Tema: A Semana de Arte Moderna de 1922 Responsável: Isabela de Mello– Bolsista PET - MEC/SESuA arte é toda forma de manifestação, expressão e articulação formal, na qual a beleza nem sempre está presente, revelando características sociais e históricas da época em que foi criada. Arte Visual, Sonora, Cênica e Literária são algumas formas de Arte. A arte brasileira se influenciou pela Europa, continente que passou por muitas modificações durante os séculos XVIII e XIX, como a 1ª Guerra Mundial, 2ª Revolução Industrial e Neocolonialismo. Tais fatos fazem com que os artistas se expressem de outra maneira e abandonem a Arte Acadêmica. Romantismo, Realismo e Impressionismo, foram as primeiras formas de Arte a não utilizar as técnicas acadêmicas. Surgem depois, as Vanguardas Europeias: Expressionismo, Pontilhismo, Arte Abstrata, Primitivismo, Construtivismo, Cubismo, Dadaísmo, Futurismo, Fauvismo e Surrealismo. O Brasil encontrava-se no contexto de República Velha, dominado pelas oligarquias paulistas e mineiras, sofrendo com greves e conflitos, como a Revolta da Vacina e a Guerra de Canudos. A arte era a forma que a elite utilizava para ostentar sua riqueza, assim, compravam quadros de arte neoclássica, assistiam as Comédias de Costume, obras realistas e ópera e admiravam a literatura romântica, realista e naturalista. A Semana de Arte Moderna de 1922 aconteceu para comemorar o 1º centenário da Independência do Brasil e foi patrocinado pela elite agraria paulista. Sua criação foi idealizada por artistas como Manuel Bandeira, VillaLobos, Anita Mafaltti, Oswald de Andrade, Graça Aranha, Di Cavalcanti e Mário de Andrade. Influenciados pelas vanguardas europeias, pelas agitações politicas, sociais e econômicas da época e pela Exposição Moderna de Anita Malfatti, duramente criticada por Monteiro Lobato. O Teatro Municipal de São Paulo recebeu todas as formas de arte, exceto as Artes Cênicas, de 11 a 18 de Fevereiro de 1922. Os idealizadores do evento queriam escandalizar, renovar o ambiente artístico e cultural de São Paulo e rejeitavam a Arte Acadêmica e qualquer forma de arte que lembrava o passado. As Artes Plásticas apresentaram muitos artistas, como Vicente do Rego Monteiro, Anita Malfatti, Di Cavalcanti e Antônio Gomide, com pinturas; Victor Brecheret, Wilhelm Haarberg e Hildegardo Velloso, nas esculturas e Georg Przyrembel e Antônio Moya na arquitetura. Na literatura, muitos poemas foram recitados, como “Os Sapos” de Manuel Bandeira, além de obras de Mario de Andrade e Oswald de Andrade. Na música, vários artistas se apresentaram, mas Villa-Lobos inovou com a mistura do erudito com o popular brasileiro. A Semana de Arte Moderna de 1922, embora tenha chocado a maioria das pessoas, não teve um impacto imediato na arte e na cultura da época. Porém, ao longo do tempo, sua contribuição foi valiosíssima, tendo grande importância na historia da arte do Brasil e do Mundo.