ANO 113 – NO 074 PORTO ALEGRE, QUINTA-FEIRA, 13 DE DEZEMBRO DE 2007 R$ 1,00 Governo Lula sofre derrota histórica LEOPOLDO SILVA / AGÊNCIA SENADO / CP Em busca de credibilidade O senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) é o novo presidente do Senado. Candidato único ao posto, Garibaldi foi eleito ontem com 68 votos. Foram oito votos contra e duas abstenções. Ele substitui Renan Calheiros, que renunciou no dia 4, depois de meses de acusações sobre seus atos pessoais e públicos. Com 20 senadores, o PMDB tem a maior bancada, prerrogativa que lhe garante a indicação do presidente. Em seu discurso de posse, Garibaldi convocou todos a partilhar da missão de devolver a credibilidade ao Senado. Sem citar o escândalo que envolveu Renan, disse que assume o cargo em situação de descrédito. “Chego à presidência em um momento traumático para a Casa com os últimos acontecimentos que levaram o Senado a se aproximar de limites que jamais poderiam ser ultrapassados, sob pena de fratura da nossa imagem com a opinião pública brasileira.” O senador terá mandato até o início de 2009. Por falta de votos, o governo perdeu a votação da prorrogação da CPMF em primeiro turno no Senado. Faltaram quatro votos favoráveis para que se efetivasse a aprovação. A proposta de emenda constitucional (PEC 89/07) levando a validade do tributo até 2011 teve 45 votos favoráveis e 34 contrários e não houve abstenções. Havia 79 senadores em plenário. O governo precisava de 49 votos para conseguir a aprovação. Com esse resultado, a cobrança da taxa de 0,38% sobre a maioria das transações bancárias deixa de ser feita a partir de 1O de janeiro. O governo poderá tentar recriar a contribuição. Mas, para isso, precisará enviar ao Congresso uma nova proposta de emenda à Constituição cuja tramitação começará novamente na Câmara. Essa foi a maior derrota do governo Lula desde o seu primeiro mandato, em 2002. Mesmo com todas as pressões e as seguidas alterações VALMOCI VASCONCELOS de propostas do governo aos senadores da oposição, o ambiente de polêmicas no Senado prevaleceu. A oposição não aceitou, em nenhum momento, adiar a votação da prorrogação da CPMF. Brasília viveu ontem um dia de pressão. Para conseguir fazer vencer a sua proposta, o governo enviou um documento estabelecendo a prorrogação da contribuição até 2010, além de repassar integralmente a arrecadação do chamado “imposto do cheque” para a área da saúde. A proposta foi a última cartada para sensibilizar os senadores que resistiam em aprovar a continuidade do imposto. Em vão. O senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), que foi eleito ontem presidente da Casa, comandou a sessão e conseguiu levar adiante as discussões sem grandes dificuldades. Depois da CPMF, os senadores discutiram durante a madrugada e votaram a Desvinculação de Receitas da União, em um total de 20%. Aécio dá apoio às ações de Yeda O governador de Minas Gerais, Aécio Neves, participou ontem da reunião-almoço Tá na Mesa da Federasul. Políticos, empresários, autoridades e a governadora Yeda Crusius participaram do evento. Ele aproveitou o encontro para conversar com sua colega de PSDB e mostrar como vem conseguindo superar dificuldades na administração de Minas Gerais. “Para o RS conseguir equilibrar as contas públicas, o Executivo precisará contar com o apoio da classe política, inclusive da oposição, além da iniciativa privada e da sociedade.” Ele garantiu que Yeda está no caminho certo para obter o equilíbrio das contas. “Se Yeda tiver mais espaço para trabalhar, a natureza econômica irá fazer o Estado dar um salto”, disse o governador. Página 2 FABIANO DO AMARAL / CP (12/12): 63673 63673 C1 C2 Fundo garante 13O Página 3 Atentado no Líbano Página 12 União contra a crise Página 15 Educação valorizada Página 28 Natal: O histórico prédio do Correio do Povo está iluminado para festas de final de ano. Página 14 Carros e motos Páginas 22 a 27