕES S/A
CIMS S/A
COBRASMA SA
CIA ELETRICIDADE DA BAHIA
CIA ENERGÉTICA DO CEARÁ - COELCE
COMPANHIA DE GÁS DE SÃO PAULO - COMGÁS
COMPANY S/A
CONFAB INDUSTRIAL S/A
CONST ADOLPHO LINDENBERG S/A
CONTAX PARTICIPAÇÕES S/A
CIA DE SANEAMENTO DE MINAS GERAIS
CIA. PARANAENSE DE ENERGIA - COPEL
CORREA RIBEIRO SA COM IND
COSAN S/A INDÚSTRIA E COMÉRCIO
COSAN LIMITED
CIA ENERGÉTICA DO RIO GRANDE DO NORTE
CIA TECIDOS NORTE DE MINAS - COTEMINAS
CPFL ENERGIA S/A
CR2 EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS S/A
CREMER S/A
CRUZEIRO SUL
CSU CARDSYSTEM
CYRELA COMMERCIAL PROPERT S/A EMPR PART
BRAZIL REALTY S/A EMPRESAS E PARTICIPAÇÕES
DHB INDÚSTRIA E COMERCIO S/A
DIAGNÓSTICOS DA AMERICA S/A
DATASUL S/A
BANCO DAYCOVAL S/A
DIMED S/A DISTRIBUIDORA DE MEDICAMENTOS
DIXIE TOGA S/A
CIA DOCAS DE IMBITUBA
DOCAS INVESTIMENTOS S/A
DOHLER S/A
DROGASIL S/A
DTCOM - DIRECT TO COMPANY S/A
DUFRY SOUTH AMERICA LTD.
DURATEX S/A
BRASIL ECODIESEL IND. COM. DE BICOMBUSTÍVEIS S/A.
ELEKEIROZ S/A
ELEKTRO ELETRICIDADE E SERVIÇOS S/A
CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S/A
ELETROPAULO METROPOLITANA EL.S.PAULO S/A
ELEVA ALIMENTOS S/A
ELUMA S.A. INDUSTRIA E COMERCIO
EMAE-EMP.METROPOLITANA ÁGUAS ENERGIA S/A
EMBRAER - EMP BRASILEIRA AERONÁUTICA S/A
EMBRATEL PARTICIPAÇÕES S/A
EMP. NAC. COM. REDITO PART. S/A - ENCORPAR
EDP - ENERGIAS DO BRASIL S/A
ENERGISA S/A
EQUATORIAL ENERGIA S/A
BANCO DO ESTADO DO PIAUÍ S.A.
ESTÁCIO PARTICIPAÇÕES S/A
MANUFATURA BRINQUEDOS ESTRELA S/A
ETERNIT S/A
EUCATEX SA INDÚSTRIA E COMÉRCIO
EVEN CONSTRUTORA E INCORPORADORA S/A
EXCELSIOR ALIMENTOS S/A
EZ TEC EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES S/A
CIA TÊXTIL FERREIRA GUIMARÃES
FAB TECIDOS CARLOS RENAUX S/A
FERROVIA CENTRO-ATLANTICA S/A
FERTILIZANTES HERINGER S/A
CIA FERRO LIGAS BAHIA FERBASA
FIBAM CIA INDUSTRIAL
FINANSINOS S/A-CRÉDITO, FINANC. E INVEST.
FORJAS TAURUS S/A
FERTILIZANTES FOSFATADOS S/A -FOSFÉRTIL
FRAS-LE S/A
CELPA
CELPE
CELUL IRANI
CEMAT
CEMEPE
CEMIG
CENT AMAPA
CENT MIN-RIO
CESP
CHIARELLI
CIA HERING
CIMOB PART
CIMS
COBRASMA
COELBA
COELCE
COMGAS
COMPANY
CONFAB
CONST A LIND
CONTAX
COPASA
COPEL
COR RIBEIRO
COSAN
COSAN LTD
COSERN
COTEMINAS
CPFL ENERGIA
CR2
CREMER
CRUZEIRO SUL
CSU CARDSYST
CYRE COM-CCP
CYRELA REALT
DHB
DASA
DATASUL
DAYCOVAL
DIMED
DIXIE TOGA
DOC IMBITUBA
DOCAS
DOHLER
DROGASIL
DTCOM-DIRECT
DUFRYBRAS
DURATEX
ECODIESEL
ELEKEIROZ
ELEKTRO
ELETROBRAS
ELETROPAULO
ELEVA
ELUMA
EMAE
EMBRAER
EMBRATEL PAR
ENCORPAR
ENERGIAS BR
ENERGISA
EQUATORIAL
EST PIAUI
ESTACIO PART
ESTRELA
ETERNIT
EUCATEX
EVEN
EXCELSIOR
EZTEC
F GUIMARAES
FAB C RENAUX
FER C ATLANT
FER HERINGER
FERBASA
FIBAM
FINANSINOS
FORJA TAURUS
FOSFERTIL
FRAS-LE
CELP
CEPE
RANI
CMGR
MAPT
CMIG
CTAP
CTMI
CESP
CCHI
HGTX
GAFP
CMSA
CBMA
CEEB
COCE
CGAS
CPNY
CNFB
CALI
CTAX
CSMG
CPLE
CORR
CSAN
CZLT
CSRN
CTNM
CPFE
CRDE
CREM
CZRS
CARD
CCPR
CYRE
DHBI
DASA
DSUL
DAYC
PNVL
DXTG
IMBI
DOCA
DOHL
DROG
DTCY
DUFB
DURA
ECOD
ELEK
EKTR
ELET
ELPL
ELEV
ELUM
EMAE
EMBR
EBTP
ECPR
ENBR
ENGI
EQTL
BPIA
ESTC
ESTR
ETER
EUCA
EVEN
BAUH
EZTC
FGUI
FTRX
VSPT
FHER
FESA
FBMC
FNCN
FJTA
FFTL
FRAS
018309
014362
002429
014605
013854
002453
020184
020176
002577
002488
014761
006513
014818
004448
014524
014869
015636
019046
004650
004723
019100
019445
014311
004863
019836
080071
018139
003158
018660
020630
020141
020753
020044
021040
014460
005150
019623
020095
020796
009342
014931
003174
003182
005207
005258
018597
080039
005274
020354
004359
017485
002437
014176
012238
005479
016993
020087
017647
016497
019763
015253
020010
001198
021016
008427
005762
005770
020524
001570
020770
004138
005827
015369
020621
003069
006017
006076
006173
014028
006211
04.895.728/0001-80
10.835.932/0001-08
92.791.243/0001-03
03.467.321/0001-99
93.828.986/0001-73
17.155.730/0001-64
07.950.674/0001-04
07.949.970/0001-87
60.933.603/0001-78
52.736.840/0001-10
78.876.950/0001-71
34.177.279/0001-03
00.272.185/0001-93
61.080.313/0001-91
15.139.629/0001-94
07.047.251/0001-70
61.856.571/0001-17
58.877.812/0001-08
60.882.628/0001-90
61.022.042/0001-18
04.032.433/0001-80
17.281.106/0001-03
76.483.817/0001-20
15.101.405/0001-93
50.746.577/0001-15
8.887.330/0001-52
08.324.196/0001-81
22.677.520/0001-76
02.429.144/0001-93
7.820.907/0001-46
82.641.325/0001-18
62.136.254/0001-99
01.896.779/0001-38
8.801.621/0001-86
73.178.600/0001-18
92.825.900/0001-96
61.486.650/0001-83
03.114.361/0001-57
62.232.889/0001-90
92.665.611/0001-77
60.394.723/0001-44
84.208.123/0001-02
33.433.665/0001-48
84.683.408/0001-03
61.585.865/0001-51
03.303.999/0001-36
8.383.595/0001-13
61.194.080/0001-58
05.799.312/0001-20
13.788.120/0001-47
02.328.280/0001-97
1.180/0001-26
61.695.227/0001-93
92.776.665/0001-00
57.488.645/0001-32
02.302.101/0001-42
07.689.002/0001-89
02.558.124/0001-12
01.971.614/0001-83
03.983.431/0001-03
864.214/0001-06
03.220.438/0001-73
06.833.131/0001-36
8.807.432/0001-10
61.082.004/0001-50
61.092.037/0001-81
56.643.018/0001-66
43.470.988/0001-65
95.426.862/0001-97
8.312.229/0001-73
33.470.022/0001-74
82.981.671/0001-45
00.924.429/0001-75
22.266.175/0001-88
15.141.799/0001-03
61.410.395/0001-95
91.669.747/0001-92
92.781.335/0001-02
19.443.985/0001-58
88.610.126/0001-29
ENERGIA ELÉTRICA
ENERGIA ELÉTRICA
PAPEL E CELULOSE
ENERGIA ELÉTRICA
FINANCEIRO
ENERGIA ELÉTRICA
EXTRAÇÃO MINERAL
EXTRAÇÃO MINERAL
ENERGIA ELÉTRICA
EXTRAÇÃO MINERAL
TÊXTIL E VESTUÁRIO
HOLDINGS
FINANCEIRO
TRANSPORTE E LOGÍSTICA
ENERGIA ELÉTRICA
ENERGIA ELÉTRICA
SANEAMENTO E SERVIÇOS DE ÁGUA E GÁS
CONST. CIVIL, MAT. CONST. E DECORAÇÃO
METALURGIA E SIDERURGIA
CONST. CIVIL, MAT. CONST. E DECORAÇÃO
TELECOMUNICAÇÕES
SANEAMENTO E SERVIÇOS DE ÁGUA E GÁS
ENERGIA ELÉTRICA
FINANCEIRO
AGRICULTURA (AÇÚCAR, ÁLCOOL E CANA)
HOLDINGS
ENERGIA ELÉTRICA
TÊXTIL E VESTUÁRIO
ENERGIA ELÉTRICA
CONST. CIVIL, MAT. CONST. E DECORAÇÃO
FARMACÊUTICOS E HIGIENE
BANCOS
SERVIÇOS
FINANCEIRO
CONST. CIVIL, MAT. CONST. E DECORAÇÃO
SERVIÇOS
SERVIÇOS
BANCOS
TRANSPORTE E LOGÍSTICA
ATACADO E VAREJO
INDÚSTRIA
TRANSPORTE E LOGÍSTICA
HOLDINGS
TÊXTIL E VESTUÁRIO
ATACADO E VAREJO
SERVIÇOS
SERVIÇOS
CONST. CIVIL, MAT. CONST. E DECORAÇÃO
PETRÓLEO E GÁS
PETROQUÍMICOS E BORRACHA
ENERGIA ELÉTRICA
ENERGIA ELÉTRICA
ENERGIA ELÉTRICA
ALIMENTOS
METALURGIA E SIDERURGIA
ENERGIA ELÉTRICA
MÁQUINAS, EQUIP., VEÍCULOS E PEÇAS
TELECOMUNICAÇÕES
HOLDINGS
ENERGIA ELÉTRICA
ENERGIA ELÉTRICA
ENERGIA ELÉTRICA
BANCOS
SERVIÇOS
PETROQUÍMICOS E BORRACHA
CONST. CIVIL, MAT. CONST. E DECORAÇÃO
CONST. CIVIL, MAT. CONST. E DECORAÇÃO
CONST. CIVIL, MAT. CONST. E DECORAÇÃO
ALIMENTOS
CONST. CIVIL, MAT. CONST. E DECORAÇÃO
TÊXTIL E VESTUÁRIO
TÊXTIL E VESTUÁRIO
TRANSPORTE E LOGÍSTICA
PETROQUÍMICOS E BORRACHA
METALURGIA E SIDERURGIA
METALURGIA E SIDERURGIA
FINANCEIRO
MÁQUINAS, EQUIP., VEÍCULOS E PEÇAS
PETROQUÍMICOS E BORRACHA
MÁQUINAS, EQUIP., VEÍCULOS E PEÇAS
168
UF
STATE
PA
PE
RS
MT
RJ
MG
RJ
RJ
SP
SP
SC
SP
RJ
SP
BA
CE
SP
SP
SP
SP
RJ
MG
PR
BA
SP
SP
RN
MG
SP
RJ
SC
SP
SP
SP
SP
RS
SP
SC
SP
RS
SP
SC
RJ
SC
SP
PR
SP
SP
RJ
SP
SP
DF
SP
RS
SP
SP
SP
RJ
MG
SP
RJ
MA
PI
RJ
SP
SP
SP
SP
RS
SP
RJ
SC
MG
ES
BA
SP
RS
RS
MG
RS
DENOMINAÇÃO SOCIAL
COMPANY NAME
DENOM. COMERCIAL
TRADE NAME
CÓD. BOVESPA
BOVESPA CODE
CÓD. CVM
CVM CODE
CNPJ
CNPJ
SETOR
SECTOR
UF
STATE
GAFISA
GAZOLA S/A INDUSTRIA METALÚRGICA
GENERAL SHOPPING BRASIL S/A
GEODEX COMMUNICATIONS S/A
DUKE ENERGY INT. GERAÇÃO PARANAPANEMA S/A
GERDAU S/A
METALÚRGICA GERDAU S/A
GLOBEX UTILIDADES S/A
GOL LINHAS AÉREAS INTELIGENTES S/A
GP INVESTMENTS, LTD.
GPC PARTICIPAÇÕES S/A
GRADIENTE ELETRÔNICA S/A
GRANOLEO S/A C.I. SEMENTES OLEAG DERIV
GRAZZIOTIN S/A
GRENDENE S/A
GRUCAI PARTICIPAÇÕES S/A
AÇÚCAR GUARANI S/A
GUARARAPES CONFECÇÕES S/A
GVT (HOLDING) S/A
CIA HABITASUL PARTICIPAÇÕES
HAGA S/A INDUSTRIA E COMERCIO
HELBOR EMPREENDIMENTOS S/A
HERCULES S/A FAB DE TALHERES
HOTÉIS OTHON S/A
IDEIASNET S/A
INEPAR ENERGIA S/A
CIA. IGUAÇU DE CAFÉ SOLÚVEL
IGUATEMI EMPRESA DE SHOPPING CENTERS S/A
COMPANHIA INDUSTRIAL CATAGUASES
INDUSTRIAS ROMI S/A
BANCO INDUSVAL S/A
INEPAR S/A INDÚSTRIA E CONSTRUÇÕES
INEPAR TELECOMUNICAÇÕES S/A
INPAR S/A
INVESTIMENTOS BEMGE S/A
CIA BRASILEIRA DE DESENV. IMOBILIÁRIO TURÍSTICO
IOCHPE-MAXION S/A
IPIRANGA DISTRIBUIDORA
IPIRANGA PET
REFINARIA PET IPIRANGA S/A
ITAITINGA PARTICIPAÇÕES S/A
BANCO ITAÚ HOLDING FINANCEIRA S/A
ITAUSA - INVESTIMENTOS ITAÚ S/A
ITAUTEC S/A - GRUPO ITAUTEC
INDÚSTRIAS J B DUARTE S/A
JBS S/A
JHSF PARTICIPAÇÕES S/A
JOÃO FORTES ENGENHARIA S/A
JOSAPAR - JOAQUIM OLIVEIRA S/A PARTICIPAÇÕES
KARSTEN S/A
KEPLER WEBER S/A
KLABIN S/A
KLABIN SEGALL S/A
KROTON EDUCACIONAL S/A
LA FONTE PARTICIPAÇÕES S/A
LA FONTE TELECOM S/A
LAEP INVESTMENTS LTD.
LARK S/A MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
CIALECO DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS
LF TELECOMUNICAÇÕES S/A
LIGHT S.A.
LIGHT PARTICIPAÇÕES S/A
LIVRARIA DO GLOBO S/A
CONSTRUTORA LIX DA CUNHA S/A
LOCALIZA RENT A CAR S/A
LOG-IN
LOJAS AMERICANAS S/A
LOJAS HERING S/A
LOJAS RENNER S/A
LOPES BRASIL
LUPATECH S/A
M&G POLIESTER S/A
M DIAS BRANCO S/A
MAGNESITA S/A
MANGELS INDUSTRIAL S/A
MARAMBAIA ENERGIA RENOVÁVEL S/A
MARCOPOLO S/A
MARFRIG FRIGORÍFICOS E COM. DE ALIMENTO S/A
MARISA S/A
MARISOL S/A
GAFISA
GAZOLA
GENERALSHOP
GEODEX
GER PARANAP
GERDAU
GERDAU MET
GLOBEX
GOL
GP INVEST
GPC PART
GRADIENTE
GRANOLEO
GRAZZIOTIN
GRENDENE
GRUCAI
GUARANI
GUARARAPES
GVT HOLDING
HABITASUL
HAGA S/A
HELBOR
HERCULES
HOTEIS OTHON
IDEIASNET
IENERGIA
IGUACU CAFE
IGUATEMI
IND CATAGUAS
INDS ROMI
INDUSVAL
INEPAR
INEPAR TEL
INPAR S/A
INVEST BEMGE
INVEST TUR
IOCHP-MAXION
IPIRANGA DIS
IPIRANGA PET
IPIRANGA REF
ITAITINGA
ITAUBANCO
ITAUSA
ITAUTEC
J B DUARTE
JBS
JHSF PART
JOAO FORTES
JOSAPAR
KARSTEN
KEPLER WEBER
KLABIN S/A
KLABINSEGALL
KROTON
LA FONTE PAR
LA FONTE TEL
LAEP
LARK MAQS
LECO
LF TEL
LIGHT S/A
LIGHTPAR
LIVR GLOBO
LIX DA CUNHA
LOCALIZA
LOG-IN
LOJAS AMERIC
LOJAS HERING
LOJAS RENNER
LOPES BRASIL
LUPATECH
M G POLIEST
M.DIASBRANCO
MAGNESITA
MANGELS INDL
MARAMBAIA
MARCOPOLO
MARFRIG
MARISA
MARISOL
GFSA
GAZO
GSHP
AMRI
GEPA
GGBR
GOAU
GLOB
GOLL
GPIV
GPCP
IGBR
GRNL
CGRA
GRND
GRUC
ACGU
GUAR
GVTT
HBTS
HAGA
HBOR
HETA
HOOT
IDNT
IENG
IGUA
IGTA
CATA
ROMI
IDVL
INEP
INET
INPR
FIGE
IVTT
MYPK
DPPI
PTIP
RIPI
SQRM
ITAU
ITSA
ITEC
JBDU
JBSS
JHSF
JFEN
JOPA
CTKA
KEPL
KLBN
KSSA
KROT
MLFT
LFFE
MILK
LARK
LECO
PITI
LIGT
LIPR
LGLO
LIXC
RENT
LOGN
LAME
LHER
LREN
LPSB
LUPA
RHDS
MDIA
MAGS
MGEL
CTPC
POMO
MRFG
MARI
MRSL
016101
006378
021008
018031
018368
003980
008656
006505
019569
080020
016632
006815
006572
004537
019615
015695
020940
004669
020117
003298
013366
000877
006629
006700
018414
016730
003336
020494
003395
007510
020885
007595
015423
020702
006041
020907
011932
005193
002860
009997
015865
019348
007617
012530
012319
020575
020605
007811
013285
004146
007870
012653
012653
017973
008672
012262
080098
007978
003603
017442
019879
015784
008060
004774
019739
020710
008087
008117
008133
020370
020060
014559
020338
008311
008397
012181
008451
020788
020761
008486
01.545.826/0001-07
88.611.983/001-43
8.764.621/0001-53
02.808.710/0001-78
02.998.301/0001-81
33.611.500/0001-19
92.690.783/0001-09
33.041.260/0001-64
06.164.253/0001-87
7.857.850/0001-50
02.193.750/0001-52
43.185.362/0001-07
88.925.029/0001-25
92.012.467/0001-70
89.850.341/0001-60
01.258.945/0001-70
47.080.619/0001-17
08.402.943/001-52
3.420.904/0001-64
87.762.563/0001-03
30.540.991/0001-66
49.263.189/0001-02
92.749.225/0001-63
33.200.049/0004-47
02.365.069/0001-44
02.225.714/0001-23
76.255.926/0001-90
51.218.147/0001-93
19.526.748/0001-50
56.720.428/0001-63
61.024.352/0001-71
76.627.504/0001-06
00.359.742/0001-08
67.571.414/0001-41
01.548.981/0001-79
8.723.106/0001-25
61.156.113/0001-75
92.689.256/0001-76
33.069.766/0001-81
94.845.674/0001-30
01.258.943/0001-81
60.872.504/0001-23
61.532.644/0001-15
54.526.082/0001-31
60.637.238/0001-54
2.916.265/0001-60
8.294.224/0001-65
33.035.536/0001-00
87.456.562/0001-22
82.640.558/0001-04
91.983.056/0001-69
89.637.490/0001-45
00.187.032/0001-48
2.800.026/0001-40
60.543.816/0001-93
53.790.218/0001-53
8.904.552/0001-36
60.631.090/0001-40
60.434.487/0001-42
02.390.206/0001-09
03.378.521/0001-75
01.104.937/0001-70
92.724.053/0001-73
46.014.635/0001-49
16.670.085/0001-55
42.278.291/0001-24
33.014.556/0001-96
82.640.632/0001-84
92.754.738/0001-62
8.078.847/0001-09
89.463.822/0001-12
56.806.656/0001-50
7.206.816/0001-15
19.791.268/0001-17
61.065.298/0001-02
51.468.056/0001-06
88.611.835/0001-29
3.853.896/0001-40
8.262.343/0001-36
84.429.752/0001-62
CONST. CIVIL, MAT. CONST. E DECORAÇÃO
METALURGIA E SIDERURGIA
FINANCEIRO
TELECOMUNICAÇÕES
ENERGIA ELÉTRICA
METALURGIA E SIDERURGIA
HOLDINGS
ATACADO E VAREJO
TRANSPORTE E LOGÍSTICA
FINANCEIRO
HOLDINGS
MÁQUINAS, EQUIP., VEÍCULOS E PEÇAS
ALIMENTOS
ATACADO E VAREJO
TÊXTIL E VESTUÁRIO
TRANSPORTE E LOGÍSTICA
AGRICULTURA (AÇÚCAR, ÁLCOOL E CANA)
TÊXTIL E VESTUÁRIO
TELECOMUNICAÇÕES
HOLDINGS
CONST. CIVIL, MAT. CONST. E DECORAÇÃO
CONST. CIVIL, MAT. CONST. E DECORAÇÃO
METALURGIA E SIDERURGIA
HOSPEDAGEM E TURISMO
SERVIÇOS
ENERGIA ELÉTRICA
ALIMENTOS
FINANCEIRO
TÊXTIL E VESTUÁRIO
MÁQUINAS, EQUIP., VEÍCULOS E PEÇAS
BANCOS
MÁQUINAS, EQUIP., VEÍCULOS E PEÇAS
TELECOMUNICAÇÕES
CONST. CIVIL, MAT. CONST. E DECORAÇÃO
FINANCEIRO
HOSPEDAGEM E TURISMO
MÁQUINAS, EQUIP., VEÍCULOS E PEÇAS
PETRÓLEO E GÁS
PETRÓLEO E GÁS
PETRÓLEO E GÁS
FINANCEIRO
BANCOS
HOLDINGS
MÁQUINAS, EQUIP., VEÍCULOS E PEÇAS
HOLDINGS
ALIMENTOS
CONST. CIVIL, MAT. CONST. E DECORAÇÃO
CONST. CIVIL, MAT. CONST. E DECORAÇÃO
HOLDINGS
TÊXTIL E VESTUÁRIO
HOLDINGS
PAPEL E CELULOSE
PAPEL E CELULOSE
SERVIÇOS
HOLDINGS
METALURGIA E SIDERURGIA
ALIMENTOS
MÁQUINAS, EQUIP., VEÍCULOS E PEÇAS
ALIMENTOS
HOLDINGS
ENERGIA ELÉTRICA
HOLDINGS
GRÁFICAS E EDITORAS
CONST. CIVIL, MAT. CONST. E DECORAÇÃO
TRANSPORTE E LOGÍSTICA
TRANSPORTE E LOGÍSTICA
ATACADO E VAREJO
ATACADO E VAREJO
ATACADO E VAREJO
CONST. CIVIL, MAT. CONST. E DECORAÇÃO
MÁQUINAS, EQUIP., VEÍCULOS E PEÇAS
HOLDINGS
ALIMENTOS
EXTRAÇÃO MINERAL
HOLDINGS
BEBIDAS E FUMO
MÁQUINAS, EQUIP., VEÍCULOS E PEÇAS
ALIMENTOS
TÊXTIL E VESTUÁRIO
TÊXTIL E VESTUÁRIO
SP
RS
SP
SP
SP
RJ
RS
RJ
SP
SP
RJ
AM
RS
RS
CE
SP
SP
RN
PR
RS
RJ
SP
SP
RJ
RJ
PR
PR
SP
MG
SP
SP
SP
PR
SP
SP
SP
SP
RS
RJ
RS
SP
SP
SP
SP
SP
SP
SP
RJ
RS
SC
RS
SP
SP
MG
SP
SP
SP
SP
SP
SP
RJ
RJ
RS
SP
MG
RJ
RJ
SC
RS
SP
RS
SP
CE
MG
SP
SP
RS
SP
SP
SC
169
Estatísticas
Statistics
DENOMINAÇÃO SOCIAL
COMPANY NAME
DENOM. COMERCIAL
TRADE NAME
CÓD. BOVESPA
BOVESPA CODE
CÓD. CVM
CVM CODE
CNPJ
CNPJ
SETOR
SECTOR
MEDIAL SAÚDE S/A
COMPANHIA MELHORAMENTOS DE SÃO PAULO
MELPAPER S/A
MENDES JUNIOR ENGENHARIA S/A
BCO MERCANTIL BRASIL S/A
MERCANTIL DO BR FINANCEIRA SA CFI
BCO MERCANTIL INVESTIMENTOS S/A
METALÚRGICA DUQUE S/A
METALGRAFICA IGUAÇU S/A
MAHLE METAL LEVE S/A
METRALFRIO SOLUTIONS S/A
METISA METALÚRGICA TIMBOENSE S/A
INDÚSTRIAS MICHELETTO S/A
MILLENNIUM INORGANIC CHEMICALS DO BRASIL
MINASMAQUINAS S/A
MINERVA S/A
MINUPAR PARTICIPAÇÕES S/A
MMX MINERAÇÃO E METÁLICOS S/A
MONTEIRO ARANHA S/A
MPX ENERGIA S/A
MRV ENGENHARIA E PARTICIPAÇÕES S/A
MULTIPLAN EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS S/A
MUNDIAL S/A - PRODUTOS DE CONSUMO
NADIR FIGUEIREDO IND. E COM. S/A
NATURA COSMÉTICOS S/A
NET SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO S/A
BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S/A
NORDON INDÚSTRIAS METALÚRGICAS S/A
BANCO NOSSA CAIXA S/A
CONSERVAS ODERICH S/A
ODONTOPREV S/A
OGX PETRÓLEO E GÁS PARTICIPAÇÕES S/A
OBRASCON HUARTE LAIN BRASIL S/A
COMPANHIA BRASILEIRA DE DISTRIBUIÇÃO
BANCO PANAMERICANO S/A
PANATLANTICA S/A
CIA PARTICIPAÇÕES ALIANÇA DA BAHIA
PARANÁ BANCO S/A
PARANAPANEMA S/A
PARMALAT BRASIL S/A INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA
PDG REALITY S/A EMPREENDIMENTOS E PART.
PERDIGÃO S/A
REFINARIA PET MANGUINHOS S/A
PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRAS
PETROFLEX INDUSTRIA E COMERCIO S/A
PETROPAR S/A
PETROQUÍMICA UNIÃO S/A
PETTENATI S/A INDÚSTRIA TÊXTIL
BANCO PINE S/A
PLASCAR PARTICIPAÇÕES INDUSTRIAIS S/A
POLPAR S/A
PORTO SEGURO S/A
PORTOBELLO S/A
POSITIVO INFORMÁTICA
HOPI HARI S/A
PROFARMA
PRONOR PETROQUÍMICA S/A
CIA PROVIDÊNCIA INDÚSTRIA E COMÉRCIO
RANDON S/A IMPLEMENTOS E PARTICIPAÇÕES
RASIP AGRO PASTORIL S/A
RECRUSUL S/A
REDE EMPRESAS DE ENERGIA ELÉTRICA S/A
REDECARD S/A
RENAR MAÇÃS S/A
RENNER PARTICIPAÇÕES S/A
RIMET EMPREEND. INDS. E COMERCIAIS S/A
RIO GRANDE ENERGIA S/A
METALÚRGICA RIOSULENSE S/A
RODOBENS NEGÓCIOS IMOBILIÁRIOS S/A
ROSSI RESIDENCIAL S/A
CIA SANEAMENTO BÁSICO ESTADO SÃO PAULO
SADIA S/A
SAM INDUSTRIAS S/A
CIA DE SANEAMENTO DO PARANÁ
SANSUY S/A IND.PLÁSTICOS EM REC.JUDICIAL
BANCO SANTANDER BANESPA S/A
COMPANHIA TECIDOS SANTANENSE
SANTOS BRASIL PARTICIPAÇÕES S/A
SÃO CARLOS EMPREENDS E PARTICIPAÇÕES S/A
SÃO MARTINHO S/A
MEDIAL SAUDE
MELHOR SP
MELPAPER
MENDES JR
MERC BRASIL
MERC FINANC
MERC INVEST
MET DUQUE
METAL IGUACU
METAL LEVE
METALFRIO
METISA
MICHELETTO
MILLENNIUM
MINASMAQUINA
MINERVA
MINUPAR
MMX MINER
MONT ARANHA
MPX ENERGIA
MRV
MULTIPLAN
MUNDIAL
NADIR FIGUEI
NATURA
NET
NORD BRASIL
NORDON MET
NOSSA CAIXA
ODERICH
ODONTOPREV
OGX PETROLEO
OHL BRASIL
P.ACUCAR-CBD
PANAMERICANO
PANATLANTICA
PAR AL BAHIA
PARANA
PARANAPANEMA
PARMALAT
PDG REALT
PERDIGAO S/A
PET MANGUINH
PETROBRAS
PETROFLEX
PETROPAR
PETROQ UNIAO
PETTENATI
PINE
PLASCAR PART
POLPAR
PORTO SEGURO
PORTOBELLO
POSITIVO INF
PQ HOPI HARI
PROFARMA
PRONOR
PROVIDENCIA
RANDON PART
RASIP AGRO
RECRUSUL
REDE ENERGIA
REDECARD
RENAR
RENNER PART
RIMET
RIO GDE ENER
RIOSULENSE
RODOBENSIMOB
ROSSI RESID
SABESP
SADIA S/A
SAM INDUSTR
SANEPAR
SANSUY
SANTANDER BR
SANTANENSE
SANTOS BRP
SAO CARLOS
SAO MARTINHO
MEDI
MSPA
MLPA
MEND
BMEB
MERC
BMIN
DUQE
MTIG
LEVE
FRIO
MTSA
LETO
TIBR
MMAQ
BEEF
MNPR
MMXM
MOAR
MPXE
MRVE
MULT
MNDL
NAFG
NATU
NETC
BNBR
NORD
BNCA
ODER
ODPV
OGXP
OHLB
PCAR
BPNM
PATI
PEAB
PRBC
PMAM
LCSA
PDGR
PRGA
RPMG
PETR
PEFX
PTPA
PQUN
PTNT
PINE
PLAS
PPAR
PSSA
PTBL
POSI
PQTM
PFRM
PNOR
PRVI
RAPT
RSIP
RCSL
REDE
RDCD
RNAR
RNPT
REEM
RGEG
RSUL
RDNI
RSID
SBSP
SDIA
FCAP
SAPR
SNSY
SANB
CTSA
STBP
SCAR
SMTO
020273
003654
014532
004782
001325
008540
001309
008648
008605
008575
020613
008753
007447
011398
008818
020931
013765
017914
008893
021237
020915
020982
005312
009040
019550
014621
001228
009083
019828
004693
020125
020168
019771
014826
021199
000094
018708
020729
009393
012580
020478
016292
009989
009512
013994
013412
014494
009539
020567
013471
013447
016659
013773
020362
015377
020346
009784
020974
014109
018279
012572
003190
020893
019658
017752
012840
016535
013439
020451
016306
014443
018848
012980
018627
012696
020532
004081
017892
013781
020516
43.358.647/0001-00
60.730.348/0001-66
00.020.540/0001-37
17.162.032/0001-73
17.184.037/0001-10
33.040.601/0001-87
34.169.557/0001-72
84.683.762/0001-20
80.227.184/0001-66
60.476.884/0001-87
4.821.041/0001-08
86.375.425/0001-09
88.301.163/0001-55
15.115.504/0001-24
17.161.241/0001-15
67.620.377/0001-14
90.076.886/0001-40
02.762.115/0001-49
33.102.476/0001-92
4.423.567/0001-21
8.343.492/0001-20
7.816.890/0001-53
88.610.191/0001-54
61.067.161/0001-97
71.673.990/0001-77
00.108.786/0001-65
07.237.373/0001-20
60.884.319/0001-59
43.073.394/0001-10
97.191.902/0001-94
58.119.199/0001-51
7.957.093/0001-96
02.919.555/0001-67
47.508.411/0001-56
59.285.411/0001-13
92.693.019/0001-89
01.938.783/0001-11
14.388.334/0001-99
60.398.369/0001-26
89.940.878/0001-10
2.950.811/0001-89
01.838.723/0001-27
33.412.081/0001-96
33.000.167/0001-01
29.667.227/0001-77
91.820.068/0001-72
61.632.964/0001-47
88.613.658/0001-10
62.144.175/0001-20
51.928.174/0001-50
59.789.545/0001-71
02.149.205/0001-69
83.475.913/0001-91
81.243.735/0001-48
00.924.432/0001-99
45.453.214/0001-51
13.552.070/0001-02
76.500.180/0001-32
89.086.144/0001-16
94.789.468/0001-50
91.333.666/0001-17
61.584.140/0001-49
1.425.787/0001-04
86.550.951/0001-50
02.659.727/0001-00
29.388.352/0001-48
02.016.439/0001-38
85.778.074/0001-06
67.010.660/0001-24
61.065.751/0001-80
43.776.517/0001-80
20.730.099/0001-94
33.017.039/0001-70
76.484.013/0001-45
14.807.945/0001-24
90.400.888/0001-42
21.255.567/0001-89
2.762.121/0001-04
29.780.061/0001-09
51.466.860/0001-56
SERVIÇOS
SP
PAPEL E CELULOSE
SP
PAPEL E CELULOSE
SP
CONST. CIVIL, MAT. CONST. E DECORAÇÃO MG
BANCOS
MG
BANCOS
MG
BANCOS
MG
METALURGIA E SIDERURGIA
SC
METALURGIA E SIDERURGIA
PR
MÁQUINAS, EQUIP., VEÍCULOS E PEÇAS SP
MÁQUINAS, EQUIP., VEÍCULOS E PEÇAS SP
METALURGIA E SIDERURGIA
SC
METALURGIA E SIDERURGIA
RS
PETROQUÍMICOS E BORRACHA
BA
MÁQUINAS, EQUIP., VEÍCULOS E PEÇAS MG
ALIMENTOS
SP
ALIMENTOS
RS
EXTRAÇÃO MINERAL
RJ
CONST. CIVIL, MAT. CONST. E DECORAÇÃO RJ
ENERGIA ELÉTRICA
RJ
CONST. CIVIL, MAT. CONST. E DECORAÇÃO MG
FINANCEIRO
RJ
METALURGIA E SIDERURGIA
SP
EXTRAÇÃO MINERAL
SP
ATACADO E VAREJO
SP
HOLDINGS
SP
BANCOS
CE
METALURGIA E SIDERURGIA
SP
BANCOS
SP
ALIMENTOS
RS
SERVIÇOS
SP
PETRÓLEO E GÁS
RJ
TRANSPORTE E LOGÍSTICA
SP
ATACADO E VAREJO
SP
BANCOS
SP
METALURGIA E SIDERURGIA
RS
HOLDINGS
BA
BANCOS
PR
EXTRAÇÃO MINERAL
SP
ALIMENTOS
SP
CONST. CIVIL, MAT. CONST. E DECORAÇÃO RJ
ALIMENTOS
SP
PETRÓLEO E GÁS
RJ
PETRÓLEO E GÁS
RJ
PETROQUÍMICOS E BORRACHA
RJ
PETROQUÍMICOS E BORRACHA
RS
PETROQUÍMICOS E BORRACHA
SP
TÊXTIL E VESTUÁRIO
RS
BANCOS
SP
HOLDINGS
SP
HOLDINGS
SP
SEGURADORAS E CORRETORAS
SP
EXTRAÇÃO MINERAL
SC
MÁQUINAS, EQUIP., VEÍCULOS E PEÇAS PR
HOSPEDAGEM E TURISMO
SP
ATACADO E VAREJO
RJ
PETROQUÍMICOS E BORRACHA
BA
INDÚSTRIA
PR
MÁQUINAS, EQUIP., VEÍCULOS E PEÇAS RS
AGRICULTURA (AÇÚCAR, ÁLCOOL E CANA) RS
MÁQUINAS, EQUIP., VEÍCULOS E PEÇAS RS
ENERGIA ELÉTRICA
SP
FINANCEIRO
SP
ALIMENTOS
SC
HOLDINGS
RS
METALURGIA E SIDERURGIA
RJ
ENERGIA ELÉTRICA
RS
TRANSPORTE E LOGÍSTICA
SC
CONST. CIVIL, MAT. CONST. E DECORAÇÃO SP
CONST. CIVIL, MAT. CONST. E DECORAÇÃO SP
SANEAMENTO E SERVIÇOS DE ÁGUA E GÁS SP
ALIMENTOS
SC
MÁQUINAS, EQUIP., VEÍCULOS E PEÇAS RJ
SANEAMENTO E SERVIÇOS DE ÁGUA E GÁS PR
PETROQUÍMICOS E BORRACHA
BA
BANCOS
SP
TÊXTIL E VESTUÁRIO
MG
TRANSPORTE E LOGÍSTICA
SP
HOLDINGS
SP
AGRICULTURA (AÇÚCAR, ÁLCOOL E CANA) SP
170
UF
STATE
DENOMINAÇÃO SOCIAL
COMPANY NAME
DENOM. COMERCIAL
TRADE NAME
CÓD. BOVESPA
BOVESPA CODE
CÓD. CVM
CVM CODE
CNPJ
CNPJ
SETOR
SECTOR
UF
STATE
SARAIVA S/A LIVREIROS EDITORES
SATIPEL INDUSTRIAL S/A
SAUIPE S/A
SAVIRG S/A VIAÇÃO AÉREA RIOGRANDENSE
CIA INDL SCHLOSSER S/A
SCHULZ S/A
SEB - SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO S/A
COMPANHIA DE SEGUROS ALIANÇA DA BAHIA
CIA SEGUROS MINAS BRASIL
SEMP TOSHIBA S/A
SERGEN SERVS GERAIS DE ENGENHARIA S/A
COMPANHIA SIDERÚRGICA NACIONAL
SLC AGRÍCOLA
BANCO SOFISA S/A
SONDOTECNICA ENGENHARIA DE SOLOS S/A
SOUZA CRUZ S/A
SPRINGER S/A
SPRINGS GLOBAL PARTICIPAÇÕES S/A
SÃO PAULO TURISMO S/A
SUL AMERICA CIA NACIONAL DE SEGUROS
SUL AMERICA S/A
CONSTRUTORA SULTEPA S/A
SUZANO HOLDING S/A
SUZANO PAPEL E CELULOSE S/A
SUZANO PETROQUÍMICA S/A
TAM S/A
TARPON INVESTMENT GROUP LTD
TECBLU - TECELAGEM BLUMENAU S/A.
FIAÇÃO TECELAGEM SÃO JOSÉ AS
TECNISA S/A
TECNOSOLO S/A
TEC TOY S/A
TEGMA LOGÍSTICA
TEKA TECELAGEM KUEHNRICH SA
TEKNO S/A CONSTR. INDUSTRIA E COMERCIO
TELE NORTE CELULAR PARTICIPAÇÕES S/A
TELECOM BRASILEIRAS S/A
TELE NORTE LESTE PARTICIPAÇÕES S/A
TELEMAR NORTE LESTE S/A
TELEMIG CELULAR S/A
TELEMIG CELUL PARTICIPAÇÕES S/A
TELECOMUNICAÇÕES DE SÃO PAULO S/A-TELESP
TEMPO PARTICIPAÇÕES S/A
CONSTRUTORA TENDA S/A
TERNA PARTICIPAÇÕES S/A
TÊXTIL RENAUX S/A
TIM PARTICIPAÇÕES S/A
TOTVS S/A
TRACTEBEL ENERGIA S/A
TRAFO EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS S/A
CTEEP-CIA TRANSMISSÃO ENERGIA ELETR. PAULISTA
TREVISA INVESTIMENTOS S/A
TRISUL S/A
TRIUNFO PARTICIPAÇÕES. E INVEST. S/A
TRORION S/A
TUPY S/A
ULTRAPAR PARTICIPAÇÕES S/A
UNIBANCO - UNIÃO DE BANCOS BRASILEIROS S/A
UNIBANCO HOLDINGS S/A
UNIPAR - UNIÃO DE INDÚSTRIAS PETROQUÍMICAS S/A
UNIVERSO ONLINE S/A
USINAS SIDERÚRGICAS DE MINAS GERAIS S/A
USINA COSTA PINTO SA AÇÚCAR E ÁLCOOL
VOTORANTIM CELULOSE E PAPEL S/A
CIA VALE DO RIO DOCE
VARIG PARTIC. EM SERVIÇOS COMPLEMENTARES
VARIG PARTICIPAÇÕES EM TRANSP.AÉREOS S/A
VIAÇÃO AÉREA SÃO PAULO S/A - VASP
VBC ENERGIA S/A
VICUNHA TÊXTIL S/A
S/A FABRICA PRODS ALIMCS VIGOR
VIVO PARTICIPAÇÕES S/A
VULCABRAS S/A
WEG S/A
WEMBLEY S/A
WETZEL S/A
WHIRLPOOL S/A
WIEST S/A
WILSON SONS LIMITED
WLM INDÚSTRIA E COMÉRCIO S/A
YARA BRASIL FERTILIZANTES S/A
SARAIVA LIVR
SATIPEL
SAUIPE
SAVIRG
SCHLOSSER
SCHULZ
SEB
SEG AL BAHIA
SEG MIN BRAS
SEMP
SERGEN
SID NACIONAL
SLC AGRICOLA
SOFISA
SONDOTECNICA
SOUZA CRUZ
SPRINGER
SPRINGS
SPTURIS
SUL AMER NAC
SUL AMERICA
SULTEPA
SUZANO HOLD
SUZANO PAPEL
SUZANO PETR
TAM S/A
TARPON
TEC BLUMENAU
TECEL S JOSE
TECNISA
TECNOSOLO
TECTOY
TEGMA
TEKA
TEKNO
TELE NORT CL
TELEBRAS
TELEMAR
TELEMAR N L
TELEMIG CL
TELEMIG PART
TELESP
TEMPO PART
TENDA
TERNA PART
TEX RENAUX
TIM PART S/A
TOTVS
TRACTEBEL
TRAFO
TRAN PAULIST
TREVISA
TRISUL
TRIUNFO PART
TRORION
TUPY
ULTRAPAR
UNIBANCO
UNIBANCO HLD
UNIPAR
UOL
USIMINAS
USIN C PINTO
VCP
VALE R DOCE
VARIG SERV
VARIG TRANSP
VASP
VBC ENERGIA
VICUNHA TEXT
VIGOR
VIVO
VULCABRAS
WEG
WEMBLEY
WETZEL S/A
WHIRLPOOL
WIEST
WILSON SONS
WLM IND COM
YARA BRASIL
SLED
SATI
PSEG
VAGV
SCLO
SHUL
SEBB
CSAB
CSMB
SEMP
SGEN
CSNA
SLCE
SFSA
SOND
CRUZ
SPRI
SGPS
AHEB
SASG
SULA
SULT
NEMO
SUZB
SZPQ
TAMM
TARP
TENE
SJOS
TCSA
TCNO
TOYB
TGMA
TEKA
TKNO
TNCP
TELB
TNLP
TMAR
TMGC
TMCP
TLPP
TEMP
TEND
TRNA
TXRX
TCSL
TOTS
TBLE
TRFO
TRPL
LUXM
TRIS
TPIS
TROR
TUPY
UGPA
UBBR
UBHD
UNIP
UOLL
USIM
UCOP
VCPA
VALE
VPSC
VPTA
VASP
NCNE
VINE
VGOR
VIVO
VULC
WEGE
WMBY
MWET
WHRL
WISA
WSON
SGAS
ILMD
010472
021091
015261
011681
003549
014664
017906
003115
003140
010588
010596
004030
020745
020680
010880
004057
010960
020966
009415
011010
021121
013030
009067
013986
019267
016390
080055
011215
005983
020435
011207
014133
080055
011223
011231
017604
011258
017655
011320
017213
017701
017671
019917
021148
020257
007544
017639
019992
017329
011452
018376
008192
021130
019330
011525
006343
018465
011584
014753
011592
019887
014320
012220
012793
004170
018694
018686
011703
014540
005991
010227
017710
011762
005410
011800
011991
014346
014397
080047
011070
000140
60.500.139/0001-26
97.837.181/0001-47
00.866.577/0001-80
92.772.821/0001-64
82.981.929/0001-03
84.693.183/0001-68
2.762.122/0001-40
15.144.017/0001-90
17.197.385/0001-21
61.151.445/0001-67
33.161.340/0001-53
33.042.730/0001-04
89.096.457/0001-55
60.889.128/0001-80
33.386.210/0001-19
33.009.911/0001-39
92.929.520/0001-00
7.718.269/0001-57
62.002.886/0001-60
33.041.062/0001-09
29.978.814/0001-87
89.723.993/0001-33
60.651.809/0001-05
16.404.287/0001-55
04.705.090/0001-77
01.832.635/0001-18
8.665.255/0001-85
08.424.178/0001-71
17.159.005/0001-64
8.065.557/0001-12
33.111.246/0001-90
22.770.366/0001-82
2.351.144/0001-18
82.636.986/0001-55
33.467.572/0001-34
02.558.154/0001-29
00.336.701/0001-04
2.558.134/0001-58
33.000.118/0001-79
02.320.739/0001-06
02.558.118/0001-65
02.558.157/0001-62
6.977.739/0001-34
71.476.527/0001-35
7.859.971/0001-30
82.982.075/0001-80
02.558.115/0001-21
53.113.791/0001-22
02.474.103/0001-19
90.286.105/0001-41
02.998.611/0001-04
92.660.570/0001-26
8.811.643/0001-27
03.014.553/0001-91
61.418.430/0001-12
84.683.374/0001-49
33.256.439/0001-39
33.700.394/0001-40
00.022.034/0001-87
33.958.695/0001-78
01.109.184/0001-95
60.894.730/0001-05
44.689.123/0001-57
60.643.228/0001-21
33.592.510/0001-54
03.634.795/0001-88
03.634.777/0001-04
60.703.923/0001-31
00.095.147/0001-02
07.332.190/0001-93
61.116.331/0001-86
02.558.074/0001-73
50.926.955/0001-42
84.429.695/0001-11
25.329.319/0001-96
84.683.671/0001-94
59.105.999/0001-86
79.313.086/0001-62
05.721.735/0001-28
33.228.024/0001-51
92.660.604/0001-82
GRÁFICAS E EDITORAS
INDÚSTRIA
HOSPEDAGEM E TURISMO
TRANSPORTE E LOGÍSTICA
TÊXTIL E VESTUÁRIO
METALURGIA E SIDERURGIA
SERVIÇOS
SEGURADORAS E CORRETORAS
SEGURADORAS E CORRETORAS
MÁQUINAS, EQUIP., VEÍCULOS E PEÇAS
CONST. CIVIL, MAT. CONST. E DECORAÇÃO
METALURGIA E SIDERURGIA
AGRICULTURA (AÇÚCAR, ÁLCOOL E CANA)
BANCOS
CONST. CIVIL, MAT. CONST. E DECORAÇÃO
BEBIDAS E FUMO
MÁQUINAS, EQUIP., VEÍCULOS E PEÇAS
MÁQUINAS, EQUIP., VEÍCULOS E PEÇAS
HOSPEDAGEM E TURISMO
SEGURADORAS E CORRETORAS
SEGURADORAS E CORRETORAS
CONST. CIVIL, MAT. CONST. E DECORAÇÃO
HOLDINGS
PAPEL E CELULOSE
PETROQUÍMICOS E BORRACHA
TRANSPORTE E LOGÍSTICA
FINANCEIRO
TÊXTIL E VESTUÁRIO
TÊXTIL E VESTUÁRIO
CONST. CIVIL, MAT. CONST. E DECORAÇÃO
CONST. CIVIL, MAT. CONST. E DECORAÇÃO
MÁQUINAS, EQUIP., VEÍCULOS E PEÇAS
TRANSPORTE E LOGÍSTICA
TÊXTIL E VESTUÁRIO
CONST. CIVIL, MAT. CONST. E DECORAÇÃO
TELECOMUNICAÇÕES
TELECOMUNICAÇÕES
HOLDINGS
TELECOMUNICAÇÕES
TELECOMUNICAÇÕES
TELECOMUNICAÇÕES
TELECOMUNICAÇÕES
SERVIÇOS
CONST. CIVIL, MAT. CONST. E DECORAÇÃO
ENERGIA ELÉTRICA
TÊXTIL E VESTUÁRIO
TELECOMUNICAÇÕES
SERVIÇOS
ENERGIA ELÉTRICA
MÁQUINAS, EQUIP., VEÍCULOS E PEÇAS
ENERGIA ELÉTRICA
TRANSPORTE E LOGÍSTICA
CONST. CIVIL, MAT. CONST. E DECORAÇÃO
TRANSPORTE E LOGÍSTICA
MÁQUINAS, EQUIP., VEÍCULOS E PEÇAS
METALURGIA E SIDERURGIA
HOLDINGS
BANCOS
HOLDINGS
PETROQUÍMICOS E BORRACHA
SERVIÇOS
METALURGIA E SIDERURGIA
AGRICULTURA (AÇÚCAR, ÁLCOOL E CANA)
PAPEL E CELULOSE
EXTRAÇÃO MINERAL
HOLDINGS
TRANSPORTE E LOGÍSTICA
TRANSPORTE E LOGÍSTICA
ENERGIA ELÉTRICA
TÊXTIL E VESTUÁRIO
ALIMENTOS
TELECOMUNICAÇÕES
TÊXTIL E VESTUÁRIO
MÁQUINAS, EQUIP., VEÍCULOS E PEÇAS
TÊXTIL E VESTUÁRIO
METALURGIA E SIDERURGIA
MÁQUINAS, EQUIP., VEÍCULOS E PEÇAS
HOLDINGS
TRANSPORTE E LOGÍSTICA
HOLDINGS
PETROQUÍMICOS E BORRACHA
SP
SP
BA
RS
SC
SC
SP
BA
MG
SP
RJ
RJ
RS
SP
RJ
RJ
SP
MG
SP
RJ
RJ
RS
SP
BA
SP
SP
SP
RN
MG
SP
RJ
AM
SP
SC
SP
MG
DF
RJ
RJ
MG
MG
SP
SP
SP
RJ
SC
RJ
SP
SC
RS
SP
RS
SP
SP
SP
SC
SP
SP
SP
RJ
SP
MG
SP
SP
RJ
RS
RS
SP
SP
CE
SP
SP
SP
SC
MG
SC
SP
SC
SP
RJ
RS
171
Statistics
Estatísticas
Resultado das empresas por setor de atuação
COMÉRCIO / COMMERCE
Balanço / Balance She
Ativo Total
Patrimônio Líquido
Operacional Total Assets
Shareholders’ Equity
2006
2007
Var. Real %
2006
2007
Var. Real %
Actual Var. %
Actual Var. %
Empresa
Company
2006
Resultado / Results
Receita Líquida
Lucro/Prejuízo Operacional
Net Revenue
Operating Profit / Loss
2007
Var. Real %
2006
2007
Var. Real %
Actual Var. %
Actual Var. %
Atacado e varejo / Wholesale and retail
B2W GLOBAL
DIMED
DROGASIL
GLOBEX
GRAZZIOTIN
LOJ AMERICANAS
LOJAS HERING
LOJAS RENNER
NATURA
PÃO DE ACUCAR
PROFARMA
ACUMULADO DO SUBSETOR
SUBSECTOR ACCUMULATED
1.487.610
232.794
299.095
1.714.710
145.364
2.690.337
8.291
1.200.396
1.325.406
11.600.437
775.725
1.676.954
252.874
567.462
2.111.180
175.681
3.348.737
8.034
1.381.408
1.557.873
12.746.106
923.921
7,9%
4,0%
81,6%
17,9%
15,7%
19,2%
-7,2%
10,2%
12,5%
5,2%
14,0%
371.587
117.743
121.478
678.621
105.333
330.916
-10.684
543.966
650.975
4.842.127
404.474
322.520
125.387
368.520
725.170
125.898
289.535
-11.082
582.928
683.202
5.011.992
445.713
21.480.165
24.750.230
10,30%
8.156.536
8.669.783
-16,9%
1,9%
190,4%
2,3%
14,4%
-16,2%
0,7%
2,6%
0,5%
-0,9%
5,5%
1,75%
119.089
726.027
674.425
2.907.841
140.743
2.630.015
1.434
1.531.237
2.894.756
13.880.403
1.717.279
2.357.557 1795%
827.451
9,1%
833.069
18,2%
3.178.014
4,6%
174.082
18,4%
3.209.574
16,8%
1.446
-3,5%
1.930.940
20,7%
3.168.614
4,8%
14.902.887
2,8%
2.235.517
24,6%
30.913
135.866
184.516
552.931
63.913
795.838
1.235
750.448
1.733.669
3.917.438
158.298
711.163
150.780
226.834
543.754
79.970
966.124
919
989.381
1.936.334
4.178.388
200.612
2102%
6,2%
17,7%
-5,9%
19,8%
16,2%
-28,8%
26,2%
6,9%
2,1%
21,3%
27.223.249
32.819.151
8.325.065
9.984.259
14,81%
15,41%
INDÚSTRIA / INDUSTRY
Empresa
Company
Balanço / Balance She
Ativo Total
Patrimônio Líquido
Operacional Total Assets
Shareholders’ Equity
2006
2007
Var. Real %
2006
2007
Var. Real %
Actual Var. %
Actual Var. %
2006
Resultado / Results
Receita Líquida
Lucro/Prejuízo Operacional
Net Revenue
Operating Profit / Loss
2007
Var. Real %
2006
2007
Var. Real %
Actual Var. %
Actual Var. %
Agricultura (açúcar, álcool e cana) / Agriculture (sugar, ethanol and sugarcane)
COSAN
GUARANI
RASIP AGRO PASTORIL
SÃO MARTINHO
SLC AGRICOLA
USIN C PINTO
ACUMULADO DO SUBSETOR
SUBSECTOR ACCUMULATED
3.807.422
525.037
73.207
1.258.209
449.631
425.052
3.950.686
1.243.305
90.461
1.914.061
847.615
572.868
6.538.558
8.618.996
308.502
43.892
1.367.876
22.571
107.994
264.310
3.323.927
—250.449
1.537.918
1.556.636
901.236
44.320
219.797
741.054
4.829.416
90.603
7.576.351
667.265
331.330
41.015
1.551.212
25.438
—279.172
5.908.711
1.398.301
240.918
1.605.176
3.768.217
1.366.098
12.773
218.630
902.314
6.543.311
90.872
8.181.380
615.143
23.854.117
33.080.011
35.645.114
73.569
3.900.763
35.475.750
—3.972.884
39.619.446
39.448.634
-0,7%
126,7%
18,3%
45,6%
80,5%
29,0%
1.484.557
323.942
48.579
980.932
191.883
231.608
1.659.889
485.386
50.291
1.622.261
523.095
399.401
3.261.501
4.740.323
194.706
-782.751
497.284
5.824
89.054
178.619
183.045
—119.144
865.263
223.181
187.984
-28.921
98.572
53.727
2.104.872
62.357
2.459.322
193.343
197.361
-912.936
489.356
5.044
—193.160
3.054.588
468.649
117.928
956.690
1.282.327
530.038
-32.722
98.486
90.604
3.225.979
55.145
2.945.119
159.204
32,76%
6.704.625
12.924.020
-4,7%
19.268.063
20.278
1.680.708
17.419.950
—1.575.663
-13,5%
-2,5%
-4,68%
20.969.049
18.995.613
26,19%
7,0%
43,4%
-0,9%
58,3%
161,0%
65,1%
1.768.682
489.645
43.143
—211.148
—-
1.627.789
805.055
54.703
—268.704
23.002
39,14%
2.512.618
2.779.253
-3,0%
-11,7%
-5,8%
-17,1%
349.307
21.769
1.707.370
33.071
2.411
231.699
3.956.209
—252.388
1.016.444
1.996.883
1.189.081
0
184.258
826.435
5.209.758
31.832
6.876.701
513.707
387.576
21.741
2.074.172
41.167
—253.351
3.995.842
598.456
282.335
1.164.705
2.250.206
1.461.005
0
190.196
1.076.021
6.633.363
32.221
8.623.191
604.000
24.399.323
-10,3%
-13,28%
-11,9%
57,4%
21,4%
514.983
142.078
12.174
—2.031
—-
276.110
305.287
14.281
—74.240
762
671.266
670.680
-4,35%
65.681
2.720
421.437
13.812
—35.623
1.080.168
139.202
44.648
395.315
544.923
299.027
0
33.088
241.561
1.873.275
835
2.311.061
186.778
0,9%
-0,5%
38,7%
5,8%
-1,2%
24,6%
21,9%
-3,1%
20,0%
12,6%
62.301
2.616
290.819
12.503
544
49.052
927.559
—52.527
392.832
406.338
272.398
0
36.995
139.655
1.344.098
5.733
1.691.484
164.519
-14,4%
65,6%
33,4%
-86,1%
30,8%
8,7%
29.689.548
16,49%
5.851.973
7.689.154
25,78%
17.613.657
0
4.121.681
19.648.220
—4.745.782
6,8%
11.664.974
0
2.288.098
13.102.190
—2.587.770
7,5%
10,2%
21.735.338
24.394.002
7,44% 13.953.072
15.689.960
7,65%
0
0
7.867
0
0
100.395
0
68.104
8.870.239
-7,0%
3,7%
9.046.605
3,58%
21,8%
5,89%
-48,7%
105,7%
12,3%
3399%
Alimentos / Foodstuffs
CACIQUE
CAFÉ BRASÍLIA
ELEVA
EXCELSIOR
GRANOLEO
IGUAÇU CAFÉ
JBS
LAEP
LECO
M. DIASBRANCO
MARFRIG
MINERVA
MINUPAR
ODERICH
PARMALAT
PERDIGÃO
RENAR MACAS
SADIA
VIGOR
ACUMULADO DO SUBSETOR
SUBSECTOR ACCUMULATED
2,8%
-10,5%
8,6%
7,9%
1,1%
70,2%
-7,9%
-0,1%
131,7%
45,1%
-72,4%
-4,8%
16,6%
29,7%
-4,0%
3,4%
-11,7%
3,5%
1498%
-5,2%
5,8%
450,0%
169,9%
-8,3%
-4,4%
61,4%
46,7%
-15,3%
14,6%
-21,2%
84,53%
6,2%
-4,4%
16,3%
19,2%
4,7%
-3,3%
7,1%
9,7%
7,9%
17,6%
-30,5%
11,5%
-18,6%
-3,7%
28,4%
5,1%
Bebidas e fumo / Beverages & tobacco
AMBEV
MARAMBAIA
SOUZA CRUZ
ACUMULADO DO SUBSETOR
SUBSECTOR ACCUMULATED
8,3%
Extração mineral / Mineral extraction
CENT AMAPÁ
CENT MIN-RIO
CHIARELLI
MAGNESITA
MMX MINERAÇÃO
NADIR FIGUEIREDO
PARANAPANEMA
PORTOBELLO
VALE
ACUMULADO DO SUBSETOR
SUBSECTOR ACCUMULATED
423
2.129
46.608
0
1.072.407
251.397
1.256.786
315.860
100.152.211
48.126 10792%
489.497 21910%
42.176
-13,4%
1.462.013
1.872.191
67,1%
293.004
11,6%
1.296.616
-1,2%
397.059
20,3%
116.775.890
11,6%
356
2.053
-56.487
0
1.047.780
165.732
48.980
56.793
39.098.760
47.979 12802%
489.357 22718%
-69.956
-18,6%
814.045
1.813.672
65,7%
180.951
4,5%
-56.052
-209,6%
23.543
-60,3%
57.029.465
39,6%
——34.405
0
0
229.236
0
323.091
18.822.715
0
0
40.122
0
0
247.735
0
314.185
21.815.547
-6,9%
11,0%
——7.438
0
0
92.500
0
70.114
8.191.153
103.097.821
122.676.572
40.363.967
60.273.004
19.409.447
22.417.589
10,57%
8.361.205
13,91%
*dados referentes ao balanço de janeiro de 2007 em função do calendário fiscal adotado pela empresa
172
42,95%
11,6%
3,5%
1,3%
3,9%
Corporates’ results (by sectors)
R$ milhares / R$ thousands
Resultado / Results
Lucro / Prejuízo Líquido
Net Income / Loss
2006
2007
11.490
14.402
20.795
79.457
16.108
123.521
-3.559
98.822
469.326
85.524
-3.552
62.204
14.173
21.626
89.289
23.868
102.964
-401
155.862
456.914
210.878
34.182
912.334
1.171.559
Indicadores Econômicos / Financeiros Economic / Financial Indicators
Capital de Giro
Giro do Ativo
Working Capital
Asset Turnover
Endividamento Total
Total indebtedness
Var. Real %
Actual Var. %
418,3%
-5,8%
-0,4%
7,6%
41,8%
-20,2%
89,2%
51,0%
-6,8%
136,0%
1021%
22,93%
2006
2007
Var. Real %
Actual Var. %
2006
2007
1.116.023
115.051
177.617
1.036.089
40.031
2.359.421
18.975
656.430
674.431
6.758.310
371.251
1.354.434
127.487
198.942
1.386.010
49.783
3.059.202
19.116
798.480
874.671
7.734.114
478.208
16,2%
6,1%
7,2%
28,1%
19,1%
24,1%
-3,6%
16,4%
24,2%
9,6%
23,3%
130.287
97.153
71.384
243.314
54.636
358.631
74
250.589
-68.724
1.054.507
512.407
18.288
98.546
303.858
214.474
63.339
145.875
169
225.076
-7.343
656.958
605.165
13.323.629
16.080.447
15,54%
2.704.258
2.324.405
Grau de Endividamento
Debt-to-equity ratio
Var. Real %
Actual Var. %
2006
2007
2006
2007
-86,6%
-2,9%
307,5%
-15,6%
11,0%
-61,1%
118,6%
-14,0%
89,8%
-40,4%
13,1%
0,08
3,12
2,25
1,70
0,97
0,98
0,17
1,28
2,18
1,20
2,21
1,41
3,27
1,47
1,51
0,99
0,96
0,18
1,40
2,03
1,17
2,42
3,00
0,98
1,46
1,53
0,38
7,13
-1,78
1,21
1,04
1,40
0,92
4,20
1,02
0,54
1,91
0,40
10,57
-1,72
1,37
1,28
1,54
1,07
-17,72%
1,27
1,33
1,63
1,85
R$ milhares / R$ thousands
Resultado / Results
Lucro / Prejuízo Líquido
Net Income / Loss
2006
2007
Indicadores Econômicos / Financeiros Economic / Financial Indicators
Capital de Giro
Giro do Ativo
Working Capital
Asset Turnover
Endividamento Total
Total indebtedness
Var. Real %
Actual Var. %
173,9%
306,9%
-40,2%
2006
2007
Var. Real %
Actual Var. %
2.322.865
201.095
24.628
277.277
257.748
193.444
2.290.797
757.919
40.170
291.800
324.520
173.467
-5,6%
260,8%
56,1%
0,7%
20,5%
-14,2%
87.109
27.484
4.999
—-20.005
—-
249.241
116.821
3.122
—31.597
203.603
99.587
604.384
480,98%
3.277.057
3.878.673
8.305
-98.382
-62.073
-617
6.995
15.480
158.878
—-7.627
115.751
61.903
53.607
49.108
-5.396
-104.695
117.253
226
376.588
-18.050
3.861
-130.179
5.043
-973
—25.872
-165.032
-58.811
-1.216
80.138
64.345
34.741
-12.495
-471
-64.436
321.307
-7.867
689.016
2.655
-55,5%
-26,7%
107,8%
-51,0%
60,0%
-199,4%
113.796
826.643
870.592
16.747
18.940
85.691
3.140.882
84,7%
-33,7%
-0,5%
-38,0%
-124,4%
91,6%
41,1%
162,3%
-3432%
75,2%
114,1%
667.254
785.498
2.806.256
-176
822.880
2006
2007
Grau de Endividamento
Debt-to-equity ratio
Var. Real %
Actual Var. %
2006
2007
2006
2007
-52,6%
8,6%
33,1%
378,5%
186,5%
43,4%
0,46
0,93
0,59
0,41
0,65
0,60
0,47
0,32
0,04
1,56
0,62
0,51
0,28
1,34
0,84
1,38
1,56
0,80
0,18
0,62
0,43
1.160.772
204.234
19.502
24.499
79.241
12.447
574.986
231.739
27.119
122.447
237.154
18.650
13,31%
1.500.695
1.212.095
-22,68%
0,38
0,32
1,00
0,82
133.969
953.951
1.061.856
20.394
12,7%
10,5%
16,8%
16,6%
0,58
-1,06
1,75
2,88
0,21
0,48
17,16
0,68
-1,04
2,17
4,04
1,3%
-4,8%
1,13
0,50
1,25
1,47
0,02
0,88
1,19
1,17
0,53
1,34
1,62
-3,9%
-13,0%
131.305
672.655
1.333.455
713.252
73.241
121.225
687.327
2.724.544
28.246
5.117.029
473.922
70.955
-47.858
225.580
-3.515
—44.473
929.502
294.451
-915
174.651
1.309.203
685.009
9.522
38.552
-53.938
1.826.930
-1.237
931.677
-9.058
59,0%
-15,2%
60,4%
-22,6%
86.012
2.854.123
929.652
122.990
648.486
2.485.890
836.060
45.495
120.144
811.710
3.317.332
35.727
5.236.261
455.939
42.730
-39.756
134.635
-2.745
4.004
42.047
934.534
—11.741
85.170
744.991
166.547
-6.031
35.627
-65.978
1.593.480
5.665
1.233.497
-66.429
-107,5%
96,3%
68,2%
293,7%
251,1%
3,6%
21,7%
9,8%
-120,9%
-27,7%
86,9%
12,69%
17.149.492
20.155.991
12,51%
4.853.729
6.423.984
2.816.407
—907.765
-3,9%
16.377.051
53.291
2.220.055
18.055.800
5,5%
5,6%
2.397.221
3,4%
-26.907
1.293
-378.455
-605.718
—372.986
3.628.960
3.724.172
-1,76%
18.650.397
20.453.021
4,98%
-404.069
-232.732
——-23.325
0
-92.056
14.708
313.577
-29.764
13.431.005
-10.845
488.845
-13.469
-54.955
765.603
20.894
-109.032
-45.067
20.005.562
67
76
103.095
0
24.627
85.665
1.207.806
259.067
61.053.451
147
140
112.132
647.968
58.519
112.053
1.352.668
373.516
59.746.425
-64
-71
-90.934
0
1.026.306
69.743
-1.147.040
-53.931
-3.960.353
-141
-132
-88.437
-543.718
409.944
88.473
-1.299.097
-24.880
-8.718.724
13.614.145
21.047.536
62.733.854
62.403.568
-4.156.344
-10.176.712
251,2%
44,7%
896,2%
36,0%
-133,3%
-44,9%
42,6%
48,00%
-10,3%
-7,7%
78,5%
12,2%
-40,5%
-5,1%
13,1%
16,6%
21,1%
-2,0%
-7,9%
110,0%
76,3%
4,1%
127,5%
25,2%
7,2%
38,0%
-6,3%
-4,77%
1,01
0,66
1,28
1,32
0,00
0,84
1,12
1,08
0,35
0,91
0,77
0,91
0,68
0,43
1,17
0,73
0,60
1,07
0,00
0,87
1,19
1,01
0,35
1,05
0,98
1,10
0,78
5,97
3,79
-2,53
1,23
12,79
1,29
0,45
2,08
2,45
0,45
0,93
1,98
1,04
0,68
1,94
1,58
-1,39
1,22
8,96
1,03
0,65
1,78
2,86
1,02
0,90
2,56
1,56
0,49
0,00
1,06
0,55
0,85
2,63
1,32
1,04
1,19
0,55
0,62
0,89
1,08
-61,8%
21,4%
-8,4%
55,8%
-110,8%
——0,74
—0,00
0,91
0,00
1,02
0,19
0,00
0,00
0,95
0,00
0,00
0,85
0,00
0,79
0,19
0,19
0,04
-1,83
—0,02
0,52
24,66
4,56
1,56
0,00
0,00
-1,60
0,80
0,03
0,62
-24,13
15,87
1,05
-134,39%
0,19
0,18
1,55
1,04
26,70%
-2055%
194,3%
44,86%
-110,9%
-78,0%
6,9%
1,52
*data regarding the balance of payments in January 2007 due to the fiscal calendar adopted by the company
173
Statistics
Estatísticas
INDÚSTRIA / INDUSTRY
Empresa
Company
Balanço / Balance She
Ativo Total
Patrimônio Líquido
Operacional Total Assets
Shareholders’ Equity
2006
2007
Var. Real %
2006
2007
Var. Real %
Actual Var. %
Actual Var. %
2006
Resultado / Results
Receita Líquida
Lucro/Prejuízo Operacional
Net Revenue
Operating Profit / Loss
2007
Var. Real %
2006
2007
Var. Real %
Actual Var. %
Actual Var. %
Farmacêuticos e Higiene / Pharmaceuticals and cleaning products
BIOMM
BOMBRIL
CREMER
ACUMULADO DO SUBSETOR
SUBSECTOR ACCUMULATED
17.264
440.756
220.869
—737.995
385.292
678.889
1.123.287
60,3%
67,0%
3.089
-790.550
112.140
—-488.532
322.852
58,40%
-675.321
-165.680
3.626
645.372
242.627
—645.601
277.116
-4,2%
9,3%
1.465
371.849
61.926
—332.302
69.535
-14,5%
7,5%
76,51%
891.625
922.717
-0,93%
435.240
401.837
-11,62%
40,8%
175,6%
Gráficas e editoras / Printing and publishing
LIVRARIA GLOBO
SARAIVA LIVR
ACUMULADO DO SUBSETOR
SUBSECTOR ACCUMULATED
17.729
333.994
—404.391
15,9%
5.191
231.436
—282.756
17,0%
15.113
247.507
—309.081
19,5%
5.865
167.688
—202.332
15,5%
351.723
404.391
10,07%
236.627
282.756
14,39%
262.620
309.081
12,67%
173.553
202.332
11,60%
67.333
26.047
32.896
60.233
4.807
14.305
2.018
1.362.746
45.054
114.099
288.507
229.787
-3.565
219.235
281.287
8.792
90.219
177.840
333.481
49.957
9.341
166.306
209.271
-516
0
1.712
0
0
16.726
45.948
—1.062.958
925.648
65.118
31.082
—84.983
2.579
12.424
—1.342.877
73.129
117.420
—259.131
108
235.706
308.897
2.512
141.399
197.420
352.567
74.783
8.770
357.715
259.670
397
—-3.779
0
0
17.171
41.949
—1.395.683
1.240.092
-7,4%
14,2%
5.842.472
6.619.803
8,47%
55.055
546.227
9.673
1.101.873
414.398
273.713
140.718
63.407
27.088
2.423
6.844.645
8.279
0
19.007
13.147
43.455
-4.372
88.818
0
18.749
—89.437
3.051.584
0
2.350.506
41.994
48.298
619.131
4.964
1.260.331
15.370
500.237
70.337
95.654
28.907
1.941
7.482.001
10.118
0
21.028
9.482
56.144
-53
93.591
0
23.751
—115.403
4.766.758
9.378
2.637.241
48.836
-16,0%
8,5%
-50,9%
9,5%
-96,4%
75,0%
-52,1%
44,4%
2,2%
-23,3%
4,6%
17,0%
12,56% 15.199.824
17.918.848
12,86%
Máquinas, equipamentos, veículos e peças / Machinery, equipment, vehicles and parts
ARTEB
BARDELLA
BAUMER
BEMATECH
BIC CALOI
BIC MONARK
CELM
EMBRAER
FORJAS TAURUS
FRAS-LE
GRADIENTE
INDS ROMI
INEPAR CONSTRUÇÕES
IOCHP-MAXION
ITAUTEC
LARK MAQUINAS
LUPATECH
MARCOPOLO
METAL LEVE
METALFRIO
MINASMÁQUINAS
POSITIVO INF
RANDON PART
RECRUSUL
SAM INDUSTR
SEMP TOSHIBA
SPRINGER
SPRINGS
TECTOY
TRAFO
TRORION
WEG
WHIRLPOOL
ACUMULADO DO SUBSETOR
SUBSECTOR ACCUMULATED
264.321
315.251
46.318
157.648
2.738
194.418
12.790
13.564.197
381.819
280.057
881.455
909.686
1.170.562
700.866
871.120
37.929
569.114
1.201.831
960.660
204.945
40.857
583.715
893.329
43.541
136.165
151.256
112.252
1.754.258
15.698
135.381
—3.743.195
3.403.431
277.573
447.405
—434.804
2.596
189.337
—13.841.771
442.113
363.307
—1.370.883
1.196.551
867.027
1.069.618
38.244
1.107.913
1.368.108
1.097.294
504.388
57.501
944.614
1.120.672
43.072
—138.823
108.893
1.770.421
35.637
122.527
—4.873.845
3.475.405
33.740.803
37.310.342
0,5%
35,9%
164,0%
-9,2%
-6,8%
-2,3%
10,8%
24,2%
44,3%
-2,1%
18,4%
17,5%
-3,5%
86,4%
9,0%
9,3%
135,6%
34,7%
54,9%
20,1%
-5,3%
-12,1%
-7,1%
-3,4%
117,3%
-13,4%
24,6%
-2,2%
5,86%
-377.681
214.503
24.939
46.377
-214.914
169.941
-8.900
5.183.239
262.435
165.541
2.281
341.301
136.142
264.934
349.552
7.951
244.938
541.631
443.064
59.331
27.738
319.481
527.374
-35.993
107.891
1.015
108.328
1.753.969
-47.946
40.321
—1.552.724
1.969.821
-399.699
-1,3%
215.291
-3,9%
—344.747
611,6%
-228.076
-1,6%
162.962
-8,2%
—5.341.025
-1,4%
297.395
8,5%
192.411
11,3%
—650.389
82,4%
154.585
8,7%
337.326
21,9%
423.077
15,9%
6.690
-19,5%
256.744
0,3%
596.165
5,4%
511.446
10,5%
353.627
470,6%
33.556
15,8%
529.426
58,6%
623.894
13,3%
-47.365
-26,0%
—127.158 11893%
105.173
-7,1%
1.756.702
-4,1%
-6.698
86,6%
51.451
22,2%
—1.829.174
12,8%
1.729.957
-15,9%
14.181.328
15.948.533
-57.781
545.416
92.179
2.746.678
829.429
700.136
343.833
527.211
17.297
-68.983
14.188.216
-234.752
250.133
55.775
44.749
64.219
-48.188
107.072
-27.368
84.885
—101.910
6.124.144
252.216
10.459.926
-22.684
-46.283
763.268
90.129
3.122.826
840.799
867.250
375.674
575.571
23.453
-73.733
16.642.078
-240.858
270.923
54.660
45.242
76.400
-57.762
166.081
-31.823
94.979
—123.686
7.542.261
633.542
12.531.748
-17.324
37.075.668
44.372.787
7,66%
250.517
209.431
59.109
140.628
12.376
61.229
6.929
7.353.580
175.546
367.860
1.381.684
539.328
6.512
1.247.574
1.466.690
49.631
223.586
1.194.495
1.411.336
290.081
75.691
1.028.506
952.945
318
0
25.275
0
0
39.233
155.168
—3.009.388
3.834.626
266.686
1,9%
241.531
10,4%
—183.704
25,1%
5.841
-54,8%
45.178
-29,4%
—9.041.569
17,7%
236.424
28,9%
403.181
4,9%
—626.291
11,2%
754
-88,9%
1.289.282
-1,1%
1.523.957
-0,5%
29.110
-43,9%
386.975
65,7%
1.415.579
13,4%
1.470.614
-0,2%
416.814
37,6%
99.659
26,0%
1.588.420
47,8%
1.130.934
13,6%
5.604 1587%
—15.007
-43,2%
0
0
39.812
-2,9%
165.869
2,3%
—3.749.177
19,3%
4.712.762
17,7%
25.569.272
29.090.734
158.701
1.658.378
22.356
3.442.411
3.268.522
939.094
724.101
398.257
99.150
8.372
25.883.911
8.330
0
90.173
88.842
156.679
17.425
265.308
0
156.748
—340.338
9.040.369
0
6.789.508
168.286
167.721
1.960.560
21.937
3.989.872
2.950.804
1.741.655
779.039
446.832
111.599
9.812
30.613.528
10.118
0
99.237
69.717
188.910
16.001
266.626
0
192.578
—397.872
11.440.982
100.837
7.403.018
190.027
53.725.259
63.169.282
8,91%
35,1%
-48,6%
-16,9%
-5,7%
55,4%
-1,5%
8,0%
102,9%
2,9%
5,1%
-72,6%
50,0%
6,3%
1,2%
43,3%
-10,1%
105,9%
18,8%
173,7%
-311,3%
-1,7%
-12,6%
25,7%
28,3%
Metalurgia e siderurgia / Metallurgy and steel
AÇO ALTONA
AÇOS VILLARES
ALIPERTI
AM INOX BR
CARAÍBA METAIS
CONFAB
ELUMA
FERBASA
FIBAM
GAZOLA
GERDAU
HERCULES
LA FONTE TELECOM
MET DUQUE
METAL IGUAÇU
METISA
MICHELETTO
MUNDIAL
NORDON MET
PANATLANTICA
RIMET
SCHULZ
SID NACIONAL
TUPY
USIMINAS
WETZEL
ACUMULADO DO SUBSETOR
SUBSECTOR ACCUMULATED
174
95.896
1.722.187
143.054
4.525.080
2.402.363
1.497.089
772.567
568.874
68.712
21.574
31.596.256
33.917
379.217
89.673
73.286
93.013
27.418
779.058
36.514
114.449
—273.706
25.028.301
596.735
14.175.141
114.832
122.186
1.715.480
142.885
4.880.507
2.340.244
1.740.048
854.672
645.352
65.669
23.721
41.477.639
45.842
402.228
94.786
73.871
116.311
31.190
844.706
36.747
146.046
—351.402
27.052.241
1.715.218
16.088.050
129.975
85.228.912
101.137.016
22,0%
-4,6%
-4,4%
3,2%
-6,7%
11,3%
5,9%
8,6%
-8,5%
5,3%
25,7%
29,4%
1,5%
1,2%
-3,5%
19,7%
8,9%
3,8%
-3,7%
22,2%
22,9%
3,5%
175,2%
8,6%
8,4%
13,60%
23,3%
34,0%
-6,4%
8,8%
-3,0%
18,6%
4,6%
4,5%
29,8%
-2,3%
12,3%
1,8%
3,7%
-6,2%
-3,2%
13,9%
-14,8%
48,5%
-11,3%
7,1%
16,2%
17,9%
140,5%
14,7%
26,9%
14,57%
1,2%
13,2%
-6,1%
11,0%
-13,6%
77,5%
3,0%
7,4%
7,8%
12,2%
13,2%
16,3%
5,4%
-24,9%
15,4%
-12,1%
-3,8%
17,6%
11,9%
21,2%
4,4%
8,1%
5,9%
-31,0%
23,7%
98,8%
0,9%
21,3%
23,5%
49,5%
7,4%
11,3%
R$ milhares / R$ thousands
Resultado / Results
Lucro / Prejuízo Líquido
Net Income / Loss
2006
2007
Var. Real %
Actual Var. %
6
-219.673
4.182
—92.776
-4.627
-215.485
88.149
139,16%
-3.245
46.469
—70.207
43.224
70.207
-38.139
11.019
5.380
7.676
-20.034
8.511
-2.711
589.968
32.502
40.106
-116.151
82.921
10.190
57.844
50.063
4.494
23.021
120.528
100.701
16.989
5.887
20.941
133.990
-17.346
22.074
-525
1.389
-299.869
-2.902
2.128
—502.831
376.456
-22.018
10.095
—-5.632
-13.162
5.746
—593.053
48.813
40.349
—108.966
18.998
72.391
100.553
-1.261
-49.536
130.262
106.174
1.497
6.711
65.775
172.625
-11.372
—-19.576
-3.155
-443.767
-1.639
5.745
—574.984
506.266
1.729.932
1.997.885
20.557
256.229
-3.435
632.084
363.159
87.824
83.927
31.976
6.285
-4.821
4.261.478
-10.138
12.683
2.030
977
11.883
-18.007
4.899
-3.477
7.220
—10.616
1.167.525
34.628
2.501.964
4.226
11.498
316.775
3.938
808.148
14.912
249.114
31.841
57.375
8.119
-4.784
4.310.093
-12.947
27.273
4.562
647
17.454
-12.572
3.228
-4.455
9.933
—28.557
2.922.350
111.418
3.187.417
5.002
9.462.292
12.094.896
Indicadores Econômicos / Financeiros Economic / Financial Indicators
Capital de Giro
Giro do Ativo
Working Capital
Asset Turnover
Endividamento Total
Total indebtedness
2006
2007
Var. Real %
Actual Var. %
14.175
1.231.306
108.729
—1.226.527
62.440
1.354.210
1.288.967
44,6%
12.538
102.558
—121.635
55,49%
115.096
121.635
677.272
232.114
1,0%
120,6%
90.057
230.672
26.375
-22,5%
1,5%
3,2%
8.500.746
144.718
170.896
-2,9%
16,0%
42,9%
720.494
1.041.966
529.701
646.541
31.554
851.169
771.943
585.848
150.761
23.945
415.188
496.778
90.437
21,3%
-3,6%
16,3%
18,7%
0,8%
151,4%
11,9%
8,4%
-0,9%
74,7%
50,4%
30,0%
8,9%
-3470%
-317,4%
-41,7%
45,9%
158,4%
642.002
100.748
21.379
111.271
217.652
24.477
21.690
8.380.958
119.384
114.516
879.174
568.385
1.034.420
435.932
521.568
29.978
324.176
660.200
517.596
145.614
13.119
264.234
365.955
79.534
28.274
150.241
3.924
289
63.644
95.060
11.665
3.720
13.719
42.335
71.076
-92,6%
-9,2%
4444%
-36,3%
-28,4%
9,5%
28,7%
2.190.471
1.433.610
3.044.671
1.745.448
33,1%
16,6%
10,56%
19.559.475
21.361.809
153.677
1.176.771
50.875
1.778.402
1.572.934
796.953
428.734
41.663
51.415
90.557
17.408.040
268.669
129.084
33.898
28.537
28.794
75.606
671.986
63.882
29.564
—171.796
18.904.157
344.519
3.715.215
137.516
168.469
952.212
52.756
1.757.681
1.499.445
872.798
478.998
69.781
42.216
97.454
24.835.561
286.700
131.305
40.126
28.629
39.911
88.952
678.625
68.570
51.067
—227.716
19.509.980
1.081.676
3.556.302
147.299
48.153.244
56.764.229
140,4%
-205,9%
44,7%
-12,3%
-170,2%
37,1%
-35,4%
-3,8%
43,8%
-3,7%
25,8%
78,5%
19,8%
92,3%
-126,9%
-306,0%
3,5%
0,9%
-91,6%
9,1%
200,7%
23,3%
37,2%
-46,5%
18,4%
209,7%
22,4%
-96,1%
171,5%
-63,7%
71,8%
23,7%
5,0%
-3,2%
-22,3%
105,9%
115,1%
-36,6%
40,6%
33,2%
-36,9%
-22,7%
31,7%
157,5%
139,6%
208,0%
22,0%
13,3%
22,36%
-4,6%
-45,0%
-8,88%
13,5%
1,17%
4,55%
4,9%
-22,5%
-0,7%
-5,4%
-8,7%
4,8%
7,0%
60,3%
-21,4%
3,0%
36,6%
2,2%
-2,6%
13,3%
-4,0%
32,7%
12,6%
-3,3%
2,8%
65,4%
26,9%
-1,2%
200,6%
-8,4%
2,5%
12,85%
2006
2007
Var. Real %
Actual Var. %
Grau de Endividamento
Debt-to-equity ratio
2006
2007
2006
2007
0,21
1,46
1,10
—0,87
0,72
4,59
-1,56
0,97
—-2,51
0,19
1,31
0,82
-2,01
-7,78
2.233
-49.854
52.522
—-6.836
229.851
4.901
223.015
-10.569
167.554
—186.046
6,3%
0,85
0,74
—0,76
2,42
0,44
—0,43
156.985
186.046
13,45%
0,75
0,76
0,49
0,43
-385.519
137.866
20.879
-12.997
-112.766
81.949
-6.616
1.618.907
43.914
61.042
-93.008
167.597
-304.236
168.665
306.767
812
283.599
447.449
78.359
30.587
22.110
291.874
278.398
-15.476
-18.879
24.712
9.639
71
-1.912
31.710
—1.506.155
334.014
-389.735
121.368
—206.040
-127.190
78.271
—1.345.049
47.192
90.225
—449.549
-284.672
164.573
440.748
-2.032
300.603
321.434
81.096
178.325
27.870
486.029
209.832
-16.052
—16.886
12.808
7.955
24.838
29.441
—1.641.014
320.429
0,96
0,54
0,11
0,00
0,00
1,12
1,35
-1,70
0,47
0,86
2,40
-1,01
0,14
-2,44
1,62
0,45
0,69
385,43
1,67
7,60
1,65
1,49
3,77
1,32
1,22
1,17
2,45
0,47
0,83
0,69
-2,21
0,26
148,02
0,04
0,00
-1,33
2,36
-1,69
1,08
-34,6%
27,2%
10626%
1344%
-11,1%
0,95
0,66
1,28
0,89
4,52
0,31
0,54
0,54
0,46
1,31
1,57
0,59
0,01
1,78
1,68
1,31
0,39
0,99
1,47
1,42
1,85
1,76
1,07
0,01
0,00
0,17
0,00
0,00
2,50
1,15
4,3%
-8,2%
0,80
1,13
0,77
1,36
1,41
0,73
1,66
1,01
4.995.666
5.781.894
10,80%
0,76
0,78
1,38
1,34
-16.619
405.988
79.478
752.372
1.133.512
409.521
224.267
271.749
10.502
-14.800
2.471.406
-4.670
-3.121
1.558
15.478
49.442
-64.585
44.302
-35.673
60.231
—51.280
3.609.982
-32.710
2.225.358
17.992
-9.905
541.884
65.451
995.191
920.683
534.277
267.869
307.929
11.946
-21.912
3.653.741
920
-19.332
1.786
18.266
54.519
-76.611
6.779
-37.505
62.055
—37.423
1.551.990
198.795
2.906.909
15.346
1,65
0,96
0,16
0,76
1,36
0,63
0,94
0,70
1,44
0,39
0,82
0,25
0,00
1,01
1,21
1,68
0,64
0,34
0,00
1,37
—1,24
0,36
0,00
0,48
1,47
1,37
1,14
0,15
0,82
1,26
1,00
0,91
0,69
1,70
0,41
0,74
0,22
0,00
1,05
0,94
1,62
0,51
0,32
0,00
1,32
—1,13
0,42
0,06
0,46
1,46
-2,66
2,16
0,55
0,65
1,90
1,14
1,25
0,08
2,97
-1,31
1,23
-1,14
0,52
0,61
0,64
0,45
-1,57
6,28
-2,33
0,35
—1,69
3,09
1,37
0,36
-6,06
-3,64
1,25
0,59
0,56
1,78
1,01
1,28
0,12
1,80
-1,32
1,49
-1,19
0,48
0,73
0,63
0,52
-1,54
4,09
-2,15
0,54
—1,84
2,59
1,71
0,28
-8,50
11.662.240
11.988.494
0,63
0,62
1,30
1,28
86,9%
318,9%
4256%
3,2%
-15,7%
1618%
-8,0%
-8,6%
-20,5%
2,9%
41,5%
156,8%
10,4%
-6,6%
37,5%
-339,6%
1,5%
-31,2%
-0,9%
458,1%
20,7%
59,4%
-27,8%
0,7%
42,9%
27,8%
-21,2%
26,6%
-22,2%
24,9%
14,3%
8,5%
8,9%
-41,7%
41,5%
118,9%
-493,0%
9,7%
13,0%
5,6%
-13,6%
-85,4%
-0,6%
-1,4%
-30,1%
-58,8%
681,8%
25,0%
-18,3%
-1,59%
0,42
2,25
0,24
0,65
0,53
1,11
0,46
0,00
1,49
1,42
0,76
0,35
1,03
1,34
0,83
1,73
1,68
1,01
0,13
0,26
-1,01
0,16
1,59
0,49
0,89
1,11
6,74
1,57
1,53
4,72
3,32
1,29
1,15
0,43
0,71
0,78
0,80
-1,91
0,09
0,04
0,01
-6,32
1,38
175
Estatísticas
Statistics
INDÚSTRIA / INDUSTRY
Balanço / Balance She
Ativo Total
Patrimônio Líquido
Operacional Total Assets
Shareholders’ Equity
2006
2007
Var. Real %
2006
2007
Var. Real %
Actual Var. %
Actual Var. %
Empresa
Company
2006
Resultado / Results
Receita Líquida
Lucro/Prejuízo Operacional
Net Revenue
Operating Profit / Loss
2007
Var. Real %
2006
2007
Var. Real %
Actual Var. %
Actual Var. %
Papel e celulose / Paper and pulp
ARACRUZ
CELULOSE IRANI
KLABIN
KLABIN SEGALL
MELHORAMENTOS SP
MELPAPER
SUZANO PAPEL
VOTORANTIM C P
ACUMULADO DO SUBSETOR
SUBSECTOR ACCUMULATED
9.253.380
332.060
6.123.453
477.872
578.803
49.230
9.676.921
8.965.152
10.571.488
488.138
8.174.161
709.915
582.896
37.454
11.141.289
8.789.360
35.456.871
40.494.701
462.082
955.061
2.911.513
800.383
3
256.678
210.538.129
577.751
1.126.131
3.279.984
938.149
2.355.458
258.741
231.227.800
215.923.849
239.764.014
9,4%
40,7%
27,8%
42,2%
-3,6%
-27,2%
10,2%
-6,1%
4.879.511
90.930
2.460.771
419.417
182.518
28.831
4.035.181
5.118.716
5.403.243
101.059
2.741.299
393.452
171.713
24.745
4.413.435
5.638.254
17.215.875
18.887.200
347.419
804.029
1.555.165
577.300
-945
59.733
97.530.648
309.758
922.752
1.812.199
761.763
2.312.318
33.126
113.854.127
6,30% 100.873.349
120.006.043
9,33%
6,0%
6,4%
6,6%
-10,2%
-9,9%
-17,8%
4,7%
5,4%
5,02%
2.279.409
296.963
2.712.798
3.532
368
0
2.682.073
2.542.775
10.517.918
2.466.952
3,6%
341.684
10,1%
2.796.442
-1,3%
3.739
1,3%
7.780 1924%
0
3.255.655
16,2%
2.245.194
-15,5%
11.117.446
542.777
69.523
600.378
2.792
368
0
1.124.981
762.659
635.776
86.217
855.054
3.286
7.780
0
1.214.202
562.861
12,1%
18,7%
36,3%
12,7%
1924%
3.103.478
3.365.176
3,80%
8.307
194.243
987.747
26.550
—10.040
63.305.308
-4.818
204.520
1.101.601
40.900
0
8.197
66.179.682
-155,5%
0,8%
6,8%
47,5%
2,85% 64.532.195
67.530.082
0,18%
1.985.970
199.261
35.778
243.611
400.672
15.973
195.495
48.683
360.730
0
17.784
447.088
602.873
210.800
16,8%
93,0%
44,6%
52,8%
165,3%
-69,0%
25,5%
-17,7%
24,2%
1,19%
3,3%
-29,3%
Petróleo e Gás / Oil and gas
ECODIESEL
IPIRANGA DIS
IPIRANGA PET
IPIRANGA REF
OGX PETROLEO
PETRÓLEO MANGUINHOS
PETROBRAS
ACUMULADO DO SUBSETOR
SUBSECTOR ACCUMULATED
19,7%
12,9%
7,8%
12,2%
-3,5%
5,1%
-14,6%
9,9%
11,6%
26,3%
-46,9%
11,8%
52.947
335.591
3.544.166
3.440.286
21.643.393
22.448.356
432.135
837.366
—0
196.121
156.124
158.238.819 170.577.725
13,89% 184.107.581
197.795.448
506,8%
-7,1%
-0,7%
85,5%
-23,8%
3,2%
-21,8%
0,1%
Petroquímicos e borracha / Petrochemicals and rubber
BRASKEM
ELEKEIROZ
ESTRELA
FER HERINGER
FOSFERTIL
MILLENNIUM
PETROFLEX
PETROPAR
PETROQUÍMICA UNIÃO
PRONOR
SANSUY
SUZANO PETROQUIM
UNIPAR
YARA BRASIL
ACUMULADO DO SUBSETOR
SUBSECTOR ACCUMULATED
15.751.832
559.802
138.522
811.273
1.612.242
521.103
1.062.927
548.942
1.765.146
237.979
209.911
3.375.451
2.897.149
593.138
16.632.385
628.859
159.140
1.294.723
2.046.501
472.634
1.032.986
572.361
2.281.195
239.486
204.769
2.525.403
4.202.779
1.505.571
30.085.417
33.798.792
1,1%
7,5%
10,0%
52,8%
21,5%
-13,2%
-7,0%
-0,2%
23,7%
-3,7%
-6,6%
-28,4%
38,9%
143,0%
7,55%
4.447.514
333.373
-51.085
223.508
1.254.136
424.672
405.139
263.951
791.610
168.539
-19.050
966.570
1.129.413
189.378
5.844.799
391.555
-68.267
492.827
1.445.396
407.257
461.816
268.293
875.118
177.036
-74.606
1.042.954
1.232.041
560.122
10.527.668
13.056.341
757.556
-15.064
21.527
-15.758
-52.067
177.075
31.771
1.738.643
236.640
—-5.552
979.884
1.071.828
96.940
90.566
41.212
213.573
84.788
140.252
-57.196
15.406
-5.262
-257.420
-83.291
559.120
191.924
515.987
881.561
-20.870
9.284
-31.941
-44.375
172.142
274.773
1.481.050
235.673
—-33.915
1.118.466
1.269.100
104.667
97.030
560.401
219.524
96.942
144.748
-81.349
10.192
-20.352
-347.142
-112.295
559.508
222.410
—-
6.473.082
6.765.232
281.874
577.664
247.488
311.989
465.851
482.900
1.107.026
1.260.740
25,8%
12,4%
-27,9%
111,1%
10,3%
-8,2%
9,1%
-2,7%
5,8%
0,6%
-274,9%
3,3%
4,4%
183,1%
18,72%
10.931.443
719.987
54.244
1.425.969
831.076
297.423
1.345.207
409.650
2.973.070
0
183.109
2.482.482
2.543.805
1.055.414
12.134.476
870.621
73.447
2.260.838
1.095.551
262.232
1.390.282
425.219
3.191.663
0
214.805
2.506.119
2.814.659
2.123.408
6,3%
15,8%
29,6%
51,8%
26,2%
-15,6%
-1,1%
-0,6%
2,8%
12,3%
-3,4%
5,9%
92,6%
1.628.155
98.842
23.681
152.600
144.571
49.396
149.142
56.624
278.043
0
10.485
332.178
485.283
107.454
25.252.879
29.363.320
11,31%
3.516.454
4.764.718
29,71%
1.221.486
12.431
53.303
139.446
124.537
178.553
329.976
7.374
190.921
—60.623
1.088.865
430.074
141.685
244.409
0
112.110
253.155
236.949
32.228
611
56.154
291.044
60.829
1.252.401
209
0
1.258.406
9.386
32.383
133.255
139.714
222.864
369.243
0
190.564
—65.486
1.186.185
560.440
146.062
238.917
0
310
293.942
243.965
31.854
558
33.537
300.401
71.680
1.189.481
146
—-
575.428
3.016
10.484
25.882
39.681
19.460
131.398
-59
22.285
—4.200
482.478
131.399
47.884
74.452
0
39.247
57.583
54.949
1.979
-248
8.399
40.677
9.096
188.494
-43
0
558.804
1.058
3.009
28.601
45.159
22.425
145.298
0
29.578
—5.488
501.770
181.791
45.491
85.679
0
310
64.088
57.053
3.157
-1.707
3.140
70.107
12.732
218.350
-27
—-
-7,0%
-66,4%
-72,5%
5,8%
8,9%
10,3%
5,9%
-100,0%
27,1%
6.519.373
6.718.779
1.968.121
2.081.354
1,24%
409.211
501.540
312.904
431.285
441.711
389.595
81.441
178.837
81.273
79.375
122.962
141.261
-6,7%
-34,2%
66,4%
1.223.655
1.262.591
341.551
343.598
-3,70%
62,4%
28,8%
18,9%
87,8%
Têxtil e vestuário / Textiles and clothing
ALPARGATAS
ARTHUR LANGE
BOTUCATU TEX
BUETTNER
CAMBUCI
CEDRO
CIA HERING
COTEMINAS
DOHLER
F GUIMARÃES
FAB C RENAUX
GRENDENE
GUARARAPES
INDS CATAGUASES
KARSTEN
MARISA
MARISOL
PETTENATI
SANTANENSE
SCHLOSSER
TECEL. BLUMENAU
TECEL S JOSÉ
TEKA
TEX RENAUX
VICUNHA TÊXTIL
VULCABRAS
WEMBLEY
ACUMULADO DO SUBSETOR
SUBSECTOR ACCUMULATED
1.141.523
53.439
75.671
149.251
115.789
280.133
728.703
1.863.462
294.427
—136.595
1.416.837
1.334.416
225.318
193.574
41.712
332.330
165.872
264.548
52.299
37.768
72.028
536.861
71.469
1.640.619
216.142
535.148
1.349.804
34.649
69.670
150.468
128.887
287.484
889.902
1.553.980
301.600
—129.176
1.457.065
1.531.197
232.727
196.796
563.074
290.827
187.402
249.673
44.822
35.431
63.414
521.500
81.418
1.599.325
248.630
—-
11.975.934
12.198.921
860.808
605.023
607.613
818.657
891.854
906.042
2.073.444
2.616.553
13,2%
-37,9%
-11,9%
-3,5%
6,6%
-1,8%
16,9%
-20,2%
-1,9%
-9,5%
-1,6%
9,8%
-1,1%
-2,7%
1192%
-16,2%
8,2%
-9,7%
-18,0%
-10,2%
-15,7%
-7,0%
9,1%
-6,7%
10,1%
-2,49%
11,4%
-32,6%
-58,7%
-94,0%
18,4%
-6,9%
727,9%
-18,5%
-4,7%
-484,8%
9,3%
13,3%
3,4%
2,6%
1202%
-1,6%
9,5%
-1,2%
-36,2%
-36,7%
-270,3%
-29,1%
-29,1%
-4,2%
10,9%
0,05%
-1,4%
-27,7%
-41,8%
-8,5%
7,4%
19,5%
7,1%
-100,0%
-4,4%
3,4%
4,3%
24,7%
-1,3%
-6,4%
-99,7%
11,2%
-1,4%
-5,4%
-12,6%
-42,8%
-1,2%
12,8%
-9,1%
-33,1%
-1,34%
25,1%
-0,4%
32,4%
-9,1%
10,2%
-99,2%
6,5%
-0,6%
52,7%
-558,9%
-64,2%
65,0%
34,0%
10,9%
39,9%
Outros / Other
DIXIE TOGA
PROVIDENCIA
SATIPEL
ACUMULADO DO SUBSETOR
SUBSECTOR ACCUMULATED
176
-9,0%
41,1%
42,7%
20,81%
6,0%
-22,8%
86,8%
9,02%
0,9%
-15,7%
19,2%
-1,22%
R$ milhares / R$ thousands
Resultado / Results
Lucro / Prejuízo Líquido
Net Income / Loss
Endividamento Total
Total indebtedness
2006
2007
Var. Real %
Actual Var. %
1.148.333
-3.114
473.492
2.797
1.001
-3.245
455.314
658.000
1.020.617
14.718
621.429
27.518
-11.690
-4.086
539.437
837.462
-14,9%
552%
25,6%
841,8%
-1218%
-20,5%
13,4%
21,8%
2.732.578
3.045.405
-38.092
160.875
323.549
164.013
—-22.904
25.919.000
-37.661
176.802
380.302
205.102
-6.353
-26.607
21.512.000
26.506.441
22.203.585
77.753
18.828
1.094
45.478
226.874
16.741
22.986
20.119
147.909
-54.202
-53.950
16
90.571
-6.044
543.220
71.457
-17.182
77.520
450.733
-10.748
69.614
9.602
172.175
12.126
-55.556
144.465
144.981
87.582
554.173
1.699.989
126.618
-16.895
-2.430
-21.610
-2.465
-19.941
17.193
47.685
-2.920
—-27.485
255.578
199.892
11.559
-30.435
-103
28.073
14.428
5.945
-16.036
-3.005
-9.379
-99.559
-36.908
-400.457
77.651
30.284
121.343
-5.806
-12.404
-14.843
-7.145
-4.933
18.693
-257.593
793
—-29.579
258.306
185.139
12.723
10.964
47.693
9.599
16.696
5.202
-24.153
-5.214
-14.364
-89.722
-29.284
341
39.981
—-
125.278
232.433
49.622
94.205
-2.215
40.048
5.181
45.922
141.612
91.151
Indicadores Econômicos / Financeiros Economic / Financial Indicators
Capital de Giro
Giro do Ativo
Working Capital
Asset Turnover
2007
Var. Real %
Actual Var. %
4.373.869
241.130
3.662.682
58.455
396.285
20.399
5.641.740
3.846.436
5.168.245
387.079
5.432.862
316.463
411.183
12.709
6.727.854
3.151.106
13,1%
53,7%
42,0%
418,3%
-0,7%
-40,4%
14,2%
-21,6%
18.240.996
21.607.501
-11,2%
-20,5%
114.663
151.032
1.356.348
223.083
948
196.945
113.007.481
267.993
203.379
1.467.785
176.386
43.140
225.615
117.373.673
-19,81%
115.050.500
119.757.971
11.304.318
226.429
189.607
587.765
358.106
96.431
657.788
284.991
973.536
69.440
228.961
2.408.881
1.767.736
403.760
10.787.586
237.304
227.407
801.896
601.105
65.377
571.170
304.068
1.406.077
62.450
279.375
1.482.449
2.970.738
945.449
19.557.749
20.742.451
383.967
68.503
54.144
165.009
167.856
103.058
696.932
124.819
57.787
—142.147
436.953
262.588
128.378
103.008
500
118.757
81.084
124.296
109.495
22.362
77.290
794.281
154.760
1.081.499
24.218
19.161
468.243
55.519
60.386
182.409
173.262
115.342
615.129
72.930
65.927
—163.091
338.599
262.097
128.060
99.766
2.673
71.303
90.460
104.925
126.171
25.239
83.766
868.642
193.713
1.039.817
26.220
—-
5.502.852
5.433.689
6,69%
5,4%
5,2%
12,5%
19,7%
568,8%
263,3%
-1604%
63,2%
90,2%
-161,5%
189,9%
-54,3%
11,4%
121,4%
1,4%
864256%
53,2%
1487%
193,66%
-8,3%
67,1%
-388,7%
34,2%
-177,5%
76,3%
4,1%
-617,1%
126,0%
-3,0%
-3,2%
-11,3%
5,4%
134,5%
44427%
-67,3%
10,8%
-16,2%
-44,2%
-66,1%
-46,6%
13,7%
24,0%
100,1%
-50,7%
78%
-22,7%
-94,7%
2085%
-38,38%
2006
578.934
27.359
360.125
506.668
426.003
423.142
966.418
1.355.813
13,40%
123,7%
28,9%
3,6%
-24,3%
9,7%
-0,6%
-0,35%
-8,6%
0,3%
14,8%
30,6%
60,7%
-35,1%
-16,9%
2,1%
38,3%
-13,9%
16,8%
-41,1%
60,9%
124,2%
1,53%
16,7%
-22,4%
6,8%
5,8%
-1,2%
7,1%
-15,5%
-44,1%
9,2%
9,8%
-25,8%
-4,4%
-4,5%
-7,3%
411,8%
-42,5%
6,8%
-19,2%
10,3%
8,0%
3,8%
4,7%
19,8%
-8,0%
3,6%
-5,47%
-16,2%
1391%
12,5%
34,30%
2006
2007
Grau de Endividamento
Debt-to-equity ratio
Var. Real %
Actual Var. %
2006
2007
2006
2007
454.542
-26.314
2.069.815
247.242
-105.413
-8.508
1.608.919
596.335
689.333
23.442
1.931.420
35.598
-100.019
-10.983
1.546.575
290.111
45,2%
185,3%
-10,7%
-86,2%
9,2%
-23,6%
-8,0%
-53,4%
0,25
0,89
0,44
0,01
0,00
0,00
0,28
0,28
0,23
0,70
0,34
0,01
0,01
0,00
0,29
0,26
0,90
2,65
1,49
0,14
2,17
0,71
1,40
0,75
0,96
3,83
1,98
0,80
2,39
0,51
1,52
0,56
4.836.618
4.405.477
-12,80%
0,30
0,27
1,06
1,14
270.286
238.175
869.729
-11.430
-945
-48.635
0
57.058
286.223
841.805
-9.491
2.290.318
-79.033
0
-79,8%
15,0%
-7,3%
20,5%
0,11
3,71
7,43
0,54
-55,6%
0,76
0,75
0,58
3,05
6,84
0,89
0,00
0,60
0,74
0,33
0,19
0,87
0,39
-1,00
3,30
1,16
0,87
0,22
0,81
0,23
0,02
6,81
1,03
1.317.180
3.386.880
146,15%
0,85
0,82
1,14
1,00
-385.029
154.950
-104.249
103.121
131.623
102.546
189.949
56.758
17.801
23.627
-45.107
541.465
320.286
102.066
-33.155
156.101
-125.863
267.728
284.991
62.539
124.115
91.121
18.872
39.627
-18.824
638.968
495.068
92.404
91,8%
-3,6%
-15,6%
148,5%
107,3%
-41,6%
-37,4%
53,7%
1,5%
60,6%
60,0%
13,0%
48,0%
-13,3%
0,69
1,29
0,39
1,76
0,52
0,57
1,27
0,75
1,68
0,00
0,87
0,74
0,88
1,78
0,73
1,38
0,46
1,75
0,54
0,55
1,35
0,74
1,40
0,00
1,05
0,99
0,67
1,41
2,54
0,68
-3,71
2,63
0,29
0,23
1,62
1,08
1,23
0,41
-12,02
2,49
1,57
2,13
1,85
0,61
-3,33
1,63
0,42
0,16
1,24
1,13
1,61
0,35
-3,74
1,42
2,41
1,69
1.209.807
2.093.692
0,84
0,87
1,86
1,59
476.848
-40.341
-11.507
-47.696
-21.697
-5.795
45.242
361.849
130.393
—-23.451
939.247
295.495
59.125
75.738
-73
9.994
55.805
83.649
-58.736
-940
-48.231
-362.260
-71.285
399.781
13.472
-15.052
354.725
-45.062
-19.784
-59.567
-7.179
-22.069
176.615
332.141
128.631
—-38.975
1.040.194
302.166
77.045
86.093
216.937
-4.408
58.291
66.745
-61.270
-1.077
-59.959
-361.213
-96.291
311.185
2.599
—-
1,07
0,23
0,70
0,93
1,08
0,64
0,45
0,00
0,65
—0,44
0,77
0,32
0,63
1,26
0,00
0,34
1,53
0,90
0,62
0,02
0,78
0,54
0,85
0,76
0,00
0,00
0,93
0,27
0,46
0,89
1,08
0,78
0,41
0,00
0,63
—0,51
0,81
0,37
0,63
1,21
0,00
0,00
1,57
0,98
0,71
0,02
0,53
0,58
0,88
0,74
0,00
—-
0,51
-4,55
2,52
-10,47
-3,22
0,58
21,94
0,07
0,24
—-25,60
0,45
0,24
1,32
1,14
0,01
0,56
0,96
0,89
-1,91
1,45
-14,69
-3,09
-1,86
1,93
0,13
0,04
0,53
-2,66
6,50
-5,71
-3,90
0,67
2,24
0,05
0,28
—-4,81
0,30
0,21
1,22
1,03
0,00
0,32
0,93
0,72
-1,55
2,48
-4,12
-2,50
-1,73
1,86
0,12
—-
2.239.574
2.376.513
0,54
0,55
0,85
0,80
-70.822
453.515
87.184
-47.422
361.882
227.675
469.877
542.135
65,67%
-28,8%
-6,9%
-64,6%
-19,6%
68,3%
-264,6%
273,7%
-12,1%
-5,6%
-59,1%
6,0%
-2,1%
24,7%
8,8%
-142,2%
0,0%
-23,6%
0,1%
-9,7%
-19,0%
4,5%
-29,3%
-25,5%
-81,5%
1,58%
35,9%
-23,6%
150,0%
10,45%
0,48
0,83
0,51
0,53
0,50
0,43
2,05
0,05
1,46
1,62
0,91
0,88
0,59
0,48
0,87
1,08
177
Estatísticas
Statistics
SERVIÇOS / SERVICES
Balanço / Balance She
Ativo Total
Patrimônio Líquido
Operacional Total Assets
Shareholders’ Equity
2006
2007
Var. Real %
2006
2007
Var. Real %
Actual Var. %
Actual Var. %
Empresa
Company
2006
Resultado / Results
Receita Líquida
Lucro/Prejuízo Operacional
Net Revenue
Operating Profit / Loss
2007
Var. Real %
2006
2007
Var. Real %
Actual Var. %
Actual Var. %
Construção civil, materiais de construção e decoração / Civil construction, construction and decoration materials
ABYARA
AGRA INCORP
AZEVEDO
BRASCAN RES PROPERT
CC DES IMOB
COMPANY
CONST ADOLPHO LINDE
CR2 EMPREEND IMOBIL
CYRELA REALTY
DURATEX
ETERNIT
EUCATEX
EVEN
EZTEC
GAFISA
HAGA S/A
HELBOR
INPAR S/A
JHSF PART
JOÃO FORTES
LIX DA CUNHA
LOPES BRASIL
MENDES JR
MONT ARANHA
MRV
PDG REALTY
RODOBENS
ROSSI RESID
SERGEN
SONDOTÉCNICA
SULTEPA
TECNISA
TECNOSOLO
TEKNO
TENDA
TRISUL
ACUMULADO DO SUBSETOR
SUBSECTOR ACCUMULATED
258.943
255.329
38.021
1.077.959
524.315
488.647
27.280
64.710
2.128.283
2.239.897
298.773
924.007
415.627
174.378
1.494.217
14.912
90.864
158.180
122.514
166.575
261.641
22.663
4.627.967
1.209.082
91.371
505.431
181.354
1.321.525
155.408
78.756
633.298
276.153
71.869
151.769
95.661
—-
1.317.786
1.137.557
42.279
1.223.585
1.096.841
637.871
24.627
365.936
3.038.027
2.316.150
309.497
955.086
1.105.637
771.812
2.950.493
18.289
584.843
851.021
879.708
—274.288
322.111
5.245.170
668.841
1.787.871
2.563.046
766.220
1.883.861
160.543
76.368
607.947
800.218
92.749
178.030
880.699
541.007
20.647.379
36.476.014
387,2%
326,5%
6,5%
8,7%
100,3%
25,0%
-13,6%
441,4%
36,7%
-1,0%
-0,8%
-1,0%
154,7%
323,7%
89,0%
17,4%
516,2%
415,0%
587,4%
0,4%
1261%
8,5%
-47,0%
1773%
385,4%
304,5%
36,5%
-1,1%
-7,2%
-8,1%
177,4%
23,5%
12,3%
781,3%
69,12%
168.213
100.823
-13.609
1.066.659
127.434
291.380
9.152
62.984
1.948.550
1.396.049
230.228
409.993
123.785
170.337
814.087
-110.781
67.683
29.915
104.157
87.415
62.097
8.440
1.948.963
557.372
90.637
242.052
64.242
1.079.677
104.448
51.283
205.143
145.201
29.784
131.334
18.387
—-
188.795
850.226
-11.470
1.184.533
648.692
333.511
-3.111
365.338
2.070.754
1.535.880
232.583
478.472
654.552
750.262
1.530.763
-115.969
345.873
724.448
778.865
—64.434
27.145
2.200.191
646.462
1.372.983
1.349.666
543.275
1.171.327
105.012
52.437
211.801
760.641
29.801
160.235
706.078
445.724
7,4%
707,3%
19,3%
6,3%
387,3%
9,6%
-132,5%
455,3%
1,7%
5,3%
-3,3%
11,7%
406,2%
321,7%
80,0%
-0,2%
389,2%
2218%
615,9%
11.823.514
22.390.209
602.211
475.419
95.665
1.465.168
148.038
7.033
156.681
1.205.980
962.672
1.284.160
1.128.199
1.005.192
7.522.453
10.146.462
1.300.366
780.464
6.376.270
475.624
4.866.277
1.060.152
77.835.788
2.196.051
753.786
3.705.592
858.367
724.537
2.130.877
262.692
1.508.510
6.635
755.075
1.133.962
1.315.755
2.764.571
3.745.505
972.965
603.275
-4,1%
501.037
0,9%
97.213
-2,7%
1.582.037
3,4%
194.275
25,6%
9.376
27,6%
276.983
69,2%
1.453.363
15,4%
453.387
-54,9%
1.111.521
-17,1%
1.205.484
2,3%
1.111.949
5,9%
8.390.177
6,8%
10.325.053
-2,6%
1.500.184
10,4%
850.449
4,3%
7.236.177
8,6%
513.013
3,3%
4.954.834
-2,5%
1.083.497
-2,2%
79.963.236
-1,7%
3.321.788
44,8%
672.541
-14,6%
3.910.325
1,0%
635.369
-29,1%
726.816
-4,0%
2.134.515
-4,1%
258.375
-5,8%
2.668.348
69,3%
1.818.861 26143%
861.020
9,2%
1.319.327
11,4%
1.380.515
0,4%
2.816.853
-2,5%
3.948.807
0,9%
1.113.525
9,6%
-0,7%
207,9%
8,1%
11,0%
1350%
433,8%
709,6%
3,9%
-3,8%
-2,1%
-1,2%
401,5%
-4,2%
16,8%
3576%
81,28%
40.769
9.593
6.032
0
108.227
159.950
1.561
—13.920
1.365.973
206.037
461.651
205.450
0
98.219
18.850
9.799
30.841
128.549
40.043
233
—1.831
766.316
0
198.364
47.009
212.012
14.449
75.999
57.665
—136.361
125.703
72.150
—-
122.867
5.946
6.243
0
161.738
154.784
1.944
0
18.650
1.583.839
230.015
482.651
428.436
0
183.801
24.794
11.804
63.383
302.081
—144
77.002
1.680
120
273.113
552.018
128.247
248.477
2.805
66.413
49.080
0
137.770
126.034
239.051
0
4.613.556
5.684.930
188,5%
-40,7%
-0,9%
28.160
4.293
3.155
0
21.726
54.519
998
—378
555.666
50.255
130.391
74.547
0
198.052
5.151
7.850
7.906
56.408
8.895
26
—1.831
206.867
0
77.318
16.898
60.188
2.544
20.108
8.548
—15.755
42.540
24.095
—-
66.358
2.958
3.221
0
37.434
44.018
1.443
0
11.116
625.334
57.379
146.876
166.404
0
375.260
9.547
10.970
21.543
156.081
—-136
64.616
1.680
120
99.783
196.682
44.206
57.304
384
15.342
4.109
0
9.423
37.930
87.197
0
1.685.068
2.354.582
33,77%
249.726
1.066.825
34.242
901.492
0
2.801
75.361
557.956
46.625
484.786
588.212
410.865
1.376
1.009.440
1.163.398
507.966
0
285.169
1.643.436
916.673
19.635.533
1.438.031
-46.772
0
445.016
0
302.390
10.403
1.302.786
0
0
443.298
—1.302.636
969.853
1.059.461
263.390
1.080.154
30.373
807.480
0
1.550
31.884
526.629
256.752
360.193
689.604
373.728
36.543
1.379.580
1.434.187
519.256
0
357.094
3.870.589
847.057
22.453.551
1.334.150
-28.956
0
742.643
0
348.029
10.756
1.446.806
0
0
467.861
224.915
1.564.295
1.213.134
1.116.960
1,0%
-3,1%
-15,1%
-14,3%
2,30% 36.808.984
43.760.187
43,1%
-7,4%
19,2%
28,3%
11,0%
6,9%
0,1%
99,6%
79,1%
25,9%
15,3%
96,7%
125,0%
-40,8%
-12,2%
-100,0%
166,4%
161,2%
12,2%
-81,4%
-16,3%
-18,5%
-3,3%
-4,0%
217,2%
17,96%
125,6%
-34,0%
-2,3%
64,9%
-22,7%
38,4%
2715%
7,7%
9,3%
7,8%
113,7%
81,4%
77,4%
33,8%
160,9%
164,9%
-600,7%
-12,2%
-99,9%
143,5%
150,4%
-8,9%
-85,6%
-27,0%
-54,0%
-42,7%
-14,6%
246,4%
Energia elétrica / Electric energy
AES SUL DIST ENERG
AES TIETE
AFLUENTE
AMPLA ENERG
AMPLA INVEST
BAN ARMAZENS
CEB
CELESC
CELG
CELPA
CELPE
CEMAT
CEMIG
CESP
COELBA
COELCE
COPEL
COSERN
CPFL ENERGIA
ELEKTRO
ELETROBRÁS
ELETROPAULO METROPO
EMAE
ENERGIAS BR
ENERGISA
EQUATORIAL
GERA PARANAPANEMA
IENERGIA
LIGHT
MPX ENERGIA
REDE ENERGIA
RIO GDE ENER
TERNA PARTICIP
TRACTEBEL
TRANSMISSÃO PAULISTA
VBC ENERGIA
ACUMULADO DO SUBSETOR
SUBSECTOR ACCUMULATED
178
2.031.042
2.392.699
132.413
4.394.889
747.274
27.327
305.409
3.545.436
5.233.146
3.515.966
3.333.012
2.627.142
9.462.907
19.674.981
4.074.527
2.510.593
8.897.302
1.240.371
14.048.781
3.271.853
121.891.641
11.211.341
971.682
4.031.715
2.830.210
832.985
3.364.129
550.536
8.558.736
12.744
2.721.752
2.447.133
1.411.637
4.848.357
5.217.046
5.087.803
2.079.478
-2,0%
2.502.693
0,1%
116.750
-15,6%
4.808.813
4,7%
755.604
-3,2%
29.886
4,7%
333.598
4,6%
4.228.557
14,2%
5.127.471
-6,2%
3.449.609
-6,1%
3.315.654
-4,8%
2.789.828
1,7%
9.920.404
0,4%
19.647.798
-4,4%
4.489.278
5,5%
2.577.911
-1,7%
9.061.992
-2,5%
1.301.559
0,5%
15.595.769
6,3%
2.669.993
-21,9%
120.578.676
-5,3%
12.152.542
3,8%
914.073
-9,9%
4.243.295
0,8%
3.227.945
9,2%
879.750
1,1%
3.311.713
-5,8%
572.779
-0,4%
8.936.696
0,0%
1.989.948 14848%
2.904.732
2,2%
2.700.072
5,6%
1.445.842
-1,9%
5.422.037
7,1%
5.180.107
-4,9%
5.530.056
4,1%
267.456.517
274.792.908
-1,64% 141.735.154
151.003.505
1,99%
1.186.692
1.381.804
42.878
2.206.865
0
33.816
75.361
2.867.880
1.656.876
1.129.048
2.022.316
1.107.069
1.376
2.043.304
2.734.343
1.567.575
0
697.131
8.914.012
2.277.024
19.635.533
6.919.520
120.101
0
1.127.232
0
600.107
22.881
4.950.723
0
0
1.639.671
—2.407.985
1.323.004
3.060.786
1.310.684
5,7%
1.457.968
1,0%
40.035
-10,6%
2.126.696
-7,7%
0
36.299
2,8%
31.884
-59,5%
3.166.800
5,7%
1.688.405
-2,4%
1.129.491
-4,2%
1.988.206
-5,9%
1.128.979
-2,4%
36.543 2442%
2.181.706
2,2%
2.898.234
1,5%
1.702.377
4,0%
0
749.818
3,0%
9.409.535
1,1%
2.256.073
-5,2%
22.453.551
9,5%
7.130.800
-1,3%
95.988
-23,5%
0
1.610.357
36,8%
0
634.238
1,2%
23.591
-1,3%
4.992.378
-3,5%
0
0
1.601.825
-6,5%
224.915
2.673.560
6,3%
1.315.414
-4,8%
2.715.300
-15,1%
73.752.913
78.811.650
-47,0%
-59,5%
-9,6%
427,2%
-28,9%
12,2%
-12,9%
2442%
30,8%
18,0%
-2,1%
19,9%
125,5%
-11,5%
9,5%
-11,2%
40,7%
59,8%
10,2%
-1,0%
6,3%
1,0%
15,0%
19,7%
0,9%
13,81%
R$ milhares / R$ thousands
Resultado / Results
Lucro / Prejuízo Líquido
Net Income / Loss
2006
2007
4.122
13.257
-3.658
41.970
2.398
45.482
5.141
—242.283
223.336
38.214
28.304
22.399
6.737
46.056
-8.921
8.346
-40.122
52.823
9.113
735
—221.086
92.442
12.913
42.847
2.365
43.701
-1.976
7.550
10.882
—1.743
26.166
4.001
—-
26.992
-2.946
57
154.589
6.109
55.253
-12.263
-5.221
422.149
318.646
43.688
68.227
30.073
45.922
113.603
-5.188
6.510
-61.467
53.284
—2.337
52.059
251.228
158.445
42.803
71.157
40.287
131.315
564
7.350
7.161
32.509
39
39.782
-7.474
22.011
1.201.735
2.109.590
63.965
614.127
33.306
191.121
46.130
3.324
-154.192
213.646
-267.884
79.359
217.799
83.779
1.718.841
-118.365
540.559
298.258
1.242.680
141.348
3.001.588
501.687
1.161.318
373.371
-78.895
394.120
79.511
119.140
86.222
-44.402
-150.490
-1.789
88.518
121.012
—979.146
117.752
286.162
34.689
609.110
30.951
153.331
60.639
3.074
120.302
345.990
-176.923
114.217
311.526
147.144
1.735.449
178.591
647.416
244.751
1.106.610
169.114
1.643.436
466.911
1.547.857
712.631
-81.245
436.235
327.758
152.845
72.783
-2.998
1.077.241
-104.139
51.454
164.683
254.921
1.045.627
855.483
455.560
11.981.772
14.913.024
Indicadores Econômicos / Financeiros Economic / Financial Indicators
Capital de Giro
Giro do Ativo
Working Capital
Asset Turnover
Endividamento Total
Total indebtedness
Var. Real %
Actual Var. %
526,9%
-121,3%
101,5%
252,6%
143,9%
16,3%
-328,3%
66,8%
36,6%
9,4%
130,8%
28,5%
552,5%
136,1%
44,3%
-25,3%
-46,7%
-3,4%
204,4%
8,8%
64,1%
217,3%
59,0%
1531%
187,7%
127,3%
-6,8%
-37,0%
-97,9%
45,5%
-278,8%
68,05%
-48,1%
-5,1%
-11,0%
-23,2%
25,8%
-11,5%
174,7%
55,0%
36,8%
37,8%
36,9%
68,1%
-3,3%
244,4%
14,7%
-21,4%
-14,8%
14,5%
-47,6%
-10,9%
27,6%
82,7%
1,4%
6,0%
294,6%
22,8%
-19,2%
93,5%
785,3%
-5473%
-44,4%
30,3%
2,2%
595,5%
52,4%
19,15%
2006
90.730
154.506
51.630
11.300
396.881
197.267
18.128
1.726
179.733
843.848
68.545
514.014
291.842
4.041
680.130
125.693
23.181
128.265
18.357
79.160
199.544
14.223
2.679.004
651.710
734
263.379
117.112
241.848
50.960
27.473
428.155
130.952
42.085
20.435
77.274
2007
Var. Real %
Actual Var. %
2006
2007
Var. Real %
Actual Var. %
1.128.991
287.331
53.749
39.052
448.149
304.360
27.738
598
967.273
780.270
76.914
476.614
451.085
21.550
1.419.730
134.258
238.970
126.573
100.843
1091%
78%
0%
231%
8%
48%
46%
-67%
415%
-11%
7%
-11%
48%
411%
100%
2%
887%
-6%
426%
1%
1885%
9%
-97%
54011%
341%
82%
182%
4%
-17%
-11%
-71%
43%
-17%
116%
183.145
323.856
-4.342
307.063
373.890
156.766
-12.318
267.901
-145.432
663.590
60.216
54.532
134.147
370.139
1.040.294
-25.340
265.681
153.797
42.607
—-66.367
-136.621
-1.391.649
130.482
910.507
721.758
515.453
422.149
93.349
22.984
-165.789
12.632
21.855
110.060
493.616
260.721
53,3%
881,4%
18,1%
-51,9%
383,0%
-5,8%
-542,8%
345,1%
-155,8%
60,1%
-22,9%
26,2%
379,2%
8903%
11,5%
1,4%
5076%
457,3%
75633%
209.854
294.966
3.044.979
22.379
414.888
1.213.380
222.945
712.534
55.531
23.931
396.146
39.577
62.948
17.795
174.621
95.283
114.344
-39.676
-5.076
610.776
74.112
159.233
2.663
57.615
249.589
396.804
74.725
41.369
-46.003
-4.025
893.056
-24.607
-5.111
-41.201
-54
3.773
-59.323
-4.680
-646.505
478.330
-720
39.438
66.294
471.094
68.750
23.505
-194.211
-126.669
18.874
102.290
-1.229
—2.747.544
6.165.332
-118.801
1.917.280
4.625
146.200
13.523
-7.176
-8.805
167.457
-840.631
223.720
303.182
73.548
-233.479
-1.322.659
400.871
-231.492
248.623
24.113
-89.547
307.972
5.220.118
500.095
-28.148
173.413
28.540
188.347
-69.856
-218.735
1.343.139
-191
-116.499
32.232
433.708
-378.917
174.316
622.101
-211.377
2.001.656
8.710
398.664
42.144
-486
3.372
1.013
-1.032.041
70.723
418.070
23.924
475.590
-657.515
353.387
-297.678
352.547
60.606
-141.472
62.421
7.607.252
741.981
-50.687
377.340
474.006
162.296
-7.659
-227.572
1.181.224
382.466
209.238
-104.526
294.034
-174.854
145.016
93.587
8.882.187
13.035.400
8.823.865
14.085.805
1.428.831
1.917.280
36.748
2.929.721
599.236
20.294
148.728
2.339.456
4.270.474
2.231.806
2.204.813
1.621.950
1.940.454
9.528.519
2.774.161
1.730.129
2.521.032
764.747
9.182.504
2.211.701
44.055.853
9.015.290
217.896
326.123
1.971.843
108.448
1.233.252
287.844
7.050.226
6.109
1.966.677
1.313.171
95.882
2.083.786
1.471.541
4.114.838
1.476.203
2.001.656
19.537
3.226.776
561.329
20.510
56.615
2.775.194
4.674.084
2.338.088
2.110.170
1.677.879
1.530.227
9.322.745
2.989.094
1.727.462
1.825.815
788.546
10.640.935
1.586.496
40.615.440
8.830.754
241.532
332.970
2.592.576
152.934
1.177.198
314.404
6.268.348
171.087
2.043.712
1.380.745
65.327
2.605.184
1.231.300
4.416.531
125.721.363
123.789.403
52,82%
-1,1%
-0,1%
-49,1%
5,4%
-10,3%
-3,3%
-63,6%
13,6%
4,8%
0,3%
-8,4%
-1,0%
-24,5%
-6,3%
3,1%
-4,4%
-30,7%
-1,3%
10,9%
-31,3%
-11,7%
-6,2%
6,1%
-2,3%
25,9%
35,0%
-8,6%
4,6%
-14,9%
2581%
-0,5%
0,7%
-34,8%
19,7%
-19,9%
2,7%
-5,74%
-7,1%
-2695%
-106,1%
-73,9%
121160%
1652%
644,3%
-14,2%
30,0%
-6,4%
18,3%
109,5%
10,9%
3,0%
38549%
114,81%
-70,3%
-0,1%
80,3%
161,0%
198,3%
93,5%
136,7%
-99,4%
-17,5%
-69,7%
32,0%
-68,9%
295,0%
52,4%
-15,6%
-23,1%
35,7%
140,6%
-51,2%
-80,6%
39,5%
42,0%
-72,4%
108,3%
1490%
-17,5%
89,5%
0,4%
-15,8%
271,9%
-410,4%
-35,1%
55,8%
-20,4%
-85,6%
40,49%
2006
0,16
0,04
0,16
0,00
0,21
0,33
0,06
0,01
0,61
0,69
0,50
0,49
0,00
0,07
1,26
0,11
0,19
1,05
0,24
0,00
0,00
0,63
0,00
0,39
0,26
0,16
0,09
0,96
0,09
1,90
0,83
0,75
2007
0,09
0,01
0,15
0,00
0,15
0,24
0,08
0,00
0,01
0,68
0,74
0,51
0,39
0,00
0,06
1,36
0,02
0,07
0,34
0,00
0,24
0,00
0,00
0,15
0,22
0,17
0,13
0,02
0,87
0,08
0,00
1,49
0,71
0,27
0,00
Grau de Endividamento
Debt-to-equity ratio
2006
0,54
1,53
-3,79
0,01
3,11
0,68
1,98
0,03
0,09
0,60
0,30
1,25
2,36
0,02
0,84
-1,13
0,34
4,29
0,18
0,91
3,21
1,69
1,37
1,17
0,01
1,09
1,82
0,22
0,49
0,54
2,09
0,90
1,41
0,16
4,20
2007
5,98
0,34
-4,69
0,03
0,69
0,91
-8,92
0,00
0,47
0,51
0,33
1,00
0,69
0,03
0,93
-1,16
0,69
0,17
0,13
3,26
10,87
1,38
0,03
0,30
0,90
0,41
0,61
0,53
0,46
1,87
0,05
2,11
0,11
0,25
0,21
0,22
0,16
0,75
0,63
0,58
0,58
0,32
0,50
0,00
1,24
0,25
0,81
0,32
0,32
0,61
0,42
0,00
0,10
0,67
0,62
0,00
0,56
0,63
0,70
0,16
0,62
0,12
0,00
0,40
0,00
0,18
0,04
0,58
0,00
0,00
0,67
—0,50
0,25
0,60
0,63
0,58
0,34
0,44
0,00
1,21
0,10
0,75
0,33
0,33
0,60
0,40
0,00
0,11
0,65
0,66
0,00
0,58
0,60
0,84
0,19
0,59
0,11
0,00
0,50
0,00
0,19
0,04
0,56
0,00
0,00
0,59
0,16
0,49
0,25
0,49
2,37
4,03
0,38
2,00
4,05
2,89
0,95
1,94
4,44
1,74
1,95
1,61
0,26
0,94
2,13
2,22
0,40
1,61
1,89
2,09
0,57
4,11
0,29
0,09
2,30
0,15
0,58
1,10
4,67
0,92
2,60
1,16
0,07
0,75
0,39
4,23
2,45
4,00
0,20
2,04
2,89
2,19
0,20
1,91
10,31
2,10
1,75
1,51
0,18
0,90
1,99
2,03
0,25
1,54
2,15
1,46
0,51
2,66
0,36
0,09
4,08
0,21
0,55
1,22
2,35
0,09
2,37
1,05
0,05
0,92
0,31
3,97
0,28
0,29
0,89
0,82
179
Estatísticas
Statistics
SERVIÇOS / SERVICES
Empresa
Company
Balanço / Balance She
Ativo Total
Patrimônio Líquido
Operacional Total Assets
Shareholders’ Equity
2006
2007
Var. Real %
2006
2007
Var. Real %
Actual Var. %
Actual Var. %
2006
Resultado / Results
Receita Líquida
Lucro/Prejuízo Operacional
Net Revenue
Operating Profit / Loss
2007
Var. Real %
2006
2007
Var. Real %
Actual Var. %
Actual Var. %
Hospedagem e turismo / Accommodation and tourism
BLUE TREE
HOTÉIS OTHON
INVEST TUR
HOPI HARI
SAUIPE
SPTURIS
ACUMULADO DO SUBSETOR
SUBSECTOR ACCUMULATED
44.235
384.751
—181.865
5.258
242.163
—409.989
938.064
158.298
11.036
280.839
858.272
1.798.226
-16,7%
100,9%
11,0%
7.336
-22.478
—-244.424
-11.424
46.596
—-28.214
895.351
-324.440
-15.281
62.164
100,57%
-224.394
589.580
2,0%
-27,1%
-28,1%
27,7%
170.376
94.070
—64.022
17.420
64.361
—92.772
0
64.953
28.385
99.392
351,53%
410.249
285.502
355.102
1.122.761
2.972.336
1.681.912
5.527.333
1.153.809
379.319
1.332.362
3.211.912
1.863.476
5.970.842
1.218.133
12.813.253
13.976.044
947.680
9.209.714
1.218.583
8.220.201
0
0
0
0
—14.296.850
1.193.476
1.193.476
14.643.021
10.116.113
10.936.714
1.747.128
9.453.374
1.365.815
8.624.753
0
0
0
0
0
14.296.775
1.377.400
1.377.400
14.727.562
12.441.642
12.492.494
71.975.828
77.904.343
2.469.041
1.726.132
2.144.972
20
6.143
872
710.829
3.802.017
0
790.728
61.053
0
88.497
——7.344.650
419.172
1.295
0
———-
1.884.721
2.119.135
2.353.016
42
0
851
774.345
4.967.262
0
1.091.144
35.000
0
107.022
0
—8.151.174
571.617
1.301
0
———-
19.565.421
22.056.630
-20,2%
-2,9%
56,0%
47,8%
13.917
61.311
—2.192
2.523
64.361
—56.663
0
3.378
7.226
99.392
47,5%
174,2%
47,8%
-33,38%
144.304
166.659
10,56%
135.522
467.272
1.096.607
925.482
2.910.569
665.693
153.015
508.367
1.213.831
977.349
3.275.146
696.618
8,1%
4,1%
6,0%
1,1%
7,7%
0,2%
6.201.145
6.824.326
5,35%
265.348
3.642.596
177.388
2.886.836
0
0
0
0
—6.552.857
585.689
585.689
6.862.511
4.611.852
5.372.546
377.474
4.160.924
181.903
3.061.715
0
0
0
0
0
6.841.721
664.274
664.274
6.704.802
5.709.784
5.869.204
36,2%
9,4%
-1,8%
1,5%
3,62% 31.543.312
34.236.075
3,90%
153.602
619.169
1.072.517
20
1.898
872
10.126
1.224.906
0
216.995
42.732
0
25.727
——2.613.981
84.329
1.295
0
———-
84.171
788.753
1.398.386
42
0
851
107.130
563.824
0
282.488
16.088
0
29.311
0
—2.292.238
114.627
1.301
0
———-
-47,5%
21,9%
24,8%
101,0%
-100,0%
-6,6%
912,8%
-55,9%
6.068.169
5.679.210
-10,41%
-5,6%
-11,5%
Saneamento e serviços de água e gás / Sanitation and water and gas services
CASAN
CEG
COMGAS
COPASA MG
SABESP
SANEPAR
ACUMULADO DO SUBSETOR
SUBSECTOR ACCUMULATED
1.317.447
1.535.185
2.936.718
4.924.649
17.999.953
4.156.882
1.383.808
1.649.458
3.136.319
5.764.112
18.663.376
4.425.931
32.870.834
35.023.004
0,6%
2,9%
2,2%
12,0%
-0,7%
1,9%
2,00%
736.064
393.222
1.050.011
3.257.051
9.018.482
2.335.551
788.034
459.796
1.076.474
3.511.358
9.784.006
2.538.169
16.790.381
18.157.837
909.195
5.528.301
368.555
7.330.870
95.774
82.266
-17.867
87.997
-139.376
11.928.767
953.434
1.118.196
10.610.114
7.886.378
8.371.746
1.012.422
5.575.891
290.281
7.993.202
47.713
1.727.763
-18.805
88.129
-163.576
13.782.348
1.070.593
1.229.819
9.905.242
7.750.486
8.297.577
55.114.350
58.589.085
86.621
2.441.320
1.566.362
-2.236.163
-556.035
-20.113
-151.492
2.067.959
7.028
378.628
90.485
658.105
9.489
——1.449.386
81.088
29.261
164.706
———-
611.225
2.538.710
1.617.850
-2.549.993
-487.753
-20.979
-128.106
2.410.992
439
484.121
588.646
715.198
12.057
1.084.068
—1.491.657
353.544
30.226
799.927
———-
6.066.635
9.551.829
2,5%
11,9%
-1,9%
3,2%
3,9%
4,0%
3,53%
2,3%
13,6%
3,4%
6,1%
3,4%
1,1%
4,42%
Telecomunicações / Telecommunications
AMERICEL
BRASIL TELECOM
CONTAX
EMBRATEL PART
GEODEX
GVT HOLDING
INEPAR TELECOM
TELE NORTE CELULAR
TELEBRAS
TELEMAR
TELEMIG CL
TELEMIG PART
TELESP
TIM PARTICIPAÇÕES
VIVO PART
ACUMULADO DO SUBSETOR
ACUMULADO DO SUBSETOR
1.299.999
15.012.181
613.556
14.226.941
96.067
82.399
203
96.114
235.027
25.494.128
1.618.354
1.988.240
18.145.880
14.200.105
17.542.077
1.577.719
14.570.633
711.310
14.503.393
47.713
1.745.553
79
113.403
229.937
27.608.451
1.905.561
2.339.158
18.924.634
14.546.325
18.091.216
110.651.271
116.915.085
16,2%
-7,1%
11,0%
-2,4%
-52,5%
1928%
-62,7%
13,0%
-6,3%
3,7%
12,7%
12,6%
-0,2%
-1,9%
-1,3%
1,15%
6,6%
-3,4%
-24,6%
4,4%
-52,3%
1911%
-0,8%
-4,1%
-12,4%
10,6%
7,5%
5,3%
-10,6%
-5,9%
-5,1%
1,77%
76,5%
-1,7%
7,3%
0,4%
-4,3%
10,5%
10,5%
-3,7%
17,7%
9,3%
0,0%
8,6%
8,6%
-6,5%
18,5%
4,6%
Transporte e logística / Transport and logistics
AGRENCO
ALL AMÉRICA LATINA
CCR RODOVIAS
COBRASMA
DHB
DOCAS IMBITUBA
FER C ATLANT
GOL
GRUCAI
LOCALIZA
LOG-IN
OHL BRASIL
RIOSULENSE
SANTOS BRP
SAVIRG
TAM
TEGMA
TREVISA
TRIUNFO PART
VARIG TRANSPORTES
VASP
WILSON SONS
ACUMULADO DO SUBSETOR
SUBSECTOR ACCUMULATED
180
1.190.455
8.886.217
3.825.676
22.244
62.073
197.703
1.914.575
3.780.168
7.047
1.478.405
227.472
706.176
70.878
——5.168.345
113.616
38.460
292.230
———-
2.533.646
9.643.434
4.228.700
19.789
61.429
207.077
1.994.541
5.764.828
501
1.700.648
740.030
737.254
85.990
1.102.552
—6.542.961
469.699
43.952
909.737
———-
27.981.740
36.786.768
103,7%
3,9%
5,8%
-14,8%
-5,3%
0,3%
-0,3%
46,0%
-93,2%
10,1%
211,4%
-0,1%
16,1%
21,2%
295,8%
9,4%
198,0%
25,85%
575,5%
-0,5%
-1,1%
-9,2%
16,0%
0,1%
19,0%
11,6%
-94,0%
22,4%
522,8%
4,0%
21,6%
-1,5%
317,4%
-1,1%
364,9%
50,73%
-26,9%
17,5%
5,0%
101,0%
-100,0%
-6,6%
4,3%
25,1%
32,1%
-45,1%
15,8%
6,2%
30,5%
-3,8%
7,92%
24,6%
-64,0%
9,1%
-16,1%
30,1%
-3,8%
R$ milhares / R$ thousands
Resultado / Results
Lucro / Prejuízo Líquido
Net Income / Loss
2006
2007
6.237
-25.168
—-75.060
-3.371
-24.014
—-19.197
-49.750
-80.016
-3.856
-7.194
-121.376
-160.013
24.760
72.577
427.387
356.437
778.905
177.080
54.431
122.378
442.991
329.323
1.048.703
156.954
1.837.146
2.154.780
9.948
432.391
74.714
105.846
-58.503
-71.754
-756
-76.081
—1.614.526
136.696
113.414
2.816.151
-301.683
16.347
104.217
797.287
53.984
840.788
-40.651
59.248
-938
3.194
-24.200
2.691.773
176.931
148.406
2.362.960
76.095
-99.391
4.811.256
7.149.703
-3.606
76.060
547.268
-243.613
-107.999
-1.067
-30.331
684.472
3.029
118.411
37.578
99.419
1.152
——555.954
44.573
495
-24.348
———-
123.338
216.803
583.581
-313.830
-18.890
-866
23.386
268.527
7.166
156.992
62.026
74.878
3.393
24.921
—128.896
44.274
1.265
-9.884
———-
1.757.447
1.129.300
Endividamento Total
Total indebtedness
Var. Real %
Actual Var. %
2006
2007
36.899
407.229
—426.289
16.682
195.567
—438.203
42.713
482.738
26.317
218.675
-26,20%
1.082.666
1.208.646
110,4%
61,4%
-0,8%
-11,6%
28,9%
-15,1%
581.383
1.141.963
1.886.707
1.667.598
8.981.471
1.821.331
595.774
1.189.662
2.059.845
2.252.754
8.879.370
1.887.762
16.080.453
16.865.167
390.804
9.483.880
245.001
6.896.071
293
133
18.070
8.117
374.403
13.565.361
664.920
870.044
7.535.766
6.313.727
9.170.331
565.297
8.994.742
421.029
6.510.191
0
17.790
18.884
25.274
393.513
13.826.103
834.968
1.109.339
9.019.392
6.795.839
9.793.639
55.536.921
58.326.000
1.103.834
6.444.897
2.259.314
2.258.407
618.108
217.816
2.066.067
1.712.209
19
1.099.777
136.987
48.071
61.389
——3.718.959
32.528
9.199
127.524
———-
1.922.421
7.104.724
2.610.850
2.569.782
549.182
228.056
2.122.647
3.353.836
62
1.216.527
151.384
22.056
73.933
18.484
—5.051.304
116.155
13.726
109.810
———-
21.915.105
27.234.939
27,0%
-2,1%
-9,5%
71,3%
12,28%
902,9%
76,5%
-30,8%
660,4%
33,5%
179,0%
-18,8%
104,0%
59,6%
23,9%
25,3%
-19,7%
124,1%
-682,0%
42,26%
-3174%
172,9%
2,1%
-23,3%
83,3%
22,3%
173,8%
-62,4%
126,5%
26,9%
58,0%
-27,9%
182,0%
-77,8%
-4,9%
144,6%
61,1%
-38,49%
Indicadores Econômicos / Financeiros Economic / Financial Indicators
Capital de Giro
Giro do Ativo
Working Capital
Asset Turnover
Var. Real %
Actual Var. %
3,0%
8,4%
51,0%
7,0%
6,87%
-1,9%
-0,3%
4,5%
29,3%
-5,4%
-0,8%
0,40%
38,5%
-9,2%
64,5%
-9,6%
-100,0%
12705%
0,0%
198,1%
0,6%
-2,4%
20,2%
22,1%
14,6%
3,0%
2,2%
0,54%
66,7%
5,5%
10,6%
8,9%
-14,9%
0,2%
-1,6%
87,5%
212,4%
5,9%
5,8%
-56,1%
15,3%
30,0%
241,8%
42,8%
-17,6%
18,97%
2006
2007
18.822
-76.068
—-110.695
-1.615
-30.288
—-94.482
693.999
-396.063
-4.732
-4.281
-199.844
194.441
-123.019
-213.555
-204.118
602.107
-182.904
-55.469
-128.056
-323.518
-238.741
852.546
-230.220
-40.963
-176.958
-108.952
91.673
833.899
102.530
-855.729
0
-127
-4.884
-5.647
34.708
1.558.132
83.747
281.006
1.601.816
307.899
-27.463
235.259
-64.588
122.278
-581.048
36.461
537.230
-5.483
-9.688
17.515
2.520.421
295.821
516.457
572.835
231.423
-55.889
4.001.560
4.369.004
151.631
930.061
367.677
1.991
-358.688
-72.533
128.178
1.769.066
166
-299.445
4.942
17.172
-14.010
——1.833.429
54.126
-105
-11.761
———-
342.451
252.577
394.022
1.404
-290.312
-83.474
174.280
905.151
5
-272.569
408.797
23.099
-6.061
36.370
—2.277.661
250.947
107
70.020
———-
4.501.897
4.484.475
Var. Real %
Actual Var. %
2006
2007
Grau de Endividamento
Debt-to-equity ratio
2006
2007
3,85
0,24
—0,35
3,31
0,27
—0,23
0,00
0,41
2,57
0,35
5,03
-18,12
—-1,74
-1,46
4,20
—-15,53
0,05
-1,49
-1,72
3,52
193,14%
0,48
0,16
-4,82
2,05
0,3%
-45,0%
-12,0%
35,5%
-20,5%
29,3%
0,27
0,73
1,01
0,34
0,31
0,28
0,27
0,81
1,02
0,32
0,32
0,28
0,79
2,90
1,80
0,51
1,00
0,78
0,76
2,59
1,91
0,64
0,91
0,74
0,39
0,40
0,96
0,93
0,73
0,61
1,99
0,58
0,00
0,00
0,00
0,00
—0,56
0,74
0,60
0,81
0,71
0,62
1,11
0,65
1,92
0,59
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,52
0,72
0,59
0,78
0,86
0,69
0,43
1,72
0,66
0,94
0,00
0,00
-1,01
0,09
-2,69
1,14
0,70
0,78
0,71
0,80
1,10
0,56
1,61
1,45
0,81
0,00
0,01
-1,00
0,29
-2,41
1,00
0,78
0,90
0,91
0,88
1,18
0,65
0,67
1,01
1,00
2,07
0,19
0,56
0,00
0,10
0,00
0,37
1,01
0,00
0,53
0,27
0,00
1,25
——1,42
3,69
0,03
0,00
———-
0,74
0,22
0,56
0,00
0,00
0,00
0,39
0,86
0,00
0,64
0,05
0,00
1,24
0,00
—1,25
1,22
0,03
0,00
———-
12,74
2,64
1,44
-1,01
-1,11
-10,83
-13,64
0,83
0,00
2,90
1,51
0,07
6,47
——2,57
0,40
0,31
0,77
———-
3,15
2,80
1,61
-1,01
-1,13
-10,87
-16,57
1,39
0,14
2,51
0,26
0,03
6,13
0,02
—3,39
0,33
0,45
0,14
———-
0,70
0,60
3,61
-18,9%
-242,5%
-180,5%
86,5%
41,06%
145,7%
-107,4%
14,2%
35,0%
-7,5%
-64,2%
-51,7%
54,9%
238,2%
75,9%
-65,8%
-28,0%
-94,8%
4,52%
116,2%
-74,0%
2,6%
-32,5%
22,5%
-10,2%
30,2%
-51,0%
-97,1%
12,9%
7819%
28,8%
58,6%
18,9%
343,8%
197,6%
669,9%
-4,64%
2,85
181
Statistics
Estatísticas
SERVIÇOS / SERVICES
Empresa
Company
Balanço / Balance She
Ativo Total
Patrimônio Líquido
Operacional Total Assets
Shareholders’ Equity
2006
2007
Var. Real %
2006
2007
Var. Real %
Actual Var. %
Actual Var. %
2006
Resultado / Results
Receita Líquida
Lucro/Prejuízo Operacional
Net Revenue
Operating Profit / Loss
2007
Var. Real %
2006
2007
Var. Real %
Actual Var. %
Actual Var. %
Outros / Other
AMIL
ANHANGUERA
CSU CARDSYSTEM
DASA
DATASUL
DTCOM DIRECT
DUFRYBRAS
ESTACIO
IDEIASNET
KROTON
MEDIAL SAÚDE
ODONTOPREV
SEB
TEMPO PART
TOTVS
UNIVERSO ONLINE
ACUMULADO DO SUBSETOR
SUBSECTOR ACCUMULATED
886.700
123.950
230.926
979.380
239.660
11.087
——65.618
—719.464
244.086
4.000
71
398.180
681.123
4.584.245
2.138.300
130,9%
687.775
431,2%
297.007
23,1%
1.120.671
9,5%
294.510
17,6%
13.984
20,7%
—420.244
297.398
333,9%
438.742
819.730
9,1%
306.139
20,1%
286.958
469.772 633301%
429.534
3,3%
804.655
13,1%
8.825.419
201.900
123.850
122.032
469.206
198.153
-8.265
——46.675
—507.292
196.218
-333
59
348.922
530.621
84,30%
2.736.330
1.182.664
460,8%
484.415
274,4%
118.956
-6,7%
512.380
4,5%
219.742
6,2%
-12.045
-39,5%
—405.376
84.508
73,3%
437.467
535.546
1,1%
227.499
11,0%
284.641 81928%
466.007 756019%
356.664
-2,1%
638.960
15,3%
2.528.000
0
328.953
540.519
158.372
15.596
——330.600
—1.099.498
182.398
0
0
213.215
460.943
3.330.000
0
318.640
579.244
175.854
13.233
—0
771.686
0
1.318.955
259.108
0
0
348.469
501.829
5.942.780
5.858.094
7.617.018
107,91%
26,1%
-7,3%
2,6%
6,3%
-18,8%
14,8%
36,0%
56,5%
4,2%
24,47%
663.500
0
40.065
177.402
100.038
5.349
——62.663
—261.242
97.151
0
0
141.458
258.262
948.900
0
45.493
167.530
108.820
3.909
—0
143.319
0
316.103
147.723
0
0
251.389
295.587
1.807.130
2.428.773
36,9%
8,7%
-9,6%
4,1%
-30,0%
15,8%
45,6%
70,1%
9,6%
28,66%
FINANÇAS / FINANCE
Empresa
Company
Balanço / Balance She
Depósitos Totais
Total deposits
Ativo Total
Operacional Total Assets
2006
2007
Var. Real %
Actual Var. %
2006
2007
Var. Real %
Actual Var. %
2006
Crédito Total
Total credit
2007
Var. Real %
Actual Var. %
Patrimônio Líquido
Shareholders’ Equity
2006
2007
Var. Real %
Actual Var. %
Bancos / Banks
ABC BRASIL
ALFA FINANCEIRA
ALFA INVESTIMENTOS
AMAZÔNIA
BANESE
BANESTES
BANPARA
BANRISUL
BESC
BICBANCO
BRADESCO
BRASIL
BRB BANCO
CRUZEIRO SUL
DAYCOVAL
EST PIAUI
INDUSVAL
ITAUBANCO
MERCANTIL FINANCEIR
MERC BRASIL
MERC INVEST
NORD BRASIL
NOSSA CAIXA
PANAMERICANO
PARANA
PINE
SANTANDER BR
SOFISA
UNIBANCO
ACUMULADO DO SUBSETOR
SUBSECTOR ACCUMULATED
3.777.274
2.290.591
9.701.054
5.158.922
1.443.796
5.163.202
992.454
15.721.683
2.978.225
7.437.866
265.547.273
296.356.419
2.723.342
2.131.722
3.035.739
212.997
1.119.285
28.794.237
205.925
5.009.094
115.343
12.477.424
39.319.392
3.303.105
751.954
3.214.817
102.027.099
1.806.477
103.777.871
5.666.676
2.782.518
11.552.165
6.120.400
1.640.887
7.135.931
1.392.391
20.651.042
3.733.096
11.047.023
341.184.404
357.750.242
4.208.523
4.310.634
6.426.395
243.437
2.200.597
34.048.157
356.813
6.668.143
102.900
14.143.065
47.438.746
5.256.477
1.517.218
5.707.790
116.036.936
4.014.413
149.596.947
43,6%
16,3%
14,0%
13,6%
8,8%
32,3%
34,3%
25,7%
20,0%
42,2%
23,0%
15,6%
47,9%
93,6%
102,7%
9,4%
88,2%
13,2%
65,9%
27,4%
-14,6%
8,5%
15,5%
52,3%
93,2%
70,0%
8,9%
112,7%
38,0%
926.594.582 1.172.933.966
987.796
1.215.847
1.199.379
1.170.514
2.450.436
2.079.718
873.720
1.354.619
1.045.679
1.382.823
2.296.867
3.096.067
810.593
1.168.290
8.727.486
10.296.039
——2.250.040
3.298.545
83.905.213
98.323.446
158.840.952 188.282.487
1.731.232
2.904.176
699.501
1.622.268
1.021.844
1.834.230
125.278
143.023
535.815
823.420
0
0
86.695
229.815
1.342.051
1.480.019
69.158
55.023
2.648.074
3.117.141
27.566.261
32.384.607
1.094.365
1.629.149
397.962
577.932
576.536
1.210.073
24.618.596
31.960.657
1.015.530
2.167.902
35.632.620
45.642.544
21,18% 362.549.679
439.450.374
17,8%
-6,6%
-18,8%
48,4%
26,6%
29,0%
38,0%
12,9%
40,3%
12,2%
13,5%
60,6%
122,0%
71,8%
9,3%
47,1%
153,8%
5,6%
-23,8%
12,7%
12,5%
42,5%
39,0%
100,9%
24,3%
104,4%
22,6%
2.911.000
4.992.200
2.088.847
2.456.779
2.433.476
2.461.262
1.079.501
1.127.741
392.406
466.836
923.266
1.144.965
200.153
283.637
3.842.937
4.826.125
388.163
463.825
3.691.652
6.206.189
116.225.947 161.407.677
133.156.718 160.739.311
607.456
686.532
333.289
675.954
1.330.594
2.457.905
68.247
76.879
644.036
1.255.156
844.392
1.713.398
197.831
341.279
1.841.477
2.332.004
73.553
68.255
4.091.523
4.443.706
3.946.536
4.779.447
1.529.704
1.953.344
523.110
955.318
726.754
1.774.387
37.508.816
43.724.637
801.491
1.544.110
45.360.717
61.435.048
16,04% 367.763.592
476.793.906
64,2%
12,6%
-3,2%
0,0%
13,9%
18,7%
35,7%
20,2%
14,4%
60,9%
32,9%
15,6%
8,2%
94,2%
76,8%
7,8%
86,6%
94,3%
65,1%
21,2%
-11,2%
4,0%
15,9%
22,2%
74,8%
133,7%
11,6%
84,4%
29,7%
438.817
401.640
755.499
1.699.090
74.264
323.307
89.230
1.295.079
163.601
527.323
24.636.362
20.758.158
303.733
254.532
437.767
55.758
149.709
26.935.579
102.582
483.695
41.893
1.502.348
2.598.951
473.225
158.926
335.200
7.975.611
318.573
9.920.857
1.085.582
445.310
852.898
1.798.452
108.193
445.135
105.895
2.792.013
190.660
1.563.401
30.357.344
24.262.096
354.402
1.047.637
1.517.493
66.521
406.748
31.732.368
108.660
502.583
44.283
1.602.499
2.765.660
1.302.415
749.636
800.694
9.264.593
854.231
11.837.304
136,8%
6,1%
8,1%
1,3%
39,5%
31,8%
13,6%
106,4%
11,6%
183,8%
18,0%
11,9%
11,7%
294,0%
231,8%
14,2%
160,1%
12,8%
1,4%
-0,5%
1,2%
2,1%
1,9%
163,5%
351,5%
128,7%
11,2%
156,7%
14,2%
24,11% 103.211.309 128.964.706
19,62%
FINANÇAS / FINANCE
Empresa
empresa
Investimentos
Investments
2006
2007
Var. Real %
Actual Var. %
Balanço / Balance She
Ativo Total
Operacional Total Assets
2006
2007
Var. Real %
Actual Var. %
Patrimônio Líquido
Shareholders’ Equity
2006
2007
Var. Real %
Actual Var. %
Resultado / Results
Lucro/Prejuízo Operacional
Operating Profit / Loss
2006
2007
Var. Real %
Actual Var. %
Holdings / Holdings
AES ELPA
ALFA CONSORCIO
ALFA HOLDING
BAHEMA
BATTISTELLA
BOVESPA HOLDING
BRADESPAR
182
48.071
282.523
155.038
113.868
2.239
—1.215.325
48.072
254.823
188.955
86.843
1.328
27.822
1.293.333
-4,3%
-13,7%
16,7%
-27,0%
-43,2%
1,9%
12.271.103
2.704.755
2.151.341
137.245
376.498
—8.004.135
13.196.428
4.445.972
2.598.352
121.173
427.744
1.939.160
8.397.262
2,9%
57,4%
15,6%
-15,5%
8,8%
0,4%
1.097.032
448.667
399.344
9.904
180.397
—3.151.607
1.413.822
519.486
454.823
35.623
181.372
1.543.799
3.856.398
23,4%
10,8%
9,0%
244,3%
-3,8%
17,1%
3.065.899
12.264
12.277
0
98.933
—1.789.319
2.347.253
20.110
14.056
2.565
118.530
486.651
1.963.447
-26,7%
57,0%
9,6%
14,7%
5,0%
R$ milhares / R$ thousands
Resultado / Results
Lucro / Prejuízo Líquido
Net Income / Loss
2006
2007
138.000
669
-16.992
16.511
22.422
-4.841
——-4.127
—8.330
16.911
-43
0
11.085
92.509
72.000
405
-9.854
56.621
36.660
-5.997
—27.315
-60
-16.583
13.602
47.578
-24.579
-89.708
37.323
109.378
280.434
254.101
Indicadores Econômicos / Financeiros Economic / Financial Indicators
Capital de Giro
Giro do Ativo
Working Capital
Asset Turnover
Endividamento Total
Total indebtedness
Var. Real %
Actual Var. %
-50,1%
-42,0%
44,5%
228,3%
56,5%
-18,6%
98,6%
56,3%
169,3%
-54620%
222,3%
13,2%
-13,26%
2006
2007
684.800
100
108.894
510.174
41.507
19.352
——18.943
—212.172
47.868
4.333
12
49.258
150.502
955.636
203.360
178.051
608.291
74.768
26.029
—14.868
212.890
1.275
284.184
78.640
2.317
3.765
72.870
165.695
1.847.915
2.882.639
Var. Real %
Actual Var. %
33,6%
56,5%
14,1%
72,4%
28,8%
976%
28,2%
57,3%
-48,8%
29935%
41,6%
5,4%
49,33%
2006
2007
Var. Real %
Actual Var. %
-2.900
95
43.531
344.983
176.679
-10.205
——916
—437.852
189.838
2
-9
113.969
357.161
794.800
-59.634
-18.214
61.821
124.090
-9.981
—187.268
-345
26
69.123
193.701
247.268
332.424
138.684
433.945
26337%
1.651.912
2.494.976
2006
2007
Grau de Endividamento
Debt-to-equity ratio
2006
2007
16,5%
16,3%
2,85
0,00
1,42
0,55
0,66
1,41
——5,04
—1,53
0,75
0,00
0,00
0,54
0,68
1,56
0,00
1,07
0,52
0,60
0,95
—0,00
2,59
0,00
1,61
0,85
0,00
0,00
0,81
0,62
3,39
0,00
0,89
1,09
0,21
-2,34
——0,41
—0,42
0,24
-13,01
0,20
0,14
0,28
0,81
0,42
1,50
1,19
0,34
-2,16
—0,04
2,52
0,00
0,53
0,35
0,01
0,01
0,20
0,26
44,59%
1,28
0,86
0,68
0,49
-140,1%
-82,8%
-32,8%
6,4%
-136,1%
-84,9%
-2,3%
R$ milhares / R$ thousands
Resultado / Results
Receita Intermediação Financeira
Lucro/Prejuízo Líquido
Revenue from Financial Intermediation
Net Income / Loss
2006
2007
Var. Real %
2006
2007
Var. Real %
Actual Var. %
Actual Var. %
391.013
471.610
1.152.149
608.992
241.876
743.487
220.217
3.296.419
442.913
1.120.904
38.221.635
37.147.378
476.727
567.274
474.303
46.348
187.715
95.125
40.295
1.010.060
11.883
1.655.717
6.466.569
1.525.429
232.345
499.073
7.307.110
277.782
17.277.353
495.409
462.663
1.049.036
613.942
252.613
856.015
238.004
2.868.959
472.597
1.271.775
41.604.523
40.773.097
590.857
676.954
760.071
50.786
288.197
137.016
62.729
1.013.213
17.609
1.543.178
6.586.125
2.237.629
287.065
886.151
14.424.304
487.172
17.252.001
122.209.701 138.259.690
21,3%
-6,1%
-12,8%
-3,5%
0,0%
10,2%
3,5%
-16,7%
2,1%
8,6%
4,2%
5,1%
18,6%
14,2%
53,4%
4,9%
47,0%
37,9%
49,0%
-4,0%
41,9%
-10,8%
-2,5%
40,4%
18,3%
70,0%
89,0%
67,9%
-4,4%
8,30%
61.000
59.445
87.309
167.157
24.142
133.831
6.080
361.659
34.140
104.076
5.054.040
6.043.777
89.294
41.299
85.082
9.793
23.634
6.819.129
11.010
19.950
3.535
202.734
453.472
95.486
49.447
62.662
803.619
45.078
1.750.011
97.511
60.120
133.985
179.766
40.509
160.652
22.177
916.381
26.950
181.941
8.009.724
5.058.119
100.238
236.085
206.017
14.213
45.374
7.865.776
9.388
36.723
4.238
219.744
303.127
200.938
63.898
150.092
1.845.396
75.634
3.447.825
22.701.891
29.712.541
53,0%
-3,2%
46,9%
3,0%
60,6%
14,9%
249,2%
142,6%
-24,4%
67,4%
51,7%
-19,9%
7,5%
447,2%
131,8%
38,9%
83,8%
10,4%
-18,4%
76,2%
14,8%
3,8%
-36,0%
101,5%
23,7%
129,3%
119,8%
60,6%
88,6%
25,29%
Indicadores Econômicos / Financeiros Economic / Financial Indicators
Nível de Inadimplência
Giro do Ativo
Alavancagem
Level of Default
Asset Turnover
Leverage
2006
2007
Var. Real %
2006
2007
2006
2007
Actual Var. %
3.338.457
1.888.951
8.945.555
3.459.832
1.369.532
4.839.895
903.224
14.426.604
2.814.624
6.910.543
240.910.911
275.598.261
2.419.609
1.877.190
2.597.972
157.239
969.576
1.858.658
103.343
4.525.399
73.450
10.975.076
36.720.441
2.829.880
593.028
2.879.617
94.051.488
1.487.904
93.857.014
4.581.094
2.337.208
10.699.267
4.321.948
1.532.694
6.690.796
1.286.496
17.859.029
3.542.436
9.483.622
310.827.060
333.488.146
3.854.121
3.262.997
4.908.902
176.916
1.793.849
2.315.789
248.153
6.165.560
58.617
12.540.566
44.673.086
3.954.062
767.582
4.907.096
106.772.343
3.160.182
137.759.643
823.383.273
1.043.969.260
31,4%
18,4%
14,5%
19,6%
7,1%
32,3%
36,4%
18,5%
20,5%
31,4%
23,5%
15,8%
52,5%
66,4%
80,9%
7,7%
77,1%
19,3%
129,9%
30,4%
-23,6%
9,4%
16,5%
33,8%
23,9%
63,1%
8,7%
103,3%
40,5%
21,38%
0,10
0,21
0,12
0,12
0,17
0,14
0,22
0,21
0,15
0,15
0,14
0,13
0,18
0,27
0,16
0,22
0,17
0,00
0,20
0,20
0,10
0,13
0,16
0,46
0,31
0,16
0,07
0,15
0,17
0,09
0,17
0,09
0,10
0,15
0,12
0,17
0,14
0,13
0,12
0,12
0,11
0,14
0,16
0,12
0,21
0,13
0,00
0,18
0,15
0,17
0,11
0,14
0,43
0,19
0,16
0,12
0,12
0,12
7,61
4,70
11,84
2,04
18,44
14,97
10,12
11,14
17,20
13,10
9,78
13,28
7,97
7,38
5,93
2,82
6,48
0,07
1,01
9,36
1,75
7,31
14,13
5,98
3,73
8,59
11,79
4,67
9,46
4,22
5,25
12,54
2,40
14,17
15,03
12,15
6,40
18,58
6,07
10,24
13,75
10,87
3,11
3,23
2,66
4,41
0,07
2,28
12,27
1,32
7,83
16,15
3,04
1,02
6,13
11,52
3,70
11,64
0,13
0,12
7,98
7,98
R$ milhares / R$ thousands
2006
Resultado / Results
Lucro / Prejuízo Líquido
Net Income / Loss
2007
Var. Real %
Actual Var. %
68.784
42.464
36.389
1.776
20.766
—764.343
188.744
77.369
61.981
35.502
1.645
171.814
1.084.787
162,7%
74,4%
63,1%
1814%
-92,4%
35,9%
Indicadores Econômicos / Financeiros Economic / Financial Indicators
Endividamento Total
Capital de Giro
Giro do Ativo
Total indebtedness
Working Capital
Asset Turnover
2006
2007
Var. Real %
2006
2007
Var. Real %
2006
2007
Actual Var. %
Actual Var. %
11.174.071
2.256.088
1.751.997
127.341
196.101
—4.852.528
11.782.606
3.926.486
2.143.529
85.550
246.372
395.361
4.540.864
0,9%
66,6%
17,1%
-35,7%
20,3%
-10,4%
516.834
128.707
26.794
-74.752
42.973
—939.971
757.522
2.612
-79.533
-34.177
8.017
1.400.789
483.398
40,3%
-98,1%
-384,2%
56,2%
-82,1%
-50,8%
0,69
0,00
0,01
0,00
1,35
—0,44
0,55
0,00
0,01
0,02
1,59
0,25
0,44
Grau de Endividamento
Debt-to-equity ratio
2006
2007
10,19
5,03
4,39
12,86
1,09
—1,54
8,33
7,56
4,71
2,40
1,36
0,26
1,18
183
Statistics
Estatísticas
FINANÇAS / FINANCE
Empresa
empresa
Balanço / Balance She
Ativo Total
Operacional Total Assets
Investimentos
Investments
2006
2007
Var. Real %
Actual Var. %
2006
2007
Patrimônio Líquido
Shareholders’ Equity
Var. Real %
Actual Var. %
2006
2007
Var. Real %
Actual Var. %
Resultado / Results
Lucro/Prejuízo Operacional
Operating Profit / Loss
2006
2007
Var. Real %
Actual Var. %
Holdings / Holdings (cont.)
BRASIL T PAR
BRASMOTOR
CIMOB PARTIC
COSAN LTD
DOCAS
EMBRATEL PART
ENCORPAR
GERDAU MET
GPC PARTICIPAÇÕES
HABITASUL
ITAUSA
J B DUARTE
JOSAPAR
KEPLER WEBER
LA FONTE PARTICIPAC
LF TEL
LIGHTPAR
M&G POLIEST
MANGELS
NET
PAR AL BAHIA
PLASCAR
POLPAR
RENNER PARTICIP
SÃO CARLOS
SUZANO HOLDING
TELEMAR
ULTRAPAR
UNIBANCO HLD
VARIG SERVIÇOS
WIEST
WLM IND COM
ACUMULADO DO SUBSETOR
SUBSECTOR ACCUMULATED
330.074
862.916
7.729
—23.016
1.399.233
56.627
364.374
12.883
82.568
2.023.119
4.112
6.346
126
168.824
95.121
93.649
0
0
568.254
61.195
5
1.941
237
11
61.457
96.501
30.786
912.067
—5
9.391
201.510
756.554
7.719
13.872
33.748
1.770.994
55.145
6.691.220
11.254
80.235
1.291.623
10.617
6.410
8
304.900
115.503
93.649
0
0
1.830.052
60.303
2
1.194
297
10
23.776
187.900
47.065
734.533
——9.336
9.089.631
16.240.605
-41,6%
-16,1%
-4,4%
17.793.790
1.016.785
99.706
—327.878
14.226.941
79.825
31.786.365
661.031
726.009
214.433.178
48.602
430.562
312.537
3.764.609
3.025.342
187.635
1.029.349
638.478
3.190.271
1.845.528
389.746
2.481
177.600
889.738
13.631.995
27.790.611
3.849.844
103.848.737
—71.372
279.283
17.429.314
868.161
93.887
7.849.125
374.971
14.503.393
79.471
41.760.837
671.634
752.601
300.035.702
76.664
415.891
393.865
4.859.111
3.297.619
190.901
1.738.822
657.014
5.086.337
2.127.627
508.877
1.876
193.260
1.118.764
11.616.495
30.252.664
9.224.504
149.691.697
——383.443
71,04% 472.200.905
637.380.618
40,4%
21,2%
-6,8%
1658%
-16,4%
-7,0%
-38,9%
147,2%
-3,3%
-93,9%
72,9%
16,2%
-4,3%
208,3%
-5,7%
-61,7%
-41,1%
20,0%
-13,0%
-63,0%
86,4%
46,4%
-22,9%
-4,8%
-6,2%
-18,3%
-9,9%
31,4%
5.277.602
961.125
-43.105
—69.662
7.330.870
78.724
14.283.342
135.946
128.746
12.842.285
22.734
138.848
-177.503
598.266
221.427
102.311
299.807
186.397
1.240.225
236.672
227.886
2.453
59.074
477.908
1.677.467
8.959.490
1.933.511
5.818.408
—-140.973
209.221
5.246.513
853.685
-52.938
2.745.548
-3.803
7.993.202
78.569
16.815.154
116.508
132.563
15.675.809
54.740
159.486
172.496
912.389
244.525
118.054
444.008
206.648
2.738.403
291.041
267.603
1.787
60.370
544.917
1.319.804
10.664.759
4.600.785
6.970.559
——264.924
29,22%
68.445.777
87.643.431
9,5%
-2,4%
-4,7%
25,8%
-2,7%
-0,8%
33,9%
51,0%
-7,5%
20,6%
23,6%
4,3%
-2,6%
61,7%
-1,5%
52,6%
10,4%
25,0%
-27,6%
4,2%
20,4%
-18,4%
4,2%
129,4%
38,0%
-4,8%
-15,0%
-17,6%
3.836.730
0
-1.116
—74.566
2.886.836
583
6.844.645
142.594
29.214
9.913.120
109
161.032
-19.110
797.898
726.431
0
30.147
105.938
845.261
273.859
100.296
0
23.100
66.784
1.469.928
7.511.828
934.188
7.335.475
—5.239
67.088
4.676.345
0
1.062
—56.294
3.061.715
622
7.482.001
152.227
41.424
11.238.460
2.464
174.399
11.181
900.879
806.795
0
7.955
131.082
1.097.683
319.914
124.860
0
23.314
124.857
1.197.098
8.322.825
1.697.067
8.375.138
——84.729
22,58% 49.141.355
55.065.002
-105,2%
4,4%
-4,5%
12,7%
-18,0%
-1,4%
16,9%
130,5%
10,0%
193,0%
46,0%
5,7%
10,5%
41,8%
6,1%
111,4%
17,7%
12,4%
-30,3%
-2,2%
9,2%
-24,7%
14,0%
127,8%
14,7%
21,2%
16,7%
191,1%
-27,7%
1,5%
2,1%
4,6%
2,2%
35,7%
8,5%
2064%
3,7%
156,0%
8,1%
6,3%
-74,7%
18,5%
24,3%
11,8%
19,2%
-3,4%
79,0%
-22,0%
6,1%
73,9%
9,3%
20,9%
7,27%
FINANÇAS / FINANCE
Empresa
Company
Balanço / Balance She
Ativo Total
Patrimônio Líquido
Operacional Total Assets
Shareholders’ Equity
2006
2007
Var. Real %
Actual Var. %
2006
2007
Var. Real %
Actual Var. %
Resultado / Results
Receita Líquida
Lucro/Prejuízo Operacional
Net Revenue
Operating Profit / Loss
2006
2007
Var. Real %
Actual Var. %
2006
2007
Var. Real %
Actual Var. %
Seguradoras e corretoras / Insurers and brokers
AETATIS PART
ALTERE SECURITIZADO
BR BROKERS
PORTO SEGURO
SEG ALIANÇA BAHIA
SEG MINAS BRASIL
SUL AMÉRICA NACIONAL
SUL AMERICA
ACUMULADO DO SUBSETOR
SUBSECTOR ACCUMULATED
100.851
783
—1.685.616
274.908
399.961
3.377.097
—-
94.941
1.422
298.001
1.966.956
276.133
426.405
3.391.783
2.305.110
-9,9%
73,9%
5.839.216
8.760.751
43,63%
11,7%
-3,8%
2,1%
-3,9%
78.012
557
—1.529.583
112.707
108.115
1.163.880
—-
93.707
777
295.456
1.815.121
117.150
121.804
1.376.759
1.960.376
15,0%
33,5%
2.992.854
5.781.150
84,92%
13,6%
-0,5%
7,9%
13,2%
315
150
—0
————-
23.127 6928%
126
-19,6%
0
0
———0
315
150
—0
9.025
45.919
265.046
—-
23.127
126
0
0
18.668
46.921
288.942
0
6928%
-19,6%
465
23.253
320.455
377.784
12,86%
417.088
—0
——0
0
0
15.253
53.100
——75.768
107.931
0
0
—442.763
—-
446.932
125.948
142
30
200
0
0
0
826
86.800
—0
25.730
137.004
0
0
306.225
1.295.300
77.970
121.033
—0
——0
0
0
14.001
45.700
——75.768
68.251
0
0
442.763
—-
133.000
125.948
68
30
200
0
0
0
826
70.600
—0
25.730
94.179
0
0
248.856
858.621
77.970
5,2%
1.111.903
2.503.107
767.516
1.636.028
4687%
98,0%
-2,2%
4,4%
Outros / Other
ABNOTE
BM&F
BR MALLS PART
BR PROPERTIES
BRASILAGRO
BRAZILIAN FR
CEMEPE
CIMS
CORREA RIBEIRO
CYRE COM-CCP
FINANSINOS
GENERALSHOP
GP INVEST
IGUATEMI SHOPPINGS
INVESTIMENTOS BEMGE
ITAITINGA
MULTIPLAN
REDECARD
TARPON
ACUMULADO DO SUBSETOR
SUBSECTOR ACCUMULATED
184
282.865
—518.045
69
581.560
1
774
11
14.985
368.200
24.080
—782.664
497.497
155.564
1
—10.511.716
—-
330.392
11,8%
1.852.504
2.118.691
291,5%
691.342 959066%
596.800
-1,8%
458.545
774
-4,3%
2
-82,6%
11.760
-24,9%
643.800
67,4%
24.243
-3,6%
381.739
1.061.333
29,8%
1.338.090
157,5%
159.679
-1,7%
1
-4,3%
2.171.096
13.410.089
22,1%
489.530
13.738.032
25.740.410
79,37%
210.535
—517.378
63
574.405
0
-4.744
4
4.000
280.400
16.761
—779.335
263.737
114.577
-76
—64.261
—2.820.636
259.277
17,9%
1.339.318
1.769.392
227,4%
686.738 1043419%
574.300
-4,3%
447.270
-5.000
-0,9%
-30
-818,0%
1.553
-62,8%
348.400
18,9%
17.642
0,8%
380.514
688.064
-15,5%
808.745
193,6%
120.519
0,7%
-28
64,7%
1.874.143
519.300
673,6%
486.541
10.316.658
250,14%
2,6%
-94,8%
56,5%
-67,5%
21,5%
180,1%
115,51%
-94,4%
47,9%
-67,5%
32,1%
85,6%
104,06%
R$ milhares / R$ thousands
2006
Resultado / Results
Lucro / Prejuízo Líquido
Net Income / Loss
2007
Var. Real %
Actual Var. %
470.368
158.739
-6.254
—-52.626
105.846
-4.122
4.291.330
-14.532
-1.843
4.485.631
2.070
22.153
-249.962
41.365
16.962
2.803
-2.941
5.444
81.933
33.080
45.702
24
3.246
-16.163
184.871
1.309.955
282.064
950.979
—-43.207
8.982
671.290
227.521
-14.775
—-73.465
840.788
-155
4.325.114
-20.850
4.102
3.988.482
2.433
22.071
-9.403
345.893
30.957
16.097
-83.756
37.643
174.255
26.949
51.060
106
2.446
68.331
217.721
2.358.488
181.893
1.822.617
——17.320
13.046.419
16.853.015
36,6%
37,2%
-126,2%
Indicadores Econômicos / Financeiros Economic / Financial Indicators
Endividamento Total
Capital de Giro
Giro do Ativo
Total indebtedness
Working Capital
Asset Turnover
2006
2007
Var. Real %
2006
2007
Var. Real %
2006
2007
Actual Var. %
Actual Var. %
84,6%
12.516.188
55.660
142.811
—258.216
6.896.071
1.101
17.503.023
525.085
597.263
201.590.893
25.868
291.714
490.040
3.166.343
2.803.915
85.324
729.542
452.081
1.950.046
1.608.856
161.860
28
118.526
411.830
11.954.528
18.831.121
1.916.333
98.030.329
—212.345
70.062
12.182.801
14.476
146.825
5.103.577
378.774
6.510.191
902
24.945.683
555.126
620.038
284.359.893
21.924
256.405
221.369
3.946.722
3.053.094
72.847
1.294.814
450.366
2.347.934
1.836.586
241.274
89
132.890
573.847
10.296.691
19.587.905
4.623.719
142.721.138
——118.519
23,66%
403.755.128
549.737.187
-33,6%
660,4%
96,4%
-3,5%
-37,4%
313,1%
-14,9%
12,5%
-4,6%
96,4%
700,5%
74,7%
449,8%
-2626%
561,9%
103,6%
-22,0%
7,0%
322,8%
-27,9%
504,7%
12,7%
72,4%
-38,3%
83,5%
-6,8%
-75,1%
-1,6%
61,9%
2.645.710
23.256
13.015
—-41.704
-855.729
3.015
2.471.406
-39.656
222.539
50.646.173
-15.045
96.737
-307.161
475.441
468.876
8.611
171.010
251.905
367.400
-74.067
11.039
512
1.018
115.380
2.574.262
4.488.622
1.375.680
17.316.147
—-8.090
107.874
2.708.628
4.572
-11.078
3.050.548
-76.080
-581.048
3.870
3.653.741
-68.676
303.502
57.358.290
-2.087
98.428
87.593
916.217
498.001
24.363
50.102
201.342
342.797
-96.520
7.547
593
4.865
103.382
1.875.037
5.831.815
2.686.684
19.381.807
——115.061
30,34%
84.094.703
101.011.924
40,4%
-9,6%
-21,6%
36,4%
1,2%
-0,6%
35,0%
-18,9%
-15,9%
-56,8%
19,3%
4,2%
-18,3%
69,9%
-4,6%
15,3%
9,3%
42,7%
204,3%
7,3%
33,4%
-17,5%
-0,4%
131,0%
39,4%
-2,0%
-81,2%
-181,5%
-74,6%
35,0%
22,9%
41,5%
-65,8%
30,6%
8,4%
86,7%
-2,6%
127,3%
84,5%
1,7%
170,8%
-72,0%
-23,5%
-10,7%
-24,8%
-34,6%
10,9%
357,5%
-14,2%
-30,3%
24,4%
87,0%
7,2%
2,1%
0,58
0,00
0,04
—0,58
0,58
0,02
0,81
0,89
0,09
0,06
0,00
1,18
0,59
0,50
0,59
0,00
0,91
0,90
0,61
0,15
1,11
0,00
0,29
0,08
0,41
0,61
1,25
0,07
—0,71
1,34
0,63
0,00
0,02
—0,55
0,59
0,03
0,73
1,01
0,12
0,05
0,23
1,34
0,39
0,41
0,57
0,00
0,75
0,97
0,54
0,15
0,99
0,00
0,27
0,15
0,29
0,58
2,16
0,06
——1,47
14,99%
Grau de Endividamento
Debt-to-equity ratio
2006
2007
2,37
0,06
-3,31
—3,71
0,94
0,01
1,23
3,86
4,64
15,70
1,14
2,10
-2,76
5,29
12,66
0,83
2,43
2,43
1,57
6,80
0,71
0,01
2,01
0,86
7,13
2,10
0,99
16,85
—-1,51
0,33
2,32
0,02
-2,77
1,86
-99,60
0,81
0,01
1,48
4,76
4,68
18,14
0,40
1,61
1,28
4,33
12,49
0,62
2,92
2,18
0,86
6,31
0,90
0,05
2,20
1,05
7,80
1,84
1,00
20,47
——0,45
5,90
6,27
R$ milhares / R$ thousands
Resultado / Results
Lucro / Prejuízo Líquido
Net Income / Loss
2006
2007
373
38
—460.160
19.376
29.142
91.681
—-
22.870
419
-8.825
419.864
13.790
9.246
273.481
312.023
600.770
1.042.868
66.736
—334
——-52
-317
-38
10.117
22.300
820
—50.674
30.377
16.604
-40
—293.663
—-
71.862
69.057
-70.361
-13.154
-103
58.901
-256
-34
-2.365
23.100
1.462
-19.121
49.028
49.832
13.296
-39
20.425
700.765
45.565
491.178
997.860
Endividamento Total
Total indebtedness
Var. Real %
Actual Var. %
5770%
955,6%
2006
2007
22.839
226
—156.033
162.201
291.846
2.213.217
—-
1.234
645
2.545
151.835
158.983
304.601
2.015.024
344.734
66,18%
2.846.362
2.979.601
3,1%
72.330
—667
6
7.155
1
5.518
7
10.985
87.800
7.319
—3.329
233.760
40.987
77
—10.447.455
—-
71.115
513.186
349.299
4.604
22.500
11.275
5.774
32
10.207
295.400
6.601
1.225
373.269
529.345
39.160
29
296.953
12.890.789
2.989
10.917.396
15.423.752
-12,7%
-31,9%
-69,6%
185,6%
-20267%
108535%
22,7%
14,3%
-122,4%
-0,8%
70,7%
-7,4%
57,0%
-23,3%
6,7%
128,4%
94,48%
Indicadores Econômicos / Financeiros Economic / Financial Indicators
Capital de Giro
Giro do Ativo
Working Capital
Asset Turnover
Var. Real %
Actual Var. %
-94,8%
173,2%
-6,8%
-6,2%
-0,1%
-12,8%
0,21%
-5,9%
50033%
73357%
201,0%
0,2%
337,6%
-11,0%
222,1%
-13,7%
10634%
116,8%
-8,5%
-63,9%
18,1%
35,24%
2006
2007
77.751
505
—6.144
————-
29.331
771
282.277
19.787
———358.321
84.400
690.487
108.290
—571
-5
365.619
1
-327
4
2.716
6.400
7.319
—664.043
-5.866
33.815
-5
—18.196
—-
112.691
1.093.759
202.790
274.175
451.127
-506
-343
-10
-44
58.000
6.601
23.922
78.903
421.988
41.249
-1
390.669
365.207
295.457
1.200.771
3.815.634
Var. Real %
Actual Var. %
-63,9%
46,2%
2006
2007
Grau de Endividamento
Debt-to-equity ratio
2006
2007
0,00
0,19
—0,00
————-
0,24
0,09
0,00
0,00
———0,00
0,29
0,41
—0,10
1,44
2,70
1,90
—-
0,01
0,83
0,01
0,08
1,36
2,50
1,46
0,18
683,18%
0,00
0,00
0,95
0,52
-0,4%
1,47
—0,00
——0,00
0,00
0,00
1,02
0,14
——0,10
0,22
0,00
0,00
—0,04
—-
1,35
0,07
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,07
0,13
—0,00
0,02
0,10
0,00
0,00
0,14
0,10
0,16
0,34
—0,00
0,10
0,01
—-1,16
1,75
2,75
0,31
0,44
—0,00
0,89
0,36
-1,01
—162,58
—-
0,27
0,38
0,20
0,01
0,04
0,03
-1,15
-1,07
6,57
0,85
0,37
0,00
0,54
0,65
0,32
-1,04
0,16
24,82
0,01
0,08
0,10
3,87
1,50
208,3%
33899%
18,1%
-48540%
-0,4%
-339,3%
-101,6%
767,6%
-88,6%
6987%
16,8%
80,9%
1821%
204,20%
185
Statistics
Estatísticas
EVOLUÇÃO REAL DO ATIVO TOTAL MÉDIO
Total Average Assets Evolution (IPCA deflated)
R$ milhares / R$ thousands (IPCA deflated)
Setor / Sector
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
20,6%
16,2%
0,5%
9,3%
-4,1%
-1,2%
2,6%
20,5%
10,3%
Agricultura (Açúcar, Álcool e Cana)
Agriculture (Sugar, Ethanol and Sugarcane)
16,7%
-42,9%
0,5%
-12,2%
7,8%
-26,5%
642,8%
128,2%
26,2%
Alimentos
Foodstuffs
13,0%
-8,1%
-1,4%
26,1%
17,5%
18,2%
10,6%
15,4%
32,8%
-36,5%
16,5%
10,6%
4,1%
11,2%
140,8%
26,0%
-3,5%
-4,7%
4,9%
8,6%
1,8%
8,9%
2,9%
6,4%
18,6%
99,2%
13,9%
Farmacêuticos e Higiene
Pharmaceuticals and cleaning products
11,9%
1,4%
0,0%
43,7%
-71,9%
-51,4%
88,5%
-23,2%
58,4%
Gráficas e Editoras
Printing and Publishing
-4,0%
14,1%
-8,2%
-11,2%
0,0%
5,7%
-9,3%
35,3%
10,1%
2,5%
14,3%
10,0%
20,6%
-1,5%
1,3%
-3,0%
5,1%
5,9%
33,8%
3,4%
-7,7%
11,4%
1,0%
5,4%
0,4%
-2,6%
13,6%
2,8%
3,3%
20,7%
14,2%
-0,6%
3,2%
5,0%
15,0%
9,3%
28,2%
8,2%
1,5%
26,6%
9,7%
5,3%
2,7%
7,2%
6,3%
Petroquímicos e Borracha
Petrochemicals and Rubber
5,9%
-3,7%
19,6%
40,4%
13,2%
9,1%
-9,5%
-0,9%
7,5%
Têxtil e Vestuário
Textiles and Clothing
7,8%
2,4%
-0,5%
-3,8%
10,2%
0,6%
-4,1%
-2,7%
-2,5%
Construção Civil, Materiais de Construção e Decoração
Civil Construction, Construction and Decoration Materials
-0,3%
-0,4%
-5,7%
5,2%
2,3%
1,3%
7,6%
49,4%
69,1%
Energia Elétrica
Electric Energy
-5,8%
-2,8%
-0,1%
1,7%
-7,7%
-6,4%
-7,0%
-9,7%
-1,6%
Hospedagem e Turismo
Accommodation and Tourism
29,2%
14,0%
-8,8%
16,9%
-11,3%
-9,7%
-10,1%
-8,8%
100,6%
Saneamento e Serviços de Água e Gás
Sanitation and Water and Gas Services
-4,5%
-2,8%
-0,9%
7,7%
-4,9%
-4,2%
-1,6%
0,1%
2,0%
Telecomunicações
Telecommunications
15,6%
21,5%
30,9%
-5,5%
-3,1%
-8,2%
-10,2%
-1,4%
1,1%
Transporte e Logística
Transport and Logistics
27,5%
-11,4%
13,6%
-14,1%
-5,6%
1,2%
16,3%
30,8%
25,9%
Bancos
Banks
-5,3%
8,0%
11,8%
13,8%
-6,4%
0,3%
4,3%
30,8%
21,2%
Empresas de Participações
Holdings
10,6%
13,3%
-0,3%
-3,6%
-4,2%
3,6%
3,2%
3,8%
29,2%
Seguradoras e Corretoras
Insurers and Brokers
-3,2%
10,0%
-4,5%
9,0%
-63,4%
183,4%
7,5%
10,6%
43,6%
Comércio / Commerce
Atacado e Varejo
Wholesale and Retail
Indústria / Industry
Bebidas e Fumo
Beverages and Tobacco
Extração Mineral
Mineral Extraction
Máquinas, Equipamentos, Veículos e Peças
Machinery, Equipment, Vehicles and Parts
Metalurgia e Siderurgia
Metallurgy and Steel
Papel e Celulose
Paper and Pulp
Petróleo e Gás
Oil and Gas
Serviços / Services
Finanças / Finance
186
EVOLUÇÃO REAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÉDIO
Average Shareholders’ Equity (IPCA deflated)
R$ milhares / R$ thousands (IPCA deflated)
Setor / Sector
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
37,6%
11,9%
4,1%
-8,9%
-1,4%
5,5%
9,4%
19,9%
1,8%
Agricultura (Açúcar, Álcool e Cana)
Agriculture (Sugar, Ethanol and Sugarcane)
-7,1%
-34,7%
33,0%
-14,2%
5,2%
-39,5%
328,5%
299,7%
39,1%
Alimentos
Foodstuffs
-7,0%
-5,1%
-3,6%
-12,1%
40,6%
20,2%
20,0%
2,9%
84,5%
Bebidas e Fumo
Beverages and Tobacco
-8,5%
38,4%
2,3%
9,9%
-4,2%
187,4%
5,5%
-10,7%
-13,3%
0,0%
-8,4%
0,6%
-0,6%
6,0%
10,6%
21,2%
54,6%
42,9%
13,4%
0,3%
9,3%
47,0%
-113,6%
-177,6%
39,9%
-31,0%
76,5%
-11,3%
-5,2%
-3,7%
-6,1%
-5,9%
-1,7%
23,6%
53,6%
14,4%
-0,7%
18,3%
2,2%
2,9%
-3,1%
4,2%
9,6%
22,3%
7,7%
9,6%
-8,2%
-10,7%
-9,9%
23,7%
11,6%
15,5%
6,9%
14,6%
-8,3%
7,4%
-10,7%
-4,2%
23,8%
7,4%
1,9%
12,4%
5,0%
-23,9%
28,1%
6,5%
11,4%
27,8%
14,6%
14,9%
13,2%
13,9%
Petroquímicos e Borracha
Petrochemicals and Rubber
-4,7%
2,8%
12,1%
-10,6%
7,9%
31,7%
-0,5%
-5,2%
18,7%
Têxtil e Vestuário
Textiles and Clothing
-2,5%
-0,5%
-2,1%
-12,0%
18,3%
1,3%
-3,0%
2,9%
0,1%
-7,6%
4,6%
-9,9%
-4,7%
-3,5%
1,0%
12,0%
122,2%
81,3%
-11,8%
-5,6%
-6,9%
-10,9%
-4,1%
-3,7%
1,9%
-1,1%
2,0%
Hospedagem e Turismo
Accommodation and Tourism
16,7%
-11,3%
21,4%
11,1%
-64,4%
-132,9%
-355,7%
-26,1%
351,5%
Saneamento e Serviços de Água e Gás
Sanitation and Water and Gas Services
-9,6%
-1,7%
-10,9%
-1,8%
0,2%
0,6%
-1,8%
5,4%
3,5%
Telecomunicações
Telecommunications
16,8%
8,1%
4,5%
-7,7%
-13,9%
-10,3%
-7,0%
16,0%
1,8%
Transporte e Logística
Transport and Logistics
50,0%
-152,3%
-85,8%
-242,8%
-16,6%
28,2%
7,1%
200,4%
50,7%
Bancos
Banks
6,8%
8,3%
6,9%
-0,2%
11,0%
11,6%
10,4%
30,0%
19,6%
Empresas de Participações
Holdings
8,2%
4,7%
0,0%
-7,3%
-4,5%
5,3%
10,7%
6,6%
22,6%
-11,8%
2,3%
-1,6%
15,3%
-57,0%
129,3%
6,7%
15,8%
84,9%
Comércio / Commerce
Atacado e Varejo
Wholesale and Retail
Indústria / Industry
Extração Mineral
Mineral Extraction
Farmacêuticos e Higiene
Pharmaceuticals and cleaning products
Gráficas e Editoras
Printing and Publishing
Máquinas, Equipamentos, Veículos e Peças
Machinery, Equipment, Vehicles and Parts
Metalurgia e Siderurgia
Metallurgy and Steel
Papel e Celulose
Paper and Pulp
Petróleo e Gás
Oil and Gas
Serviços / Services
Construção Civil, Materiais de Construção e Decoração
Civil Construction, Construction and Decoration Materials
Energia Elétrica
Electric Energy
Finanças / Finance
Seguradoras e Corretoras
Insurers and Brokers
187
Statistics
Estatísticas
EVOLUÇÃO REAL DO LUCRO/PREJUÍZO LÍQUIDO MÉDIO
Actual Average Net Income/Loss Evolution (IPCA deflated)
R$ milhares / R$ thousands (IPCA deflated)
Setor / Sector
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
-56,6%
85,1%
-14,4%
-20,1%
47,5%
65,3%
9,9%
-12,9%
22,9%
Agricultura (Açúcar, Álcool e Cana)
Agriculture (Sugar, Ethanol and Sugarcane)
190,7%
-440,7%
619,5%
-142,7%
251,4%
-525,2%
88,7%
524,7%
481,0%
Alimentos
Foodstuffs
-86,1%
35,4%
558,9%
-87,7%
1108,6%
19,4%
50,3%
-40,2%
12,7%
Bebidas e Fumo
Beverages and Tobacco
-66,1%
177,1%
37,2%
61,2%
-18,6%
-20,5%
8,8%
49,0%
-1,8%
0,0%
78,1%
29,8%
-35,3%
95,2%
39,7%
44,6%
20,3%
48,0%
Farmacêuticos e Higiene
Pharmaceuticals and cleaning products
743,7%
-60,4%
77,6%
244,5%
-381,9%
76,0%
117,8%
-310,8%
139,2%
Gráficas e Editoras
Printing and Publishing
-47,3%
32,3%
-1,5%
-1,7%
-8,2%
13,1%
98,2%
12,7%
55,5%
Máquinas, Equipamentos, Veículos e Peças
Machinery, Equipment, Vehicles and Parts
419,7%
423,6%
-19,4%
7,4%
-35,0%
94,6%
-23,7%
-4,9%
10,6%
Metalurgia e Siderurgia
Metallurgy and Steel
211,4%
323,2%
-70,6%
-97,2%
17085,7%
115,1%
-3,5%
-23,5%
22,4%
Papel e Celulose
Paper and Pulp
186,9%
481,6%
-36,8%
-75,3%
1120,6%
-21,4%
-21,7%
1,3%
6,7%
1,6%
367,4%
-7,2%
-16,4%
72,6%
-5,4%
19,3%
2,1%
-19,8%
Petroquímicos e Borracha
Petrochemicals and Rubber
2754,0%
26,0%
-40,3%
-194,8%
329,9%
90,6%
-39,5%
-62,2%
193,7%
Têxtil e Vestuário
Textiles and Clothing
-304,1%
247,8%
-83,1%
-278,2%
498,4%
1,7%
-36,8%
-98,8%
77,6%
16,9%
115,4%
-69,5%
53,6%
60,6%
-38,1%
1,8%
352,8%
68,1%
Energia Elétrica
Electric Energy
-110,1%
660,7%
65,6%
-314,5%
129,0%
57,2%
57,4%
-5,6%
19,2%
Hospedagem e Turismo
Accommodation and Tourism
-151,4%
-221,4%
37,0%
6,3%
-44,5%
19,6%
-6,2%
17,5%
-26,2%
Saneamento e Serviços de Água e Gás
Sanitation and Water and Gas Services
-146,5%
310,6%
-39,7%
-190,1%
362,6%
-13,0%
24,4%
-5,2%
12,3%
Telecomunicações
Telecommunications
-70,2%
478,4%
-62,0%
-30,8%
193,6%
35,8%
12,3%
8,4%
42,3%
Transporte e Logística
Transport and Logistics
-28,5%
74,7%
-423,0%
-266,3%
54,1%
127,2%
-175,2%
418,1%
-38,5%
Bancos
Banks
54,3%
7,0%
-19,0%
30,6%
14,8%
42,9%
28,4%
10,3%
25,3%
Empresas de Participações
Holdings
-8,1%
61,7%
-50,0%
-81,6%
675,7%
115,4%
-4,8%
57,7%
23,7%
Seguradoras e Corretoras
Insurers and Brokers
19,6%
-4,6%
-19,9%
-19,5%
-2,7%
-44,0%
98,3%
161,0%
66,2%
Comércio / Commerce
Atacado e Varejo
Wholesale and Retail
Indústria / Industry
Extração Mineral
Mineral Extraction
Petróleo e Gás
Oil and Gas
Serviços / Services
Construção Civil, Materiais de Construção e Decoração
Civil Construction, Construction and Decoration Materials
Finanças / Finance
188
EVOLUÇÃO REAL DA RECEITA LÍQUIDA MÉDIA
Average Net Revenue Evolution (IPCA deflated)
R$ milhares / R$ thousands (IPCA deflated)
Setor / Sector
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
3,7%
18,1%
-3,2%
-3,6%
11,1%
-1,2%
13,9%
9,6%
15,4%
-34,4%
-90,6%
115,8%
18,7%
-11,8%
7,6%
2158,0%
16,6%
5,9%
30,3%
-63,8%
184,9%
9,8%
26,7%
75,5%
3,7%
-4,6%
16,5%
-54,9%
-1,1%
1,9%
6,8%
4,5%
2,3%
166,7%
42,0%
7,4%
Extração Mineral
Mineral Extraction
17,6%
6,1%
17,4%
17,8%
11,1%
19,0%
18,6%
0,7%
10,6%
Farmacêuticos e Higiene
Pharmaceuticals and cleaning products
-2,6%
-8,6%
-10,1%
16,9%
-28,8%
13,2%
73,3%
-4,3%
-0,9%
Gráficas e Editoras
Printing and Publishing
-2,1%
37,0%
3,3%
-16,2%
7,0%
-0,7%
-5,5%
-7,3%
12,7%
Máquinas, Equipamentos, Veículos e Peças
Machinery, Equipment, Vehicles and Parts
11,1%
21,6%
16,2%
0,6%
-9,2%
30,6%
-7,8%
-0,5%
8,9%
Metalurgia e Siderurgia
Metallurgy and Steel
13,6%
13,9%
3,6%
21,8%
14,4%
-2,0%
-2,6%
-10,3%
12,6%
Papel e Celulose
Paper and Pulp
95,6%
39,4%
7,3%
58,8%
18,1%
-3,1%
-10,5%
-1,9%
1,2%
Petróleo e Gás
Oil and Gas
45,8%
45,3%
3,5%
4,6%
25,5%
1,9%
12,1%
3,6%
2,8%
Petroquímicos e Borracha
Petrochemicals and Rubber
31,4%
29,7%
4,0%
5,9%
58,0%
25,2%
-6,2%
4,4%
11,3%
Têxtil e Vestuário
Textiles and Clothing
23,9%
4,1%
4,0%
7,9%
7,9%
11,2%
-12,1%
-22,8%
-1,3%
Construção Civil, Materiais de Construção e Decoração
Civil Construction, Construction and Decoration Materials
-2,8%
-0,3%
-7,8%
3,1%
16,5%
15,4%
2,7%
8,8%
18,0%
Energia Elétrica
Electric Energy
-2,5%
10,3%
16,8%
-14,8%
13,7%
5,4%
-12,6%
-17,2%
-7,0%
1,1%
36,8%
9,8%
1,4%
3,9%
10,3%
-10,3%
-13,1%
-33,4%
Saneamento e Serviços de Água e Gás
Sanitation and Water and Gas Services
-1,9%
1,7%
3,4%
21,3%
10,0%
1,3%
3,5%
2,8%
4,4%
Telecomunicações
Telecommunications
16,3%
50,5%
61,1%
10,8%
4,1%
1,7%
-2,4%
-9,5%
3,6%
5,6%
-0,6%
-9,4%
11,4%
12,8%
-18,6%
-13,5%
-47,4%
7,9%
10,1%
-36,4%
21,6%
55,1%
-14,1%
-5,2%
14,6%
12,2%
8,3%
Empresas de Participações
Holdings
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Seguradoras e Corretoras
Insurers and Brokers
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Comércio / Commerce
Atacado e Varejo
Wholesale and Retail
Indústria / Industry
Agricultura (Açúcar, Álcool e Cana)
Agriculture (Sugar, Ethanol and Sugarcane)
Alimentos
Foodstuffs
Bebidas e Fumo
Beverages and Tobacco
Serviços / Services
Hospedagem e Turismo
Accommodation and Tourism
Transporte e Logística
Transport and Logistics
Finanças / Finance
Bancos
Banks
189
Statistics
Estatísticas
EVOLUÇÃO REAL DO RESULTADO OPERACIONAL MÉDIO
Average Operating Profit Evolution (IPCA deflated)
R$ milhares / R$ thousands (IPCA deflated)
Setor / Sector
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
6,7%
20,0%
-2,3%
-5,7%
25,2%
5,4%
9,4%
8,0%
14,8%
Agricultura (Açúcar, Álcool e Cana)
Agriculture (Sugar, Ethanol and Sugarcane)
-8,6%
-100,5%
3481,6%
82,5%
-28,6%
-2,4%
2949,1%
16,8%
-4,4%
Alimentos
Foodstuffs
30,0%
-69,6%
289,9%
-1,4%
29,3%
63,4%
-0,4%
-6,1%
25,8%
-43,3%
3,4%
0,9%
12,3%
-0,1%
-3,2%
189,4%
48,6%
7,6%
Extração Mineral
Mineral Extraction
37,0%
-1,7%
17,1%
20,1%
3,6%
16,5%
14,7%
0,1%
3,6%
Farmacêuticos e Higiene
Pharmaceuticals and cleaning products
-0,2%
-18,6%
-12,6%
4,2%
-35,1%
43,0%
102,6%
-7,2%
-11,6%
Gráficas e Editoras
Printing and Publishing
-3,3%
28,7%
8,1%
-11,7%
2,2%
0,1%
-1,1%
-6,7%
11,6%
Máquinas, Equipamentos, Veículos e Peças
Machinery, Equipment, Vehicles and Parts
35,7%
23,6%
39,7%
11,2%
-29,1%
28,1%
-30,1%
1,4%
8,5%
Metalurgia e Siderurgia
Metallurgy and Steel
25,2%
12,1%
5,1%
37,4%
9,2%
13,9%
-11,3%
-28,9%
12,9%
Papel e Celulose
Paper and Pulp
377,6%
51,7%
-8,4%
58,6%
26,4%
-15,7%
-30,9%
-1,5%
3,8%
Petróleo e Gás
Oil and Gas
112,4%
78,4%
-4,5%
-1,0%
55,3%
-6,4%
19,6%
2,3%
0,2%
Petroquímicos e Borracha
Petrochemicals and Rubber
74,3%
-15,0%
-6,1%
6,7%
63,8%
59,7%
-31,3%
-17,3%
29,7%
Têxtil e Vestuário
Textiles and Clothing
46,4%
2,9%
-1,1%
12,1%
4,1%
15,2%
-15,9%
-19,8%
1,2%
23,8%
-2,8%
-11,0%
2,3%
17,2%
17,9%
2,1%
13,0%
33,8%
-11,5%
15,4%
21,1%
-26,4%
29,3%
-9,2%
-12,4%
-8,4%
13,8%
Hospedagem e Turismo
Accommodation and Tourism
-7,1%
-3,0%
-1,1%
-13,2%
4,4%
31,5%
-24,2%
-15,5%
10,6%
Saneamento e Serviços de Água e Gás
Sanitation and Water and Gas Services
-4,2%
-2,2%
-2,6%
17,9%
-1,3%
2,5%
8,1%
3,8%
5,4%
-14,7%
77,0%
66,6%
10,6%
11,4%
5,5%
2,1%
-11,0%
3,9%
9,0%
-0,3%
-26,9%
13,2%
14,6%
-26,0%
-44,0%
-60,1%
-10,4%
-
-
-
-
-
-
-
-
-
3,3%
-1,8%
-2,0%
-16,0%
23,2%
15,1%
-28,3%
21,8%
7,3%
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Comércio / Commerce
Atacado e Varejo
Wholesale and Retail
Indústria / Industry
Bebidas e Fumo
Beverages and Tobacco
Serviços / Services
Construção Civil, Materiais de Construção e Decoração
Civil Construction, Construction and Decoration Materials
Energia Elétrica
Electric Energy
Telecomunicações
Telecommunications
Transporte e Logística
Transport and Logistics
Finanças / Finance
Bancos
Banks
Empresas de Participações
Holdings
Seguradoras e Corretoras
Insurers and Brokers
190
EVOLUÇÃO REAL DO ENDIVIDAMENTO MÉDIO
Average Indebtedness Evolution (IPCA deflated)
R$ milhares / R$ thousands (IPCA deflated)
Setor / Sector
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
10,1%
19,5%
-2,2%
23,3%
-5,7%
-5,2%
-2,0%
21,0%
15,5%
Agricultura (Açúcar, Álcool e Cana)
Agriculture (Sugar, Ethanol and Sugarcane)
42,7%
-48,7%
-28,8%
-8,8%
12,0%
-7,0%
946,7%
60,3%
13,3%
Alimentos
Foodstuffs
28,3%
-10,2%
0,2%
53,0%
8,2%
17,1%
5,5%
23,1%
12,5%
-58,1%
-20,4%
34,8%
-8,7%
52,4%
62,3%
87,1%
8,6%
5,0%
13,6%
34,8%
3,1%
18,8%
0,1%
2,7%
16,2%
144,7%
-4,8%
Farmacêuticos e Higiene
Pharmaceuticals and cleaning products
9,7%
3,0%
-13,3%
37,8%
8,2%
4,0%
5,6%
-3,3%
-8,9%
Gráficas e Editoras
Printing and Publishing
6,3%
36,8%
-11,8%
-15,8%
5,9%
12,2%
-34,6%
8,7%
1,2%
Máquinas, Equipamentos, Veículos e Peças
Machinery, Equipment, Vehicles and Parts
5,0%
11,5%
15,8%
32,4%
-0,7%
-0,2%
-9,7%
-5,9%
4,6%
Metalurgia e Siderurgia
Metallurgy and Steel
62,2%
12,5%
-5,8%
24,5%
-9,1%
1,7%
-9,7%
-10,7%
12,8%
Papel e Celulose
Paper and Pulp
27,8%
-3,3%
76,8%
30,7%
-16,7%
-0,9%
8,3%
17,6%
13,4%
Petróleo e Gás
Oil and Gas
97,8%
-2,0%
-1,9%
37,7%
-0,9%
-1,7%
-8,2%
0,4%
-0,4%
Petroquímicos e Borracha
Petrochemicals and Rubber
19,1%
-10,2%
28,1%
91,2%
15,7%
-0,7%
-14,7%
2,1%
1,5%
Têxtil e Vestuário
Textiles and Clothing
23,0%
5,7%
1,3%
4,9%
3,0%
-0,1%
-5,3%
-8,5%
-5,5%
Construção Civil, Materiais de Construção e Decoração
Civil Construction, Construction and Decoration Materials
6,9%
-4,6%
-1,9%
13,5%
6,4%
1,5%
4,7%
-0,8%
52,8%
Energia Elétrica
Electric Energy
6,8%
2,1%
11,1%
18,9%
-11,4%
-9,3%
-17,5%
-22,1%
-5,7%
34,2%
22,9%
-16,4%
19,1%
6,9%
4,4%
3,1%
-3,2%
6,9%
Saneamento e Serviços de Água e Gás
Sanitation and Water and Gas Services
2,1%
-4,0%
10,8%
16,6%
-8,8%
-8,4%
-1,4%
-4,9%
0,4%
Telecomunicações
Telecommunications
3,6%
85,9%
104,5%
-2,5%
11,5%
-6,0%
-13,4%
-20,0%
0,5%
21,1%
-5,8%
20,1%
22,0%
3,2%
-12,0%
7,8%
-41,7%
19,0%
Bancos
Banks
-6,5%
8,0%
12,4%
15,2%
-7,9%
-1,0%
3,6%
30,9%
13,2%
Empresas de Participações
Holdings
30,7%
75,1%
-2,0%
12,9%
-3,4%
-2,6%
-25,7%
-12,6%
30,3%
7,7%
17,9%
-7,2%
3,0%
-70,2%
267,0%
8,4%
5,8%
0,2%
Comércio / Commerce
Atacado e Varejo
Wholesale and Retail
Indústria / Industry
Bebidas e Fumo
Beverages and Tobacco
Extração Mineral
Mineral Extraction
Serviços / Services
Hospedagem e Turismo
Accommodation and Tourism
Transporte e Logística
Transport and Logistics
Finanças / Finance
Seguradoras e Corretoras
Insurers and Brokers
191
Statistics
Estatísticas
EVOLUÇÃO DO GIRO DO ATIVO MÉDIO (%)
Average Asset Turnover Evolution (%)
Setor / Sector
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
1,19
1,21
1,16
1,03
1,19
1,19
1,32
1,27
1,33
Agricultura (Açúcar, Álcool e Cana)
Agriculture (Sugar, Ethanol and Sugarcane)
0,33
0,06
0,12
0,16
0,13
0,19
0,58
0,38
0,32
Alimentos
Foodstuffs
0,83
0,34
0,97
0,81
0,86
1,28
1,21
1,02
0,90
Bebidas e Fumo
Beverages and Tobacco
1,33
1,63
1,31
1,05
0,96
0,98
1,12
0,55
0,62
Extração Mineral
Mineral Extraction
0,25
0,25
0,29
0,31
0,33
0,37
0,37
0,19
0,18
Farmacêuticos e Higiene
Pharmaceuticals and cleaning products
0,29
0,26
0,24
0,19
0,49
1,13
1,04
1,31
0,82
Gráficas e Editoras
Printing and Publishing
0,82
0,98
1,10
1,04
1,11
1,05
1,09
0,75
0,76
Máquinas, Equipamentos, Veículos e Peças
Machinery, Equipment, Vehicles and Parts
0,68
0,71
0,76
0,62
0,58
0,76
0,72
0,76
0,78
Metalurgia e Siderurgia
Metallurgy and Steel
0,31
0,34
0,38
0,42
0,48
0,44
0,43
0,63
0,62
Papel e Celulose
Paper and Pulp
0,22
0,29
0,26
0,36
0,43
0,40
0,35
0,30
0,27
Petróleo e Gás
Oil and Gas
0,60
0,80
0,82
0,67
0,77
0,75
0,81
0,85
0,82
Petroquímicos e Borracha
Petrochemicals and Rubber
0,57
0,77
0,71
0,51
0,70
0,80
0,89
0,84
0,87
Têxtil e Vestuário
Textiles and Clothing
0,58
0,59
0,61
0,69
0,67
0,74
0,68
0,54
0,55
Construção Civil, Materiais de Construção e Decoração
Civil Construction, Construction and Decoration Materials
0,22
0,22
0,22
0,21
0,25
0,28
0,27
0,22
0,16
Energia Elétrica
Electric Energy
0,24
0,28
0,32
0,28
0,32
0,36
0,35
0,28
0,26
Hospedagem e Turismo
Accommodation and Tourism
0,28
0,34
0,41
0,35
0,41
0,50
0,50
0,48
0,16
Saneamento e Serviços de Água e Gás
Sanitation and Water and Gas Services
0,23
0,24
0,25
0,28
0,33
0,34
0,36
0,39
0,40
Telecomunicações
Telecommunications
0,30
0,34
0,40
0,49
0,54
0,60
0,63
0,65
0,67
Transporte e Logística
Transport and Logistics
3,27
3,57
3,26
7,00
7,46
4,82
5,02
0,70
0,60
0,17
0,10
0,11
0,15
0,14
0,13
0,14
0,13
0,12
Empresas de Participações
Holdings
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Seguradoras e Corretoras
Insurers and Brokers
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Comércio / Commerce
Atacado e Varejo
Wholesale and Retail
Indústria / Industry
Serviços / Services
Finanças / Finance
Bancos
Banks
192
EVOLUÇÃO REAL DO GRAU DE ENDIVIDAMENTO MÉDIO (%)
Average Degree of Indebtedness Evolution, % (IPCA deflated)
Setor / Sector
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
1,30
1,39
1,30
1,76
1,69
1,52
1,36
1,63
1,85
Agricultura (Açúcar, Álcool e Cana)
Agriculture (Sugar, Ethanol and Sugarcane)
1,41
1,11
0,59
0,63
0,67
1,03
2,53
1,00
0,82
Alimentos
Foodstuffs
1,88
1,82
1,97
3,57
2,42
2,34
2,03
2,56
1,56
Bebidas e Fumo
Beverages and Tobacco
2,56
6,93
5,18
31,48
3,30
3,96
3,58
0,89
1,08
Extração Mineral
Mineral Extraction
0,65
0,95
0,98
1,17
1,10
1,02
0,98
1,55
1,04
Farmacêuticos e Higiene
Pharmaceuticals and cleaning products
0,68
0,70
0,56
0,52
-4,13
-1,55
-2,72
-2,01
-7,78
Gráficas e Editoras
Printing and Publishing
0,85
1,23
1,13
1,01
1,14
1,30
0,69
0,49
0,43
Máquinas, Equipamentos, Veículos e Peças
Machinery, Equipment, Vehicles and Parts
1,51
1,41
1,63
2,14
2,21
2,18
1,79
1,38
1,34
Metalurgia e Siderurgia
Metallurgy and Steel
1,26
1,54
1,62
2,24
1,65
1,50
1,18
1,30
1,28
Papel e Celulose
Paper and Pulp
0,62
0,56
1,11
1,52
1,02
0,94
1,00
1,06
1,14
Petróleo e Gás
Oil and Gas
1,95
1,49
1,38
1,70
1,32
1,14
0,91
1,14
1,00
Petroquímicos e Borracha
Petrochemicals and Rubber
1,14
0,99
1,33
3,07
3,16
2,20
1,69
1,86
1,59
Têxtil e Vestuário
Textiles and Clothing
0,86
0,92
0,95
1,13
0,98
0,97
0,95
0,85
0,80
Construção Civil, Materiais de Construção e Decoração
Civil Construction, Construction and Decoration Materials
1,30
1,17
1,27
1,51
1,71
1,74
1,61
0,75
0,63
Energia Elétrica
Electric Energy
1,01
1,10
1,39
2,10
1,95
1,87
1,49
0,89
0,82
Hospedagem e Turismo
Accommodation and Tourism
2,85
3,94
2,71
2,91
8,75
-27,78
-6,28
-4,82
2,05
Saneamento e Serviços de Água e Gás
Sanitation and Water and Gas Services
0,88
0,85
1,06
1,26
1,13
1,02
1,01
0,96
0,93
Telecomunicações
Telecommunications
0,33
0,51
0,80
0,79
0,99
1,04
1,14
1,01
1,00
104,53
138,38
37,89
32,46
7,08
29,39
-19,71
3,61
2,85
Bancos
Banks
8,73
8,40
8,77
10,25
10,09
9,03
8,42
7,98
7,98
Empresas de Participações
Holdings
0,53
0,66
0,80
0,91
0,37
0,32
0,27
5,90
6,27
Seguradoras e Corretoras
Insurers and Brokers
0,96
1,11
1,05
0,94
0,65
1,03
1,05
0,95
0,52
Comércio / Commerce
Atacado e Varejo
Wholesale and Retail
Indústria / Industry
Serviços / Services
Transporte e Logística
Transport and Logistics
Finanças / Finance
193
Statistics
Estatísticas
EVOLUÇÃO REAL DO CAPITAL DE GIRO MÉDIO
Average Working Capital Evolution (IPCA deflated)
R$ milhares / R$ thousands (IPCA deflated)
Setor / Sector
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
-83,2%
851,0%
49,2%
-41,8%
-51,6%
155,3%
23,2%
-21,4%
-17,7%
-1536,5%
99,8%
-436,4%
335,9%
-69,8%
384,1%
1733,5%
192,3%
-22,7%
-175,5%
68,1%
190,7%
84,3%
207,0%
-10,5%
13,9%
138,8%
26,7%
Bebidas e Fumo
Beverages and Tobacco
174,1%
-158,0%
-457,2%
-13,4%
-114,5%
-59,5%
43,3%
-28,3%
44,9%
Extração Mineral
Mineral Extraction
-88,6%
701,4%
-54,9%
-62,1%
-1366,6%
-41,5%
-100,7%
29,6%
-134,4%
Farmacêuticos e Higiene
Pharmaceuticals and cleaning products
189,2%
-438,9%
39,3%
38,0%
-10,3%
-100,0%
-22,8%
102,1%
4256,1%
Gráficas e Editoras
Printing and Publishing
-106,5%
1172,9%
-14,9%
33,5%
-51,8%
93,2%
71,9%
139,5%
13,5%
Máquinas, Equipamentos, Veículos e Peças
Machinery, Equipment, Vehicles and Parts
-206,8%
246,7%
76,3%
-42,0%
-52,8%
139,9%
77,3%
23,1%
10,8%
Metalurgia e Siderurgia
Metallurgy and Steel
-302,6%
208,6%
-162,8%
101,3%
9980,5%
31,4%
80,2%
3,1%
-1,6%
54,2%
245,4%
-157,4%
-234,4%
106,3%
1375,8%
-39,5%
125,3%
-12,8%
101,6%
-1977,7%
286,8%
-482,8%
68,0%
-209,7%
81,2%
98,7%
146,2%
Petroquímicos e Borracha
Petrochemicals and Rubber
2346,6%
-27,0%
-34,5%
-212,9%
-103,1%
108,9%
446,8%
-31,6%
65,7%
Têxtil e Vestuário
Textiles and Clothing
-181,5%
179,7%
-5,2%
7,9%
94,3%
16,4%
-14,8%
14,3%
1,6%
-1968,3%
105,5%
-145,6%
17,9%
-896,4%
-8,3%
-57,8%
252,3%
114,8%
Energia Elétrica
Electric Energy
228,9%
-135,7%
-161,2%
14,4%
-96,5%
102,0%
4140,2%
35,4%
40,5%
Hospedagem e Turismo
Accommodation and Tourism
156,5%
-381,8%
34,5%
-29,2%
16,2%
13,4%
-10,6%
-0,3%
193,1%
67,2%
413,9%
-235,3%
-40,2%
-6,7%
-8,9%
66,0%
66,4%
41,1%
Telecomunicações
Telecommunications
112,3%
-290,0%
-774,4%
106,5%
-1417,3%
164,9%
-218,4%
183,8%
4,5%
Transporte e Logística
Transport and Logistics
157,4%
-215,6%
-73,2%
-51,3%
12,5%
26,4%
55,3%
210,1%
-4,6%
-
-
-
-
-
-
-
-
-
26,4%
294,1%
-123,8%
-452,3%
81,2%
82,6%
1319,6%
56,5%
15,0%
23277,8%
-100,0%
8193,8%
28,4%
-435,6%
63,1%
-250,4%
743,4%
683,2%
Comércio / Commerce
Atacado e Varejo
Wholesale and Retail
Indústria / Industry
Agricultura (Açúcar, Álcool e Cana)
Agriculture (Sugar, Ethanol and Sugarcane)
Alimentos
Foodstuffs
Papel e Celulose
Paper and Pulp
Petróleo e Gás
Oil and Gas
Serviços / Services
Construção Civil, Materiais de Construção e Decoração
Civil Construction, Construction and Decoration Materials
Saneamento e Serviços de Água e Gás
Sanitation and Water and Gas Services
Finanças / Finance
Bancos
Banks
Empresas de Participações
Holdings
Seguradoras e Corretoras
Insurers and Brokers
194
Associados da Abrasca
ABYARA PLANEJAMENTO IMOBILIÁRIO S.A.
www.abyara.com.br
A
Abrasca Associates
BETA SECURITIZADORA S.A.
www.banifprimus.com.br
AÇOS VILLARES S.A.
BNDESPAR PARTICIPAÇÕES S.A.
www.villares.com.br
www.bndespar.com.br
AES ELETROPAULO S.A.
BOCATER, CAMARGO, COSTA E SILVA
ADVOGADOS ASSOCIADOS
www.eletropaulo.com.br
B
www.bocater.com.br
AES TIETÊ S.A.
www.aestiete.com.br
BM&FBOVESPA S.A.
www.bovespa.com.br
AMÉRICA LATINA LOGÍSTICA S.A.
www.all-logistica.com.br
BRASCAN RESIDENTIAL PROPERTIES S.A.
www.brascanimobiliaria.com.br
AMIL PARTICIPAÇÕES S.A.
www.amil.com.br
BRASIL & MOVIMENTOS S.A.
www.sundownnet.com.br
AMPLA ENERGIA E SERVIÇOS S.A.
www.ampla.com
BRASIL ECODIESEL IND E COM DE
BIOCOMBUSTÍVEIS E ÓLEOS VEGETAIS S.A.
www.brasilecodiesel.com.br
ARACRUZ CELULOSE S.A.
www.aracruz.com.br
BRASIL TELECOM S.A.
www.brasiltelecom.com.br
BANCO BONSUCESSO S.A.
www.bancobonsucesso.com.br
B
BRASKEM S.A.
www.braskem.com.br
BANCO BRADESCO S.A.
BUETTNER S.A. INDÚSTRIA E COMÉRCIO
www.bradesco.com.br
www.buettner.com.br
BANCO DA AMAZÔNIA S.A.
www.bancoamazonia.com.br
BANCO DO BRASIL S.A.
www.bb.com.br
CENTRAIS ELÉTRICAS
BRASILEIRAS S.A. – ELETROBRÁS
www.eletrobras.gov.br
C
BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S.A.
www.bnb.gov.br
CENTRAIS ELÉTRICAS DE SANTA CATARINA S.A.
www.celesc.com.br
BANCO INDUSVAL S.A.
www.indusval.com.br
CIA BRASILEIRA DE DISTRIBUIÇÃO
www.grupopaodeacucar.com.br
BANCO ITAÚ S.A.
www.itau.com.br
CIA BRASILEIRA DE PETRÓLEO IPIRANGA
www.ipiranga.com.br
BANCO NOSSA CAIXA
www.nossacaixa.com.br
CIA DE ELETRICIDADE DO ESTADO
DA BAHIA - COELBA
BANCO PANAMERICANO S.A.
www.coelba.com.br
www.panamericano.com.br
CIA DE BEBIDAS DAS AMÉRICAS - AMBEV
BANCO PINE S.A.
www.ambev.com.br
www.bancopine.com.br
CIA DE CONCESSÕES RODOVIÁRIAS S.A.
BANCO SOFISA S.A.
www.ccrnet.com.br
www.sofisa.com.br
CIA DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO DE SP
BARBOSA, MÜSSNICH E ARAGÃO
ADVOGADOS
www.sabesp.com.br
www.bmalaw.com.br
CIA DE SANEAMENTO DE MINAS GERAIS – COPASA
www.copasa.com.br
BARDELLA S.A. INDÚSTRIAS MECÂNICAS
www.bardella.com.br
CIA DE SANEAMENTO DO PARANÁ – SANEPAR
www.sanepar.com.br
BDO TREVISAN AUDITORES INDEPENDENTES
www.trevisan.com.br
CIA DE TECIDOS NORTE DE MINAS – COTEMINAS
www.coteminas.com.br
BEMATECH INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE
EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS S.A.
CIA DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
www.bematech.com.br
www.cteep.com.br
195
Associados da Abrasca
CIA ENERGÉTICA DE BRASILIA – CEB
www.ceb.com.br
C
Abrasca Associates
DIXIE TOGA S.A.
www.dixietoga.com.br
CIA ENERGÉTICA DE GOIÁS S.A. – CELG
DROGASIL S.A.
www.celg.com.br
www.drogasil.com.br
CIA ENERGÉTICA DE MINAS GERAIS – CEMIG
DURATEX SA
www.cemig.com.br
www.duratex.com.br
D
CIA ENERGÉTICA DE SÃO PAULO – CESP
www.cesp.com.br
EDP – ENERGIAS DO BRASIL S.A.
www.energiasdobrasil.com.br
CIA ENERGÉTICA DO CEARÁ – COELCE
www.coelce.com.br
E
EMBRAER – EMPRESA BRASILEIRA DE AERONÁUTICA S.A.
www.embraer.com.br
CIA FIAÇÃO E TECIDOS CEDRO CACHOEIRA
www.cedro.com.br
EMBRATEL PARTICIPAÇÕES S.A.
www.embratel.com.br
CIA HABITASUL DE PARTICIPAÇÕES
www.habitasul.com.br
ENERGISA S.A.
www.energisa.com.br
CIA HERING
www.hering.com.br
ERNST & YOUNG AUDITORES INDEPENDENTES
www.ey.com/global/content.nsf/Brazil/Brasil_Home
CIA IGUAÇÚ DE CAFÉ SOLÚVEL
www.iguacu.com.br
ETERNIT S.A.
www.eternit.com.br
CIA INDUSTRIAL CATAGUASES
www.cataguases.com.br
EUCATEX S.A. INDÚSTRIA E COMÉRCIO
www.eucatex.com.br
CIA MELHORAMENTOS DE SÃO PAULO
www.melhoramentos.com.br
EZTEC EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES S.A.
www.eztec.com.br
CIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL
www.copel.com
CIA PROVIDÊNCIA INDÚSTRIA E COMÉRCIO
www.providencia.com.br
FELSBERG, PEDRETTI, MANNRICH E AIDAR
ADVOGADOS E CONSULTORES LEGAIS
CIA SIDERÚRGICA NACIONAL – CSN
www.felsberg.com.br
www.csn.com.br
F
FERTILIZANTES FOSFATADOS S.A.
www.fosfertil.com.br
CIA VALE DO RIO DOCE
www.cvrd.com.br
FORJAS TAURUS S.A.
www.taurus.com.br
COMPANY S.A.
www.company.com.br
CONSTRUTORA SULTEPA S.A.
www.sultepa.com.br
GENERAL SHOPPING BRASIL S.A.
www.generalshopping.com.br
CP CIMENTO E PARTICIPAÇÕES S.A.
www.cpcimento.com.br
G
GERDAU S.A.
www.gerdau.com.br
CPFL ENERGIA S.A.
www.cpfl.com.br
GOL LINHAS AÉREAS INTELIGENTES S.A.
www.voegol.com.br
CPM BRAXIS S.A.
www.braxis.com.br
GUARARAPES CONFECÇÕES S.A.
www.guararapes.ind.br
CREMER S.A.
www.cremer.com.br
CSU CARDSYSTEM S.A.
HOTÉIS OTHON S.A.
www.csu.com.br
www.othon.com.br
H
CYRELLA BRAZIL REALTY S.A.
www.cyrela.com.br
IGUATEMI EMPRESA DE SHOPPING CENTERS S.A.
www.iguatemi.com.br
DIST. DE PRODUTOS DE PETRÓLEO IPIRANGA
www.ipiranga.com.br
196
D
INDÚSTRIAS ROMI S.A.
www.romi.com.br
I
INPAR S.A.
www.inpar.com.br
I
MATTOS FILHO, VEIGA FILHO, MARREY JR
E QUIROGA ADVOGADOS
www.mattosfilho.com.br
M
INTEGRAL TRUST SECURITIZAÇÃO E SERVIÇOS
www.integraltrust.com.br
MEDIAL SAÚDE S.A.
www.medialsaude.com.br
IOCHPE-MAXION S.A.
www.iochpe.com.br
MELPAPER S.A.
www.melhoramentos.com.br
ITAÚSA INVESTIMENTOS ITAÚ S.A.
MENDES JÚNIOR ENGENHARIA S.A.
www.itausa.com.br
www.mendesjunior.com.br
ITAUTEC S.A. – GRUPO ITAUTEC
METALÚRGICA GERDAU S.A.
www.itautec.com.br
www.gerdau.com.br
METALÚRGICA RIOSULENSE S.A.
JBS S.A.
www.jbs.com.br
J
www.riosulense.com.br
MMX MINERAÇÃO E METÁLICOS S.A.
www.mmx.com.br
JOÃO FORTES ENGENHARIA S.A.
www.joaofortes.com.br
MONTEIRO ARANHA S.A.
www.monteiroaranha.com.br
KEPLER WEBER S.A.
www.kepler.com.br
K
MOTTA, FERNANDES ROCHA & ASSOCIADOS
www.mfra.com.br
MPX ENERGIA S.A.
KLABIN S.A.
www.mpx.com.br
www.klabin.com.br
KPMG AUDITORES INDEPENDENTES
www.kpmg.com.br
NADIR FIGUEIREDO INDÚSTRIA E COMÉRCIO S.A.
www.nadir.com.br
KROTON EDUCACIONAL S.A.
www.kroton.com.br
N
NATURA COSMÉTICOS S.A.
www.natura.com.br
LACAZ MARTINS, HALEMBECK, PEREIRA NETO,
GUREVICH & SCHOUERI ADVOGADOS
www.lacazmartins.com.br
L
NET SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO S.A.
www.ri.netservicos.com.br
NEUMANN, SALUSSE, MARANGONI ADVOGADOS
www.nsm.adv.br
LEONI SIQUEIRA ADVOGADOS
www.lsa.com.br
LIGHT SERVIÇOS DE ELETRICIDADE S.A.
OI S.A.
www.light.com.br
www.oi.com.br
O
LOJAS RENNER S.A.
www.lojasrenner.com.br
PARANÁ BANCO S.A.
www.paranabanco.com.br
M. DIAS BRANCO S.A. IND. E COM.
DE ALIMENTOS
www.mdb.com.br
M
MACHADO, MEYER, SENDACZ E ÓPICE ADVOGADOS
www.mmso.com.br
MANGELS INDUSTRIAL S.A.
www.mangels.com.br
MARFRIG FRIGORIFICOS E COM ALIMENTOS S.A.
www.marfrig.com.br
MARISA S.A.
www.marisa.com.br
MARISOL S.A.
www.marisolsa.com.br
P
PERDIGÃO S.A.
www.perdigao.com.br
PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. – PETROBRAS
www.petrobras.com.br
PETROQUÍMICA UNIÃO S.A.
www.pqu.com.br
PINHEIRO NETO ADVOGADOS
www.pinheironeto.com.br
PLANNER CORRETORA DE VALORES S.A.
www.planner.com.br
PORTO SEGURO S.A.
www.portoseguro.com.br
197
Associados da Abrasca
POSITIVO INFORMÁTICA S.A.
www.positivo.com.br
P
Abrasca Associates
TEGMA GESTÃO LOGÍSTICA S.A.
www.tegma.com.br
T
TEKA TECELAGEM KUEHNRICH S.A.
PPE FIOS ESMALTADOS S.A.
www.ppefios.com.br
www.teka.com.br
PRICEWATERHOUSECOOPERS
AUDITORES INDEPENDENTES
TELE NORTE CELULAR PARTICIPAÇÕES S.A.
www.telemigholding.com.br
www.pwc.com.br
TELE NORTE LESTE PARTICIPAÇÕES S.A.
www.telemar.com.br
PRIMAV ECORODOVIAS S.A.
www.ecorodovias.com.br
TELECOMUNICAÇÕES DE SÃO PAULO S.A.
PROFARMA DISTR. DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS
www.profarma.com.br
www.telefonica.com.br
TELEMIG CELULAR PARTICIPAÇÕES S.A.
www.telemigcelular.com.br
TOTAL RI
RANDON S.A.
www.randon.com.br
R
www.totalri.com.br
TIM PARTICIPAÇÕES S.A.
REDE EMPRESAS DE ENERGIA ELÉTRICAS S.A.
www.timpartri.com.br
www.gruporede.com.br
TOTVS S.A.
www.totvs.com.br
REFINARIA DE PETRÓLEO IPIRANGA S.A.
www.ipiranga.com.br
TOZZINI, FREIRE, TEIXEIRA E SILVA
ADVOGADOS
REFINARIA DE PETRÓLEO MANGUINHOS S.A.
www.tozzinifreire.com.br
www.manguinhosrefinaria.com.br
TRACTEBEL ENERGIA S.A.
www.tractebelenergia.com.br
ROSSI RESIDENCIAL S.A.
www.rossiresidencial.com.br
TRENCH, ROSSI E WATANABE ADVOGADOS
www.trenchrossiewatanabe.com.br
S.A. FÁBRICA DE PROD. ALIMENTÍCIOS VIGOR
www.vigor.com.br
S
TRIUNFO PARTICIPAÇÕES E INVESTIMENTOS S.A.
www.grupotriunfo.com.br
TUPY S.A.
SADIA S.A.
www.tupy.com.br
www.sadia.com.br
SANSUY S.A. INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS
www.sansuy.com.br
ULTRAPAR PARTICIPAÇÕES S.A.
www.ultra.com.br
SÃO PAULO ALPARGATAS S.A.
www.alpargatasonline.com.br
U
UNIBANCO – UNIÃO DE BANCOS BRASILEIROS
www.unibanco.com.br
SLC AGRÍCOLA S.A.
www.slcagricola.com.br
UNIBANCO HOLDING S.A.
www.unibanco.com.br
SOUZA CRUZ S.A.
UNIPAR – UNIÃO DAS INDÚSTRIAS PETROQUÍMICAS S.A.
www.souzacruz.com.br
www.unipar.ind.br
SOUZA, CESCON AVEDISSIAN, BARRIEU E FLESCH ADV.
www.scbf.com.br
USINA SÃO MARTINHO S.A.
www.saomartinho.ind.br
SUL AMÉRICA S.A.
USINAS SIDERÚRGICAS DE MINAS GERAIS S.A. – USIMINAS
www.sulamerica.com.br
www.usiminas.com.br
SUZANO HOLDING S.A.
www.suzano.com.br
VIVO PARTICIPAÇÕES S.A.
SUZANO PAPEL E CELULOSE S.A.
www.vivo.com.br
www.suzano.com.br
VOTORANTIM PARTICIPAÇÕES S.A.
SUZANO PETROQUÍMICA S.A.
www.votorantim.com.br
www.suzano.com.br
TAM S.A.
www.tam.com.br
TAUIL & CHEQUER ADVOGADOS
www.tklaw.com
198
V
T
WEG S.A.
www.weg.com.br
WLW INDÚSTRIA E COMÉRCIO S.A.
www.supergasbras.com.br
W
Download

Anuário Estatístico das Companhias Abertas - Edição 2008