A política é uma forma sublime e das mais altas expressões de exercer a caridade cristã (EN 31). “O que me assusta não são as ações e os gritos das pessoas más, mas a indiferença e o silêncio das pessoas boas” (Martin Luther King). “De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto” (Rui Barbosa). * Todo ensinamento e exigências de Jesus Cristo gira em torno das questões sociais: Amor ao próximo, Caridade, Justiça, Solidariedade, vida em comunidade, partilha (vejamos exemplos: Mt 25,35; Mc 10, 21) . Ensinando e parlamentando Jesus Cristo desafia o poder estabelecido e subverte a ordem e os valores do poder do mundo: “…o maior é aquele que serve ”(Mc 9,35). * O poder deve ser um serviço e não privilégio. Sua ideologia ameaça os poderosos políticos e religiosos da época e a militância política de Jesus Cristo O leva à prisão e morte na Cruz. * NO JUIZO FINAL Quais serão os critérios do julgamento final que podemos encontrar na Bíblia? “… Vinde benditos de Meu Pai, pois Eu tive sede e me deste de beber, Eu tive fome e me deste o que comer, Eu estava nú e tu me vestiste, Eu estava cativo e fostes me visitar”, “… mesmo que a tua Fé remova montanhas, se não tiver amor nada disso lhe adiantará”, “… não julgueis e não sereis julgado”. QUESTÕES POLÍTICOSOCIAIS. * A política resulta da atividade dos próprios homens vivendo em sociedade (do grego POLITIKOS = ser social). * Na Grécia, a atividade política desenvolver-seia como cimento da própria vida social. O que a política grega acrescenta aos outros Estados é a referencia à cidade, ao coletivo da pólis, ao discurso, à cidadania, à soberania, à lei. * A política é a gestão não guerreira dos conflitos, das alianças e das relações de força. * A política é a arte de viver juntos, num mesmo Estado ou numa mesma cidade, com pessoas que não escolhemos e que são, sob muitos aspectos, nossas rivais, tanto quanto ou mais que aliadas. * Fazemos política para sermos livres, para sermos mais fortes, não separadamente uns dos outros, mas “todos juntos”. Anunciar o fim da política é anunciar o fim da humanidade. * O Estado existe porque o homem não é sempre bom. O Estado é criação cultural, histórica. Seu papel é a regulação, socialização dos egoísmos, dos interesses (Thomas Hobbes). * Se o Estado for democrático e funcionar bem, não é inimigo da liberdade; é a condição desta e seu escudo. * A política não se restringe à atividade desenvolvida no âmbito do estado. A política esta presente em todas as formas de relacionamento social, “tudo o que faço tem profundo sentido político”. Até a omissão é política. * A grande desmoralização da “política oficial” no presente leva a atividade política a se refugiar cada vez mais fora da atuação das instituições. * A fé é uma atitude política. * O povo de Israel, na fase inicial da sua história, não tem reis, como os demais povos, porque reconhece tão-somente o senhorio de Iahweh. É Deus que intervém na história através de homens carismáticos, conforme testemunha o Livro dos Juízes. * O protótipo de rei escolhido por Iahweh é Davi, cuja condição humilde o relato bíblico ressalta com complacência (cf. 1 Sam 16, 1-13). Davi é o depositário da promessa (cf. 2 Sam 7, 13 ss). * O fracasso, no plano histórico, da realeza não ocasionará o desaparecimento do ideal de um rei que, em fidelidade a Iahweh, governe com sabedoria e exerça a justiça. Jesus e a autoridade política * Jesus rejeita o poder opressivo e despótico dos grandes sobre nações (cf. Mc 10, 42) e suas pretensões de fazerem-se chamar benfeitores (cf. Lc 21, 25), mas nunca contesta diretamente as autoridades de seu tempo. * Quando o poder humano sai dos limites da vontade de Deus, se auto diviniza e exige submissão absoluta, torna-se a Besta do Apocalipse, imagem do poder imperial perseguidor, ébrio «do sangue dos santos e dos mártires de Jesus» (Ap. 17, 6). * A pessoa humana é fundamento e fim da convivência política. Dotada de racionalidade, é responsável pelas próprias escolhas e capaz de perseguir projetos que dão sentido à sua vida, tanto no plano individual como no plano social. * A comunidade política procede, portanto, da natureza das pessoas, cuja consciência manifesta e obriga peremptoriamente a observar a ordem esculpida por Deus em todas as Suas criaturas. * A comunidade política tem na referência ao povo a sua autêntica dimensão: ela é, e deve ser na realidade, a unidade orgânica e organizadora de um verdadeiro povo. * O que, em primeiro lugar, caracteriza um povo é a partilha de vida e de valores, que é fonte de comunhão no âmbito espiritual e moral. * A cada povo corresponde em geral uma nação, mas, por razões diversas, nem sempre as fronteiras nacionais coincidem com os confins étnicos. Aparece destarte a questão das minorias, que historicamente tem originado não poucos conflitos. O Magistério afirma que as minorias constituem grupos com direitos e deveres específicos. * Considerar a pessoa humana como fundamento e fim da comunidade política significa esforçar-se, antes de mais, pelo reconhecimento e pelo respeito da sua dignidade mediante a tutela e a promoção dos direitos fundamentais e inalienáveis do homem. * A comunidade política persegue o bem comum atuando com vista à criação de um ambiente humano em que aos cidadãos seja oferecida a possibilidade de um real exercício dos direitos humanos e de um pleno cumprimento dos respectivos deveres. * O significado profundo da convivência civil e política não emerge imediatamente do elenco dos direitos e deveres da pessoa. Tal convivência só adquire todo o seu significado se for baseada na amizade civil e na fraternidade. * Uma comunidade é solidamente fundada quando tende para a promoção integral da pessoa e do bem comum: neste caso, o direito é definido, respeitado e vivido também de acordo com as modalidades da solidariedade e da dedicação ao próximo. * O homem é uma pessoa, não só um indivíduo. O termo «pessoa» indica uma «natureza dotada de inteligência e vontade livre»: é portanto uma realidade bem superior à de um sujeito que se exprime nas necessidades produzidas pela mera dimensão material. * O preceito evangélico da caridade ilumina os cristãos sobre o significado mais profundo da convivência política. * A Igreja tem se confrontado com diversas concepções de autoridade, tendo sempre o cuidado de defender e propor um modelo fundado na natureza social das pessoas. * A autoridade política deve garantir a vida ordenada e reta da comunidade, sem tomar o lugar da livre atividade dos indivíduos e dos grupos, mas disciplinando-a e orientando-a, no respeito e na tutela da independência dos sujeitos individuais e sociais, para a realização do bem comum. * O sujeito da autoridade política é o povo considerado na sua totalidade como detentor da soberania. O povo, de modos diferentes, transfere o exercício da sua soberania para aqueles que elege livremente como seus representantes, mas conserva a faculdade de a fazer valer no controlo da atuação dos governantes e também na sua substituição, caso não cumpram de modo satisfatório as suas funções. * A autoridade, pois, deve deixar-se guiar pela lei moral: toda a sua dignidade deriva do desenrolar-se no âmbito da ordem moral, a qual tem a Deus como princípio e fim. * A autoridade deve reconhecer, respeitar e promover os valores humanos e morais essenciais. * A autoridade deve exarar leis justas, isto é, em conformidade com a dignidade da pessoa humana e com os ditames da reta razão. * O cidadão não está obrigado em consciência a seguir as prescrições das autoridades civis se forem contrárias às exigências da ordem moral, aos direitos fundamentais das pessoas ou aos ensinamentos do Evangelho. * Reconhecer que o direito natural funda e limita o direito positivo significa admitir que é legítimo resistir à autoridade caso esta viole grave e repetidamente os princípios do direito natural. Santo Tomás de Aquino escreve que «se deve obedecer (...) na medida em que a ordem da justiça assim o exija». Portanto, o fundamento do direito de resistência é direito de natureza. * Crer é uma atitude fundamental de aceitação, de entrega, de compromisso com uma proposta que chega até o ser humano e envolve todas as suas potencialidades no seio mesmo da comunidade, portadora e destinatária dessa proposta. * Crer tem a ver com encontro, com confiança. E um ato pessoal que só pode ser praticado pelo homem. A fé não é algo exterior, mas cremos naquilo que, através das mediações exteriores, a pessoa revela a si mesma. * A fé, por ser humana, é uma experiência que não se faz isoladamente, mas apenas na comunidade. Embora a fé tenha uma profunda e irrecusável dimensão pessoal, por outro lado, também é verdade que não pode fazer a experiência da fé quem esteja desligado da comunidade e do povo. * Desde os primeiros tempos do Antigo Testamento, a fé bíblica se expressa como a fé de um povo. * No Novo Testamento, a experiência de fé é também comunitária, mas passa por uma pessoa: Jesus de Nazaré. * A comunidade que Jesus forma, a partir de seus discípulos, se autocompreende como uma comunidade de fé, como o novo Povo de Deus. A FÉ EM HISTÓRIA E EM REALIDADE. * A experiência de fé não se dá apenas numa comunidade de fé, mas se dá também no meio do mundo, da história e da sociedade. * A fé é abertura à realidade, é renovação e transformação da existência. * O tema da fé crista e da salvação não é algo que se passa privadamente entre Deus e a “alma”, mas tem uma dimensão pública. * Os frutos devem se fazer sentir no meio da realidade no sentido de produzir uma vida melhor para o homem todo e todos os homens. * Na fé a pessoa vive com o coração e professa com os lábios. * Hoje como ontem a fé esta ameaçada pelo risco do intimismo e da privatização da experiência religiosa. Fé é quando aquilo que se expressa modela a minha vida. Tríplice característica da fé: 1) Confiança; 2) Abandono; 3) Obediência. A década que vivemos é marcada por religiosidade mas não por experiência de fé. * É uma ferramenta básica na formação de militantes cristãos nos diversos ambientes de formação sobre fé e política. * Emerge da fé na Boa Nova de Jesus Cristo, vivida na espiritualidade, refletida pela tradição teológica e explicitada pelo Magistério. Jesus e os profetas nos advertem quanto ao cuidado que todo ser humano deve ter com seus irmãos, sobretudo com os pobres e excluídos. * É o conjunto de escritos e mensagens que compõem o pensamento do magistério católico a respeito da chamada questão social. * A pessoa humana tem necessidade da vida social. Esta não constitui para ela algo de acessório, mas uma exigência da sua natureza. Graças ao contato com os demais, ao serviço mútuo e ao diálogo com os seus irmãos, o homem desenvolve as suas capacidades, e assim responde à sua vocação. * Sociedade é um conjunto de pessoas ligadas de modo orgânico por um princípio de unidade que ultrapassa cada uma delas. Assembleia ao mesmo tempo visível e espiritual, uma sociedade perdura no tempo: assume o passado e prepara o futuro. Através dela, cada homem é constituído «herdeiro», recebe «talentos» que enriquecem a sua identidade e cujos frutos deve desenvolver. Com toda a razão, cada um é devedor de dedicação às comunidades de que faz parte e de respeito às autoridades encarregadas do bem comum. * Certas sociedades, como a família e a comunidade civil, correspondem de modo mais imediato à natureza do homem. Geram «socialização» exprime também a tendência natural que leva os seres humanos a associarem-se, com vista a atingirem objetivos que ultrapassam as capacidades individuais. Desenvolve as qualidades da pessoa, particularmente o sentido de iniciativa e de responsabilidade, e contribui para garantir os seus direitos. * Mas a socialização também oferece perigos. Uma intervenção exagerada do Estado pode constituir uma ameaça à liberdade e às iniciativas pessoais. A doutrina da Igreja elaborou o princípio dito da subsidiariedade. Segundo ele, uma sociedade de ordem superior não deve interferir na vida interna duma sociedade de ordem inferior, privando-a das suas competências, mas deve antes apoiála, em caso de necessidade, e ajudá-la a coordenar a sua ação com a dos demais componentes sociais, com vista ao bem comum. * Deus não quis reservar só para Si o exercício de todos os poderes. Confia a cada criatura as funções que ela é capaz de exercer, segundo as capacidades da sua própria natureza. Este modo de governo deve ser imitado na vida social. O procedimento de Deus no governo do mundo, que testemunha tão grande respeito para com a liberdade humana, deveria inspirar a sabedoria daqueles que governam as comunidades humanas. Eles devem atuar como ministros da providência divina. * O princípio da subsidiariedade opõe-se a todas as formas de coletivismo e marca os limites da intervenção do Estado. Visa harmonizar as relações entre os indivíduos e as sociedades e tende a instaurar uma verdadeira ordem internacional. * Em conformidade com a natureza social do homem, o bem de cada um está necessariamente relacionado com o bem comum. * Por bem comum deve entender-se «o conjunto das condições sociais que permitem, tanto aos grupos como a cada um dos seus membros, atingir a sua perfeição, do modo mais completo e adequado». O bem comum interessa à vida de todos. Exige prudência da parte de cada um, sobretudo da parte de quem exerce a autoridade. E inclui três elementos essenciais: * Supõe, em primeiro lugar, o respeito da pessoa como tal. Em nome do bem comum, os poderes públicos são obrigados a respeitar os direitos fundamentais e inalienáveis da pessoa humana. * Em segundo lugar, o bem comum exige o bemestar social e o desenvolvimento da própria sociedade. O desenvolvimento é o resumo de todos os deveres sociais. Sem dúvida, à autoridade compete arbitrar, em nome do bem comum, entre os diversos interesses particulares; mas deve tornar acessível a cada qual aquilo de que precisa para levar uma vida verdadeiramente humana: alimento, vestuário, saúde, trabalho, educação e cultura, informação conveniente, direito de constituir família, etc. * Finalmente, o bem comum implica a paz, quer dizer, a permanência e segurança duma ordem justa. Supõe, portanto, que a autoridade assegure, por meios honestos, a segurança da sociedade e dos seus membros. O bem comum está na base do direito à legítima defesa, pessoal e coletiva. * Se cada comunidade humana possui um bem comum que lhe permite reconhecer-se como tal, é na comunidade política que se encontra a sua realização mais completa. Compete ao Estado defender e promover o bem comum da sociedade civil, dos cidadãos e dos corpos intermédios. * O bem comum está sempre orientado para o progresso das pessoas: «A ordem das coisas deve estar subordinada à ordem das pessoas, e não o inverso». Rerum Novarum – Leão XIII – Questão Social e politica (proletário e situação operária) – (15/05/1891) considerado o 1° Documento de DSI. Quadragésimo anno - Pio XI (15/05/1931)– Por ocasião de 40 anos da RN) A ordem Social com a condenação ao nazismo e consumismo (escreveu entre meio as duas guerras). Mater et Magistra – Joao XXIII – Por ocasião de 70 anos da RN e apresenta uma nova sensibilidade diante dos problema sociais (1961). Inaugura uma nova discussão que se consolida no Vat. II. Pacem in terris – João XXIII – compromisso conjunto de construção pela paz no mundo, sobre as bases da verdade, da justiça, da solidariedade e da liberdade (1963). Gaudim et Spes – Concilio Vaticano II – A Igreja no mundo de hoje – (1965). Populorum Progressio – Paulo VI – O desenvolvimento dos povos (1967). Octagesima adveniens – Paulo VI – Por ocasião de 80 anos RN - necessidades de um mundo em transformação (1971). Justiça no mundo – Sínodo dos Bispos – 1971. Evangelii Nuntiandi - Paulo VI – A evangelização no mundo contemporâneo – (1975). Laborem Exercens – João Paulo II – Por ocasião de 90 anos da RN – sobre o trabalho humano (1981). Sollicitudo rei socialis – João Paulo II – por ocasião de 20 anos da PP – é um pronunciamento a partir da fé crista, que ilumine o difícil problema do subdesenvolvimento (1987). Centesimus Annus – João Paulo II – por ocasião dos 100 anos da RN (1991). Catecismo da Igreja Católica – 1994. Compêndio Da Doutrina Social Da Igreja 2004 Medellin – 1968. Puebla – 1979. Santo Domingo – 1992. Aparecida – 2007. * Uma autêntica democracia não é o somente o resultado de um respeito formal de regras, mas é o fruto da convicta aceitação dos valores que inspiram os procedimentos democráticos: a dignidade da pessoa humana, o respeito dos direitos do homem, do fato de assumir o « bem comum » como fim e critério regulador da vida política. Se não há um consenso geral sobre tais valores, se perde o significado da democracia e se compromete a sua estabilidade. * Entre as deformações do sistema democrático, a corrupção política é uma das mais graves porque trai, ao mesmo tempo, os princípios da moral e as normas da justiça social; compromete o correto funcionamento do Estado, influindo negativamente na relação entre governantes e governados; introduzindo uma crescente desconfiança em relação à política e aos seus representantes, com o consequente enfraquecimento das instituições. * Os partidos políticos têm a função de favorecer uma participação difusa e o acesso de todos às responsabilidades públicas. Os partidos são chamados a interpretar as aspirações da sociedade civil orientando-as para o bem comum, oferecendo aos cidadãos a possibilidade efetiva de concorrer para a formação das opções políticas. Os partidos devem ser democráticos no seu interior, capazes de síntese política e de formulação de projetos. PRB PMDB PSTU PP PSL PTN PDT PSC PCB PT PR PPS PTB DEM PAN PSDC PRTB PCO PHS PMN PTC PSB PV PRT PSDB PSOL PPL PSD PC do B PT do B PARTIDOS POLÍTICOS. São os militantes que se filiam a um partido e a partir da visão deste partido apresentam uma proposta de organização da sociedade. POLÍTICA ELEITORAL. É aquela que é feita durante a campanha eleitoral, onde os partidos disputam a manutenção ou mudança no rumo de conduzir a organização social. Quem foge do compromisso político, da problemática da vida dos excluídos foge da encarnação e não é verdadeiramente cristão. Cristo permanece na história, com o rosto histórico da comunidade cristã, nos pobres e excluídos. A finalidade da política é criar uma ordem justa na sociedade, onde a cada um lhe seja reconhecido o próprio direito e onde ninguém sofra por causa da miséria. “A dimensão política, constitutiva do homem, representa um aspecto relevante da convivência humana. Possui um aspecto englobante, porque tem como fim o bem comum da sociedade [...] a fé crista não despreza a atividade politica, pelo contrário, a valoriza e a tem em alta estima” (DP 513). É urgente que sintamos o compromisso de construirmos uma “fé cidadã”. Os cristãos jamais podem abdicar da sua missão de influenciar a vida social e pública com seus valores humanos, éticos e evangélicos, sempre em vista da sociedade ideal e justa. A miséria do mundo nunca é desculpa nem motivo de fuga, mas é acusação contra nós. Se há maus políticos, devemos olhar para dentro de nós, eles representam o coração e a mente da população, eles são fruto de uma opção que brotou do coração humano. Se existem políticos que compram os votos e porque existem eleitores que vendem. Os Profetas são incansáveis na denuncia das rupturas da alianças. O cristão tem a obrigação de participar na busca pela melhor organização da sociedade, no estabelecimento das leis e na gestão dos negócios públicos, bem como na eleição dos governantes e na participação em eleições. Pessoas e grupos assim renovados passarão a organizar-se e a acreditar na mudança. “Uma questão fundamental é a mudança de mentalidade, isto é, mudança do inteiro modo de pensar e de agir, é ponto de partida para uma mudança na ordem social” (Doc. 69, CNBB, 21). Votar em quem? 1) em pessoas com limpidez de intenções, transparência de comportamentos, clareza de propósitos. 2) em pessoas que apresentam projetos realistas, concretos, efetivos de possível implementação – não esquecer a memória política. 3) àqueles que proporcionam a paz para os eleitores. Quem calunia, suscita rancores, divisões, desmoraliza o concorrente é o primeiro sinal que não pode ser eleito, pois deixou a politica sem alma. em pessoas que tenham “honra” e “honestidade”. Sua vida tenham a competência ética. 5) em pessoas que amem a comunidade, defendendo-a e não fazendo dela redutos de sua dominação. 6) em pessoas que não corrompem, ou tentam corromper, pois ele não terá nenhum compromisso para com o eleitor, ele já pagou o seu voto. 4) Analfabeto político. 1º. Mandamento - Não deixe de votar. 2º. Mandamento - Não vote contrariando a sua opinião. 3º. Mandamento - Não venda seu voto nem o troque por favores. 4º. Mandamento - Não vote para contentar amigos ou parentes. 5º. Mandamento - Não vote sem conhecer o programa do candidato e do partido dele. 6º. Mandamento - Não vote sem conhecer o passado do candidato. 7º. Mandamento - Não vote sem conhecer o caráter do candidato. 8º. Mandamento - Não deixe nenhuma pesquisa mudar o seu voto. 9º. Mandamento - Não anule seu voto. 10º. Mandamento - Não vote em branco. “OS POLÍTICOS E AS FRALDAS DEVEM SER TROCADOS FREQUENTEMENTE E PELA MESMA RAZÃO” (Eça de Queiroz). “UM CIDADAO É ALGUÉM POLITICAMENTE ATIVO E PARTICIPANTE DA COISA PÚBLICA”(Aristóteles).