SEMANA DE ARTE MODERNA E MODERNISMO1
Brunna Marquezin Faustini
Gabriela Kahl Kunkel
Maria Eduarda Dornelles Ribeiro
Nadini Casali Bandeira
Rafaela Kunzler dos Santos 2
Maristela Righi Lang3
INTRODUÇÃO
A Semana da Arte Moderna foi um importante movimento artístico e cultural, que
buscava acabar com o tradicionalismo europeu e implantar uma identidade nacional na arte
plástica brasileira. Ela ocorreu nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro de 1922, no Teatro Municipal
de São Paulo. Primeiramente era denominado de futurismo paulista, nome dado por Oswald.
A ideia do movimento iniciou-se em 1917, com a exposição de Anita Malfatti a qual foi
altamente criticada pela imprensa e por Monteiro Lobato que publicou um artigo “Paranoia ou
Mistificação?”, porém a ideia só solidificou-se em 1929, quando um grupo de artistas
começou a elaborar o pensamento modernista.
O evento teve a abertura protagonizada pelo carioca Graça Aranha.
Teve como
participantes pintores como: Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Tarsila do Amaral, representantes
da música Heitor Villa-lobos e Ernani Braga, na literatura Oswald de Andrade e Mário de
Andrade, Manuel Bandeira, Ronald de Carvalho e Menotti Del Picchia, na poesia entre
outros.
Realizamos nossa pesquisa, com o intuito de descobrir a história por trás das obras que
conhecemos atualmente. Analisamos o movimento como um todo, criando uma ligação entre
a arte, os aspectos culturais e sociais, que foram a base da Semana da Arte Moderna,
estudamos as diversas formas da arte como literatura, música, esculturas e pinturas, nomeando
os principais artistas.
1
Trabalho realizado para o Projeto de Pesquisa desenvolvido no 2ºtrimestre de 2015, no Colégio Tiradentes da
Brigada Militar – CTBM/Ijuí.
2
Alunas do 1º ano, turma 102, do Colégio Tiradentes da Brigada Militar – CTBM/Ijuí.
3
Professora de Língua Portuguesa, orientadora do trabalho. E-mail: [email protected]
RELATO
Nosso trabalho fora dividido em várias etapas, primeiramente realizamos uma
pesquisa sobre o assunto, para termos uma base. Logo após escrevemos um pré-projeto
contendo a justificativa de nosso projeto, os principais objetivos e explanando o conteúdo
proposto. Com muito estudo e horas de gravações, concluímos nosso documentário filmado
na Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ) e na Praça
da República da cidade de Ijuí/RS. Nosso trabalho final foi apresentado para uma banca de
professores e companheiros de classe, contando como nota para todas as matérias.
A realização da pesquisa permitiu entender que mesmo vivenciando uma época repleta
de tecnologia que nos trazem milhares de informações, perde-se o hábito de utilizá-las para a
pesquisa da origem das obras que estão sempre presentes em nosso cotidiano e que muitas
vezes não temos o conhecimento do que elas expressam e o porquê de terem sido criadas.
A maioria das obras estudadas foi criada em um momento importantíssimo para a
história da arte brasileira, durante a Semana da Arte Moderna, um movimento que ocorreu em
1922 com a intenção de uma transformação artística que buscava assumir uma identidade
própria artisticamente e culturalmente, liberta da influência europeia sociocultural,
ocasionando assim a Renascença Paulista.
A Semana da Arte Moderna, ocorreu do dia 13 ao 17 de fevereiro de 1922. Iniciou
primeiramente com uma exposição de Anita Malfatti, em 1917 que fora altamente criticada
pelo tradicionalista da época Monteiro Lobato. Oswald de Andrade e Mário de Andrade
seguiram os passos de Anitta e reuniram artistas e intelectuais da época para o início do
movimento.
A semana aconteceu em 1922 para comemorar o centenário da independência do
Brasil querendo assim formar a data da independência artística. Teve apoio de uma parte da
imprensa que visava o movimento como uma importante reforma contra a dominação
europeia, porém o movimento foi também bastante criticado por outra parte da imprensa que
afirmava que esses protestantes pretendiam implantar o caos no país.
Entre os nomes do movimento estão Manuel Bandeira, Oswald de Andrade, Victor
Brecheret, Mário de Andrade, Di Cavalcanti, Menotti del Picchia, Anitta Malfatti e Heitor
Villa-Lobos.
O Modernismo, por sua vez, surge do movimento de 1922 e é divido em três fases, a
primeira é a fase heroica, caracterizada pela quebra do tradicionalismo e a renovação estética,
na literatura ocorreu a liberdade formal, a valorização do cotidiano e a reescrita de textos
antigos. A segunda fase é denominada fase de consolidação marcada pelo intenso uso da
ficção e prosa, havendo uma evolução nas obras dos artistas. A Terceira fase do Modernismo
começa em 1960 e permite o desenvolvimento de novas formas da prosa e o crescimento
artístico dos personagens modernos.
As vaias e contradições relacionadas a um intenso movimento que representa a
transição da arte do modelo europeu a uma nova forma de pensamento é apenas uma maneira
de retratar como o a sociedade tem em mente uma inversão a inovação e a novos conceitos
artísticos e culturais. Somente, após um determinado período a importância dessa tentativa de
reforma produziu certo efeito no pensamento das pessoas, que começaram a analisar a semana
da arte moderna como o primeiro passo para a valorização de uma cultura nacional e não
dominada pela arte europeia. A originalidade das obras, a busca por uma identidade própria, a
forma como os autores buscavam colocar sua alma em suas criações para tentar mudar nosso
país, é uma fonte de inspiração que retrata nos dias atuais.
CONCLUSÃO
Com a realização da pesquisa, é possível dizer que a arte é muito mais que uma
representação estética e estilística. Ela ultrapassa os horizontes, é mais que uma pincelada de
cores no papel ou uma poesia publicada em um livro. Transforma-se em um meio de
expressar sentimentos, sonhos, de ter uma voz na sociedade. Com a Semana da Arte Moderna,
o Brasil compreendeu a importância de uma identidade própria, artística e cultural. Mesmo
com muitas críticas, os personagens desse movimento demonstraram determinação e um foco
de mudar o rumo artístico brasileiro. E baseado nisso finalizamos nosso trabalho com a
certeza de que todo conhecimento adquirido com ele foi importante para entendermos o
momento histórico e social em que o nosso país encontrava-se e a partir disso, buscarmos
criar também uma identidade própria.
REFERÊNCIAS
FARIA,
Camila.
Modernismo.
Disponívelem:
<http://www.infoescola.com/literatura/modernismo/>. Acesso em: 28 jun. 2015.
SOUZA, Claudia Cruz de. O jornalismo e a crítica Semana de 22. 06. ed. 2006. Disponível
em: <http://www2.eca.usp.br/pjbr/arquivos/artigos6_b.htm>. Acesso em: 28 jun. 2015.
TUFANO, Douglas. Literatura: Brasileira e Portuguesa. 1. ed. São Paulo: Vereda Digital,
2013.
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