I. OS PROPÓSITOS DA LEI II. OS DEZ MANDAMENTOS (ÊX 20.1-17) III. A CONTINUAÇÃO DOS MANDAMENTOS DIVINOS IV. CONCLUSÃO "Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê" (Rm 10.4). 2 A Lei expõe e condena os nossos pecados, porém, o Senhor Jesus Cristo, pelo seu sangue expiador, nos perdoa e nos justifica mediante a fé. Êxodo 20.1-5,7-10,12-17 3 Leia na Revista ou na Bíblia Um incentivo a Igreja conferir os textos apresentados Mandamento: Disposição escrita em que se determina a realização de um ato, de uma diligência; mandato. 4 5 Hoje estudaremos o capítulo 20 do livro de Êxodo. É uma síntese concernente aos Dez Mandamentos que foram entregues por Deus a Moisés. Muitos pensam que os preceitos morais da Lei foram somente para o Antigo Pacto. Todavia, Jesus ressaltou, no Sermão do Monte, que os preceitos morais da Lei são eternos e imutáveis, por isso precisamos conhecê-los. 1. O Decálogo (Êx 20.3-17). O termo Decálogo literalmente significa "dez enunciados" ou "declarações" (Êx 34.28; Dt 4.13). Ele foi proferido por Deus no Sinai (Êx 20.1), mas 6 também escrito por Ele em duas tábuas de pedra (Êx 31.18). O Decálogo exprime a vontade de Deus em relação ao ser humano. É, na verdade, um resumo da lei moral de Deus. 2. Objetivos do Concerto divino. A lei foi dada por Deus a Israel com os seguintes objetivos: 7 a) Prover um padrão de justiça. A lei entregue pelo Senhor a Moisés é um padrão de moralidade para o caráter e a conduta do homem, seja ele judeu, seja ele gentio (Dt 4.8; Rm 7.12). b) Identificar e expor a malignidade do pecado. "Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse"; isto é, fosse devidamente conhecida (Rm 5.20). "Pela lei vem o conhecimento do pecado", ou seja, o conhecimento pleno da transgressão (Rm 3.20; 7.7). Continua... 8 A lei não faz do ser humano um pecador, mas faz com que ele se reconheça como um transgressor. Ela expõe a malignidade do pecado, mas ao mesmo tempo aponta o caminho da sua expiação pela fé em Deus através dos sacrifícios que eram oferecidos no Tabernáculo (Lv 4-7). c) Revelar a santidade de Deus. O Senhor revela a sua santidade por intermédio da lei mosaica (Êx 24.1517; Lv 19.1,2), de igual forma, em o Novo Pacto, Ele revela a todo o mundo o seu seu amor através do seu Filho Jesus (Jo 3.16; Rm 5.8). A lei foi dada por Deus para conduzir a humanidade a Cristo (Rm 10.4). 9 1. O primeiro mandamento. "Não terás outros deuses diante de mim" (Êx 20.3). Neste primeiro mandamento, Deus se revela como o único e verdadeiro Deus (Dt 6.4). Naquela época havia entre as nações falsos deuses. Um exemplo disso é o Egito, onde o povo de Israel estivera por 430 anos. Nossa adoração e culto devem ser dirigidos somente ao único e verdadeiro Deus. Não devemos cultuar nem os anjos (Ap 19.10), nem os homens (At 10.25,26) ou quaisquer símbolos. Continua... O primeiro mandamento da lei, reafirmado em o Novo Testamento, foi a respeito da adoração somente a Deus (1 Co 8.4-6; 1 Tm 1.17; Ef 4.5,6; Mt 4.10). 10 2. O segundo mandamento. 11 "Não farás para ti imagem de escultura" (Êx 20.4-6). Aqui Deus proíbe terminantemente o uso de imagens idolátricas. "Deus é Espírito", disse Jesus (Jo 4.24). Então, não há como adorá-lo por meio de imagens. Querer adorar a Deus por meio de imagens visíveis é falta de fé, pois Cristo é a imagem de Deus (Cl 1.13-23). É abominação ao Senhor a idolatria, ou seja, ter ídolos e ser idólatra (Dt 7.25). Continua... 12 Na vida do crente, um ídolo é tudo o que ocupa o primeiro lugar em sua vida, em seu coração, em seu tempo e em sua vontade. Esse "ídolo" pode ser acúmulo de riqueza, a busca pela grandeza, pelo sucesso e pela fama. Pode ser também a busca pela popularidade, pelo prazer desenfreado. Há muita gente na igreja se arruinando espiritualmente por causa dos "ídolos do coração". 3. O terceiro mandamento. 13 "Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão" (Êx 20.7). O nome de Deus representa Ele mesmo; sua divina natureza; seu infinito poder e seu santo caráter. Este mandamento, portanto, diz respeito à santidade do Senhor. Tomar o nome do Todo-Poderoso em vão é mencioná-lo de modo banal, profano, secular e irreverente. 4. O quarto mandamento. 14 "Lembra-te do dia de sábado, para o santificar" (Êx 20.8-11). O sábado era um dia de descanso e de adoração a Deus. O termo sábado vem do hebraico shabbath (cessar; interromper). Em Gênesis 2.3 está escrito que: Deus "descansou" (literalmente "cessou", no sentido de alguém interromper o que estava fazendo). A expressão "lembra-te", usada pelo autor no versículo 8, indica que o sábado já fora dado por Deus no princípio, e que já era observado para descanso do trabalho e adoração a Deus (Gn 2.1-3; Êx 20.10). Continua... 15 É importante ressaltar que em o Novo Testamento não há um só versículo que ordene a guarda do sábado como dia fixo santificado para descanso e adoração ao Senhor. O sábado foi dado como um "sinal" do pacto do Sinai entre Deus e Israel. Assim, o sábado assinala Israel como povo especial de Deus (Êx 31.12,13,17; Ez 20.10-12). A respeito dos demais mandamentos não está dito que eles são "sinais". Para nós, o princípio que permanece é um dia de descanso na semana, para nosso benefício físico e espiritual (Cf. Mc 2.27,28). Nós, cristãos, observamos o domingo como dia de culto, pois Cristo ressuscitou no primeiro dia da semana (Lc 24.1-3). "Honra a teu pai e a tua mãe" (Êx 20.12). Honrar é respeitar e obedecer, por amor, à autoridade dos pais, e com eles cooperar em 16 tudo. É o primeiro mandamento contendo uma promessa de Deus: "Para que se prolonguem os teus dias." 2. O sexto mandamento. 17 "Não matarás" (Êx 20.13). No original, o termo rasah equivale a matar o ser humano de modo doloso, premeditado, planejado. Este mandamento ressalta a sacralidade da vida humana como dádiva de Deus (At 17.25-28). Há também aqueles que matam o próximo no sentido moral, social e espiritual, mediante a mentira, a falsidade, a difamação, a calúnia, a maledicência e o falso testemunho (1 Jo 3.15). Atualmente há muitos que foram atingidos mortalmente em sua honra e praticamente "morreram". 3. O sétimo mandamento. 18 "Não adulterarás" (Êx 20.14). Este mandamento do Senhor está vinculado à sacralidade, pureza e respeito absoluto ao sexo, ao matrimônio e à família. O adultério é um ato sexual ilícito e pecaminoso, de um cônjuge com outra pessoa estranha ao casamento. Enquanto a lei condenava a prática do ato, o Novo Testamento vai além - condena os motivos ocultos no coração que levam ao adultério (Mt 5.27,28). Portanto, mais que condenar o ato praticado, Deus espera que em todo o tempo dominemos nossos desejos e nos submetamos ao domínio do Espírito Santo. 4. O oitavo mandamento. 19 "Não furtarás" (Êx 20.15). Furtar é apoderar-se oculta ou disfarçadamente daquilo que pertence a outrem. Isso abrange toda forma de desonestidade, de mentira, de ocultação, por palavra e por atos. É preciso respeitar os bens dos outros. Ter honestidade e pureza nos atos; no viver, no agir, no proceder. 5. O nono mandamento. "Não dirás falso testemunho contra o teu próximo" (Êx 20.16). Este mandamento do Senhor trata da nossa honestidade e sinceridade no uso da palavra em relação aos 20 outros. Falso testemunho é falar mal dos outros; acusar e culpar injustamente; difamar; caluniar; mentir (Tg 4.11). 6. O décimo mandamento. "Não cobiçarás" (Êx 20.17). Este mandamento é o respeito ético a tudo o que pertence aos outros. Isto abrange o controle e o domínio dos apetites da alma, dos impulsos, desejos e 21 vontade do crente. Cobiçar é querer o que pertence a alguém. Querer as coisas dos outros é um desejo insano que precisa ser debelado. 22 A Lei expõe e condena os nossos pecados, porém, o Senhor Jesus Cristo, pelo seu sangue expiador, nos perdoa e nos justifica mediante a fé. 1. Qual o significado do termo "Decálogo"? 23 2. De acordo com a lição, o que o Decálogo exprime? 3. Quais os objetivos do Concerto divino? 4. O que significa tomar o nome de Deus em vão? 24 5. Fale a respeito do décimo mandamento. Próxima Lição – 23-02-14