BOLETIM INFORMATIVO
ANO XIV
NÚMERO 82
Jan-Fev/2008
Homepage: http://57-BQ.org. | Webmaster: [email protected] | E-mail: [email protected] | Editor: [email protected]
RECORDAR É VIVER
Nosso colega Godoi (57-134) não
chegou a pilotar o T6 NA, mas
manteve sua paixão pela aeronave que empolgou nossa geração.
E para recordar os tempos felizes do Campo dos Afonsos, durante a visita à AFA, posou ao
lado de uma em exposição no
hangar do Esquadrão de Demonstração Aérea, sucessor da
Esquadrilha da Fumaça. Contudo, outros vôos ousados empreendeu ao longo de sua vida, como
mostra o riquíssimo currículo.
LANÇAMENTO DE LIVRO
Em noite de autógrafos, o escritor Sisenando deu início à divulgação de sua obra. Na
apresentação do livro, por Maria Célia Pereira Leite, o leitor é convidado “a percorrer,
através de seus textos, o passado emotivo, em reminiscências de uma deliciosa cidade
do interior; as experiências de um jovem que se prepara para a maturidade profissional
e afetiva com as descobertas do amor, até vivê-lo na totalidade e plenitude da maturidade;
a presença e constância dos amigos, das cidades, enfim, a vida com descobertas,
caminhos, descaminhos, conquistas, vitórias e permanências...”
Convite
Os integrantes da
Turma foram mobilizados, através da
internet, para a posse do Lencastre
(Cad.60-121)no cargo de Pres.do STM.
PENSAMENTO DE O CON*DOR
“Pequenas histórias de cada um de nós fazem a grande história de todos...” Godoi, em
seu poema ODE (SÃO/SP), pág.28, do livro Poemas do Verso.
REPRESENTAÇÃO DA TURMA
Conforme edital de convocação, na primeira reunião mensal da Turma (dia 22/Jan/2008, excepcionalmente na quarta terça-feira),
deveria ocorrer a escolha de novos representantes da TQP. Entretanto, não se apresentou nenhum candidato. Nessas condições,
os atuais representantes vão permanecer em suas posições, com alguns ajustes nos encargos, a saber: João Carlos (57-40) –
Coordenador e responsável pelo acervo histórico; Amorim (57-55) – Editor de O CON*DOR e responsável pelo cadastro da
Turma; Brasil (57-18) – Webmaster; José Nelson (56-86) – 1º Tesoureiro; e Mossri (57-16) – 2º Tesoureiro. A correspondência
ficará a cargo de todos, setorialmente. Como não há um promotor de eventos, ficou acertado que os encontros e passeios serão
coordenados pelos companheiros que os sugerirem. Para começar, o Horta (57-78) e o Francalacci (57-153) incumbiram-se de
promover o almoço de comemoração do 51° aniversário da TQP, no dia 07 de março próximo (sexta-feira). Aguardem divulgação.
O CON*DOR
Página 2
Jan-Fev/2008
OS PENTACAMPEÕES
CONCURSOS DE O CON*DOR
Na reunião de janeiro, no Clube de Aeronáutica, foram
homenageados os companheiros que participaram de
todos os encontros de aniversário da Turma, a saber:
20, 30, 40, 45 e 50 anos. Uma medalha (emblema com
asa da FAB estilizada), com gravação no verso, foi
outorgada (outorgada é ótima) a cada um dos dezoito
vencedores: 57-04 Luís Mauro, 57-09 M. Pontes, 5711 Vieira, 57-12 Manoel Carlos, 57-18 Brasil, 57-24
Reis, 57-44 Montero, 57-54 Seixas, 57-55 Amorim,
57-57 Pölhuber, 57-71 Sucupira, 57-83 Duncan, 5786 Luzardo, 57-87 Almir BL, 57-103 Maurício Ferreira,
57-129 Meira, 58-267 Felicíssimo e 58-279 Thedim.
Concurso de Set-Out/2007 – Prorrogado até
15Abr2008 - “A foto do fato”. Uma simples fotografia
tirada em Barbacena ou nos Afonsos poderá enriquecer
o acervo histórico da Turma. Participe desta campanha.
Concurso de Nov-Dez/2007 – Prorrogado até
15Abr2008 -“ Teste sua memória...” Este teste está
sendo remetido a todos os assinantes. Nele, tudo se refere
a BQ, à EPCAr, sua gente, lugares, atividades, suas frases,
lembranças, lemas, paródias, canções, apelidos, usos e
costumes. Como exemplo: ÀS 22 H T o S significa “Às
22 horas tocava o silêncio.” São 20 quesitos a serem
interpretados, devendo os participantes encaminhar as respostas ao Amorim, via fax (21) 2673-8313, ou por e-mail.
Concurso Jan-Fev/2008 - “Nas Aerovias”. O Coelho
vem colaborando com histórias verdadeiras para esta
coluna. A Redação muito apreciaria se outros aviadores
da Turma contassem suas aventuras na arte de voar (ou
“fazendo arte” ao voar). Vale até glamourizar a história,
podendo o ator ser um colega de Turma, desde que este
autorize a publicação.
O CON*DOR N° 82
DE MALA E CUIA
O Boletim Informativo da T.57-BQ está entrando no 14°
ano de publicação. A Redação decidiu adotar a numeração corrida, desde a fundação. Para registro, foram produzidos os seguintes números: 1995 (1) - Boletim da Turma BQ-57/edição única; 1996 (12) - n° 1, O Urubu / n° 2
ao n° 12, O CON*DOR; 1997 (11) - n° 1°, n° 2, n° 3
(Especial), 4 ao 11; 1998 (6) - 1 ao 6; 1999 (6) - 1 ao 6;
2000 (6) - 1 ao 6; 2001 (6) - 1 ao 6; 2002 (6) - 1 ao 6; 2003
(6) - 1 ao 6; 2004 (2) - 1 e 2; 2005 (7) - 1 ao 6 e Especial;
2006 (6) - 1 ao 6; 2007 (6) - 1 ao 6. Total 81. Esta edição:
ANO XIV NÚMERO 82 Jan-Fev/2008.Ficou mais fácil?
AERONAVE PT-JAY
Morcego Negro
Ou, se preferirem, “de armas e bagagem”.O “Capitão”
Rivaldo Gusmão de Oliveira Lima anunciou sua mudança
para o interior de Minas, onde possui uma fazendinha,
que ele pretende tornar auto-suficiente. Afinal, “o olho do
dono é que engorda o gado”. Anotem o endereço e
programem uma visita ao nosso querido Comandante:
Sítio Invernada O.L. - Km2 Estrada Andrelândia - Madre
de Deus, Andrelândia- MG. Cep. 37300-000
Caixa Postal 17 - Py4ROL - Tel. (35) 3325-1523.
ARREBENTOU!
O Sucupira (57-71) adquiriu este Cessna Push-Pull no
início de 2000. Sua missão principal é transportar os
familiares e amigos para Atibaia, no interior de S.Paulo,
onde possui uma casa no Condomínio Eldorado para o
lazer de fim de semana.(Narrativa na página 4).
O Padrão (57-42) impressionou o violonista Paulão, com um vasto repertório de músicas antigas. No almoço de
fim de ano, interpretou Lupicínio
Rodrigues. Os “maldosos de plantão”
comentaram sobre a camisa com motivos florais. Até aí tudo bem, mas aquela mãozinha no coração...arrebentou!
Página 3
O CON*DOR
Jan-Fev/2008
FLASHES DO ALMOÇO DE CONFRATENIZAÇÃO
O Carlos Mauro (56-172)
cedeu fotos do almoço de fim
de ano, no Restaurante Chez
Yunes, na Barra (2431-4202).
OS MESMOS...
Está na hora de pensarmos em um
“prêmio fidelidade”. Pelas fotos dos
encontros e passeios, sempre presentes diversos companheiros e esposas, cujos nomes não precisamos
mais mencionar nas legendas. Desta vez, tivemos a simpática presença do filho do Nicolau (57-19), que
chamamos de Nicolau Jr., e da mãe e
da irmã da Lígia do Mossri - D.
Francisca e Marilene.
Para animar o almoço de confraternização, além dos artistas da
casa, mais uma vez, contamos
com os “arteiros” da TQP: Zé Máxima atenção à arte oriental da Samara...
Nelson, Cardoso, Seixas e Padrão.
Página 4
O CON*DOR
Jan-Fev/2008
NAS AEROVIAS
Abatido o Morcego Negro
Mas, por um poste bem firme, paradão na rota de escape de uma pane. Estamos falando do Morcego Negro, o
avião do Sucupira (57-71), aquele que sobrevoou
Barbacena, no nosso Encontro dos 50 Anos. A notícia
que nos chegou é que George William estava voando
para seu sítio, em Atibaia, e resolveu simular pane (treinamento para emergência), quando ocorreu uma pane
real. Não fosse o obstáculo imóvel, teria pousado num
descampado. Quem viu, pela televisão, a imagem do
avião acidentado ficou impressionado em saber que o
piloto sofreu apenas escoriações leves. Sucupira nasceu
de novo, graças a Deus. Alô, amigão, receba um abraço
O morcego não foi abatido com uma vara de bambu de todos e conte essa história com detalhes e, se for posvibrando, como as crianças da roça costumam fazer. sível, envie uma foto da aeronave no local do acidente.
1963 - Natal - Segunda Parte
Aproveitando facilidades oferecidas pelos vendedores,
metade da turma associou-se,dois a dois, comprando Lambrettas
ou Vespas. O Rochinha mandou vir do Rio de Janeiro o carro
alemão estilo esportivo Borgward Isabella que havia ganhado
de seus pais. Rothchild comprou um Morris Minor, Land
adquiriu um De-Sotto enorme e Longuinho, um DKW-Vemag.
Fui procurado pelo Maj.-Med. Mario Lindemberg, que
me ofereceu vender seu Austin A-40, ano 1948. Custava Cr$
400.000. Eu conseguira economizar 200.000, na Escola, e
ganhava Cr$ 51.500. Pagava Cr$ 1.500 para a lavadeira, o resto
era grátis. Assim, peguei uma caderno de anotações, e “passei
o chapéu” no alojamento. Anotava o nome e a quantia
emprestada pelos “credores”. Teriam prioridade na carona, desde
que pagassem a gasolina. O pagamento do “financiamento”
seria (e foi)efetuado em quatro meses.
Na casa do Dr. Lindemberg, peguei o recibo e entregueilhe os quatrocentos mil em dinheiro. O Doutor esfregava as
mãos suadas, limpando um pingo que lhe escorria pela testa.
Sua esposa comentou: “o que estás sentindo, Mario - pareces
nervoso...” realmente ele estava aflito... não acreditava que
tivesse encontrado um trouxa para comprar aquele carro. Dias
depois, compreendi o motivo de sua felicidade.
No quinto mês, com todas as dívidas pagas, consegui
pagar o Luiz Gordo, mecânico da Base, para os consertos gerais,
inclusive do motor de arranque . Não precisaria mais deixar o
carro na “Plataforma de Lançamento”, um terreno alto da quadra
de volley, onde o Austin pernoitava, as rodas da frente calçadas
com pedras, e a marcha engatada em ré (não funcionava o freio
de mão). Na hora de sair, os caronas tiravam as pedras, eu
pressionava o freio e passava a marcha para segunda, e já quase
no fim da descida, o carro pegava. Na cidade, o Austim ficava
na ladeira da rua da Maria Boa, nas mesmas condições. Como
não tinha pedras, virava as rodas em direção ao meio fio.
Tínhamos, um dia sim outro não, o “Lambretão”, papafilas azul da Base, que nos transportava para a cidade, saindo
logo após o jantar, e regressando às dez da noite. No dia em que
comprei o carro, após treinar direção dentro da Base, fui à cidade.
No regresso do namoro com a Vilma, filha da Cronista Social, vi
o Lambretão aproximando-se rumo à Base. Corri e consegui
alcançá-lo, e só depois de já estar na estrada para Parnamirim é
que me lembrei de que havia esquecido o carro na rua da Maria
Boa. Nesse dia, o motorista do papa-filas articulado teve que
dar uma guinada para não atropelar uma Lambretta que vinha
em sentido contrário. A parte de trás do ônibus, porém, pegou a
Lambretta. Paramos e fomos procurar os acidentados. Eram o
Zilson de carona com o Curtiss Salomão, ambos bêbados, que
estavam numa valeta, cheios de escoriações, cantando bem
alto. Colocamos os dois dentro do ônibus. Como eu já tivera
motocicleta, peguei a Lambretta toda torta da batida, direção
quebrada, e sem farol, e levei-a até a Base. O Lambretão
vagarosamente atrás de mim, iluminava o caminho escuro.
Os acidentes de motos eram freqüentes. Um dia peguei
carona na Vespa do Gutinho, para a praia de Ponta Negra. Um
inseto conhecido como “Lacerdinha”, praga comum na época,
entrou no olho do Guto, e a ardência enorme que provocou fez
com que ele fechasse os olhos. Resultado: a motoca ficou no
meio fio, e nós dois voamos até o muro da curva que não foi
feita.
O Sirotheau começou a “artistar” para duas garotas na
praia. Quebrou o homoplata e teve que ir para o Hospital de
Recife. Salomão, cheio de cana, apagou o farol da motoca
quando viu, ao longe, a luz vermelha do portão da Base.
Chamávamos isso de VI - vôo por instrumentos. A reta era
mantida, na escuridão, pela luz. Salomão não sabia que no meio
da estrada estava uma vaca, de frente para ele. A motoneta
passou por baixo do animal, e Curtiss ficou balançando como
um pêndulo, com o chifre enfiado em sua axila - Hospital de
AeronáutidadeRecife.(Continua no próx. número). Coelho,60-112
Download

O CONDOR_JAN-FEV_2008_01.pmd - Turma 57-BQ