Dez Mandamentos
01
Moral especial - Primeiro Mandamento
Aulas previstas:
01.
02.
03.
04.
05.
06.
07.
08.
09.
Estrutura (6 slides)
10. Nono e Décimo Mandamento
Primeiro Mandamento (20 slides)
(9 slides)
Segundo Mandamento (7slides)
11. Virtudes (26 slides)
Terceiro Mandamento (5 slides)
Quarto Mandamento (11 slides)
Quinto Mandamento ( 23 slides)
Sexto Mandamento ( 20 slides )
Sétimo Mandamento (12 slides)
Oitavo Mandamento (13 slides)
Moral especial - Primeiro Mandamento
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Os dez mandamentos dividem-se em “dois rolos”: os três primeiros referidos
a Deus e os sete restantes referidos à conduta da própria pessoa e à sua
relação com os outros.
 Jesus precisa: “Amarás o Senhor teu Deus
com todo o teu coração, com toda a tua
alma e com toda a tua mente. Este é maior
e o primeiro mandamento.
O segundo é semelhante a este: amarás o
teu próximo como a ti mesmo. Destes dois
mandamentos dependem toda a Lei e os
Profetas” (Mt 22, 37-40).
Moral especial - Primeiro Mandamento

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“Dar glória a Deus” equivale a aceitar a sua grandeza e a adorá-Lo. O homem
dá glória a Deus quando crê n’Ele, se n’Ele põe toda a sua confiança e se o ama
sobre todas as coisas; quer dizer, quando vive a fé, a esperança e a caridade. O
primeiro mandamento (amar Deus sobre todas as coisas) abarca estas três
virtudes.
 É o próprio Deu que infunde na alma do cristão,
no baptismo, estas virtudes “teologais”.
 A fé, a esperança e a caridade criam uma
especial comunhão de vida com Deus e com
o próximo.
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CCE 155: “Crer é um acto do entendimento que assente à verdade divina por
império da vontade movida por Deus mediante a graça”.
Deveres para com a fé
Responder à chamada de Deus: diálogo entre Deus que o inicia e o
homem que responde livremente;
Crer em todas as verdades que se encontram no Credo, com fé divina
e católica os dogmas, e firmemente as verdades propostas de modo
definitivo pelo Magistério;
Conservar a fé: enriquecê-la mediante a oração e a recepção dos
sacramentos;
Ilustrar a fé: esforçar-se por entender o que se crê (nem fideísmo – renunciar à razão -,nem fanatismo religioso);
Defender a fé;
Comunicar a fé: mandato de Jesus.
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Pecados contra a fé
Dúvida: voluntária ou involuntária.
Incredulidade: menosprezo da
verdade revelada.
Heresia: quando não somente se defende
um erro contra a fé, mas também se
desobedece à advertência da hierarquia.
Apostasia: o que abandona e impugna a fé
que tinha professado.
Cisma: separação da Igreja católica e não
aceitação da autoridade e obediência ao Papa.
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Esperança
 CCE 2090: “Quando Deus se revela e chama o
homem, este não pode responder plenamente
ao amor divino pelas suas próprias forças. Deve
esperar que Deus lhe dê a capacidade de devolver-lhe o amor e de actuar de acordo com os mandamentos da caridade. A esperança é aguardar confiadamente a divina bênção e a Bem-aventurada
visão de Deus; é também o temor de ofender o
amor de Deus e de provocar o seu castigo”.
 São Josemaria: “A esperança não me separa das coisas desta terra, senão
que me acerca dessas realidades de um modo novo” (Amigos de Deus 305).
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 Pecados contra a esperança:
- por defeito, desespero;
- por excesso, presunção.
 Fé e esperança são duas virtudes
diferentes, mas têm entre si uma
grande afinidade e proximidade:
 - Ter fé supõe também ter confiança em Deus e manter a esperança de que
se alcançará a vida eterna;
- A esperança em Deus requer a fé n’Ele, pois se está seguro de que Deus
sempre é fiel à sua palavra e mantém as suas promessas;
- Por isso, a fé integra a esperança e esta supõe a fé.
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 A caridade é a virtude teologal pela qual se ama a Deus, sumo bem e aos
homens por Deus.
 Os gregos distinguiam entre “éros” (amor
sensível), “filía” (amor afectivo-sentimental)
e “agápe” (estima e preferência totalmente
desinteressadas que podem existir entre as
pessoas).
 O termo “agápe” traduz-se por “caritas”. Significa o amor superior: emprega-se quando se
diz que Deus é amor”, quando se menciona o
amor dos esposos, e com ele se designa o
amor de Deus aos homens e o amor com que
o homem deve amar a Deus.
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 A moral cristã é a “moral do amor”.
Os seus preceitos reduzem-se a um só: amar (a
Deus e ao próximo).
 Col 3, 14: A caridade “é o vínculo da perfeição”.
 1 Jo 3, 11. 18:“A mensagem que recebestes é esta: que nos amemos uns
a outros (...). Filhos, não amemos de palavra nem com a boca, mas com
obras e de verdade”.
 1 Cor 13, 13: “Agora perduram estas três virtudes: a fé, a esperança e a
caridade; mas a mais excelente delas é a caridade”.
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Pecados contra o amor a Deus
Indiferença: (se descuida ou se repudia o amor a Deus);
Ingratidão (não se reconhece o amor que Deus nos
tem ou não se lhe devolve esse amor);
Tibieza (trata-se com negligência e descuido as coisas
referentes a Deus);
Acedia (preguiça espiritual: despreza o gozo da
entrega a Deus, sente-se tristeza em segui-lo);
Ódio a Deus (razão última: orgulho, ocasião: costuma
ser o facto de que Deus condene o pecado e o castigue);
Ódio ao próximo (supõe um agravo directo a Deus,
incluem-se murmuração, crítica, etc.);
Escândalo (falta grave quando por acção ou omissão
se induz deliberadamente outro a pecar).
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Virtude da religião: “É a virtude que postula e exige que se dê a Deus o culto devido”
(II-II, q. 81, a. 5).
 A razão para dar culto a Deus é dupla:
 Por parte de Deus: a causa da sua imensa grandeza
(manifesta na criação). O culto é o reconhecimento da
majestade criadora divina.
 Por parte do homem:o culto é a aceitação agradecida
a essa imensa grandeza. Leva a constatar que a nossa
existência é dom de Deus ao qual voltaremos no final
da vida terrena.
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1
Religare (atar): o homem religioso é um ser estreitamente unido
(“re-ligado”) a Deus.
2
Reeligere (re-eleger): o homem religioso é aquele que na sua
existência sempre elege Deus, ao qual ama sobre todas as coisas.
3
Relegere (re-ler): a condição racional do homem permite-lhe
interpretar (“ler”) as incógnitas da existência do “ponto de vista”
de Deus.
Essa triple etimologia permite ver até que ponto
a religião dá sentido à vida do homem.
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Actos da virtude da religião: adoração, desagravo, acção de graças e petição.
Adoração
 No AT abunda em apelos a que se adore o
Senhor e se lhe dê culto. Para Jesus, os
verdadeiros adoradores adorarão o Pai em
espírito e em verdade (Jn 4, 23-24).
Convida os seus discípulos a que adorem
o Pai (Lc 4, 8), e Ele mesmo é adorado
pelos seus discípulos (Lc 5, 8-9). Os
Apóstolos confessam a glória de Deus
(1 P 4, 11: “Em tudo seja Deus glorificado
por Jesus Cristo. Para Ele é a glória e o
poder pelos séculos dos séculos”). O
Apocalipse rememora o culto a Deus e a
Jesus Cristo e termos solenes (Ap 15, 3-4).
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Desagravo

Ao reconhecer a grandeza de Deus e ao adorá-lo, homem reconhece os seus
pecados e sente a necessidade de desagravar por eles.
O desagravo pelos próprios pecados é uma prática generalizada no AT e no NT.
 Jesus inicia a sua pregação com a chamada à conversão
e à penitência (Mt 4, 17).
O Baptista apresenta-O como o cordeiro de Deus que tira
o pecado do mundo” (Jo 1, 29).
 Jesus adverte a miúdo acerca da necessidade de fazer penitência.
Encarrega os Apóstolos de que “preguem em Seu nome a penitência para a
remissão dos pecados a todas as nações” (Lc 24, 47).
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Acção de graças
 Quando o homem descobre a grandeza de Deus, se reafirma em que
todas as suas coisas são um dom divino, pelo que entoa um hino de
acção de graças.
 No AT frequentes acções de graças: cânticos de Moisés (Ex 15, 1-20), de
Débora e Baruq (Jue 5), de David (2 Sam 22,2-51), etc..
No NT: Magnificat, cântico de Simeão...
 Diversas acções de graças de Jesus: ressurreição
de Lázaro (Jn 11, 41), ao Pai que “tenha
ocultado aquelas coisas aos sábios e prudentes e
as tinha revelado aos humildes” (Lc 10,21)...
Também acções de graças nos escritos dos
Apóstolos. Eucaristia.
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Oração de petição
 Mt 7, 7: “Pedi e vos será dado; buscai e achareis; batei e abrir-se-vos-á.
Porque todo aquele que pede, recebe, e quem busca encontra; e a quem
bate, abrir-se-á”.
 Muitos testemunhos de oração de Petição
no AT (Abraão a favor de Sodoma e Gomorra,
Moisés pelo povo, Salmos, etc.).
 Jesus pede ao Pai que envie o Espírito Santo
(Jo 14, 16), “que os guarde em meu nome”
(Jo 17, 6-9), “que sejam um como nós” (Jo 17,
11), etc..
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A chamada de Deus é individual e a resposta do homem é pessoal. Mas se exprimem também com manifestações públicas: porque o homem é um ser social por
natureza, e por a índole própria da religião que se manifesta em ritos, costumes,
instituições, festas, etc., que correspondem a toda a sociedade.
 Esta dimensão social da religião requer que seja
aceite e protegida pelo poder político.
Corresponde à Constituição de uma nação declarar-se
“laica” (não reconhecer oficialmente nenhuma religião
concreta), mas o estado deve acolher, favorecer e
ajudar a que os indivíduos possam levar a cabo os
seus direitos, entre os quais o de prestar culto a Deus
também publicamente. Defender a “liberdade
religiosa”.
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O Estado laico
O Estado laicista
não professa oficialmente
costuma adoptar posições
nenhuma religião, mas
beligerantes e
deve favorecer o culto
inclusivamente hostis
privado e público dos
contra os grupos religiosos,
cidadãos, quer se
manifeste individualmente
opondo-se aos
ou em grupo.
dos cidadãos.
direitos fundamentais
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Pecados contra a virtude da religião
 Por defeito (não se cumprem os preceitos relativos ao
culto devido a Deus): ateísmo, agnosticismo, apostasia,
heresia, dúvidas voluntárias, indiferentismo, pertencer à
maçonaria (recordado em 1983 pela Sagrada
Congregação da Doutrina da Fé).
 Por excesso (se se faz uso indevido do culto divino):
idolatria, superstição, adivinhação , magia.
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 Para evitar risco de politeísmo dos povos vizinhos, Deus
proibiu que se Lhe representasse sob qualquer tipo de
imagem (Dt 4, 15-16). Mas desde que Deus encarnou e
se fez homem, tal perigo desaparece. A Igreja admite e
fomenta que os mistérios cristãos se representem em
imagens.
 A heresia iconoclasta que apareceu no século VIII foi
condenada pelo II Concílio de Niceia (787), que propõe
que os fiéis venerem as imagens da Trindade, de Cristo,
da Virgem e dos Santos.
 São Basílio: “a honra da imagem se dirige ao original”
(De Spiritu Sancto 18, 45, PG 32, 149).
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 Perante a majestade divina, o homem prostra-se em atitude de profunda e total adoração.
Mas só adora o que admira, e só são capazes
de descobrir a admiração as pessoas humildes
(pobres ou ricos): buscam resposta às perguntas
últimas da existência humana e concluem que
só em Deus se encontra a resposta adequada.
 Depois de descobrir o caminho, é preciso percorrê-lo: a humildade deve
acompanhar a obediência.
Ficha técnica
Bibliografia
Estes Guiões são baseados nos manuais da Biblioteca de Iniciação
Teológica da Editorial Rialp (editados em português pela editora Diel)
Slides
Original em português europeu - disponível em inicteol.googlepages.com
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